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Apostila
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Tomografia Computadorizada. Leia-a, guarde-a para futuras consultas sempre que
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ORIGEM DA PALAVRA TOMOGRAFIA
Do Grego TOMUS = corte ou fatia
Do Português, GRAFIA = escrita, estudo

HISTÓRIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA


No ano de 1967, iniciaram-se as 11pesquisas sobre reconhecimento de imagens e
técnicas de armazenamento de dados em um computador. Em 1971 foi realizado o
primeiro teste de um “Scanner” do crânio, num Hospital em Londres. A partir destes
dados os progressos foram rápidos.
O Scanner foi oficialmente apresentado em 1972 e a coleta de dados foi evoluindo por
várias gerações. Os inventores do Scanner-Tomógrafo foram A.M.Comark( um físico
norte americano) e Geoffrey Hounsfield( um engenheiro inglês).
Em 1973, a EMI (primeira empresa a fabricar o scanner), instalou os primeiros “scanners”
de crânio nos EUA, que mais tarde passariam a se chamar TOMÓGRAFOS
COMPUTADORIZADOS. Em 1974, os primeiros TCs para exame de corpo já estavam
em funcionamento, e em 1979, estes dois cientistas receberam o prêmio Nobel, pois este
invento tem importância comparada á descoberta dos Raios x.
A HISTÓRIA DE SIR GODFFREY HOUNSFIELD:

Sua invenção foi um verdadeiro marco para a medicina diagnóstica. A criação da


TC teve dimensão semelhante para a medicina à descoberta dos Raios-x por WILLIAN
CONRAD ROENTGEN.
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

HOUNSFIELD nasceu em Nottinghamshire, na Inglaterra, no dia 28 de agosto de 1919. Era


o caçula de cinco irmãos. Em setembro de 1939 ingressou como voluntário, na

Royal Air Force-RAF. Logo após a guerra, obteve uma bolsa para estudar engenharia
mecânica e elétrica na Casa Faraday, em Londres, tendo em seguida se juntado ao staff de
pesquisa da Eletric and Musical Instruments-EMI, em 1951.
Em 1967 transferiu-se para o Laboratório Central de Pesquisas, da EMI. Neste
ano, durante uma caminhada, um dos seus prazeres, se perguntou:
-Será que existe um jeito, uma maneira de determinar o quê está dentro de uma caixa
fechada, fazendo-se leitura desta por todos os ângulos possíveis de análise
HOUNSFIELD imaginou que isso seria possível, em termos biológicos, colimando-se com
precisão um feixe de Raios-x. O desenvolvimento da tecnologia dos computadores e a
noção de que o crânio era uma espécie de caixa-preta, que poderia ser investigada e
interrogada com o uso de raios-x, forneceram as circunstâncias ideais para a sua descoberta.
Em seus experimentos iniciais, usando uma fonte de radiação Gama, levou nove
dias para adquirir os dados e duas horas e meia para reconstruir a imagem na tela do
computador. Substituindo a fonte de Raios Gama por um tubo de Raios X, reduziu o tempo
de scan para nove horas. O princípio baseava-se na rotação-translação do tubo ao redor do
crânio.
A EMI, nessa época, era uma empresa quase totalmente voltada para a fabricação
de discos e componentes eletrônicos e não tinha nenhuma experiência com equipamentos
radiológicos. Os Beatles, que gravavam na época para o selo EMI, foram os responsáveis
pelo apoio financeiro mais significativo para a companhia. O então Departamento de Saúde
foi procurado por Hounsfield e pelos radiologistas James Ambrose e Louis Kreel para
financiar, junto com a EMI, o desenvolvimento de um scanner para a cabeça.
O radiologista Ambrose forneceu a orientação clínica necessária e também
conduziu o primeiro experimento, utilizando um protótipo de scanner de cabeça da EMI, o
Mark 1, em 1972. Logo depois, o Departamento de Saúde solicitaria mais três scanners. Em
1975, enfim, numa conferência internacional em Bermuda, Hounsfield anunciou um
scanner para o acesso a outras partes do corpo. Este pronunciamento foi recebido com
aplausos de pé, da seleta audiência.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Em 1972, Hounsfield ganhou o prêmio MacRobert, a mais alta condecoração do Reino


Unido dedicada a inovações científicas. Em 1975 foi eleito Fellow da Royal Society e
recebeu o prêmio Lasker, nos Estados Unidos da América. Em 1979, junto com Comarck,

recebeu o prêmio Nobel de Medicina. Em 1981 foi condecorado por Sua Excelência, a
Rainha da Inglaterra. Em 1994 foi eleito Honorary Fellow da Academia Real de
Engenharia. Depois de sua aposentadoria oficial em 1986, continuou a trabalhar como
cientista consultor da EMI e de vários departamentos de Hospitais da Inglaterra.
“Hounsfield foi um homem que contribuiu enormemente, com o seu trabalho,
para o avanço da medicina e do radiodiagnóstico”

PRINCIPIOS BÁSICOS

Uma imagem de tomografia computadorizada (TC) é uma apresentação da anatomia de


uma fatia fina do corpo desenvolvida por múltiplas medidas de absorção de raios X, feita ao
redor da periferia do corpo. Ao contrário da tomografia linear, onde a imagem de corte fino
é criada mediante borramento da informação de regiões indesejadas, a imagem da TC é
construída matematicamente.
São necessárias no mínimo 180 projeções diferentes para obter uma imagem
diagnosticamente útil.
EVOLUÇÃO DA TC

1º. Geração: Exigiam cerca de 7 minutos para reunir informações suficientes de cada corte.
Consistam de uma ampola de RX, que emitia feixes lineares de RX que eram captados por
um único detector.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

2º. Geração: É utilizado o mesmo tipo de ampola de RX, com a diferença de emitir não um
único feixe, mais vários, e aumenta o número de detectores.

3º. Geração: Aumentaram os números de detectores e o tamanho de feixe, fa- zendo reduzir
ainda mais o tempo de exploração.

4º. Geração: Necessitam somente de 2 a 10 segundos por varredura. Os TC desta geração


possuem um anel de 600 ou mais detectores, que circundam completamente o paciente em
um circulo dentro do pórtico (GANTRY).
O tubo de raios-X faz um arco de 360 graus durante a coleta de dados. Durante movimento
contínuo, rápidas cargas são emitidas pelo tubo com ânodo rotatório.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMÓGRAFO HELICOIDAL (OU ESPIRAL)

Avanço da 4º. Geração: São conhecidos por espirais ou helicoidais, a ampola apresenta giro
contínuo sincronizado dos detectores.

Multislice: Possuem duas ou mais fileiras de detectores e fazem de 2 a 40 imagens por


segundo.
Os aparelhos de última geração chamados de Multislice. Estes são compostos por mais de
1000 detectores, com tempos de cortes baixíssimos, e resoluções de imagem aumentadas,
reduzindo os artefatos causados pelos movimentos respiratórios, peristaltismo e até
batimentos cardíacos.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

SISTEMA TOMOGRÁFICO COMPUTADORIZADO


Esse sistema é composto de quatro unidades que são:

1-Unidade de Varredura:

*Mesa do paciente
*Gantry - onde fica situado o tubo de raios X e os detectores.

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2-Unidade de Processamento:

*Computador - processa os dados enviados pela unidade de varredura.

3-Unidade de Exibição:

*Console do Operador - onde é feita a programação e o resultado do exame


(fotografia/documentação).

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4-Unidade de Armazenamento:

*Sistema de Armazenamento - discos rígidos (memória), CDs, MODs ou outro


computador, se estiver em rede, e que armazenam os exames para serem revistos quando
necessário.

FONTE E DETECTOR DE COLIMAÇÃO

Nos tomográficos temos os pré-colimadores e os pós-colimadores. Os pré-colimadores


limitam a extensão do feixe de luz, reduzindo a radiação espalhada. São desenhados para
minimizar a divergência do feixe.

Já os pós-colimadores, ajudam a definir a espessura de corte e reduzem a radiação


espalhada que alcança os detectores.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

DETECTORES:

Constituem-se em cristais de cintilação e câmaras de ionização, que permite quantificar as


medidas. Sua sensibilidade é extremamente maior que a película do filme radiográfico.

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PITCH

Representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura do corte. Nas aquisições
das imagens helicoidais com pitch de 1 (1:1), observamos que a mesa se desloca na mesma
proporção da espessura do corte em cada revolução. Assim, se os cortes forem de 10 mm,
para cada imagem a mesa de deslocará 10 mm.
Se alterarmos a relação do pitch para 2:1, a mesa se deslocará numa distância equivalente
ao dobro da espessura do corte por resolução. Nessas circunstâncias podemos concluir que
o tempo necessário para a aquisição de 20 imagens será de 10 segundos, considerando-se
um tempo de resolução de 1 segundo.
Um fator importante a considerar nos casos de trabalho com pitch de relação maior que 1 é
a redução da quantidade de radiação por fatia de corte, o conhecido fator mAs. A redução
desse fator afeta diretamente a qualidade da imagem gerada, que poderá, dependendo das
condições em que foi obtida, se apresentar com exercível nível de ruído, inviabilizando o
seu aproveitamento para fins diagnósticos.

Pitch: Velocidade da mesa x rotação do tubo colimação do feixe emitido

PITCH = deslocamento da mesa


espessura de corte

PIXEL

É o menor ponto de uma imagem.

Pixel

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

ELEMENTO VOLUME (VOXEL)

Após a detecção de dados, a anatomia reconstruída parece ser composta de um


grande número de pequenos blocos alongados. Cada um destes pequenos blocos representa
um volume de tecido definido pela abertura do colimador.
Na linguagem da TC, cada bloco é denominado Elemento de Volume, que é abreviado por
VOXEL. Qualquer corte é composto de uma grande quantidade de VOXEL.

MATRIZ

É o número de linhas e colunas formadas pelos pixels da tela. Quanto maior o seu número,
melhor a definição da imagem. A matriz utilizada na tomografia é definida como quadrada,
logo o número de linhas será igual ao número de colunas, as matrizes mais comuns são:
128 x 128 = 16.384
256 x 256 = 65.536
512 x 512 = 262.144
1024 x 1024 = 1.048.576

A mais utilizada hoje é 512x512.

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ARTEFATOS DE IMAGEM

São considerados artefatos quaisquer distúrbios na nitidez das imagens.

*Artefato de Anel - Pode ser causado por uma disfunção de qualquer detector causando
uma projeção errada ao longo do anel de dados. Se os detectores não são equivalentes ou
intercalibrados com precisão, a projeção posterior para cada anel de dados seria
ligeiramente diferente produzindo múltiplos anéis.
* Borramento - O mau alinhamento do tubo e detectores causará erro de posicionamento
dos valores calculados, pois os valores medidos estão ocorrendo em linhas diferentes
daquelas assumidas pelo algaritmo de re-
Construção. O resultado pode ser borramento ou também anel ou listras.
* Artefatos ligados ao Paciente - Os artefatos induzidos por movimento freqüentemente
são discretos. Estes artefatos geralmente tem aspecto de listra ou estrela e ocorre quando há
interfaces de alta ou baixa densidade,
por exemplo gás no intestino.Isso ocorre porque o movimento durante o processo de
medida faz com que as estruturas estejam em diferentes posições, quando são feitas
diferentes vistas,de forma que as projeções posteriores não se somam corretamente.
A presença de objetos que possuem atenuação excepcionalmente alta ou baixa pode criar
artefatos, por forçar os detectores a operar em uma região de resposta não-linear.

* EFEITO DE VOLUME PARCIAL:

Isto ocorre quando um mesmo corte apresentar estruturas com densidades muito diferentes
provocando um borramento da imagem.
Se ocorrer uma imagem anormal que pareça sofrer efeito de volume parcial, avalie a região
usando cortes finos anteriores e posteriores.

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ESCALA DE HOUNSFIELD (HU):

É uma escala que vai do preto até o branco, variando tonalidades do cinza e sendo
interpretada numericamente. Essas tonalidades de cinza são adquiridas pela leitura que o
computador faz do valor de atenuação das diferentes estruturas, com diferentes densidades
da mesma. Para cada estrutura haverá um valor de atenuação, que estarão entre + 1000Hu
até –1000Hu passando

pelo zero (0). Estruturas que forem sólidas como osso compacto terá uma densidade em
torno de +1000Hu ,as líquidas terão a densidade 0(zero) e o ar –1000Hu.

Então podemos dizer que para cada estrutura há um valor de atenuação, e estes estarão
sempre entre +1000 HU até –1000HU passando pelo 0 (zero).

ESCALA DE HU:
-1000__________________________0________________________+_1000
AR ÁGUA SÓLIDO
EXEMPLOS DE DENSIDADE DAS ESTRUTURAS:

Tecido TC Aspecto
Ar -1.000 Preto
N
ã Pulmão -900 a -400 Cinza escuro a preto
o Gordura -110 a -65 Cinza escuro a preto

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Água 0 Escala de cinza
e
x Rim 30 Escala de cinza
i Sangue normal 35 a 55 Escala de cinza
s Sangue coagulado 80 Escala de cinza
t
e Substancia cinzenta 30 a 40 Escala de cinza
Substancia branca 35 a 45 Escala de cinza
u
m Músculo 40 a 60 Escala de cinza
Fígado 50 a 85 Escala de cinza
n Osso medular 130 a 250 Escala de cinza
ú
m Osso cortical 300 a 1.000 Branco
ero especifico para cada material. Esse valor depende da estrutura de
que é feito o objeto e da energia inicial aplicada.
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OBS: Conforme a escala de cinza diremos Hipodenso, Isodenso ou Hiperdenso.

Janela
Janelas são recursos computacionais que permitem após a obtenção das imagens as escala
de cinza possa ser estreitada ou alargada, facilitando a diferenciação entre certas estruturas
de acordo com a necessidade.
A janela é composta por dois elementos: o contraste (W – width ou largura) e a densidade
óptica (L – level ou centro). A largura da janela controla o contraste: uma janela ampla
indica mais números de TC que refletem uma escala longa e, portanto, menos contraste na
imagem, como o exemplo da janela pulmonar.

WC: 55 WC: 95 WC: - 650


WW: 350 WW: 350 WW: 1200

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Outro fator é o centro da janela, também denominado nível, que controla a densidade da
imagem. Esse valor determina o número de TC que será o cinza central e os extremos da
largura da janela. Escolhe-se, normalmente, o tecido mais freqüentemente de uma
determinada pela maior estrutura anatômica que se encontra em estudo.

EX: No exame de Tórax mediastino devera corresponder a densidade média do coração.

Coração

No exame de Tórax parênquima devera corresponder a densidade media do pulmão.

Pulmão

No exame de abdome superior devera corresponder a densidade média do fígado.

Fígado

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Reconstrução das imagens

Utilizam-se métodos analíticos (retropojeção filtrada) e o método algébrico (ART –


Algebraic Reconstruction Techniques) que serão descritos a seguir:

Back projection (retroprojeção)

Caracteriza-se como o processo de projeção de perfis de atenuação para uma matriz. Ao


girar em torno de um objeto, o tubo adquire várias informações por corte em diversos
ângulos. Cada movimento do tubo produz uma curva relativa aos valores de atenuação do
objeto. A imagem final é a soma das retroprojeções de todas as projeções angulares.

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Convolução Kernel (CK ou algoritmo ou curva matemática)

Representa o somatório de todos os cálculos CK + retroprojeção. Cada parte dessa curva


tem um valor de X e Y que serão transformados e acondicionados em forma de matriz. Os
dados brutos são provenientes dos detectores. Cada sistema tem algoritmos específicos para
reconstrução de cada estrutura do corpo, os quais devem ser respeitados pelo operador. Se o
operador tentar usar um algoritmo inadequado em determinada estrutura, a reconstrução
poderá perder muito em qualidade.

Resolução

O desempenho de um tomógrafo é medido pela resolução espacial e pela resolução de


densidade, que podem ser calculadas por meio de phantons destinados para essa avaliação.
A resolução, ou o grau de definição das imagens está relacionado com a matriz utilizada.
Quanto maior a matriz, melhor será a resolução, pois os pixels serão menores.

Resolução espacial (RE)

Resolução espacial – é a capacidade do sistema de distinguir dois pontos como separados e


distintos, controlado pelo voxel.

