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GUSTAVO EMANOEL NASCIMENTO VENTURA

A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE MUSCULÇÃO EM ACADEMIAS PARA


IDOSOS

PATOS DE MINAS
2023
GUSTAVO EMANOEL NASCIMENTO VENTURA

A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE MUSCULÇÃO EM ACADEMIAS PARA


IDOSOS

Relatório Parcial de Projeto de Pesquisa


apresentado como avaliação parcial do
Trabalho de Conclusão de Curso do curso de
Bacharelado em Educação Física do Unipam,
orientado pela professora Dr. Lucas Andrade.

PATOS DE MINAS
2023
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

HDL Lipoproteína

AF Atividade Física

PA Pressão Arterial

TC6 Teste de Caminhada de 6 minutos

SPSS Special Package for Social Sciences

IMC Índice de Massa Corpórea


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................05

2 OBJETIVOS.........................................................................................................................06
2.1Objetivo geral.....................................................................................................................06
2.2 Objetivos específicos ........................................................................................................06

3 JUSTIFICATIVA................................................................................................................06

4 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................07
4.1 Conceito da Musculação...................................................................................................07
4.2 Importância da prática de musculação para idosos......................................................08
4.3 Qualidade de vida e benefícios da atividade física no envelhecimento........................11
4.4 Benefícios da atividade física e treinamento de força em idosos..................................12

5 METODOLOGIA ...............................................................................................................13
5.1 Desenho da pesquisa.........................................................................................................13
5.2 Local do estudo..................................................................................................................13
5.3 Aspectos éticos ..................................................................................................................14
5.4 Participantes da pesquisa.................................................................................................14
5.4.1 Critérios de inclusão e exclusão.......................................................................................14
5.4.2 Análise de riscos e benefícios..........................................................................................14
5.5 Coletas de dados................................................................................................................15
5.5.1 Protocolo de exercícios físicos.........................................................................................15
5.6 Análise de dados................................................................................................................16

6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES................................................................................16
7 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................1
1 INTRODUÇÃO

Um estilo de vida saudável tem a ver com hábitos ativos como resultado, melhora
a saúde e a qualidade de vida dos idosos. Diante disso a prática de musculação apresenta
como uma boa condição para ajudá-los á poderem melhorar neste aspecto.
Nesse sentido, sabe-se que quando os idosos se sentem motivados a se exercitar e
percebem efetivamente os benefícios desses comportamentos saudáveis, conseguem mais
facilmente manter níveis adequados de atividade física e condicionamento físico (LOURES et
al. al, 2017). A motivação pode, portanto, ser definida como a soma de fatores que
determinam o comportamento em direção a um determinado objetivo e é considerada o fator
mais importante e decisivo para o início e a continuação dos processos (SAMULKI, 2002).
No entanto, o fator motivador deve ser observado.
Os temas que sustentam os objetivos não são imutáveis. Ou seja, as razões para
determinadas práticas e ações podem mudar ao longo do tempo, dependendo das
necessidades, aspirações e compromissos individuais (SAMULKI, 2002).
Dentre as modalidades de exercícios físicos, a musculação é cada vez mais
procurada pelos idosos. Portanto, é instigante pensar no que motiva esse público a praticar a
modalidade, pois ainda são escassas as informações encontradas na literatura: fortalece a
musculatura, aumenta a mobilidade, a flexibilidade e a autoestima, proporciona sensação de
bem-estar, reduz o estresse e ajuda a controlar o peso. (TAHARA; SCHWARTS; SILVA,
2003). Portanto, uma forma de intervir para dar continuidade à prática de exercícios na
academia é identificar os motivos que os indivíduos atribuem a essa prática (LIZ;
ANDRADE, 2016).
O objetivo deste trabalho é verificar na literatura existente, quais os benefícios da
musculação para uma população especial, no caso deste trabalho em relação aos idosos e
confirmar a importância desta modalidade nos aspectos da longevidade e estilo de vida
saudável como; o fortalecimento muscular e exercícios de equilíbrio a fim de melhorar a
aptidão física e a manutenção das capacidades funcionais, e consequentemente maior
independência física para esta população.

2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Analisar os fatores que levam aos idosos a praticarem musculação em academias e
apresentar sobre a importância dessa prática para a qualidade de vida e a prevenção de
doenças no período do envelhecimento.

