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BELÉM/PA
2022
EDGAR FERNANDO MONARD VERAS
GABRIELLY THAIS GONÇALVES VASCONCELOS
RAYLA DOS SANTOS COSTA
Banca Examinadora:
Prof. Me. Ricardo Gomes Reis
orientador – FCC
BELÉM/PA
2022
EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA PESSOA IDOSA
1
Edgar Fernando Monard Veras Acadêmico do Curso de Bacharelado em Educação Física da
Faculdade Conhecimento e Ciência ― FCC.
2
Gabrielly Thais Gonçalves Vasconcelos, Acadêmica do Curso de Bacharelado em Educação Física
da Faculdade Conhecimento e Ciência ― FCC.
3
Rayla dos Santos Costa, Acadêmica do Curso de Bacharelado em Educação Física da Faculdade
Conhecimento e Ciência ― FCC.
4
Ricardo Gomes Reis,Docente da Faculdade Conhecimento - Orientador
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
2. REFERENCIAL TEÓRICO 6
2.1. VARIANTES PROVOCADAS PELO ENVELHECIMENTO 6
2.2. MODULAÇÃO DO ENVELHECIMENTO PELO TREINAMENTO RESISTIDO
8
2.3. A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA 8
3. MATERIAIS E MÉTODOS 9
3.1. PROCEDIMENTOS DA COLETA DE DADOS 10
3.2. INTERCORRÊNCIAS: 15
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 16
CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
REFERÊNCIAS 20
5
INTRODUÇÃO
O envelhecimento é um processo único e inevitável, caracterizado pela
redução gradativa da capacidade dos vários sistemas orgânicos em realizar suas
funções, tendo em vista um crescente número de pessoas idosas nos últimos anos,
o treinamento resistido vem sendo utilizado como um importante aliado para o
fortalecimento da musculatura e a melhora do equilíbrio e do tempo de resposta.
Segundo Spirdurso apud Farinatii (2008), envelhecer é um processo contínuo,
dinâmico e que uma vida ativa pode melhorar as funções mentais, sociais e físicas
da pessoa que envelhece.
O treinamento resistido tem o efeito de adiar o processo de envelhecimento e
sempre trazer benefícios para as pessoas idosas, tornando-as mais sadias,
independentes, sociáveis e eficientes, proporcionando-lhes uma melhor qualidade
de vida. É claro que os benefícios do treinamento resistido dependem de uma
combinação de fatores, tais como: número de repetições e séries, sobrecarga,
sequência e intervalos entre as séries e os exercícios, descanso e até mesmo nas
dietas quando necessário. (CHAGAS; LIMA, 2015.)
A montagem de um treinamento para a pessoa idosa, constitui em um
documento de grande importância para a saúde, é por meio dela que os
profissionais de educação física devem compreender melhor os principais
mecanismos de avaliação da aptidão física e assim prescrever exercícios que irão
contribuir para que este usuário tenha uma orientação adequada, e com isso
consequentes benefícios para a promoção da saúde. Algumas dessas doenças são:
Artrite Reumatoide, Diabetes Melitus, Cardiopatias, Câncer, Depressão, Doenças
Hepáticas, Hipertensão e entre outras.
O treino resistido combinado com um bom profissional criativo e flexível vem a
proporcionar inúmeras alternativas na montagem de cada treinamento, fazendo com
que nos dias de hoje seja possível a prática do exercício para qualquer pessoa,
inclusive para a pessoa idosa com comorbidades.
O objetivo do Treinamento Resistido é a melhora global do praticante, do
equilíbrio, da força e da resistência muscular, da diminuição da gordura corporal e
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facilitação para o dia a dia como, subir e descer escadas, subir e descer de ônibus,
tendo autonomia e independência (BÁLSAMO; SIMÃO, 2007)
Vale ressaltar também que não há uma série ou programa de musculação
que seja o “padrão” para essas pessoas e sim o que deve prevalecer para o
profissional é o bom senso e respeito aos três principais fatores do treinamento:
Frequência, Intensidade e Volume; conforme podemos observar nos estudos de
(CHAGAS; LIMA, 2015).
A frequência é a quantidade de treinamentos feitos durante a semana,
podendo haver mais de um tipo de treino por dia; a intensidade é o esforço feito
durante um exercício. Alguns autores entendem que a intensidade é a carga
utilizada durante um treino; o volume é o expresso na unidade de medida Joule.
Corresponde à ação total em um determinado tempo.
Este estudo tem por objetivo analisar através de uma pesquisa de campo,
como a prática do treinamento resistido interfere na vida da pessoa idosa.
