Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
4 DIETA CETÔNICA................................................................................................ 25
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
3
2 EXERCÍCIO FÍSICO E LOW CARB
Fonte: shre.ink/m91w
4
2.1 Exercício físico para a promoção da saúde e qualidade de vida
Fonte: shre.ink/m9zw
5
A atividade física causa alterações no metabolismo de nutrientes (digestão,
absorção e excreção). Por isso, as necessidades de nutrientes específicos podem ser
afetadas conforme as demandas fisiológicas em resposta ao esforço. A alimentação
deve considerar variáveis como a necessidade nutricional do indivíduo, de acordo com
sua composição corporal, seu objetivo e o gasto energético do esporte praticado. Em
contrapartida, práticas alimentares inadequadas resultam em fornecimento
insuficiente de nutrientes importantes, que estão relacionados ao metabolismo
energético, à reparação tecidual, ao sistema antioxidante e à resposta imunológica
(BARRET; et al., 2014).
Toda atividade física e/ou exercício físico exige contração muscular para gerar
movimento. Para os músculos se contraírem, é necessário um dispêndio de energia.
A base fisiológica e nutricional aplicada à atividade física é exatamente a mesma para
atletas e simples praticantes. Os fatores que farão a diferença e determinarão os
cuidados específicos são a intensidade e a duração da atividade. A contração
muscular inicia o processo de solicitação de energia aos músculos. A partir das
reservas corporais, essa energia é liberada por meio de processos oxidativos dos
macronutrientes (carboidratos, lipídeos e proteínas) para gerar adenosina trifosfato
(ATP) (MUTTONI, 2017).
6
articular, bem como pelo aumento de sua elasticidade,
o que reduz a propensão a lesões.
Depressão A atividade física está comprovadamente atrelada a
alterações neurais e hormonais e, por isso, é uma
alternativa para o auxílio do tratamento de transtornos
e algumas doenças psicológicas.
Insônia A regularização do sono é uma das maiores buscas do
século XXI, e a prática física traz claros benefícios
neste quesito.
Serotonina Conhecida como hormônio do bem-estar, a serotonina
é produzida a partir da prática regular de atividades.
Estresse e ansiedade Reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) como os maus do século, o estresse e a
ansiedade afligem a maior parte da população mundial;
a prática regular de exercícios físicos diminui suas
taxas de prevalência no organismo.
Libido Responsável pelo desejo sexual, a libido é aumentada
por meio da prática regular de atividades físicas.
Sistema imunológico A prática de atividades físicas frequentes é responsável
pelo fortalecimento do sistema imunológico e,
consequentemente, pela diminuição da propensão do
corpo a doenças.
7
insuficiente de nutrientes importantes, que estão relacionados ao metabolismo
energético, à reparação tecidual, ao sistema antioxidante e à resposta imunológica
(BARRET; et al., 2014).
Alimentos que contêm agentes anti-inflamatórios são muito importantes como
exemplos, podemos citar açafrão, gengibre, frutas vermelhas, cenoura, alho e cebola.
A inflamação é uma das principais causas de lesões e desenvolvimento de doenças
em atletas e praticantes de atividade física. A hidratação também compõe a nutrição
adequada, já que a reposição insuficiente pode ter consequências desagradáveis,
como a diminuição da força muscular, o aumento do risco de cãibras e a hipertermia,
com consequente queda na performance (MUTTONI, 2017; RODRIGUES; et al.,
2009).
Entendendo a atividade física como movimentar o corpo e permitir sua fluidez
física e emocional, basta sairmos à ação, seja no parque, na rua, na academia, em
casa, nas escadas do prédio, ou seja, basta começar a se mexer. Por isso, uma
avaliação física tem uma enorme importância.
Elaborada a partir da aplicação de um conjunto de testes e medidas, a
avaliação física é um diagnóstico do seu grau de aptidão física atual, que permite ao
profissional elaborar um programa de exercícios dirigido, confiável e seguro. Também
permite medir, através da comparação entre avaliações realizadas em períodos
diferentes, a eficácia da rotina de exercícios praticados, apontando a necessidade de
modificações na rotina de treinos, possibilitando a construção de programas que
ajudem na correção ou a orientação para superar tais dificuldades. A avaliação física
tem como objetivo diagnosticar os pontos fortes e fracos do paciente, além de verificar
o condicionamento físico que irá proporcionar informações importantes para a criação
de programas de treinamento adequados (SISTO, 2019).
