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Radiação e radioatividade
23 minutos
21 minutos
22 minutos
23 minutos
Referências
4 minutos
Aula 1
INTRODUÇÃO À RADIOATIVIDADE
Para você que vai trabalhar com radiação ionizante, conhecer o
histórico dos raios X, quem descobriu a radioatividade, e como
eram os primeiros modelos atômicos é muito importante.
23 minutos
INTRODUÇÃO
Prezado estudante, esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos
sobre física radiológica apenas de forma teórica, mas para estudar os conceitos que
ajudarão no seu cotidiano em um setor de imagens médicas de um hospital. Para você
que vai trabalhar com radiação ionizante, conhecer o histórico dos raios X, quem
descobriu a radioatividade, e como eram os primeiros modelos atômicos é muito
importante. Isso porque, além de facilitar a compreensão de muitas unidades de medidas
– que foram nomeadas devido aos seus descobridores –, fará com que você estude com
mais facilidade, pois entenderá o processo como um todo. Portanto, esta aula é essencial
para sua formação.
MODELOS ATÔMICOS
Em meados de 1896, um cientista francês chamado Henri Becquerel descobriu a
radioatividade, estudando a fosforescência natural das substâncias químicas. Nesse
experimento, utilizou amostras que continham urânio em sua composição, e observou
que as emissões radioativas ocorriam de forma espontânea. Contudo, diversos estudos
foram realizados antes e depois da descoberta de Henri Becquerel, e foram de extrema
importância para que chegássemos aos conhecimentos atuais a respeito da
radioatividade.
Estudos feitos durante o final do século XIX e início do século XX foram responsáveis
pelo avanço das descobertas das estruturas atômicas.
O modelo atômico de Rutherford-Borh foi o que melhor ilustrou o real comportamento
atômico, por meio da descoberta dos elétrons, prótons e nêutrons.
Antes do conhecimento atômico de Rutherford-Borh, tivemos inúmeros outros
cientistas que tentaram descrever a estrutura atômica.
Em 1808, o cientista John Dalton postulou que toda matéria existente era constituída por
átomos – palavra que deriva do latim: a indica negação, e tomos significa divisão; logo,
átomo é algo “sem divisão”. Portanto, para Dalton o átomo era uma bola maciça,
indivisível, impermeável e indestrutível. Também acrescentou em seu postulado que
todos os átomos de um elemento químico específico eram idênticos, tendo o mesmo
número de massa, tamanho e propriedades químicas. E que em um processo de reação
química, o que ocorre é a separação, combinação ou novo arranjo de átomos, mas nunca
poderá ocorrer a sua destruição. O modelo atômico de Dalton ficou conhecido como
“bola de bilhar”, como mostra a Figura 1:
Fonte: Wikipedia.
Alguns anos depois, Rutherford fez um experimento bombardeando uma fina lâmina de
ouro com raios alfa. Durante esse experimento ele analisou que os raios não desviavam,
portanto isso significava que o átomo do material bombardeado não poderia ser maciço
e positivo; muito pelo contrário, ele deveria ser um imenso vazio. Portanto, Rutherford
pensou que como grande parte dos raios passavam direto pela lâmina de ouro, e
somente pouca parte desses raios sofriam desvios, era devido à grande massa do átomo
estar contida em uma pequena região, e não em seu todo. Foi então que ele deu o nome
de núcleo ao local em que se encontravam as partículas positivas, denominadas prótons.
Também verificou que o átomo tinha uma grande eletrosfera, na qual ficavam as
partículas negativas (elétrons), e que estas giravam em volta do núcleo, à semelhança do
sistema planetário. A Figura 3 ilustra esse modelo:
Fonte: Pixabay.
Descoberta da radioatividade
Os raios X são ondas eletromagnéticas com frequência superior à radiação ultravioleta –
portanto, na ordem de 1018 Hz. Quem descobriu os raios X foi um físico alemão
chamado Wilheelm Conrad Röntgen (1845-1923) em 1895. Essa descoberta rendeu ao
físico o prêmio Nobel em 1901.
