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FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO: TREINAMENTO FUNCIONAL PARA PESSOAS

COM SOPREPESO

Autor: Jéssica Morais Aques


Tutor externo: Priscila Custódio Martins
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Educação Física (BEF 0020) – Trabalho de Graduação
09/06/2021

RESUMO

Esse Trabalho de Graduação, do curso de Bacharel em Educação Física, tem como área
de concentração a Fisiologia do Exercício e como tema o treinamento funcional para
pessoas com sobrepeso. O objetivo foi analisar os benefícios do treinamento funcional
para pessoas com sobrepeso. Justifica-se a escolha do tema, uma vez que acredita-se que a
pessoa que se encontra acima do peso ou já com características próprias da obesidade
enfrenta muitos desafios e precisa de orientação adequada para que não haja um
comprometimento grande de sua saúde. Dessa forma, a busca por uma qualidade de vida
melhor, com atividades físicas regulares, por meio de treinamento funcional pode e deve
ser o caminho a se buscar para alcançar resultados positivos. Dessa forma, ressalta-se a
necessidade de orientar e incentivar a prática de exercícios físicos, como o funcional, para
pessoas com sobrepeso. Utilizou-se de pesquisa bibliográfica. Como resultado mais
significativo, destaca-se que um treinamento de resistência influencia não somente a
capacidade de desempenho do coração, mas também tem uma ação protetora sobre o
órgão, e reduz a influencia de diversos fatores de risco responsáveis por doenças
degenerativas cardiovasculares. Dentre estes fatores podem ser citados: falta de
movimentação, excesso de peso, hipertensão arterial, tabagismo, hiperglicemia e alta
concentração sanguínea de colesterol. É preciso destacar também a importância de
orientação especializada para a prática da musculação e a realização de treinamento
funcional.

Palavras-chave: Treinamento funcional. Sobrepeso. Desafios.

1 INTRODUÇÃO

Devido ao aumento da automação e mecanização das sociedades industrializadas, os


indivíduos gradativamente vêm tornando-se cada vez menos ativos. Os meios de transporte,
os botões, enfim todos confortos da vida moderna, tem trazido inúmeras consequências físicas
ao homem que se "beneficia" deles (CASPERSEN, 2015).
Cada vez mais, as pessoas têm procurado os consultórios médicos com problemas
relacionados ao estilo de vida que estão levando a pouco ​ou quase inexistente prática de
atividades físicas trás consigo inúmeras consequências, tais como as doenças crônico-
degenerativas hipocineticas (artrose, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade, etc).
Estas doenças vêm aumentando o índice de inválidos e até mesmo o aumento do numero de
infartos fulminantes, por exemplo, no mundo inteiro. A inatividade juntamente com a má
alimentação, gera os indivíduos obesos e as consequências desta doença são muito graves
(BRAGA, 2016).
Além destas doenças, o stress do dia-a-dia pode também ser amenizado se, os
indivíduos submeterem-se a uma prática regular de atividade físicas. De acordo com a
ABESO (2010, p.56), “O tratamento da obesidade fundamenta-se nas intervenções para
modificação do estilo de vida, na orientação dietoterápica, no aumento da atividade física e
em mudanças comportamentais”.
A obesidade é uma doença crônica, inflamatória, endócrino metabólica, heterogênea,
multifatorial e caracterizada pelo excesso de gordura corporal. A obesidade extrema ou
obesidade grau III é definida pelo índice de massa corporal [IMC = peso (kg) dividido pela
2
altura (m) ao quadrado] igual ou maior a 40 kg/m . (MOTTA, MELO, 2016).
Nas duas últimas duas décadas, o tratamento cirúrgico teve impacto satisfatório sobre
a obesidade extrema, já que esta população tem múltiplas condições patológicas associadas
que resultam em internações hospitalares. Os efeitos adversos da obesidade no organismo são
bem estabelecidos, estando associada à comorbidades e ao aumento da mortalidade de
pacientes hospitalizados (MOTTA, MELO, 2016).
O estilo de vida pouco saudável que a maioria da população mais favorecida adota
hoje é precursor de um importante problemas de saúde, a obesidade. O excesso de peso, e em
maior escala a obesidade, têm sido alvo de amplos estudos, haja vista que ambos têm sido
apontados, estatisticamente como as principais causas de mortes por doenças cardiovasculares
em todo o mundo (BLAIR, 2014).
Acredita-se que há a necessidade de conscientizar as pessoas com obesidade da
necessidade da prática de atividades físicas, como o treinamento funcional, com supervisão,
para que reflexos positivos na perda de pessoa e na melhoria cada saúde sejam percebidos e
conquistados.
A prática do funcional praticada em academias, trazem vários exercícios aeróbicos e
anaeróbicos que podem ajudar o praticamente a realizar diversos objetivos. É uma
atividade que trabalha vários grupos musculares, resistência física e motora, equilíbrio e
vários outros benefícios.
É um tipo de exercício que pode ser praticada por qualquer pessoa, desde que sejam
respeitados os princípios básicos para elaboração de um programa de treinamento, que são,
prática de atividades físicas apropriada para o individuo (modalidade), intensidade,
frequência, duração e progressão da atividade física. É importante levar em consideração
os aspectos individuais (idade, aptidão física, gênero), clínicos (patologias, medicamentos)
e preferencia a modalidades especificas.
O exercício físico adequado, como treinamento funcional apresentam benefícios em
todos os sentidos, ela ajuda a desenvolver harmoniosamente os grandes grupos musculares, a
coluna vertebral é beneficiada, previne ou diminui o aparecimento de anormalidades
articulares e lesões ligamentares, além de amenizar ou prevenir os efeitos das doenças
crônico-degenerativas.
O principal objetivo foi analisar os benefícios do treinamento funcional para pessoas
com sobrepeso.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO: TREINAMENTO FUNCIONAL E SEUS BENEFÍCIOS


