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Apostila
Essa apostila contém material suficiente para base de apoio ao curso de
Tomografia Computadorizada. Leia-a, guarde-a para futuras consultas sempre que
tiver alguma dúvida.
Royal Air Force-RAF. Logo após a guerra, obteve uma bolsa para estudar engenharia
mecânica e elétrica na Casa Faraday, em Londres, tendo em seguida se juntado ao staff de
pesquisa da Eletric and Musical Instruments-EMI, em 1951.
Em 1967 transferiu-se para o Laboratório Central de Pesquisas, da EMI. Neste
ano, durante uma caminhada, um dos seus prazeres, se perguntou:
-Será que existe um jeito, uma maneira de determinar o quê está dentro de uma caixa
fechada, fazendo-se leitura desta por todos os ângulos possíveis de análise
HOUNSFIELD imaginou que isso seria possível, em termos biológicos, colimando-se com
precisão um feixe de Raios-x. O desenvolvimento da tecnologia dos computadores e a
noção de que o crânio era uma espécie de caixa-preta, que poderia ser investigada e
interrogada com o uso de raios-x, forneceram as circunstâncias ideais para a sua descoberta.
Em seus experimentos iniciais, usando uma fonte de radiação Gama, levou nove
dias para adquirir os dados e duas horas e meia para reconstruir a imagem na tela do
computador. Substituindo a fonte de Raios Gama por um tubo de Raios X, reduziu o tempo
de scan para nove horas. O princípio baseava-se na rotação-translação do tubo ao redor do
crânio.
A EMI, nessa época, era uma empresa quase totalmente voltada para a fabricação
de discos e componentes eletrônicos e não tinha nenhuma experiência com equipamentos
radiológicos. Os Beatles, que gravavam na época para o selo EMI, foram os responsáveis
pelo apoio financeiro mais significativo para a companhia. O então Departamento de Saúde
foi procurado por Hounsfield e pelos radiologistas James Ambrose e Louis Kreel para
financiar, junto com a EMI, o desenvolvimento de um scanner para a cabeça.
O radiologista Ambrose forneceu a orientação clínica necessária e também
conduziu o primeiro experimento, utilizando um protótipo de scanner de cabeça da EMI, o
Mark 1, em 1972. Logo depois, o Departamento de Saúde solicitaria mais três scanners. Em
1975, enfim, numa conferência internacional em Bermuda, Hounsfield anunciou um
scanner para o acesso a outras partes do corpo. Este pronunciamento foi recebido com
aplausos de pé, da seleta audiência.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
recebeu o prêmio Nobel de Medicina. Em 1981 foi condecorado por Sua Excelência, a
Rainha da Inglaterra. Em 1994 foi eleito Honorary Fellow da Academia Real de
Engenharia. Depois de sua aposentadoria oficial em 1986, continuou a trabalhar como
cientista consultor da EMI e de vários departamentos de Hospitais da Inglaterra.
“Hounsfield foi um homem que contribuiu enormemente, com o seu trabalho,
para o avanço da medicina e do radiodiagnóstico”
PRINCIPIOS BÁSICOS
1º. Geração: Exigiam cerca de 7 minutos para reunir informações suficientes de cada corte.
Consistam de uma ampola de RX, que emitia feixes lineares de RX que eram captados por
um único detector.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
2º. Geração: É utilizado o mesmo tipo de ampola de RX, com a diferença de emitir não um
único feixe, mais vários, e aumenta o número de detectores.
3º. Geração: Aumentaram os números de detectores e o tamanho de feixe, fa- zendo reduzir
ainda mais o tempo de exploração.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Avanço da 4º. Geração: São conhecidos por espirais ou helicoidais, a ampola apresenta giro
contínuo sincronizado dos detectores.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
1-Unidade de Varredura:
*Mesa do paciente
*Gantry - onde fica situado o tubo de raios X e os detectores.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
2-Unidade de Processamento:
3-Unidade de Exibição:
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
4-Unidade de Armazenamento:
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
DETECTORES:
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
PITCH
Representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura do corte. Nas aquisições
das imagens helicoidais com pitch de 1 (1:1), observamos que a mesa se desloca na mesma
proporção da espessura do corte em cada revolução. Assim, se os cortes forem de 10 mm,
para cada imagem a mesa de deslocará 10 mm.
Se alterarmos a relação do pitch para 2:1, a mesa se deslocará numa distância equivalente
ao dobro da espessura do corte por resolução. Nessas circunstâncias podemos concluir que
o tempo necessário para a aquisição de 20 imagens será de 10 segundos, considerando-se
um tempo de resolução de 1 segundo.
Um fator importante a considerar nos casos de trabalho com pitch de relação maior que 1 é
a redução da quantidade de radiação por fatia de corte, o conhecido fator mAs. A redução
desse fator afeta diretamente a qualidade da imagem gerada, que poderá, dependendo das
condições em que foi obtida, se apresentar com exercível nível de ruído, inviabilizando o
seu aproveitamento para fins diagnósticos.
PIXEL
Pixel
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
MATRIZ
É o número de linhas e colunas formadas pelos pixels da tela. Quanto maior o seu número,
melhor a definição da imagem. A matriz utilizada na tomografia é definida como quadrada,
logo o número de linhas será igual ao número de colunas, as matrizes mais comuns são:
128 x 128 = 16.384
256 x 256 = 65.536
512 x 512 = 262.144
1024 x 1024 = 1.048.576
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
ARTEFATOS DE IMAGEM
*Artefato de Anel - Pode ser causado por uma disfunção de qualquer detector causando
uma projeção errada ao longo do anel de dados. Se os detectores não são equivalentes ou
intercalibrados com precisão, a projeção posterior para cada anel de dados seria
ligeiramente diferente produzindo múltiplos anéis.
* Borramento - O mau alinhamento do tubo e detectores causará erro de posicionamento
dos valores calculados, pois os valores medidos estão ocorrendo em linhas diferentes
daquelas assumidas pelo algaritmo de re-
Construção. O resultado pode ser borramento ou também anel ou listras.
* Artefatos ligados ao Paciente - Os artefatos induzidos por movimento freqüentemente
são discretos. Estes artefatos geralmente tem aspecto de listra ou estrela e ocorre quando há
interfaces de alta ou baixa densidade,
por exemplo gás no intestino.Isso ocorre porque o movimento durante o processo de
medida faz com que as estruturas estejam em diferentes posições, quando são feitas
diferentes vistas,de forma que as projeções posteriores não se somam corretamente.
A presença de objetos que possuem atenuação excepcionalmente alta ou baixa pode criar
artefatos, por forçar os detectores a operar em uma região de resposta não-linear.
Isto ocorre quando um mesmo corte apresentar estruturas com densidades muito diferentes
provocando um borramento da imagem.
Se ocorrer uma imagem anormal que pareça sofrer efeito de volume parcial, avalie a região
usando cortes finos anteriores e posteriores.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
É uma escala que vai do preto até o branco, variando tonalidades do cinza e sendo
interpretada numericamente. Essas tonalidades de cinza são adquiridas pela leitura que o
computador faz do valor de atenuação das diferentes estruturas, com diferentes densidades
da mesma. Para cada estrutura haverá um valor de atenuação, que estarão entre + 1000Hu
até –1000Hu passando
pelo zero (0). Estruturas que forem sólidas como osso compacto terá uma densidade em
torno de +1000Hu ,as líquidas terão a densidade 0(zero) e o ar –1000Hu.
Então podemos dizer que para cada estrutura há um valor de atenuação, e estes estarão
sempre entre +1000 HU até –1000HU passando pelo 0 (zero).
ESCALA DE HU:
-1000__________________________0________________________+_1000
AR ÁGUA SÓLIDO
EXEMPLOS DE DENSIDADE DAS ESTRUTURAS:
Tecido TC Aspecto
Ar -1.000 Preto
N
ã Pulmão -900 a -400 Cinza escuro a preto
o Gordura -110 a -65 Cinza escuro a preto
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Água 0 Escala de cinza
e
x Rim 30 Escala de cinza
i Sangue normal 35 a 55 Escala de cinza
s Sangue coagulado 80 Escala de cinza
t
e Substancia cinzenta 30 a 40 Escala de cinza
Substancia branca 35 a 45 Escala de cinza
u
m Músculo 40 a 60 Escala de cinza
Fígado 50 a 85 Escala de cinza
n Osso medular 130 a 250 Escala de cinza
ú
m Osso cortical 300 a 1.000 Branco
ero especifico para cada material. Esse valor depende da estrutura de
que é feito o objeto e da energia inicial aplicada.