O engajamento em uma programação de exercícios regulares,
predominantemente aeróbicos, que mobilizem grandes grupos musculares, leva a
adaptações dos sistemas fisiológicos que mantêm esta atividade física e consequente
uma melhoria da capacidade funcional, culminando no estado que habitualmente
recebe a denominação de forma física. Um indivíduo em boa forma física tem maior
capacidade de tolerar as demandas físicas que fazem parte do cotidiano, enquanto
outro que não esteja em forma por vezes terá de interromper a atividade devido a
fadiga (SILVA; LACORDIA, 2016).
8
A forma física e a boa saúde não são sinônimas, mas complementares entre
si. Enquanto uma boa saúde significa simplesmente a ausência de doenças, a forma
física pressupõe energia suficiente para buscar as recompensas da vida e não
depender fisicamente de outras pessoas. Na Medicina do Esporte, considera-se de
total importância prevenir ou remediar os efeitos negativos de um modo de vida
sedentário e do envelhecimento (BATISTA FILHO; et al., 2017).
O exercício aeróbico pode consistir de atividades como caminhada, corrida,
natação, ciclismo, remo, patinação ou esqui cross-country. Também podem ser
praticados esportes de raquete e esportes coletivos, desde que se controle a
intensidade e sejam evitadas atividades mais intensas. A intensidade do exercício
deve ser o suficiente para manter a frequência cardíaca entre 50 e 80% da frequência
cardíaca máxima. A escolha da atividade dependerá de fatores como o interesse, o
acesso a locais e instalações para sua prática, a idade e o estado físico. É conveniente
uma revisão geral realizada por um médico, especialmente para os adultos e para os
que apresentam fatores de risco conhecidos.
Segundo Goldner (2013), a sociedade mundial encontra-se atualmente
estagnada, fruto de um estilo de vida sedentário, inédito em relação a séculos
anteriores: o momento é histórico e de morbidade incontrolável. Alguns fatores
contribuem para esse quadro doente em que se encontra a sociedade, a globalização
tecnológica seja talvez o principal fator, o próprio capitalismo confere a todos a
precisão de trabalho intenso e quase sem intervalos. Em alguns momentos parece um
período de escravidão moderna, a população do trabalho, do cansaço, em sua maioria
mental, ficou refém, tornando o corpo cansado e desencadeando adultos totalmente
sedentários.
É subjetivo o conceito de qualidade de vida implexa e multidimensional. O
conceito e a delimitação do que significa atividade física também pode ter diferentes
explanações, partindo desta afirmativa entenderemos que atividade física é toda e
qualquer atividade com orientação, preferencialmente acompanhamento profissional
se praticada regularmente. Entende-se, por exemplo, uma caminhada 3 vezes por
semana, por um período de 40 minutos com orientação/prescrição de um profissional
de educação física, como atividade física (GOLDNER, 2013).
A aptidão física e cardiorrespiratória é conferida pela prática da atividade física,
que oferece ao indivíduo equilíbrio cardíaco, respiratório e circulatório, aumentando
9
espantosamente a capacidade de o corpo levar oxigênio aos vasos capilares e ter
melhor nutrição celular. Deste modo a resposta do corpo a microrganismos nocivos à
saúde é mais rápida e mais intensa, possibilitando ao indivíduo não adoecer com
facilidade e responder ligeiramente no caso de uma melhora corporal em um indivíduo
acometido por uma virose, por exemplo (SILVA; et al., 2018).
A preocupação com a saúde é mundial e a cada dia ganha novos membros, no
Brasil, essa preocupação segue a mesma linha, mas os investimentos, na prática e
orientação dos benefícios da atividade física são muito fracos, a existência de planos
governamentais de saúde familiar parece ser evidente. Para que o corpo possa ser
preparado diariamente, é fundamental que o médico prescreva atividade física
(GOLDNER, 2013).