2.2 Objetivo específicos


· Verificar os benefícios que a prática do treinamento em geral para terceira
idade pode melhorar no estilo de vida saudável;
· Mostrar a importância da pratica regular da atividade física para o
envelhecimento;
· Identificar a importância da prática da atividade física na vida sedentária.

3 JUSTIFICATIVA

Com o crescimento da população idosa no Brasil veio a ser cada vez mais evidente
a prioridade de políticas públicas dirigidas aos mais velhos. Para (Harris et al., 2020) , uma
alternativa veio a ser surgido na forma de programas de apoio que orienta aos idosos,
inclusive relacionados à necessidade de estimular um estilo de vida ativo, uma vez que a
prática regular de exercícios físicos (EF) vem sendo reconhecida como uma ferramenta
importante para o controle de doenças crônicas, manter a autonomia funcional e da qualidade
de vida de pessoas idosas.
Segundo Mourão (2013) ao longo dos anos, prevaleceram os desenvolvimentos
tecnológicos e a automatização de determinados processos o nível de atividade física ou
motora geralmente diminui na vida diária, no trabalho, em casa e no tempo livre. Com isso,
podemos observar em uma pessoa idosa, aposentado (a), ou seja, passa a maior parte do
tempo em casa sem ir trabalhar. Ao contrário dos idosos que ainda trabalham porque precisam
se deslocar de um lugar para outro, atividade de trabalho. Portanto, o movimento ativo
também deve ser promovido também no envelhecimento (MADEIRA MC et al., 2013).
A falta de atividades físicas em idosos pode causar problemas de saúde e levar à
dependência e ao declínio funcional. As alterações físicas podem estar relacionadas ao
sistema cardiovascular e o aumento de distúrbios musculoesqueléticos, como diminuição da
força, flexibilidade, equilíbrio e resistência cardiovascular (SOUZA JL, et al., 2014; VIEIRA
SCAL, et al., 2015).
O processo de envelhecimento naturalmente vem com várias mudanças como
distúrbios neuromusculares, cardiovasculares e metabólicos que se destaca entre eles cenários
favoráveis para o desenvolvimento de doenças, que podem levar a má qualidade e o aumento
dos fatores de risco de vida e morte.
A diminuição da massa muscular e consequente da força são importantes
responsabilidade pelo comprometimento da mobilidade e das habilidades funcionais de
pessoas mais velha no decorrer do envelhecimento (MATSUDO et al., 2001). Portanto, a
musculação é recomendada para os idosos afim de manter e/ou aumentar a força muscular
para melhorar o desempenho da vida cotidiana.

4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Conceito da musculação

A musculação pode ser percebida como uma atividade física desenvolvida.


Em particular, através de exercícios analíticos de resistência como halteres, barras, anilhas,
aglomerados, módulos, extensores, peças lastradas, o próprio corpo e/ou seus segmentos, etc.
(GODOY 1994, p. 03).
Segundo Amorim (2010), a musculação é uma forma de treinamento resistido em
que todas as variáveis podem ser manipuladas, como frequência semanal de treino, velocidade
de contração, ordem de treino, volume etc. Esse ajuste estrutural permite que a
musculação seja praticada por todos os indivíduos, independentemente do nível
de treinamento e faixa etária. Durante anos, os não praticantes olharam para o
fisiculturismo com outros olhos, percebendo que o treinamento é apenas para uma
pequena parte e indivíduos com condições elevadas. Nas décadas de 1930 e 1940, acreditava-
se que o fisiculturismo só era possível para indivíduos que competiam em certos
tipos de competições, como fisiculturismo ou levantamento de peso olímpico. Esse
estigma em torno do fisiculturismo só foi quebrado em meados da década de 1960, quando o
exercício passou a fazer parte dos programas de treinamento físico, e foi somente nas décadas
de 1970 e 1980 que o estilo de fisiculturismo começou a ser praticado na
comunidade em geral (AMORIM,2010).