PARA PESSOAS COM SOBREPESO

A atividade física deve ser utilizada principalmente como uma forma de prevenir
doenças, pois ela beneficia principalmente os indivíduos sadios. Durante toda a vida os
indivíduos deveriam praticar e se beneficiar dos efeitos da atividade física.

A atividade física diminui o risco de doenças cardiovasculares em obesos (efeito


hipotensor), além de aumentar a concentração do HDL-colesterol e diminuir a
concentração do LDL-colesterol. Verifica-se também aumento da ação da insulina,
importante fator para a prevenção da Diabetes Tipo II (HOWLEY, 2000, p.89).

​No caso de obesos, ela deve ser adequada a suas condições físicas, uma vez que a
obesidade, em muitas situações, impacta diretamente nas articulações das pessoas.

“Uma das grandes causas do sobrepeso e da obesidade é o sedentarismo, sendo esse


um dos principais fatores do aumento do peso corporal, à frente do excesso de alimentação”
(WILMORE; COSTIL, 2001, p.129).
A obesidade também, em muitas situações, altera a forma postural do individuo pode
significar uma forma de dificuldade do mesmo em se locomover e realizar tarefas simples.
Ela pode representar bem-estar exterior, algum sintoma de doença ou simplesmente uma
atitude de autoestima.
Quando acontece uma queda brusca e repentina, associada a palpitações e tonturas, é
preciso verificar o ritmo cardíaco, uma vez que esses sintomas podem indicar um Infarto
agudo do Miocárdio.
De acordo com Pickleset (2018, p.89)

[...] os batimentos cardíacos são uma evidência concreta de vida. Muita atenção tem
sido dedicada aos diversos aspectos da função circulatória que se modificam com a
idade. Essas alterações resultam em diminuição da capacidade de reserva funcional
do aparelho cardiovascular, afetando, portanto, a tolerância aos esforços.

A queda pode ter a decorrência desde escoriações até traumatismo crânio encefálico
(TCE) e fraturas. Destes que vieram a ter este tipo de consequência, ficam com medo de
andar e vir a ter outra queda, ficando dependentes. Das fraturas que ocorrem em consequência
da queda, a mais perigosa é a de fêmur, que pode vir a ficar dependentes ou se tornar um
óbito.