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Fatores que influenciam a RE

Tamanho da matrix:
Quanto maior a matriz, maior a resolução, porque os pixels serão menores e, quanto menor
o pixel, maiores as chances de visualização de estruturas pequenas.

Tamanho da abertura dos detectores:


Próximo a cada arranjo de detectores há colimadores que limitam a radiação à área de
interesse. Quanto menor a abertura, mais aumenta a resolução, porém são necessárias doses
maiores para compensar a perda de fótons.

Espessura de corte ou slice:


A espessura do corte indica a porção examinada de tecido naquela exposição. Por isso.
Mediante o uso de colimadores na fonte, o feixe de fótons é restrito e uma espessura
determinada previamente.
Incremento:
O incremento é determinado pelo movimento da mesa durante a varredura.

Resolução de baixo contraste

Consistem na habilidade de se distinguirem pequenas diferenças de contraste entre duas


regiões adjacentes, sendo determinada por imagens obtidas de um phanton com orifícios de
diferentes tamanhos em material com pouca diferença densitometrica.
Os fatores determinantes são: dose de radiação, eficiência de detecção, ruído no sistema,
algoritmo etc. O aumento da radiação melhora a qualidade de imagem, o que implica
aumento da dose/paciente. Para evitar esse acontecimento é necessário melhorar o
desempenho do detector (eficiência de detecção) e reduzir o ruído do sistema de detecção.

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PHANTONS

Resolução temporal (RT)

E caracterizada pela existência de dois parâmetros: tempo e índice de corte.


Ao realizar o exame em um paciente, o melhor é reduzir o tempo de corte o máximo
possível, evitando, assim, as interferências dos movimentos do corpo. O índice do corte é o
número de cortes que podem ser realizados por unidade de tempo.
Os dois parâmetros que caracterizam a RT sofrem influência de outros três elementos:
espaço, densidade e tempo.
No entanto, as resoluções de cada parâmetro são dependentes entre si. Com o aumento de
qualquer uma das resoluções, ocorre diminuição das outras. Assim, é importante aprender a
equilibrar as resoluções, estabilizando o sistema, e a promover alterações, de modo que
atenda as necessidades.

Informações Técnicas

São dados necessários para aquisição e reconstrução das imagens.


kV (quilovolts)
mAs (milliamperagem por seg.)
Slice (espessura do corte)
Incremento (intervalo de corte ou feed)
Tilt (angulação do gantry)
Fov (Field of view – campo de visão)

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Matrix: que está diretamente relacionada ao pixel e voxel.


Mag: fator zoom – fator de ampliação
Coordenadas X e Y (reconstrução da imagem)
Extensão do estudo.

KV – Tensão aplicada ao tubo, pode variar de 40 a 120KV, dependendo do fabricante.

mAs – Corrente e tempo de exposição – em alguns aparelhos, o mAs pode variar de 100 a
800mA.

Slice (espessura de corte) – Consiste na abertura do diafragma do tubo, que determina a


espessura do corte de TC. Essa abertura acompanha a do detector.
O feixe de raios X é divergente, ao realizar – se por exemplo um corte de 10mm, o
colimador fecha-se em uma equivalência de 10mm, sendo o espaço entre os detectores
ajustado mecanicamente para compensar essa divergência.
Cortes muito finos aumentam o número de cortes sobre a mesma área e, com isso aumenta
os ruídos da imagem. Nos aparelhos multidetector esses artefatos são anulados por filtros e
a capacidade dos detectores.

Meios de Contraste

Contraste é um termo fotográfico ou, mais precisamente, no contexto atual, o termo


radiológico que denota a diferença de aspecto em qualquer imagem entre uma região
anatômica e outra, ou entre uma região de anormalidade e o tecido normal circundante. Este
último ás vezes é denominado “conspicuidade da lesão”. Na radiografia simples, a
resolução de contraste natural dos tecidos moles é ruim, sendo esse o motivo pelo qual
começaram a ser desenvolvidos inicialmente meios de contraste para uso oral e
intravascular.

A introdução da TC trouxe uma enorme vantagem em relação ás radiografias simples, no


que se refere á resolução do contraste de tecidos moles. Não obstante, mesmo a TC

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beneficia-se no uso de contraste farmacológico artificiais pelas vias oral, retal e


intravascular.

Contraste intravascular são soluções injetáveis de materiais que absorvem raios-X. O fator
de absorção de raios X poderia, em princípio, corresponder a uma variedade de elementos,
mas o iodo é usado universalmente em todas as fórmulas comerciais. A química dos meios
de contraste já foi bem descrita e não será repetida aqui. Sucintamente, os meios de
contraste têm como base um anel triiodado. Os produtos comerciais apresentam diversas
fórmulas e concentrações. Não nos preocuparemos aqui com os efeitos farmacológicos que
também já foram bem descritos em outros locais, mas abordaremos exclusivamente sua
farmacocinética, pois é ela que dita a distribuição e a concentração corporal em qualquer
momento após a injeção e que, portanto, regula a contrastação.

Farmacocinética:

Todos os meios de contraste são moléculas pequenas que, conseqüentemente, cruzam com
bastante liberdade as membranas endoteliais, exceto as do cérebro, no qual a barreira
hematoencefálica impede essa ação. Os meios de contraste não penetram células em grau
significativo e, assim, distribuem – se no líquido extracelular, tanto no espaço intravascular
quanto no extravascular. As vezes são descritos como marcadores do espaço líquido
extracelular. São excretados exclusivamente pelos rins, por filtração glomerular passiva,
sem reabsorção ou secreção tubular ativa.

Fase arterial

Após uma injeção venosa periférica, o meio de contraste chega em cerca de 10 seg.
dependendo do débito cardíaco, á aorta e, daí, á artéria hepática. Uma vez que o fígado
normal só recebe cerca de 15% de sua irrigação sanguínea da artéria hepática, apresenta
uma contrastação sanguínea da artéria hepática, apresenta uma constratação modesta
durante esta fase.

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Por outro lado, tumores hepáticos derivam 85% de sua irrigação sanguinea da artéria
hepática e podem apresentar uma contrastação significativa, já nessa fase inicial. Na
verdade, alguns tumores especialmente vascularizados podem aparecer realçados de forma
mais brilhante do que o fígado normal nesse estagio.

Fase venosa
Quando o contraste atinge a artéria hepática, chegam também às artérias esplênica,
mesentérica superior e mesentérica inferior. Cerca de 10 seg. depois retorna via veias
esplênicas, mesentérica superior e inferior, para preencher a veia porta. Uma vez que o
fígado normal deriva cerca de 85% de sua irrigação sanguínea dessa veia, uma acentuada
contrastação hepática normal é observada nessa fase.

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Incremento da mesa (intervalo de corte ou feed) – Consiste no espaço, em milímetros,


estabelecido mediante o deslocamento da mesa em relação a uma determinada região
anatômica. O deslocamento pode ser positivo ou negativo, para dentro ou para fora do
gantry.

Tilt (angulação do gantry) – Consiste na movimentação do gantry até a angulação


necessária para melhor obtenção da imagem, dependendo da área estudada e dos reparos
anatômicos dessa região.

Fov (Field of view – campo de visão) – O Fov é responsável pela determinação do tamanho
da área do objeto que será visualizado para estudo, é o diâmetro de visão mínimo de uma

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imagem (cm ou mm), ou seja é a parte da matriz que será representada na tonalidade da tela
do monitor de vídeo.
A alteração do diâmetro do FOV irá alterar a área do pixel, pois seu valor é obtido pela
razão entre o FOV e a matriz.
EX: Crânio – Fov: 25cm
Corpo – Fov 35 a 42cm
Fator de zoom – MAG – fator de ampliação – Consiste no fator de ampliação que pode ser
aplicado a uma imagem. O fator normal de aquisição é de 1.0, podendo – se modificar a
imagem em até + ou – 10 vezes.

Coordenadas X e Y (reconstrução da imagem) – Os sistemas de TC usam como centro de


reconstrução original X = 0 e Y = 0, descrevendo a sua posição em centímetros com relação
à escala de tamanho do objeto que está sendo cortado.

x
Extensão do estudo – Caracteriza – se pelo volume de interesse, que varia com relação à
extensão da área de estudo, modificando – se diretamente de acordo com o número de
cortes.

Exames

Depois de ter sido feito o registro do paciente e o posicionamento do mesmo, se começa o


exame pelo topograma, que é uma radiografia digitalizada da parte a ser estudada, para em
seguida passarmos para o tomograma, que é a parte que vamos definir nosso estudo, para
começarmos os cortes.

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* Topograma ou Escanograma

O Topograma é uma imagem seqüencial digital obtida por meio do movimento longitudinal
da mesa com o tubo fixo em determinada posição.
A imagem adquirida e semelhante a radiografia convencional porem e um programa de
localização de cortes, em que se marcam os limites superior e inferior das aquisições axiais.
Por meio dele determinamos, também, a que altura encontra-se o corte axial avaliado.

Tube position = Posição do tubo de raios-X


A.P. = Antero Posterior
Lateral = Perfil
P.A. = Póstero Anterior
KV
mAs
Lengt (mm) = Tamanho longitudinal do topograma:
128 mm // 256 mm // 512 mm // 1024 mm

Filtro

Recurso algoritmo usado nos processos de reconstrução das imagens, adequado para cada
tipo de estrutura anatômica em estudo (filtros moles e filtros duros).
Filtros moles - tem sua utilização para estudar partes anatômicas (tecido parenquimatoso,
ou parênquima) e recebe denominação de filtros para partes moles, poderá variar conforme
o fabricante do aparelho.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Filtros duros - filtro com maior nitidez e definição da imagem realçando as bordas,
margens ou estrutura anatômica, utilizado para estruturas com grande densidade (osso).

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Exemplos de filtros utilizados

Algorithm ou filtro = Nos dá a definição da imagem


Smooth = algaritmo homogenizador, não dá muitos detalhes
Standard = algaritmo normal, lhe dá uma imagem real
Sharp = algaritmo ressaltador, aumenta o detalhe da imagem,
principalmente estruturas ósseas.

Crânio

Encéfalo – Ocupa a cavidade do crânio.

Medula espinhal sólida - Estende-se inferiormente a partir do cérebro e está


protegida pela coluna vertebral óssea e termina na borda inferior de L1. Extensões de
raízes nervosas da medula espinhal, entretanto, continuam para baixo até o primeiro
segmento coccígeo. O espaço subaracnóide continua descendo até a segunda vértebra sacral
(S2).

Tanto o encéfalo quanto à medula espinhal são envolvidos por três envoltórios ou
membranas protetoras denominadas meninges.
1. Dura – máter
2. Pia – máter
3. Aracnóide

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Dura – máter a mais externa e significa “mãe dura”. Camada forte e fibrosa que possui
uma camada interna (juntam-se para formar a foice cerebral) e outra externa (adere-
se à camada interna da calota craniana).

Espaço epidural ou extra-dural é o espaço virtual entre o osso e a dura-máter. Numa TC,
um hematoma epidural ou extra-dural apresenta-se como uma coleção de sangue
entre a calota craniana e a dura-máter.

Pia – máter a mais interna e significa “mãe delicada”. Muito fina e vascularizada, repousa
junto ao cérebro (envolvendo-o totalmente) e a medula espinhal.
Região infra-parenquimatosa é o espaço virtual entre a pia-máter e a região interior do
cérebro. Numa TC, um hematoma infra-parenquimatoso apresenta-se como uma
coleção de sangue entre a a pia-máter e a região interior do cérebro.

Hematoma infra
parenquimatoso e
interventricular

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Aracnóide - localizada entre a pia-máter e a dura-máter e significa “mãe aranha”. Espaço


sub-dural é o espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide. Numa TC, um hematoma sub-
dural apresenta-se como uma coleção de sangue entre a dura-máter e a aracnóide.

Divisões do encéfalo

Prosencéfalo
Cérebro – (Telencéfalo)
Tálamo – (Diencéfalo)
Hipotálamo – (Diencéfalo)

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Anatomia

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Patologias

Traumas (edema cerebral, hemorragia, hematoma extra ou subdural, hemorragia


subaracnóidea)
AVC (isquêmico ou hemorrágico).
Tumor cerebral.

TC de Crânio - Exame que permite uma avaliação rápida na distinção das lesões.

Planejamento do exame

Entrevista.
Preparo do paciente.
Exame propriamente dito.
Processamento e documentação da imagem.
Análise do exame.

Posicionamento do paciente

Mesa com suporte axial para crânio.


Paciente em decúbito dorsal, o mais confortável possível.

32
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Imobilizar a cabeça.
Colocar as mãos do paciente sobre o abdome ou ao lado do corpo.
Observar: simetria, altura e angulação da cabeça.

Tompograma: perfil View angle: 90


Length: 130
KV: 120
mA: 30

Inicio dos cortes: abaixo do forame magno


Final dos cortes: acima da convexidade cerebral.

Protocolo

Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs: 200
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.923
Rotação: 0.75
Filtro: Brain standard
Window: C: 40 / W: 80
Matrix: 512

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Anatomia Seccional do
crânio

34
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Feed Direction: A direção em que a mesa avança.


IN: Entrando no Gantry (Cranio-caudal)
OUT: Saindo do Gantry (Caudo-cranial)

OBS: No caso de TCs Helicoidais:


Não fazer Spiral nos exames de crânio ou exames que tenham que angular o Gantry, pois o
padrão da imagem cai de qualidade.
Nos exames que não haja angulação, fazer Spiral sempre, pois economiza o tubo.

HEAD TC ( TC DE CRÂNIO)
Na TC de Crânio fazemos duas programações. A primeira é na base do crânio(região infra-
tentorial) e a segunda é no parênquima cerebral (região supra-tentorial), e a angulação ideal
é a supra-órbito-meatal (para fugir do cristalino).

Indicação: Qualquer processo patológico suspeito envolvendo o encéfalo, é indicado uma


tomografia computadoriza do crânio. A TCC praticamente eliminou a necessidade de
pneumografia cerebral. Houve ainda uma diminuição no número de angiografia cerebral e
cintilografia encefálicas.
Algumas indicações comuns: Suspeita de massas encefálicas; metástases encefálicas;
hemorragia intracraniana; aneurisma; abscesso; atrofia cerebral e anormalidades pós
traumáticas como: hematomas epidurais e subdurais, além de anormalidades adquiridas ou
congênitas.
Contra Indicação: Paciente que não pode ser transportado até o aparelho, devido a seu
quadro de saúde e gestantes com período inferior a 6 meses de gravidez. Tirando isto não
há contra indicação real à tomografia computadorizada.

Preparo do Paciente: Solicitar um jejum de no mínimo 04 horas para evitar complicações


associadas ao esvaziamento gástrico prematuro, durante a administração do contraste
venoso.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DOS SEIOS DA FACE

O nariz, a parte superior da via respiratória, contém o órgão periférico do olfato, dividido
em narina direita e esquerda pelo septo nasal. Cada narina pode ser dividida em uma região
olfatória e uma região respiratória. As funções do nariz e das cavidades nasais são:
respiração, olfação, filtração de poeira, umidificação do ar inspirado, e recepção de
secreções dos seios paranasais e dos ductos nasolacrimais.

O ar que passa na região respiratória é aquecido e umedecido antes de atravessar o restante


da via respiratória superior até os pulmões.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

O septo nasal parcialmente ósseo e parcialmente cartilaginoso divide o nariz em duas


cavidades estreitas. A parte óssea do septo geralmente está localizada no plano mediano até
os 7 anos de idade; depois disso, com freqüência, desvia-se ligeiramente para um lado,
freqüentemente para a direita. O septo nasal possui três componentes principais: a lâmina
perpendicular do osso etmóide; o vômer; e a cartilagem do septo nasal. A lâmina
perpendicular, que forma a parte superior do septo, é muito fina e desce a partir da lâmina
crivosa do osso etmóide. O vômer, um osso fino e plano, forma a parte póstero-inferior do
septo; ele se articula com a lâmina perpendicular do etmóide e com a cartilagem do septo
nasal. As cavidades nasais, que têm por entrada as narinas, abrem-se na parte nasal da
faringe através das coanas. A túnica mucosa reveste toda a cavidade, exceto o vestíbulo. A
entrada para o vestíbulo do nariz é revestida por pele tanto no lado do septo quanto na
parede lateral.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Fossa Nasal e Cavidades Paranasais


NARIZ
Parte óssea – ossos nasais.
Parte cartilaginosa.

