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UNIVERSIDADE NORTE DO PARÁ

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


EDUCAÇÃO FÍSICA

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA QUALIDADE


DE VIDA DO IDOSO

ALAN CASTILHO CONCEIÇÃO

REDENÇÃO - PA
2023
ALAN CASTILHO CONCEIÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA QUALIDADE


DE VIDA DO IDOSO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Educação Física.

Orientador: Prof. Bruno José Frederico Pimenta

REDENÇÃO - PA
2023
CONCEIÇÃO, Alan Castilho. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA
QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO: 2023. 39 pag. Trabalho de Conclusão de Curso
Bacharel em Educação Física – Unopar, Redenção – Pa., 2023.

RESUMO

A prática de atividades físicas proporciona vários benefícios à saúde, seja qual for
idade. Fortalecimento muscular, flexibilidade e melhoria da capacidade
cardiorrespiratória e cardiovascular estão entre os principais resultados positivos
percebidos por quem mexe o corpo e se exercita com regularidade. Na terceira
idade, fugir do sedentarismo é ainda mais importante. O presente artigo tem como
objetivo geral, analisar os efeitos que as atividades físicas possuem na vida dos
idosos quanto a melhoria das capacidades físicas, prevenção de disfunções
corporais características da faixa etária e maior qualidade na saúde do idoso. E
específicos: Identificar os efeitos do sedentarismo na saúde do idoso; Avaliar
programas de exercícios mais indicados para a terceira idade; Descrever a respeito
da importância das atividades físicas para os idosos. Justifica-se essa temática,
objetivando propor a importância da prática de exercícios na terceira idade. Além de
preservar ou melhorar a autonomia, como também minimizar ou retardar os efeitos
da idade avançada, a prática de exercícios pelos idosos, de modo geral, aumenta a
qualidade de vida deles. Para atingir o objetivo da pesquisa, utilizou-se uma revisão
integrativa da literatura que segundo Tavares (2009, p. 3) “é um método que
proporciona a síntese de conhecimentos e a incorporação da aplicabilidade de
resultados de estudos significativos na prática”, na qual foram utilizados artigos e
revistas científicas, para avaliar as evidências em relação aos efeitos das atividades
físicas e o papel do educador físico para a melhoria da qualidade de vida dos idosos.
Sendo assim, o estudo torna-se relevante à comunidade científica, porque irá
demonstrar a importância da educação física para a qualidade de vida dos idosos,
buscando comprovar que as atividades físicas para a terceira idade, como também
uma estruturação, manutenção, respeito as limitações e planos específicos para
cada situação, são responsáveis por mudanças benéficas na vida dos idosos.

Palavras-chave: Qualidade de vida do idoso 1. Importância das atividades físicas


2. Programas de exercícios específicos para cada indivíduo da terceira idade 3.
Sedentarismo e envelhecimento 4.
CONCEIÇÃO, Alan Castilho. THE IMPORTANCE OF PHYSICAL EDUCATION IN
THE QUALITY OF LIFE OF THE ELDERLY: 2023. 39 pp. Conclusion of Course
Work Bachelor in Physical Education – Unopar, Redenção – Pa., 2023.

ABSTRACT

The practice of physical activities provides several health benefits, whatever the age.
Muscle strengthening, flexibility and improvement of cardiorespiratory and
cardiovascular capacity are among the main positive results perceived by those who
move the body and exercise regularly. In old age, escaping from a sedentary lifestyle
is even more important. The general objective of this article is to analyze the effects
that physical activities have on the lives of the elderly in terms of improving physical
capacities, preventing body dysfunctions characteristic of the age group and higher
quality in the health of the elderly. And specific: Identify the effects of sedentary
lifestyle on the health of the elderly; Evaluate exercise programs best suited for the
elderly; Describe the importance of physical activities for the elderly. This theme is
justified, aiming to propose the importance of the practice of exercises in the third
age. In addition to preserving or improving autonomy, as well as minimizing or
delaying the effects of old age, the practice of exercises by the elderly, in general,
increases their quality of life. To achieve the objective of the research, we used an
integrative literature review that according to Tavares (2009, p. 3) "is a method that
provides the synthesis of knowledge and the incorporation of the applicability of
results of significant studies in practice", in which articles and scientific journals were
used to evaluate the evidence in relation to the effects of physical activities and the
role of the physical educator for the improvement of the quality of life of the elderly.
Thus, the study becomes relevant to the scientific community, because it will
demonstrate the importance of physical education for the quality of life of the elderly,
seeking to prove that physical activities for the elderly, as well as a structuring,
maintenance, respect for limitations and specific plans for each situation, are
responsible for beneficial changes in the lives of the elderly.

Keywords: Quality of life of the elderly 1. Importance of physical activities 2. Specific


exercise programs for each senior citizen 3. Sedentary lifestyle and aging 4.
LISTA DE QUADROS

Quadro I: Ano publicação, quantidade avaliados e porcentagens de aproveitamento.


Pag............................................................................................................................ 26
Quadro II: Efeitos do sedentarismo na saúde do idoso. Pag.....................................26
Quadro III: Programas de exercícios mais indicados para a terceira idade. pag.......30
Quadro IV: Importância das atividades físicas para os idosos. Pag..........................33
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 7
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................9
2.1 Efeitos do sedentarismo na saúde do idoso....................................................9
2.2 Programas de exercícios mais indicados para a terceira idade..................14
2.3 Importância das atividades físicas para os idosos.......................................20
3 METODOLOGIA DA PESQUISA...........................................................................26
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................39
7

1. INTRODUÇÃO

A prática de atividades físicas proporciona vários benefícios à saúde, seja


qual for idade. Fortalecimento muscular, flexibilidade e melhoria da capacidade
cardiorrespiratória e cardiovascular estão entre os principais resultados positivos
percebidos por quem mexe o corpo e se exercita com regularidade. Na terceira
idade, fugir do sedentarismo é ainda mais importante.
Além de afastar várias doenças, as atividades físicas contribuem para o
aumento do bem-estar e da qualidade de vida, além de promoverem a
independência dos idosos. E nem é difícil começar: uma caminhada diária de meia
hora, por exemplo, é suficiente para sair da condição de inatividade e proporcionar
vários benefícios.
Outras atividades também contribuem para afastar o sedentarismo e ajudam
a promover maior socialização nessa fase da vida. Frequentar uma academia,
dançar ou praticar um esporte em dupla ou em equipe são estratégias para fazer
amigos e ampliar os contatos sociais.
No entanto, é fundamental praticar tais atividades sob a supervisão de um
profissional especializado (educador físico ou fisioterapeuta), o que reduz o risco de
lesões e dores musculares. Além disso, antes de iniciar qualquer atividade física, é
importante consultar um médico de sua confiança e fazer um check-up para
identificar possíveis doenças já existentes.
A frequência e a intensidade adequada dos exercícios físicos são fatores
essenciais para sair do sedentarismo e ter uma vida mais ativa. Assim, procure
estabelecer uma rotina de atividades físicas, de acordo com as recomendações
médicas, incorporando as novas práticas ao seu estilo de vida.
O estudo desse tema é de grande relevância, pois contribui para uma
informação compacta, agregada a inúmeras pesquisas científicas, a respeito dos
diversos benefícios que a atividade física regular proporciona para vida do idoso,
auxiliando na redução de problemas cardiovasculares, imunológicos, psicológicos,
funcionais e aumentando a sensação de bem-estar, o equilíbrio e destreza em
desempenhar tarefas diárias.
Outrossim, destaca-se que a originalidade da abordagem advém de um
aprofundamento teórico ligado um contexto minucioso sobre papel do educador
físico relacionado ao tema, resultando numa contribuição para a continuidade da
8

reflexão exposta no texto.