Se o tratamento não for de forma rápida e a cicatrização for lenta, o indivíduo pode
ter ao longo do acamamento úlceras de decúbito e embolia pulmonar por uma
trombose venosa profunda pela imobilidade prolongada. Devido a essas
dificuldades, torna-se difícil o obeso a vencer o medo de vir a ter outra queda,
tornando-o dependente e agravando a sua qualidade de vida (SALDANHA;
CALDAS, 2004, p.128).

Há um grande receio, na população obesa de sofrer novas fratura e em decorrência das


mesmas adquirir sequelas permanentes. Em razão disso, é importante que a obesidade seja
tratada e a prevenção de problemas graves de saúde seja também acompanhada de atividade
física regular, respeitando sempre os limites e as condições clínicas de cada um.
Dessa forma, acredita-se na importância da implementação de um programa de
exercícios, como treinamento funcional para trazer benefícios e mudanças na condição de
sobrepeso dos indivíduos.
Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade
sempre associado a um estilo de época, a caça dos homens das cavernas para a sobrevivência,
os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito ou de cunho militar como
o exemplo na formação das legiões romanas com suas longas marcha e treinos, mas essa
relação entre a atividade física e o homem em sua rotina diária parece ter diminuído
gradativamente ao longo de nossa evolução.

Um levantamento realizado pelo IBGE entre 2008 e 2009, apresentado pela


Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO)
traz o excesso de peso da população adulta no Brasil divido por regiões. Os dados
mostram: região Norte (47,2%), Nordeste (44,45%), Centro-Oeste (48,3%), Sudeste
(50,45%) e Sul (56,08%) (MAPA DA OBESIDADE, 2019, p. 14).

E a medida em que as ciências e seus inventos facilitavam os afazeres, o progresso


trouxe uma situação um tanto dúbia, de um lado tem-se a redução da mortalidade por doenças
infecto contagiosas e o aumento da longevidade do outro o aumento de doenças crônico
degenerativas e a perda da qualidade de vida, porque o fato de viver mais não indica viver
melhor, destacando a importância e a necessidade de hábitos como o cuidado com a dieta,
pratica de atividade física regular, e evitar substâncias e atividades que possam acelerar a
degradação do corpo humano.
“Uma das grandes causas do sobrepeso e da obesidade é o sedentarismo, sendo esse
um dos principais fatores do aumento do peso corporal, à frente do excesso de alimentação”
(WILMORE; COSTIL, 2001, p.129).
Se a tecnologia e o progresso trouxeram facilidades, isso é inquestionável, mas junto
incrementaram as doenças silenciosas formando uma epidemia que se estabelece sem maiores
sintomas em suas primeiras fases e vão gradativamente se desenvolvendo ao longo dos anos,
identificadas como Doenças crômicos degenerativas, que tem sua origem em uma série de
fatores como a predisposição genética, influência do meio externo e hábitos de vida e nesse
último o nosso destaque ao grau de atividade física praticado.

O sedentarismo é a existência de hábitos comportamentais onde não há a atividade ou


prática de exercícios físicos. O estilo de vida contemporâneo e a tecnologia têm forte
influência sobre tais comportamentos. O trabalho ocupa cada vez mais o tempo das
pessoas assim como o crescimento desordenado das cidades e a falta por espaços de
lazer. Os fatores sociais como moda, tribos, níveis de informação também contribuem.
A tecnologia (TV, videogames, internet) é uma ótima propagadora de desinteresses em
praticar esportes, além do consumo de álcool e fumo cada vez mais precoce. Estes
fatores reduzem o gasto calórico e, mesmo que a ingestão de alimentos não seja
elevada, o organismo não mais queima as calorias de forma efetiva (ALVES, 2012, p.
56).

Atividade Física é definida, segundo Caspersen (2015) como qualquer movimento


corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que
os níveis de repouso.

A atividade física diminui o risco de doenças cardiovasculares em obesos (efeito


hipotensor), além de aumentar a concentração do HDL-colesterol e diminuir a
concentração do LDL-colesterol. Verifica-se também aumento da ação da insulina,
importante fator para a prevenção da Diabetes Tipo II (HOWLEY, 2000, p.89).