PARTE ÓSSEA OSSOS NASAIS

O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.
Os pequenos e retangulares ossos nasais unem-se na linha mediana para formar o dorso
do nariz. Os ossos nasais suportam flexíveis lâminas cartilagíneas que participam do
arcabouço do nariz. Fraturas dos ossos nasais ou fragmentação das cartilagens
associadas são lesões comuns da face. A cavidade nasal contém várias aberturas de
drenagem, pelos quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os seios paranasais
compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

NARIZ (VISTA ÂNTERO-LATERAL)

É uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada
nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.
O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja face
posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face.
As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa
do nariz. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas.
Em seguida, flui para as cavidades nasais, direita e esquerda que são revestidas por
mucosa respiratória.
O septo nasal separa essas duas cavidades. A cavidade nasal é a escavação que
encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um
direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a
narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da
cavidade nasal com a faringe

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

CONCHAS NASAIS (CORNETOS)

Concha nasal (ou sistema turbinado) é uma protuberância óssea na parede lateral da
fossa nasal. As conchas nasais estão localizadas lateralmente nas cavidades nasais,
curvando-se medialmente e para baixo em direção à via respiratória nasal. Cada par é
composto por uma concha nasal de cada lado da cavidade nasal, divididas pelo septo
nasal. Os três pares, com seus componentes esquerdo e direito, são:

Concha Nasal Superior: parte do osso etmóide.


Concha Nasal Média: parte do osso etmóide.
Concha Nasal Inferior: estende-se horizontalmente ao longo da parede lateral da
cavidade nasal e consiste de uma lâmina de osso esponjoso, curvada em si
mesmo. Cada concha nasal inferior é considerada um par de ossos faciais já que elas
surgem dos ossos maxilares e se projetam horizontalmente dentro da cavidade
nasal.

Vamos estudar os seios paranasais para diagnosticar possíveis lesões como: sinusite;
poliposes; tumores ou más formações.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

As posições para este exame são:


axial com cortes paralelos ao palato duro até o término do seio frontal.
coronal com cortes perpendiculares ao plano infra-órbito-meatal até o término do seio
esfenoidal.

SPN
Cortes Coronais – Prono e Supino

TÉCNICA DE EXAME
Perpendicular ao palato duro.
Início na parede posterior do seio maxilar e término na margem anterior do seio frontal.
3 mm de espessura.
3 mm de intervalo.
Filtro para partes moles/ósseas.
Uso de contraste depende da indicação clínica.
Tompograma:
perfil View angle: 90
Length: 130
KV: 120
mA: 30

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Posicionamento do paciente

Mesa com suporte axial para crânio.


Paciente em decúbito dorsal, o mais confortável possível.
Imobilizar a cabeça.
Colocar as mãos do paciente sobre o abdome ou ao lado do corpo.
Observar: simetria, altura e angulação da cabeça.
Topograma:
perfil View angle: 90
Length: 130
KV: 120
mA: 30

Protocolo
Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: High
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.923
Rotação: 0.75
Filtro: Y- Detail (YD)
Window: C: 300 / W: 3000
Matrix: 512
43
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

INDICAÇÕES CLÍNICAS (SEM CONTRASTE)


 Sinusite;
 Desvio de septo nasal;
 Má formação;
 Osteomas (tumores benignos mais freqüentes dos seios paranasais);
 Encondroma (tumor benigno de cartilagem).
 Fraturas

INDICAÇÕES CLÍNICAS (COM CONTRASTE)


Tumores.
Metástases.
Polipose.
Cisto de retenção.

PREPARO PARA O EXAME


Não é necessário, apenas realizar a higiene nasal.

Imagem 1
Corte axial. 1, Cavidade orbitária. 2, Seio frontal. 3, Osso esfenóide

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Imagem 2 - Corte axial. 1, Globo ocular. 2, Septo nasal. 3, Células etmoidais. 4, Seios
esfenóidal. 5, Hipófise. 6, Dorso sellae.

Imagem 3
Corte axial. 1, Globo ocular. 2, Septo nasal. 3, Células etmoidais. 4, Seios esfenóidal. 5,
Clivus.

Imagem 4
Corte axial. 1, Seio maxilar esquerdo. 2, Canal nasolacrimal. 3, Concha. 4, Septo nasal. 5,
Arco zigomático. 6, Processo condilar da mandíbula.

Imagem 5
Corte axial. 1, Concha. 2, Seio maxilar. 3, Asa lateral do processo pterigóideo. 4,
Nasofaringe. 5, Atlas (C1). 6, Fenda do palato ptérigo.

Imagem 6
Corte axial. 1, Seio maxilar. 2, Apófisis pterigoides,. 3, Nasofaringe. 4, Mandíbula. 5, Arco

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anterior do atlas. 6, dente do áxis (Processo odontoide).
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DO OUVIDO E MASTÓIDES

A orelha ou pavilhão é formada por uma lâmina de cartilagem elástica de formato


irregular, recoberta por uma fina camada de pele. Possui várias depressões e elevações,
sendo a concha a maior depressão. A margem elevada da orelha é chamada de hélice, e,
localizada logo abaixo da hélice se encontra a escafa ou fossa escafóide, que é uma longa
depressão que se encontra logo abaixo da hélice. Abaixo da escafa, se encontra uma
elevação chamada anti-hélice, que termina bifurcada em dois ramos, encontrando-se uma
fossa entre eles, chamada de fossa triangular ou navicular. O lóbulo é um apequena
porção de tecido mole que se encontra na região inferior do pavilhão. Localizados
superiormente ao lóbulo, encontram-se o trago e o anti-trago, o primeiro localizado logo
na abertura do meato acústico externo e o segundo, logo acima do lóbulo.

A função principal do pavilhão auditivo é coletar sons, agindo como um funil e


direcionando o som para o conduto auditivo. Outra função é a filtração do som, processo
este que ajuda a localizar a origem dos sons que chegam ao individuo. Além disso, no caso
dos humanos, o processo de filtração seleciona sons na faixa de freqüência da voz humana
facilitando o entendimento.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Já o conduto auditivo externo tem a função de transmitir os sons captados pela orelha para
o tímpano além de servir de câmara de ressonância ampliando algumas freqüências de sons.
Ele é constituído por cartilagem no terço lateral e osso nos dois terços mediais.

As mastóides e ouvidos ficam situados na base do crânio, nos ossos temporais. Este exame
é indicado para: otite; neurinoma de acústico; otosclerose e colesteatoma.
As posições para este estudo são:
Axial iniciando da porção petrosa da cóclea até a porção final do canal semi- circular
posterior.
Coronal: começa na porção posterior da mandíbula até a porção final do canal semi-
circular posterior.
Cortes e incrementos finos (se possível, 1 mm).

Tompograma:
perfil View angle: 90
Length: 130
KV: 120
mA: 30

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Protocolo

Helical
Thickness (slice): 0.67mm
Increment: 0.33mm
KV: 120
mAs: 600
Resolução: Ultra High
Colimação: 20x0.625
Pitch: 0.348
Rotação: 0.75 sec
Filtro: Y- Sharp (YE)
Window: C: 500 / W: 4000
Matrix: 768

CORTES AXIAIS DA MASTOIDE

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

PLANO CORONAL

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DA MANDÍBULA

Sua forma é semelhante a uma ferradura horizontal com abertura posterior (corpo), de cujas
extremidades livres saem dois prolongamentos (ramos).

Na parte posterior, há uma articulação sinovial, com os ossos temporais através do processo
condilar, alongado ortogonalmente ao plano medial; esta articulação designa-se
temporomandibular (ATM).

Cada lado contém, da extremidade anterior à posterior, oito alvéolos para a inserção dos
dentes, respectivamente: dois alvéolos para o engaste dos incisivos; um alvéolo canino,
bastante profundo; dois alvéolos pré-molares e dois ou três molares, dependendo da

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formação ou não do terceiro molar ou dente siso. Ainda sobre a anatomia humana da
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

mandíbula humana nota-se a inserção de todos os músculos da mastigação, tendo como


principais o Masseter, o Músculo temporal e os pterigóides, medial e lateral.

Este exame é solicitado em caso de trauma, disfunção óssea ou tratamento odontológico.

TOMOGRAFIA DE ATM (Articulação TemporoMandibular)

A Articulação Temporomandibular (ATM) é uma pequena juntura localizada na frente do


ouvido, onde o crânio e a mandíbula se encontram. Essa articulação permite que a
mandíbula (arcada inferior) se mova.

As desordens da ATM não são tão incomuns e têm uma variedade de sinais e sintomas. Os
pacientes podem se queixar de dor de ouvido, dor de cabeça (cefaléia), limitação na
abertura bucal. Também podem relatar clique ou sons de crepiação dentro dessa juntura e
sentem dor quando abrem e fecham a boca. O que deve ser determinado, obviamente é a
causa. Mesmo o simples fato de ouvir um estalido dentro da ATM é sinal de que existe algo
errado; esse estalido não é normal, como se pensa!

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

As posições para este estudo são:


axial iniciando da porção superior da ATM até a porção final do mento da mandíbula.
coronal começa na ponta do mento até a porção posterior da mandíbu-la junto a ATM.

Este exame é solicitado em caso de luxação. É realizado em axial e coronal,sendo que na


posição axial deve ser feito com a boca aberta e fechada.
A marcação deve ser feita do início ao fim do côndilo da mandíbula.

Posicionamento do paciente

Mesa com suporte axial para crânio.


Paciente em decúbito dorsal, o mais confortável possível.
Imobilizar a cabeça.
Colocar as mãos do paciente sobre o abdome ou ao lado do corpo.
Observar: simetria, altura e angulação da cabeça.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Protocolo
Helical
Thickness (slice): 0.9mm
Increment: 0.45mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.64
Rotação: 0.5 sec
Filtro: Bone (D)
Window: C: 300 / W: 3000
Matrix: 512

Tompograma: perfil View angle: 90


Length: 130
KV: 120
mA: 30

Obs: o exame e realizado de duas etapas boca aberta e boca fechada.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

RECONSTRUCOES CORONAL, SAGITAL E 3D

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DE ÓRBITA

A órbita é uma cavidade do esqueleto da face em forma de pirâmide onde estão inseridos o
bulbo do olho, músculos, nervos, vasos e o aparelho lacrimal. A parede superior é formada
pelos ossos frontal e esfenóide; a parede medial pelo etmóide, esfenóide, lacrimal e frontal;
a parede inferior ou assoalho pela maxila, zigomático e palatino; a parede lateral pelo
processo frontal do zigomático e asa maior do esfenóide. O ápice da órbita fica no canal
óptico, formado pela asa menor do esfenóide.

A base que abre para a face possui quatro margens:

margem superior: osso frontal

margem inferior: ossos maxilar e zigomático

margem medial: ossos frontal, lacrimal e maxilar

margem lateral: ossos zigomático e frontal

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

As paredes medial e inferior são finas e podem ser fraturadas por golpe. O deslocamento
das paredes pode causar um tipo de lesão chamada "fratura por explosão", podendo
envolver os seios etmoidais e esfenoidais, em caso de fratura da parede medial, e o seio
maxilar, em caso de fratura da parede inferior. A parede superior é mais resistente, mas é
fina e um objeto pontiagudo pode penetrá-la, atingindo o lobo frontal do cérebro.

Uma fratura normalmente causa sangramento e, como consequência, aumento de pressão do


olho e exoftalmia. Estruturas adjacentes podem ser afetadas e causar sangramento no seio
maxilar, deslocamento dos dentes maxilares, fratura dos ossos nasais.

Realiza-se este exame em duas posições:


Axial - cortes paralelos ao cone orbitário, começando do teto da órbita até o assoalho da
órbita.
Coronal - perpendicular a linha órbito-meatal, começando da porção anterior da órbita até
o quiasma óptico.
OBS. Pedir ao paciente para manter os olhos fechados durante o exame.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Protocolo
Helical
Thickness (slice): 0.9mm
Increment: 0.45mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.64
Rotação: 0.5 sec
Filtro: Bone (D)
Window: C: 300 / W: 3000
Matrix: 512

Tompograma: perfil View angle: 90


Length: 130
KV: 120
mA: 30

CORTES AXIAIS DAS ORBITAS

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

PLANO CORONAL

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DE SELA TURCICA OU HIPÓFISE

O QUE É HIPÓFISE?
É uma glândula localizada na base do cérebro logo atrás dos olhos, numa região chamada
sela túrcica. Além da prolactina, ela produz vários outros hormônios que estimulam o
crescimento, a contração do útero, o volume da urina e controla o funcionamento de outras
glândulas.
A prolactina é um hormônio produzido pela glândula hipófise, que estimula a produção de
leite pela mama no período da amamentação

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Indicações Comuns:
• Investigação de doenças relacionadas a função hipofisária;
• Transtornos do hipotálamo;
• Defeitos do campo visual;
• Avaliação pós-operatória de adenomas de hipófise.

Este exame é feito em duas posições:


axial iniciando da base da sela até a superfície dos processos clinóides.
coronal corte perpendicular a linha órbito-meatal, começando do pro-
cesso clinóide anterior até o posterior.

Posicionamento da mesa com suporte axial;


Paciente em DD (Head First Sup);
Imobilizar a Cabeça;
Mãos ao lado do corpo;
Linha transversal paralela a órbita;
Linha sagital paralela ao plano sagital;
Linha coronal na altura do MAE.

Scout: Lateral
•Início dos Cortes: Anterior ao dorso da sela
•Término dos Cortes: Ultrapassar os
limites do seio esfenoidal
• Espessura dos Cortes
coronais: Helicoidal 2mm / 2mm.
Multislice 1mm / 0,5mm

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Protocolo

Helical
Thickness (slice): 0.9mm
Increment: 0.45mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.64
Rotação: 0.5 sec
Filtro: Bone (D)
Window: C: 300 / W: 3000
Matrix: 512

Tompograma: perfil View angle: 90


Length: 130
KV: 120
mA: 30

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

RECONSTRUCOES CORONAL E SAGITAL.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DO PESCOÇO
Exame que avalia as alterações em processos inflamatórios, infecciosos, traumáticos,
tumorais e vasculares de várias estruturas como língua, glândulas submandibulares, laringe,
hipofaringe, espaços, recessos, vasos e estruturas musculares de todo o pescoço, até a
entrada do tórax como podemos observar anteriormente.

ANATOMIA
O estudo da anatomia do pescoço pode ser entendido esquematicamente através de um
sistema de triângulos baseados em referenciais anatômicas de superfície. Desta maneira o
músculo esternocleidomastóideo divide o pescoço nos triângulos anterior e posterior. O
osso hióide divide o triângulo anterior nos compartimentos infra e supra-hióide. O ventre
anterior do músculo digástrico divide o compartimento supra-hióide em triângulos
submandibular e submentoniano. O ventre superior do músculo omohióide divide o
compartimento infra-hióide em triângulos carotídeo e muscular. Já o ventre inferior deste
músculo divide o triângulo posterior em triângulos subclávio e occipital. Cada um destes
triângulos contém diferentes estruturas anatômicas.

TRIÂGULO ESTRUTURAS ANATÔMICAS


Submandibular Glândula submandibular e linfonodos
E
Submentoniano Linfonodos
m
Carotídeo a Artéria carótida e veia jugular, nervo vago
i
l e linfonodos da cadeia jugular interna.
:
Muscular Laringe, hipofaringe, traquéia, esôfago,
l
tireóide, paratireóide e músculos infra-
e
o hióideos.
n
Occipital a Linfonodos e nervo espinhal acessório
r
d
o
Subclávio s Artéria e veia subclávia, linfonodos, nervo
f
frênico e plexo braquial.
l
o

67
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Uma alternativa ao método dos triângulos cervicais é estudar a anatomia do pescoço através
dos espaços criados pela fáscia cervical profunda (FCP). Esta corresponde a camadas de
fáscia que contornam e envolvem a musculatura e demais estruturas desta região. Ela está
situada profundamente à fáscia cervical superficial e é formada por três camadas
(superficial, média e profunda), que dividem o pescoço em compartimentos ou espaços. O
conhecimento e o entendimento destes espaços são indispensáveis para o cirurgião e
também para o radiologista, uma vez que o diagnóstico diferencial entre as diversas
patologias é freqüentemente definido pelo espaço em que a lesão se localiza. Além disto,
existem comunicações entre diferentes espaços que nos permitem predizer possíveis vias de
disseminação de diversos processos patológicos.

