SEDENTARISMO E O EXERCÍCIO FÍSICO

Alcione, Edison, Elisete, Juliano e Paula¹

Patrícia Atkinson de Souza²

RESUMO
Este estudo diz respeito ao sedentarismo, citado por muitos como mal do século, principalmente
por seus muitos males, em contra partida é relatado a importância do exercício físico e explora
algumas definições e benefícios. Existe um grande número de pessoas que ainda são
sedentárias, a falta de exercícios físicos pode resultar em várias doenças crônicas, por exemplo,
a diabetes e hipertensão. Os exercícios físicos são indicados desde jovens que buscam
fortalecimento muscular até idosos que buscam equilíbrio e força para evitar quedas. Com a
tecnologia moderna percebe-se que cada vez mais as pessoas ficam muito tempo paradas em
frente de computadores e celulares o que pode estar favorecendo o sedentarismo. Observa-se
que ainda é um desafio a inclusão de exercícios físicos periódicos para algumas pessoas,
muitas vezes falta motivação, o que pode ser mudado inicialmente através de atividades que
sejam mais atrativa, posteriormente incluindo gradativamente na rotina o exercício físico
periódico. Conclui-se que é possível mudar a rotina de pessoas sedentárias através de
atividades prazerosas e incluir gradualmente o exercício físico rotineiro, assim trazendo
inúmeros benefícios, proporcionando mais saúde e qualidade de vida na prevenção de várias
doenças. Foi elaborado e escrito através de pesquisas a livros e site da internet.

Palavras-chave: Benefícios; Exercícios; Sedentarismo;

1. INTRODUÇÃO

Sedentarismo é a falta ou redução de atividades físicas e esportivas, que resulta em um

gasto calórico reduzido. O sedentarismo está relacionado à problemas de saúde de alto risco,
como obesidade e doenças cardiovasculares. Martins, (2022) refere que um dos motivos do
Sedentarismo é a tecnologia que faz as pessoas deixar de praticar exercícios ou realizam apenas
atividades que não aumentam gasto de energia e ficam muito tempo sentadas.

O Sedentarismo é caraterizado por um processo de regressão funcional, perda de

flexibilidade articular e comprometimento do funcionamento de vários órgãos. Macedo et. al.,
(2012) complementa referindo que o sedentarismo causa vários problemas graves como excesso
de peso, doenças cardíacas, diabetes, aumento do colesterol, infarto, ansiedade e outras
complicações que podem levar à morte.

1 Alcione de Jesus Policarpo, Edison Cauê Lauermann Gonçalves, Elisete Fabiana Kretsch, Juliano Vargas de
Andrades, Paula Angelita Barth
2 Patrícia Atkinson de Souza
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (BEF5071) – Prática do Módulo III - 26/09/2022
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Em contra partida o exercício físico promove diversos benefícios, desde cardíacos,

respiratórios e diminuem os riscos de doenças crônicas e melhoria da função cognitiva. Ao
realizarmos exercícios físicos é possível um dia mais leve, menos exaustivo e faz com que
possamos realizar nossas atividades diárias com mais facilidade e prazer.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O corpo tem uma tendência natural para acumular reservas de energia, a fim de recorrer
a elas se for necessário. É por isso que uma pessoa sedentária, geralmente, tem um acúmulo de
gordura, podendo ficar obesa. Portanto, uma condição de risco para diversas doenças. Por
exemplo, as doenças cardíacas, vasculares, respiratórias, articulares, o diabetes e, até mesmo, o
câncer. (ARAÚJO, 2021).

Nero (2019, p.12) complementa referindo que os números do sedentarismo são

alarmantes, sendo o Brasil um dos países mais sedentários do mundo. Em consequência do
sedentarismo a doença com maior incidência é a obesidade.