A descoberta ocorreu durante um experimento de luminescência através de raios
catódicos em um tubo, chamado de “tubo de Crookes”, em homenagem a William
Crookes, o responsável por realizar o experimento com um tubo a vácuo alimentado por
corrente elétrica. Ele descobriu que se aplicar um campo magnético fora dessa ampola,
os feixes sofriam uma mudança em sua trajetória. Logo, se o feixe desviava para o lado
positivo do campo, era um feixe constituído por cargas negativas, devido à atração das
cargas. O tubo de Crookes é mostrado na Figura 5:
Esse tubo era uma ampola de raios X muito primitiva, de vidro e a vácuo, com um
cátodo que emite os elétrons que ganharão energia cinética e colidirão com o alvo,
denominado ânodo. A luminescência surge quando os elétrons são submetidos a uma
grande diferença de potencial.
Portanto, durante um experimento com tubo de Crookes, Röntgen analisava a condução
da eletricidade por esse tubo. No decorrer do experimento, seu ajudante lhe chamou a
atenção, dizendo para o professor olhar para a tela.
Nas proximidades do tubo, havia uma tela coberta com platinocianeto de bário, na qual
se projetava uma leve luminosidade, resultando na fluorescência do material. Nesse
momento ele girou a tela e colocou sua mão entre o fluxo luminoso e a tela, e viu seus
ossos projetados. Assim, Röntgen viu, pela primeira vez, o que futuramente seria
chamado de raio-X.
RADIOATIVIDADE
A radiação nada mais é do que energia (eletromagnética ou corpuscular) em trânsito,
assim como calor é energia térmica em trânsito. A luz visível é uma radiação que
vemos, portanto, ela é visível. O calor é uma radiação que sentimos, portanto, é
sensível. Já a radiação X, ou gama, é uma forma de radiação que não são visíveis nem
sensíveis instantaneamente.
A ampola de raios X, também denominada tubo de Coolidge, é uma válvula
termoiônica, cuja principal função é a produção de feixes de raios X. Essa ampola pode
ser de vidro ou metal. Em seu interior a vácuo, encontramos um cátodo e um ânodo,
como mostra a Figura 6:
Esse esquema relata como é o funcionamento do tubo para que ocorra a produção dos
raios X que serão utilizados no exame. Esse tubo é alimentado por uma fonte elétrica,
que causará um efeito Joule em um filamento chamado de cátodo. Esse filamento sofre
um processo de aquecimento e, em um certo nível de calor, ocorre o processo
termoiônico, quando ocorrerá a saída dos elétrons, os quais serão acelerados devido à
diferença de potencial (ddp), em direção ao ânodo (alvo). Como o ânodo normalmente
tem uma angulação, o feixe de raios X sairá em direção à janela do tubo.
No ano de 1896, o químico de francês Antoine Henri Becquerel estudou a
fosforescência natural dos elementos, já com a hipótese desse fenômeno estar ligado a
raios X. Ele notou que uma determinada substância poderia emitir radiação de forma
espontânea, sem que tivesse absorvido raios solares. Nesse experimento ele utilizou sais
de urânio: colocava-os próximos de uma placa fotográfica e na ausência de luz, e
sensibilizava essa imagem fotográfica, deixando-a escura. Essas emissões foram
nomeadas raios de Becquerel, e futuramente seriam chamadas de emissões radioativas.
Em meados de 1897, a física polonesa Marie Sklodowska Curie decidiu analisar em seu
laboratório os raios de Becquerel. Em seus experimentos, houve a confirmação de que
todos os sais que ela utilizou forneceram o mesmo resultado que Becquerel tinha obtido.
Percebeu também que isso se dava por uma propriedade em comum aos sais analisados:
todos continham urânio em sua composição.
Em 1898 as investigações da Marie Curie confirmaram que todos os sais produziam o
mesmo resultado, pois se tratava de uma propriedade do elemento comum a todos eles,
o urânio. Nesse momento, Marie Curi e seu marido, Pierre Curie, iniciaram trabalhos
com tentativas de isolar o urânio do minério, o pechblenda. Durante os experimentos,
eles descobriram dois novos elementos radioativos e superiores em grau de
radioatividade do que até então era conhecido. Com a descoberta do rádio e do polônio,
Marie Curie foi laureada com dois prêmios Nobel, no ano de 1911.
No ano de 1898, Rutherford descobriu as radiações alfa e beta durante seus
experimentos com materiais radioativos e uma tela fluorescente. Ele fez um
experimento com radiação em que submetia os raios a um campo magnético, assim, as
partículas com cargas negativas desviavam para o polo positivo, e as partículas com
cargas positivas desviavam em direção ao polo negativo, e assim foi feita a descoberta
das partículas alfa e beta.