Triângulos cervicais: A-submandibular, B-submentoniano; C-carotídeo; D-muscular; E-


occipital; F-subclávio.

ESPAÇO SUBLINGUAL: localiza-se no assoalho da boca e é definido pela mandíbula, osso


hióide e músculo milo-hióide. Comunica-se posteriormente com o espaço submandibular.
Lateralmente ao músculo gênio-glosso existe um plano gorduroso que contém o ducto da
glândula submandibular, glândula salivar sublingual, artéria e veia sublinguais, ramos
linguais de V3, nervo glossofaríngeo e nervo hipoglosso, músculo hioglosso e músculo
estiloglosso. O músculo hioglosso é o reparo cirúrgico que separa o ducto
submandibular situado mais superficialmente da artéria lingual mais profunda.

68
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Lesões: Ca. do assoalho da boca e da língua, rânulas, dermóides e epidermóides,


hemangiomas e lingangiomas, abcessos, linfonodomegalias, cálculos e tumores de
glândulas salivares.

ESPAÇO BUCAL: não tem limites fasciais propriamente ditos. Contém a gordura bucal,
artéria e veia faciais, ducto parotídeo e músculo bucinador. Em geral é envolvido por
patologias do espaço mastigador. Localiza-se anteriormente ao músculo masséter. O ducto
parotídeo apresenta seu orifício de drenagem localizado na altura do segundo molar
superior, após atravessar o músculo bucinador.

ESPAÇO PAROTÍDEO: localiza-se póstero-lateralmente ao músculo masséter e contém a


glândula parótida, parte de seu ducto (ducto de Stensen), nervo facial, linfonodos
intraparotídeos e vasos, quais sejam a veia retromandibular e a artéria carótida externa. A
parótida pode ser dividida pelo nervo facial em lobos superficial e profundo, não havendo,
entretanto, uma real separação anatômica e/ou histológica entre estes lobos. A topografia do
nervo facial pode ser inferida pela identificação da veia retromandibular, uma vez que o
mesmo tem seu trajeto situado imediatamente lateral a este vaso. Ao contrário da glândula
submandibular, a parótida é encapsulada pela camada superficial da fáscia cervical
profunda tardiamente no desenvolvimento fetal. Este encapsulamento relativamente
retardado tem como consequência a permanência de tecido linfóide no espaço parotídeo,
que resultará na presença de linfonodos intraparotídeos. Estes são em número variável,
podendo chegar a 20. Os linfonodos intraparotídeos constituem pontos de drenagem de

69
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

primeira ordem do couro cabeludo e região facial profunda periparotídea. Com o passar dos
anos pode-se observar um progressivo aumento dos depósitos de gordura no parênquima
glandular, o que torna o contraste desta estrutura com as vizinhas mais evidente aos
métodos de imagem. Duas estruturas que frequentemente nos ajudam a definir que
determinada lesão está situada neste espaço são o ventre posterior do músculo digástrico
(forma uma parte da borda póstero-medial do espaço parotídeo) e o túnel estilo-
mandibular.
Lesões: cistos do primeiro arco branquial, hemangiomas, linfangiomas, abcessos,
linfonodomegalias, lesões inflamatórias e tumorais da glândula parótida, schwanoma do
nervo facial, lipomas.

ESPAÇO MASTIGADOR: este espaço estende-se da borda superior do músculo temporal


à borda inferior da mandíbula. Anteriormente a ele está o espaço bucal, posteriormente o
parotídeo e póstero-medialmente o espaço parafaríngeo. Os músculos da mastigação
constituem o maior volume deste espaço e, devido à extensa implantação dos mesmos na
base do crânio, processos inflamatórios e tumorais deste compartimento podem envolver e
disseminar-se para aquela região e mesmo para a fossa craniana e vice-e-versa. O forame
oval é também uma via de passagem entre estas regiões, uma vez que dá passagem ao ramo
mandibular do nervo trigêmeo. Dos músculos da mastigação somente o pterigóideo lateral
promove a abertura da boca. Ele consiste de dois ventres: o superior insere-se na cápsula da
ATM e cabeça mandibular (algumas fibras tendíneas atravessam a cápsula e se fixam na
borda anterior do disco interarticular), enquanto o inferior insere-se no colo da cabeça
mandibular. Contém o ramo e corpo da mandíbula, músculos pterigóideos medial e lateral,
masséter, temporal e nervo alveolar inferior (ramo de V3), ramos mastigatórios de V3,
artéria maxilar interna.
Lesões: hipertrofia massetérica, hemangiomas, linfangiomas, abcesso odontogênico,
osteomielite da mandíbula, schwanoma, sarcomas, linfoma, metástases para mandíbula e
carcinoma (disseminação perineural).

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

ESPAÇO CAROTÍDEO: estende-se da base do crânio ao arco aórtico. É envolvido pela


bainha carotídea, que é uma condensção das três camadas da fáscia cervical profunda.
Pode-se dividi-lo nos segmentos nasofaríngeo, orofaríngeo, cervical e mediastinal. Contém
as artérias carótidas, veia jugular interna, IX, X XI e XII pares cranianos na porção
nasofaríngea e linfonodos.
Lesões: tortuosidade da artéria carótida, celulite, abscesso, trombose da veia jugular,
paraganglioma, schwanoma, metástases (particularmente de carcinoma de células
escamosas), linfoma.

ESPAÇO MUCOSO-FARÍNGEO: a importância do estudo deste espaço vem do fato de


que a malignidade estatisticamente mais comum do trato aerodigestivo superior nele se
origina: o carcinoma de células escamosas. Este espaço é composto pelos tecidos situados
profundamente à camada média da fáscia cervical profunda (fáscia bucofaríngea).
Estende-se da base do crânio à cartilagem cricóide. Pode ser dividido em nasofaringe,
orofaringe e hipofaringe. Um plano que passa através dos palatos duro e mole separa a naso
da orofaringe e as pregas faringoepiglóticas e glossoepiglóticas separam a oro da
hipofaringe. A mucosa da nasofaringe é o epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com
células caliciformes e a da orofaringe é o epitélio escamoso estratificado não queratinizado.
Próximo à base do crânio a fáscia bucofaríngea contorna os aspectos laterais e posterior da
fáscia faringobasilar, que é a aponeurose do músculo constritor superior. Esta fáscia
prende o músculo constritor superior e a faringe superior como um todo à base do crânio.
Apresenta uma falha lateralmente, chamada seio de Morgani, por onde passa a tuba
auditiva e o músculo elevador do véu palatino. Este seio é uma importante via de
disseminação de neoplasias da nasofaringe para o espaço parafaríngeo e regiões contíguas.
Contém o músculo constritor superior, de Passavant, constritor médio, constritor e elevador
do véu palatino, salpingofaríngeo, torus tubário, músculos palatoglosso e palatofaríngeo
(pilares tonsilares), estilofaríngeo, mucosa, anel de Waldeyer, glândulas salivares menores.
Lesões: hipertrofia linfóide, abscessos, tumores de glândulas salivares menores, carcinoma
de células escamosas, linfoma e cisto de Thornwaldt.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

ESPAÇO PARAFARÍNGEO: é uma área de tecido gorduroso que ocupa uma localização
central no pescoço. Apesar de não estar contido em uma fáscia própria e abrigar poucas
estruturas esta área é um espaço crítico para o entendimento e localização de lesões dos
diversos espaços supra-hióides (figura 4). Estende-se da base do crânio, onde aparece como
o pequeno ponto de gordura medial aos forames oval e espinhoso, continuando-se
inferiormente até o corno superior do osso hióide. Seus limites são compostos pelas fáscias
dos espaços vizinhos, entretanto inferiormente comunica-se livremente com o espaço
submandibular. Contém gordura, ramos de V3. Ramos das artérias maxilar interna e
faringéia ascendente e plexo venoso faríngeo.

ESPAÇOS RETROFARÍNGEO, PRÉ-VERTEBRAL E PERIGOSO: a camada


profunda da fáscia cervical profunda se divide em duas lâminas, sendo uma anterior (fáscia
alar) e outra posterior (fáscia pré-vertebral). Esta última envolve a musculatura pré-
vertebral e paraespinhal, o nervo frênico e o plexo cervical, as vértebras, as artérias e veias
vertebrais e troncos do plexo braquial. Define, portanto, o espaço pré-vertebral, que se

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

estende inferiormente até o cóccix. A fáscia alar tem origem na base do crânio, assim como
a pré-vertebral, e estende-se inferiormente formando as paredes posterior e laterais do
espaço retrofaríngeo, cuja parede anterior é formada pela fáscia bucofaríngea (camada
média da fáscia cervical profunda).

TC em corte sagital evidenciando tumoração expansiva em cavum, com invasão retrofaríngea.


TC em corte axial evidenciando destruição óssea,invasão retrocraniana e parede lateral do seio cavernoso.

O espaço potencial existente entre a fáscia alar e a fáscia pré-vertebral é o espaço perigoso.
O espaço retrofaríngeo estende-se da base do crânio ao mediastino superior, sendo seu
limite inferior a fusão das fáscias bucofaríngea e fáscia alar, que ocorre no nível de T3
(pode ocorrer no intervalo de C6 a T6). É uma via de disseminação potencial de lesões
cervicais para o mediastino. Contém gordura e linfonodos. Estes estão presentes na
porção supra-hióidea e são divididos em cadeias medial e laterais (gânglio de Rouvière).
Após a fusão com a fáscia bucofaríngea, descrita acima, a fáscia alar continua-se
inferiormente até o nível do diafragma. Portanto este é o limite inferior do espaço perigoso,
assim denominado pela possibilidade de servir de via de disseminação de infecções do
pescoço para o mediastino posterior, até o nível do diafragma. Do ponto de vista dos
métodos de imagem não é possível a visibilização das diferentes fáscias, portanto lesões
deste espaço apresentam-se de forma indistinta das lesões do espaço retrofaríngeo (no
compartimento infra-hióide este espaço pode ser denominado retrovisceral).

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Lesões do espaço retrofaríngeo: linfonodomegalia, abscesso, celulite, lipoma, hemangioma,


linfoma, metástases, invasão direta por carcinoma de células escamosas.

Lesões do espaço pré-vertebral: osteomielite vertebral, cordoma, tumores vertebrais,


metástases, linfoma, invasão direta por carcinoma de células escamosas, tendinite do
músculo longus colli.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

ESPAÇO VISCERAL: é exclusivamente infra-hióide e está contido pela camada média da


fáscia cervical profunda. Sua margem inferior é determinada por um plano que vai da
fúrcula esternal a T1. Inferiormente o componente visceral da camada média da FCP fixa-se
ao pericárdio, estabelecendo, portanto uma comunicação deste espaço com o mediastino
superior. Contém a tireóide e paratireóides, vasos tireodeanos inferiores, nervos laríngeos
recorrentes, esôfago, traquéia, linfonodos e laringe. Os linfonodos contidos no espaço
visceral pertencem ao grupo profundo de gânglios da cadeia cervical anterior, sendo
também chamados de justaviscerais ou paraesofageanos. Localizam-se lateralmente à
tireóide, traquéia e esôfago. A drenagem dos mesmos se faz inferiormente para os
linfonodos mediastinais. Portanto, linfonodomegalia metastática para estes linfonodos,
como ocorre, por exemplo, em tumores tireodeanos, têm grande tendência para extensão
mediastinal precoce. O mesmo já não acontece com os carcinomas de células escamosas da
cabeça e pescoço, uma vez que o envolvimento metastático ganglionar se dá primariamente
para linfonodos da cadeia cervical lateral, que não se comunicam diretamente com
linfonodos mediastinais.
Lesões: carcinoma de células escamosas da laringe, condrosarcoma de laringe, laringocele,
tumores e cistos de tireóide, bócio, adenomas de paratireóide, divertículo de Zenker,
carcinoma de esôfago, linfonodomegalia metastática, linfoma, abscesso, etc.

ESPAÇO CERVICAL POSTERIOR: localiza-se no aspecto póstero-lateral do pescoço,


estendendo-se desde a base do crânio até a clavícula. Separando este espaço do espaço pré-
vertebral está a camada profunda da fáscia cervical profunda. Superficialmente ele é
limitado pela fáscia cervical superficial. Anteriormente está separado do espaço carotídeo
pela bainha carotídea. Contém linfonodos da cadeia espinhal acessória, XI nervo craniano e
gordura, que é seu principal componente.
Lesões: linfonodomegalia metastática, linfoma, linfonodomegalia inflamatória,
linfangioma, cisto branquial (III fenda), abscesso e lipoma.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

ESPAÇO CERVICAL ANTERIOR: estende-se desde o osso hióide até a clavícula e está
preenchido por gordura. A fáscia visceral o separa do espaço visceral medialmente; a
camada superficial da fáscia cervical profunda limita o espaço ântero-lateralmente e a
bainha carotídea o limita posteriormente. O espaço submandibular está situado
superiormente, sem separação por planos fasciais.
Lesões: lipoma, cisto branquial, abscesso e linfangioma

TÉCNICA DE EXAME

O paciente é deitado na mesa de exames e lentamente será levado para o interior do gantry,
onde serão feitas as imagens da região cervical. É muito importante permanecer imóvel e
seguir as instruções do profissional que realizará o exame. O tempo de exame é variável,
podendo durar de 5 a 20 minutos.
Em relação ao preparo este exame requer um jejum absoluto (inclusive de água) de quatro
horas, cliente deve suspender, nas 48 horas que antecedem o exame e com o consentimento
do médico assistente, o uso de medicamentos que contenham a metformina (Dimefor®,
Glifage®, Glucoformin®, Glucovance® ou Starform®) e a fenformina (Debei®), que é
contraindicado nos exames com contraste iodado endovenoso. A suspensão dessas
medicações ainda precisa ser mantida por 48 horas após o exame.

Posicionamento do paciente
Mesa com suporte axial para crânio.
Paciente em decúbito dorsal, o mais confortável possível.
Imobilizar a cabeça.
Colocar as mãos do paciente ao lado do corpo.
Observar: simetria, altura e angulação da cabeça.
Começando do manúbrio ate a base do crânio.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Tompograma: perfil View angle: Dual


Length: 130
KV: 120
mA: 30

.
Protocolo
Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: Standart
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.923
Rotação: 0.75
Filtro: Standart
Window: C: 400 / W: 40
Matrix: 512

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

CORTES AXIAIS

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Reconstruções

Axial 2/2
Sagital e Coronal 3/3

Sagital pós contraste Coronal pós contraste

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Torax

Cartilage Esterno:
Costal
Manúbrio

Arcos Corpo
Costais

Processo
Segmento vertebral xifóide
torácico

Traquéia

Pulmão

Pleura F
(Recesso pleural) E
IG Seio Costofrênico

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Recesso
costodiafragmático
da cavidade pleural

O sistema respiratório consiste em partes do corpo através das quais o ar passa do nariz e da
boca para o interior dos pulmões, possibilitando a troca gasosa entre o ar e a corrente
sangüínea. Está dividido em 4 partes: laringe, traquéia, brônquios direito e esquerdo e
pulmões. Seguindo da laringe para baixo temos a traquéia, que é a segunda divisão
propriamente dita do sistema respiratório.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

É um tubo fibroso muscular com cerca de 20 anéis cartilaginosos em forma de C, que


mantém a via aérea aberta evitando que a traquéia colabe durante a inspiração.
Localizada anteriormente ao esôfago, da junção com a laringe ao nível de C6 até o nível de
T4 ou T5 onde se divide nos brônquios fonte direito e esquerdo.
Glândulas localizadas próximo ao sistema respiratório: tireóide, paratireóides e o timo.

Tireóide: localizadas anteriormente na região do pescoço logo abaixo da laringe. Bastante


radio - sensível. Armazena hormônios que ajudam na regulação do metabolismo corporal,
regulam o crescimento e o desenvolvimento do corpo e a ativação do SNC, principalmente
em crianças.

Paratireóides: localizadas nas superfícies posteriores dos lobos laterais da tireóide.


Normalmente duas, ligadas a cada lobo da tireóide. Armazenam e secretam certos
hormônios que ajudam em funções sangüíneas especiais, incluindo os níveis de cálcio
sérico.

Timo: localização distal à tireóide. Faz parte das estruturas do mediastino.