Atualmente se sabe que a base da saúde e da longevidade é genética, com pessoas


predispostas há viverem mais tempo e com menos doenças, mas a influência de fatores
ambientais é grande e pode contribuir decisivamente para o resultado final. Por um lado,
fatores ambientais importantes são a atividade física, a boa alimentação e o repouso adequado,
e por outro lado, a ausência de fatores nocivos como o estresse emocional, as drogas, a falta
de repouso, a poluição do meio ambiente e a exposição a agentes patogênicos, como no
trabalho insalubre e na ausência de saneamento básico. No que diz respeito à atividade física,
seus efeitos positivos ocorrem na prevenção de doenças que poderiam abreviar a vida e na
melhoria da condição física, para que as atividades da vida diária sejam realizadas sem
grandes esforços e sem maiores riscos para a saúde. Resumindo esse aspecto da questão,
podemos dizer que a musculação é no mínimo equivalente aos exercícios aeróbios na
prevenção das doenças cardiovasculares como o infarto, o acidente vascular cerebral e a
insuficiência arterial periférica, todas devidas à aterosclerose, por combater as condições
predisponentes como o colesterol alto, a obesidade, o diabetes e a hipertensão (SANTARÉM,
2000).

4.2 Importância da prática de musculação para os idosos

Meller e Mellerowicz (1987) apontam alguns desses efeitos. Pode acentuar a


perda de massa muscular devido à inatividade ou intoxicação acidental, postura, acúmulo de
gordura corporal, pressão alta, diabetes, envelhecimento físico prematuro causado pela perda
de função de alguns órgãos. Diante disso, posso dizer com certeza que a qualidade de vida
está incapacitada em indivíduos com comportamento sedentário. A prática de Musculação em
ambiente de lazer possibilitado por elementos lúdicos a uma grande sensação de alegria na
conclusão para ajudar na transformação da atividade física nos hábitos e estilos de vida.
Hábitos são formados pela prática regular, divertido e causa mudança no comportamento.
Exercício como uma alternativa a um estilo de vida sedentário. Desta maneira as alterações
fisiológicas trazidas pela inatividade física são revertidas e os indivíduos tende a representar
melhorias
orgânicas que garantem saúde e bem-estar.
Musculação quando devidamente supervisionado é uma excelente opção para
manter a saúde e melhorar a qualidade de vida, desde que haja um protocolo, todos podem se
beneficiar adaptado à sua realidade e objetivos. A musculação oferece os seguintes benefícios:
1) Manutenção e melhora do metabolismo - de acordo com o crescimento a massa
muscular é responsável pela maior parte do seu metabolismo orgânico (COUTINHO, 2001).
2) Diminuição da massa muscular - Esse efeito é muito bom e de grande utilidade
para os idosos, pois o processo de envelhecimento é reduzido gradual da massa muscular
(COUTINHO, 2001).
3) Diminuição da gordura corporal – devido ao aumento do gasto energético
queimar calorias esgota suas reservas de gordura corporal (FOX, 2000).
4) Redução de dores nas costas - usando programas apropriados o alongamento e
o fortalecimento dos músculos lombares são bastante reduzidos em casos de desconforto na
lombar (VIEIRA, 1996).
5) Melhora do sono - Pessoas que se exercitam dormem melhor aproveita mais o
sono, um programa de exercícios leves (ex.30 a 40 minutos por dia de aeróbicos de baixa
intensidade quatro vezes por semana), demonstrou melhorar e ajudar na qualidade e duração
do sono. Os praticantes podem dormir mais facilmente. O efeito do exercício no sono é
explicado por maior relaxamento muscular e tensão nervosa reduzida resultado da atividade
física. (VIEIRA, 1996)
6). Minimizando a ansiedade e a depressão pessoas deprimidas estão buscando
melhorias nas práticas de treinamento. As endorfinas aumentam no corpo de pessoas que se
exercitam por exemplo, a musculação é muito útil para reduzir a hiperatividade
(BRIDS,2003).
7) Prevenção de doenças cardíacas - segundo Funchal (2004), correr pode ser um
bom remédio para o coração (com tratamento adequado). Homens que se exercitam
regularmente têm menor risco de doença cardíaca. Mulheres que caminham mais de 3 horas
por dia em geral, os acidentes são 35% menos prováveis em caso de acide nos vasos
sanguíneos ou coração. O exercício fornece melhorias significativas e ele cria um suprimento
adicional de oxigênio para o corpo (consequentemente no músculo cardíaco) promovendo
novos vasos sanguíneos, circulação cardíaca e reduza o risco bloqueado.
8) Controle de diabetes - Fatores de risco para o desenvolvimento de diabete,
como obesidade, podem ser reduzidos com a prática de exercícios. Exercitar-se ajuda a
