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ESCOLA DE ENFERMAGEM SÃO

VICENTE DE PAULA

RADIOLOGIA NO BRASIL E RADIOGRAFIA


CONVENCIONAL
RADIOLOGIA CITADA 1ª VEZ NO BRASIL

■ Tese apresentada na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em


Novembro de 1896 por Adolpho Carlos Lindenberg;
■ A tese foi apresentada para obtenção do grau de Doutor em Medicina.
■ Um ano após (1897) o Brasil recebe o primeiro equipamento de raios X;
■ Foi comprado pelo médico José Carlos Ferreira Pires e instalado em Minas
Gerais, na cidade de Formiga.
■ A cidade não possuía energia elétrica, tentou o uso através de pilhas e
baterias, mas frustrado, comprou um gerador de eletricidade a partir de um
motor a gasolina para fazer uso do equipamento.
1ª RADIOGRAFIA NO BRASIL

■ A primeira radiografia realizada no Brasil (1898) foi mais uma vez de


uma mão, dessa vez a do Ministro Lauro Muller, para a demonstração
de um corpo estranho;
■ Sobre o tempo de exposição de imagens radiográficas, variava de
acordo com a região podendo ser:
– 30 minutos para um tórax e 45 minutos para uma radiografia de
crânio.
1ª PRIMEIRA AULA DE RADIOLOGIA NO
BRASIL
■ Foi ministrada em 1903;
■ Os alunos cursavam o terceiro ano da Faculdade de Medicina da
Bahia;
■ O professor foi João Américo Garcez Fróes, também autor da obra
Radiologia Clínica (1904).
EVOLUÇÃO DA RADIOLOGIA NO BRASIL

■ O primeiro curso de radiologia do Brasil foi fundado em Julho de 1916 pelo


professor Roberto Duque Estrada;
■ 30 aulas teórico-práticas, ilustradas com material selecionado do arquivo da
Santa Casa da Misericórdia – RJ;
■ A partir dos anos 30 o curso do Professor já contava com Nicola Caminha
(Jovem radiologista);
■ Outras duas escolas também estavam surgindo nesse período, os
responsáveis: Manoel de Abreu (Faculdade de Ciências Médicas) e José
Guilheme Dias Fernandes (Faculdade de medicina do Instituto
Hahnemaniano).
Manoel Dias de Abreu
■ Criador do exame por ele chamado “Roentgenfotografia”;
■ Apresentou seu exame à Sociedade de Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro em 1936;
■ O princípio do exame era a fotografia do “écran” ou tela
fluorescente;
■ A documentação do exame era feita através de filme
comum de 35mm ou 70mm;
■ Abreu fez estudos de tuberculose e doenças ocupacionais
pulmonares através do uso dos raios X;
■ Em 1939 a designação “Abreugrafia” foi um termo
unanimemente aceito no 1º Congresso Nacional de
Tuberculose.
Manoel Dias de Abreu

■ Unidades móveis foram desenvolvidas e


utilizadas em todo o mundo;
■ Na Alemanha até o ano de 1938 o número de
exames realizados já ultrapassava 500 mil;
■ A importância da sua obra levou a criação da
Sociedade Brasileira de Abreugrafia;
NICOLA CAMINHA

■ Na década de 40, Nicola Caminha já era conhecido


pelo curso de especialização que ministrava
semanalmente em seu consultório.
■ O primeiro curso de pós – graduação em radiologia
do país reconhecido pelo Ministério da Educação foi
o de Dr. Nicola Caminha;
EQUIPAMENTOS DE RADIOLOGIA
CONVENCIONAL
■ Sistema de Suporte de Teto ;
■ Sistema de Suporte Teto-chão;
■ Sistema de Suporte de Arco C;
■ Invólucro Protetor (Cabeçote).
SISTEMA DE SUPORTE DE TETO
■ Consiste em dois conjuntos perpendiculares
de trilhos de teto.
■ Permite deslocamentos longitudinais e
transversais do tubo de raios X.
■ Quando o tubo de raios X é centralizado acima
da mesa de exame na distância padrão, ele
está na posição de retenção selecionada.
SISTEMA DE SUPORTE TETO - CHÃO
■ O sistema de suporte teto-chão tem
uma única coluna (estativa) com
roldanas em cada extremidade, uma
acoplada a um trilho montado no teto
e outra conectada a um trilho no
chão. O tubo de raios X desliza para
cima e para baixo da coluna
enquanto a coluna gira.
SISTEMA DE SUPORTE ARCO C
■ As salas de radiologia intervencionista
angiográfica muitas vezes estão equipadas com
sistemas de suporte do tipo arco C, assim
chamados porque o suporte tem a forma de um
C.
■ Esses sistemas de suporte são de chão ou teto e
permitem boa flexibilidade no posicionamento do
tubo de raios X. O receptor de imagem é
acoplado à outra extremidade do arco C.
Variações chamadas arco L ou arco U também
são comuns.
EQUIPAMENTO BÁSICO DE RADIOGRAFIA
O processo de produção de uma imagem
radiológica é composto basicamente por:
■ Uma fonte geradora de radiação;
■ O objeto de irradiação (corpo do paciente) e;
■ Um sistema de registro do resultado da
interação do feixe de fótons com o corpo,
normalmente, o filme radiográfico sensível à
radiação X ou à luz.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