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Janela
Janelas são recursos computacionais que permitem após a obtenção das imagens as escala
de cinza possa ser estreitada ou alargada, facilitando a diferenciação entre certas estruturas
de acordo com a necessidade.
A janela é composta por dois elementos: o contraste (W – width ou largura) e a densidade
óptica (L – level ou centro). A largura da janela controla o contraste: uma janela ampla
indica mais números de TC que refletem uma escala longa e, portanto, menos contraste na
imagem, como o exemplo da janela pulmonar.
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Outro fator é o centro da janela, também denominado nível, que controla a densidade da
imagem. Esse valor determina o número de TC que será o cinza central e os extremos da
largura da janela. Escolhe-se, normalmente, o tecido mais freqüentemente de uma
determinada pela maior estrutura anatômica que se encontra em estudo.
Coração
Pulmão
Fígado
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Resolução
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Tamanho da matrix:
Quanto maior a matriz, maior a resolução, porque os pixels serão menores e, quanto menor
o pixel, maiores as chances de visualização de estruturas pequenas.
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PHANTONS
Informações Técnicas
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mAs – Corrente e tempo de exposição – em alguns aparelhos, o mAs pode variar de 100 a
800mA.
Meios de Contraste
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Contraste intravascular são soluções injetáveis de materiais que absorvem raios-X. O fator
de absorção de raios X poderia, em princípio, corresponder a uma variedade de elementos,
mas o iodo é usado universalmente em todas as fórmulas comerciais. A química dos meios
de contraste já foi bem descrita e não será repetida aqui. Sucintamente, os meios de
contraste têm como base um anel triiodado. Os produtos comerciais apresentam diversas
fórmulas e concentrações. Não nos preocuparemos aqui com os efeitos farmacológicos que
também já foram bem descritos em outros locais, mas abordaremos exclusivamente sua
farmacocinética, pois é ela que dita a distribuição e a concentração corporal em qualquer
momento após a injeção e que, portanto, regula a contrastação.
Farmacocinética:
Todos os meios de contraste são moléculas pequenas que, conseqüentemente, cruzam com
bastante liberdade as membranas endoteliais, exceto as do cérebro, no qual a barreira
hematoencefálica impede essa ação. Os meios de contraste não penetram células em grau
significativo e, assim, distribuem – se no líquido extracelular, tanto no espaço intravascular
quanto no extravascular. As vezes são descritos como marcadores do espaço líquido
extracelular. São excretados exclusivamente pelos rins, por filtração glomerular passiva,
sem reabsorção ou secreção tubular ativa.
Fase arterial
Após uma injeção venosa periférica, o meio de contraste chega em cerca de 10 seg.
dependendo do débito cardíaco, á aorta e, daí, á artéria hepática. Uma vez que o fígado
normal só recebe cerca de 15% de sua irrigação sanguínea da artéria hepática, apresenta
uma contrastação sanguínea da artéria hepática, apresenta uma constratação modesta
durante esta fase.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Por outro lado, tumores hepáticos derivam 85% de sua irrigação sanguinea da artéria
hepática e podem apresentar uma contrastação significativa, já nessa fase inicial. Na
verdade, alguns tumores especialmente vascularizados podem aparecer realçados de forma
mais brilhante do que o fígado normal nesse estagio.
Fase venosa
Quando o contraste atinge a artéria hepática, chegam também às artérias esplênica,
mesentérica superior e mesentérica inferior. Cerca de 10 seg. depois retorna via veias
esplênicas, mesentérica superior e inferior, para preencher a veia porta. Uma vez que o
fígado normal deriva cerca de 85% de sua irrigação sanguínea dessa veia, uma acentuada
contrastação hepática normal é observada nessa fase.
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Fov (Field of view – campo de visão) – O Fov é responsável pela determinação do tamanho
da área do objeto que será visualizado para estudo, é o diâmetro de visão mínimo de uma
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
imagem (cm ou mm), ou seja é a parte da matriz que será representada na tonalidade da tela
do monitor de vídeo.
A alteração do diâmetro do FOV irá alterar a área do pixel, pois seu valor é obtido pela
razão entre o FOV e a matriz.
EX: Crânio – Fov: 25cm
Corpo – Fov 35 a 42cm
Fator de zoom – MAG – fator de ampliação – Consiste no fator de ampliação que pode ser
aplicado a uma imagem. O fator normal de aquisição é de 1.0, podendo – se modificar a
imagem em até + ou – 10 vezes.
x
Extensão do estudo – Caracteriza – se pelo volume de interesse, que varia com relação à
extensão da área de estudo, modificando – se diretamente de acordo com o número de
cortes.
Exames
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* Topograma ou Escanograma
O Topograma é uma imagem seqüencial digital obtida por meio do movimento longitudinal
da mesa com o tubo fixo em determinada posição.
A imagem adquirida e semelhante a radiografia convencional porem e um programa de
localização de cortes, em que se marcam os limites superior e inferior das aquisições axiais.
Por meio dele determinamos, também, a que altura encontra-se o corte axial avaliado.
Filtro
Recurso algoritmo usado nos processos de reconstrução das imagens, adequado para cada
tipo de estrutura anatômica em estudo (filtros moles e filtros duros).
Filtros moles - tem sua utilização para estudar partes anatômicas (tecido parenquimatoso,
ou parênquima) e recebe denominação de filtros para partes moles, poderá variar conforme
o fabricante do aparelho.
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Filtros duros - filtro com maior nitidez e definição da imagem realçando as bordas,
margens ou estrutura anatômica, utilizado para estruturas com grande densidade (osso).
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Crânio
Tanto o encéfalo quanto à medula espinhal são envolvidos por três envoltórios ou
membranas protetoras denominadas meninges.
1. Dura – máter
2. Pia – máter
3. Aracnóide
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Dura – máter a mais externa e significa “mãe dura”. Camada forte e fibrosa que possui
uma camada interna (juntam-se para formar a foice cerebral) e outra externa (adere-
se à camada interna da calota craniana).
Espaço epidural ou extra-dural é o espaço virtual entre o osso e a dura-máter. Numa TC,
um hematoma epidural ou extra-dural apresenta-se como uma coleção de sangue
entre a calota craniana e a dura-máter.
Pia – máter a mais interna e significa “mãe delicada”. Muito fina e vascularizada, repousa
junto ao cérebro (envolvendo-o totalmente) e a medula espinhal.
Região infra-parenquimatosa é o espaço virtual entre a pia-máter e a região interior do
cérebro. Numa TC, um hematoma infra-parenquimatoso apresenta-se como uma
coleção de sangue entre a a pia-máter e a região interior do cérebro.
Hematoma infra
parenquimatoso e
interventricular
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Divisões do encéfalo
Prosencéfalo
Cérebro – (Telencéfalo)
Tálamo – (Diencéfalo)
Hipotálamo – (Diencéfalo)
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Anatomia
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Patologias
TC de Crânio - Exame que permite uma avaliação rápida na distinção das lesões.
Planejamento do exame
Entrevista.
Preparo do paciente.
Exame propriamente dito.
Processamento e documentação da imagem.
Análise do exame.
Posicionamento do paciente
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Imobilizar a cabeça.
Colocar as mãos do paciente sobre o abdome ou ao lado do corpo.
Observar: simetria, altura e angulação da cabeça.
Protocolo
Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs: 200
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.923
Rotação: 0.75
Filtro: Brain standard
Window: C: 40 / W: 80
Matrix: 512
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Anatomia Seccional do
crânio
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
HEAD TC ( TC DE CRÂNIO)
Na TC de Crânio fazemos duas programações. A primeira é na base do crânio(região infra-
tentorial) e a segunda é no parênquima cerebral (região supra-tentorial), e a angulação ideal
é a supra-órbito-meatal (para fugir do cristalino).
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
O nariz, a parte superior da via respiratória, contém o órgão periférico do olfato, dividido
em narina direita e esquerda pelo septo nasal. Cada narina pode ser dividida em uma região
olfatória e uma região respiratória. As funções do nariz e das cavidades nasais são:
respiração, olfação, filtração de poeira, umidificação do ar inspirado, e recepção de
secreções dos seios paranasais e dos ductos nasolacrimais.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.
Os pequenos e retangulares ossos nasais unem-se na linha mediana para formar o dorso
do nariz. Os ossos nasais suportam flexíveis lâminas cartilagíneas que participam do
arcabouço do nariz. Fraturas dos ossos nasais ou fragmentação das cartilagens
associadas são lesões comuns da face. A cavidade nasal contém várias aberturas de
drenagem, pelos quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os seios paranasais
compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
É uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada
nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.
