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Resumo
A principal conseqüência do processo de envelhecimento é a perda de massa muscular ou sarcodínea.
Com o chegar da idade, ocorrem algumas mudanças nas fibras dos músculos e no número de fibras, sendo
essas as prováveis razões para a diminuição da massa muscular. A velhice é mais uma etapa da vida onde
ocorrem transformações no indivíduo, como modificações na composição corporal, diminuição do peso, da
altura, da densidade mineral óssea, nas necessidades energéticas e no metabolismo, devido a uma vida menos
ativa e a diminuição da massa muscular. A resposta fisiológica de um treinamento de força mais provável,
principalmente para uma pessoa idosa, é o aumento na força muscular; beneficiando as atividades da vida
diária retirando-as de uma vida sedentária, mantendo e melhorando a capacidade aeróbica. A prática da
atividade física pode controlar e até mesmo evitar alguns sintomas de doenças, ela é um ponto muito
importante na vida do idoso, e além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a
manutenção da aptidão física do idoso. A atividade influência na autonomia do idoso e consegue realizar
atividades que não realizava se tornando uma pessoa independente. Percebe-se, por meio deste artigo que a
prática da atividade física é de fundamental importância para a qualidade de vida do idoso. Além do mais
assegura a manutenção da mobilidade e da agilidade, prolongando a independência do idoso e melhorando a
sua qualidade de vida.
Unitermos: Treinamento de força. Terceira idade.
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Introdução
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a terceira idade é considerada a partir dos
60 anos. No Brasil de 187 milhões de habitantes 9,3 % representam homens e mulheres com
60 anos ou mais, e segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2006), a tendência é que a quantidade de pessoas nessa faixa etária seja cada vez maior,
devido à queda das taxas de mortalidade e fecundidade e ao aumento da longevidade.
Fontes et al (2010) diz que a terceira idade é mais uma etapa da vida, no qual ocorrem
transformações no individuo, como modificações na composição do corpo, diminuição do peso,
da altura, da densidade mineral óssea, nas necessidades energéticas e no metabolismo, devido
a uma vida menos ativa e a diminuição da massa muscular. Corroborando com Fontes et al
(2010) o envelhecimento da população traz várias conseqüências ao ser humano como, a
diminuição das funções cardíacas e pulmonares, aumento da gordura corporal, diminuição da
massa e da força muscular dentre outras (ZAWADSKI, VAGETTI, 2007). A figura 1 apresenta a
mudanças cardiorrespiratórias associada ao processo de envelhecimento.
Diante do exposto, este estudo apresenta uma revisão bibliográfica que teve como objetivo
analisar a importância do treinamento de força para terceira idade.
O Brasil, como em outros países, tem vivido uma mudança no perfil populacional passando a
caracterizar-se não apenas como um país de jovens. Hoje os idosos representam 8% da
população e até 2025, deve atingir cerca de 15%, sendo um dos países com maior número de
idosos, ou seja, cerca de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos. (www.ibge.com.br).
Segundo Matsudo (2000), a atividade física trás vários benefícios para os idosos, além de
fazer algumas alterações no seu desenvolvimento também oferece benefícios psicológicos e
sociais. A prática da atividade física pode controlar e até mesmo evitar alguns sintomas de
doenças, ela é um ponto muito importante na vida do idoso e além de combater o
sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso.
A atividade influência na autonomia do idoso uma vez que ele consegue realizar atividades que
não realizava se tornando uma pessoa independente (ALVES 2000).
Os idosos procuram a prática da atividade física para a manutenção da atividade física e
prevenção de doenças, por indicação médica, e conseguinte a melhora da qualidade de vida e
elevação da auto-estima (ZAWADSKI; VAGETTI, 2007).
Matsudo e Matsudo (1997) dizem que a atividade física regular e a adoção de um estilo de
vida ativo são de grande importância para a promoção da saúde e qualidade de vida durante o
processo de envelhecimento ressalta ainda que a atividade física também age como forma de
prevenir e controlar doenças crônicas não transmissíveis que aparecem normalmente na
terceira idade.
A ACSM (2003) fala que o exercício aeróbio para o idoso deve ser de intensidade moderada,
com uma freqüência semanal de três dias, duração mínima de 20 minutos e intensidade
variando entre 55 a 85% da freqüência cardíaca máxima (FCmax.) dependendo do nível de
condicionamento do individuo e diz ainda que encomenda a participação de idosos em
atividades físicas regulares de exercícios aeróbios e de força, de forma a contribuir para o
envelhecimento saudável. Para Amorim e Dantas (2002) o condicionamento aeróbico aplicado a
um grupo de idosos influência significativamente na autonomia e na qualidade de vida desta
população.
As atividades que devem ser mais praticadas e recomendadas para os idosos são as
atividades aeróbicas de baixo impacto, de preferência exercícios com pesos para estimular a
manutenção da força muscular dos membros superiores e inferiores que devem ser prioridade.
