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TÍTULO DO MATERIAL

AUTOR: FRANCISCO ADEVALDO NUNES BARBOSA

COMPONENTE CURRICULAR: INSERIR


NÍVEL: INSERIR SÉRIE: INSERIR

IDENTIFICAÇÃO:

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas
interações e relações entre matéria e energia, para propor ações
individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos,
minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida
em âmbito local, regional e global.
HABILIDADE(S): (EM13CNT103), Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas
origens para avaliar as potencialidades e os riscos de sua aplicação em
equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria,
na agricultura e na geração de energia elétrica.
OBJETOS DO Radiações (origens, aplicações, riscos e benefícios).
CONHECIMENTO:

TEMÁTICA: A radioatividade a serviço da vida.

APRESENTAÇÃO DO MATERIAL:

Este trabalho tem a finalidade de mostrar as peculiaridades


que envolvem a radioatividade, seus fenômenos,
aplicações riscos e benefícios. Assim, desenvolver um
material acadêmico para os alunos do ensino médio, criar
trabalhos e atividades que desenvolva e desperte o
pensamento crítico e o senso cientifico sobre o tema.

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A RADIOATIVIDADE

"O bom trabalho experimental é extremamente difícil, criativo e instigante, desde que se
tenha coragem de enfrentar, no laboratório, fenômenos que se recusam a respeitar as teorias
estabelecidas."
MARTINS, Roberto de A. Como Becquerel não descobriu a radioatividade. Caderno

Catarinense de Ensino de Física. Florianópolis: Ed. da UFSC, n. 7, p. 27-45, jun. 1990.

Os fenômenos radioativos começaram a ser descobertos em 1896


pelo cientista francês Antoine Henri Becquerel (1852-1908). No entanto, as
suas descobertas só foram possíveis graças aos estudos anteriores sobre os
raios X. Assim, vejamos primeiro como os raios X foram descobertos e qual a
sua relação com a descoberta da radioatividade, acontecimentos importantes
que marcaram o acaso do século passado.
Antoine Henri Becquerel
(1852-190
Em 1895, o físico alemão Wilhelm Konrad Röntgen (1845-1923) descobriu
de maneira acidental “um novo tipo de raio”, que possibilitava ‘ver’ dentro do
corpo humano. Como esse cientista não sabia qual era exatamente a natureza
desses raios, ele chamou-os de raios X. Certa noite, ele estava em seu
laboratório, onde havia uma ampola de Crookes, um tubo de vidro vedado que
tinha no seu interior gases em pequena quantidade, a baixas pressões, e, em
Wilhelm Konrad Röntgen
sua extremidade, havia dois eletrodos, isto é, peças metálicas ligadas a uma fonte elétrica
(1845-1923)

externa que estabelecia uma diferença de potencial, passando corrente elétrica pelos gases
dedentro do tub dentro do tubo.

 ampola de Crookes estava coberta com papel-cartão preto e as luzes estavam apagadas.
Então, Röntgen notou que uma tela recoberta de platinocianeto de bário, que estava por acaso
no laboratório, começou a brilhar quando ele ligou a ampola. O platinocianeto de bário é uma
substância fluorescente, o que significa que ele emite luz visível quando absorve energia de
determinada fonte, mas cessa depois que a fonte é desligada. Depois de fazer vários testes,
Röntgen chegou à conclusão de que raios vindos da ampola atingiam o platinocianeto de bário.

Ele notou também que eles não sofriam desvio por campo elétrico e o mais impressionante:
podiam sensibilizar uma chapa fotográfica, permitindo que ele visse os ossos de suas mãos.
Abaixo temos a radiografia da mão da esposa de Röntgen, Anna Bertha Ludwig. Veja que os
raios X não atravessaram o ouro da aliança e, por isso, o osso na região da aliança não ficou
visível:

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Figura 1Radiografia da mão da esposa de Röntgen, Anna Bertha Ludwig.