Como podemos perceber, este estudo mostra o quão imprescindível é o
"Treinamento Resistido para pessoas idosas", pois ao final, o mesmo pode apontar
inúmeros benefícios aos praticantes, dos quais podemos destacar a contribuição
para diminuição nos níveis de doenças e colaboração no tratamento da osteoporose.
Além do mais a musculação colabora para o aumento da força muscular,
consequentemente aumentando a autonomia para exercer as suas atividades
diárias, com isso diminuindo o risco de quedas.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. VARIANTES PROVOCADAS PELO ENVELHECIMENTO
com a perda de cor natural, com o passar dos anos perda da elasticidade devido a
degeneração do suporte de colágeno, perda de fibras elásticas , desidratação e
desnutrição.
O envelhecimento também implica em relações sociais, pois entre os 60 e 65
anos chega o momento da aposentadoria, desta forma algumas pessoas idosas não
aceitam corretamente as ações que implicam a aposentadoria, pois o aposentado
terá muito tempo livre, ocasionando o isolamento familiar e social, ansiedade,
depressão e sedentarismo, é necessário ocupar-se com atividades que lhe
proporcione prazer e bem estar.
A comorbidade é a junção de duas ou de várias doenças que aparecem de
modo simultâneo em uma mesma pessoa, a hipertensão e diabetes são doenças
associadas. Uma das características da comorbidade é que existe a possibilidade
das doenças se potencializarem mutuamente, ou seja, uma provoca o agravamento
da outra.
Como exemplo a obesidade, é uma doença base para outras patologias,
como hipertensão, diabetes, colesterol alto, varizes, apneia do sono, alguns tipos de
câncer, pedras na vesícula e entre outras. Como aponta Almeida, Zanatta e
Rezende (2012)”A obesidade é uma doença crônica de difícil controle caracterizada
pelo acúmulo de gordura em tecido adiposo e que acarreta diversos prejuízos para a
saúde do indivíduo”.
A comorbidade em si, é um grupo onde tem diversas doenças e sabemos que
essas doenças levam a óbito quando são agravadas, e a atividade física é uma das
soluções para esse problema, por isso é muito importante a pessoa ter o hábito de
praticar exercício físico, portanto o treinamento resistido é uma solução para os
idosos com ou sem comorbidades, trazendo benefícios para sua qualidade de vida e
tendo uma vida mais ativa e saudável. Segundo Rabacow et al. (2006), a medida de
atividade física em idosos deve identificar as diversas formas de ações cotidianas,
seja no contexto das atividades domésticas, de lazer, deslocamento e atividades de
trabalho.
Por este motivo, a importância de um trabalho rigoroso com pessoas idosas,
pois cada exercício poderá melhorar um sistema específico.
8
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para critérios de exclusão, pessoas que não sejam consideradas idosas pela
legislação brasileira (abaixo de 60 anos), sem doenças crônicas, atualmente estão
ativos.
A pesquisa atende a todos os princípios éticos exigidos para a produção
científica com seres humanos, tais como: participação voluntária, direito do
participante à privacidade, sigilo das informações e aplicação do termo de
consentimento livre e esclarecido, garantindo os direitos e obrigações dos
participantes. Todas as medidas físicas obedecem estritamente às normas vigentes
de proteção à saúde do país e aos acordos previamente estabelecidos.
As atividades do TR, foram realizadas nas residências de cada aluna, de
acordo com o melhor conforto para elas, para que se sentissem bem à vontade para
realizar o treinamento, como também, seguras quanto às questões da covid-19.
Quadro 1 - Questionário
OBJETIVOS
PERGUNTAS TIPO DE PERGUNTAS
ESPECÍFICOS
Pratica outra atividade além do Fechada
Identificar possíveis alterações TR?
adquiridas a partir dos 60 anos. Fechada
Possui boa alimentação?
Houve benefícios com a prática Fechada
do TR?
Fechada
Sente-se mais disposta após
ter iniciado o TR? Aberta
Monitorar as percepções
individuais, obtidas com a Houve perda de peso após ter Aberta
prática regular do exercício iniciado o TR?
físico. Aberta
11
Livrou-se ou melhorou de
alguma patologia após ter
iniciado o TR?
bola 2 toques sem deixar cair no chão, agachamento isométrico, levantamento terra
com barra maciça, rosca direta com halter, remada alta com halter, remada curvada
com halter, prancha , dança, chutar bola ao gol, cartas e quebra-cabeça, todos com
intervalo de 1 minuto para recuperação de ATP.
As imagens a seguir a seguir referem-se às pessoas idosas praticando os
exercícios do Treinamento Resistido.