O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja face
posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face.
As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa
do nariz. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas.
Em seguida, flui para as cavidades nasais, direita e esquerda que são revestidas por
mucosa respiratória.
O septo nasal separa essas duas cavidades. A cavidade nasal é a escavação que
encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um
direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a
narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da
cavidade nasal com a faringe
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Concha nasal (ou sistema turbinado) é uma protuberância óssea na parede lateral da
fossa nasal. As conchas nasais estão localizadas lateralmente nas cavidades nasais,
curvando-se medialmente e para baixo em direção à via respiratória nasal. Cada par é
composto por uma concha nasal de cada lado da cavidade nasal, divididas pelo septo
nasal. Os três pares, com seus componentes esquerdo e direito, são:
Vamos estudar os seios paranasais para diagnosticar possíveis lesões como: sinusite;
poliposes; tumores ou más formações.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
SPN
Cortes Coronais – Prono e Supino
TÉCNICA DE EXAME
Perpendicular ao palato duro.
Início na parede posterior do seio maxilar e término na margem anterior do seio frontal.
3 mm de espessura.
3 mm de intervalo.
Filtro para partes moles/ósseas.
Uso de contraste depende da indicação clínica.
Tompograma:
perfil View angle: 90
Length: 130
KV: 120
mA: 30
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Posicionamento do paciente
Protocolo
Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: High
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.923
Rotação: 0.75
Filtro: Y- Detail (YD)
Window: C: 300 / W: 3000
Matrix: 512
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Imagem 1
Corte axial. 1, Cavidade orbitária. 2, Seio frontal. 3, Osso esfenóide
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Imagem 2 - Corte axial. 1, Globo ocular. 2, Septo nasal. 3, Células etmoidais. 4, Seios
esfenóidal. 5, Hipófise. 6, Dorso sellae.
Imagem 3
Corte axial. 1, Globo ocular. 2, Septo nasal. 3, Células etmoidais. 4, Seios esfenóidal. 5,
Clivus.
Imagem 4
Corte axial. 1, Seio maxilar esquerdo. 2, Canal nasolacrimal. 3, Concha. 4, Septo nasal. 5,
Arco zigomático. 6, Processo condilar da mandíbula.
Imagem 5
Corte axial. 1, Concha. 2, Seio maxilar. 3, Asa lateral do processo pterigóideo. 4,
Nasofaringe. 5, Atlas (C1). 6, Fenda do palato ptérigo.
Imagem 6
Corte axial. 1, Seio maxilar. 2, Apófisis pterigoides,. 3, Nasofaringe. 4, Mandíbula. 5, Arco
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anterior do atlas. 6, dente do áxis (Processo odontoide).
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Já o conduto auditivo externo tem a função de transmitir os sons captados pela orelha para
o tímpano além de servir de câmara de ressonância ampliando algumas freqüências de sons.
Ele é constituído por cartilagem no terço lateral e osso nos dois terços mediais.
As mastóides e ouvidos ficam situados na base do crânio, nos ossos temporais. Este exame
é indicado para: otite; neurinoma de acústico; otosclerose e colesteatoma.
As posições para este estudo são:
Axial iniciando da porção petrosa da cóclea até a porção final do canal semi- circular
posterior.
Coronal: começa na porção posterior da mandíbula até a porção final do canal semi-
circular posterior.
Cortes e incrementos finos (se possível, 1 mm).
Tompograma:
perfil View angle: 90
Length: 130
KV: 120
mA: 30
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Protocolo
Helical
Thickness (slice): 0.67mm
Increment: 0.33mm
KV: 120
mAs: 600
Resolução: Ultra High
Colimação: 20x0.625
Pitch: 0.348
Rotação: 0.75 sec
Filtro: Y- Sharp (YE)
Window: C: 500 / W: 4000
Matrix: 768
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
PLANO CORONAL
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TOMOGRAFIA DA MANDÍBULA
Sua forma é semelhante a uma ferradura horizontal com abertura posterior (corpo), de cujas
extremidades livres saem dois prolongamentos (ramos).
Na parte posterior, há uma articulação sinovial, com os ossos temporais através do processo
condilar, alongado ortogonalmente ao plano medial; esta articulação designa-se
temporomandibular (ATM).
Cada lado contém, da extremidade anterior à posterior, oito alvéolos para a inserção dos
dentes, respectivamente: dois alvéolos para o engaste dos incisivos; um alvéolo canino,
bastante profundo; dois alvéolos pré-molares e dois ou três molares, dependendo da
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formação ou não do terceiro molar ou dente siso. Ainda sobre a anatomia humana da
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As desordens da ATM não são tão incomuns e têm uma variedade de sinais e sintomas. Os
pacientes podem se queixar de dor de ouvido, dor de cabeça (cefaléia), limitação na
abertura bucal. Também podem relatar clique ou sons de crepiação dentro dessa juntura e
sentem dor quando abrem e fecham a boca. O que deve ser determinado, obviamente é a
causa. Mesmo o simples fato de ouvir um estalido dentro da ATM é sinal de que existe algo
errado; esse estalido não é normal, como se pensa!
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Posicionamento do paciente
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Protocolo
Helical
Thickness (slice): 0.9mm
Increment: 0.45mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.64
Rotação: 0.5 sec
Filtro: Bone (D)
Window: C: 300 / W: 3000
Matrix: 512
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TOMOGRAFIA DE ÓRBITA
A órbita é uma cavidade do esqueleto da face em forma de pirâmide onde estão inseridos o
bulbo do olho, músculos, nervos, vasos e o aparelho lacrimal. A parede superior é formada
pelos ossos frontal e esfenóide; a parede medial pelo etmóide, esfenóide, lacrimal e frontal;
a parede inferior ou assoalho pela maxila, zigomático e palatino; a parede lateral pelo
processo frontal do zigomático e asa maior do esfenóide. O ápice da órbita fica no canal
óptico, formado pela asa menor do esfenóide.
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As paredes medial e inferior são finas e podem ser fraturadas por golpe. O deslocamento
das paredes pode causar um tipo de lesão chamada "fratura por explosão", podendo
envolver os seios etmoidais e esfenoidais, em caso de fratura da parede medial, e o seio
maxilar, em caso de fratura da parede inferior. A parede superior é mais resistente, mas é
fina e um objeto pontiagudo pode penetrá-la, atingindo o lobo frontal do cérebro.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Protocolo
Helical
Thickness (slice): 0.9mm
Increment: 0.45mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.64
Rotação: 0.5 sec
Filtro: Bone (D)
Window: C: 300 / W: 3000
Matrix: 512
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PLANO CORONAL
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
O QUE É HIPÓFISE?
É uma glândula localizada na base do cérebro logo atrás dos olhos, numa região chamada
sela túrcica. Além da prolactina, ela produz vários outros hormônios que estimulam o
crescimento, a contração do útero, o volume da urina e controla o funcionamento de outras
glândulas.
A prolactina é um hormônio produzido pela glândula hipófise, que estimula a produção de
leite pela mama no período da amamentação
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Indicações Comuns:
• Investigação de doenças relacionadas a função hipofisária;
• Transtornos do hipotálamo;
• Defeitos do campo visual;
• Avaliação pós-operatória de adenomas de hipófise.
Scout: Lateral
•Início dos Cortes: Anterior ao dorso da sela
•Término dos Cortes: Ultrapassar os
limites do seio esfenoidal
• Espessura dos Cortes
coronais: Helicoidal 2mm / 2mm.
Multislice 1mm / 0,5mm
63
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Protocolo
Helical
Thickness (slice): 0.9mm
Increment: 0.45mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.64
Rotação: 0.5 sec
Filtro: Bone (D)
Window: C: 300 / W: 3000
Matrix: 512
64
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
65
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
66
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
TOMOGRAFIA DO PESCOÇO
Exame que avalia as alterações em processos inflamatórios, infecciosos, traumáticos,
tumorais e vasculares de várias estruturas como língua, glândulas submandibulares, laringe,
hipofaringe, espaços, recessos, vasos e estruturas musculares de todo o pescoço, até a
entrada do tórax como podemos observar anteriormente.