Fonte: mundoeducação.uol.br/2004

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SÍMBOLO
Radiação é um termo da área da Física e significa RADIOATIVO
a propagação de energia de um ponto a outro no espaço ou em
um meio material, com uma certa velocidade.

Os elementos condutores de energia determinam as formas de O símbolo radioativo é


radiação eletromagnética ou corpuscular. chamado trifólio, o
mesmo nome das ervas
radiação é produzida de forma natural ou artificial. Na natureza, a com folhas em forma
de trevo.
radiação ultravioleta (raios UV) e a infravermelha são aquelas
produzidas por corpos que apresentam calor, sendo o Sol a
principal fonte. A radiação ultravioleta também pode ser obtida O físico americano Paul
artificialmente através de lâmpadas fluorescentes ou câmaras de Frame que por anos
bronzeamento artificial. estudou a origem do
símbolo, disse que ele
foi rabiscado pela
FIGURA 1 primeira vez em 1946,
no laboratório de
radiação da
Universidade da
Califórnia, em Berkeley,
Estados Unidos.

Não se sabe ao certo


por que a escolha desse
símbolo, uma das idéias
é que eles podem ter
buscado inspiração
numa imagem parecida,
que era utilizada na
base naval de Berkeley
que servia para indicar
o risco do movimento
das hélices dos
navios ali atracados.
Fonte:brasilescoladaquimica.org
Independentemente da
A figura 1, emostra como acontece a dissorciação dos elétrons e origem, foi uma boa
prontus quando a radiação estar acontecendo, os raios beta e escolha, pois o símbolo
gama fazem com que isso aconteça é fácil de ser desenhado
Radiações de Van Allen, radiações de partículas de energia e identificado, além de
considerável, descobertas nas altas camadas da atmosfera ser diferente dos
através dos sinais emitidos pelos satélites artificiais. E por fim a outros sinais de alerta.
emissão de raios e de partículas quando
FONTE:
livro/quuimica_MR_V1
_PNLD188

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APLICAÇÕES DA RADIAÇÃO Medicina: Vários isótopos radioativos são
usados na medicina. Um exemplo é quando
vamos fazer uma cintilografia com o intuito
Produção de energia elétrica: os reatores de verificar as condições de nossos órgãos
nucleares produzem energia elétrica, para a internos, e introduzimos no organismo uma
humanidade, que cada vez depende mais pequena quantidade de material radioativo.
dela. Baterias nucleares são também Os isótopos que apresentam essa
utilizadas para propulsão de navios e característica são denominados
submarinos. radiotraçadores, eles possuem a
proprieadade de se acumularem em um
determinado órgão.

Fonte:
cienciaradioativa.web

Aplicações na indústria: em radiografias Figura 3: mundo educação.uol


de tubos, lajes, etc – para detectar trincas,
falhas ou corrosões. No controle de Assim, o radiologista poderá
produção; no controle do desgaste de determinar o nível e a localização das
materiais; na determinação de vazamentos radiações emitidas pelos isótopos
em canalizações, oleodutos,…; na após o paciente receber uma dose de
conservação de alimentos; na esterilização
material radioativo. As radiações
de seringas descartáveis; etc.
beta (β) ou gama (γ) incidem sobre
filmes fotográficos, e refletem
imagens do órgão que se pretende
estudar.

Figura 2Fonte: mundoeduucação.uol

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RISCOS DA RADIAÇÃO
Os efeitos da radiação ionizante na EFEITOS DA RADIAÇÃO NUCLER
matéria podem ser divididos NO CORPO HUMANO
em nucleares, químicos, elétricos e biol
ógicos:
 
A depender da quantidade de radiação a
qual o ser humano é exposto ela pode
representar perigo e causar grandes
prejuízos, até irreversíveis e fatais. Sua
dose excessiva pode provocar destruição
das células, queimaduras, lesões no
sistema nervoso, no aparelho
gastrointestinal, entre outros. Como essas
radiações não são percebidas por nossos
sentidos, todas as pessoas que trabalham
com esse material devem estar protegidas
utilizando roupas especiais e na medida Figura 4 fonte: quimica.seed.pr.govv.br
do possível, manipular os materiais com
garras mecânicas. Esquema que mostra os efeitos das
diferentes emissões radioativas nucleares
no corpo humano.

