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Associação da prática habitual de atividade física com a qualidade de vida em idosas View project
All content following this page was uploaded by Gislaine Cristina Vagetti on 24 September 2015.
ARTIGO
________________________________________________________
Resumo
Abstract
The practical one of physical exercises is essential in all the phases of the life
and more important still for the aged one, that it has a loss in the physical
aptitude and this, consequently, it reaches the health. The objective of this
study was to know the reasons that take the aged ones to the practical one of
bodybuilding. The research has descriptive character, the sample was
composed for 24 aged ones, with equal age or above of 60 years,
bodybuilding practitioners. As instrument of collection of data was used a
questionnaire. Of this form, the results had indicated the following reasons
that take the aged ones to practise bodybuilding: maintenance of the health
as first option; after that, medical indication and to make friends.
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Introdução
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Materiais e métodos
Característica da pesquisa
Esta pesquisa teve caráter descritivo, que, segundo Alves (2003), caracteriza-
se por adotar como procedimento a coleta de dados e como recursos os questionários
ou formulários, além de correlacionar fatos sem manipulá-los. Esse método é muito
usado em pesquisa de levantamento. O questionário foi o instrumento da pesquisa e
conteve oito perguntas, sendo semi-estruturadas.
População/Amostra
A população foi constituída por um grupo de vinte e quatro senhoras com mais
de sessenta anos de idade, sendo oito alunas da Academia Estação, seis da Academia
CEMS, seis da academia Trainners e quatro da Academia Action, todas essas situadas
na cidade de Maringá – Paraná. O critério para a escolha se baseou em locais que
tivessem maior número de idosas praticando musculação e um nível sócio- econômico
semelhante.
Coleta de dados
Tratamento Estatístico
Para melhor análise dos resultados, foi realizada uma abordagem quantitativa
com freqüência e percentual para estabelecer relações estatísticas entre os fatores
analisados. As respostas obedeceram à escala Likert, a qual se utiliza de tabelas e
gráficos.
Resultados e Discussão
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F % F % F %
60 – 64 05 20,8 Casada 14 58,3 Aposentada 04 16,7
65 – 69 06 25,0 Viúva 10 41,7 Do Lar 20 83,3
70 – 74 09 37,5
75 – 79 02 8,3
80-84 02 8,3
No quadro I, quanto ao perfil das idosas desse estudo, a maioria possui entre
60 e 74 anos de idade, sendo que 20,8% têm entre 60 e 64; 25,0% entre 65 e 69; e
37,5% possuem entre 70 e 74 anos. Já as idosas com idades entre 75 e 79 anos
correspondem a 8,3%, enquanto as com 80 a 84 anos também são 8,3% do total de
idosas.
De acordo com dados do IBGE –( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
o grupo com 60 a 70 anos é o que mais cresce proporcionalmente no Brasil, enquanto
a população jovem encontra-se em um processo de desaceleração de crescimento. Do
ano de 1980 até o ano 2000, o grupo de 0-14 anos cresceu apenas 14%, contra
107% do grupo com 60 anos ou mais.
Em relação ao estado civil, constatou-se que 58,3% das idosas são casadas,
enquanto 41,7% são viúvas. Essa alta taxa de viuvez pode ser explicada, segundo
Nahas (2001), pois, como vivem mais do que os homens, as mulheres têm também
mais probabilidade de enviuvar, além de que a maioria das mulheres casa-se com
homens mais velhos do que elas, aumentando ainda mais as chances de vir a se
tornar uma idosa viúva.
Quanto a profissão, a maioria das idosas é do lar, num total de 83,3%, ao
passo que 16,7% são aposentadas. Segundo Simões (1998), o idoso, após a
aposentadoria, está mais livre para fazer o que quiser com sua vida e seus recursos e,
ultimamente, graças a divulgações constantes na mídia sobre os benefícios da prática
de atividades físicas muitos idosos iniciaram práticas de exercícios visando obter mais
saúde.
Tabela I. Problemas de saúde.
Problemas de saúde F %
Artrose 03 13
Hipertensão 04 17
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Cardíaco 01 4
Bursite 01 4
Osteoporose 03 13
Colesterol 01 4
Dores no Joelho 01 4
Nenhum Problema de Saúde 10 42
Total 24 100
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Na tabela II, o motivo mais alegado pelas idosas que a levaram a prática da
musculação é a prevenção de doenças e manutenção da saúde, com 42%; indicação
médica e fazer amigos tiveram 25% cada um; enquanto qualidade de vida e auto-
estima ficaram com 4% cada um.