ANATOMIA
O estudo da anatomia do pescoço pode ser entendido esquematicamente através de um
sistema de triângulos baseados em referenciais anatômicas de superfície. Desta maneira o
músculo esternocleidomastóideo divide o pescoço nos triângulos anterior e posterior. O
osso hióide divide o triângulo anterior nos compartimentos infra e supra-hióide. O ventre
anterior do músculo digástrico divide o compartimento supra-hióide em triângulos
submandibular e submentoniano. O ventre superior do músculo omohióide divide o
compartimento infra-hióide em triângulos carotídeo e muscular. Já o ventre inferior deste
músculo divide o triângulo posterior em triângulos subclávio e occipital. Cada um destes
triângulos contém diferentes estruturas anatômicas.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Uma alternativa ao método dos triângulos cervicais é estudar a anatomia do pescoço através
dos espaços criados pela fáscia cervical profunda (FCP). Esta corresponde a camadas de
fáscia que contornam e envolvem a musculatura e demais estruturas desta região. Ela está
situada profundamente à fáscia cervical superficial e é formada por três camadas
(superficial, média e profunda), que dividem o pescoço em compartimentos ou espaços. O
conhecimento e o entendimento destes espaços são indispensáveis para o cirurgião e
também para o radiologista, uma vez que o diagnóstico diferencial entre as diversas
patologias é freqüentemente definido pelo espaço em que a lesão se localiza. Além disto,
existem comunicações entre diferentes espaços que nos permitem predizer possíveis vias de
disseminação de diversos processos patológicos.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
ESPAÇO BUCAL: não tem limites fasciais propriamente ditos. Contém a gordura bucal,
artéria e veia faciais, ducto parotídeo e músculo bucinador. Em geral é envolvido por
patologias do espaço mastigador. Localiza-se anteriormente ao músculo masséter. O ducto
parotídeo apresenta seu orifício de drenagem localizado na altura do segundo molar
superior, após atravessar o músculo bucinador.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
primeira ordem do couro cabeludo e região facial profunda periparotídea. Com o passar dos
anos pode-se observar um progressivo aumento dos depósitos de gordura no parênquima
glandular, o que torna o contraste desta estrutura com as vizinhas mais evidente aos
métodos de imagem. Duas estruturas que frequentemente nos ajudam a definir que
determinada lesão está situada neste espaço são o ventre posterior do músculo digástrico
(forma uma parte da borda póstero-medial do espaço parotídeo) e o túnel estilo-
mandibular.
Lesões: cistos do primeiro arco branquial, hemangiomas, linfangiomas, abcessos,
linfonodomegalias, lesões inflamatórias e tumorais da glândula parótida, schwanoma do
nervo facial, lipomas.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
ESPAÇO PARAFARÍNGEO: é uma área de tecido gorduroso que ocupa uma localização
central no pescoço. Apesar de não estar contido em uma fáscia própria e abrigar poucas
estruturas esta área é um espaço crítico para o entendimento e localização de lesões dos
diversos espaços supra-hióides (figura 4). Estende-se da base do crânio, onde aparece como
o pequeno ponto de gordura medial aos forames oval e espinhoso, continuando-se
inferiormente até o corno superior do osso hióide. Seus limites são compostos pelas fáscias
dos espaços vizinhos, entretanto inferiormente comunica-se livremente com o espaço
submandibular. Contém gordura, ramos de V3. Ramos das artérias maxilar interna e
faringéia ascendente e plexo venoso faríngeo.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
estende inferiormente até o cóccix. A fáscia alar tem origem na base do crânio, assim como
a pré-vertebral, e estende-se inferiormente formando as paredes posterior e laterais do
espaço retrofaríngeo, cuja parede anterior é formada pela fáscia bucofaríngea (camada
média da fáscia cervical profunda).
O espaço potencial existente entre a fáscia alar e a fáscia pré-vertebral é o espaço perigoso.
O espaço retrofaríngeo estende-se da base do crânio ao mediastino superior, sendo seu
limite inferior a fusão das fáscias bucofaríngea e fáscia alar, que ocorre no nível de T3
(pode ocorrer no intervalo de C6 a T6). É uma via de disseminação potencial de lesões
cervicais para o mediastino. Contém gordura e linfonodos. Estes estão presentes na
porção supra-hióidea e são divididos em cadeias medial e laterais (gânglio de Rouvière).
Após a fusão com a fáscia bucofaríngea, descrita acima, a fáscia alar continua-se
inferiormente até o nível do diafragma. Portanto este é o limite inferior do espaço perigoso,
assim denominado pela possibilidade de servir de via de disseminação de infecções do
pescoço para o mediastino posterior, até o nível do diafragma. Do ponto de vista dos
métodos de imagem não é possível a visibilização das diferentes fáscias, portanto lesões
deste espaço apresentam-se de forma indistinta das lesões do espaço retrofaríngeo (no
compartimento infra-hióide este espaço pode ser denominado retrovisceral).
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
ESPAÇO CERVICAL ANTERIOR: estende-se desde o osso hióide até a clavícula e está
preenchido por gordura. A fáscia visceral o separa do espaço visceral medialmente; a
camada superficial da fáscia cervical profunda limita o espaço ântero-lateralmente e a
bainha carotídea o limita posteriormente. O espaço submandibular está situado
superiormente, sem separação por planos fasciais.
Lesões: lipoma, cisto branquial, abscesso e linfangioma
TÉCNICA DE EXAME
O paciente é deitado na mesa de exames e lentamente será levado para o interior do gantry,
onde serão feitas as imagens da região cervical. É muito importante permanecer imóvel e
seguir as instruções do profissional que realizará o exame. O tempo de exame é variável,
podendo durar de 5 a 20 minutos.
Em relação ao preparo este exame requer um jejum absoluto (inclusive de água) de quatro
horas, cliente deve suspender, nas 48 horas que antecedem o exame e com o consentimento
do médico assistente, o uso de medicamentos que contenham a metformina (Dimefor®,
Glifage®, Glucoformin®, Glucovance® ou Starform®) e a fenformina (Debei®), que é
contraindicado nos exames com contraste iodado endovenoso. A suspensão dessas
medicações ainda precisa ser mantida por 48 horas após o exame.
Posicionamento do paciente
Mesa com suporte axial para crânio.
Paciente em decúbito dorsal, o mais confortável possível.
Imobilizar a cabeça.
Colocar as mãos do paciente ao lado do corpo.
Observar: simetria, altura e angulação da cabeça.
Começando do manúbrio ate a base do crânio.
76
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
.
Protocolo
Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs: 150
Resolução: Standart
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.923
Rotação: 0.75
Filtro: Standart
Window: C: 400 / W: 40
Matrix: 512
77
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
CORTES AXIAIS
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Reconstruções
Axial 2/2
Sagital e Coronal 3/3
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Torax
Cartilage Esterno:
Costal
Manúbrio
Arcos Corpo
Costais
Processo
Segmento vertebral xifóide
torácico
Traquéia
Pulmão
Pleura F
(Recesso pleural) E
IG Seio Costofrênico
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Recesso
costodiafragmático
da cavidade pleural
O sistema respiratório consiste em partes do corpo através das quais o ar passa do nariz e da
boca para o interior dos pulmões, possibilitando a troca gasosa entre o ar e a corrente
sangüínea. Está dividido em 4 partes: laringe, traquéia, brônquios direito e esquerdo e
pulmões. Seguindo da laringe para baixo temos a traquéia, que é a segunda divisão
propriamente dita do sistema respiratório.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Brônquio direito é mais largo, mais curto, possui menor ângulo de divergência (25º
) em relação à traquéia distal e é menos abrupto à direita do que à esquerda. Possui
cerca de 2,5 cm de comprimento por 1,3 cm de largura. Divide-se em três brônquios
secundários (deste modo o pulmão direito possui três lobos) que se subdividem em
ramos menores os bronquíolos, que se espalham por t odas as partes de cada lobo e
terminam em sacos muito pequenos chamados alvéolos, onde são trocados o oxigênio e
o gás carbônico do sangue.
