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DOENÇAS REUMATOLÓGICAS
02/03/2022
Artrite Reumatóide
• INTRODUÇÃO • Acomete ambos os sexos, com predomínio no feminino (proporção de
3:1
• EPIDEMIOLOGIA
• fator de risco independente para doença cardiovascular (DCV),
principal causa de mortalidade nessa população,
• cerca de 0,5% a 1% da população caucasiana
• ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
• taxas mais baixas entre os descendentes de asiáticos e africanos.
• dedo em fuso – secundário à tumefação das articulações IFP; • Os cotovelos, tumefeitos e dolorosos pela presença de inflamação,
podem apresentar-se em rigidez viciosa: semiflexão com
semipronação de antebraços.
• dedo em pescoço de cisne – ocorre pela hiperextensão das
articulaçõesIFP e flexão das IFD
• O acometimento das coxofemorais (CXF) ocorre de forma mais rara na
AR, mas tende a levar a uma atitude de semiflexão e adução, muito
• dedo em botoeira – caracterizado por uma flexão das articulações IFP incapacitante para a marcha, para a relação sexual e para o parto.
e hiperextensão das IFD
• mais precoces : pequenas articulações das mãos e pés • identificar e estimar o volume de tecido sinovial hipertrofiado, que, por
sua vez, correlaciona-se com o desenvolvimento futuro de dano
cartilaginoso e erosões ósseas.
• US
• detecta sinovite, acúmulo de fluido articular e erosão óssea • avaliar o lado mais acometido, e as áreas de interesse são punho,
articulações metacarpofalangianas e interfalangianas proximais.
• não fornece informações úteis sobre o acometimento intraósseo
(edema ósseo).
• RM
• MANEJO
• Objetivos : remissão clínica (ausência de processo inflamatório clínico• Combinação delas se fatores de mau prognóstico.
e laboratorial) e a inibição da progressão do dano estrutural
(radiográfico e funcional)
• Agentes biológicos
• Corticoide
• indicados para os pacientes que falham ao tratamento com pelo menos
dois dos esquemas propostos anteriormente, incluindo metotrexato.
• não deve ultrapassar o equivalente a 15 mg/dia de prednisona.
Reduzir lentamente até dose pequena de manutenção (5 mg/dia) por
período prolongado e variável. • utilizados associados a uma DMCD, preferencialmente com
metotrexato.
• cristais de cistina
Artropatia por cristais - GOTA
• INTRODUÇÃO • sexo masculino (95% dos casos) entre 30 e 60 anos;
• artrite inflamatória induzida por deposição de cristais de monourato de• mulheres mais tardia,após a menopausa, em parte por causa do
sódio no líquido sinovial e em outros tecidos declínio nos níveis de estrógeno, que tem efeito uricosúrico
• EPIDEMIOLOGIA • prevalência aumenta com a idade, chegando até 7% nos homens com
mais de 65 anos e até 3% nas mulheres com mais de 85 anos
• incidência anual de gota foi de 4,9% naqueles com nível sérico > 9
mg/dL, em comparação com a incidência anual de 0,5% naqueles com
os níveis entre 7 e 8,9 mg/dL e 0,1% quando < 7 mg/dL.
• Hiperuricemia • quanto mais elevado o nível sérico de ácido úrico, maior o risco de
gota
• fator preditivo para o desenvolvimento de hipertensão e doença• síndrome metabólica (obesidade, hiperglicemia, hipertensão,
coronariana e, quando presente em hipertensos, está associado a hiperlipidemia).
elevada morbimortalidade cardiovascular.
• Gota primária ou idiopática • Ausência da enzima uricase (urato-oxidase), que oxida o ácido úrico a
alantoína + alta taxa de reabsorção renal de urato-> hiperuricemia e
gota.
• erro inato no metabolismo das purinas (defeito enzimático específico,
caracterizado em apenas 10% dos pacientes), com superprodução de
ácido úrico e/ou por defeito intrínseco na excreção renal de urato• Níveis plasmáticos elevados de urato (acima de 6,8 mg/dL) ->
(principal mecanismo de gota primária – 90% dos pacientes) supersaturação e formação de cristais, levando à gota
• Condições associadas : obesidade, hipertensão arterial sistêmica,• 90% dos pacientes : hiperucemia por defeito na excreção renal do
hipertrigliceridemia, consumo excessivo de bebida alcoólica. ácido úrico com disfunção no transporte do urato nos túbulos
proximais.