Brônquio direito é mais largo, mais curto, possui menor ângulo de divergência (25º
) em relação à traquéia distal e é menos abrupto à direita do que à esquerda. Possui
cerca de 2,5 cm de comprimento por 1,3 cm de largura. Divide-se em três brônquios
secundários (deste modo o pulmão direito possui três lobos) que se subdividem em
ramos menores os bronquíolos, que se espalham por t odas as partes de cada lobo e
terminam em sacos muito pequenos chamados alvéolos, onde são trocados o oxigênio e
o gás carbônico do sangue.
Qual a importância nesta diferença em forma e tamanho? Partículas de comidas e outros
corpos estranhos têm maior tendência a entrar e se alojar no brônquio direito.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Brônquio esquerdo possui ângulo de divergência com diâmetro 1,1 cm menor que o
direito e duas vezes mais comprido (5 cm). Divide-se em dois brônquios
secundários (o pulmão direito possui dois lobos) que se subdividem em ramos
menores os bronquíolos, que se espalham por todas as partes de cada lobo e
terminam em sacos muito pequenos chamados alvéolos, onde são trocados o
oxigênio e o gás carbônico do sangue.

Carina: localizada ao nível de T5. Local onde os brônquios se dividem em direito e


esquerdo.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Patologias

Lesões mediastinais
Aneurismas
Abscesso ou cisto
Doença pericárdica
Nódulo

Lesões mediastinais

Aneurismas

Abscesso

Cistos

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Para TC Convencional, o paciente e instruído a respirar antes de cada nova aquisição de


imagem, então suspender a respiração por alguns segundos.
Caso o paciente não consiga cooperar, o movimento diafragmático causará imagens
borradas com uma marcante perda de qualidade.

Posicionamento do paciente

• Paciente em decúbito dorsal com os braços para cima


• Feixe sagital alinhado a chanfradura esternal.
• Feixe transversal acima dos ápices pulmonares.
• Feixe coronal na altura da linha hemiaxilar.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Tompograma: AP View angle: 180


Length: 400
KV: 120
mA: 30

A varredura é planejada desde acima dos ápices até abaixo do diafragma, centrada na linha
média e na linha hemiaxilar

Protocolo

Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs: 200
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.923
Rotação: 0.75
Filtro: Lung Enhacend (L)
Window: C: - 600 / W: 1600
Matrix: 512

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Imagem 1
1, Apófise (processo) coracóide. 2, Clavícula direita. 3, Artéria carótida comum direita. 4,
Tireóide. 5, Veia jugular interna esquerda. 6, Clavícula esquerda. 7, Veia subclávia
esquerda. 8, Cabeça do úmero esquerda. 9, Espinha da escápula. 10, Processo espinhoso.

Imagem 2
1, Cabeça do úmero direita. 2, Esôfago. 3, Traquéia. 4, Veia subclávia esquerda. 5, Espinha
da escápula. 6, Glenóide da escapula

Imagem 3
1, Pulmão direito. 2, Costela. 3, Esôfago. 4, Traquéia. 5, Veia braquiocefálica esquerda. 6,
Artéria carótida comum esquerda. 7, Veia axilar esquerda. 8, Pulmão esquerdo. 9, Processo
transverso. 10, Escápula.

Imagem 4
1, Pulmão direito. 2, Costela. 3, Traquéia. 4, Veia braquiocefálica esquerda. 5, tronco

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braquiocefálico (também conhecido como artéria inominada). 6, Artéria carótida comum
esquerda. 7, Artéria subclávia esquerda. 8, Escápula. 9, Esôfago. 10, Processo espinhoso.
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Imagem 5
1, Esôfago. 2, Costela. 3, Traquéia. 4, Veia cava superior. 5, tronco braquiocefálico
(também conhecido como artéria inominada). 6, Artéria carótida comum esquerda. 7, Aorta.
8, Escápula. 9, Canal vertebral.

Imagem 6
1, Pulmão direito. 2, Traquéia. 3, Veia cava superior. 4, Arco aórtico. 5, Pulmão esquerdo.
6, Escápula 7, Corpo vertebral 8, Costela.

Imagem 7
1, Pulmão direito. 2, Veia cava superior. 3, Aorta torácica ascendente. 4, Aorta torácica
descendente. 5, Costela. 6, Pulmão esquerdo. 7, Esôfago. 8, Traquéia

Imagem 8
1, Pulmão direito. 2, Veia pulmonar direita. 3, Veia cava superior. 4, Aorta torácica
ascendente. 5, Artéria pulmonar esquerda. 6, Veia pulmonar esquerda. 7, Pulmão esquerdo.
8, Escápula 9, Canal vertebral. 10, Costela.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Imagem 9
1, Artéria pulmonar direita. 2, Pulmão direito. 3, Veia cava superior. 4, Aorta torácica
ascendente. 5, Tronco pulmonar. 6, Veia pulmonar esquerda. 7, Artéria pulmonar esquerda.
8, Escápula. 9, Costela 10, Pulmão esquerdo.

Imagem 10
1, átrio direito. 2, Raiz da aorta. 3, Raiz do tronco pulmonar. 4, átrio esquerdo. 5, Aorta
torácica descendente.

Imagem 11
1, átrio direito. 2, Raiz da aorta. 3, Ventrículo direito. 4, átrio esquerdo. 5, Aorta torácica
descendente.

Imagem 12
1, Pulmão direito. 2, átrio direito. 3, Ventrículo direito. 4, Ventrículo esquerdo. 5, Pulmão
esquerdo. 6, Aorta torácica descendente.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Imagem 13
1, Esôfago 2, Pulmão direito. 3, Ventrículo direito. 4, Ventrículo esquerdo. 5, Pulmão
esquerdo. 6, Aorta torácica descendente. 7, Processo espinhoso.

Imagem 14
1, Pulmão direito. 2, Veia cava inferior. 3, Ventrículo direito. 4, Ventrículo esquerdo. 5,
Esôfago. 6, Pulmão esquerdo. 7, Aorta torácica descendente. 8, Canal vertebral

Imagem 15
1, Pulmão direito. 2, Fígado. 3, Veia cava inferior. 4, Ventrículo direito. 5, Ventrículo
esquerdo. 6, Esôfago. 7, Pulmão esquerdo. 8, Aorta torácica descendente. 9, Corpo
vertebral.

Imagem 16
1, Lobo inferior de pulmão direito. 2, Fígado. 3, Veia cava inferior. 4, Esôfago. 5, Pulmão
esquerdo 6, Aorta.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Imagem 17
1, Lobo inferior de pulmão direito. 2, Fígado. 3, Veia cava inferior. 4, Lobo inferior de
pulmão esquerdo. 5, Aorta.

Tomografia de Tórax em Alta Resolução (TCAR)


É feito em seqüencial, começando no ápice e terminando na base pulmonar. Fazer sempre
com apnéia. Em alguns casos fazer em inspiração e expiração.
É indicado em: Condensação; Aero-broncogramas; Tuberculose; Bronquiectasia; Enfisema
pulmonar e outros.
Usar KV e, MAS altos e slice fino

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Imagem 1 ALTA RESOLUÇÃO


1, Brônquio do segmento apical do lobo superior direito. 2, divisão da traquéia em 2 ramos
direito e esquerdo dando origem aos 2 brônquios principais. 3, Lobo superior esquerdo. 4,
Lobo inferior esquerdo. Seta vermelha, Fissura obliqua (Grande fissura pulmonar).

Imagem 2 ALTA RESOLUÇÃO


1, Brônquio segmantar posterior (Lobo superior direito). 2, Brônquio segmantar antérieur
(Lobo superior direito). 3, Brônquio principal direito. 4, brônquio principal esquerdo. 5,
Lobo superior esquerdo. 6, Lobo inferior esquerdo. Seta vermelha, Fissura obliqua (Grande
fissura pulmonar).

Imagem 3
1, Brônquio Intermediário. 2, Linha de junção anterior. 3, brônquio principal esquerdo. 4,
Lobo superior esquerdo. 5, Lobo inferior esquerdo. Seta vermelha, Fissura obliqua (Grande
fissura pulmonar).

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Imagem 4
1, Brônquio lobar inferior direito. 2, Lobo inferior direito. 3, Brônquio lobar médio direito.
4, Lóbulo médio direito. 5, Lobo superior direito. 6, Lobo superior esquerdo. 7, Lobo
inferior esquerdo. Seta branco, Fissura horizontal (Pequena scissure). Seta vermelha,
Fissura obliqua (Grande fissura pulmonar)

Reconstrução coronal 1
1, Traquéia. 2, brônquio principal esquerdo. 3, Brônquio principal direito. 4, Brônquio do
segmento apical do lobo superior direito. 5, Brônquio lobar inferior direito.
Seta vermelha, Fissura obliqua (Grande fissura pulmonar).

Reconstrução coronal 2
1, Traquéia. 2, Lobo superior direito. 3, Lóbulo médio direito. 4, Lobo inferior direito. 5,
Lobo superior esquerdo. 6, Lobo inferior esquerdo. seta preta, Fissura horizontal (Pequena
scissure). Seta vermelha, Fissura obliqua (Grande fissura pulmonar).

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DO ABDOMEN E PELVE

O Abdômen contém a maioria dos órgãos em forma de tubo do trato digestivo, assim como
outros órgãos sólidos. Os órgãos abdominais ocos incluem o estômago, o intestino delgado
e o cólon com seu apêndice vermiforme. Órgão como o fígado, a vesícula biliar, e o
pâncreas funcionam em associação próxima ao trato digestivo e se comunicam via dutos. O
baço, os rins e asglândula supra-renal também estão no abdômen, junto com muitos outros
vasos sanguíneos como a aorta e a veia cava inferior. Os anatomistas podem considerar a
bexiga urinária, útero, tuba uterina e óvarios tanto como órgãos abdominais ou pélvicos.
Finalmente, o abdômen contém uma membrana extensa chamada peritônio. Uma dobra de
peritônio pode cobrir completamente certos órgãos, ebora ela possa cobrir apenas umaldo
de órgãos que geralmente estão perto da parede abdominal. Estes órgãos os anatomistas
chamam de órgãos retroperitoniais.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

O Trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório é


um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal
alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório incluem: boca, faringe,
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.
O comprimento do trato gastrintestinal, medido no cadáver, é de cerca de 9m. Na pessoa
viva é menor porque os músculos ao longo das paredes dos órgãos do trato gastrintestinal
mantém o tônus.

Os órgãos digestório acessórios são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado,


vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a
língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestórios acessórios, nunca
entram em contato direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam
para o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento.
O trato gastro intestinal é um tubo longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento desde
a extremidade cefálica (cavidade oral) até a caudal (ânus).

FUNÇÕES

1- Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas ditas alimentares,


que asseguram a manutenção de seus processos vitais.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

2- Transformação mecânica e química das macromóléculas alimentares ingeridas


(proteínas, carbohidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem
absorvidas pelo intestino.

3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares
sangüíneos da mucosa do intestino.

4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com


restos de células descamadas da parte do trato gastro intestinal e substâncias secretadas na
luz do intestino.

Mastigação:Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico.


Deglutição:Condução dos alimentos através da faringe para o esôfago.
Ingestão:Introdução do alimento no estômago.
Digestão:Desdobramento do alimento em moléculas mais simples.

Absorção: Processo realizado pelos intestinos.


Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato gastro intestinal.

O trato gastro intestinal apresenta diversos segmentos que sucessivamente são:


BOCA - FARINGE - ESÔFAGO - ESTÔMAGO - INTESTINO DELGADO - INTESTINO
GROSSO

Órgãos Anexos:

GLÂNDULAS PARÓTIDAS
GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES
GLÂNDULAS SUBLINGUAIS
FÍGADO
PÂNCREAS

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

O fígado é um órgão que atua como uma glândula do corpo humano e se localiza no
hipocôndrio direito, epigástrio e pequena porção do hipocôndrio esquerdo, sob o diafragma.
Seu peso aproximado é cerca de 2,250-2,500 kg no homem adulto e um pouco menos na
mulher. Em crianças é proporcionalmente maior, pois constitui 1/20 do peso total de um
recém nascido. Na primeira infância é um órgão tão grande, que pode ser sentido abaixo da
margem inferior das costelas, ao lado direito. Funciona como glândula exócrina, isto é,
libera secreções em sistema de canais que se abrem numa superfície externa. Atua também
como glândula endócrina, uma vez que também libera substâncias. Para o entendimento do
funcionamento dinâmico e complexo do fígado, podemos dizer que uma das suas principais
atividades é a formação e excreção da bile; as células hepáticas produzem em torno de 1,5 l
por dia, descarregando-a através do ducto hepático. A transformação de glicose em
glicogênio, e seu armazenamento, se dá nas células hepáticas. Ligada a este processo, há a
regulação e a organização de proteínas e gorduras em estruturas químicas utilizáveis pelo
organismo da concentração dos aminoácidos no sangue, que resulta na conversão de
glicose, esta utilizada pelo organismo no seu metabolismo. Neste mesmo processo, o sub-
produto resulta em uréia, eliminada pelo rim. Além disso, paralelamente existe a elaboração
da albumina, e do fibrinogênio.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

O pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e endócrino. Ele é tanto exócrino

(secretando suco pancreático, que contém enzimas digestivas) quanto endócrino


(produzindo muitos hormônios importantes, como insulina, glucagon e somatostatina).
Sendo uma das glândulas retroperitoneais, ele é localizado posteriormente ao estômago e
está em associação próxima ao duodeno. É freqüentemente descrito como tendo três
regiões: a cabeça, corpo e a cauda. Podendo causar algo como infertilidade em gestantes.

O ducto pancreático (também chamado de ducto de Wirsung) percorre o comprimento do


pâncreas e termina na segunda porção do duodeno, na ampola de Vater (hepatopancreática).
O ducto biliar comum geralmente se une ao ducto pancreático neste ponto ou próximo dele.
Muitas pessoas também possuem um pequeno ducto acessório, o ducto de Santorini.

INTESTINO DELGADO
Características
No intestino delgado ocorre a parte mais importante da digestão e é absorvida a maior parte
dos nutrientes. O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por
4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno
(cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma de
ferradura e compreende o piloro, a abertura da parte inferior do estômago pela qual este
esvazia seu conteúdo no intestino.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Movimentos peristálticos: No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos


peristálticos das paredes musculares, movimentam o alimento, ao mesmo tempo em que
este é atacado pela bílis, enzimas e outras secreções. Os nutrientes absorvidos pelos vasos
sanguíneos do intestino, passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo.

SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de elaborar a


urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior.
Na urina encontramos ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato, etc.
Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores - que produzem a urina - e órgãos
excretores - que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo.

Os órgãos urinários compreendem os rins (2), que produzem a urina, os ureteres (2) ou
ductos, que transportam a urina para a bexiga (1), onde fica retida por algum tempo, e a
uretra (1), através da qual é expelida do corpo.

Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um encanamento
constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas – ureteres, bexiga e uretra – não
modificam a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e conduzem a urina
do rim para o meio externo.

Rim
Ureter
Bexiga
Uretra

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

RIM

Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura,
entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Sua coloração é vermelho-parda.

Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região superior da
parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª
vértebra lombar. São descritos como órgãos retroperiotoneais, por estarem posicionados por
trás do peritônio da cavidade abdominal.

Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma massa de gordura e de tecido
areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5 a 7,5cm de largura e um
pouco mais que 2,5cm de espessura. O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito
do que o direito. O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170g; na mulher adulta,
entre 115 a 155g. O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo
devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Na margem medial côncava de cada rim encontra-se uma fenda vertical – o HILO RENAL
– onde a artéria renal entra e a veia e a pelve renal deixam o seio renal. No hilo, a veia renal
está anterior à artéria renal, que está anterior à pelve renal. O hilo renal é a entrada para um
espaço dentro do rim. O seio renal, que é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos
sangüíneos e linfáticos e uma variável quantidade de gordura.

Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades.

FACES (2) - Anterior e Posterior. As duas são lisas, porém a anterior é mais abaulada e a
posterior mais plana.

BORDAS (2) - Medial (côncava) e Lateral (convexa).

EXTREMIDADES (2) - Superior (Glândula Supra-Renal) e Inferior (a nível de L3).