Qual a importância nesta diferença em forma e tamanho? Partículas de comidas e outros
corpos estranhos têm maior tendência a entrar e se alojar no brônquio direito.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Brônquio esquerdo possui ângulo de divergência com diâmetro 1,1 cm menor que o
direito e duas vezes mais comprido (5 cm). Divide-se em dois brônquios
secundários (o pulmão direito possui dois lobos) que se subdividem em ramos
menores os bronquíolos, que se espalham por todas as partes de cada lobo e
terminam em sacos muito pequenos chamados alvéolos, onde são trocados o
oxigênio e o gás carbônico do sangue.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Patologias
Lesões mediastinais
Aneurismas
Abscesso ou cisto
Doença pericárdica
Nódulo
Lesões mediastinais
Aneurismas
Abscesso
Cistos
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Posicionamento do paciente
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
A varredura é planejada desde acima dos ápices até abaixo do diafragma, centrada na linha
média e na linha hemiaxilar
Protocolo
Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs: 200
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.923
Rotação: 0.75
Filtro: Lung Enhacend (L)
Window: C: - 600 / W: 1600
Matrix: 512
86
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Imagem 1
1, Apófise (processo) coracóide. 2, Clavícula direita. 3, Artéria carótida comum direita. 4,
Tireóide. 5, Veia jugular interna esquerda. 6, Clavícula esquerda. 7, Veia subclávia
esquerda. 8, Cabeça do úmero esquerda. 9, Espinha da escápula. 10, Processo espinhoso.
Imagem 2
1, Cabeça do úmero direita. 2, Esôfago. 3, Traquéia. 4, Veia subclávia esquerda. 5, Espinha
da escápula. 6, Glenóide da escapula
Imagem 3
1, Pulmão direito. 2, Costela. 3, Esôfago. 4, Traquéia. 5, Veia braquiocefálica esquerda. 6,
Artéria carótida comum esquerda. 7, Veia axilar esquerda. 8, Pulmão esquerdo. 9, Processo
transverso. 10, Escápula.
Imagem 4
1, Pulmão direito. 2, Costela. 3, Traquéia. 4, Veia braquiocefálica esquerda. 5, tronco
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braquiocefálico (também conhecido como artéria inominada). 6, Artéria carótida comum
esquerda. 7, Artéria subclávia esquerda. 8, Escápula. 9, Esôfago. 10, Processo espinhoso.
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Imagem 5
1, Esôfago. 2, Costela. 3, Traquéia. 4, Veia cava superior. 5, tronco braquiocefálico
(também conhecido como artéria inominada). 6, Artéria carótida comum esquerda. 7, Aorta.
8, Escápula. 9, Canal vertebral.
Imagem 6
1, Pulmão direito. 2, Traquéia. 3, Veia cava superior. 4, Arco aórtico. 5, Pulmão esquerdo.
6, Escápula 7, Corpo vertebral 8, Costela.
Imagem 7
1, Pulmão direito. 2, Veia cava superior. 3, Aorta torácica ascendente. 4, Aorta torácica
descendente. 5, Costela. 6, Pulmão esquerdo. 7, Esôfago. 8, Traquéia
Imagem 8
1, Pulmão direito. 2, Veia pulmonar direita. 3, Veia cava superior. 4, Aorta torácica
ascendente. 5, Artéria pulmonar esquerda. 6, Veia pulmonar esquerda. 7, Pulmão esquerdo.
8, Escápula 9, Canal vertebral. 10, Costela.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Imagem 9
1, Artéria pulmonar direita. 2, Pulmão direito. 3, Veia cava superior. 4, Aorta torácica
ascendente. 5, Tronco pulmonar. 6, Veia pulmonar esquerda. 7, Artéria pulmonar esquerda.
8, Escápula. 9, Costela 10, Pulmão esquerdo.
Imagem 10
1, átrio direito. 2, Raiz da aorta. 3, Raiz do tronco pulmonar. 4, átrio esquerdo. 5, Aorta
torácica descendente.
Imagem 11
1, átrio direito. 2, Raiz da aorta. 3, Ventrículo direito. 4, átrio esquerdo. 5, Aorta torácica
descendente.
Imagem 12
1, Pulmão direito. 2, átrio direito. 3, Ventrículo direito. 4, Ventrículo esquerdo. 5, Pulmão
esquerdo. 6, Aorta torácica descendente.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Imagem 13
1, Esôfago 2, Pulmão direito. 3, Ventrículo direito. 4, Ventrículo esquerdo. 5, Pulmão
esquerdo. 6, Aorta torácica descendente. 7, Processo espinhoso.
Imagem 14
1, Pulmão direito. 2, Veia cava inferior. 3, Ventrículo direito. 4, Ventrículo esquerdo. 5,
Esôfago. 6, Pulmão esquerdo. 7, Aorta torácica descendente. 8, Canal vertebral
Imagem 15
1, Pulmão direito. 2, Fígado. 3, Veia cava inferior. 4, Ventrículo direito. 5, Ventrículo
esquerdo. 6, Esôfago. 7, Pulmão esquerdo. 8, Aorta torácica descendente. 9, Corpo
vertebral.
Imagem 16
1, Lobo inferior de pulmão direito. 2, Fígado. 3, Veia cava inferior. 4, Esôfago. 5, Pulmão
esquerdo 6, Aorta.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Imagem 17
1, Lobo inferior de pulmão direito. 2, Fígado. 3, Veia cava inferior. 4, Lobo inferior de
pulmão esquerdo. 5, Aorta.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Imagem 3
1, Brônquio Intermediário. 2, Linha de junção anterior. 3, brônquio principal esquerdo. 4,
Lobo superior esquerdo. 5, Lobo inferior esquerdo. Seta vermelha, Fissura obliqua (Grande
fissura pulmonar).
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Imagem 4
1, Brônquio lobar inferior direito. 2, Lobo inferior direito. 3, Brônquio lobar médio direito.
4, Lóbulo médio direito. 5, Lobo superior direito. 6, Lobo superior esquerdo. 7, Lobo
inferior esquerdo. Seta branco, Fissura horizontal (Pequena scissure). Seta vermelha,
Fissura obliqua (Grande fissura pulmonar)
Reconstrução coronal 1
1, Traquéia. 2, brônquio principal esquerdo. 3, Brônquio principal direito. 4, Brônquio do
segmento apical do lobo superior direito. 5, Brônquio lobar inferior direito.
Seta vermelha, Fissura obliqua (Grande fissura pulmonar).
Reconstrução coronal 2
1, Traquéia. 2, Lobo superior direito. 3, Lóbulo médio direito. 4, Lobo inferior direito. 5,
Lobo superior esquerdo. 6, Lobo inferior esquerdo. seta preta, Fissura horizontal (Pequena
scissure). Seta vermelha, Fissura obliqua (Grande fissura pulmonar).
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
O Abdômen contém a maioria dos órgãos em forma de tubo do trato digestivo, assim como
outros órgãos sólidos. Os órgãos abdominais ocos incluem o estômago, o intestino delgado
e o cólon com seu apêndice vermiforme. Órgão como o fígado, a vesícula biliar, e o
pâncreas funcionam em associação próxima ao trato digestivo e se comunicam via dutos. O
baço, os rins e asglândula supra-renal também estão no abdômen, junto com muitos outros
vasos sanguíneos como a aorta e a veia cava inferior. Os anatomistas podem considerar a
bexiga urinária, útero, tuba uterina e óvarios tanto como órgãos abdominais ou pélvicos.
Finalmente, o abdômen contém uma membrana extensa chamada peritônio. Uma dobra de
peritônio pode cobrir completamente certos órgãos, ebora ela possa cobrir apenas umaldo
de órgãos que geralmente estão perto da parede abdominal. Estes órgãos os anatomistas
chamam de órgãos retroperitoniais.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
FUNÇÕES
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares
sangüíneos da mucosa do intestino.
Órgãos Anexos:
GLÂNDULAS PARÓTIDAS
GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES
GLÂNDULAS SUBLINGUAIS
FÍGADO
PÂNCREAS
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
O fígado é um órgão que atua como uma glândula do corpo humano e se localiza no
hipocôndrio direito, epigástrio e pequena porção do hipocôndrio esquerdo, sob o diafragma.
Seu peso aproximado é cerca de 2,250-2,500 kg no homem adulto e um pouco menos na
mulher. Em crianças é proporcionalmente maior, pois constitui 1/20 do peso total de um
recém nascido. Na primeira infância é um órgão tão grande, que pode ser sentido abaixo da
margem inferior das costelas, ao lado direito. Funciona como glândula exócrina, isto é,
libera secreções em sistema de canais que se abrem numa superfície externa. Atua também
como glândula endócrina, uma vez que também libera substâncias. Para o entendimento do
funcionamento dinâmico e complexo do fígado, podemos dizer que uma das suas principais
atividades é a formação e excreção da bile; as células hepáticas produzem em torno de 1,5 l
por dia, descarregando-a através do ducto hepático. A transformação de glicose em
glicogênio, e seu armazenamento, se dá nas células hepáticas. Ligada a este processo, há a
regulação e a organização de proteínas e gorduras em estruturas químicas utilizáveis pelo
organismo da concentração dos aminoácidos no sangue, que resulta na conversão de
glicose, esta utilizada pelo organismo no seu metabolismo. Neste mesmo processo, o sub-
produto resulta em uréia, eliminada pelo rim. Além disso, paralelamente existe a elaboração
da albumina, e do fibrinogênio.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
INTESTINO DELGADO
Características
No intestino delgado ocorre a parte mais importante da digestão e é absorvida a maior parte
dos nutrientes. O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por
4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno
(cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma de
ferradura e compreende o piloro, a abertura da parte inferior do estômago pela qual este
esvazia seu conteúdo no intestino.