Martins, C. (2022) define exercício físico como toda a atividade física planejada,
estruturada e repetitiva que tem como objetivo melhorar um ou mais componentes da aptidão
física. Há a necessidade de esforço e força de vontade, além da necessidade de incentivo e
motivação inclusão dos exercícios à sua rotina.

“Em qualquer faixa etária, inclusive as mais avançadas, manter uma rotina diária de
exercícios físicos pode trazer benefícios biológicos e psicossociais. Frequentar um
programa regular de exercícios físicos, como ginástica, hidroginástica, musculação,
ou qualquer outra modalidade, pode ser muito mais benéfico do que parece.” (SILVA
et. al. 2012).

Nas faixas etárias mais avançadas as pessoas se movimentam menos e ocorre a

deterioração do corpo, Okuma (2016) ressalta a importância do exercício físico a fim de
melhorar as funções física, mental e psicológica.

Com a idade há também há degradação da função cognitiva, Antunes et. Al (2006),

refere que o exercício físico age diretamente na função cognitiva através da melhora na
circulação sanguínea assim atenuando a degradação dos neurônios, e indiretamente através da
redução dos níveis de colesteróis, triglicerídeos e melhora no fluxo sanguíneo cerebral,
aumentando a circulação de oxigênio.
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“A falta de atividade física destrói a boa condição de qualquer ser humano, enquanto o
movimento e o exercício físico metódico o salva e o preserva”. HIPÓCRATES (apud Nabil
Ghorayeb, 2013).

“O exercício e o treinamento físico são conhecidos por promover diversas

alterações, incluindo benefícios cardiorrespiratórios, aumento da densidade
mineral óssea e diminuição do risco de doenças crônico-degenerativas.
Recentemente outro aspecto tem ganhando notoriedade: trata-se da melhoria na
função cognitiva. Embora haja grande controvérsia, diversos estudos têm
demonstrado que o exercício físico melhora e protege a função cerebral,
sugerindo que pessoas fisicamente ativas apresentam menor risco de serem
acometidas por desordens mentais em relação às sedentárias.” (ANTUNES, et.
al. 2006).

Silva (2014) cita que os exercícios promovem diversos benefícios como

cardiorrespiratórios, aumento da densidade mineral óssea e diminuição do risco de doenças
crônico-degenerativas. Além da melhoria na função cognitiva que melhora e protege a função
cerebral, demostrando menor risco de desordens mentais em relação às pessoas sedentárias.

Nero (2019, p.08) concorda ao citar os exercícios físicos como prevenção no controle de
peso, resistência aeróbia, redução do percentual de gordura corporal e fatores associados ao
comportamento sócio afetivo.

Mas não meramente atividade física que são movimentos espontâneos, os exercícios
físicos são atividades físicas sistemáticas com o objetivo de melhorar a aptidão física e são eles
que efetivamente melhoram a saúde e protegem o organismo das doenças crônico-degenerativas.
SABA (2003 p.50)

Sharkey (2009, p. 19) complementa referindo a importância do exercício físico também

para o estresse, cita que pessoas com baixo nível de aptidão física sofrem mais do estresse da
vida diária do que pessoas se exercitam sistematicamente.
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O Sedentarismo pode ser caracterizado por cansaço intenso sem aparente razão, redução
da força muscular, dores nas articulações, aumento no acúmulo de gordura no corpo, evolução
para a condição de sobrepeso, tendência a apresentar ronco e apneia do sono. (MELATTI, 2014)

Reforçando essa ideia Bruce (2021) cita que devido à falta de exercício e pouca
atividade, a pessoa sedentária acaba aumentando a ingestão de alimentos, principalmente ricas
em gorduras e açúcar, o que leva ao acúmulo de gordura na região abdominal, além de favorecer
o ganho de peso e aumento da quantidade de colesterol e triglicerídeos circulantes.

Meneghetti et. al, (2013) relata que a prática de exercícios também contribuem para o
processo de desenvolvimento pessoal e social favorecendo a auto estima, assim aos poucos
melhora a disposição e vontade de realizar exercícios físicos no dia a dia.