• DOR • A crise aguda tem curta duração, geralmente de horas a poucos dias,
seguindo-se uma fase assintomática, denominada período
intercrítico.
• dor mono ou oligoarticular, de início súbito, contínua em duração,
geralmente de forte intensidade e acompanhada por calor, rubor e
edema. • Período intercrítico
• intensidade máxima, em geral, dentro de 12 a 24 horas do começo• Período assintomático, com duração muito variável. Na maioria das
dos sintomas, e pode ser tão intensa que o paciente não suporta o vezes, um segundo ataque de gota pode ocorrer depois de 6 meses a
contato de vestuário e lençol com a região afetada. 2 anos; em outros casos, o próximo ataque só ocorrerá 5 a 10 anos
depois, e alguns pacientes nunca sofrerão um segundo ataque.
• Acomete com mais frequência a articulação metatarsofalangiana do
hálux (“podagra”), além das articulações dos demais pododáctilos,• Gota tofácea crônica
tarsometatársicas, tibiotársicas, joelhos, punhos, mãos e cotovelos.
• Desaparecem os períodos intercríticos e a dor passa a ser contínua,• Podem ser causa de neuropatia compressiva no punho (síndrome do
em várias articulações, de moderada intensidade e com poucos sinais túnel do carpo) e no cotovelo (neuropatia ulnar)
inflamatórios.
• CRONICIDADE
• artrite reativa
• reumatismo palindrômico
Artropatia por cristais - GOTA
• TRATAMENTO • ARTRITE AGUDA
• 3. prevenir e reverter as complicações da hiperuricemia decorrentes da • Associar a inibidores da bomba de próton (p. ex., omeprazol) para
formação dos tofos e da deposição de cristais de MUS nos rins e em diminuir o risco de hemorragia.
outros tecidos, além dos danos nas articulações.
• CORTICOSTEROIDES
• anakinra, 100mg/dia, SC, por 3 dias (grau de evidência B);
• prednisona, por via oral, na dose de 0,5 mg/kg/dia, com redução• ARTROCENTESE
progressiva.
• importante para alívio de uma crise refratária à medicação sintomática,
• Metilprednisolona intravenosa ou intramuscular, 0,5 a 2 mg/kg/dia ou além de coadjuvante no diagnóstico diferencial de artrite aguda.
triancinolona 40 mg, IM, repetida 12 horas após se necessário, podem
ser úteis em pacientes que não podem usar medicação oral.
• INDICACOES : dois ou mais ataques de gota por ano, gota tofácea• bloqueia a conversão de hipoxantina em xantina e, desta, em ácido
clínica ou por estudo de imagem, artrite erosiva, doença renal crônica úrico, por meio da inibição competitiva da xantina-oxidase.
e a nefrolitíase por ácido úrico.
• 100 (dose inicial) a 800 mg/dia em pacientes com função renal normal
• Objetivo : atingir níveis séricos de ácido úrico < 6 mg/dL, lembrando-se (iniciar com 50 mg/dia se houver disfunção renal). DOSE ÚNICA
que níveis < 5 mg/dL aceleram a reabsorção de tofos.
• agentes uricosúricos que diminuem a reabsorção renal de ácido úrico• A síndrome de hipersensibilidade ao alopurinol (vasculite difusa com
através da URAT1 (bomba de troca urato-ânion nos túbulos rash cutâneo, febre, eosinofilia, insuficiência renal progressiva e
contorcidos proximais dos néfrons) hepatite) é rara, grave e pode ser fatal. Ocorre, principalmente, em
indivíduos com insuficiência renal e em grupos populacionais de alto
risco (todos os chineses e tailandeses).
Artropatia por cristais - GOTA
• azatioprina ou 6-mercaptopurina, dose destes medicamentos deverá• opção no tratamento de pacientes intolerantes ao alopurinol e
ser reduzida à metade, pois poderá ocorrer mielossupressão grave. naqueles com insuficiência renal crônica ( não metabolizado no
fígado )
• Uricosúricos
• Pegloticase
• GOTA NO IDOSO
• Principal : CONDROCALCINOSE
• EPIDEMIOLOGIA
• ETIOPATOGENIA
• Pseudogota (Artrite Aguda por CPPD) • associada a deformidade em valgo dos joelhos e contraturas em
flexão.