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
SISTEMA URINÁRIO
Os órgãos urinários compreendem os rins (2), que produzem a urina, os ureteres (2) ou
ductos, que transportam a urina para a bexiga (1), onde fica retida por algum tempo, e a
uretra (1), através da qual é expelida do corpo.
Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um encanamento
constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas – ureteres, bexiga e uretra – não
modificam a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e conduzem a urina
do rim para o meio externo.
Rim
Ureter
Bexiga
Uretra
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Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
RIM
Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura,
entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Sua coloração é vermelho-parda.
Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região superior da
parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª
vértebra lombar. São descritos como órgãos retroperiotoneais, por estarem posicionados por
trás do peritônio da cavidade abdominal.
Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma massa de gordura e de tecido
areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5 a 7,5cm de largura e um
pouco mais que 2,5cm de espessura. O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito
do que o direito. O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170g; na mulher adulta,
entre 115 a 155g. O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo
devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado.
100
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Na margem medial côncava de cada rim encontra-se uma fenda vertical – o HILO RENAL
– onde a artéria renal entra e a veia e a pelve renal deixam o seio renal. No hilo, a veia renal
está anterior à artéria renal, que está anterior à pelve renal. O hilo renal é a entrada para um
espaço dentro do rim. O seio renal, que é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos
sangüíneos e linfáticos e uma variável quantidade de gordura.
FACES (2) - Anterior e Posterior. As duas são lisas, porém a anterior é mais abaulada e a
posterior mais plana.
101
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área
avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marron-avermelhada
profunda, denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as
pirâmides renais. A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu
ápice (extremidade mais estreita), chamada papila renal, aponta para o hilo do rim. As
partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas
renais. Juntos, o córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte funcional,
ou parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins – cerca de 1
milhão de estruturas microscópicas chamadas NÉFRONS. A urina, formada pelos néfrons,
drena para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das
pirâmides.
102
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Os ductos drenam para estruturas chamadas cálices renais menor e maior. Cada rim tem 8-
18 cálices menores e 2-3 cálices maiores. O cálice renal menor recebe urina dos ductos
papilares de uma papila renal e a transporta até um cálice renal maior. Do cálice renal
maior, a urina drena para a grande cavidade chamada pelve renal e depois para fora, pelo
ureter, até a bexiga urinária. O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada
seio renal.
103
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Néfrons
O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim
contém cerca de 1 milhão de néfrons. A forma do néfron é peculiar, inconfundível, e
admiravelmente adequada para sua função de produzir urina.
104
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema
atuando, principalmente, como vias de passagem e áreas de armazenamento. Com a
filtração do sangue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia dos
líquidos do corpo de várias maneiras. As funções dos rins incluem:
105
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
O córtex secreta hormônios essenciais à vida, enquanto que os hormônios medulares não
são essenciais para a vida. A medula da supra-renal pode ser removida, sem causar efeitos
que comprometem a vida. A medula supra-renal secreta dois hormônios: epinefrina
(adrenalina) e norepinefrina. Já o córtex supra-renal secreta os esteróides.
URETER
São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. Órgãos pouco calibrosos, os
ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento. Pelve renal é a
extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim.
106
Tomografando a Técnica de Tomografar_______________________________________________________
Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da parede
posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvina, abrindo-se no óstio do
ureter situado no assoalho da bexiga urinária.
Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os
ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se
move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo.
BEXIGA
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da
urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à
sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal.
É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e,
nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero.
Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na
superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é
sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres
e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem
a persistir nessa área.
A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se
contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter,
envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que controlado
voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar.
A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor nas mulheres porque o
útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.
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URETRA
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por
mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre
para o exterior através do óstio externo da uretra.A uretra é diferente entre os dois sexos.
Uretra Masculina.
A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício
uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado comum de
relaxamento do pênis. É dividida em três porções: a prostática, a membranácea e a
esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. Na uretra masculina
existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório.
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Uretra Feminina.
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estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas
finalidades: conduz a urina e o esperma.
Na maioria das vezes a dor abdominal não indica nenhuma doença séria. A maior parte dos
casos são cólicas intestinais associados à alimentação gordurosa ou a intoxicações
alimentares. As dores de barriga leves, de curta duração ou que desaparecem após algumas
horas são normalmente causadas por dilatações do intestino por gases. Quadros de
ansiedade também podem causar dor abdominal de curta duração, também por aumentar o
conteúdo de gases nos intestinos. A dor abdominal preocupante é aquela que dura várias
horas, muitas vezes dias, que é de grande intensidade, incapacitante ou que está associada a
vômitos ou febre.
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estômago está vazio. A intensidade da dor é muito variável e não serve para distinguir a
úlcera de uma simples gastrite.
A presença de sangue nas fezes ou vômitos com sangue associados a um quadro de
dispepsia costumam indicar uma úlcera sangrante.
Pancreatite aguda:
Hepatite aguda:
Hepatite é o termo usado para descrever a inflamação no fígado.As hepatites mais comuns
são aquelas causadas pelos vírus A, B ou C, porém, podem surgir por várias outras causas,
entre elas por intoxicação medicamentosa ou por álcool. A hepatite aguda costuma causar
uma dor mal definida no hipocôndrio direito e está geralmente associada a presença de
icterícia.
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Apendicite:
A dor da apendicite costuma ser em crescendo e inicia-se difusamente, principalmente ao
redor do umbigo, indo se localizar no quadrante inferior direito do abdômen somente
quando se torna mais intensa. É comum haver febre e vômitos associados.
Diverticulite:
Um divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso (cólon),
semelhante a um dedo de luva, normalmente em pessoas acima de 60 anos. A diverticulite é
a inflamação de um divertículo. A maioria dos divertículos que inflamam estão localizados
na porção descendente do cólon, localizado à esquerda no abdômen. Em 70% dos casos a
diverticulite se manisfesta como uma dor no quadrante inferior esquerdo do abdômen e em
pessoas acima de 60 anos. A dor dura vários dias e costuma vir acompanhada de febre.
Quando ocorre inflamação de um divertículo na parte ascendente do intestino grosso (à
direita), os sintomas são muito parecidos com os da apendicite.
As infecções intestinais, sejam por bactérias ou por vírus, são causas comuns de dor
abdominal. A manifestação mais comum é cólica abdominal associado à diarréia.
Além das causas descritas acima, várias outras também podem causar dor abdominal ou
pélvica, entre elas:
- Menstruação
- Tumores dos órgãos abdominais ou pélvicos
- Obstrução intestinal
- Infarto e isquemia intestinal
- Parasitoses
- Aneurisma de aorta abdominal
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- Infecção urinária
- Hernias
- Cetoacidose diabética
- Doença de Crohn e retocolite ulcerativa
- Doenças do ovário
- Endometriose
- Gravidez ectópica
- Mioma uterino
- Abscesso hepático
- Anemia falciforme
O cálculo renal se manifesta como uma intensa dor na região lombar, unilateralmente.
Frequentemente se irradia para o abdômen, principalmente nos flancos. Se a pedra estiver
obstruindo o ureter já próximo a bexiga, a dor pode ser no hipogástrio ou na fossa ilíaca,
irradiando-se para a região escrotal.
Próstata
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Inflamação
Não é incomum a ocorrência de inflamação na próstata, e esta, pode ser aguda ou crônica.
Neste quadro, os principais sintomas são mal estar e descarga uretral.
Alterações:
A alteração mais freqüente que ocorre na próstata é o aumento crônico de seu tamanho
(hipertrofia). Este quadro ocorre mais comumente nos últimos anos de vida e vem
acompanhada de dificuldade para urinar e retenção de urina. Nos quadros mais graves é
necessário extraí-la através de procedimento cirúrgico.
Câncer de Próstata
Um outro problema que pode ocorrer na próstata, principalmente nos homens de idade mais
avançada, é câncer de próstata. Esta é uma doença bastante grave e que pode levar a óbito.