Nota-se que a prescrição da atividade física neste momento não tem o único
papel de tornar o corpo bonito, com músculos torneados e com a finalidade
de “emagrecimento”, a atividade física vai além do esteticismo padronizado,
estende-se a socialização, disposição intermitente para tarefas diárias a
serem executadas, precede a utilização de psicotrópicos em tratamento de
disfunções psicológicas e na prevenção de doenças (GOLDNER, 2013).
Pode ter efeitos negativos a falta de atividade física sobre a vida do indivíduo,
como o aumento da taxa de diabetes, aparecimento de doenças cardíacas, e até
mesmo o aumento do risco de infarto. Um estilo de vida sedentário é um forte
contribuinte nas mortes por doenças crônicas, que incluem doenças coronárias, infarto
e câncer, perdendo somente para o hábito de fumar e a obesidade. É fundamental o
incentivo à prática de atividades físicas regulares, pois a prevalência de um estilo de
vida sedentário aumenta com a idade (HERCULANDO, 2015).
10
2.3 Exercício físico e doenças cardiovasculares
Fonte: shre.ink/m9m9
Não muito tempo atrás, o exercício físico ainda era um tabu para pessoas com
algum tipo de doença arterial, pois a ciência enxergava a prática como algo nocivo à
saúde do paciente. Contudo, novos estudos destituíram o mito e revelaram inúmeros
benefícios para os pacientes com doenças arteriais (WILLMORE; COSTILL; KENNEY,
2010).
O Instituto do Coração garante que o exercício físico monitorado é capaz de
auxiliar na dilatação dos vasos sanguíneos mais periféricos, além de levar a uma
diminuição da frequência cardíaca de repouso, ou basal, que é um dos fatores
principais da hipertensão.
O exercício físico é um dos fatores mais importantes de proteção contra o
surgimento e progressão de doenças cardiovasculares. O treinamento físico
controlado e adaptado à pessoa com doença arterial coronariana evita a mortalidade
relacionada à aterosclerose por meio de vários mecanismos como a modificação
favorável dos fatores de risco e, especialmente, uma melhora na função endotelial.
Esses benefícios retardam o processo aterosclerótico, prevenindo a mortalidade
cardiovascular. No entanto, esses não são os únicos mecanismos ateroprotetores do
exercício, uma vez que o exercício pode prevenir a mortalidade independentemente
de qualquer melhora no risco coronariano. Resumidamente, o exercício pode melhorar
todos os fatores de risco (CASTRO, 2019).
11
Do ponto de vista fisiológico, o exercício físico praticado com regularidade e
constância determina a redução da frequência cardíaca (FC) e da PA em repouso e
esforço e a redução da demanda de oxigênio para o miocárdico, além da melhora da
contratilidade miocárdica. O objetivo da atividade prescrita é aumentar e manter a
capacidade funcional do coração, reduzindo os sintomas da doença, o aumento do
limiar de dispneia (falta de ar) e a modificação do perfil de risco coronário, reduzindo
a possibilidade de comprometimento cardiovascular (MCARDLE; KATCH; KATCH,
2011).
13
2.6 Exercício físico e obesidade
A obesidade é outro fator relevante, que se tornou nos últimos anos um mal de
combate mundial. A ausência de prática da atividade física e prevalência de
alimentação desequilibrada, podem resultar em obesidade, o que influencia na
disposição de doenças cardiovasculares, psicológicas e até mesmo em distúrbios do
comportamento, como a ansiedade.
Observando a benfeitoria da atividade física no combate da obesidade, Sabiá,
Santos e Ribeiro (2004) compararam o resultado do exercício físico aeróbio contínuo
e exercício anaeróbio intermitente associado a uma orientação alimentar sobre as
medidas bioquímicas e a aptidão física de adolescentes obesos. Para os
pesquisadores foram satisfatórios os resultados, pois com um plano de treinamento e
alimentação balanceada conseguiram diminuir significantemente nos dois tipos de
exercício, as medidas antropométricas e mantendo também a avaliação bioquímica
em números satisfatórios.
Para Prado et al. (2009), a obesidade é uma doença inflamatória sistêmica, ou
seja, uma doença crônica relacionada à grande concentração de adipocinas no
organismo, capazes de alterar o estado de saúde geral dos indivíduos. Embora
poucos entendam a obesidade como doença, este é o primeiro passo para seu
tratamento.