Vianna e Lovisolo (2009) complementam referindo que se pode estimular a inclusão de

exercícios através de atividades atrativas e que posteriormente ficará mais fácil manter
exercícios sistemáticos na rotina.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo,

tendo como principal objetivo verificar conceitos e definições sobre sedentarismo e exercícios
físicos, além de verificar os males advindos do sedentarismo bem como benefícios do exercício
físico. (SEVERINO, 2002)

Também é uma pesquisa qualitativa, sendo que as informações não expressam números
ou então os números e as conclusões nelas baseadas representam um papel menor de análise.
(SEVERINO, 2002)

Trabalho com caráter qualitativo, sendo o exercício físico um meio de combate ao

sedentarismo por meio do exercício físico, assim quantificado os benefícios visíveis à qualidade
de vida conforme cita Martins, H. (2009 p.292):
Se há uma característica que constitui a marca dos métodos qualitativos ela é a
flexibilidade principalmente quanto ás técnicas de coleta de dados,
incorporando aquelas mais adequadas á observação que está sendo feita. A
variedade de material obtido qualitativamente exige do pesquisador uma
capacidade integrativa e analítica que, por sua vez depende do desenvolvimento
de uma capacidade criadora e intuitiva.

Para a elaboração do presente estudo foi realizado uma pesquisa que objetivou uma
revisão da literatura, através de sites, periódicos e livros na busca de conceitos e definições,
analisamos os materiais de 30/08/2022 a 26/09/2022, os quais realizaram a leitura, estudo e
análise da relevância em conformidade com o tema proposto;

Nas referências dos trabalhos citados e utilizados houve outros 8 que também foram
estudados porém sem relevância pois eram pesquisas quantitativas e estudos de caso e não uma
revisão literária conforme nossa proposta.
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Foto 1 – Integrantes do grupo do trabalho.

O grupo reuniu-se presencialmente três vezes a fim de discutir e compartilhar os achados

da pesquisa. Todos os integrantes foram responsáveis pela pesquisa de materiais sobre o tema em
questão e a partir do material encontrado foi realizados resumo e interpretação dos materiais.

Fonte: Autores.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Percebe-se que é possível o combate do sedentarismo através da prática de exercícios

físicos, assim melhorando a qualidade de vida, são perceptíveis os inúmeros benefícios do
exercício físico sistemático, principalmente na prevenção de várias doenças, tanto físicas quanto
mentais.

Também se percebe a dificuldade na inclusão do exercício físico na rotina das pessoas,

mas é possível iniciar atividades que sejam mais prazerosas e posteriormente a rotina de
exercícios periódicos torna-se mais fácil e atrativa.
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5. CONCLUSÃO

O sedentarismo não é uma doença que precisa de tratamento farmacológico, pode vir a
ocasionar doenças. É importante criar um estilo de vida saudável, não apenas com a prática de
exercícios, mas aliando também uma alimentação saudável, ingesta hídrica e destinar um tempo
para o descanso.

O exercício físico é um grande aliado no combate ao sedentarismo através de exercícios

sistemáticos, inclusive aumentando a autoestima, proporcionam o fortalecimento dos músculos
assim provendo sustentação e melhor postura, menos risco de lesão muscular, além de muitos
outros benefícios.

Entretanto, percebe-se ainda a dificuldade na inclusão de exercícios físicos sistemáticos

na rotina das pessoas. É necessária a criação de uma rotina para a prática de exercícios, sugere-
se o incentivo através de atividades que são prazerosas assim motivando as pessoas a iniciar
exercícios físicos sistemáticos.
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REFERÊNCIAS

ANTUNES, Hanna, et. al. Exercício Físico e Função Cognitiva: uma revisão. RBME, 2006.
Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rbme/a/d6ZwqpncbKwM7Z74s8HJH8h/abstract/?lang=pt>. Acesso em 02
de setembro de 2022.