Além disso, o estudo é de grande importância pois abrange, de modo
específico, os diversos benefícios que a atividade física promove para a terceira
idade, bem como o papel do educador físico na melhoria da qualidade física e
mental na vida dos idosos.
Por fim, a abordagem do estudo é viável, por conta da disponibilidade dos
dados obtidos por meio de pesquisas científicas já realizadas, que comprovam,
genuinamente, a procedência assertiva do estudo.
Sabendo que o termo envelhecimento se refere a um conjunto de processos,
como deterioração da homeostase e diminuição da capacidade de reparação
biológica, que ocorrem em organismos vivos, e com o passar do tempo leva à
deficiência funcional e perda de adaptabilidade (SILVA et al., 2006). De que forma a
prática de exercícios físicos pode reverter essas problemáticas e proporcionar maior
qualidade de vida ao idoso?
O presente artigo tem como objetivo geral, analisar os efeitos que as
atividades físicas possuem na vida dos idosos quanto a melhoria das capacidades
físicas, prevenção de disfunções corporais características da faixa etária e maior
qualidade na saúde do idoso. E específicos: Identificar os efeitos do sedentarismo
na saúde do idoso; Avaliar programas de exercícios mais indicados para a terceira
idade; Descrever a respeito da importância das atividades físicas para os idosos.
Justifica-se essa temática, objetivando propor a importância da prática de
exercícios na terceira idade. Além de preservar ou melhorar a autonomia, como
também minimizar ou retardar os efeitos da idade avançada, a prática de exercícios
pelos idosos, de modo geral, aumenta a qualidade de vida deles.
Um objetivo muito importante de um programa de exercícios para os idosos é
elevar a expectativa ajustada à qualidade de vida destes indivíduos. Deve-se
salientar, sobretudo, o respeito as limitações próprias desta fase da vida, para que
se possa obter os resultados e benefícios esperados, tanto físicos quanto
psicológicos.
Sendo assim, o estudo torna-se relevante à comunidade científica, porque irá
demonstrar a importância da educação física para a qualidade de vida dos idosos,
buscando comprovar que as atividades físicas para a terceira idade, como também
uma estruturação, manutenção, respeito as limitações e planos específicos para
cada situação, são responsáveis por mudanças benéficas na vida dos idosos.
9

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Efeitos do sedentarismo na saúde do idoso

Atualmente, os aumentos da expectativa de vida e do índice da população


idosa se constituem em uma conquista social, que tem despertado para a busca por
avanços tecnológicos e de melhorias na saúde e nas condições de vida que
permitam garantir aos idosos uma conjuntura adequada para promover sua
autonomia, integração e participação efetiva na sociedade, demandas para o
envelhecimento saudável (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2015).
Segundo Rebelatto (2006), o processo de envelhecimento do ser humano tem
sido um foco de atenção crescente por parte de cientistas, na medida em que a
quantidade de indivíduos que chega à terceira idade aumenta e, por decorrência, faz
com que tanto os comprometimentos da saúde característicos desse período quanto
os vários aspectos relativos à qualidade de vida dessa população sejam objetos de
preocupação e de estudos.
A terceira idade tem se caracterizado, em sua grande maioria, por uma vida
sedentária e uma ruptura das atividades cotidianas que vinham acompanhando o
seu processo de vida e isto incorre numa reorganização de seu cotidiano. (GALLO,
2015)
A manutenção de qualidade de vida de um idoso depende do modo que viveu
e vive neste momento, e esse envelhecimento pode ser amenizado através de um
equilíbrio que inclui alimentação, hábitos saudáveis e exercício físico.
Nessa fase da vida a dificuldade de realizar as atividades da vida diária
permite uma vida cada vez mais dependente, aumentando sua angústia e
frustração. Esses fatores auxiliam para que os idosos se sintam incapazes, inúteis,
abandonados, a saúde é alterada e muitos, simplesmente, perdem a vontade de
viver. (OKUMA, 2018)
Além disso, conforme Clark & Siebens (2012), o processo de envelhecimento
e o aumento da expectativa de vida demandam ações preventivas, restauradoras e
reabilitadoras, já que desencadeiam alterações nas funções orgânicas e vitais da
população, ou seja, paulatinamente, ocorre a perda da capacidade de adaptação do
organismo devido às interações de fatores intrínsecos (genéticos), que não são
10

passíveis de intervenção e extrínsecos (ambientais), sobre os quais se pode intervir.


Desse modo, nos últimos anos, tem-se visto um maior incentivo, sobretudo,
midiático e social, à prática de atividades físicas que podem ser realizadas em
academias, fazendo com que o idoso abandone o sedentarismo e as doenças,
próprios desta fase da vida, e passe a se sentir mais confiante, independente e
ativo.
Para Miranda (2016) o processo de envelhecimento é inevitável e natural ao
ser humano. Há uma tendência de crescimento dessa população e com isso o
desafio do desenvolvimento de práticas de prevenção do sedentarismo dessa
população com a inclusão de familiares para que juntos, tentem mudar esse quadro
e assim diminuir os índices de sedentarismo e as incidências de doenças e de
mortes prematuras.
Como bem nos assegura Brasil (2016) a população de idosos no Brasil vem
avançando, o país possuí a quinta maior população idosa no mundo, com cerca de
28 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Enfatizando que dentro dessa
população, vêm se destacando os idosos que vivem 80 anos ou mais. Estima-se que
em 2030 brasileiros o número de idosos com 60 anos ou mais será superior ao de
crianças de 0 a 14 anos.
Segundo Gualano e Tinucci (2011) o sedentarismo é um dos maiores
problemas de saúde pública da atualidade, sendo considerado mais perigoso que a
obesidade, pois o sedentarismo predispõe a outras comorbidades como diabetes,
hipertensão entre outras. Portanto, a necessidade de atividade física no cotidiano da
pessoa idosa é crucial para sua qualidade de vida, seja em forma de caminhada,
ciclismo, natação ou até mesmo musculação, será uma grande aliada contra as
comorbidades associadas à idade.
A falta da prática de exercícios físicos durante o cotidiano das pessoas é
entendida como sedentarismo. Entretanto, o termo sedentarismo não se refere
apenas à ausência de atividades esportivas, pois sedentário é aquele que não gasta
muitas calorias por semana devido à ausência de atividades ocupacionais. Para que
uma pessoa não se torne sedentária, ela precisa gastar, no mínimo, 2.200 calorias
por semana através da realização de exercícios físicos.
De acordo com Ferreira (2016) pode-se dizer que as principais patologias e
comorbidades existentes estão associadas ao sedentarismo. Assim, os idosos
sofrem suas consequências, com a queda em seu metabolismo e devido a isso são
11

necessárias algumas medidas como: a conscientização de uma boa alimentação


associada a exames de rotina e boas práticas de atividade física regularmente,
acompanhamento de profissionais específicos que estejam atentos a essas
mudanças fisiológicas e dispostos a juntos melhorar sua qualidade de vida.
As consequências de uma rotina sedentária são extremamente prejudiciais à
saúde, pois podem ocasionar o desuso dos sistemas funcionais, fazendo com que o
aparelho locomotor e os demais órgãos entrem em um processo de regressão
funcional. Dessa forma, os músculos podem sofrer atrofias em suas fibras e a
flexibilidade muscular pode ser reduzida.
Campos (2014) afirma que a qualidade de vida do idoso não está relacionada
apenas em seu bem-estar físico, devendo envolver principalmente fatores
intersociais e familiares. É de extrema relevância o seu bem-estar de um modo
geral, sabendo que qualidade de vida e saúde é multifatorial.
O sedentarismo não tem idade e pode ser uma característica presente na vida
de qualquer pessoa, principalmente a partir da adolescência. Entretanto, é um mal
que prejudica de maneira mais grave os idosos, pois suas consequências acentuam
problemas que ocorrem naturalmente com o passar do tempo. O sedentarismo,
portanto, agrava ainda mais o processo de envelhecimento, antecipando ou
ocasionando problemas que poderiam ser evitados.
Como foi referido pela Azanbuja (2014) é de extrema importância a atividade
física na população idosa, devido aos declínios decorrentes em seu envelhecimento,
tornando-se crucial a execução de estratégias desenvolvidas pela equipe
multiprofissional na unidade de saúde. A participação desses idosos nas atividades
desenvolvidas, contribuindo então para melhoria da sua qualidade de vida e
favorecendo assim para sua longevidade.
Segundo Willig (2015), as condições relacionadas à longevidade envolvem
diversos fatores, como a prática de atividade física regularmente, alimentação
saudável, qualidade do sono e convívio social, favorecendo, assim, para sua
qualidade de vida e independência. Quanto mais cedo uma pessoa inicia os hábitos
de uma vida saudável, mas longevo será, então, a educação em saúde que busca a
sua promoção está extremamente relacionada a esse fator.
O sedentarismo contribui de forma significativa para os agravos de saúde.
Estudos quantitativos e qualitativo mostram que a prática de atividade física diminui
e minimiza os efeitos das doenças crônicas, favorecendo ao idoso uma melhor
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qualidade de vida. Em contraponto os idosos sedentários estão mais propensos aos