O exercício físico funciona para a obesidade como um modulador direto dos
processos corpóreos, causando uma eficiente resposta às inflamações contidas nas
adipocinas. Indivíduos que se exercitam elevam seu consumo calórico, o que, aliado
a uma ingestão calórica inferior ao despendido, gera uma curva nutricional e
metabólica descendente, que inverte a balança energética e propicia a melhoria
clínica do sujeito com obesidade.
Avaliar o comportamento alimentar na infância e na adolescência é relevante
para compreender os mecanismos que podem determinar a saúde do adulto.
(D'AVILA; CÁS; MELLO, 2020). O diagnóstico de obesidade na infância depende das
medidas de peso e altura, da idade, sexo e do índice de massa corporal (IMC) do
indivíduo.
14
O crescimento da prevalência de obesidade infantil resulta em uma maior
ocorrência de comorbidades não somente na vida adulta, mas já presentes também
na infância, incluindo:
➢ Hipertensão arterial sistêmica;
➢ Aterosclerose precoce;
➢ Diabetes mellitus tipo 2;
➢ Distúrbios do sono;
➢ Disfunções hormonais.
15
2.7 Exercício físico e doenças respiratórias
Fonte: shre.ink/m9Cp
16
38 anos em suas entrevistas a diversos veículos de informação que nunca mais teve
um ataque de falta de ar ocasionado pela asma depois que entrou na piscina.
Mesmo com uma grande necessidade de adequações e controle de ritmo e
intensidade de treinamento, pessoas que sofrem de asma podem ser muito
beneficiadas pela prática de atividades físicas frequentes, isso porque tais atividades
ajudam a aumentar sua capacidade respiratória, propiciando trocas gasosas
benéficas capazes de suavizar os sintomas da doença.
No entanto, para Freitas, Silva e Carvalho (2015) é importante ter cuidado, pois
em períodos de crise, a atividade física não é benéfica para indivíduos asmáticos. Os
exercícios aeróbios são os mais recomendados, além das atividades em meio
aquático, já que dentro da água ocorre uma resistência no momento da expiração,
fazendo com que os músculos respiratórios sejam fortalecidos.
Fonte: shre.ink/m9qY
Histórico Familiar:
• Morte prematura (súbita ou inexplicável) antes dos 50 anos
de idade devido a doença cardíaca em parentes de primeiro
grau;
• Incapacidade por doença cardíaca em parente de primeiro
grau com menos de 50 anos de idade e conhecimento das
seguintes condições em membros da família;
18
• Cardiomiopatia hipertrófica ou dilatada;
• Síndrome do QT longo ou outra canalopatia;
• Síndrome de Marfan ou arritmia cardíaca grave.
Exame Físico:
• Presença de sopro cardíaco;
• Alteração na amplitude dos pulsos femorais (afastar
coarctação da aorta);
• Características fenotípicas de síndrome de Marfan
19
2.9 Exercício físico para idosos
Fonte: shre.ink/m9qQ
A ausência de aptidão física e uma pobre capacidade funcional são umas das
causas de baixa qualidade de vida nos idosos. Com o avanço da idade, há uma
diminuição da capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade
musculares, sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício. Está
mais do que comprovado que os idosos obtêm benefícios com a prática de atividade
física regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanças corporais, melhora a
autoestima, a autoconfiança e a afetividade, aumentando a socialização (MACIEL,
2010).
Antes do início da prática de exercícios, o idoso deve passar por uma avaliação
médica cuidadosa e realização de exames. Isso permitirá ao médico indicar a melhor
atividade, que pode incluir: caminhada, exercício em bicicleta ergométrica, natação,
hidroginástica e musculação. Algumas recomendações são importantes e valem
também para as outras faixas etárias (RIBAS, 2013):
20
➢ Alimentar-se até duas horas antes do exercício;
➢ Respeitar seus limites pessoais.
Fonte: shre.ink/m9WN
➢ Musculação;
➢ Pilates;
➢ Natação;
➢ Alongamento;
➢ Exercícios cardiovasculares;
21
➢ Hidroginástica;
➢ Ioga;
➢ Ginástica localizada;
➢ Dança.