VIDEOAULA
Se a área de radiologia encanta você, este vídeo será interessante. Nesta aula
abordaremos conceitos importantes para a sua formação. Conhecer o histórico dos raios
X, quem descobriu a radioatividade, e como eram os primeiros modelos atômicos é
muito importante para a sua formação. Isso porque, além de facilitar a compreensão de
muitas unidades de medidas, que foram nomeadas devido aos seus descobridores, fará
com que você estude com mais facilidade, pois entenderá o processo como um todo.
Saiba mais
Você que ficou entusiasmado com o conteúdo dessa aula e queira aprofundar mais seus
conhecimentos na área de radiologia, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros livros de
física, e artigos com esta abordagem, para compreender um pouco mais indico o artigo:
Marcos da história da radioatividade e tendencias atuais.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/qn/a/c4djyQQXBCLfrZNfFNWB7nC/?format=pdf&lang=pt.
Aula 2
RADIOATIVIDADE NATURAL E ARTIFICIAL
Nesta aula você conhecerá as fontes de radiações ionizantes,
conceitos e aplicações, além das fontes de radiação naturais e
artificiais e sua aplicação.
21 minutos
INTRODUÇÃO
Caro estudante, o objetivo desta aula é que você aprenda não somente conceitos novos
de física radiológica de forma teórica, mas que estude os conceitos que servirão no seu
cotidiano em um setor de imagens médicas de um hospital. Para você que vai trabalhar
com radiação ionizante, saber diferenciar tipos de radiação é imprescindível, pois isso
acarretará sua própria segurança no ambiente de trabalho. Nesta aula você conhecerá as
fontes de radiações ionizantes, conceitos e aplicações, além das fontes de radiação
naturais e artificiais e sua aplicação na medicina, na indústria, no ensino e na pesquisa.
RADIOATIVIDADE
Prezado estudante, para abordar este tema é importante ressaltar que os primórdios da
radioatividade ocorreram em meados de 1895, acidentalmente, através dos
experimentos de Roentgen. Posterior a sua descoberta, outras personalidades renomadas
da Física, deram sequência e andamento aos experimentos realizados por Roentgen,
confirmando as propriedades dos elementos naturais e artificiais, conforme já vimos.
Para uma melhor compreensão, devemos saber que ser dividida em duas formas:
Radioatividade artificial
A radioatividade artificial está relacionada com o bombardeamento de átomos por
partículas aceleradas (dêuteron, pósitron, nêutron, próton, alfa, beta). Esse processo não
ocorre naturalmente; é realizado em laboratórios por meio de aceleradores como
cíclotron. O produto do bombardeamento pode ser um isótopo natural ou artificial.
A filha de Marie Curie, Irène-Curie (1897-1956) junto com seu marido Frédéric Joliot
Curie (1900-1958) descobriram o primeiro isótopo radioativo produzido de forma
artificial. Eles utilizaram como experimento o bombardeamento em uma placa de
alumínio-27 com partículas alfa. Dessa forma, tiveram como resultado o fósforo-30, que
é um isótopo radioativo artificial, como mostra a equação a seguir:
�1327�+�24→�1530+�01
(Eq. 1).
FONTES RADIOATIVAS
As fontes radioativas artificiais são empregadas em larga escala na medicina. Esse tipo
de fonte está no aparelho de raios-X, no mamógrafo, no tomógrafo e no equipamento de
densitometria óssea. Foram utilizadas antigamente para o tratamento de câncer em
radioterapia – como o cobalto-60 – mas foram substituídas pelos aceleradores lineares
(fonte artificial de radiação). Na medicina nuclear utiliza-se muito fontes radioativas
naturais e não seladas, como o iodo, o tecnécio e o irídio.
A utilização da radiação ionizante na medicina, embora tenha acarretado inúmeros
avanços no diagnóstico e tratamento, ainda gera muitas dúvidas.
As principais dúvidas se resumem aos efeitos da radiação ionizante. Na área hospitalar
os efeitos da radiação são probabilísticos, pois os níveis de energia empregados na área
do radiodiagnóstico não trabalham no limiar de dose – portanto, de acordo com a faixa
de energia, o efeito que ocorre é estocástico. Logo, quando se aplica a radiação
ionizante na área médica, é preciso se atentar aos três princípios básicos da proteção
radiológica:
VIDEOAULA
O vídeo aborda assuntos de extrema importância para a sua vivência em um ambiente
hospitalar. Saiba diferenciar os tipos de radiação, como são as fontes radioativas
empregadas na área do radiodiagnóstico; conheça os conceitos e aplicações das fontes
seladas e não seladas e compreenda os benefícios e malefícios da radiação ionizante.