agravos de saúde diminuído suas capacidades físicas e motoras, os levando a
senilidade (FREITAS, 2014).
Algumas das atividades que podem combater o sedentarismo são:
caminhada, ciclismo, natação, ginástica, entre outras. As pessoas se adaptam de
maneiras diferentes a esses exercícios, por isso a importância da consulta médica
para verificar qual deles será o ideal de acordo com as condições físicas de cada
um.
Segundo Zago (2010), o sedentarismo é um dos maiores fatores de risco à
saúde e predispõe a várias doenças que interferem diretamente na vida do idoso,
pois o corpo em envelhecimento tende a ter menos resistência. Isso se resulta no
declínio funcional que acompanha o envelhecimento na vida humana, para a
diminuição da qualidade de vida do idoso, e então contribuindo para a incapacidade
de realizar algumas atividades da vida cotidiana.
Freitas (2014) identificou evidências que a prática de atividade física
proporciona uma melhor qualidade de vida e contribui para a manutenção da
funcionalidade. O estudo demonstrou que idosos sedentários têm mais dificuldade
de realizar as tarefas do dia a dia ao contrário de idosos que praticam atividade
física seja ela de qual modalidade for. Assim eles têm maior desempenho de realizar
suas tarefas e relações positivas entre o estilo de vida ativo com os domínios físico,
psicológico o que resulta em uma maior autonomia na vida deste idoso.
Além do tipo de exercício físico, a quantidade, que está relacionada ao
número de vezes que o exercício deve ser feito por semana e ao tempo diário,
também varia de pessoa para pessoa. Normalmente, o recomendado é que as
atividades físicas sejam realizadas de 03 a 05 vezes por semana, de 40 a 60
minutos por dia. Quem deve indicar com que frequência os exercícios devem ser
praticados é o médico responsável.
Oliveira (2018) recomenda no mínimo pelo menos 150 minutos por semana
de atividade física de intensidade moderada, ou pelo menos 75 minutos de atividade
física por semana de intensidade vigorosa. Essas orientações podem melhorar a
capacidade cardiorrespiratória e muscular e óssea, tendo em vista que reduzem o
risco de quedas, podem retardar doenças crônicas entre outras, ainda proporcionam
estimulação física, cognitiva, além de melhorar o convívio social.
Para Juliana de Gomes (2013) a importância da atividade física regular é
13

extremamente valiosa na manutenção da saúde para as pessoas de todas as faixas


etárias, especialmente para terceira idade, pois oferece flexibilidade e longevidade,
também como atua na redução de doenças ou na redução de sintomas de doença.
Assim, previne limitações funcionais, mantendo suas capacidades de independência
de realizar atividades cotidianas sem o auxílio de outras pessoas por um tempo
maior o que contribui para a promoção de um estilo de vida mais ativo e saudável.
De acordo com Silva (2016) a participação dos profissionais de saúde na
conscientização a esse idoso sobre a prática de atividade física é primordial. É
recomendado que haja investimentos em programas de atividades como também o
incentivo para seu bem-estar físico e mental. Outros benefícios são identificados
como o maior desempenho para um estilo de vida mais saudável com uma maior
qualidade de vida, evitando assim possíveis patologias e contribuindo para a maior
autonomia da pessoa idosa.
No entanto, de acordo com Araújo (2014) às medidas de segurança não
podem ser negligenciadas, tendo em vista que as pessoas idosas naturalmente
perdem sua mobilidade com o passar do tempo, o que aumenta a predisposição
para ocorrência de queda.
O sedentarismo na terceira idade é algo preocupante. Várias complicações
decorrentes dos maus hábitos de vida (físicos e alimentares) acometem os idosos e
interferem diretamente no balanço do perfil epidemiológico. De acordo com Geis
(2016) “deve-se considerar a importância do exercício físico em uma idade em que
as faculdades tendem a declinar e necessitam de manutenção da função para
conservar ativos todos os sistemas que regem o organismo [..].”
Segundo Jacob Filho (2006), não é raro encontrar um paciente acamado,
geralmente idoso, cujo histórico clínico demonstre que o início da sua limitação foi
decorrente de uma situação episódica, geralmente circunstancial (dor, queda,
ausência temporária do cuidador, condições ambientais, dentre outras) e que, com o
passar do tempo, teve sua movimentação progressivamente comprometida. Esta
condição é conhecida por síndrome da imobilidade ou imobilismo e constitui um dos
principais problemas que podem comprometer a saúde do idoso.
Dentre as causas mais comuns do sedentarismo entre idosos, Negrão et al.
(2010) destacam:
- Orgânicas: são frequentes as justificativas de interrupção da prática de
atividade física por algum tipo de lesão que foi utilizada como fator limitante para a
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sua continuidade.
- Culturais: além de haver um tradicional estímulo para evitar qualquer
atividade motora entre as ações cotidianas, há também o excesso de cuidados com
que geralmente se privam os idosos das suas potencialidades, tornando-os cada vez
mais passivos a despeito das suas possibilidades de autonomia e independência.
- Ambientais: dependendo do local em questão, existem verdadeiras
“armadilhas” no trajeto destinado à locomoção de idosos: irregularidades do solo,
ausência de corrimões, de faixas de pedestres etc. Poucos são os espaços
destinados à prática segura das atividades físicas nesta faixa etária.
“Os educadores físicos precisam promover exercícios físicos atrativos e
estimulantes para promover adesão dos praticantes, embasados em fundamentos
científicos, com metodologia pedagógica e que sejam divertidos.” (LOUREIRO e
OLIVEIRA 2019, pág. 126).
Matsudo (2011) relata sobre a necessidade do estímulo da atividade física
regular após os 50 anos, mesmo que o indivíduo seja sedentário, visto que a
manutenção da atividade física regular ou a mudança a um estilo de vida ativo tem
um impacto real na longevidade. A atividade física tem-se confirmado como o
principal procedimento terapêutico da síndrome da imobilidade, donde podemos
entender que o quadro funcional desfavorável se instala pela progressiva redução da
atividade motora e, por intermédio da sua reativação, pode ser progressivamente
revertido.

2.2 Programas de exercícios mais indicados para a terceira idade

Um programa de exercícios físicos bem direcionado e eficiente para os idosos


atuará como forma de prevenção e reabilitação da saúde do idoso e deve ter como
meta a melhora da capacidade e aptidão física do indivíduo que pode ser
aprimorada, mantida ou, pelo menos, desacelerado o seu declínio (MAZO, 2007).
Em qualquer fase da vida, a atividade física proporciona benefícios para a
saúde. Contrariando o que muita gente pensa, com os devidos cuidados, ter uma
vida ativa resulta em mais vantagens do que riscos para a população idosa. Idosos
que se movimentam mais em seu dia a dia tem melhor capacidade funcional e mais
qualidade de vida.
15

Os benefícios da prática de atividades físicas estão demonstrados na


literatura nacional e internacional e são ressaltados pelas diretrizes de saúde, que
recomendam pessoas acima de 60 anos praticar, em média, 150 minutos por
semana de atividades físicas, de intensidade leve a moderada, no sentido de
fortalecimento muscular e redução do índice de inatividade física (LIMA et al.,
2015; AMERICAN, 2017; AMERICAN, 2019; KEEVIL et al., 2016).
Além dos benefícios para o corpo, a atividade física também tem impacto
positivo na saúde mental. Manter-se ativo na sua rotina auxilia na redução dos
sintomas de depressão e ansiedade, assim como previne doenças do coração,
osteoporose, diabetes e alguns tipos de câncer.
Também contribui para o controle da pressão arterial, para a redução dos
níveis de colesterol e previne a perda de massa muscular, conhecida como
sarcopenia. Ainda, ao praticar atividade física em grupo há a oportunidade
de ampliar os vínculos sociais e fazer amizades.
Outros benefícios segundo o Guia de Atividade Física Para a População
Brasileira, a nova publicação do Ministério da Saúde:
Promove o desenvolvimento humano e o bem-estar, ajudando a desfrutar de
uma vida plena com melhor qualidade;
● Aumenta a energia, disposição, autonomia e independência para realizar as
atividades do dia a dia;
● Melhora a capacidade para se movimentar e fortalece músculos e ossos;
● Reduz as dores nas articulações e nas costas;
● Melhora a postura e o equilíbrio;
● Reduz o risco de quedas e lesões;
● Melhora a qualidade do sono;
● Melhora a autoestima e a autoimagem;
● Auxilia no controle do peso corporal;
● Melhora a saúde dos pulmões e do coração;
● Ajuda na manutenção da memória, atenção, concentração, do raciocínio e
do foco;
● Reduz o risco para demência, como a doença de Alzheimer.
É importante ressaltar que as pessoas estão redescobrindo o valor dos
exercícios e da prática de atividades físicas, o que revela, segundo Santana et
al., (2018, p. 55), a conquista de um espaço e a “imensurável importância que a
16