• Sinovite aguda, mais comum em idosos, geralmente monoarticular, com
dor forte e edema • Algumas dessas localizações são incomuns na OA (punhos,
articulações metacarpofalangianas e cotovelos)
• instala-se em 6 a 12 horas com resolução em 1 a 3 semanas.
• Pseudorreumatoide (Artrite Inflamatória Crônica por CPPD
• O joelho é uma das articulações mais acometidas, seguida pelo punho,
ombro, cotovelo e tornozelo. • Sinovite crônica que acomete grandes e médias articulações de forma
simétrica, podendo cursar com rigidez matinal, fadiga e hiperplasia
sinovial. Todavia, a artrite não é erosiva
• Precipitada por trauma articular, intercorrências clínicas (infecções,
Doenças por Deposição de Cristais de Pirofosfato Di-hidratado de
Cálcio (Cristais de CPPD)
• Pseudoneuropáticas • Solicitar para excluir causas tratáveis : cálcio sérico, fósforo,
paratormônio, fosfatase alcalina, cinética do ferro, TSH e magnésio
• Aspectos laboratoriais
• alterações degenerativas articulares, principalmente nos punhos e
joelhos (comprometimento tricompartimental).
• líquido sinovial em geral é inflamatório.
• Pseudogota
• TRATAMENTO
• Artrite calcificada crônica (síndrome de Milwaukee): ocorre em
idosos, geralmente mulheres, com predileção por grandes articulações,
como ombros, quadris e joelhos, predominantemente monoarticular.• fase aguda utiliza-se AINHs e corticoide oral e intra/periarticular
Apresenta-se como artrite destrutiva associada a derrame articular, é associados a repouso articular.
extremamente limitante e tem rápida evolução para artrose.
• fase crônica, a fisioterapia mantém a mobilidade da área afetada
• DIAGNÓSTICO reduzindo a rigidez articular e o risco de capsulite adesiva, além de
auxiliar no controle álgico.
Introdução
• Doença inflamatória crônica, acomete SI e a coluna vertebral; articulações periféricas (menor extensão)
• doença inflamatória crônica de etiologia desconhecida
• espondiloartropatia soronegativa afeta principalmente o esqueleto axial, as articulações sacroilíacas e a pelve.
• sexo masculino na proporção de 2-4:1/ relação homem/mulher de 1:3
• primeiros sintomas entre 20 e 35 anos / 20 e 40 anos
• Caucasianos prevalência do HLA-B27
• 88 a 96% dos pacientes que têm espondilite anquilosante são HLA-B27-positivos
• apenas 5% da população de HLA-B27 desenvolve espondilite anquilosante.
• Prevalência 0,1% a 0,2% população em geral; 0,5% a 1,0% HLA-B27 positivo
Espondilite Anquilosante
CLÍNICA
• RIGIDEZ MATINAL, DOR CRÔNICA E RIGIDEZ NA COLUNA MÉDIA E INFERIOR DOR NA NÁDEGA
PROVENIENTE DA ARTICULAÇÃO SACROILÍACA
• coluna vertebral, provoca perda da lordose da coluna lombar e cifose progressiva da coluna cervical e torácica
• progressão da doença forma ascendente, coluna torácica – além da dor – redução da expansibilidade e
aumento da cifose
• acometimento articular periférico: comum nas grandes articulações, como as coxofemorais, joelhos, ombros e
tornozelos, e predomina MMII; ENTESITES ocorrem em 1/3 (tendão de Aquiles ou inserção da fáscia plantar)
Espondilite Anquilosante
CLÍNICA (geraldo)
• Alterações Clínicas Extra-articulares astenia, fadiga, hiporexia, emagrecimento leve e febrícula.