Este conteúdo trará segurança para você, para seus pacientes e aos profissionais do
setor.
Saiba mais
Caro estudante, para aprimorar mais o seu conhecimento, sugiro a leitura do artigo:
Efeitos da Radiação Ionizante Sobre Comportamentos Mantidos por Contingências
Operantes.
Este artigo aborda a análise de estudos de casos, que utilizam a radiação ionizante como
método de analisar a dose de radiação absorvida no organismo e seus efeitos
radioativos.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/ptp/a/Qzk3gq3jt7PrGCG5K4WmtzF/?
format=pdf&lang=pt.
Aula 3
O QUE É RADIAÇÃO IONIZANTE
Nesta aula, você aprenderá não somente conceitos novos de física
radiológica de forma teórica, mas os conceitos que servirão no seu
cotidiano em um setor de imagens médicas de um hospital.
22 minutos
INTRODUÇÃO
Caro estudante, o objetivo desta aula é que você aprenda não somente conceitos novos
de física radiológica de forma teórica, mas que estude os conceitos que servirão no seu
cotidiano em um setor de imagens médicas de um hospital. Para você que vai trabalhar
com radiação ionizante, conhecer a diferença entre radiação ionizante e não ionizante, o
conceito por trás de cada tipo de radiação e suas características intrínsecas fará você
estudar com mais facilidade e facilitará a compreensão, pois você entenderá o processo
como um todo. Portanto, esta aula é muito importante para sua formação.
�=ℏ×�
(Eq. 1)
Raios X.
Radiação alfa ( �).
Radiação beta ( � ).
Radiação gama ( � ).
A radiação ionizante tem um poder de penetração que varia de acordo com sua energia.
Os diferentes tipos de radiação têm diferentes níveis de penetrabilidade e poder de
ionização, e são bloqueados por materiais também diferentes.
Radiação não ionizante: aquela que não tem energia suficiente para ionizar o meio.
Também não tem poder de penetração. Utilizada das seguintes maneiras:
Radiação ultravioleta.
Radiação infravermelho.
Radiofrequência.
Lasers.
Micro-ondas.
Fontes seladas
Fontes seladas de materiais radioativos são elementos incorporados em uma matéria
solida ou inativa, ou ainda encapsulados e hermeticamente fechados de tal forma que
em condições normais de uso não oferecem risco para a sociedade e meio ambiente.
Logo, a fonte selada só pode ser aberta se for destruída.
Esse tipo de fonte é utilizado em diversos segmentos e técnicas:
VIDEOAULA
O vídeo aborda assuntos de extrema importância para a sua vivência em um ambiente
hospitalar. Saiba diferenciar os tipos de radiação e como são as fontes radioativas
empregadas na área do radiodiagnóstico. Conheça os conceitos e aplicações das fontes
ionizantes e não ionizantes e compreenda os benefícios e malefícios da radiação
ionizante. Isso trará segurança para você, seus pacientes e profissionais do setor.
Saiba mais
Você que ficou entusiasmado com o conteúdo desta aula e quer aprofundar mais seus
conhecimentos na área de física radiológica, então segue uma dica de leitura de um
excelente artigo: Uma prática educativa de sensibilização quanto à exposição à
radiação ionizante com profissionais de saúde.
Este artigo é de suma importância para a sensibilização dos profissionais de saúde
perante aos riscos ocasionados através da radiação ionizante.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/w8NzWYGpSLYMYv7GbY3HCDj/?
format=pdf&lang=pt.
Aula 4
BENEFÍCIOS E RISCOS DA RADIAÇÃO IONIZANTE
Para você que irá trabalhar com radiação ionizante, saber como
funciona a interação da radiação com a matéria é imprescindível,
pois cada equipamento trabalha em um nível de energia, e
diferentes interações ocorrem no processo da produção dos raios X.
23 minutos
INTRODUÇÃO
Caro estudante, o objetivo desta aula é que você aprenda não somente conceitos novos
de física radiológica de forma teórica, mas que estude os conceitos que servirão no seu
cotidiano em um setor de imagens médicas de um hospital. Para você que irá trabalhar
com radiação ionizante, saber como funciona a interação da radiação com a matéria é
imprescindível, pois cada equipamento trabalha em um nível de energia, e diferentes
interações ocorrem no processo da produção dos raios X. Além disso, você vai conhecer
os benefícios e riscos das radiações ionizantes tanto para o homem como para o meio
ambiente. Portanto, esta aula é muito importante para sua formação.