Rim - Faces, Bordas, Extremidades e Hilo Renal.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Anatomia Interna dos Rins

Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área
avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marron-avermelhada
profunda, denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as
pirâmides renais. A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu
ápice (extremidade mais estreita), chamada papila renal, aponta para o hilo do rim. As
partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas
renais. Juntos, o córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte funcional,
ou parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins – cerca de 1
milhão de estruturas microscópicas chamadas NÉFRONS. A urina, formada pelos néfrons,
drena para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das
pirâmides.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Os ductos drenam para estruturas chamadas cálices renais menor e maior. Cada rim tem 8-
18 cálices menores e 2-3 cálices maiores. O cálice renal menor recebe urina dos ductos
papilares de uma papila renal e a transporta até um cálice renal maior. Do cálice renal
maior, a urina drena para a grande cavidade chamada pelve renal e depois para fora, pelo
ureter, até a bexiga urinária. O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada
seio renal.

Rim - Esquema da Anatomia Interna

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Néfrons
O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim
contém cerca de 1 milhão de néfrons. A forma do néfron é peculiar, inconfundível, e
admiravelmente adequada para sua função de produzir urina.

O néfron é formado por dois componentes principais: 1. Corpúsculo Renal: Cápsula


Glomerular (de Bowman); Glomérulo – rede de capilares sangüíneos enovelados dentro da
cápsula glomerular. 2. Túbulo Renal:

Túbulo contorcido proximal;


Alça do Néfron (de Henle);
Túbulo contorcido distal;
Túbulo coletor.
Néfron

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Funções dos Rins:

Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema
atuando, principalmente, como vias de passagem e áreas de armazenamento. Com a
filtração do sangue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia dos
líquidos do corpo de várias maneiras. As funções dos rins incluem:

Regulação da composição iônica do sangue;Manutenção da osmolaridade do


sangue;Regulação do volume sangüíneo;Regulação da pressão arterial;Regulação do pH do
sangue; Liberação de hormônios; Regulação do nível de glicose no sangue; Excreção de
resíduos e substâncias estranhas.Glândulas Supra-renais

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

As glândulas supra-renais (adrenais) estão localizadas entre as faces supero-mediais dos


rins e o diafragma. Cada glândula supra-renal, envolvida por uma cápsula fibrosa e um
coxim de gordura, possui duas partes: o córtex e a medula supra-renal, ambas produzindo
diferentes hormônios.

O córtex secreta hormônios essenciais à vida, enquanto que os hormônios medulares não
são essenciais para a vida. A medula da supra-renal pode ser removida, sem causar efeitos
que comprometem a vida. A medula supra-renal secreta dois hormônios: epinefrina
(adrenalina) e norepinefrina. Já o córtex supra-renal secreta os esteróides.

URETER

São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. Órgãos pouco calibrosos, os
ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento. Pelve renal é a
extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da parede
posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvina, abrindo-se no óstio do
ureter situado no assoalho da bexiga urinária.

Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os
ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se
move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo.

BEXIGA
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da
urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à
sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal.

É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e,
nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero.

Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na
superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é
sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres
e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem
a persistir nessa área.

A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se
contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter,
envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que controlado
voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar.

A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor nas mulheres porque o
útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.

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Bexiga Urinária Masculina

Bexiga Urinária Feminina

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

URETRA
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por
mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre
para o exterior através do óstio externo da uretra.A uretra é diferente entre os dois sexos.

Uretra Masculina.

A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício
uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado comum de
relaxamento do pênis. É dividida em três porções: a prostática, a membranácea e a
esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. Na uretra masculina
existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Uretra Feminina.

É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício externa no vestíbulo.


Está colocada dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da vagina, e de
direção oblíqua para baixo e para frente; é levemente curva, com a concavidade dirigida
para frente. Seu diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6mm. Seu orifício externo fica
imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2,5cm dorsalmente à glande do
clitóris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na uretra. As maiores destas são as
glândulas parauretrais, cujos ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral.

As uretras masculinas e a femininas se diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra é curta


(3,8cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se
anteriormente à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos
sistemas urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20cm, é muito mais longa que a uretra
feminina. Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas
finalidades: conduz a urina e o esperma.

Na maioria das vezes a dor abdominal não indica nenhuma doença séria. A maior parte dos
casos são cólicas intestinais associados à alimentação gordurosa ou a intoxicações
alimentares. As dores de barriga leves, de curta duração ou que desaparecem após algumas
horas são normalmente causadas por dilatações do intestino por gases. Quadros de
ansiedade também podem causar dor abdominal de curta duração, também por aumentar o
conteúdo de gases nos intestinos. A dor abdominal preocupante é aquela que dura várias
horas, muitas vezes dias, que é de grande intensidade, incapacitante ou que está associada a
vômitos ou febre.

Principais causas de dor abdominal:

Gastrite e úlcera péptica:

A gastrite, a úlcera de estômago ou a úlcera de duodeno normalmente apresentam sintomas


semelhantes: uma dor em queimação na região superior do abdômen, principalmente no
epigástrio. Esse tipo de dor na barriga é chamado de dispepsia e costuma surgir quando o

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

estômago está vazio. A intensidade da dor é muito variável e não serve para distinguir a
úlcera de uma simples gastrite.
A presença de sangue nas fezes ou vômitos com sangue associados a um quadro de
dispepsia costumam indicar uma úlcera sangrante.

Colecistite e pedras na vesícula:

A simples presença de pedras na vesícula, chamada de colelitíase, não costuma causar


sintomas. A dor abdominal ocorre quando há uma obstrução do ducto de drenagem da
vesícula biliar por uma dessas pedras. Se a obstrução for prolongada, surge a colecistite,
inflamação da vesícula.

A dor de obstrução na vesícula é chamada de cólica biliar e é ser localizada no hipocôndrio


direito e epigástrio; é tipicamente uma cólica que surge logo após a ingestão de alimentos
gordurosos. A dor da cólica biliar pode irradiar-se para as costas e para o ombro direito.

Pancreatite aguda:

A inflamação do pâncreas, chamada de pancreatite aguda, normalmente ocorre em pessoas


que abusam de bebidas alcoólicas. A pancreatite aguda costuma surgir de 1 a 3 dias após
uma quadro de grande ingestão de álcool, apresentando-se como uma intensa dor em toda
região superior do abdômen, incluindo ambos hipocôndrios e epigástrio. A dor da
pancreatite aguda dura vários dias, costuma estar acompanhada de vômitos e piora após a
alimentação.

Hepatite aguda:

Hepatite é o termo usado para descrever a inflamação no fígado.As hepatites mais comuns
são aquelas causadas pelos vírus A, B ou C, porém, podem surgir por várias outras causas,
entre elas por intoxicação medicamentosa ou por álcool. A hepatite aguda costuma causar
uma dor mal definida no hipocôndrio direito e está geralmente associada a presença de
icterícia.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Apendicite:
A dor da apendicite costuma ser em crescendo e inicia-se difusamente, principalmente ao
redor do umbigo, indo se localizar no quadrante inferior direito do abdômen somente
quando se torna mais intensa. É comum haver febre e vômitos associados.

Diverticulite:

Um divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso (cólon),
semelhante a um dedo de luva, normalmente em pessoas acima de 60 anos. A diverticulite é
a inflamação de um divertículo. A maioria dos divertículos que inflamam estão localizados
na porção descendente do cólon, localizado à esquerda no abdômen. Em 70% dos casos a
diverticulite se manisfesta como uma dor no quadrante inferior esquerdo do abdômen e em
pessoas acima de 60 anos. A dor dura vários dias e costuma vir acompanhada de febre.
Quando ocorre inflamação de um divertículo na parte ascendente do intestino grosso (à
direita), os sintomas são muito parecidos com os da apendicite.

Infecção intestinal e diarréia:

As infecções intestinais, sejam por bactérias ou por vírus, são causas comuns de dor
abdominal. A manifestação mais comum é cólica abdominal associado à diarréia.
Além das causas descritas acima, várias outras também podem causar dor abdominal ou
pélvica, entre elas:

- Menstruação
- Tumores dos órgãos abdominais ou pélvicos
- Obstrução intestinal
- Infarto e isquemia intestinal
- Parasitoses
- Aneurisma de aorta abdominal

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

- Infecção urinária
- Hernias
- Cetoacidose diabética
- Doença de Crohn e retocolite ulcerativa
- Doenças do ovário
- Endometriose
- Gravidez ectópica
- Mioma uterino
- Abscesso hepático
- Anemia falciforme

Pedras nos rins:

O cálculo renal se manifesta como uma intensa dor na região lombar, unilateralmente.
Frequentemente se irradia para o abdômen, principalmente nos flancos. Se a pedra estiver
obstruindo o ureter já próximo a bexiga, a dor pode ser no hipogástrio ou na fossa ilíaca,
irradiando-se para a região escrotal.

Próstata

As funções da próstata, localização, doenças, alterações, inflamação, importância dos


exames de próstata.

Localização da próstata: órgão do sistema reprodutor masculino. A próstata é uma glândula


que se localiza próxima à uretra masculina. Ela está presente somente nos homens e possui
a função de produzir um líquido que se mistura aos espermatozóides produzidos nos
testículos e também a um outro líquido que vem das vesículas seminais, para então, formar
o sêmen.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Inflamação

Não é incomum a ocorrência de inflamação na próstata, e esta, pode ser aguda ou crônica.
Neste quadro, os principais sintomas são mal estar e descarga uretral.

Alterações:

A alteração mais freqüente que ocorre na próstata é o aumento crônico de seu tamanho
(hipertrofia). Este quadro ocorre mais comumente nos últimos anos de vida e vem
acompanhada de dificuldade para urinar e retenção de urina. Nos quadros mais graves é
necessário extraí-la através de procedimento cirúrgico.

Câncer de Próstata

Um outro problema que pode ocorrer na próstata, principalmente nos homens de idade mais
avançada, é câncer de próstata. Esta é uma doença bastante grave e que pode levar a óbito.
A prevenção ainda é a melhor medida para esta doença, para tanto, recomenda-se à
realização de exames periódicos a partir dos 40 anos de idade. Quando identificada em fase
inicial, as chances de cura são altas.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

OSSOS DO MEMBRO INFERIOR

O membro inferior tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem a


capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros
inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e
sacro).

A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, que são
unidos pela sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos
formam a PELVE ÓSSEA.

Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos:

Cíngulo do membro inferior (Osso do Quadril)


Coxa - Fêmur e Patela
Perna - Tíbia e Fíbula
Pé - Ossos do Pé
Articulação do Quadril

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

É uma articulação do tipo esférica formada pela cabeça do fêmur e a cavidade do acetábulo.
Os ligamentos que formam essa articulação são:

Cápsula Articular - A cápsula articular é forte e espessa e envolve toda a articulação coxo-
femoral. É mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação, onde se requer
maior resistência. Posteriormente e distalmente é delgada e frouxa.

Ligamento Iliofemoral - É um feixe bastante resistente, situado anteriormente à articulação.


Está intimamente unido à cápsula e serve para reforçá-la.

Ligamento Pubofemoral - Insere-se na crista obturatória e no ramo superior da pube;


distalmente, funde-se com a cápsula e com a face profunda do feixe vertical do ligamento
iliofemoral.

Ligamento Isquiofemoral - Consiste de um feixe triangular de fibras resistentes, que nasce


no ísquio distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares da
cápsula.

Ligamento da Cabeça do Fêmur - É um feixe triangular, um tanto achatado, inserindo-se no


ápice da fóvea da cabeça do fêmur e na incisura da cavidade do acetábulo. Tem pequena
função como ligamento e algumas vezes está ausente.

Orla Acetabular - É uma orla fibrocartilagínea inserida na margem do acetábulo, tornando


assim mais profunda essa cavidade. Ao mesmo tempo protege e nivela as desigualdades de
sua superfície, formando assim um círculo completo que circunda a cabeça do fêmur e
auxilia na contenção desta em seu lugar.

Ligamento Transverso do Acetábulo - É uma parte da orla acetabular, diferindo dessa por
não ter fibras cartilagíneas entre suas fibras. Consiste em fortes fibras achatadas que cruzam
a incisura acetabular.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Vista Anterior das Estruturas Articulares do Quadril

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Coluna Vertebral
Coluna vertebral: Sustenção ao corpo.

Também conhecida como espinha dorsal, a coluna vertebral é formada por ossos chamados
vértebras. É uma estrutura bastante flexível que dá movimento e sustentação ao corpo.

A coluna vertebral está ligada à medula espinhal finalizando-a e a protegendo. Ela é a


responsável pela sustentação da cabeça, fixação das costelas e os músculos do dorso. Suas
curvaturas são responsáveis pela força, sustentação e equilíbrio corporal.

A coluna vertebral de uma pessoa adulta é composta por 26 ossos e 33 vértebras, sendo 7
vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 vértebras lombares, 1 sacro (formado por 5 vértebras
fusionadas) e 1 cóccix (formado por 4 vértebras fusionadas).

Dentre todas as vértebras, somente duas (o sacro e o cóccix) não se movimentam, as


vértebras restantes (cervicais, torácicas e lombares) são móveis.

Entre as vértebras há discos que formam articulações, que propiciam a movimentação da


coluna e a absorção de impactos.

Principais problemas que acometem a coluna vertebral:

Cifose: é um desvio exagerado da curvatura torácica que deixa a pessoa com as costas
arqueadas, tórax retraído e com projeção dos ombros para frente; Escoliose: Desvio lateral
da coluna vertebral, geralmente localizado na região torácica;
Lordose: desvio que geralmente ocorre na região da bacia e que resulta numa curvatura
exagerada; Hérnia de disco: deslocamento do disco que se localiza entre as vértebras,
ocorre com maior freqüência na região lombar, pois esta, é a região da coluna que suporta
maior peso, além de ser a que apresenta maior curvatura; Artrose: popularmente conhecida
como bico de papagaio, é originada pelo atrito entre as vértebras.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

MEDULA ESPINHAL

Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro
dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral. A medula espinhal é uma massa
cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupa-lo
completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco
menor na mulher.

Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno


do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto situa-se
geralmente em L2. A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular,
que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.

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Forma e Estrutura da Medula

A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-


posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de
intumescência cervical e intumescência lombar. Estas intumescências medulares
correspondem às áreas em que fazem conexão com as grossas raízes nervosas que formam
o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e
inferiores respectivamente. A formação destas intumescências se deve pela maior
quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas. A
intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a
intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula
espinhal. A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem
em toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral
anterior e o sulco lateral posterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio
posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se
continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes
ventrais e dorsais dos nervos espinhais.

Secções da Medula Vertebral em Todas as Suas Regiões.

Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de


uma borboleta, ou de um "H". Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem
nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só
aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância cinzenta
localiza-se o canal central da medula. A substância branca é formada por fibras, a maioria
delas mielínicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado
em três funículos ou cordões:

Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior.

Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior.

Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este
ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior
em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.

Conexões com os nervos espinhais: Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem
conexão com pequenos filamentos nervosos denominados de filamentos radiculares, que se
unem para formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As
duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em um ponto
situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal.

RAIZES NERVOSAS

Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares


assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.
Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro
par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Relação das Raízes Nervosas com as Vértebras

Topografia da medula:

A um nível abaixo da segunda vértebra lombar encontramos apenas as menínges e as raízes


nervosas dos últimos nervos espinhais, que dispostas em torno do cone medular e filamento
terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda eqüina. Como as raízes nervosas
mantém suas relações com os respectivos forames intervertebrais, há um alongamento das

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

raízes e uma diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes fenômenos são
mais pronunciados na parte caudal da medula, levando a formação da cauda eqüina.

Cone Medular Filamento Terminal

Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a medula,


temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim, no
adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares. Para sabermos qual
o nível da medula cada vértebra corresponde, temos a seguinte regra: entre os níveis C2 e
T10, adicionamos o número dois ao processo espinhoso da vértebra e se tem o segmento
medular subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco
segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos cinco
segmentos sacrais.

Envoltório da medula:

A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas menínges, que são: dura-
máter, pia-máter e aracnóide. A dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, como
se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana,
caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2. Prolongamentos
laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido
conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos.

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Envoltórios da Medula Espinhal

A aracnóide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto


justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que unem este folheto
à pia-máter. A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere
intimamente o tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a
medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um
Filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo-
do-saco dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal
recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de filamento
da dura-máter. Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o
ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal
denominada ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao longo de toda a
extensão da medula. A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face
lateral da medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se inserem


firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com a emergência
dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula
e importantes pontos de referencia em cirurgias deste órgão.