Fonte: shre.ink/m9WL
23
3.1 Dieta Low Carb
De acordo com Xavier (2017), a dieta Low Carb vem adquirindo força pelo seu
potencial efeito na perda de peso corporal, apesar de também ser aconselhada para
doenças como epilepsia, diabetes e ovário policístico. Dietas com baixo carboidrato
promovem uma melhoria do controle da glicemia, diabetes mellitus tipo 2, redução e
perda de peso em indivíduos com obesidade e sobrepeso e diminuição e/ou
eliminação da medicação (BACKER; PROJETTO; JERUMS, 2009).
A dieta Low Carb mostrou-se eficaz na perda de peso e diminuição da massa
gorda, melhora do perfil lipídico, aumento significativo do HDL, diminuição dos
triglicerídeos e controle glicêmico, além de melhoria de alguns parâmetros de risco
cardiovascular (XAVIER, 2017).
24
carboidratos (BUTIK; BAUMSTARK; DRIVER, 2003; FOSTER; et al., 2010;
SUNDGOT-BORGEN; GARTHE, 2011; CLIFTON, 2011).
Nos resultados adversos deste exemplo de dieta têm sido mencionada alguma
propensão para o surgimento de algumas dores de cabeça, diarreias, estados de
fraqueza e câimbras musculares. Os indivíduos que adotam esta dieta tomam
simultaneamente medicação devem ter supervisão clínica para serem evitados
episódios de hipoglicemia, hipotensão e outras complicações (XAVIER, 2017).
4 DIETA CETÔNICA
Fonte: shre.ink/m9ds
25
cetogênicas, escrevendo seu livro em 1972 (a dieta revolucionária do Dr. Atkins),
revisado em 2004 (A nova dieta revolucionária do Dr. Atkins), afirmando ser “A melhor
dieta do século XX”. O modelo basicamente consiste em uma dieta hipocalórica, com
consumo liberado de gorduras e proteínas, e uma relativa restrição de carboidratos,
sendo composta por três fases:
Dieta de indução (aqui são consumidos em média 15 a 20g diários de
carboidratos, fase onde ocorre perda de peso excessiva), após a estagnação do peso
o indivíduo entra na fase permanente onde é aumentado 5g de carboidratos da dieta
e de acordo com o progresso do indivíduo, entra na fase de manutenção onde ele
consumirá em média proporções de carboidratos que usará pelo resto da vida
(DANTAS, 2017).
Estudos analisando os efeitos no desempenho esportivo em atletas que
seguem uma dieta cetogênica ainda são escassos. Diante desse contexto, Paoli; et
al. (2012) realizou um estudo com oito atletas de alto rendimento da ginástica artística,
os avaliados foram submetidos por 3 meses a uma dieta cetogênica onde a base da
alimentação era peixe, vegetais verdes e azeite de oliva, ao final do planejamento, os
atletas foram avaliados e apresentaram uma redução no percentual de gordura e
mantimento de massa magra, quanto ao desempenho não foi notado nenhuma
diminuição, os autores chegaram à conclusão que tal modelo de dieta pode ser
bastante útil para modalidades onde os atletas precisam atingir determinado peso.
A fim de investigar os efeitos da dieta cetogênica em atletas de Power lifting,
Agee (2015) realizou um estudo de seis semanas onde atletas levantadores de peso
eram submetidos a um planejamento de dieta cetogênica nas seguintes proporções:
5% carboidratos, 45% proteínas e 50% gorduras. Após as seis semanas de
intervenção, o estudo analisou que não houve queda de desempenho e a perda de
peso não apresentou resultados significativos.
Um estudo realizado por Guisado (2008) com 31 pacientes obesos (22 homens
e 9 mulheres), mostrou que diante de um protocolo de dieta cetogênica a base de
azeite virgem, vegetais verdes e peixe, durante 12 semanas, houve melhora
significativa no perfil lipídico, pressão arterial e glicemia em jejum. Porém, Johnston
(2006) analisou se a dieta cetogênica apresentava vantagem em relação a dietas
hipocalóricas convencionais, ofertando-a uma dieta cetogênica com as seguintes
proporções: 30% proteínas, 60% gorduras e 10% carboidratos, para 20 adultos
26
obesos, comparando com um grupo controle que realizou uma dieta hipocalórica
convencional, os resultados mostraram que ambas foram similares na perda de peso
durante o protocolo de seis semanas, porém os pacientes que realizaram a dieta
cetogênica apresentaram efeitos emocionais adversos em relação ao grupo controle.