educação física conseguiu expor através de seus benefícios como contribuição para
a manutenção da saúde”. Para os autores, pensar na educação física requer, para
além de conteúdos e estratégias, que se considere a formação do profissional, que
certamente irá “refletir sobre o grupo ou indivíduo com o qual trabalha, a sociedade
nos planos históricos, econômicos culturais”.
A procura por atividades físicas, pelos idosos, ocorre em sua grande maioria
quando estes são orientados por médicos devido aos riscos de saúde, mesmo que o
ideal para os idosos seja a procura como prevenção de doenças ou para outros fins,
como por exemplo, psicológicos e sociais. (DEPS, 2013).
Cada pessoa possui uma realidade, uma disponibilidade e uma capacidade
individual. O importante é saber que fazer qualquer atividade física, no tempo e lugar
em que for possível, é melhor do que não fazer nada. É sabido que existem
recomendações de quantidade de tempo e intensidade de atividades físicas que
resultam em maiores benefícios para a saúde das pessoas.
Considerando as características dos participantes nos grupos de convivência
para idosos, é importante salientar que a prescrição de exercícios físicos deve ser
procedimento de responsabilidade prioritária do profissional de educação física, pois
o tipo de atividade física, sua intensidade, frequência, duração, seu modo e
progressão precisam estar adequados às preferências individuais e às limitações
impostas pela idade. Assim, destaca-se a importância do profissional de educação
física para o atendimento de aconselhamento, prescrição, acompanhamento,
prevenção, motivação e promoção da saúde (CARVALHO et al., 2017).
Os programas de atividades físicas para a terceira idade vêm se destacando
cada vez mais com o passar dos anos, devido ao aumento da procura pelos idosos
à atividade física. Nesses programas são realizadas diversas atividades, com
objetivos físicos, sociais, psicológicos, entre outros.
As intenções gerais desses programas são oportunizar aos idosos a
socialização, realização de atividades significativas, como cognitiva, social, física e
cultural, também fornece um ambiente de trabalho ideal para que os idosos se
sintam bem em realizar as atividades.
Segundo Nahas (2011), a prática regular de exercícios físicos promove uma
melhora fisiológica (controle da glicose, melhor qualidade do sono, melhora da
capacidade física relacionada à saúde); psicológica (relaxamento, redução dos
níveis de ansiedade e estresse, melhora do estado de espírito, melhoras cognitivas)
17

e social (indivíduos mais seguros, melhora a integração social e cultural, a


integração com a comunidade, rede social e cultural ampliadas, 20 entre outros);
além da redução ou prevenção de algumas doenças como osteoporose e os desvios
de postura.
Sendo assim o educador físico entra com o papel essencial de regulamentar
exercícios específicos para cada idoso, participando como promotor de saúde e
incentivador, uma vez que colabora para uma maior compreensão a respeito dos
benefícios diversos das atividades físicas frequentes.
É muito importante que o programa de atividade física para pessoas da
terceira idade seja planejado individualmente, considerando os resultados da
avaliação do quadro físico e as morbidades presentes (MONTEIRO, 2011).
A prescrição de exercícios deve encontrar aceitação e satisfação de quem vai
praticá-lo, a fim de evitar o desinteresse inicial que poderá resultar em um abandono
futuro e, consequentemente, na perda dos benefícios proporcionados pela prática
regular da atividade física.
Um programa equilibrado deve conter exercícios aeróbios de baixo impacto,
exercícios de fortalecimento muscular e exercícios de equilíbrio e coordenação,
visando melhorar o padrão de marcha e reflexos (propriocepção) e com isso diminuir
a incidência de quedas (JACOB FILHO, 2006).
Os exercícios devem ser realizados com intensidade progressiva, porém,
respeitando a habilidade de cada indivíduo. A série de exercícios deve se compor de
aquecimento, condicionamento, fortalecimento e resfriamento, com duração média
de quarenta e 22 cinco minutos. Durante todos os exercícios propostos devem ser
solicitadas inspiração e expiração profundas, de modo que a inspiração acompanhe
os movimentos que envolvem aumento da amplitude da caixa torácica, por exemplo,
ao abduzir ou fletir a articulação do ombro (IDE et al., 2007).
Um programa de exercícios com peso durante o processo de envelhecimento
tem efeitos benéficos importantes não somente na massa e na força muscular, mas
também no controle de vários fatores importantes de doenças crônicas não
transmissíveis. O efeito benéfico geralmente aparece entre a quarta e oitava semana
de treinamento geralmente feito em uma carga 80% da carga máxima, em exercícios
que trabalham vários grupos musculares, em duas séries com 8 a l0 repetições e em
uma frequência semanal de duas vezes por semana. Estudos demonstram que
mesmo que o indivíduo pare de realizar este tipo de exercício a força muscular é
18

mantida em níveis acima dos basais, antes do programa, durante pelo menos 20 até
32 semanas após o término do programa (MATSUDO, 2006).
Segundo Mazo; Lopes e Benedetti, (2014), não se sabe ao certo se a
flexibilidade diminui com o envelhecimento ou com a diminuição da amplitude na
prática de atividade física ou pelos dois. A flexibilidade reduzida pode trazer
implicações para saúde, principalmente quanto a dores lombares, lesões s
articulares e musculares. Fazendo alongamento diariamente pode-se obter um
aumento na amplitude do movimento e consequentemente um melhor desempenho
nas atividades da vida diária.
Em estudo realizado por Silveira (2006) o qual avaliou a flexibilidade dos
membros inferiores de 51 idosos participantes do programa de hidroginástica, foi
possível verificar uma melhora na flexibilidade deles concluindo que a participação
de idosos em programas de atividade física, como a hidroginástica, pode melhorar
os níveis de flexibilidade nesses indivíduos.
Com o envelhecimento existe uma redução nos movimentos que exige
coordenação. A coordenação depende da interação de outros componentes da
aptidão física, como: forca, flexibilidade, resistência entre outros. Pode a
coordenação ser trabalhada através de jogos e exercícios. (MAZO; LOPES e
BENEDETTI, 2014).
Segundo Spirduso (2015) à medida que os indivíduos envelhecem as
aptidões físicas como a força e a resistência muscular tornam-se mais importante. A
força de perna adequada pode evitar que o indivíduo caia, pois permite corrigir
perdas de equilíbrio momentâneo a tempo de evitar situações de quedas, e a força
da musculatura da parte superior do corpo pode reduzir a quantidade de lesões que
resultam de uma queda interrompendo a aceleração da queda ou estabilizando as
articulações durante esta.
A melhor opção para o indivíduo que está envelhecendo é a realização de um
programa de atividade física que inclua tanto o treinamento aeróbio como o de força
muscular e que ainda incorpore exercícios específicos de flexibilidade e equilíbrio
(MATSUDO, 2006). Vários tipos de atividades físicas vêm sendo propostos, entre
elas a hidroginástica, a ginástica, a musculação e a caminhada, ficando a cargo do
idoso escolher a que melhor se adapta (SANTOS & PEREIRA, 2006).
Para que o idoso tenha qualidade de vida é importante que a prática de
atividades físicas seja rotineira, mantendo em dia também a saúde mental. O
19

treinamento funcional vem para ajudar nessa qualidade de vida. É um treino que
objetiva a melhoria do equilíbrio, força muscular, potência, coordenação motora e
flexibilidade, proporcionando ao idoso a possibilidade de readquirir algumas
capacidades perdidas durante a fase do envelhecimento.
Tem sido recomendado que o idoso pratique atividade física regular como
forma de manter sua funcionalidade. Dentre as atividades mais praticadas,
encontram-se a ginástica, caminhada, hidroginástica, dança, dentre outras.
Entretanto, na atualidade, uma das alternativas para atingir melhorias na
funcionalidade é a utilização do Treinamento Funcional (MONTEIRO;
EVANGELISTA, 2012).
O treinamento funcional é um tipo de exercício físico quem vêm conquistando
adeptos principalmente pessoas na idade senil e pretende-se com este estudo,
fornece mais informações desse método e de suas aplicações. (GUEDES et al,
2011; DE BEM, 2013).
Com exercícios específicos que trabalham todos os movimentos do corpo, o
treinamento funcional trouxe uma proposta diferente possibilitando a melhoria de
diversos fatores que ocorrem com o avançar da idade. Como o número de idosos
tende a aumentar com o passar dos anos, os profissionais deverão estar cada vez
mais preparados para atender está “nova” clientela, pois a busca pela melhor
qualidade de vida tende a aumentar.
A atividade física não deve ser útil somente quando os idosos necessitam
porque correm riscos de vida devido a problemas de saúde, e sim, deve estar
sempre presente no cotidiano do indivíduo que está envelhecendo, pois trará muitos
benefícios psicológicos e sociais que irão prevenir ou diminuir os riscos de
problemas de saúde que podem vir a ocorrer na velhice. (OKUMA, 2008; MAZO,
2011).
De acordo com o Guia, quem preferir as atividades físicas moderadas, deve
praticar pelo menos 150 minutos por semana. Para saber se está fazendo uma
atividade moderada, basta observar os seguintes sinais: será possível conversar
com dificuldade enquanto se movimenta, mas cantar não. A respiração e os
batimentos do coração vão aumentar moderadamente.
Mas se optar pelas atividades de intensidade vigorosa, o ideal é praticar pelo
menos 75 minutos de atividade física por semana. Diferente do caso anterior,
durante essas atividades não será possível nem mesmo conversar. A respiração
20