Entre as menínges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica devido
às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como: hematoma
extradural, meningites etc. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o
periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que
constituem o plexo venoso vertebral interno. O espaço subdural, situado entre a dura-máter
e a aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. O espaço
subaracnóideo contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido cérebro-espinhal
ou líquor. Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado subpial,
localizado entre a pia-mater e o tecido nervoso.

127
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Protocolo

View Angle: Dual


Kv: 120
mA: 30
Length: 200
Window: C 20 / W 1500

Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs/ Slice: 350
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.393
Rotação: 1.0 sec
Filtro: Sharp (c)
Window: C: 60 / W: 300
Matrix: 512

Email: leonardosflor@gmail.com
Blog: http://leonardoflor.blogspot.com/
128
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

COLUNA LOMBAR

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Recon Sagital e Coronal.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DO OMBRO

O ombro é formado por três articulações:

Esternoclavicular
Acromioclavicular
Glenoumeral

Alguns autores ainda consideram outra articulação no complexo do ombro: a articulação


costo-escapular, entre as costelas e a escápula, muito importante na biomecânica fisiológica
do ombro.

Articulação Esternoclavicular:

Essa articulação é formada pela união da extremidade esternal na clavícula e o manúbrio


do esterno. Possui as seguintes estruturas articulares: Cápsula Articular - Circunda a
articulação e varia em espessura e resistência.

Ligamento Esternoclavicular Anterior - é um amplo feixe de fibras cobrindo a face anterior


da articulação.

Ligamento Esternoclavicular Posterior - é um análogo feixe de fibras que recobre a face


posterior da articulação.

Ligamento Interclavicular - é um feixe achatado que une as faces superiores das

136
extremidades esternais das clavículas.
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Ligamento Costoclavicular - é pequeno, achatado e resistente. Está fixado na parte superior


e medial da cartilagem da primeira costela e face inferior da clavícula.

Disco Articular - é achatado e está interposto entre as superfícies articulares do esterno e


clavícula.

Articulação Acromioclavicular:

É uma articulação plana entre a extremidade acromial da clavícula e a borda medial do


acrômio. É formada pelas seguintes estruturas: Cápsula Articular - Envolve toda a
articulação acromio-clavicular.

Ligamento Acrômioclavicular - é constituido por fibras paralelas que estendem-se da


extremidade acromial da clavícula até o acrômio. Disco Articular - geralmente está ausente
nesta articulação.

Ligamento Coracoclavicular - une a clavícula ao processo coracóide da escápula. É formado


por dois ligamentos: ligamento trapezóide e ligamento conóide.
Ainda podemos identificar mais dois ligamentos importantes no complexo do ombro: o
ligamento coracoacromial e o ligamento transverso superior.

Ligamento Coracoacromial - é um forte feixe triangular estendido entre o processo


coracóide e o acromio. É um ligamento importante para estabilização da cabeça do úmero
na cavidade glenóide, pois evita a elevação da mesma nos movimentos de abdução acima
dos 90 graus.

Ligamento Transverso Superior - é um fino fascículo achatado inserido no processo


coracóide e na incisura da escápula.

Articulação Gleno-umeral:

Esta é uma articulação esferóide multiaxial com três graus de liberdade. As faces articulares
são a cabeça hemisférica do úmero (convexa) e a cavidade glenóide da escápula (côncava).

A articulação gleno-umeral é formada pelas seguintes estruturas:

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Cápsula Articular - Envolve toda a cavidade glenóide e a cabeça do úmero.


Ligamento Córaco-umeral - é um amplo feixe que fortalece a parte superior da cápsula.
Ligamentos Glenoumerais - são robustos espessamentos da cápsula articular sobre a parte
ventral da articulação. É constituído por três ligamentos:

Ligamento Glenoumeral Superior


Ligamento Glenoumeral Médio
Ligamento Glenoumeral Inferior

Ligamento Transverso do Úmero - é uma estreita lâmina de fibras curtas e transversais que
unem o tubérculo maior e o menor, mantendo o tendão longo do bíceps braquial no sulco
intertubercular. Lábio (Labrum) Glenoidal - é uma orla fibrocartilagínea inserida ao redor
da cavidade glenóide. Tem importante função na estabilização glenoumeral e quando
rompido proporciona uma instabilidade articular faciltando o deslocamento anterior ou
posterior do úmero (luxação).

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DO JOELHO

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

O joelho é uma articulação do corpo humano e é formada pela extremidade distal do

fêmur, pela extremidade proximal da tíbia (e pela patela (rótula).

O joelho ainda possui ligamentos que estabilizam a articulação, auxiliados pelos meniscos
(interno ou medial e externo ou lateral), que estabilizam o joelho, e amortecem os impactos
sobre as cartilagens.

A chave para uma articulação de joelho saudável é a estabilidade da articulação. A


configuração óssea, os meniscos, os ligamentos, a cápsula e os músculos que cercam a
articulação do joelho produzem a sua estabilidade.

Os ligamentos são os estabilizadores primários para a translação anterior e posterior,


angulação vara e valga, e para a rotação interna e externa da articulação do joelho. O
ligamento cruzado anterior (LCA) é a restrição predominante ao deslocamento tibial
anterior, pois aceita 75% da força em extensão completa e um adicional de 10% (até 90.º)
de flexão do joelho. Com esses dados fica evidente que o LCA é o mais exigido no dia a dia
de uma pessoa saudável, que pratica esporte por lazer ou profissão.

Menisco

Os meniscos são elementos cartilaginosos presentes na articulação do joelho que servem


para proteger as extremidades dos ossos de se esfregam entre si e para efetivamente
aprofundar os soquetes tibiais dentro dos quais o fêmur se prende. Eles também possuem
papel na absorção de choque mecânico. Existem dois meniscos em cada joelho, o menisco
medial e o menisco lateral. Um deles ou ambos podem ser lesionados, quando o joelho é
rotado ou dobrado com força acima do normal, e ou sofre grande impacto.

Movimentos

O joelho permite os seguintes movimentos: flexão, extensão, assim como uma leve rotação
lateral e medial. O joelho também possui mecanismos especiais de travamento e
destravamento, relacionados ao movimento dos côndilos femorais no platô tibial.

140
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

A flexão é permitida até 120º quando o quadril está estendido, 140º quando o quadril está
flexionado e 160º quando o joelho é flexionado passivamente. A rotação medial é limitada
a 10º e a lateral a 30º . A rotação medial e lateral só ocorre com o joelho flexionado.

Lesão

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Articulação do Joelho
A articulação do joelho pode ser descrita como um gínglimo ou articulação em dobradiça
(entre o fêmur e a tíbia) e plana (entre o fêmur e a patela).

Os ossos da articulação do joelho são unidos pelas seguintes estruturas:

Cápsula Articular - Consiste em uma membrana fibrosa, delgada mas resistente, reforçada
em quase toda sua extensão por ligamentos intimamente aderidos a ela. Abaixo do tendão
do quadríceps femoral a cápsula é representada apenas pela membrana sinovial.

Ligamento Patelar - É a porção central do tendão do quadríceps femoral que se continua da


patela até a tuberosidade da tíbia. É um forte feixe ligamentoso, achatado, com cerca de
8cm de comprimento. A face posterior do ligamento patelar está separada da membrana
sinovial por um grande coxim gorduroso infra-patelar e da tíbia por uma bolsa sinovial.

Ligamento Poplíteo Oblíquo - É um feixe fibroso, largo e achatado, formado por fascículos
separados uns dos outros. Forma parte do soalho da fossa poplítea.

Ligamento Poplíteo Arqueado - Forma um arco do côndilo lateral do fêmur à face posterior
da cápsula articular. Está unido ao processo estilóide da cabeça da fíbula por seis feixes
convergentes.

Ligamento Colateral Tibial - é um feixe membranáceo, largo e achatado que se prolonga


para parte posterior da articulação. Insere-se no côndilo medial do fêmur e no côndilo
medial da tíbia. É intimamente aderente ao menisco medial. Impede o movimento de
afastamento dos côndilos mediais do fêmur e tíbia (bocejo medial).

Ligamento Colateral Fibular - é um cordão fibroso, arredondado e forte, inserido no côndilo


lateral do fêmur e na cabeça da fíbula. Não se insere no menisco lateral. Impede o
movimento de afastamento dos côndilos laterais do fêmur e tíbia (bocejo lateral).

Ligamento Cruzado Anterior (LCA) - insere-se na eminência intercondilar da tíbia e vai se


fixar na face medial do côndilo lateral do fêmur. O LCA apresenta um suprimento
sangüíneo relativamente escasso. Impede o movimento de deslizamento anterior da tíbia ou

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

deslizamento posterior do fêmur (Movimento de gaveta anterior), além da hipertensão do


joelho.

Ligamento Cruzado Posterior (LCP) - é mais robusto, porém mais curto e menos oblíquo
em sua direção quando comparado ao LCA. Insere-se na fossa intercondilar posterior da
tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e dirige-se para frente e medialmente,
para se fixar na parte anterior da face medial do côndilo medial do fêmur. O LCP é estirado
durante a flexão da articulação joelho. Impede o movimento de deslizamento posterior da
tíbia ou o deslocamento anterior do fêmur (Movimento de gaveta posterior).
Além dos ligamentos, o joelho possue também outra estrutura importantíssima na sua
estabilização, biomecânica e absorção de impactos: os meniscos.

Os meniscos são duas lâminas em forma de crescente que servem para tornar mais
profundas as superfícies das faces articulares da cabeça da tíbia que recebem os côndilos do
fêmur. Cada menisco cobre aproximadamente os dois terços periféricos da face articular
correspondente da tíbia.

Menisco Medial - é de forma quase semi-circular, um pouco alongado e mais largo


posteriormente. Sua extremidade anterior fixa-se na fossa intercondilar anterior da tíbia e a
posterior na fossa intercondilar posterior da tíbia.

Menisco Lateral - é quase circular e recobre uma extensão da face articular maior do que a
recoberta pelo menisco medial. Sua extremidade anterior fixa-se na eminência intercondilar
anterior da tíbia e a posterior na eminência intercondilar da tíbia.

Ligamento Transverso - une a margem anterior, convexa, do menisco lateral, à extremidade


anterior do menisco medial. As vezes está ausente.

Ligamentos Coronários - São porções da cápsula que unem a periferia dos meniscos com a
margem da cabeça da tíbia.

Distalmente à articulação do joelho e ainda nas porções proximais da fíbula e da tíbia,


encontramos outra articulação importante: a articulação tibio-fibular proximal. É uma
articulação deslizante entre o côndilo lateral da tíbia e a cabeça da fíbula. É formada por
uma cápsula articular e os ligamentos anterior e posterior.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Cápsula Articular - Circunda a articulação e adere ao redor das margens das facetas
articulares da tíbia e fíbula.

Ligamento Anterior - Consiste de 2 ou 3 feixes chatos e largos que se dirigem obliquamente


da cabeça da fíbula para a parte anterior do côndilo lateral da tíbia.

Ligamento Posterior - É um feixe único, largo e espesso, que se dirige obliquamente para
cima, da parte posterior da cabeça da fíbula para a parte posterior do côndilo lateral da tíbia.

Vista Anterior das Estruturas Articulares do Joelho.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TOMOGRAFIA DE EXTREMIDADES ( pés, joelho, tornozelo, punho, ombro, cotovelo e


etc..).
Em alguns casos deve-se fazer coronal e axial dependendo da estrutura, indicação clínica e
rotina do serviço.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

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FILMES PARA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:

Os filmes para TC são muito sensíveis e deve-se tomar cuidado ao manuseá-los, guardando-
os em local seco, em posição vertical, com pouca claridade e fora do alcance de qualquer
fonte de calor, de preferência dentro de uma câmara escura.
Deve-se atentar ao correto posicionamento destes filmes nos cassetes. Em geral são
colocados com o lado brilhante para baixo, sendo essa posição orientada pela disposição de
picotes na borda de um dos lados do filme que podem ser sentidos ao tato.Antes do
manuseio deve-se lavar e secar as mãos, para evitar a presença de digitais nos
filmes(artefato). É aconselhável ¨folhear¨ levemente as películas para se desfazer algum
eventual ponto de aderência,evitando que os filmes se enrosquem durante o processo de
revelação.

FOTOGRAFIA OU FOTO-DOCUMENTAÇÃO:

CÂMARA LASER MULTIFORMATO (DIGITAL OU ANALÓGICA)

Acoplada ao equipamento de TC, essa câmara permite a impressão em filmes radiográficos


das imagens adquiridas pelo tomógrafo. É semelhante a uma máquina fotográfica gravando
no filme um registro definitivo das imagens selecionadas no monitor. O filme já exposto é
transferido para o cassete, que é levado a uma processadora para revelação. Há vários
modelos de câmara laser, inclusive com sistema de revelação a seco(dry view).

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

RADIOPROTEÇÃO

A radiação é algo que sempre fez parte de nossas vidas, como por exemplo, a radiação da
luz solar. De acordo com a dose de radiação recebida o seu efeito é diferente, podendo levar
até a morte instantânea ou apenas a assistência médica. Cada órgão também reage de forma
diferente de outro, tendo, assim, tolerâncias diferenciadas. As radiações também podem
provocar alterações significativas no desenvolvimento de mamíferos irradiados ainda no
útero. As radiações ionizantes são agentes mutagênicos, e em seres humanos é muito difícil
detectar essas alterações, mesmo que o índice da radiação seja muito grande.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

FONTES DE RADIAÇÕES IONIZANTES

Radiações ionizantes por definição são todas aquelas com energia superior a 12,4 eV e que
são capazes de ionizar átomos. Durante toda a vida, os seres humanos estão expostos
diariamente aos efeitos das radiações ionizantes. Estas radiações podem ser de origem
natural ou artificial. As fontes naturais representam cerca de 70% da exposição, sendo o
restante, devido ás fontes artificiais.

INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM AS CÉLULAS

No processo de interação da radiação com a matéria ocorre transferência de energia, que


pode provocar ionização e excitação dos átomos e moléculas provocando modificação (ao
menos temporária) na estrutura das moléculas. O dano mais importante que ocorre é no
DNA. Os efeitos físico-químicos acontecem instantaneamente, entre 10-13 e 10-10
segundos e nada podemos fazer para controlá-los. Os efeitos biológicos acontecem em
intervalos de tempo que vão de minutos a anos. Consistem na resposta natural do
organismo a um agente agressor e não constituem necessariamente em doença.
Ex: redução de leucócitos.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Os efeitos orgânicos são as doenças, e representam a incapacidade de recuperação do


organismo devido à freqüência ou quantidade dos efeitos biológicos. Ex: catarata, câncer
ou leucemia.

A exposição externa é resultante ao corpo, proveniente dos raios-x ou fontes radioativas. A


exposição interna resulta da entrada de material radioativo no organismo por inalação,
ingestão, ferimentos ou absorção pela pele. O tempo de manifestação dos efeitos causados
por estas exposições pode ser tardio, os quais se manifestam apos 60 dias, ou imediatos,
que ocorrem num período de poucas horas ate 60 dias. Quanto ao nível de dano, os efeitos
podem ser somáticos, que acontecem na própria pessoa irradiada ou hereditária, os quais se
manifestam na prole do individuo como resultado de danos causados nas células dos órgãos
reprodutores.

Os Efeitos biológicos das radiações ionizantes podem ser estocásticos ou


determinísticos, a principal diferença entre eles é que os efeitos estocásticos causam a
transformação celular enquanto que os determinísticos causam a morte celular.
Os efeitos estocásticos causam uma alteração aleatória no DNA de uma única célula que, no
entanto, continua a reproduzir-se, e levam a transformação celular.

Os efeitos hereditários são estocásticos, não apresentam limiar de dose, o dano pode
ser causado por uma dose mínima de radiação. O aumento da dose somente aumenta a
probabilidade e não a severidade do dano. A severidade é determinada pelo tipo e
localização do tumor ou pela anomalia resultante, no entanto o organismo apresenta
mecanismos de defesa muito eficientes, a maioria das transformações neoplásicas não
evolui para câncer, quando este mecanismo falha, apos um longo período de latência, o
câncer então aparece, no caso a leucemia entre 5-7 anos e os tumores sólidos 20 anos.
Os efeitos são cumulativos: quanto maior a dose, maior a probabilidade de ocorrência,
quando o dano ocorre em célula germinativa, efeitos hereditários podem ocorrer.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Os efeitos determinísticos levam a morte celular. Existe uma relação previsível entre
a dose e a dimensão do dano esperado, sendo que estes aparecem a partir de uma
determinada dose, a probabilidade de ocorrência e a severidade do dano estão diretamente

relacionadas com o aumento da dose, e as alterações são somáticas. Quando a destruição


celular não pode ser compensada, efeitos clínicos podem aparecer, se a dose estiver acima
do limiar. Por ex. 3-5 Guy eritema, 20 Guy necrose. Indivíduos diferentes apresentam
sensibilidade diferente e, portanto, limiares diferentes.