■ Um equipamento básico pode ser dividido em três grandes


subsistemas:
■ O subsistema gerador de raios X, responsável pela geração do feixe
de radiação;
■ O subsistema elétrico, responsável pela alimentação do gerador de
raios X e pelos controles do equipamento;
■ O subsistema mecânico, responsável pela arquitetura do
equipamento e pela proteção e controle no direcionamento do feixe
de raios X gerado.
EQUIPAMENTOS RADIOGRÁFICOS

Há três tipos, são eles:


CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Os aparelhos convencionais de raios X estão divididos em seis módulos
básicos:
■ O cabeçote;
■ A estativa;
■ A mesa;
■ O mural;
■ O gerador de alta-tensão;
■ O painel de comando.
COMPONENTES
■ Cabeçote do equipamento: Local em que se encontra a ampola (tubo)
de raios x, onde se produz a radiação propriamente dita.
■ Sistema de colimação interna do feixe: Responsável pela adequação
do tamanho do campo, redução do efeito penumbra e da radiação
espalhada.
COMPONENTES

■ Feixe primário: Assim chamado por ser o feixe


que sai da ampola e que irá interagir com o
paciente.
■ Mesa de exames: Local onde são colocados,
além do paciente, alguns acessórios, tais
como o porta-chassi, a grade antidifusora e o
filme radiográfico.
■ Grade antidifusora: Responsável pela redução
dos efeitos de borramento da radiação
espalhada na imagem radiográfica.
COMPONENTES
■ Filme Radiográfico: Elemento sensível à radiação,
colocado em um invólucro metálico protegido da
luz, chamado chassi.
■ Porta-chassi: Estrutura metálica onde é colocado
o chassi que contém o filme.
■ Radiação Secundária: É toda a radiação que não
é proveniente do feixe principal, resultante da
interação do feixe principal com a matéria
(paciente, mesa, chassis, grade, cabeçote, etc.).
■ Estativa: É a coluna ou o eixo onde está preso o
cabeçote. Pode ser do tipo pedestal, preso ao
chão, ou do tipo aéreo, fixado ao teto.
Normalmente possui um trilho para que possa se
movimentar.
PORTA-CHASSI
■ Uma das funções da mesa é a de
sustentar o chassi onde está
acondicionado o filme.
■ Isto é importante para garantir o
alinhamento entre foco, paciente e filme,
garantindo que a anatomia a ser
radiografada será registrada nitidamente
na imagem.
■ O porta-chassi possui dois dispositivos
basculantes que tem por função centrar
transversalmente e segurar o chassi na
posição adequada.
BUCK MURAL
■ O dispositivo que possui o porta-chassi preso à parede é conhecido
como BUCKY MURAL;
■ Um pedestal permite ao porta-chassi deslocar-se verticalmente para
ajustar-se a altura do paciente.
MESA
Ela é feita de material que minimize a filtração do feixe de fótons, a fim de
evitar que a dose no paciente seja incrementada para obtenção da mesma
qualidade de imagem.
Por questões de higienização e desinfecção, a mesa deve possuir ou um
lençol hospitalar ou um lençol tipo papel-toalha a ser trocado a cada novo
exame.
TIPOS DE MESA (CLASSIFICADAS SEGUNDO A MOVIMENTAÇÃO)
■ Mesas fixas;
■ Mesas com movimento transversal;
■ Mesas com movimento total;
MESA
MESA DE COMANDO
■ A mesa de comando é a parte do equipamento que permite ao técnico
ter todo o controle da parte elétrica do exame radiográfico a ser
realizado.
■ As mesas podem ser complexas, com várias opções para a escolha dos
parâmetros, ou mais simples, onde tudo é automático e o técnico
escolhe apenas um parâmetro da técnica. Podem ser:
■ Analógicas, com botões rotativos, chaves liga e desliga e mostradores
de ponteiros;
■ Digitais, com botões de pressão suave e mostradores digitais.
MESA DE COMANDO
AMPOLA/TUBO DE RAIOS X
■ Um tubo de raios X é um tubo de vácuo eletrônico com componentes
contidos em uma ampola de vidro ou de metal, no entanto, é um tipo
especial de tubo de vácuo que contém dois eletrodos: o catodo e o
anodo.
■ O tubo é relativamente grande, com 30-50 cm de comprimento e 20
cm de diâmetro. A ampola de vidro é fabricada com vidro Pyrex para
suportar temperaturas elevadas.
AMPOLA/TUBO DE RAIOS X
■ O tubo de raios X produz cerca de 99% de calor e 1% de raios X
■ Esse vácuo permite mais eficiência na produção dos raios X e uma vida
mais longa do tubo.