será muito mais rápida que o normal e os batimentos do coração vão aumentar
muito.
Existe ainda uma terceira opção, que é a de combinar as duas modalidades –
moderadas e vigorosas – para alcançar a quantidade recomendada. Segundo
orienta o Guia, atividades de fortalecimento dos principais músculos (costas,
abdômen, braços e pernas) e de equilíbrio devem ser realizadas de duas a três
vezes por semana em dias alternados, principalmente para melhorar a capacidade
de fazer as atividades da vida diária e prevenir quedas.
Porém, quem ainda não alcança essas recomendações, principalmente
levando em consideração as limitações comuns para os idosos, não deve desistir e
pode ir aumentando aos poucos a sua prática.
Antes de qualquer coisa, é preciso levar em consideração dois aspectos
importantes para uma prática segura e agradável: respeitar os limites individuais e
escolher uma atividade física prazerosa. Considerar esses aspectos pode evitar uma
futura desmotivação. Quem ainda não sabe o que gosta de praticar pode ir
experimentando até encontrar uma atividade em que se sinta melhor.
Outro ponto que pode fazer com que o idoso desista são as dores que
surgem nos dias seguintes à prática. Mas conforme o Guia destaca, é normal sentir
um pouco de dor muscular, principalmente, ao iniciar uma nova atividade. Para
aumentar as chances de ser manter ativo fisicamente, vale dividir a prática em
pequenos blocos de tempo, como três blocos de 10 minutos por dia.
Para benefícios adicionais à saúde, o ideal é praticar a atividade física de
forma regular e aumentar o tempo de prática, por semana, pouco a pouco. É
possível, inclusive, fazer vários tipos de atividades físicas na sua própria casa. Para
mais informações, consulte o capítulo do Guia que é específico para a população
idosa.

2.3 Importância das atividades físicas para os idosos

O treinamento funcional teve origem com os profissionais da fisioterapia, eles


utilizavam exercícios que se assemelhavam ao padrão de movimento necessário
para a reabilitação de pacientes, possibilitando um breve retorno a realização de
suas funções rotineiras, com bom desempenho e sem dor, após uma cirurgia ou
21

lesões.
Monteiro e Carneiro (2010) citam que

O Treinamento Funcional foi criado nos Estados Unidos em meados de


1970 por diferentes autores desconhecidos e, vem sendo muito bem
difundido no Brasil, ganhando inúmeros praticantes. Tem como princípio
preparar o organismo de maneira íntegra, segura e eficiente através do
centro corporal, chamado nesse método por CORE (Região Central do
Corpo).

De acordo Campos e Neto (2014) a essência do treinamento funcional está


baseada na melhoria dos aspectos neurológicos que afetam a capacidade funcional
do corpo, através de exercícios que estimulam diversos componentes do sistema
nervoso.
Com a atividade física há uma melhoria no sistema cardiovascular, nos
pulmões, no sistema respiratório, músculos, além da atividade mental. Sem a
atividade física há o sedentarismo e a inatividade, conduzindo ao envelhecimento
precoce 14 causando sintomas, distúrbios metabólicos, diminuindo a resistência e
causando enfermidades. (LEITE, 2006)
Os objetivos principais do Treinamento Funcional são trazer de volta aos
padrões o movimento humano, como empurrar, puxar, agarrar, girar e lançar
envolvendo a integração do corpo todo para gerar um plano específico de
movimento.
Para Martins (2010), o ingresso do idoso a um programa adequado de
atividade física significa a obtenção de bem-estar emocional e físico, redução
progressiva da arteriosclerose, ajuda a controlar o peso corporal, permite que o
ancião mantenha uma vida ativa independente, auxilia na manutenção de qualidade
de vida, minimizando os problemas osteomusculares dependentes do reumatismo
degenerativo.
De acordo com Leal, 2009 a melhoria da capacidade funcional, com
exercícios que estimulam os receptores proprioceptivos presentes no corpo, os
quais proporcionam melhora no desenvolvimento da consciência sinestésica e
dinâmico; diminuir a incidência de lesões e aumentar a eficiência dos movimentos.
Com o processo de envelhecimento as perdas funcionais acontecem e
causam dependência do idoso a seus familiares, com a prática do treino funcional
ocorre a melhoria do controle dos movimentos, da estabilidade e da coordenação
22

motora essenciais no desempenho de suas atividades. São inúmeros os benefícios


do treino funcional na terceira idade, já que o treinamento trabalha com movimentos
básicos e esses movimentos são encarregados de melhorar a agilidade em levantar,
agachar, ter a estabilidade necessária para as tarefas do dia a dia.
A atividade física poderá ter o sentido de retardar, impedir e melhorar os
problemas fisiológicos que costumam surgir com o avançar da idade. Fatores
importantes a serem trabalhados na atividade física para a terceira idade são:
redução postural, força muscular, mobilidade articular, equilíbrio, coordenação
capacidade aeróbia, respiração e relaxamento (RAUCHBACH, 2011).
Especificamente para idosos o Treinamento Funcional está sendo uma ótima
opção, já que está voltado para as atividades rotineiras estimulando as funções
neuromusculares e aeróbicas, propiciando agilidade e coordenação motora.
Na sua obra Nahas, 2006 relata que a prática regular de atividade física traz
vários benefícios aos idosos. Dentre os benefícios destacam-se: melhoria da
autoeficácia, contribuição para o aumento da densidade óssea, auxílio no controle
do diabetes, da artrite, doenças cardíacas, melhora da ingestão de alimentos,
diminuição da depressão, redução da ocorrência de acidente.
Em geral, de atividade física, a mobilidade aumentada e consequente o
aumento da força, significam uma melhoria da qualidade de vida e melhoria da
saúde desta parte da população, o que pode trazer uma independência funcional, e
uma importante medida de intervenção de quedas.
Segundo Campos e Neto (2014) a capacidade funcional do corpo humano é a
habilidade em realizar as atividades normais da vida diária com eficácia e
independência, e o treinamento funcional visa a melhoria desta capacidade através
de um programa de exercícios específicos.
Para garantir um efeito benéfico das atividades físicas para o idoso, é de vital
importância que, tanto o professor quanto o próprio idoso estejam atentos para a
reação de cada parte do corpo na realização dos movimentos, observando as
limitações e respeitando a individualidade fisiológica de cada um.
Por meio desse treinamento o idoso ganha equilíbrio, resistência, força
muscular, flexibilidade, melhorias no desempenho motor, aceleração da síntese
proteica, maior deposição de cálcio nas áreas onde houve maior descarga de peso
sobre os ossos, mudanças na composição corporal, melhoria no metabolismo,
dentre tantos outros benefícios.
23