(MATSUDO, 2002).
A prescrição de exercícios para o idoso é desafiante porque há muitas questões envolvidas,
entre elas as clínicas e as psicológicas. Dessa forma se faz necessária uma avaliação geriátrica
abrangente que contemple todos os aspectos inseridos no envelhecimento.
Flecker e Kraemer (1999), afirmam que a força é um fator importante para as capacidades
funcionais e que deve ser mantida conforme envelhecemos, pois ela é vital para a saúde,
capacidade funcional e a vida independente. Os exercícios de resistência muscular são
importantes, pois auxiliam na manutenção da força e impedem uma atrofia muscular
(BENNEDITI & PETROSKI, 1999).
O treinamento de força ou treino contra resistência tornou-se uma das formas mais
populares de exercício para melhorar a aptidão física e condicionamento dos indivíduos
(FLECKER E KRAEMER, 1999). Os idosos que exercitam com pesos recuperam boa parte da
força perdida, capacitando-os para um melhor desenvolvimento de atividades habituais diárias
(NIEMAN, 1999).
Pickles et al (1998) afirma que na pessoa da terceira idade, o treinamento de força provoca
hipertrofia muscular, porém esta é muito modesta (de 10 a 20%) em comparação com as
grandes mudanças que se observam em relação à força.
Segundo Santos et al (s/d), um programa de treinamento para a terceira idade deve incluir
exercícios para os principais grupos musculares, de forma que muitas fibras musculares
recebam estímulos para reestruturação e hipertrofia. Nesse sentido, Flecker e Kraemer (1999)
expõem algumas características do treino de força para idosos indicando exercícios básicos que
se concentrem nos grandes grupos musculares, com adição suplementar para os pequenos
grupos e com ordem de exercícios que compreende aquecimento, exercício para grandes e
pequenos grupos musculares, e atividades de desaquecimento com o percentual de carga que
corresponde a 80% de 1RM para 8-12 repetições com três séries e de 2 a 3 minutos de
intervalo. Tribess e Virtuoso (2005) acrescentam que o treinamento de força deve ser realizado
pelo menos duas vezes por semana, com um mínimo de 48 horas de repouso entre as sessões
para a recuperação da musculatura e prevenção do super treinamento; recomenda-se realizar
um conjunto de 8 a 10 exercícios e que a duração de cada sessão não ultrapasse 60 minutos;
recomendam também inspirar antes de levantar o peso, expirar durante a contração e inspirar
durante o retorno à posição normal, evitando a manobra de vassalva.
O treino de força e potência muscular para o idoso é um meio seguro e eficaz para o
aumento da massa muscular e aumento da força, resultando numa maior independência para a
realização de atividades diárias, diminuindo o risco de quedas e demais efeitos negativos
resultantes do processo de envelhecimento (SANTOS et al, s/d).
Intensidades
ASCM (1998) 2a3 Não relatado Idosos em Geral
variáveis
Santos et al (s/d) ressalta que além de seus efeitos positivos sobre a capacidade funcional, o
treinamento de força pode ser uma das maneiras mais efetivas e de menor custo para
preservar uma vida independente para um amplo segmento da população.
Cuidados especiais
Alguns cuidados especiais devem ser tomados, pois segundo KATCH e MCARDLE (1992) os
exercícios realizados com os membros superiores aumentam mais as pressões sistólica e
diastólica do que trabalhos realizados com os membros inferiores. É provável que a menor
massa muscular e a árvore vascular dos braços ofereçam uma resistência maior ao fluxo
sanguíneo representando assim, um esforço cardiovascular maior. É importante também
observar a utilização de betabloqueadores, pois além de ter ação hipotensora estes
medicamentos reduzem a freqüência cardíaca e o rendimento cardíaco tanto em repouso como
em exercício.
Para Matsudo (2002) a atividade física regular e o estilo de vida ativo têm papel fundamental
na prevenção e no controle das doenças crônicas não-transmissíveis, especialmente aquelas
que se constituem na principal causa de mortalidade: as doenças cardiovasculares e o câncer.
Além disso, a atividade física está associada também com melhor mobilidade, capacidade
funcional e qualidade de vida durante o envelhecimento. É importante enfatizar, no entanto,
que, estimular a prática regular da atividade física aeróbica ou de fortalecimento muscular, e as
mudanças para a adoção de um estilo de vida ativo no dia-a-dia do indivíduo, são parte
fundamental de um envelhecer com saúde e qualidade.
Conclusão
Percebe-se, por meio deste estudo que a prática da atividade física é de fundamental
importância para a qualidade de vida do idoso. O envelhecimento vem acompanhado de uma
série de efeitos nos diferentes sistemas do organismo que, de certa forma, diminuem a aptidão
e o desempenho físico. No entanto, muitos destes efeitos prejudiciais são secundários a falta de
atividade física.
Referências bibliográficas