diminuir as taxas de açúcar no sangue e também aumenta a absorção celular de insulina
(hormônio responsável pela quebra de carboidratos durante o metabolismo celular). Mesmo
em pessoas com histórico favorável a diabetes (obesas, com pressão alta ou com casos da
doença na família), há redução dos riscos. Estudos comprovam que mulheres que caminham
pelo menos três horas por semana reduzem em 40% o risco de desenvolver qualquer tipo de
diabete (NAHAS, 2001).
9) Diminuição de riscos de quedas e fraturas - Aumento da densidade dos ossos
diminui risco de fraturas em quem se exercita. Mulheres com idade avançada e que praticam
um exercício frequentemente sofrem menos problemas relacionados a quedas e fraturas.
Atividades físicas que proporcionam o desenvolvimento de equilíbrio e força proporcionam
um caminhar mais seguro e uma musculatura mais rígida e eficiente. De uma maneira geral,
exercitar-se também amplia a velocidade de resposta e a agilidade, diminuindo o risco do
praticante ser "pego de surpresa" por um escorregão, por exemplo (VIEIRA, 1996).
10) Controle da pressão sanguínea - Com o aumento da circulação e da
quantidade de vasos sanguíneos, os exercícios físicos ajudam tanto no controle de pressão alta
quanto baixa. Com um acompanhamento médico correto, atividades físicas de média ou baixa
intensidade podem facilitar a manutenção de uma pressão sanguínea média (FUNCHAL,
2004).
11) Combate a osteoporose em mulheres - Segundo Katch F., Katch V. e Mcardle
(1998), Musculação é indicada para melhorar a qualidade de vida nos pós menopausa.
Desenvolver uma atividade física (em especial aquelas direcionadas para o aumento de força,
como musculação) ajuda a aumentar a densidade óssea. Na pós-menopausa, é comum para as
mulheres terem problemas relacionados a perda de consistência dos ossos, fator que pode ser
minimizado com uma composição óssea mais densa.
12) Auto estima: A prática regular de exercícios aumenta a confiança do indivíduo
(PONTES, 2003).
13) Colesterol: Exercícios vigorosos e regulares aumentam os níveis de HDL
(lipoproteína de alta densidade, o “bom colesterol”) no sangue, fator associado à redução dos
riscos de doenças cardíacas e reduz níveis de LDL (mau colesterol) (FOX, 2000).
14) Depressão: Pessoas com depressão branda ou moderada, que praticam
exercícios de 15 a 30 minutos em dia alternados, experimentam uma variação positiva do
humor já após a terceira semana de atividade (PONTES, 2003).
15) Doenças Crônicas: Os sedentários são duas vezes mais propensos a
desenvolver doenças cardíacas e respiratórias. A atividade física regula a taxa de açúcar no
sangue, reduzindo o risco de diabetes (COBRA, 2003).
16) Envelhecimento: Ao fortalecer os músculos e o coração, e ao amenizar o
declínio das habilidades físicas, os exercícios podem ajudar a manter a independência física e
a habilidade para o trabalho, retardando o processo de envelhecimento e dependência
(VIEIRA, 1996). Dentre outros benefícios.
Entre os ambientes com potencial para promover a mudança de comportamento na
população destacam-se as academias, que oferecem serviços de orientação e supervisão da
prática de exercícios físicos por profissionais da área da saúde (Toscano, 2001). No entanto, o
que se observa nesses ambientes é um número elevado de indivíduos que não conseguem dar
continuidade à prática de exercícios físicos por diversos motivos (Liz et al., 2010;
Albuquerque e Alves, 2007). De acordo com a American College of Sports Medicine (2000),
apenas 5% dos adultos sedentários que iniciam um programa estruturado de exercícios físicos
em academias de ginástica aderem à prática. No Brasil, os estudos sobre adesão têm
verificado um índice de evasão de aproximadamente 70% entre os praticantes de exercícios
físicos em academias (Albuquerque e Alves, 2007).
Segundo Novaes (1999), as academias de ginástica e musculação se tornaram a
principal escolha para alguns indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades praticarem
seus exercícios físicos. Para Saba (2001), as academias ocupam um espaço cada vez maior na
sociedade, sendo procuradas por diversos grupos que buscam os benefícios proporcionados
pelas atividades físicas, que podem ser tanto fisiológicos quanto psicológicos. As motivações
tendem a ser diferentes para cada um destes grupos, portanto é de fundamental importância
que os professores estejam preparados para recebe-los nestes espaços, que, por sua vez,
também devem fornecer uma variedade grande de modalidades para abranger um grupo cada
vez maior de praticantes.
4.3 Qualidade de vida e benefícios da atividade física no envelhecimento