Segundo Meirelles (2017), os efeitos psicológicos têm sido comprovados com


atividades reguladas como o aumento da sensação de bem-estar emocional,
melhora da autoestima, melhora da aparência, atenuação da ansiedade, atenuação
da tensão e depressão. A pessoa emocionalmente estável, com uma atitude positiva
com relação a prática de exercícios físicos, é menos suscetível a doenças físicas,
dores e deficiência do sistema imunológico. De acordo com a autora, com exercício
aeróbio haverá um aumento da atividade metabólica cerebral e melhoria da perfusão
do cérebro, consequentemente, melhoria da função cognitiva.
O treino funcional chegou como um parceiro para a terceira idade, pois além
de ajudar a manter a forma, ajuda ainda na qualidade física das tarefas do dia a dia
tornando o idoso mais independente.
Segundo Saba (2008), a qualidade de vida se mede por parâmetros
individuais, socioculturais e ambientais que caracterizam as condições em que vive
o ser humano. Está relacionada ao mesmo tempo a referenciais e a uma percepção
individual do modo de vida. Nesse sentido, é importante a implementação de
atividades físicas para a terceira idade, de acordo com condições específicas no
modo de viver de cada um, para maior qualidade de vida e prevenção de patologias
que venham prejudicar a saúde dos idosos.
Para Rauchbach (2011), a prática de atividade física é de suma importância
pelo fato de proporcionar ao organismo um funcionamento normal, aumentando
assim a disposição para participação nas atividades cotidianas, buscando combater
a ociosidade do idoso.
Idosos que praticam atividade física regularmente apresentam menos casos
depressivos, principalmente quando realizada em grupo de pessoas com idade ou
patologias semelhantes, onde ocorre grande socialização e surgem novos interesses
e novas amizades (RODRIGUES et al., 2015).
Uma pesquisa realizada por Santos & Pereira (2006) verificou os benefícios
da prática regular de exercícios em idosas e concluíram que a prática da
musculação e da hidroginástica reduz a sarcopenia (diminuição da função da
musculatura esquelética), induzida pelo envelhecimento, aumentando, com isso, a
qualidade da marcha e reduzindo o risco de quedas e adicionando a eficiência na
prática de atividades da vida diária.
Raso (2007) elenca outros benefícios importantes adquiridos com a prática de
atividades físicas, como o aumento do consumo de oxigênio, melhora do controle
24

glicêmico, melhora da queixa de dores, aumento da taxa metabólica basal,


decréscimo no trânsito gastrintestinal, melhora do perfil lipídico, incremento da
massa magra, melhora da sensibilidade à insulina. Além disso colabora para a
diminuição de gordura corporal, fazendo com que haja um aumento na força
muscular.
Ademais, muitos estudiosos, profissionais de saúde, professores da área de
ciências sociais e humanas, já realizaram estudos relacionados com as atividades
físicas para um grupo de pessoas específicas, onde estudaram também os
benefícios da atividade física para um envelhecimento saudável (PEREIRA et al.,
2006).
Mesmo com a persistência nas atividades físicas daquelas pessoas que
praticam esportes desde a sua juventude, Okuma (2010) declara que não devem ser
interrompidos os procedimentos biológicos do envelhecimento, pois podem diminuir
as efetivações biopsicossociais provindos do acréscimo da idade, rotineiro nessa
etapa da vida humana.
Quando o idoso se responsabiliza pelas atividades físicas, tal atitude é
demonstrada como um dos fatores do posicionamento humano que tem participação
para um envelhecimento ainda mais saudável (FARINATTI, 2012).
As maiores doenças crônicas que podem ser minimizadas, a partir dos
exercícios físicos, diminuem o risco ou a evolução de: doenças cardiovasculares,
câncer, acidentes vasculares cerebrais, triglicérides, problemas hipertensivos,
insuficiência renal crônica, diabetes, artrite, osteoporose, hipercolesterolemia,
doença pulmonar obstrutiva crônica, minimizando os riscos de câncer no útero e de
mama (MINAYO, 2015).
Estudo realizado com 40 mulheres em que a metade era praticante de
hidroginástica a mais de 6 meses e a outra metade sedentária, obteve-se um escore
de resultados positivos significativamente maior para mulheres praticantes de
hidroginástica que a média obtida no grupo sedentário, concluindo que
possivelmente a prática de hidroginástica contribui para melhoria do equilíbrio e
consequentemente redução no risco de queda de mulheres da terceira idade
(AGUIAR et al., 2006).
Diante dessas evidências, pode-se inferir que um novo olhar, pensar e agir
em saúde origina novos modelos de atenção em saúde, o que requer readequação
do modo de intervir do profissional de educação física relacionado a importância da
25

atividade física na saúde dos idosos, uma vez que, as novas tendências suscitam
um olhar que ultrapasse os aspectos biológicos e tenha o sujeito, no âmbito
individual ou coletivo, como foco das ações, considerando que é essencial a ajuda
do educador físico no ato de cuidar, porém possuindo limites, sendo que uma boa
qualidade de vida virá se houver posicionamento pessoal do idoso. (ANJOS E
DUARTE, 2009).
Para Lorda (2015), a atividade física permite maior integração com os outros,
gera o crescimento social, ampliando o círculo das relações sociais formando-se
novas amizades, desenvolvendo um espírito comunitário. Possibilita uma grande
oportunidade de sociabilização.
Ao atuar diretamente, a atividade física poderá excitar a disposição no dia a
dia. Uma vez disposto fisicamente para sair de casa, o idoso se envolverá com
outras pessoas e descobrirá novas formas de lidar com os problemas sociais que o
agridem para então, superá-los.
A parte psicológica do idoso também será beneficiada pela prática da
atividade física, pois o corpo tendo condições melhores para que tenha envolvimento
com outras pessoas durante o exercício físico, o idoso passa por um momento em
que esquece da sua realidade para fazer parte de algo que o atraia. As atividades
podem levá-los a mudar suas rotinas, deixando de lado qualquer sentimento
solitário.
Ao planejar uma atividade física é importante conhecer o grupo, envolvê-lo no
planejamento e execução dessas, preservar a individualidade e a heterogeneidade
dele. O profissional deve procurar atividades em que todos possam participar
ativamente.
O objetivo dos idosos nas atividades recreativas é encontrar uma ferramenta
da vida, de comunicação, no bom sentido da palavra e provocar o “encontro” com
seus semelhantes e consigo mesmo. (LORDA, 2015)
A atividade realizada em grupos é mais atraente para o idoso, pois ela faz
parte da sociabilização e o controle do cansaço é mais afetivo, pois os integrantes
fiscalizam-se, não deixando o colega ultrapassar seu limite. (RAUCHBACH, 2011).
Segundo Lorda (2015), a atividade de ginástica tem o objetivo de dar sentido
e valor à vida de pessoas ameaçadas de marginalização social, cujo abandono
poderia acarretar uma involução auto acelerada.
Deve-se orientar os alunos para a aquisição de um conhecimento mais
26

preciso de seu corpo e de seus limites, esse reencontro com seu eu corporal é de
vital importância na vida do idoso, por mais que não tenham melhoras nas condições
físicas, representam importante fator de progresso social. Conhecendo seu corpo e
seus recursos, o idoso pode evitar aquelas situações que o colocam em condições
de inferioridade, de ridicularização ou frustração.
A ginástica, realizada em grupos, traz maior benefício social ao idoso, pois
esse convive com outras pessoas na hora de realizar os exercícios, trocando
experiências e conhecimento. Aprendendo a respeitar as individualidades dos outros
e a sua própria, tendo maior facilidade para conviver em nossa sociedade.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Para atingir o objetivo da pesquisa, utilizou-se uma revisão integrativa da


literatura que segundo Tavares (2009, p. 3) “é um método que proporciona a síntese
de conhecimentos e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos
significativos na prática”, na qual foram utilizados artigos e revistas científicas, para
avaliar as evidências em relação aos efeitos das atividades físicas e o papel do
educador físico para a melhoria da qualidade de vida dos idosos.
Foram seguidas seis etapas na construção deste trabalho, são elas:
elaboração da questão de pesquisa, busca na literatura, avaliação e interpretação de
resultados obtidos, avaliação dos estudos, categorização dos estudos obtidos,
sintetização dos conhecimentos e pôr fim a análise dos estudos.
Para realizar a busca de artigos nas bases de dados Literatura latino-
americana e do caribe em ciências da saúde (LILACS), Scientific electronic library
online (SCIELO) e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica
(MEDLINE) dos seguintes descritores de ciência da saúde (DECS): Qualidade de
vida do idoso; Importância das atividades físicas; Programas de exercícios
específicos para cada indivíduo da terceira idade; Sedentarismo e envelhecimento;
O próximo passo foi realizar uma leitura de todas as obras e analisar dados
para que fossem selecionadas aquelas que mais interessassem para o
desenvolvimento da pesquisa. Finalmente foi discutida a estrutura do trabalho e a
partir deste momento iniciou-se a redação do mesmo de forma coerente, precisa,
imparcial e que demonstrasse clareza e objetividade para que se pudesse dar
27

ênfase maior ao tema proposto.


