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Introdução
A prática regular de exercícios físicos desempenha um papel essencial na promoção da saúde
e do bem-estar. O estilo de vida moderno, muitas vezes sedentário, tem levado a um aumento
alarmante de doenças crónicas e problemas de saúde. No entanto, incorporar a atividade
física na nossa rotina diária pode trazer uma série de benefícios significativos para o corpo e
a mente.
Nas páginas que se seguem, tentarei desenvolver as razões pela qual é importante praticar
exercício físico, enumerando os seus inúmeros benefícios.
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1. Definição e diferença entre Atividade Física e
Exercício Físico
A Atividade Física pode ser definida como qualquer movimento corporal produzido pelos
músculos esqueléticos que implica consumo de energia.
Pode incluir atividades como caminhar, subir escadas, limpar a casa ou realizar tarefas no
jardim. A atividade física pode ser planeada ou não e pode variar em intensidade. O objetivo
principal da atividade física é aumentar o gasto energético e promover um estilo de vida
ativo.
Esta definição de atividade física está intimamente relacionada, mas difere, da de exercício
físico. O exercício físico, é uma forma específica de atividade física que é estruturada,
repetitiva e tem como objetivo melhorar ou manter a aptidão física. O exercício físico é
planeado e realizado com o propósito de atingir metas específicas relacionadas com a saúde,
condicionamento físico, perda de peso ou desempenho atlético, pelo que é normalmente
realizado de forma mais intensa e sistemática do que a atividade física geral.
Ambos os conceitos são importantes para um estilo de vida saudável, pelo que podem ser
aplicados nos benefícios que se seguem.
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A doença arterial coronária (DAC), é a principal forma de doença cardiovascular,
respondendo por 56% de todas as mortes por doença cardiovasculares em 1980.
Aproximadamente uma em cada três mortes ocorre por doença arterial coronária, tornado-
-a isoladamente a principal causa de morte nos Estados Unidos.
A doença arterial coronária é quase sempre o resultado de arteriosclerose, que provoca um
estreitamento e endurecimento das artérias. Como as artérias coronárias, isto é, as artérias
que nutrem o miocárdio, se tornaram estreitas e endurecidas, instala-se um desequilíbrio entre
a procura e oferta de oxigénio.
Durante momentos de stress ou exercícios
físicos intensos, o coração pode bater a uma
frequência muito elevada, o que aumenta o
consumo de oxigénio e energia. No entanto, se as
artérias coronárias estiverem estreitadas num
ponto crítico, a oferta de oxigénio para o coração
pode tornar-se insuficiente para satisfazer essa
maior demanda. Isso pode resultar numa
sensação de pressão no peito, conhecida como
angina de peito, causada pela falta de fluxo
sanguíneo adequado para uma região específica
do músculo cardíaco. Se a artéria coronária ficar
completamente obstruída ou se um coágulo
sanguíneo se alojar nessa área, pode ocorrer um
enfarte do miocárdio, também conhecido como Figura 1: Vasos obstruídos (doença coronária)
ataque cardíaco. Outra forma de ataque cardíaco
que frequentemente leva à morte é um distúrbio no ritmo cardíaco, isto é, uma arritmia.
Das doenças cardiovasculares a de maior prevalência é a hipertensão. Hipertensão é
simplesmente uma condição na qual a pressão sanguínea se mantém cronicamente elevada
acima de níveis considerados normais para a idade e a altura da pessoa. A hipertensão é
frequentemente chamada de “assassino silencioso”, uma vez que muitas vezes não apresenta
sintomas óbvios, mas pode aumentar significativamente o risco de acidentes vasculares
cerebrais (AVC) e insuficiência renal, por exemplo.
Fatores de Risco das Doenças Cardiovasculares
Para prevenir essas doenças, é importante identificar os fatores de risco que contribuem para
o seu desenvolvimento. Esses fatores podem ser classificados como não modificáveis (como
idade e histórico familiar) e modificáveis. O conhecimento e controlo dos fatores de risco
modificáveis são essenciais para a prevenção das principais doenças cardiovasculares.