• Uveíte aguda
• manifestações cardíacas: distúrbios de condução do ritmo cardíaco, insuficiência aórtica, pericardite e miocardite
• síndrome da cauda equina complicação rara, secundária a uma aracnoidite, dor nas nádegas e nas faces internas das
coxas e pernas, alterações sensoriais e motoras
• Manifestações Laboratoriais
Manifestações Radiográficas
•fusão das articulações sacroilíacas bilateralmente
•osteopenia periarticular, "arredondamento" dos cantos dos corpos vertebrais
•Poupa o ligamento longitudinal anterior e o disco, aparência de "coluna em bambu“
•instabilidade atlantoaxial
•GERALDO: envolvimento das articulações sacroilíacas; Incidência Ferguson modificada (posição supina, os
joelhos e quadris fletidos, o tubo de raios X centrado em L5-S1 e angulado a 25 a 30 graus em direção cranial)
• Figura 13.4.2. RX AP de bacia:
esclerose difusa das superfícies Figura 13.4.3. Radiografia da coluna lombar em incidência
articulares bilateralmente, redução dos oblíqua mostrando delicados
espaços e irregularidade das sindesmófitos anteriores, calcificação dos discos
superfícies articulares. intervertebrais e calcificação dos processos
espinhosos em paciente com espondilite anquilosante
Espondilite Anquilosante
DIAGNÓSTICO
Critérios modificados de Nova York (1984): EA definida quando ocorre sacroileíte bilateral de graus 2-4 ou sacroileíte
unilateral graus 3-4, com pelo menos um dos seguintes critérios clínicos:
1. Dor lombossacra com pelo menos 3 meses de duração, que melhora com exercício e não alivia com o repouso
3. Redução da expansibilidade torácica, medida no quarto espaço intercostal, relativa a valores normais para a idade
e sexo
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
PROGNÓSTICO E TRATAMENTO
• 1º anti-inflamatórios não hormonais, que aliviam a dor, diminuindo a inflamação das articulações.
• M=H
• 5-10% acomete IFD / 15-20% erupção psoriática / 15% alteração nas unhas
• CASPAR (Classification Criteria for Psoriatic Arthritis) diferencial valoriza a história familiar, não da
importância absoluta a negatividade do fator reumatoide (FR).
ARTRITE PSORIÁSICA
• Alterações Radiográficas
• predileção pelas articulações interfalangianas distais
• afinamento de falanges terminais*
• ausência de osteopenia periarticular difere da artrite reumatoide
• artrite periférica mutilante
• Assimetria
• lesões típicas como pencil in cup
• acometimento axial, a sacroileíte e a distribuição dos sindesmófitos costumam ser assimétricas
• Acroosteólise – erosão dos tufos das falanges terminais
• Deformidade lápis na taça – escavação das extremidades proximais das falanges e metacarpos
• 3 tipos: 1: articulação precoce, pele tardia. LEVE
• 2: articular tardio; pele precoce. GRAVE
• 3: simultâneo pele e articulação. IMPREVISÍVEL
ARTRITE PSORIÁSICA
• Prognóstico e Tratamento
• microrganismos em maior quantidade nas placas de psoríase, punção articular CONTRA INDICADA em lesões
cutâneas de psoríase
• positividade do HLA-B27
• ambos os sexos
• 4 ou – articulações, assimétrico
• Homens jovens
• rigidez articular, calor, edema e certo grau de rubor nas articulações afetadas
• Diagnóstico
• Critérios mais utilizados são os do III Workshop Internacional de ARe de 1996:
• oligoartrite assimétrica predominante em membros inferiores,
• evidência de infecção prévia ou atual
• Excluindo-se outra enfermidade reumática.
• A manifestação articular, dentro de 1 mês após a infecção desencadeante
ARTRITE REATIVA
• Curso e Prognóstico
• quatro tipos :
• autolimitada, 6 a 12 meses, pode não mais recorrer. 35% dos pacientes
• remissão, mas recorre de forma intermitente (de artrite, de entesite ou extra-articular) 35%
• evolui com períodos de melhora e de piora, sem remissão completa. 25% dos enfermos.
• 5% doença inflamatória ativa e persistente podem apresentar artrite destrutiva grave de múltiplas articulações e/ou
alterações da coluna vertebral.
• fatores de risco em relação à cronificação: falta de aderência ao tratamento; presença do HLA-B27; sexo
masculino; presença de manifestações viscerais; identidade do agente agressor.
• Chlamydia trachomatis tem prognóstico pior.
• Tratamento
• Semelhante as outras