Os estudos evidenciaram que a dieta cetogênica é eficaz na perda de peso,
não sendo comprovada ainda sua superioridade em relação a outros tipos de
planejamento. Porém foi percebido, além da perda de peso, melhoras nos marcadores
biológicos e em alguns estudos nenhuma diminuição do rendimento na atividade
física. Estudos que avaliam os seus efeitos no longo prazo ainda são escassos.
Fonte: shre.ink/m9vR
➢ Método 16/8 - onde o indivíduo realiza 16h de jejum diário e comumente faz
duas refeições nessa janela de 8h
27
➢ Método do jejum completo - onde o indivíduo realiza um jejum de 24h, uma ou
duas vezes na semana
➢ Método 5:2 - no qual o indivíduo se alimenta normalmente durante cinco dias e
durante dois dias consecutivos se alimenta apenas com 500 kcal a 600 kcal
diários (BAPTISTELLA; SANTOS, 2017).
28
Em um estudo parecido com o anterior, Schoenfeld; et al. (2014) avaliou 20
mulheres com sobrepeso/obesidade, porém realizando aeróbio continuo (1h) numa
frequência de 3 dias na semana, durante 4 semanas, as mulheres foram divididas em
dois grupos (ambos com dietas hipocalóricas planejadas). No grupo 1 o exercício
aeróbico foi feito em jejum e no outro em estado alimentado, o resultado mostrou que
ambos os grupos apresentaram considerável diminuição na composição corporal,
porém sem diferenças significativas entre os grupos.
Um estudo realizado por Van Proeyen; et al. (2011), avaliou 20 homens
treinados durante 4 sessões de treinamento de endurance durante seis semanas,
dividindo-os em dois grupos: o grupo 1 realizava o treinamento no estado de jejum e
o outro grupo no estado alimentado, ambos os grupos seguiram o mesmo protocolo
de treinamento e o mesmo saldo calórico proveniente da dieta. Os resultados
mostraram que o grupo que realizou os treinamentos em jejum obteve vantagens em
relação ao outro, uma maior concentração de glicogênio muscular, maior utilização da
gordura intramuscular durante o exercício, melhora no metabolismo aeróbio e no
controle glicêmico, mostrando que o treino em jejum é interessante para promover
adaptações metabólicas importantes que venham a melhorar o desempenho de
praticantes de atividades de endurance.
Outro estudo realizado por Varady; et al. (2013), comparou o efeito do jejum
alternado em indivíduos obesos no período de 12 semanas, tanto na questão da
composição corporal, como nos marcadores do perfil lipídico. Para isso, 15 indivíduos
realizaram o protocolo de jejum em dias alternados consumindo apenas 25% das
calorias diárias recomendadas. Nos dias fora do jejum eles comiam à vontade,
enquanto o grupo controle (n=15) comia à vontade diariamente, os resultados
mostraram que houve considerável perda de peso ao final do processo e nenhuma
alteração nos valores (triglicerídeos, LDL e HDL), mostrando que o jejum em dias
alternados pode ser uma medida eficaz em pacientes obesos. Indivíduos que foram
submetidos a jejum em dias alternados, apresentaram diminuição considerável do
percentual de gordura e marcadores como glicemia em jejum, porém, relataram
bastante fome nesses dias de jejum e que o efeito da fome não foi amenizado, o que
em alguns casos não torna esse tipo de dieta viável para se seguir em longo prazo.
O Jejum Intermitente apresentou-se eficaz nos protocolos de perda de peso em
curto prazo, apresentando bons resultados em pacientes obesos e quando
29
relacionado à atividade física sem prejudicar no rendimento, marcadores biológicos
também não se mostraram alterados durante os períodos de jejum e em alguns
estudos são mostradas até melhoras, porém estudos dos efeitos do jejum em longo
prazo ainda são escassos (DANTAS, 2017).