Saúde, de acordo com Bouchard (2004), é definida como uma condição humana com
dimensões física, social e psicológica, cada uma caracterizada por um continuum com polos
positivos e negativos. A saúde positiva estaria associada à capacidade de apreciar a vida e
resistir aos desafios do cotidiano e a saúde negativa associar-se-ia à morbidade e, no extremo,
à mortalidade.
A prática de atividade física regular, como treinamento funcional, para obesos, pode
refletir, de forma significativa em sua saúde.
De acordo com Dantas (2015, p.48),

[...] o treinamento funcional pode ter diversas finalidades, tais como o


emagrecimento por meio da diminuição da gordura corporal, prevenção contra
possíveis doenças geradas pela hipocinesia, bem como as finalidades terapêutica e
de treinamento. As respostas ao treinamento aeróbico dependem de vários fatores,
como: nível de aptidão inicial, intensidade, frequência e duração do treinamento e
devem ser analisadas longitudinalmente, ou seja, a partir do estado inicial de
condicionamento aeróbico.

As atividades físicas, por meio de um treinamento funcional recomendadas às


pessoas com sobrepeso, são aquelas que não oferecem riscos à saúde e dependerão dos
recursos materiais disponíveis e também das preferências de cada praticante.

Os exercícios físicos mais indicados para o combate à obesidade são os aeróbios de


média ou longa duração que envolve grandes grupamentos musculares tais
exercícios como caminhar, correr, pedalar e nadar são considerados os mais
apropriados para essa finalidade (DÂMASO, TEIXEIRA e NASCIMENTO, 2014,
p.98).
Geralmente, o exercício físico, seja na prática da musculação ou no treinamento
funcional, estimula a capacidade de construir potencialidades físicas, limites, superações,
expectativas, possibilidades e outros fatores importantes para a sua formação humana, que
permitem avaliar a si mesmo naquilo que é capaz de enfrentar para seu conhecimento,
aprendizado, sucesso, valorização cultural, social, acadêmica e profissional (PLATONOV,
2004).
“A utilização de treinamento, de maneira sistematizada, objetiva predominante o
treino de força muscular. A melhora da qualidade de determinados movimentos tem um
grande relevância para as áreas de atuação da musculação” (POZZO & BAUMANN, 2015,
p.59).
Em muitas situações, quando se menciona a prática de alguma atividade física, logo
associa-se a alterações na aparência, uma preocupação com a estética, deixando de lado os
benefícios advindos de sua prática, no que se refere à saúde, porém a musculação e o
treinamento funcional, os benefícios vão muito além desses.

[...] exercícios intensos ativam a hemeostasia, onde se verifica aumento da fibrinólise


e redução da adesividade e agregabilidade plaquetárias, e em seus resultados da sua
pesquisa teve uma redução na pressão arterial. Isto nos sugere que possivelmente o
treinamento funcional tenha efeitos adversos em pessoas de faixas etárias diferentes,
necessitando assim maior número de pesquisas relacionadas ao tema (GONÇALVES
et al., 2007, p.29).

Dessa forma, destaca-se a seguir os principais benefícios de sua prática, que trazem
consigo muita importância para o incentivo de sua prática.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, citado por Cruz (2006), a atividade
física regular promove inúmeros benefícios à saúde e entre eles estão:

Redução no risco de morte prematura; doença cardiovascular e acidente vascular


cerebral, os quais são responsáveis por um terço de todas as mortes;
Redução em mais de 50% de desenvolver doença cardíaca, câncer de cólon e
diabetes mellitus tipo II;
Auxilia na redução/prevenção da osteoporose, reduz em mais de 50% o risco de
fratura de quadril em mulheres;
Redução do risco de desenvolver dor lombar;
Promove bem estar psicológico, reduzindo o estresse, ansiedade e sentimento de
depressão e solidão; (p. 23).

Isso significa envolver e respeitar os praticantes, nas suas aptidões e limitações físicas,
onde na prática de exercícios físicos regulares orientados pelo Educador Físico possam
construir conhecimento, interagir em grupo, respeitar individualidades, desenvolver
capacidades físicas e motoras e acima de tudo mudar atitudes para a promoção da saúde e
qualidade de vida.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Utilizou-se de pesquisa bibliográfica, por ser pesquisada em livros, revistas, jornais,


noticias e em meios de comunicação eletrônicos como internet. A pesquisa é uma atividade de
investigação capaz de oferecer (e, portanto, de produzir) um conhecimento novo a respeito de
uma área ou de um fenômeno, sistematizando-o em relação ao que já se sabe a respeito da
área ou do fenômeno. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 2002).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A diversificação das atividades físicas pode viabilizar oportunidades diferenciadas no
desenvolvimento dos aspectos formativos, que podem ser: a motricidade, a lateralidade, a
leitura, a interação, a desinibição, a saúde, as inteligências.