A busca por uma melhor qualidade de vida e saúde e o interesse pela estética
corporal também são motivos pelos quais as pessoas optam por se exercitar em academias
(Saldanha et al., 2008). Surpreendentemente, no entanto, a busca por ideais estéticos muitas
vezes se sobrepõe à busca por saúde (Zanetti et al., 2007; Tahara e Silva, 2003). Autores
como Alves et al., (2009) argumentam que a insatisfação corporal é real tanto para homens
quanto para mulheres, e que moldar o corpo de acordo com normas estéticas culturalmente
estabelecidas não é uma opção para os indivíduos, como práticas corporais exageradas são
cada vez mais reveladoras que estão buscando recursos para Exercício de busca física. Esta
realidade é muitas vezes confirmada em ginásios onde a aparência é o único objetivo em
detrimento da saúde.
As pessoas precisam de equilíbrio, alegria e saúde para viver bem e para que o
indivíduo alcance seus objetivos deve-se fazer um esforço para se exercitar regularmente,
além de treinar de acordo com sua natureza biológica e tentar fazer isso de uma forma
prazerosa para que de alguma forma tornar-se melhor. Portanto, os resultados devem ser
favoráveis e inquietantes. Isso afeta diretamente a saúde de uma pessoa e lembra que o
indivíduo precisa mudar. Continue se exercitando para seu estilo de vida e seu corpo em geral
sempre dará resultados positivos (GUISELINI, 2004).
Um importante aspecto a ser considerado é o termo “qualidade de vida
relacionada à saúde”. Ele traz a intersecção entre dois conceitos – qualidade de vida e saúde –
que se desvelam e relevam não apenas através do processo saúde-doença, mas também, e
sobretudo, como um processo de viver essencialmente humano. Essa intersecção promove
abordagens integradoras e interdisciplinares, compreendidas por Garratt, Schmidt,
Mackintosh e Fitzpatrick (2002) como frutos de uma construção subjetiva e multidimensional
ao mesmo tempo.

4.4 Benefícios da atividade física e treinamento de força em idosos


A prática regular de atividade física tem papel fundamental na prevenção e
controle das doenças crônicas não transmissíveis, favorecendo melhor mobilidade, capacidade
funcional e qualidade de vida, em todas as fases da vida, principalmente quando se trata do
processo de envelhecimento. Além de estimular a prática de exercícios físicos entre pessoas
idosas também é crucial incluir a estas atividades, o fortalecimento muscular e exercícios de
equilíbrio a fim de melhorar a aptidão física e a manutenção das capacidades funcionais, e
consequentemente maior independência física para esta população (MATSUDO SMM, 2009).
A inclusão da prática de Atividade Física (AF) regular, mesmo aquelas não
estruturadas, ou seja, aquelas atividades relacionadas ao cotidiano de um indivíduo, como
atividades de lazer, tarefas domésticas, oferecem benefícios em detrimento de uma rotina
sedentária, e assim são importantes para reduzir e até mesmo reverter declínios de ordem
física, psíquica e social, psicológico e social. Condições que podem estar associadas ao
processo de envelhecimento não ativo. Mesmo sabendo dos benefícios da prática de atividade
física, pouco ainda é incentivado pelos profissionais da saúde, e assim a taxa de inatividade
entre a população acima dos 65 anos, chega a ser de 32,3% nesta população (SOUZA JL,et
al,2014).
As práticas de AF afim de favorecer uma vida mais saudável, devem ser metas
tanto para idosos que estejam na comunidade tanto os institucionalizados. Os efeitos do
sedentarismo em idosos institucionalizados podem ser ainda maiores, podendo ser
determinantes para o comprometimento no desempenho das atividades básicas de vida diária,
aumento do número de quedas e elevado número de complicações relacionadas às doenças
crônicas não transmissíveis (SOUZAJL,et al,2014).
O treinamento de força parece ser um tipo seguro de exercício mesmo para os
idosos frágeis. Os limites para o treinamento de força na população de idosos não são bem
compreendidos. Tanto o homem quanto a mulher respondem ao treinamento de força, e até
nonagenários parecem manter a capacidade de adaptação a este tipo de exercício. Estudos a
longo prazo (um a dois anos) não mostram um platô claro nos ganhos de força. Em outras
palavras, após vários meses de treinamento, os voluntários continuaram a mostrar melhoras.
Finalmente, as adaptações funcionais ao treinamento de força incluem endurance aumentada
para caminhada, tempo de equilíbrio maior, menor tempo para subir escadas e redução no
risco de quedas. Todos esses fatores trazem claras implicações para atingir uma vida
independente (FIATARONE MA et al, 1990).