N° DE
SEMANAS DO TR N° DE SÉRIES PESO
REPETIÇÕES
1 2 8 Sem peso
2 2 8 Mini band e thera
3 2 10 0,5 Kg
4 3 10 0,5 Kg
5 3 10 1kg
6 - - -
7 - - -
8 4 10 1kg
9 4 12 1kg
10 4 15 1kg
11 3 Falha 1kg
12 3 8 2kg
13 3 8 2kg
14 4 10 2kg
15 4 10 2kg
16 3 Falha 2kg
17 2 8 3kg
18 3 8 3kg
19 4 8 3kg
20 4 10 3kg
21 3 10 4kg
22 3 10 4kg
23 2 Falha 4kg
24 2 8 4kg
25 2 8 4kg
26 3 10 4kg
27 3 10 4kg
28 3 10 5kg
29 - - -
30 - - -
Fonte: Autores (2021)
peso e com intervalo de 1(um) minuto entre as séries, apenas usando o peso
corporal. Na semana seguinte mantivemos os mesmos exercícios e passamos a
incluir o Mini Band e Thera Band para evolução das mesmas.
Iniciamos a semana 3 e 4 com novos exercícios: Agachamento na cadeira,
bíceps com haltere, desenvolvimento de ombros com halter, extensão de joelho na
cadeira com caneleira, extensão de quadril em pé com caneleira, todos com carga
de 0,5 kg, aumentando o número de repetições para 10, mantendo o número de
séries e na semana 4, aumentando o número de série para 3.
Na semana 5 manteve-se com os mesmos exercícios, números de séries e de
repetições, apenas houve mudança na carga que passou para 1 kg.
Devido ao Decreto Estadual 800/2020, na semana 6 e 7 os treinos foram
interrompidos mediante ao Lockdown por conta da Covid-19.
Na semana 8, mantivemos os mesmos exercícios, repetições e carga de 1kg,
apenas houve mudança no número de séries para 4 e foi incluso o exercício de
abdominal tradicional.
Na semana 9 e 10, iniciou-se novos exercícios: flexão de joelho em pé com
caneleira, panturrilha em pé no step com caneleira, elevação lateral com halter,
tríceps francês com halter, manteve-se o número de séries de 4(quatro) e houve
mudança no número de repetições para 12 na semana 9 e 15 na semana 10,
mantendo-se a carga de 1 kg de peso.
Na semana 11, manteve-se os exercícios e carga de 1kg, houve mudança no
número de séries que passou para 3 e pedimos para ir até a falha concêntrica.
Na semana 12 e 13, manteve-se os exercícios, houve redução no número de
séries para 3 e repetições de 8, ocorreu mudança também na carga que passou
para 2 kg.
Na semana 14 e 15, iniciou-se novos exercícios: Equilíbrio caminhar em linha
reta, obstáculos com cones, remada sentada com Thera Band, elevação frontal com
halter, elevação lateral de pernas com caneleira, agachamento afundo com caneleira
e elevação pélvica sem carga, aumentando o número de séries para 4 e repetições
de 10 com carga de 2kg.
Na semana 16 manteve-se os mesmos exercícios e carga, houve no número
de séries que passou para 3 e mudança de repetições, pois pedimos para que
fossem até a falha.
15
3.2. INTERCORRÊNCIAS:
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa
ADM, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras
Cardiol. 2021; 116(3):516-658
COSTA, Robison Carlos Silva et al. Efeitos do treinamento resistido em idosos: uma
revisão sistemática. Anais CIEH, v. 2, n. 1, 2015.
GEIS, Pilar Pont. Atividade física e saúde na terceira idade: teoria e prática/Pilar
Pont Geis; trad. Magda Schwartzhaupt Chaves. - 5. ed. - Porto Alegre: Artmed,2003.
MAZINI FILHO, M.; ZANELLA, A.; AIDAR, F.; SILVA, A.; SALGUEIRO, R.; MATOS,
D. Atividade física e envelhecimento humano: a busca pelo envelhecimento
22
T, G. L.; A., G. D.; M., M. F.; M., V. D.; L., P. K.; M., C. E. Comparação da propensão
de quedas entre idosos que praticam atividade física e idosos sedentários. Revista
Neurociências, [S. l.], v. 12, n. 2, p. 68–72, 2004. DOI: 10.34024/rnc.
2004.v12.8872.
ZAWADSKI, Adriana Baratela Ribeiro; VAGETTI, Gislaine Cristina. < b> Grade
curricular do curso de educação física: uma proposta voltada para o idoso. Revista
Cesumar–Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, v. 12, n. 1, 2007.