Fonte: shre.ink/m9os
30
5.1 Exercícios para emagrecer com a dieta Low Carb
O organismo fica mais resistente, possuindo maior extensão física, o que ajuda
a prevenir quedas e aumenta a sua perspectiva de vida. No final existe um privilégio
decisivo para quem almeja emagrecer: ao longo do tempo, ficará formando massa
muscular, e o maior benefício de se construir massa muscular é que os músculos do
nosso corpo são um tecido metabolicamente mais atuante do que outros. Ou seja,
eles consumem muitas calorias ainda que você não esteja se exercitando. Melhor
dizendo, os músculos são um tecido de alta sustentação para o corpo, exigindo um
consumo calórico relativamente elevado mesmo quando estão sem atividades. Devido
corpo não consumir calorias apenas quando se exercita, ele consome energia todo o
tempo para te manter vivo (SILVA; BENEDET, 2016).
31
aprender a realizar exercícios compostos (exercícios que recrutam vários grupos
musculares ao mesmo tempo) com boa forma.
No meio desses impactos, inserimos o progresso na sensibilidade à insulina, a
secreção do hormônio do desenvolvimento, o nível elevado da testosterona circulante,
dentre vários outros.
São aconselhados alguns exercícios: supino reto, levantamento terra,
agachamento, barra fixa e barras paralelas, além de flexões de braço e pranchas
(LENZI; et al., 2018).
Toda ação que faça a pessoa movimentar seu corpo, obterá um resultado
benéfico. Dançar, pular corda, passear com o cão, fazer pilates, subir escadas, andar
de bicicleta, andar de patins, esquiar. Seja qual for a atividades física escolhida, a
mesma pode e necessita ser realizada. Também ajuda a pessoa a habituar-se e
entender a maneira precisa de como o corpo reage a cada tipo de exercício físico,
aumentando o cuidado aos sinais que o mesmo remete (LENZI; et al., 2018).
Os motivos principais de ingerirmos junk foods (as famosas “porcarias”) na
dieta é a ansiedade e o fator emocional, que frequentemente vêm de estar
desconectados de como o corpo se observa e com o que ele desejaria ser nutrido.
Portanto, a pessoa deve treinar com pesos, principalmente os exercícios compostos
(acima mencionados: supino reto, levantamento terra, agachamento, barra fixa,
flexões de braço, barras paralelas e pranchas) que agem em diversas partes do corpo
uma única vez.
Um exercício acessível e que todo mundo pode realizar é caminhar, pois ir à rua e
começar a andar não necessita ter acesso a equipamentos caros ou ir para locais
distantes. Essa prática poderá ser realizada imediatamente, visto que não envolve
nenhum tipo de aprendizado refinado, afinal aprendemos a andar desde pequenos, e
não costumamos perder essa capacidade tão cedo. Caminhar é um exercício que pode
ser incorporado aos trajetos que já fazem parte da rotina diária (seja para ir ao trabalho,
ao mercado, ou à casa de parentes e amigos próximos) (LENZI; et al., 2018).
32
6 CARBOIDRATOS E TREINO DE HIPERTROFIA
Fonte: shre.ink/m9p9
33
manutenção da competência imunológica, como o equilíbrio do sistema endócrino e a
melhora do desempenho desportivo (MUTTONI, 2017).
Nesse contexto, os carboidratos representam a principal fonte de energia
contínua para os músculos, tanto para manter as atividades do dia a dia, quando para
realizar o exercício físico. A quantidade de energia fornecida em cada grama de
carboidrato é 4 kcal, sendo prontamente disponibilizada para todas as células do
corpo ou armazenada sob a forma de glicogênio no fígado e nos músculos.
Os carboidratos têm importância fundamental para o organismo. Considerados
os principais nutrientes fornecedores de energia, eles mantêm o corpo em
funcionamento, especificamente por meio da glicose, produto final do seu
metabolismo. A alimentação diária deve ser baseada no consumo de carboidratos e,
para os indivíduos ativos fisicamente, esse nutriente será responsável por maximizar
seus estoques de energia antes, durante e após o término dos exercícios,
possibilitando melhor rendimento esportivo (MUTTONI, 2017).