Foram critérios de inclusão: artigos publicados de 2006 a 2018, disponíveis
gratuitamente e que respondessem à questão de pesquisa. Foram critérios de
exclusão: artigos de revisão e editoriais de revistas. O período de coleta de dados foi
de abril a maio de 2023.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O referido projeto relata informações como resultados referentes A


importância da educação física na qualidade de vida do idoso. No Quadro I
apresenta-se a classificação dos artigos científicos sobre os Efeitos do sedentarismo
na saúde do idoso, estudados relatando autor, ano de publicação, título, tipo de
estudo e resultados.
No Quadro I apresenta-se a classificação dos artigos científicos estudados
relatando o ano de publicação, quantidade avaliados e porcentagem de
aproveitamento.
Quadro I: Ano publicação, quantidade avaliados e porcentagens de aproveitamento.
ANO PUBLICAÇÃO QUANTIDADE AVALIADOS %
2010-2015 6 60%
2007-2018 8 80%
2006-2014 6 60%

O quadro abaixo expõe a classificação dos artigos estudados que foram


publicados entre os anos 2010 há 2015 traz o nome do autor, ano, título, tipo de
estudo e resultados.
Quadro II: Efeitos do sedentarismo na saúde do idoso
AUTOR/ANO TÍTULO TIPO DE ESTUDO RESULTADOS
WORLD HEALTH World report on ageing Pesquisa bibliográfica Atualmente, os
ORGANIZATION, 2015 and health aumentos da
expectativa de vida e
do índice da população
idosa se constituem
em uma conquista
social, que tem
despertado para a
busca por avanços
tecnológicos e de
melhorias na saúde e
nas condições de vida
28

que permitam garantir


aos idosos uma
conjuntura adequada
para promover sua
autonomia, integração
e participação efetiva
na sociedade,
demandas para o
envelhecimento
saudável.
GALLO, 2015 Terceira idade. Pesquisa bibliográfica A terceira idade tem se
caracterizado, em sua
grande maioria, por
uma vida sedentária e
uma ruptura das
atividades cotidianas
que vinham
acompanhando o seu
processo de vida e isto
incorre numa
reorganização de seu
cotidiano.
Gualano e Tinucci Revista Brasileira de Pesquisa bibliográfica O sedentarismo é um
(2011) Educação Física e dos maiores problemas
Esporte de saúde pública da
atualidade, sendo
considerado mais
perigoso que a
obesidade, pois o
sedentarismo
predispõe a outras
comorbidades como
diabetes, hipertensão
entre outras. Portanto,
a necessidade de
atividade física no
cotidiano da pessoa
idosa é crucial para
sua qualidade de vida,
seja em forma de
caminhada, ciclismo,
natação ou até mesmo
musculação, será uma
grande aliada contra
as comorbidades
associadas à idade.
FREITAS, 2014 Revista Kairós Pesquisa bibliográfica O sedentarismo
contribui de forma
significativa para os
agravos de saúde.
Estudos quantitativos e
qualitativo mostram
que a prática de
atividade física diminui
e minimiza os efeitos
das doenças crônicas,
favorecendo ao idoso
uma melhor qualidade
de vida. Em
contraponto os idosos
29

sedentários estão mais


propensos aos agravos
de saúde diminuído
suas capacidades
físicas e motoras, os
levando a senilidade.
Zago 2010 Revista Brasileira de Pesquisa bibliográfica o sedentarismo é um
Geriatria e dos maiores fatores de
Gerontologia risco à saúde e
predispõe a várias
doenças que
interferem diretamente
na vida do idoso, pois
o corpo em
envelhecimento tende
a ter menos
resistência. Isso se
resulta no declínio
funcional que
acompanha o
envelhecimento na
vida humana, para a
diminuição da
qualidade de vida do
idoso, e então
contribuindo para a
incapacidade de
realizar algumas
atividades da vida
cotidiana.
Freitas 2014 Revista Kairós Pesquisa bibliográfica identificou evidências
que a prática de
atividade física
proporciona uma
melhor qualidade de
vida e contribui para a
manutenção da
funcionalidade. O
estudo demonstrou
que idosos sedentários
têm mais dificuldade
de realizar as tarefas
do dia a dia ao
contrário de idosos que
praticam atividade
física seja ela de qual
modalidade for. Assim
eles têm maior
desempenho de
realizar suas tarefas e
relações positivas
entre o estilo de vida
ativo com os domínios
físico, psicológico o
que resulta em uma
maior autonomia na
vida deste idoso.
Matsudo (2011) Atividade física para a Pesquisa bibliográfica Em seu estudo
terceira idade. Matsudo relata sobre a
necessidade do
30

estímulo da atividade
física regular após os
50 anos, mesmo que o
indivíduo seja
sedentário, visto que a
manutenção da
atividade física regular
ou a mudança a um
estilo de vida ativo tem
um impacto real na
longevidade. A
atividade física tem-se
confirmado como o
principal procedimento
terapêutico da
síndrome da
imobilidade, donde
podemos entender que
o quadro funcional
desfavorável se instala
pela progressiva
redução da atividade
motora e, por
intermédio da sua
reativação, pode ser
progressivamente
revertido.

O quadro abaixo expõe a classificação dos artigos estudados que foram


publicados entre os anos 2006 há 2018 traz o nome do autor, ano, título, tipo de
estudo e resultados.
Quadro III: Programas de exercícios mais indicados para a terceira idade
AUTOR/ANO TÍTULO TIPO DE ESTUDO RESULTADOS
Mazo 2007 Revista Brasileira de Pesquisa bibliográfica Um programa de
Fisioterapia, v. 11, n. 6, exercícios físicos bem
nov./dez. 2007 direcionado e eficiente
para os idosos atuará
como forma de
prevenção e
reabilitação da saúde
do idoso e deve ter
como meta a melhora
da capacidade e
aptidão física do
indivíduo que pode ser
aprimorada, mantida
ou, pelo menos,
desacelerado o seu
declínio.
LIMA et al., 2015; Rev. bras. ativ. fís. Pesquisa bibliográfica Os benefícios da
AMERICAN, 2017; Saúde 2015;20(6):618- prática de atividades
AMERICAN, 2019; 25 físicas estão
KEEVIL et al., 2016. demonstrados na
literatura nacional e
internacional e são
ressaltados pelas
diretrizes de saúde,
31

que recomendam
pessoas acima de 60
anos praticar, em
média, 150 minutos
por semana de
atividades físicas, de
intensidade leve a
moderada, no sentido
de fortalecimento
muscular e redução do
índice de inatividade
física.
Santana 2018 Rev. Eletrônica Pesquisa bibliográfica É importante ressaltar
Nacional de Educação que as pessoas estão
Física- RENEF redescobrindo o valor
2017;7(10):43-61. dos exercícios e da
prática de atividades
físicas, o que revela,
segundo Santana et
al., (2018, p. 55), a
conquista de um
espaço e a
“imensurável
importância que a
educação física
conseguiu expor
através de seus
benefícios como
contribuição para a
manutenção da
saúde”. Para os
autores, pensar na
educação física requer,
para além de
conteúdos e
estratégias, que se
considere a formação
do profissional, que
certamente irá “refletir
sobre o grupo ou
indivíduo com o qual
trabalha, a sociedade
nos planos históricos,
econômicos culturais”.
DEPS, 2013 Psicologia do Pesquisa bibliográfica A procura por
envelhecimento atividades físicas,
pelos idosos, ocorre
em sua grande maioria
quando estes são
orientados por médicos
devido aos riscos de
saúde, mesmo que o
ideal para os idosos
seja a procura como
prevenção de doenças
ou para outros fins,
como por exemplo,
psicológicos e sociais.
(CARVALHO et al., Rev. Bras. Ciênc. Mov. Pesquisa bibliográfica Considerando as
2017). 2017;25(1):29-40. características dos
32

participantes nos
grupos de convivência
para idosos, é
importante salientar
que a prescrição de
exercícios físicos deve
ser procedimento de
responsabilidade
prioritária do
profissional de
educação física, pois o
tipo de atividade física,
sua intensidade,
frequência, duração,
seu modo e
progressão precisam
estar adequados às
preferências
individuais e às
limitações impostas
pela idade. Assim,
destaca-se a
importância do
profissional de
educação física para o
atendimento de
aconselhamento,
prescrição,
acompanhamento,
prevenção, motivação
e promoção da saúde.
Nahas 2011 Atividade Física, saúde Pesquisa bibliográfica A prática regular de
e qualidade de vida: exercícios físicos
conceitos e sugestões promove uma melhora
para um estilo de vida fisiológica (controle da
ativo. glicose, melhor
qualidade do sono,
melhora da capacidade
física relacionada à
saúde); psicológica
(relaxamento, redução
dos níveis de
ansiedade e estresse,
melhora do estado de
espírito, melhoras
cognitivas) e social
(indivíduos mais
seguros, melhora a
integração social e
cultural, a integração
com a comunidade,
rede social e cultural
ampliadas, 20 entre
outros); além da
redução ou prevenção
de algumas doenças
como osteoporose e os
desvios de postura.
MONTEIRO 2011 Treinamento funcional Pesquisa bibliográfica Sendo assim o
educador físico entra
33