Em uma pesquisa realizada por Matsudo et al (2001), as pessoas do sexo
feminino com mais de 50 anos de idade realizavam atividade física por: indicação
médica (38,3%), amigos (33,3%), familiares (10,4%), procura por companhia
(10,4%).
Pode-se perceber através destes dados a preocupação do idoso com sua saúde
ou recuperação em primeiro lugar. A maioria dos autores estudados assinalam a
importância que os idosos atribuem a sua saúde, preocupados em buscar uma vida
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com mais qualidade. Ofazer amigos” também é um dado importante, que é abordado
por Geis (2003), o qual afirma que quando o idoso se torna participante de uma
atividade física ele não busca somente a saúde, mas também a sociabilização.
Amorim e Alberto (1996) salientam que a atividade física pode ser um meio
contra o isolamento social e a solidão, auxiliando contra o tédio, podendo compensar
a redução das relações sociais e oferecer a substituição do “status” ora determinado
pela atividade e posição profissional.
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De acordo com a tabela III, a maioria das idosas (84%) relatou não apresentar
nenhum problema que dificulte a prática dos exercícios físicos. As dificuldades que
foram apontadas por algumas idosas, perfazendo 4% cada um: esquecimento, dores
no corpo, cirurgia no joelho, dores no joelho.
Segundo Kllinen & Maru (1996), a margem de segurança para dosar a atividade
física reduz com o passar dos anos. Lesões relacionadas às atividades físicas podem
acontecer, decorrentes principalmente dos processos degenerativos do
envelhecimento.
Nadeau & Péronet (1985) afirmam que o rendimento físico da pessoa na
terceira idade é limitado pela diminuição da sua capacidade aeróbica e anaeróbica, do
vigor dos músculos, pela diminuição da flexibilidade, da habilidade motora e do
rendimento mecânico.
Assim, Pollock e Wilmore (1993) enfatizam a importância de procedimentos
para avaliação sobre eventuais riscos na prática de atividades físicas, indicando as
atividades mais adequadas e promovendo a monitorização individual da evolução de
cada pessoa.
Tabela IV – Resultados com a prática.
Resultados F %
Maior Agilidade 11 47
Maior Dinamismo 4 17
Menor Solidão 1 4
Fazer Amigos 1 4
Coordenação 2 8
Sem Cansaço 1 4
Maior Resistência 1 4
Maior Flexibilidade 1 4
Fortalecimento Muscular 2 8
Total 24 100
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Tabela IV a maioria das idosas (47%) afirmou que obteve maior agilidade;
enquanto 17% apresentou maior dinamismo; melhorou a coordenação em 8% das
idosas; fortalecimento muscular em 8%; ao passo que 4% em cada um dos seguintes
itens: menor solidão, fazer amigos, sem cansaço, maior resistência, maior
flexibilidade.
Conforme afirma Leite (2000), o exercício físico não beneficia somente os
músculos e articulações, mas o organismo em sua totalidade, contribuindo para o
equilíbrio psíquico e afetivo do idoso, proporcionando uma segurança e integração
social.
Para Meirelles (1997) a atividade física para a terceira idade é importante pois
cria um clima descontraído, desmobiliza as articulações e aumenta o tônus muscular,
proporcionando maior disposição para o dia a dia. Além disso, a prática de exercícios
traz os seguintes benefícios: o bem estar físico; a autoconfiança; sensação de auto-
avaliação; segurança no dia-a-dia através do domínio do corpo; elasticidade; aumento
da prontidão para a atividade; ampliação da mobilidade das grandes e pequenas
articulações; fortalecimento da musculatura, pois os músculos têm uma capacidade de
regeneração especial; a função dos aparelhos de sustentação e locomoção também
depende da musculatura; melhoria da respiração, principalmente nos aspectos da
forte expiração; intensificação da circulação sanguínea, sobretudo nas extremidades;
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Considerações finais
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Assim, conclui-se que a musculação se torna um dos meios que traz benefícios
morfológicos, orgânicos e psicossociais à idosa, promovendo seu bem-estar, sua
saúde e conseqüentemente proporcionando-lhe melhor qualidade de vida. Viver bem a
terceira idade é uma questão de escolha. A adoção de uma atividade que seja
adequada física e psicologicamente, torna o idoso mais ativo e retarda o processo de
envelhecimento através de uma postura saudável de vida.
Referências Bibliográficas
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LEITE, P. F. Aptidão Física esporte e saúde. 3.ed. São Paulo: Robe, 2000.
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