34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, R. C. A nova dieta revolucionária do Dr. Atkins. 14. ed. Rio de janeiro:
Records, 2004.
BARRET, K. E; et al. Fisiologia médica de Ganong. 24. ed. Porto Alegre: AMGH,
2014.
35
BRAY, G. A.; NIELSEN, S. J.; POPKIN, B. M. Consuption of high-frutose corn syrup
in beverages may play a role in the epidemic obesity. The American Journal of
Clinical Nutrition , v. 79, n. 4, p. 537- 43, 2004.
BREHM, B. J; et al. A Randomized Trial Comparing a Very Low Carbohydrate Diet and
a Calorie Restricted Low Fat Diet on Body and Cardiovascular Risk Factors in Healthy
Women. J Clin Endocrinol Metab, v. 88, n. 4, p. 1617-23, 2003.
36
CURI, R.; ARAÚJO FILHO, J. P. Fisiologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2009.
GOODPASTER B. H; et al. The loss of skeletal muscle strength, mass, and quality in
older adults: The health, aging and body composition study. The Journals of
Gerontology , v. 61, n. 10, p. 1059–1064, 2006.
HARVIE, M; et al. The effect of intermittent energy and carbohydrate restriction v. daily
energy restriction on weight loss and metabolic disease risk markers in overweight
women . British Journal of Nutrition, v. 110, n. 8, p. 1534-1547, 2013.
38
HEYWARD, V. H. Avaliação física e prescrição de exercício: técnicas avançadas.
6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
HOEHN, K.; MARIEB, E. N. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
LANDOWNE, D. Fisiologia celular. Porto Alegre: AMGH, 2011.
KATER, D. P.; PIRES, A, B.; LIMA, M. C. S.; JÚNIOR, J. R. G.; Anabolismo pós-
exercício: influência do consumo de carboidratos e proteínas. Colloquium Vitae,
jul/dez, 2011.
LENZI, S.; et al. Dieta Low Carb e hipertrofia, é possível conciliar?, 2018.
LOWIE, M. R. Dieting: proxy or cause of future weight again? Obes Rev, v.16, p. 19-
24, 2015.
39
MACHADO, A. C. S. B. Manipulação de Carboidratos associado ao treinamento
físico contínuo e intermitente em indivíduos com excesso de peso. 2016. 78 f.
Dissertação (Pós-Graduação em Educação Física) - Universidade Federal de Sergipe,
São Cristóvão, 2016.
PAOLI, A. ; et al. Ketogenic diet does not affect strength performance in elite artistic
gymnasts. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 9, n. 1, p. 34,
2012.
40
PÉREZ-GUISADO, J.; MUÑOZ-SERRANO, Andrés; ALONSO-MORAGA, Á. Spanish
Ketogenic Mediterranean Diet: a healthy cardiovascular diet for weightloss.
Nutritionjournal, v. 7, n. 1, p. 30, 2008.
41
RASCH, P. J. Cinesiologia e anatomia aplicada. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.
42
SILVA, L.; LACORDIA, R. Atividade física na infância, seus benefícios e as
implicações na vida adulta. Revista eletrônica–Instituto Metodista Granbery, v. 21,
p. 1-24, 2016.
SURITA, F. G.; NASCIMENTO, S. L.; SILVA, J. L. P.;. Exercício físico e gestação. Rev
Bras Ginecol Obstet . 36(12):531-4, 2014.
THOMAS, D. M. ; et al. Time to correctly predict the amount of weight loss with dieting.
J Acad Nutr Diet. v. 144, n. 6, p. 857-861, 2014.
43
VARADY, K. A. ; et al. Alternate day fasting for weight loss in normal weight and
overweight subjects: a randomized controlled trial. Nutrition journal, v. 12, n. 1, p.
146, 2013.
WHITE, A. ; et al. Blood ketones are directly related to fadigue and perceived effort
during exercises in overweight adults adhering to low cabohydrate diets for weight loss:
a piloty study. J AM Diet Assoc, v. 107, n. 10, p. 1792-1796, 2007.
WHO - World Health Organization. Waist circunference and waist-hip ratio. Report of
a WHO expert consultation, 2008.
44