RADIAÇÃO IONIZANTE
A radiação ionizante nada mais é do que ondas eletromagnéticas ou partículas
carregadas. As ondas eletromagnéticas são os raios X e gama, ou seja, não tem carga e
nem massa. Já as ondas em forma de partículas são aquelas que tem carga e massa, ou
somente carga, temos como exemplo as partículas alfa e beta.
As ondas eletromagnéticas mais conhecidas são aquelas que estão contidas dentro do
espectro de luz visível. Contudo o espectro se inicia em ondas de rádio, que tem
frequências baixas e consequentemente comprimento de ondas altos, até raios gama,
que são ondas que tem frequências altíssimas e comprimento de onda extremamente
baixo. Dependendo dos níveis de energia, a radiação é classificada como não ionizante
ou ionizante.
No homem, a radiação ionizante poderá ser classificada em quatro níveis de acordo com
a quantidade de dose absorvida pelo organismo:
Se o corpo humano receber de uma vez 700 rads (o rads é uma unidade de dose de
radiação absorvida), ocorrerá um efeito fatal. A exposição às doses de 50 rads não
provoca nos seres humanos sinais de doenças imediatos.
Os fenômenos associados à interação da radiação com a matéria são absolutamente
gerais, no que diz respeito aos elementos químicos que formam o material irradiado,
seja biológico ou não. Destas interações surgem os efeitos biológicos das radiações, que
são as consequências posteriores à exposição. Os efeitos das radiações sobre os seres
vivos são muitos e complexos. As pesquisas sobre estes efeitos visam, em geral,
correlacionar fatores tais como dose recebida, energia, tipo de radiação, tipo de tecido,
órgãos atingidos etc. Diferentes tecidos reagem de diferentes formas às radiações.
Alguns tecidos são mais sensíveis que outros, como os do sistema linfático e
hematopoiético (medula óssea) e do epitélio intestinal, que são fortemente afetados
quando irradiados, enquanto outros, como os musculares e neuronais, possuem baixa
sensibilidade às radiações.
No contexto biológico os elementos químicos relevantes que formam os tecidos e
órgãos dos seres vivos são o carbono, oxigênio, nitrogênio e hidrogênio. Com relação às
interações com estes elementos, as radiações são primeiramente classificadas como
ionizantes ou não ionizantes.
Em uma interação, a radiação cede a uma molécula certa quantidade de energia, esta
energia pode ser suficiente para arrancar um elétron orbital e conferir-lhe energia
cinética, provocando assim a ionização. Em outros casos a radiação não tem energia
suficiente para provocar ionização, mas consegue promover o elétron a um nível
energético superior, acarretando a excitação ou ativação. Existem também situações em
que a energia é muito baixa e apenas aumenta a velocidade de rotação, translação ou de
vibração da molécula.
VIDEOAULA
O vídeo aborda assuntos relevantes para sua vivência em um ambiente hospitalar. Saiba
diferenciar os tipos de interação da radiação, como são as fontes radioativas empregadas
na área do radiodiagnóstico; conheça os conceitos e aplicações das fontes ionizantes e
não ionizantes e compreenda os benefícios e malefícios da radiação ionizante. Isso trará
segurança para você, seus pacientes e profissionais do setor.
Saiba mais
Caro estudante, as importantes aplicações das radiações ionizantes na medicina podem
salvar vidas através de radiodiagnóstico e radioterapia. As principais fontes dessas
radiações são as radiações emitidas por tubos de raios X, por aceleradores lineares e por
radionuclídeos. Entretanto, como essas radiações também produzem danos biológicos,
seu uso deve ser feito de forma criteriosa, fazendo levantamento de riscos e benefícios.
Para aprofundar mais neste assunto, segue uma sugestão para leitura de artigo: Efeitos
biológicos das radiações ionizantes. Acidente radiológico de Goiânia.
Link: https://www.scielo.br/j/ea/a/xzD9Dgv8GPFtHkxkfbQsn4f/?format=pdf&lang=pt.
REFERÊNCIAS
4 minutos
Aula 1
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Licenciatura em Ciências, USP, 2014. Disponível
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Aula 2
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Aula 3
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Radioproteção e Dosimetria Comissão de Energia Nuclear do Rio de Janeiro, Rio de
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Radioproteção e Dosimetria Comissão de Energia Nuclear do Rio de Janeiro, Rio de
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