5 METODOLOGIA

5.1 Desenho de pesquisa

Trata-se de um estudo experimental, exploratório do tipo transversal que verificou


a eficácia do protocolo de exercícios físicos, bem como compará-los.

5.2 Local do estudo

O estudo será realizado no complexo esportivo Ginásio 1 (Academia de


musculação) no bloco L do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, na cidade de
Patos de Minas/MG.
Como critérios de inclusão foram estabelecidos: ter 60 anos ou mais, ser
praticamente de musculação por pelo menos três meses.

5.3 Aspectos éticos

O projeto será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres


humanos do Centro Universitário de Patos de Minas, e sua execução somente será iniciada
depois de obtida aprovação.
Todos os participantes da pesquisa deverão assinar o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido segundo exigências do Conselho Nacional de Saúde (Resolução 466/12).

5.4 Participantes da pesquisa

A pesquisa será composta por mais de 50 idosos, na faixa etária de 60 anos ou


mais, para a composição da amostra todos os participantes do Centro Universitário de Patos
de Minas/MG serão convidados a participar até que se complete o número de pessoas, isto é,
será por conveniência. Caso alguma pessoa não tenha condições de participar, outra será
nomeada, até que se tenha o número desejado.

5.4.1 Critérios de inclusão e exclusão


Poderão ser incluídos sujeitos com mais de 60 anos e que estiverem adeptos a
praticarem atividades e exercícios físicos.
Para os participantes que tenham menos de 60 anos e que tambem tenham
problemas musculoesqueléticos ou neuromusculares que limitassem significativamente a
caminhada; déficit cognitivo e distúrbios de comportamento; angina instável ou hipertensão
arterial sem controle; hipertensão pulmonar grave; história recente de arritmia cardíaca ou
infarto do miocárdio; outras condições clínicas significantes que pudessem ser exacerbadas
pelo esforço físico serao excluidos da pesquisa.

5.4.2 Análise de riscos e benefícios


Os possíveis riscos são mal-estar físico durante a execução do teste, sintomas de
tonturas antes do teste.
Os benefícios com a participação nos testes são possíveis melhora da qualidade
vida, da disposição, do bem-estar; melhora cardiovascular (PA e FC), ajuda a manter a
pressão sanguínea controlada, regula os níveis de colesterol no corpo. O conhecimento dos
resultados das avaliações de antropometria e de composição corporal como as demais
avaliações, permite aos indivíduos avaliados, a partir do conhecimento sobre a sua atual
condição morfológica, tomar providências para modificar padrões não adequados à saúde e/ou
simetria corporal.

5.5 Coleta de dados (instrumentos e procedimentos)


O teste e protocolos serão realizados na academia de musculação do Centro
Universitário de Patos de Minas. Será realizado na data e horário disponível para os
participantes.
Os protocolos serão de IMC, percentual de gordura e um questionário SF36 irá ser
as primeiras a serem aplicados e executados.
Para as aferições hemodinâmicas de PA e FC de repouso serão utilizadas as
recomendações da American Heart Association (2015), que preconiza que estas medidas
sejam obtidas com o indivíduo sentado, em repouso, com o braço esquerdo estendido durante
cinco minutos após a sua chegada a sala para avaliação.
Serão utilizados aparelho de pressão da marca PA Med® e cardiofrequencímetro
da marca Polar®, para aferir a PA e FC, respectivamente.
Serão realizadas medidas antropométricas de estatura e peso corporal para a
identificação do IMC.
Será ultilizado o “Inventário de Motivação à Prática Regular de Atividade Física e
Esporte” (Imprafe-54).
Será realizado um o teste de caminhada de 6 minutos. TC6 tem como objetivos:
avaliar a capacidade aeróbica para a prática de esportes e outras atividades; avaliar o estado
funcional do sistema cardiovascular e/ou respiratório na saúde e doença; avaliar programas de
prevenção, terapêuticos e de reabilitação e predizer morbidade e mortalidade em candidatos a
transplantes.(VSW et al, 2016). Além disso, é uma forma prática e de baixo custo, de avaliar a
capacidade física em indivíduos com limitação funcional, que ganhou grande importância
tanto na prática clínica quanto em pesquisa nos últimos anos. (MARRARA et al; 2008).

