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CLIMATÉRIO E

MENOPAUSA
SAUDE DA FAMÍLIA VI
PEDRO IVO BITTENCOURT SANTANA
CLIMATÉRIO E MENOPAUSA
 Fase biológica da vida e não um processo patológico;

 Perimenopausa:
 Estágio –2 da transição menopáusica até 12 meses após a DUM;

 Menopausa;

 Pós-menopausa;

 Climatério: pré e pós-menopáusico;


Menopausa

 Falência ovariana;

 Em torno dos 50 anos de idade;


 Diagnóstico é retrospectivo;
 Natural ou artificial (iatrogênica);
 Precoce (antes dos 40 anos) ou tardia (após
os 55 anos);
PÓS-MENOPAUSA

 Estágio
+1 (precoce): primeiros 5 a 8 anos após a última
menstruação;
 Decréscimo adicional e completo da função ovariana e
perda óssea acelerada, com persistência frequente dos
fogachos;

 Estágio+2 (tardio): início 5 a 8 anos após a DUM até o


fim da vida; (até os 65 anos);
QUADRO CLÍNICO
 Assintomática;
 Pelo menos um sintoma em até 84% das mulheres;
 Sintomas vasomotores (frequentes: ≥ 6 dias nas 2 semanas anteriores);
 Irregularidade menstrual;
 Fogachos;
 Alterações de humor;
 Distúrbios do sono;
 Sintomas inespecíficos;
 Artralgias/mialgias,
palpitações, diminuição da memória e do interesse
pelas atividades de rotina;
 Síndrome Urogenital(SUG): ressecamento vaginal e incontinência,
problemas sexuais (diminuição da libido, dispareunia);
ABORDAGEM GERAL

 Atendimento individualizado;

 Exames complementares;
 Prevenção quaternária;

 Orientações;
ANAMNESE
 Idade da menarca e DUM;
 Irregularidades menstruais;
 Método anticoncepcional utilizado;
 Antecedentes pessoais e familiares;
 DCNT, neoplasias;
 Orientação sexual e alterações sexuais;
 Dados obstétricos;
 Trato gastrintestinal e Genitourinário (infecções, incontinência);
 Hábitos alimentares, atividades físicas, patologias e uso prévio de medicações;
 Fatores de risco (fumo, álcool em excesso);
EXAME FÍSICO
 IMC, circunferência abdominal;
 Pressão arterial;
 Ausculta cardíaca e pulmonar, palpação da tireoide, do abdome e
observação dos membros inferiores;
 Mamas, axilas e cadeia ganglionar;
 Abdome e pelve;
 Inspeção da vulva (trofismo, coloração ou adelgaçamento da pele
e mucosa);
 Inspeção dinâmica: prolapsos genitais;
 Exame especular: rugosidade da mucosa, lubrificação do colo e da
vagina;
EXAMES COMPLEMENTARES
 Na maioria das vezes desnecessários;
 Diagnóstico clínico;

 Se menopausa cirúrgica ou dúvida em relação à situação


hormonal;
 Dosagem FSH: suficiente para o diagnóstico de
hipofunção/falência ovariana quando > que 40 mUI/mL;
PERFIL HORMONAL NA MENOPAUSA

 Estradiol;
FSH;  Testosterona;
Androstenediona;
LH;

 Inibina;

 Principal estrogênio após a menopausa: estrona;


COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA

 Se dificuldades na coleta e prejuízo da amostra (atrofia e colpite


atrófica);

 Creme vaginal de estriol 0,1% por 1 a 3 meses;


 Por 21 dias seguidos com pausa de 7 dias ou;
2 vezes por semana, com pausa 48 horas antes da coleta;
AVALIAÇÃO ENDOMETRIAL
 Antes do início da TRH;
 Ultrassonografia transvaginal:

 Normal: até 5 mm (e até 8 mm nas mulheres usuárias de TH);

 Se espessamento  investigação por histeroscopia e biópsia;


TRATAMENTO
 MEV;

 TH tópica;

 Terapia de reposição hormonal (TRH) sistêmica;

 Terapia farmacológica não-hormonal;

 Fitoterápicos;
TRATAMENTO
 MEV;
 Sintomas vasomotores leves;
 Resfriar o ambiente;
 Vestir-se de acordo com clima;
 Tomar banhos frequentes;
 Dieta saudável e controle do peso;
 Exercícios físicos regulares;
 Cessação do tabagismo;
 Suspensão / moderação etilismo;
Terapia estrogênica tópica