■ Gás =
elétrons raios X Calor
COMPONENTES INTERNOS

CORRENTE DO
CATODO
FILAMENTO
ANODO ALVO FIXO
TUBO
FIXO PEQUENO

ANODO O PRÓPRIO TUBO


GIRATÓRIO ALVO GRANDE
CAPA
FILAMENTO
FOCALIZADORA
CATODO
■ O catodo é o lado negativo do tubo de raios X; tem duas partes principais:
um filamento e uma capa focalizadora.
■ A fonte de filamento dual separa o feixe eletrônico em dois pontos focais.
FILAMENTO
■ Um filamento de tubo de raios X emite elétrons
■ Emissão termiônica
■ Filamentos são geralmente feitos de liga de tungstênio e de tório. O
tungstênio possui a mais elevada capacidade de emissão termiônica, se
comparado com outros metais.
■ Algumas vezes, no entanto, o tungstênio é vaporizado e se deposita em
componentes internos.
■ Isso perturba algumas das características elétricas do tubo e pode causar
arcos voltaicos e falhas no tubo.
CAPA FOCALIZADORA
■ A maioria dos tubos de raios X de anodo giratório tem dois filamentos
montados lado a lado no suporte do catodo, gerando tamanhos de pontos
focais grandes e pequenos.
■ O filamento é incorporado em uma capa de metal
■ Como todos os elétrons acelerados do catodo o para anodo são
eletricamente negativos, o feixe de elétrons tende a se espalhar devido à
repulsão eletrostática.
■ Finalidade de confinar eletrostaticamente o feixe de elétrons em uma
pequena área do anodo.
CAPA FOCALIZADORA
CORRENTE DO FILAMENTO
■ A corrente do filamento de tungstênio utilizada no tubo de raio-X é medida
em miliamperes (mA).
■ A corrente do tubo de raios X é ajustada, controlando-se a corrente do
filamento.
■ Quando o equipamento de raios X é inicialmente ativado, uma corrente baixa
passa através do filamento para aquecê-lo e prepará-lo para o impulso
térmico necessário à produção de raios X.
■ Com corrente baixa no filamento, não há corrente no tubo porque o
filamento não é suficientemente aquecido para a emissão termiônica.
PONTOS FOCAIS
■ A maioria dos tubos de raios X diagnósticos tem dois pontos focais: um
grande e outro pequeno.
■ O ponto focal pequeno é usado quando é necessária melhor resolução
espacial.
■ O ponto focal grande é usado quando são realizadas imagens de partes
grandes do corpo e quando outras técnicas que produzem calor elevado são
necessárias.
PONTO FOCAL
■ O tamanho do ponto focal pequeno
está associado com o filamento
pequeno, e o ponto focal grande
com o filamento grande. Uma
corrente elétrica é dirigida através
do filamento adequado.
ANODO
■ O anodo é o lado positivo do tubo de raios X.
Existem dois tipos de anodos: fixo e giratório.
■ Tubos de raios X de anodo fixo são usados
em equipamentos de raios X odontológicos,
alguns equipamentos portáteis.
■ Tubos de raios X de uso geral usam o anodo
giratório porque eles devem ser capazes de
produzir feixes de raios X de alta intensidade
em tempo curto.
ALVO

■ O alvo é a área do anodo atingida pelos


elétrons provenientes do catodo. Em
tubos de anodos fixos, o alvo consiste em
uma liga de tungstênio embebida no
anodo de cobre. Em tubos de anodo
giratório todo o disco é o alvo.
■ O anodo rotativo é alimentado por um
motor de indução eletromagnética.
PRINCIPAIS ACESSÓRIOS
■ Chassi radiográfico: RI, cassete e outros
termos são utilizados para se referir aos
receptores de imagem utilizados para
aquisição de imagens radiográficas.
Possuem tamanhos variados sendo 18x24,
24x30, 35x40, 35x35, 35x43;
■ Cilindro de extensão: para seios da face, em
latão cromado e base em aço inoxidável
revestido com chumbo, adaptável a qualquer
equipamento de Raios X.
PRINCIPAIS ACESSÓRIOS
■ Espessômetro: Em alumínio polido ou aço
inoxidável, permite nítida observação de
medidas até 16 polegadas ou 40cm
■ Avental órgãos genitais: 0.50mmpb Avental
para proteção dos órgãos genitais, tamanho
30x30cm;
■ Óculos de pumblífero: 0,75mmpb com
armação de acrílico e lentes de vidro
plumbífero com equivalência de 0,75mm de
chumbo.
PRINCIPAIS ACESSÓRIOS
■ Avental: avental para proteção do paciente,
com equivalência em chumbo de 0,25mm,
acabamento em nylon lavável, fechamento em
velcro;
■ Protetor de tireóide : 0,50mmp em borracha
plumbífera flexível com equivalência em
chumbo de 0,50mm, acabamento em nylon
lavável.
■ Dosímetros: não são protetores, tratam-se de
instrumentos de detecção de dose que o IOE
recebe no serviço.
PROCESSAMENTOS DE
IMAGEM
■ Objetivo: transformar a imagem latente
me imagem visível;
■ Etapas de processamento da imagem
convencional
– Revelador
– Água
– Fixador
– Água
– Secagem
■ Processamento automático através de
um sistema digital direto (DR) ou indireto
(CR)

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