A prevenção ainda é a melhor medida para esta doença, para tanto, recomenda-se à
realização de exames periódicos a partir dos 40 anos de idade. Quando identificada em fase
inicial, as chances de cura são altas.
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A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, que são
unidos pela sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos
formam a PELVE ÓSSEA.
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É uma articulação do tipo esférica formada pela cabeça do fêmur e a cavidade do acetábulo.
Os ligamentos que formam essa articulação são:
Cápsula Articular - A cápsula articular é forte e espessa e envolve toda a articulação coxo-
femoral. É mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação, onde se requer
maior resistência. Posteriormente e distalmente é delgada e frouxa.
Ligamento Transverso do Acetábulo - É uma parte da orla acetabular, diferindo dessa por
não ter fibras cartilagíneas entre suas fibras. Consiste em fortes fibras achatadas que cruzam
a incisura acetabular.
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Coluna Vertebral
Coluna vertebral: Sustenção ao corpo.
Também conhecida como espinha dorsal, a coluna vertebral é formada por ossos chamados
vértebras. É uma estrutura bastante flexível que dá movimento e sustentação ao corpo.
A coluna vertebral de uma pessoa adulta é composta por 26 ossos e 33 vértebras, sendo 7
vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 vértebras lombares, 1 sacro (formado por 5 vértebras
fusionadas) e 1 cóccix (formado por 4 vértebras fusionadas).
Cifose: é um desvio exagerado da curvatura torácica que deixa a pessoa com as costas
arqueadas, tórax retraído e com projeção dos ombros para frente; Escoliose: Desvio lateral
da coluna vertebral, geralmente localizado na região torácica;
Lordose: desvio que geralmente ocorre na região da bacia e que resulta numa curvatura
exagerada; Hérnia de disco: deslocamento do disco que se localiza entre as vértebras,
ocorre com maior freqüência na região lombar, pois esta, é a região da coluna que suporta
maior peso, além de ser a que apresenta maior curvatura; Artrose: popularmente conhecida
como bico de papagaio, é originada pelo atrito entre as vértebras.
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MEDULA ESPINHAL
Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro
dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral. A medula espinhal é uma massa
cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupa-lo
completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco
menor na mulher.
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Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes
ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior.
Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este
ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior.
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Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior
em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.
Conexões com os nervos espinhais: Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem
conexão com pequenos filamentos nervosos denominados de filamentos radiculares, que se
unem para formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As
duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em um ponto
situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal.
RAIZES NERVOSAS
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Topografia da medula:
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raízes e uma diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes fenômenos são
mais pronunciados na parte caudal da medula, levando a formação da cauda eqüina.
Envoltório da medula:
A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas menínges, que são: dura-
máter, pia-máter e aracnóide. A dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, como
se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana,
caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2. Prolongamentos
laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido
conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos.
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Entre as menínges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica devido
às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como: hematoma
extradural, meningites etc. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o
periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que
constituem o plexo venoso vertebral interno. O espaço subdural, situado entre a dura-máter
e a aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. O espaço
subaracnóideo contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido cérebro-espinhal
ou líquor. Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado subpial,
localizado entre a pia-mater e o tecido nervoso.
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Protocolo
Helical
Thickness (slice): 1mm
Increment: 0.5mm
KV: 120
mAs/ Slice: 350
Resolução: Standard
Colimação: 64x0.625
Pitch: 0.393
Rotação: 1.0 sec
Filtro: Sharp (c)
Window: C: 60 / W: 300
Matrix: 512
Email: leonardosflor@gmail.com
Blog: http://leonardoflor.blogspot.com/
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COLUNA LOMBAR
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TOMOGRAFIA DO OMBRO
Esternoclavicular
Acromioclavicular
Glenoumeral
Articulação Esternoclavicular:
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extremidades esternais das clavículas.
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Articulação Acromioclavicular:
Articulação Gleno-umeral:
Esta é uma articulação esferóide multiaxial com três graus de liberdade. As faces articulares
são a cabeça hemisférica do úmero (convexa) e a cavidade glenóide da escápula (côncava).
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Ligamento Transverso do Úmero - é uma estreita lâmina de fibras curtas e transversais que
unem o tubérculo maior e o menor, mantendo o tendão longo do bíceps braquial no sulco
intertubercular. Lábio (Labrum) Glenoidal - é uma orla fibrocartilagínea inserida ao redor
da cavidade glenóide. Tem importante função na estabilização glenoumeral e quando
rompido proporciona uma instabilidade articular faciltando o deslocamento anterior ou
posterior do úmero (luxação).
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TOMOGRAFIA DO JOELHO
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O joelho ainda possui ligamentos que estabilizam a articulação, auxiliados pelos meniscos
(interno ou medial e externo ou lateral), que estabilizam o joelho, e amortecem os impactos
sobre as cartilagens.
Menisco
Movimentos
O joelho permite os seguintes movimentos: flexão, extensão, assim como uma leve rotação
lateral e medial. O joelho também possui mecanismos especiais de travamento e
destravamento, relacionados ao movimento dos côndilos femorais no platô tibial.
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A flexão é permitida até 120º quando o quadril está estendido, 140º quando o quadril está
flexionado e 160º quando o joelho é flexionado passivamente. A rotação medial é limitada
a 10º e a lateral a 30º . A rotação medial e lateral só ocorre com o joelho flexionado.
Lesão
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Articulação do Joelho
A articulação do joelho pode ser descrita como um gínglimo ou articulação em dobradiça
(entre o fêmur e a tíbia) e plana (entre o fêmur e a patela).
Cápsula Articular - Consiste em uma membrana fibrosa, delgada mas resistente, reforçada
em quase toda sua extensão por ligamentos intimamente aderidos a ela. Abaixo do tendão
do quadríceps femoral a cápsula é representada apenas pela membrana sinovial.
Ligamento Poplíteo Oblíquo - É um feixe fibroso, largo e achatado, formado por fascículos
separados uns dos outros. Forma parte do soalho da fossa poplítea.
Ligamento Poplíteo Arqueado - Forma um arco do côndilo lateral do fêmur à face posterior
da cápsula articular. Está unido ao processo estilóide da cabeça da fíbula por seis feixes
convergentes.
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Ligamento Cruzado Posterior (LCP) - é mais robusto, porém mais curto e menos oblíquo
em sua direção quando comparado ao LCA. Insere-se na fossa intercondilar posterior da
tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e dirige-se para frente e medialmente,
para se fixar na parte anterior da face medial do côndilo medial do fêmur. O LCP é estirado
durante a flexão da articulação joelho. Impede o movimento de deslizamento posterior da
tíbia ou o deslocamento anterior do fêmur (Movimento de gaveta posterior).
Além dos ligamentos, o joelho possue também outra estrutura importantíssima na sua
estabilização, biomecânica e absorção de impactos: os meniscos.
Os meniscos são duas lâminas em forma de crescente que servem para tornar mais
profundas as superfícies das faces articulares da cabeça da tíbia que recebem os côndilos do
fêmur. Cada menisco cobre aproximadamente os dois terços periféricos da face articular
correspondente da tíbia.
Menisco Lateral - é quase circular e recobre uma extensão da face articular maior do que a
recoberta pelo menisco medial. Sua extremidade anterior fixa-se na eminência intercondilar
anterior da tíbia e a posterior na eminência intercondilar da tíbia.
Ligamentos Coronários - São porções da cápsula que unem a periferia dos meniscos com a
margem da cabeça da tíbia.
Cápsula Articular - Circunda a articulação e adere ao redor das margens das facetas
articulares da tíbia e fíbula.
Ligamento Posterior - É um feixe único, largo e espesso, que se dirige obliquamente para
cima, da parte posterior da cabeça da fíbula para a parte posterior do côndilo lateral da tíbia.
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Os filmes para TC são muito sensíveis e deve-se tomar cuidado ao manuseá-los, guardando-
os em local seco, em posição vertical, com pouca claridade e fora do alcance de qualquer
fonte de calor, de preferência dentro de uma câmara escura.
Deve-se atentar ao correto posicionamento destes filmes nos cassetes. Em geral são
colocados com o lado brilhante para baixo, sendo essa posição orientada pela disposição de
picotes na borda de um dos lados do filme que podem ser sentidos ao tato.Antes do
manuseio deve-se lavar e secar as mãos, para evitar a presença de digitais nos
filmes(artefato). É aconselhável ¨folhear¨ levemente as películas para se desfazer algum
eventual ponto de aderência,evitando que os filmes se enrosquem durante o processo de
revelação.