 Sintomas urogenitais (vaginite atrófica, síndrome


uretral ou incontinência urinária) não aliviados
com medidas conservadoras;

 Sintomas genitourinários isolados;

Estriol,
promestrieno ou estrogênios equinos
conjugados;
TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH)

 Se
< 60 anos ou < 10 anos do início da menopausa e sem
contra-indicações:
Relação risco-benefício mais favorável para o tratamento;

 Seiniciam > 10 ou 20 anos após o início da menopausa


ou > 60 anos  maiores riscos absolutos de doença
cardíaca coronária, AVC, TEV e demência;
 Maior cautela no início do tratamento;
TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH)

 Tratamento mais eficaz para os sintomas vasomotores


(SVMs) e para a síndrome genitourinária (SGU);
 Previne a perda e fratura óssea;

 Riscos: tipo, dose, duração do uso, via de administração,


momento da iniciação, se progestagênio é usado;
CUIDADOS NA TRH

 Mulherespreviamente hígidas: risco de um evento


adverso é baixo: seguro para a maioria;

A mais efetiva é a reposição estrogênica;

 Mulheres
não hieterectomizadas: acrescentar o
progestagênio;
CONTRAINDICAÇÕES À TRH
 História de câncer de mama;
 Câncer de endométrio;
 Sangramento genital não esclarecido;
 Doença arterial coronariana;
 Porfiria;
 Antecedentes de doença tromboembólica ou AVC;
 Doença hepática em atividade;
 Alto risco para o desenvolvimento de tais complicações;
RISCOS DA TRH
 Para minimizar:
 Uso de doses mais baixas de estrogênio e progestogênios;
 Uso de terapias transdérmicas (evitar o efeito de primeira passagem
hepática);
 Combinação de estrogênio conjugado com o bazedoxifeno (fornece
proteção endometrial sem necessidade de progesterona);

 TRH pode ser inadequada se:


 Risco de doença cardiovascular;
 Risco de doença tromboembólica;
 Risco aumentado neoplasias (mama, útero);
NÃO SÃO INDICAÇÕES DE TRH

 Prevençãoprimária ou secundária de doenças


cardiovasculares;

 Prevenção da deterioração da função cognitiva /


demência;

 Prevenção da osteoporose pós-menopáusica;


TIBOLONA
 Esteroide sintético (metabólitos com propriedades
estrogênicas, androgênicas e progestogênicas);
 Reduz os sintomas vasomotores e efeitos benéficos na DMO;

 Dose diária de1,25mg ou 2,5 mg - contínuo;

 Riscos;
 Atenção: aumento do risco de câncer de mama em mulheres que
já sofreram de câncer de mama no passado (risco de recorrência);
 Aumento do risco de AVC em mulheres > 60 anos;
TERAPIA SISTÊMICA NÃO HORMONAL
 Ondas de calor moderadas a severas ocorrendo durante o dia e a
noite;
 Estrogênio contraindicado ou não bem tolerado;
 Mulheres que pararam a terapia com estrogênio e estão
apresentando sintomas recorrentes, mas desejam evitar a retomada
de estrogênio;
 Sintomas moderados a graves e predominantemente diurnos: paroxetina ou
citalopram;
 Sintomas predominantemente noturnos: gabapentina;
 Em uso de tamoxifeno por qualquer indicação: citalopram, escitalopram ou
venlafaxina; Clonidina;
FITOTERÁPICOS

 Soja (Glycinemax);
 Trevo vermelho (Trifoliumpratense);
 Cimicífuga (cimicífuga racemosa);
 Hipérico (Hypericum perforatum);
 Valeriana;
 Melissa (Melissa officinalis);
CONTRACEPÇÃO
 É possível que a mulher engravide no período perimenopáusico;
 Ausência de menstruação por por 1 ano;
 FSH > 40UI/mL;

 Pode usar qualquer método anticoncepcional (respeitados os


fatores individuais);

 Só iniciar TRH após a suspensão de qualquer método


anticoncepcional hormonal. Importância da dupla proteção;
QUANDO REFERENCIAR

 Menopausa precoce;
 Dúvidas quanto aos riscos ou contraindicações da TH;
 Efeitos colaterais persistentes e de difícil controle da TH;
 Metrorragia após a menopausa;
 SUA em mulheres usando terapia TH;
 Sintomas suspeitos de neoplasia ginecológica e mamária;
 Prescrição e controle da TH, nos casos em que não esteja capacitado
a fazê-lo;
Obrigado!

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