Exemplos de efeitos determinísticos são: leucopenia, náuseas, anemia, catarata, esterilidade,


hemorragia.

Dose absorvida de corpo Principal dano que Tempo de vida apos a


P
inteiro
R (Gy) Contribui para a morte exposicao (dias)
O
3-5 Danos na medula ossea 30-60
P
R
5-15 Danos gastrointestinais e 10-20
I
E Pulmonares
D
>
A15 Danos no SNC 1-5
D
ES DOS SISTEMAS BIOLÓGICOS
Apesar de todos estes efeitos, o corpo humano apresenta o mecanismo da reversibilidade
que e responsável pelo reparo das células e é muito eficiente, mesmo danos mais profundos
são em geral, capazes de ser reparados ou compensados. A transmissividade é uma
propriedade não se aplicam aos sistemas biológicos, pois os danos biológicos não se

153
transmitem. O que pode ser transmitido é o efeito hereditário em células reprodutivas
danificadas. Existem fatores de influencia os quais são decisivos. Pessoas que receberam a
mesma dose podem não apresentar o mesmo dano. O efeito biológico é influenciado pela
idade, sexo e estado físico.
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
O objetivo primário da proteção radiológica é fornecer um padrão apropriado de proteção
para o homem, sem limitar os benefícios criados pela aplicação das radiações ionizantes. A
proteção radiológica baseia-se em princípios fundamentais que devem ser sempre
observados.

Justificação: o beneficio tem que ser tal que compense o detrimento, que e definido
como sendo a relação entre a probabilidade de ocorrência e grau de gravidade do
efeito.
Otimização: o numero de pessoas expostas, as doses individuais e a probabilidade
de ocorrência de efeitos nocivos devem ser tão baixas quantos razoavelmente
exeqüíveis. (principio ALARA = As Low As Reasonably Achievable).
Limitação de Dose: a dose individual de trabalhadores e indivíduos do publico não
deve exceder os limites de dose recomendados excluindo-se as exposições medicas
de pacientes.
Prevenção de acidentes: todo esforço deve ser direcionado no sentido de estabelecer
medidas rígidas para a prevenção de acidentes.
O Sistema de Proteção Radiológica consiste em evitar os efeitos determinísticos, uma vez
que existe um limiar de dose, manter as doses abaixo do limiar relevante e prevenir os
efeitos estocásticos fazendo uso de todos os recursos disponíveis de proteção radiológica.
Para efeito de segurança em proteção radiológica, considera-se que os efeitos biológicos
produzidos pelas radiações ionizantes sejam cumulativos.

Para a proteção radiológica de exposições externas considera-se:


· Distancia (1/r2). Quanto mais longe da fonte, melhor.
· Tempo. Quanto menos tempo perto da fonte, melhor.
· Blindagem. Quanto mais eficiente for à blindagem, melhor.
Regulamentado pela portaria 453: a sala de comando separada da sala de exames, sala
barita da porta revestida, vidro plumbífero, monitoração individual por dosímetro, luz de
aviso, aventais de chumbo, protetores de gônadas e tireóide que por finalidades:

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

• · Inibir exposição acidental


• · Inibir exposição ocupacional
• · Inibir doses desnecessárias nos pacientes

Na pratica qualquer atividade humana que possa resultar em exposição à radiação. As


exposições dos seres humanos a radiação classificam-se em:

Exposição medica de pessoa como parte de um tratamento ou diagnostico de indivíduos


ajudando a conter, ou amparar um paciente, ou de voluntários participantes de pesquisa
cientifica. Não ha limite de dose, esta é determinada pela necessidade medica no entanto
recomenda-se o uso de níveis de referencia.

Exposição Ocupacional: E aquela ocorrida no ambiente de trabalho.


Exposição do Publico São todas as outras.

A freqüência e a intensidade das exposições podem ser bem variadas e são exemplificadas
abaixo:
Exposição única radiografia convencional.
Exposição fracionada radioterapia (a exposição total necessária para a destruição da
neoplasia e fracionada em 10 ou mais sessões).
Exposição periódica originada da rotina de trabalho com materiais radioativos.
Exposição de corpo inteiro irradiadores de alimentos, acidentes nucleares.
Exposição parcial de acidentes, pessoa que manipula radionuclideos (exposição das mãos).
Exposição colimada radioterapia (o feixe e colimado a região do tumor) feixe intenso.
Esterilização e conservação de alimentos.
Feixe médio radiodiagnostica (alguns mG/incidência).
Feixe fraco radioatividade natural (1 mGy/ano).

RADIAÇÃO
A radiação é originada por algum tipo de procedimento com raios X (em
radiodiagnostico) ou com feixes de elétrons ou raios γ em radioterapia. Neste caso, o

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

paciente não se torna "radioativo" e, portanto não ha nenhum perigo de "contaminar" outras
pessoas ou o meio ambiente. Irradiações severas podem acontecer no caso de explosões de
usinas nucleares ou bombas atômicas. Nestas situações, o meio ambiente fica altamente
radioativo, mas não as pessoas.

AVALIAÇÃO DE DOSES INDIVIDUAIS


Para avaliar as doses de radiação num determinado ambiente são utilizados monitores de
área. Estes ficam em locais de fácil acesso e visualização e são acionados sempre que os
níveis de radiação ultrapassam os limites de segurança. Para a monitoração individual, são
encontrados vários tipos de equipamentos: filme dosimetrico, TLD (dosimetro termo-
luminescente), caneta dosimetrica e outros. O uso do dosimetro é geralmente obrigatório, a
não ser que a monitoração de área demonstre que não ha risco. Um dos tipos de dosimetro
individual mais utilizado é o dosimetro de tórax. Este deve sempre ser posicionado na parte
superior do tórax, é um dosimetro que registra a dose de corpo inteiro. No caso do uso de
avental de chumbo, o dosimetro deve ser posicionado sobre o avental. Neste caso, deve-se
avisar ao serviço de proteção radiológica que informara a empresa responsável pela
monitoração pessoal, que então aplicara o fator de correção adequado (1/10), para o calculo
da dose efetiva.
· Dosimetro de extremidade: pulseira, anel. Geralmente utilizado por profissionais que
lidam com fontes não seladas ou com equipamentos de fluoroscopia.

NÍVEIS DE REFERÊNCIA
· Nível de Registro: (0,2 mSv), (aplicado no programa de monitoração individual).
· Nível de Investigação: (1,2 mSv) valor acima do qual se justifica investigação. Relativo a
um só evento.
· Nível de Intervenção: (4,0 mSv) interfere com a cadeia normal de responsabilidades.
Interdição do serviço, afastamento do profissional para investigação.

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

LIMITES DE DOSES ANUAIS


Trabalhador Publico
· DOSE EFETIVA 20 mSv/ano* 1 mSv/ano**
*Valor médio por um período de 5 anos, não ultrapassando 50 mSv em um único ano.
**Em casos especiais, pode ser usado um limite maior desde que o valor médio não
Ultrapasse um mSv/ano.
· DOSE EQUIVALENTE
Cristalino 150 mSv/ano 15 mSv/ano
Pele 500 mSv/ano 50 mSv/ano
Extremidades 500 mSv/ano

RISCOS RELATIVOS
Chances de morrer em conseqüência de atividades comuns em nossa sociedade (1 em 1
milhão).
· Fumar 1,4 cigarros (câncer de pulmão)
· Passar 2 dias em Nova York (poluição do ar)
· Dirigir 65 km. em um carro (acidente)
· Voar 2500 milhas de avião (acidente)
· Praticar 6 minutos de canoagem
· Receber 0,1 msv de radiação (câncer)
No Brasil, recentemente, com a publicação da portaria: # 453 da SVS/MS “Diretrizes de
Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico” em 02/06/98, tornou-
se obrigatória a implantação de diversos aspectos relativos a qualidade dos Serviços
Radiológicos de Saúde dentre os quais, a implantação de um PGQ em toda instituição que
faca uso de radiações ionizantes. Esta portaria originou-se da constatação feita pelo
IRD/CNEN (Instituto de radioproteção e Dosimetria / Comissão Nacional de Energia
Nuclear) através de seus programas RXD e RXO, de que cerca de 80 % dos equipamentos
de radiodiagnostico no Brasil, encontravam-se fora dos padrões mínimos de qualidade. Esta
falta de controle de qualidade acarreta altas doses nos pacientes e custos elevados
provocados pelos altos índices de rejeição de radiografias.

157
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE:


Os testes de controle de qualidade são parte importante do PGQ e devem ter periodicidade
adequada e ser feitos, no mínimo, de acordo com os intervalos estabelecidos na portaria #
453. No entanto, cada instituição deve estabelecer seus próprios protocolos, de acordo com
a idade e a taxa de uso dos equipamentos e as condições de manutenção dos mesmos.
Os testes de controle de qualidade permitem que se obtenham equipamentos estáveis e que
reproduzam o mesmo padrão de imagem para uma determinada técnica radiográfica.

A padronização da técnica radiográfica visa maximizar a qualidade da imagem. Os testes


obrigatórios são: KVp mA.s, camada semi-redutora, alinhamento do feixe central,
linearidade da taxa de exposição com mA.s, rendimento do tubo, reprodutibilidade da taxa
de exposição, reprodutibilidade do controle automático de exposição (AEC), tamanho do
ponto focal, integridade dos equipamentos de proteção individual, vedação das câmaras
escuras, exatidão do sistema de colimação, resolução de baixo e alto contraste em
fluoroscopia, contato tela-filme, alinhamento de grade, integridade de telas e chassis,
condições dos negatoscopios, índice de rejeição de radiografias, temperatura do sistema de
processamento, sensitometria do sistema de processamento e calibração, Constancia e
uniformidade dos números de tomografia computadorizada.

VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (VPI)


Existem diversos tipos de vestimentas (figura 6) destinadas a proteger as pessoas contra os
efeitos das radiações ionizantes. Dentre as mais usadas, encontram-se os aventais de
chumbo (longos ou curtos), os protetores de tireóide e de gônadas, os óculos plumbiferos,
as luvas e as mangas protetoras. Estas vestimentas possuem especificações e equivalência
em chumbo que devem ser adequadas ao tipo de radiação „a qual se vai estar exposto. Alem
disso, pode-se também fazer uso de anteparos moveis de chumbo (biombos de chumbo).

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

Sempre que possível, deve-se utilizar as VPIs tanto no staff medico, quanto nos
acompanhantes quando estes são solicitados a conter ou confortar um paciente. Devem
também ser usadas pelos próprios pacientes a fim de evitar exposições desnecessárias de
regiões do corpo que não estão sendo radiografadas. Cuidados devem ser tomados quanto à
manipulação das VPIs. Os aventais de chumbo são especialmente frágeis e devem ser
manipulados cuidadosamente. Apos o uso, devem ser guardados em cabides apropriados ou
sempre na posição horizontal sem dobras. Os maus tratos podem causar fissuras e ate
mesmo o rompimento do lençol de chumbo, reduzindo o poder de proteção do mesmo e
conseqüentemente, sua vida util.

RADIOGRAFIA
· Radiografia de tórax PA = 0,03 mSv
· Radiografia de abdômen AP = 0,5 mSv
· Pelve AP = 0,2 mSv

FLUOROSCOPIA
· Enema de bário (contraste simples) = 3,1 mSv
· Angiografia cerebral = 3,5 mSv
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

· Angiografia coronariana = 18 mSv


· Colocação de stent coronariano = 50 mSv

MEDICINA NUCLEAR
· Screening ósseo (Tomografia computadorizada-99m) = 4,4 mSv
· Perfusão miocárdica (Tl-201) = 18 mSv

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
· Cabeça = 1,3 mSv
· Tórax = 5,5 mSv
· Pelve e abdômen = 8 mSv

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

PROTOCOLOS:

SEQUENCIAIS

ESTRUTURA SLICE FEED SLICE FEED/ROT: PITCH


S
Base
L de crânio: 03mm 03mm 03mm 03mm - 1.0
I
C
E
F
E
ED SLICE FEED/ROT: PITCH
 Base de crânio: 03mm 03mm 03mm 03mm 1.0
 Cerebro: 08mm 08mm 08mm 08mm 1.0
 S.da face(cor.): 02mm 03mm 02mm 4 mm 1.0
 S.da face(axial): 02mm 04mm 03mm 4.5mm 1.5
 Mastóides(cor/ax): 01mm 01mm 01mm 2.0mm 2.0
 Mandíbula: 03mm 03mm 03mm 4.5mm 1.5
 ATM(cor/ax): 02mm 02mm 02mm 3.0mm 1.5
 Órbitas(cor/ax): 02mm 02mm 02mm 3.0mm 1.5
 Pescoço: 05mm 05mm 05mm 8.0mm 1.6
 Tórax: 10mm 10mm 08mm 12mm 1.5
 Tórax(AR): 01mm 10mm ---- ---- ---
 Abdomen: 10mm 10mm 05mm 9mm 1.8
 Pelve: 08mm 08mm 08mm 12mm 1.5
 Art.coxo-femural: 03mm 03mm 03mm 4.5mm 1.5
 Extremidades: 03mm 03mm 03mm 4.5mm 1.5
 Coluna cervical: 02mm 02mm 02mm 3.0mm 1.5
 Coluna torácica: 05mm 05mm 03mm 4.5mm 1.5
 Coluna lombar: 03mm 03mm 03mm 4.5mm 1.5
 Coluna trauma: 05mm 05mm 05mm 7.5mm 1.5

OBS1: Na TC de Crânio, Tórax AR e exames que necessitem de angulação do Gantry, fazer


seqüencial para reduzir artefatos.

OBS 2: Estes protocolos são sugeridos, de acordo com a capacidade técnica do


equipamento.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

OBS3: Os protocolos de exames especiais (Angios TC e Coronária ), serão abordados no curso


avançado de Tomografia. Garanta já sua inscrição.
curso, não havendo necessidade de citá-los nesta apostila.

Reconstruções:

MIP- Maximum Intensit Projection ( Projeção de Intensidade Máxima)

Angio Membros Inferiores Tórax

3D

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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

MPR- Reconstrução Multiplanar.


Axial

Sagital Coronal

ALGUMAS REGRAS GERAIS:

1- Em geral, os Tomógrafos podem trabalhar com pacientes até 180 KG;


2- Ao ligar o aparelho pela manhã, ou após períodos prolongados de inatividades (6
horas ou mais), é necessário fazer o warm-up (aquecimento) e calibração
(alinhamento e energização dos detectores);
3- Explicar ao paciente como é o exame e solicitar a sua colaboração, orientando-o
devidamente;
4- Deve-se solicitar ao paciente que retire os objetos metálicos como: colares, brincos,
grampos de cabelo, presilhas, etc..;
5- Checar se os pacientes que necessitam de contraste venoso estão em jejum;
6- Após o posicionamento do paciente, certifique-se de que nenhum lençol ou cobertor
fique em posição que dificulte a progressão da mesa durante o exame;
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________

7- No caso de qualquer reação alérgica ou extravasamento do contraste, deve-se


interromper o exame e avisar ao Radiologista responsável imediatamente;
8- Não há contra-indicação formal para o exame de TC, exceto as relacionadas ao uso
de contraste iodado;
9- Os protocolos e valores numéricos apresentados nesta apostila são apenas uma base
de referência. Há uma grande variedade de rotinas de protocolos entre os vários
Serviços de Radiologia no Brasil.

Créditos:
Essa apostila serve como material de apoio pelo seu conteúdo e não tira o crédito do seu
idealizador, porém, sempre que possível procure outras literaturas para que possa adentrar
ainda mais a esse mundo tão mágico que é a Radiologia.
Lembre-se: o seu tutor está disponível para sanar todas as suas dúvidas. Obrigado por
Escolher a Famesp – Faculdade Método de São Paulo
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