ARAÚJO, Douglas. Sedentarismo: o que é, quais suas causas e consequências, 2021. Disponível
em: <https://beecorp.com.br/sedentarismo/>. Acesso em 30 de agosto de 2022.

BRUCE, Carlos. 7 principais benefícios da musculação, 2021. Disponível em:

<https://www.tuasaude.com/beneficios-da-musculacao/>. Acesso em 30 de agosto de 2022.

CERVO, Amado L., BERVIAN, Pedro A., DA SILVA, Roberto, Metodologia científica, São
Paulo, ABDR, 2007, p.60

MACEDO, Christiane, et. al. Benefícios do Exercício Físico para a Qualidade de Vida. Rev.
Bras. Ativ. Fís. Saúde. 2012. Disponível em: <https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/875/>.
Acesso em 02 de setembro de 2022.

MARTINS, Carina. Benefícios da atividade física para seu corpo, saúde e qualidade de vida,
2022. Disponível em: < https://beecorp.com.br/beneficios-da-atividade-fisica/>. Acesso em 30 de
agosto de 2022.

MARTINS, Heloisa Helena T. de Souza. Metodologia qualitativa de pesquisa. São Paulo, v30,
n2, p.289-300. Disponível em: <https:// www.scielo.br/pdf/ep/v30n2/v30n2a07.pdf >. Acesso em
16 de setembro de 2022.

MELATTI, Juliana. Sedentarismo. 2014. Disponível em:

<:https://www.infoescola.com/saude/sedentarismo/>. Acesso em 08 de setembro de 2022.

MENEGHETTI, Paula, et. al. O Processo de Inclusão por Meio do Lazer, 2013. Disponível em: <
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/sobama/article/view/3609>. Acesso em 30 de agosto de
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NABIL, Ghorayeb. Grupo de Estudos Cardiológicos do Esporte, 2013. Disponível em:

<http://departamentos.cardiol.br/gecesp/coluna/59.asp#:~:text=%E2%80%9CA%20falta%20de%20
atividade%20f%C3%ADsica,praticar%20algum%20tipo%20de%20movimento%E2%80%9D.>.
Acesso em 06 de setembro de 2022.

NERO, Dario da Silva Monte. Aptidão Física e Saúde: Exercício Físico e seu Papel na
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https://www.google.com.br/books/edition/Aptid%C3%A3o_f%C3%ADsica_e_sa%C3%BAde/XRj
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OKUMA, Silene Sumire. O Idoso e a Atividade Física. 2016. Disponível em: <
https://www.google.com.br/books/edition/O_Idoso_e_a_atividade_f%C3%ADsica/lHiADwAAQB
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Paguemenos. Confira os benefícios da atividade física para a saúde, 2022. Disponível em:
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SABA, Fábio. Mexa-se. 2003. Editora Molone. Disponível em: <

https://www.google.com.br/books/edition/Mexa_se/wcVZ2kfcdRgC?hl=pt-BR&gbpv=0>. Acesso
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SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22a ed. São Paulo : Cortez,
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SHARKEY, Brian. Aptidão Física Ilustrada. 2009. Bookman Editora. Disponível em: <
https://www.google.com.br/books/edition/Aptid%C3%A3o_F%C3%ADsica_Ilustrada/CfOz6Tl5rQ
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programas desenvolvidos pelo LABSAU/IEFD/UERJ. Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014.
Disponível em: <https://doi.org/10.12957/rhupe.2014.10129>. Acesso em 02 de setembro de 2022.
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VIANNA, J. A; LOVISOLO, H. R. Projetos de inclusão social através do esporte: notas sobre a

avaliação Movimento, 2009. Disponível em:
<https://www.redalyc.org/pdf/1153/115312644008.pdf>. Acesso em 08 de setembro de 2022.