Os principais fatores de risco são:
1. Alimentação inadequada (elevados níveis de Colesterol no
sangue)
2. Hipertensão arterial
3. Sedentarismo
4. Stress
5. Obesidade
6. Diabetes
7. Consumo de tabaco
8. Consumo de álcool
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Estudo de Framingham
O Estudo do Coração de Framingham foi um estudo cardiovascular a longo prazo e contínuo
dos residentes da cidade de Framingham, Massachusetts. Antes do estudo, pouco se sabia
sobre as doenças cardiovasculares, sendo portanto grande parte do conhecimento atual,
baseada neste estudo.
Ao longo dos anos, o estudo revelou a importância da adoção de um estilo de vida saudável,
incluindo uma dieta equilibrada e exercícios regulares, na prevenção de doenças cardíacas.
Mas de que forma o exercício físico ajuda na prevenção de doenças
cardiovasculares?
O exercício físico regular oferece uma série de benefícios para o sistema cardiovascular, in-
cluindo:
1. Fortalecimento do coração
5. Redução do stresse
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Existe consenso entre as autoridades médicas e de saúde pública de que níveis baixos de
atividade física aumentam o risco de doenças cardiovasculares e mortalidade por outras
causas. Estudos realizados nos Estados Unidos mostraram consistentemente que
aproximadamente 80% da população adulta tinha atividade física insuficiente, causa do
aumento dos casos de doenças cardiovasculares.
Combate à obesidade
O exercício físico desempenha um papel fundamental no combate à obesidade. A obesidade
é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e está associada a
um risco aumentado de várias doenças, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2,
hipertensão arterial e certos tipos de cancro.
O exercício físico regular tem vários benefícios no combate à obesidade como a queima de
calorias e a preservação da massa muscular – O exercício físico aumenta o gasto energético
do corpo, o que ajuda a queimar calorias. Quando combinado com uma alimentação
equilibrada, o exercício pode criar um défice calórico, levando à perda de peso. Durante a
perda de peso, é comum ocorrer a perda de massa muscular juntamente com a perda de
gordura. O exercício físico ajuda a preservar a massa muscular magra, promovendo uma
composição corporal mais saudável.
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Os resultados mostraram que os ratos que tinham acesso à roda de exercício apresentaram
um desempenho significativamente melhor no labirinto em comparação com o grupo sem
acesso à roda.
Além disso, observou-se que o exercício físico estimulava a neurogénese, ou seja, a formação
de novos neurónios no cérebro dos ratos. Tal pode ter contribuído para a melhoria da cog
nição.
Conclui-se portanto que o exercício físico regular pode ter benefícios significativos para a
cognição, tanto em ratos quanto em seres humanos. A atividade física pode melhorar a plas-
ticidade cerebral, aumentar a circulação sanguínea e promover a liberação de substâncias
químicas benéficas para o cérebro, como os neurotransmissores e fatores de crescimento.
Estudos científicos mostram que o exercício físico não apenas melhora o bem-estar, mas
também previne e reduz os sintomas de depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outros
transtornos mentais. Por exemplo, tanto o exercício aeróbio quanto o de resistência têm se
mostrado eficazes na redução dos sintomas da depressão quando praticados por cerca de 90
minutos semanais.
Os exercícios físicos podem ser uma parte importante do tratamento de transtornos mentais,
juntamente com a psicoterapia e/ou o uso de medicamentos. Estudos mostram que a prática
regular de exercício físico, mesmo por 30 minutos, três vezes por semana, pode ser tão efetiva
como a terapia psicológica e certos medicamentos no tratamento da depressão leve.
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Conclusão
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Anexos
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Referências Bibliográficas
[1] GONÇALVES, Ana da Rocha (2005). A Importância da Atividade Física e seus Benefícios
relacionados com o Risco de Doença Cardiovascular.
[2] Cardio365º (2023). A importância do exercício físico para o coração. Cardio365. Recuperado de
https://www.cardio365.pt/cuidar/a-importancia-do-exercicio-fisico-para-o-coracao/.
[3] RIBEIRO, Maiara (2023). Como os exercícios físicos ajudam na saúde mental. Drauzio Varella.
Recuperado de https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/como-os-exercicios-fisicos-
ajudam-na-saude-mental/.
[4] MCCALL, Pete (2015). Exercise and Hormones: 8 Hormones Involved in Exercise. ACE
Fitness. Recuperado de https://www.acefitness.org/resources/author/58/pete-mccall/.
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