5.5.1 Protocolo de exercícios físicos


Os testes serão realizados em um único dia entre os mês de julho a setembro.
Para caracterização da amostra foi utilizada uma anamnese com informações
sobre doenças prévias, nível socioeconômico e informações sobre a atividade física rotineira.
Para avaliação da motivação para a prática da musculação utilizou-se o “Inventário de
Motivação à Prática Regular de Atividade Física e Esporte” (Imprafe-54), criado por
Balbinotti e Barbosa (2008). Sao 54 perguntas, divididas nas dimensões de controle de
estresse, saúde, sociabilidade, competitividade, estética e prazer. Cada questão é pontuada por
uma escala bidirecional, de tipo Likert, dividida em cinco pontos, posto que o número um é o
que motiva pouquíssimo e o cinco que motiva muitíssimo (BALBINOTTI; BARBOSA,
2008).
Para o teste TC6 nos decorridos seis minutos, foram instruídos a parar de andar e
foi mensurada a distância total caminhada em metros Os resultados foram apresentados em
metros e para o cálculo do valor previsto, ou de referência para a distância no TC6 foram
utilizadas as equações propostas por Enright e Sherril (2003) para determinar o percentual do
previsto para cada teste realizado pelo paciente.

5.6 Análise de dados

A existência de distribuição normal dos dados será avaliada pelo teste de


D'Agostino-Pearson. As comparações dos dados os níveis de atividade física e níveis de
qualidade de vida,e os números obtidos pelo motivos a prática de muscalaçao entre homens e
mulheres idosos obtidos no questionário e nas amostras coletadas dos participantes serão
empregados para comparação serão feitas utilizando ANOVA, com pós-teste de Tukey, para
os dados que apresentarem distribuição normal, e Kruskal-Wallis, com pós-teste de Dunn para
dados que não apresentarem distribuição normal. Já associação entre as variáveis quantitativas
utilizaremos correlação de Pearson para dados que apresentarem distribuição norma e
correlação de Spearman para dados que apresentarem distribuição não normal. Todas as
análises serão realizadas no pacote estatístico SPSS (Special Package for Social Sciences)
versão 23.0 (SPSS, Chicago, IL). O nível de significância adotado será p < 0,05.

6. CRONOGRAMA

ETAPAS PERÍODO
Definição do tema Março/2023

Aceite do Orientador Março/2023

Elaboração do Projeto de Pesquisa Abril a Maio/2023

Aplicação do questionário aos participantes Agosto/2023

Execução do protocolo dos teste e Análise Agosto a Setembro/2023


dos dados

Elaboração do Trabalho de Conclusão de Outubro e Novembro/2023


Curso

Defesa do Trabalho de Conclusão de Curso Dezembro/2023


Correções sugeridas pela banca Dezembro/2023
examinadora

Publicação final do Trabalho de Conclusão Dezembro/2023


de Curso

7 REFERÊNCIAS

LOURES, R. R. R; KRAVCHYCHYN, C.; TEIXEIRA, R. T. S. Motivação para o exercício


físico em idosos de diferentes classes sociais. Coleção Pesquisa em Educação Física. v.16,
n.2, p. 87-94, 2017.
TAHARA, A. K.; SCHWARTZ, G. M.; SILVA, K. A. Aderência e manutenção da prática
de exercícios em academia. Revista de Ciência e Movimento, Brasília, DF, v. 11, n. 4, p. 7-
12, 2003.
SAMULSKI, D. M. Psicologia do esporte. 1. ed. São Paulo: Manole, 2002. SANTOS, SC;
KNIJNIK, JD. Motivos de Adesão à prática de atividade física na vida adulta
intermediária. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte; v.5, n.1, p. 23-34. 2006.
LIZ, C. M.; ANDRADE, A. Análise qualitativa dos motivos de adesão e desistência da
musculação em academias. Rev Bras Ciênca Esporte. v. 38, n. 3, p. 267-74, 2016.
GODOY, E. S. Musculação: Fitness. Rio de Janeiro RJ: Editora Sprint Ltda, 1994.
AMORIM, D.P. Motivação a prática de musculação por adultos jovens do sexo
masculino na faixa etária de 18 a 30 anos (Trabalho de Conclusão de Curso em
Educação Física). Porto Alegre: UFRGS, 2010.
FOX et al. Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2000.
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