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Saúde da Mulher

CLIMATÉRIO E
MENOPAUSA
Prof. Enf. Bianca Rolim Fernandes
Climatério

Climatério é a fase que marca o fim da vida reprodutiva da mulher e


antecede a menopausa. É a aproximação da última menstruação.
• O período do climatério é dividido em três principais estágios: a
perimenopausa, a menopausa e a pós-menopausa.

• Embora as três façam parte da mesma transição geral de vida, elas podem
causar sintomas diferentes e, portanto, têm opções diferentes de
tratamento.

• Compreender cada uma das 3 fases do climatério pode ajudar os


profissionais de saúde a buscarem as soluções mais adequadas para
amenizar os sintomas de suas pacientes, trazendo mais saúde e qualidade de
vida para as mulheres ao longo do envelhecimento.
A perimenopausa: o início de tudo

• A perimenopausa é o primeiro estágio do climatério e antecede a menopausa.


• Neste estágio, as mudanças endocrinológicas, biológicas e clínicas,
características desse período, se iniciam.
• A perimenopausa é marcada por uma queda gradual do estrogênio, que é o
principal hormônio feminino produzido pelos ovários. Com isso, as mulheres
passam a experimentar, principalmente, irregularidades menstruais.
• Depois, em momentos mais avançados da perimenopausa, como corpo
produzindo cada vez menos estrogênio, outros sintomas aparecem: ondas de
calor, insônia, ganho de peso, mudanças de humor, ressecamento vaginal e
queda na libido.
• As mulheres começam a perimenopausa em idades diferentes.
• Sinais de progressão para a menopausa, como irregularidade
menstrual, por volta dos 40 anos. Mas algumas mulheres percebem
mudanças já na segunda metade da terceira década de vida. A
duração média da perimenopausa é de 4 anos, mas para algumas
mulheres esse estágio pode durar apenas alguns meses ou continuar
por 10 anos.
Menopausa: o fim do período reprodutivo da mulher

• A menopausa é reconhecida retrospectivamente, quando há 12 meses


consecutivos de amenorreia (ausência de menstruação), para a qual não há outra
causa patológica ou fisiológica óbvia.
• Nesta fase do climatério ocorre a cessação permanente da menstruação,
resultante da perda da atividade folicular ovariana. Ainda não existe um
marcador biológico adequado para este evento, mas já é bem estabelecido que é
nesta fase que os ovários produzem tão pouco estrogênio que novos óvulos não
são mais liberados.
Algumas mulheres entram em menopausa mais cedo do que o normal (antes
dos 50 anos) e isso pode ocorrer por diversas razões como:

• ter histórico familiar de menopausa precoce;


• ser fumante;
• ter realizado histerectomia (remoção do útero);
• ter se submetido a tratamentos de câncer.
Pós- menopausa
• Corresponde ao período após o evento da menopausa. Durante esse estágio,
os sintomas climatéricos (ondas de calor, insônia, ganho de peso, mudanças de
humor, ressecamento vaginal e queda na libido) permanecem e podem se
intensificar. Algumas mulheres continuam a senti-los por até uma década após
a menopausa!
É fundamental que as mulheres se mantenham saudáveis neste
período, pois existem várias complicações de saúde associadas à
pós-menopausa.
A osteoporose, por exemplo, é uma das mais recorrentes. A
diminuição da densidade mineral e resistência óssea ocorrem,
principalmente, devido à deficiência de estrogênio, e estas
alterações aumentam muito o risco de fratura.
O que é menopausa?
• A menopausa marca a fase final do ciclo da vida reprodutiva da mulher e é definida como
a data de ocorrência da última menstruação natural. Ela não acontece de repente, e é por isso
que esperamos um ano sem menstruar para ter certeza de que a menopausa aconteceu. O
processo começa com uma diminuição gradual da produção dos hormônios sexuais, o
chamado climatério, que provoca a interrupção das funções reprodutivas e menstruais. Nessa
fase, irregularidades menstruais são bastante frequentes.
•      Em termos gerais, a menopausa acontece entre os 45 e 55 anos de idade, e a transição
para a menopausa começa entre três a sete anos antes disso.
•   Nos homens, a partir dos 50 anos, a produção de hormônios pelos
testículos começa a diminuir de forma lenta e gradual, porém
persistindo por toda a vida. Nas mulheres, os hormônios ovarianos
diminuem de maneira mais aguda a partir da menopausa. O
desempenho sexual de homens e mulheres diminui naturalmente
com queda dos níveis hormonais, mas diminuir não significa
terminar.
O que acontece quando o estrogênio
diminui?
• A menopausa começa quando os ovários param de produzir ou
produzem muito pouco estrogênio, o que provoca o fim do ciclo
menstrual. Por isso, o primeiro indício de que a menopausa se
aproxima costuma ser a desregulação do ciclo menstrual.
Relembrando: só é considerado que uma mulher entrou
oficialmente na menopausa um ano após a última menstruação.
A queda dos níveis de estrogênio pode dar origem a outros sintomas
comuns, tais como:

• redução da libido;
• ressecamento vaginal;
• flutuações de humor;
• fadiga e insônia;
• tontura, dor de cabeça;
• sudorese e ondas de calor (fogachos);
• ansiedade;
• depressão;
•  palpitações cardíacas;
• dor ou desconforto muscular e nas articulações;
• Esses fenômenos são comuns por conta da grande variação
hormonal. Muitas vezes são compreendidos exclusivamente como
quadros psíquicos e, por isso, acabam não sendo tratados
adequadamente.

• Cerca de 80% das mulheres sofrem com os fogachos, que são as


ondas de calor involuntárias. Esse é um dos sintomas que mais
incomoda as mulheres por um período de aproximadamente quatro
anos – os dois anos anteriores à última menstruação e os dois anos
posteriores a ela.
•Todos os sintomas e as consequências da carência hormonal podem ser tratados, com a
orientação médica, pela terapia de reposição hormonal, ou seja, a substituição dos hormônios,
que antes eram produzidos pelos ovários, por hormônios administrados através da pele
(adesivos transdérmicos), por via oral (comprimidos) e, mesmo, por injeções intramusculares ou
por cremes vaginais.
•A administração de hormônios em comprimidos por via oral é a forma mais antiga utilizada
na prática clínica. Modernamente, vem-se utilizando a via transdérmica com a mesma
finalidade.
•Os sistemas transdérmicos são constituídos por adesivos colocados sobre a pele, que liberam
diretamente para o sangue o estrogênio e o progestogênio, ou seja, os hormônios que deixaram
de ser fabricados pelo ovário.
•Por isso, esse método é considerado "fisiológico", pois se
assemelha à fisiologia normal do ovário. Os sistemas de
adesivos sã trocados só a cada 3 ou 4 dias, permitindo maior
comodidade no tratamento.
• Os cremes vaginais são muito úteis no tratamento dos sintomas locais (por exemplo,
secura vaginal), mas não têm efeito no restante dos sintomas. Já os medicamentos injetáveis,
praticamente não são mais utilizados. A melhor forma de tratamento, no entanto, deve ser
indicada pelo médico.
• Depois de iniciado o tratamento com hormônios (terapia de reposição hormonal), as ondas
de calor e os distúrbios do sono começam a diminuir, dentro de duas ou três semanas. Os
sintomas vaginais adversos também diminuem e o envelhecimento da pele é retardado.
• Quando a terapia de reposição hormonal se realiza no momento adequado, ela também
pode prevenir o enfraquecimento dos ossos (osteoporose) e diminuir os riscos de infarto,
pressão alta e "derrames" cerebrais.
• A terapia de reposição hormonal "combinada" (que associa a
administração de estrogênio com progestogênio), indicada para mulheres
com útero intacto, pode causar um sangramento a cada ciclo, justamente
por simular o funcionamento normal dos ovários.
• Esse sangramento assemelha-se a uma pequena menstruação,
prevenindo que o útero venha a desenvolver hiperplasia endometrial.
• O tratamento de reposição hormonal não faz crescer pelos, não
engorda e não causa câncer.
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=LNitOgMtpsk
• É importante se lembrar de que a menopausa é apenas outra fase da vida, e a boa notícia é
que muitos de seus sintomas podem ser controlados.
- Aqui estão alguns pontos adicionais para ter em mente:
• É possível contrair doenças sexualmente transmissíveis em qualquer idade, então é essencial
que as pessoas usem preservativos mesmo após os 50 anos.
•  Durante o primeiro ano após a última menstruação, é importante usar algum método
contraceptivo para evitar uma gravidez indesejada, pois a ovulação pode acontecer
espontaneamente durante esse período.
•  Não deixe de acompanhar o seu ciclo menstrual e nem passe mais de um ano sem visitar o
ginecologista. Dessa forma, é possível detectar e prevenir problemas. Nada substitui uma boa
avaliação médica.
OBRIGADA!!!

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