Para proporcionar benefícios para a saúde e prevenir doenças cardiovasculares, 150


minutos de exercícios por semana, de intensidade leve a moderada, já são o
suficiente. Contudo, esse tempo semanal é insuficiente para alterar a composição
corporal, sendo necessário progredir para 200 a 300 minutos, ou, um gasto calórico
de 2000 kcal semanais para redução do peso corporal em obesos (FERREIRA, 2006,
p.56).

Geralmente, o exercício físico estimula no indivíduo a capacidade de construir


potencialidades físicas, limites, superações, expectativas, possibilidades e outros fatores
importantes para a sua formação humana, que permitem avaliar a si mesmo naquilo que é
capaz de enfrentar para seu conhecimento, aprendizado, sucesso, valorização cultural, social,
acadêmica e profissional.

Dentre as diferentes metodologias para consumação de exercícios físicos, o


treinamento funcional manifesta grande interesse do público, dado que são executados
gestos e ações que simulam as atividades da vida diária, apresentando como
característica central o aprimoramento das capacidades físicas, as quais podem-se
elencar: a) força; b) resistência; c) equilíbrio, d) coordenação; e) velocidade; f)
flexibilidade; g) agilidade, assim como a auto percepção corporal (COREZOLA,
2015, p.47).

Isso significa envolver e respeitar os praticantes de qualquer atividade física, nas suas
aptidões e limitações físicas, onde na prática de exercícios físicos regulares orientados pelo
professor de Educação Física possam construir conhecimento, interagir em grupo, respeitar
individualidades, desenvolver capacidades físicas e motoras e acima de tudo mudar atitudes
para a promoção da saúde e qualidade de vida.
“O exercício físico vem sendo usado como ferramenta para o controle do peso
corporal, além de desenvolver fisicamente crianças em fase de desenvolvimento” (BRAGA,
2016, p.12).
O treinamento funcional para pessoas com sobrepeso agrega muitos benefícios, porém
alerta-se para a importância de uma prática correta, com instrutores qualificados, ambiente
adequado, materiais de apoio de qualidade, bem como respeito aso limites de cada indivíduo,
observando a faixa etária e o condicionamento físico.
Destaca-se que há necessidade de uma avaliação primeiramente médica, e, depois, de
um educador físico pra determinar qual o programa mais adequado para aqueles que vão se
exercitar e apresentam uma condição de sobrepeso. É preciso salientar que alguns praticantes
abandonam os programas de treinamento, em virtude de incentivos, dificuldades de acesso
aos locais de prática e ausência de programas governamentais que promovam essa prática,
sem custos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Buscou-se demonstrar que as pessoas com sobrepeso podem amenizar ou controlar


alguns dos problemas oriundos desta condição, com exercícios físicos e programas de
treinamento funcional, sempre com supervisão adequada.
A prática sistemática e regular de exercícios físicos próprios para este período podem
trazer para pessoas com sobrepeso, inúmeros benefícios físicos e psicológicos, beneficia o
controle do peso e da pressão arterial, evita diabetes, previne varizes, melhora a autoimagem,
entre outros.
Os exercícios físicos praticados em grupos de obesos integra-as, possibilitando a troca
de experiências na mesma situação, melhorando seu estado psicológico e concedendo uma
condição de segurança, bem estar e saúde no enfrentamento do período de caminhada para
uma vida saudável, com diminuição do índice de massa corpórea e a aquisição de bons
hábitos de vida com saúde e bem estar.
No caso de pessoas obesas já existe, em muitas situações limitações de locomoção ou
dificuldades na execução de vários movimentos, necessitando de atividades direcionadas, em
locais com estrutura apropriada e com constante supervisão profissional.

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