com o papel essencial


de regulamentar
exercícios específicos
para cada idoso,
participando como
promotor de saúde e
incentivador, uma vez
que colabora para uma
maior compreensão a
respeito dos benefícios
diversos das atividades
físicas frequentes.
É muito importante que
o programa de
atividade física para
pessoas da terceira
idade seja planejado
individualmente,
considerando os
resultados da
avaliação do quadro
físico e as morbidades
presentes
JACOB FILHO, 2006 Revista Brasileira de Pesquisa bibliográfica A prescrição de
Educação Física exercícios deve
Esportiva, v. 20, n. 5, encontrar aceitação e
p. 73-77, 2006 satisfação de quem vai
praticá-lo, a fim de
evitar o desinteresse
inicial que poderá
resultar em um
abandono futuro e,
consequentemente, na
perda dos benefícios
proporcionados pela
prática regular da
atividade física.
Um programa
equilibrado deve conter
exercícios aeróbios de
baixo impacto,
exercícios de
fortalecimento
muscular e exercícios
de equilíbrio e
coordenação, visando
melhorar o padrão de
marcha e reflexos
(propriocepção) e com
isso diminuir a
incidência de quedas.

O quadro abaixo expõe a classificação dos artigos estudados que foram


publicados entre os anos 2006 há 2014 traz o nome do autor, ano, título, tipo de
estudo e resultados.
Quadro IV: Importância das atividades físicas para os idosos.
AUTOR/ANO TÍTULO TIPO DE ESTUDO RESULTADOS
34

Monteiro e Carneiro Treinamento funcional Pesquisa bibliográfica O treinamento


2010 funcional teve origem
com os profissionais
da fisioterapia, eles
utilizavam exercícios
que se assemelhavam
ao padrão de
movimento necessário
para a reabilitação de
pacientes,
possibilitando um
breve retorno a
realização de suas
funções rotineiras, com
bom desempenho e
sem dor, após uma
cirurgia ou lesões.
Campos e Neto 2014 Quality of life of elderly Pesquisa bibliográfica De acordo Campos e
practitioners of Neto (2014) a essência
physical activity in the do treinamento
context of the family funcional está baseada
health strategy. na melhoria dos
aspectos neurológicos
que afetam a
capacidade funcional
do corpo, através de
exercícios que
estimulam diversos
componentes do
sistema nervoso.
Leite, 2006 Exercício, Pesquisa bibliográfica Com a atividade física
envelhecimento e há uma melhoria no
promoção de saúde: sistema
fundamentos da cardiovascular, nos
prescrição de pulmões, no sistema
exercícios para idosos. respiratório, músculos,
além da atividade
mental. Sem a
atividade física há o
sedentarismo e a
inatividade,
conduzindo ao
envelhecimento
precoce causando
sintomas, distúrbios
metabólicos,
diminuindo a
resistência e causando
enfermidades. Os
objetivos principais do
Treinamento Funcional
são trazer de volta aos
padrões o movimento
humano, como
empurrar, puxar,
agarrar, girar e lançar
envolvendo a
integração do corpo
todo para gerar um
plano específico de
35

movimento.
Martins 2010 Trabalhando com Pesquisa bibliográfica Para Martins (2010), o
recreação ingresso do idoso a um
programa adequado de
atividade física
significa a obtenção de
bem-estar emocional e
físico, redução
progressiva da
arteriosclerose, ajuda a
controlar o peso
corporal, permite que o
ancião mantenha uma
vida ativa
independente, auxilia
na manutenção de
qualidade de vida,
minimizando os
problemas
osteomusculares
dependentes do
reumatismo
degenerativo.
Leal 2009 Efeitos do treinamento Pesquisa bibliográfica De acordo com Leal,
funcional na autonomia 2009 a melhoria da
funcional, equilíbrio e capacidade funcional,
qualidade de vida de com exercícios que
idosas. estimulam os
receptores
proprioceptivos
presentes no corpo, os
quais proporcionam
melhora no
desenvolvimento da
consciência
sinestésica e dinâmico;
diminuir a incidência
de lesões e aumentar
a eficiência dos
movimentos.
Com o processo de
envelhecimento as
perdas funcionais
acontecem e causam
dependência do idoso
a seus familiares, com
a prática do treino
funcional ocorre a
melhoria do controle
dos movimentos, da
estabilidade e da
coordenação motora
essenciais no
desempenho de suas
atividades. São
inúmeros os benefícios
do treino funcional na
terceira idade, já que o
treinamento trabalha
com movimentos
36

básicos e esses
movimentos são
encarregados de
melhorar a agilidade
em levantar, agachar,
ter a estabilidade
necessária para as
tarefas do dia a dia.
RAUCHBACH, 2011 envelhecimento ativo, Pesquisa bibliográfica A atividade física
uma proposta para a poderá ter o sentido de
vida retardar, impedir e
melhorar os problemas
fisiológicos que
costumam surgir com o
avançar da idade.
Fatores importantes a
serem trabalhados na
atividade física para a
terceira idade são:
redução postural, força
muscular, mobilidade
articular, equilíbrio,
coordenação
capacidade aeróbia,
respiração e
relaxamento
Campos e Neto 2014 Quality of life of elderly Pesquisa bibliográfica Segundo Campos e
practitioners of Neto (2014) a
physical activity in the capacidade funcional
context of the family do corpo humano é a
health strategy habilidade em realizar
as atividades normais
da vida diária com
eficácia e
independência, e o
treinamento funcional
visa a melhoria desta
capacidade através de
um programa de
exercícios específicos.
Para garantir um efeito
benéfico das
atividades físicas para
o idoso, é de vital
importância que, tanto
o professor quanto o
próprio idoso estejam
atentos para a reação
de cada parte do corpo
na realização dos
movimentos,
observando as
limitações e
respeitando a
individualidade
fisiológica de cada um.
Por meio desse
treinamento o idoso
ganha equilíbrio,
resistência, força
37

muscular, flexibilidade,
melhorias no
desempenho motor,
aceleração da síntese
proteica, maior
deposição de cálcio
nas áreas onde houve
maior descarga de
peso sobre os ossos,
mudanças na
composição corporal,
melhoria no
metabolismo, dentre
tantos outros
benefícios.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O número de pessoas idosas vem aumentando muito rapidamente na


população mundial, isso se dá devido a vários fatores como a queda da taxa de
mortalidade, a redução da taxa de fecundidade e o avanço da medicina. Na minha
opinião observa-se uma preocupação crescente em relação aos interesses sociais
para com os dos indivíduos da terceira idade, ou seja, há uma intenção de
proporcionar um maior bem-estar geral ao idoso.
Desta forma, surge uma nova área de atuação ao profissional de educação
física que se preocupa em intervir junto a esse segmento social: os programas de
caráter socioeducacional. Nesse contexto, destacamos a importância da atividade
física e do papel dos profissionais de educação física no desenvolvimento de
programas adequados aos interesses e necessidades dos idosos, de forma a
conscientizá-los sobre sua prática de forma permanente e sistemática.
De modo geral, fica claro que a prática regular de atividade física busca dar
aos indivíduos condições para que envelheçam com uma melhor qualidade de vida.
Fazendo com que não se sintam inúteis e desprezados, e que a vida não perca o
sentido com o passar dos anos, em outras palavras, que se sintam inseridos na
sociedade. Proporcionar ao idoso um equilíbrio entre o meio onde está inserido e a
saúde, e com isso tornar o idoso mais resistente a doenças.
Os profissionais da área devem cada vez mais buscar alternativas para que a
população idosa seja tratada com maior respeito e que tomem consciência que a
prática de uma atividade física só lhe trará benefícios, aumentando sua qualidade de
38

vida. O papel do profissional de educação física é essencial para que o idoso realize
o treino funcional da forma correta, ele deve fazer uma avaliação individual para que
seja adaptado o melhor exercício para cada idoso para que o treinamento seja pleno
nos seus benefícios.
O exercício físico regular é de suma importância para a manutenção da boa
saúde das pessoas idosas e o treinamento funcional, planejado levando em
consideração as individualidades do aluno, pode proporcionar ótimas condições de
desenvolvimento da a capacidade funcional da terceira idade. Através de exercícios
próprios ajuda na recuperação da capacidade motora dos idosos, para que as
atividades cotidianas não se tornem um fardo.
39

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