EFEITOS DA EPOSIÇÃO Á RADIAÇÃO

Para que as pessoas possam perceber o


perigo, toda caixa com material radioativo
ou área em que se encontrem esses
materiais devem apresentar o símbolo ao

Figura 5 graphic New


lado.
  Trata-se da presença de radiação acima
dos valores encontrados no meio
ambiente, uma vez que a radiação está
presente em qualquer lugar do planeta.

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Dependendo do elemento químico e da reação nuclear, diferentes tipos de radiação são emitidos. Observe, na imagem a
seguir, alguns exemplos de radiação e do seu poder de penetração em diferentes materiais.

Figura 6multiversodaquimica

EXERCÍCIO
As reações nucleares podem liberar diferentes radiações, como as do tipo alfa(a), de carga positiva, e beta (b), de carga
negativa. A radiação gama (y) é neutra. Observe, no esquema a seguir, a identificação da carga dessas radiações
emitidas por uma amostra radioativa.

Figura 7fonte: livro quimica cidadã 1

As reações nucleares são representadas por equações químicas balanceadas, nas quais devem constar os números
atômico e de massa, bem como a carga das emissões.
Representações das emissões na reação nuclear

4 partícula alfa com número atômico 2 e número de massa 4.


( α)
2
0 partícula beta com número atômico –1 e número de massa zero.
( β)
−1
(y) radiação gama, sem número atômico e sem número de massa, pois é uma
radiação eletromagnética.

TIPOS DE RADIOATIVIDADE
As leis da radioatividade, formuladas em 1911 pelo químico inglês Frederick Soddy
(1877 - 1956), explicam a emissão de radiação a partir do núcleo de átomos instáveis.

Radiação alfa e 1alei da radioatividade


Observe, na figura a seguir, a representação da emissão da partícula alfa do núcleo de um átomo com elevado número

de massa.
A radiação alfa é um feixe de partículas carregadas positivamente que apresenta carga +2 e número de massa 4,
resultado da soma das massas de 2 prótons e 2 nêutrons. Em razão de sua massa elevada, essa partícula é de baixa
penetrabilidade.
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.prints-online.com%2Fantoine-henri-becquerel-
575346.html&psig=AOvVaw2EYVaLeU1VOVInZd__gURU&ust=1639272828287000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCLCB3eay2vQCFQAAAAAdAAAAABAO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(Se houver, citar as referências em ordem alfabética, seguindo as normas abaixo):

Periódicos impressos
Greca, I. M., & Moreira, M. A. (2002). Mental, physical, and mathematical models in the teaching and learning of physics. Science Education, 86(1), 106-
121.

Periódicos eletrônicos
Mcdermott, L. C. (2000). Bridging the gap between teaching and learning: the role of physics education research in the preparation of teachers and majors.
Investigações em Ensino de Ciências. Acesso em 10 jun., 2006, http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/vol5/n3/v5_n3_a1.htm.

Livros no todo
Feynman, R. (1967). The character of physical law. Cambridge: MIT Press.

Para capítulos de livros


Campbell, D. T., & Stanley, J. C. (1963). Experimental and quasi-experimental designs for research on teaching. In N. L. GAGE (Ed.), Handbook of
research on teaching (pp. 171-246). Chicago: Rand McNally.

Trabalhos publicados em atas de congressos, simpósios, etc.


Costa, S. S. C., & Moreira, M. A. (2006). Atualização da pesquisa em resolução de problemas: informações relevantes para o ensino de Física. In: Moreira,
M. A. et al. (Ed.). I Encontro Estadual de Ensino de Física – RS, Porto Alegre: 2005. Atas... Porto Alegre: Instituto de Física, p. 153-167.

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