FOTOGRAFIA OU FOTO-DOCUMENTAÇÃO:
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RADIOPROTEÇÃO
A radiação é algo que sempre fez parte de nossas vidas, como por exemplo, a radiação da
luz solar. De acordo com a dose de radiação recebida o seu efeito é diferente, podendo levar
até a morte instantânea ou apenas a assistência médica. Cada órgão também reage de forma
diferente de outro, tendo, assim, tolerâncias diferenciadas. As radiações também podem
provocar alterações significativas no desenvolvimento de mamíferos irradiados ainda no
útero. As radiações ionizantes são agentes mutagênicos, e em seres humanos é muito difícil
detectar essas alterações, mesmo que o índice da radiação seja muito grande.
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Radiações ionizantes por definição são todas aquelas com energia superior a 12,4 eV e que
são capazes de ionizar átomos. Durante toda a vida, os seres humanos estão expostos
diariamente aos efeitos das radiações ionizantes. Estas radiações podem ser de origem
natural ou artificial. As fontes naturais representam cerca de 70% da exposição, sendo o
restante, devido ás fontes artificiais.
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Os efeitos hereditários são estocásticos, não apresentam limiar de dose, o dano pode
ser causado por uma dose mínima de radiação. O aumento da dose somente aumenta a
probabilidade e não a severidade do dano. A severidade é determinada pelo tipo e
localização do tumor ou pela anomalia resultante, no entanto o organismo apresenta
mecanismos de defesa muito eficientes, a maioria das transformações neoplásicas não
evolui para câncer, quando este mecanismo falha, apos um longo período de latência, o
câncer então aparece, no caso a leucemia entre 5-7 anos e os tumores sólidos 20 anos.
Os efeitos são cumulativos: quanto maior a dose, maior a probabilidade de ocorrência,
quando o dano ocorre em célula germinativa, efeitos hereditários podem ocorrer.
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Os efeitos determinísticos levam a morte celular. Existe uma relação previsível entre
a dose e a dimensão do dano esperado, sendo que estes aparecem a partir de uma
determinada dose, a probabilidade de ocorrência e a severidade do dano estão diretamente
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transmitem. O que pode ser transmitido é o efeito hereditário em células reprodutivas
danificadas. Existem fatores de influencia os quais são decisivos. Pessoas que receberam a
mesma dose podem não apresentar o mesmo dano. O efeito biológico é influenciado pela
idade, sexo e estado físico.
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PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
O objetivo primário da proteção radiológica é fornecer um padrão apropriado de proteção
para o homem, sem limitar os benefícios criados pela aplicação das radiações ionizantes. A
proteção radiológica baseia-se em princípios fundamentais que devem ser sempre
observados.
Justificação: o beneficio tem que ser tal que compense o detrimento, que e definido
como sendo a relação entre a probabilidade de ocorrência e grau de gravidade do
efeito.
Otimização: o numero de pessoas expostas, as doses individuais e a probabilidade
de ocorrência de efeitos nocivos devem ser tão baixas quantos razoavelmente
exeqüíveis. (principio ALARA = As Low As Reasonably Achievable).
Limitação de Dose: a dose individual de trabalhadores e indivíduos do publico não
deve exceder os limites de dose recomendados excluindo-se as exposições medicas
de pacientes.
Prevenção de acidentes: todo esforço deve ser direcionado no sentido de estabelecer
medidas rígidas para a prevenção de acidentes.
O Sistema de Proteção Radiológica consiste em evitar os efeitos determinísticos, uma vez
que existe um limiar de dose, manter as doses abaixo do limiar relevante e prevenir os
efeitos estocásticos fazendo uso de todos os recursos disponíveis de proteção radiológica.
Para efeito de segurança em proteção radiológica, considera-se que os efeitos biológicos
produzidos pelas radiações ionizantes sejam cumulativos.
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A freqüência e a intensidade das exposições podem ser bem variadas e são exemplificadas
abaixo:
Exposição única radiografia convencional.
Exposição fracionada radioterapia (a exposição total necessária para a destruição da
neoplasia e fracionada em 10 ou mais sessões).
Exposição periódica originada da rotina de trabalho com materiais radioativos.
Exposição de corpo inteiro irradiadores de alimentos, acidentes nucleares.
Exposição parcial de acidentes, pessoa que manipula radionuclideos (exposição das mãos).
Exposição colimada radioterapia (o feixe e colimado a região do tumor) feixe intenso.
Esterilização e conservação de alimentos.
Feixe médio radiodiagnostica (alguns mG/incidência).
Feixe fraco radioatividade natural (1 mGy/ano).
RADIAÇÃO
A radiação é originada por algum tipo de procedimento com raios X (em
radiodiagnostico) ou com feixes de elétrons ou raios γ em radioterapia. Neste caso, o
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paciente não se torna "radioativo" e, portanto não ha nenhum perigo de "contaminar" outras
pessoas ou o meio ambiente. Irradiações severas podem acontecer no caso de explosões de
usinas nucleares ou bombas atômicas. Nestas situações, o meio ambiente fica altamente
radioativo, mas não as pessoas.
NÍVEIS DE REFERÊNCIA
· Nível de Registro: (0,2 mSv), (aplicado no programa de monitoração individual).
· Nível de Investigação: (1,2 mSv) valor acima do qual se justifica investigação. Relativo a
um só evento.
· Nível de Intervenção: (4,0 mSv) interfere com a cadeia normal de responsabilidades.
Interdição do serviço, afastamento do profissional para investigação.
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RISCOS RELATIVOS
Chances de morrer em conseqüência de atividades comuns em nossa sociedade (1 em 1
milhão).
· Fumar 1,4 cigarros (câncer de pulmão)
· Passar 2 dias em Nova York (poluição do ar)
· Dirigir 65 km. em um carro (acidente)
· Voar 2500 milhas de avião (acidente)
· Praticar 6 minutos de canoagem
· Receber 0,1 msv de radiação (câncer)
No Brasil, recentemente, com a publicação da portaria: # 453 da SVS/MS “Diretrizes de
Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico” em 02/06/98, tornou-
se obrigatória a implantação de diversos aspectos relativos a qualidade dos Serviços
Radiológicos de Saúde dentre os quais, a implantação de um PGQ em toda instituição que
faca uso de radiações ionizantes. Esta portaria originou-se da constatação feita pelo
IRD/CNEN (Instituto de radioproteção e Dosimetria / Comissão Nacional de Energia
Nuclear) através de seus programas RXD e RXO, de que cerca de 80 % dos equipamentos
de radiodiagnostico no Brasil, encontravam-se fora dos padrões mínimos de qualidade. Esta
falta de controle de qualidade acarreta altas doses nos pacientes e custos elevados
provocados pelos altos índices de rejeição de radiografias.
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Sempre que possível, deve-se utilizar as VPIs tanto no staff medico, quanto nos
acompanhantes quando estes são solicitados a conter ou confortar um paciente. Devem
também ser usadas pelos próprios pacientes a fim de evitar exposições desnecessárias de
regiões do corpo que não estão sendo radiografadas. Cuidados devem ser tomados quanto à
manipulação das VPIs. Os aventais de chumbo são especialmente frágeis e devem ser
manipulados cuidadosamente. Apos o uso, devem ser guardados em cabides apropriados ou
sempre na posição horizontal sem dobras. Os maus tratos podem causar fissuras e ate
mesmo o rompimento do lençol de chumbo, reduzindo o poder de proteção do mesmo e
conseqüentemente, sua vida util.
RADIOGRAFIA
· Radiografia de tórax PA = 0,03 mSv
· Radiografia de abdômen AP = 0,5 mSv
· Pelve AP = 0,2 mSv
FLUOROSCOPIA
· Enema de bário (contraste simples) = 3,1 mSv
· Angiografia cerebral = 3,5 mSv
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MEDICINA NUCLEAR
· Screening ósseo (Tomografia computadorizada-99m) = 4,4 mSv
· Perfusão miocárdica (Tl-201) = 18 mSv
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
· Cabeça = 1,3 mSv
· Tórax = 5,5 mSv
· Pelve e abdômen = 8 mSv
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PROTOCOLOS:
SEQUENCIAIS
Reconstruções:
3D
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Sagital Coronal
Créditos:
Essa apostila serve como material de apoio pelo seu conteúdo e não tira o crédito do seu
idealizador, porém, sempre que possível procure outras literaturas para que possa adentrar
ainda mais a esse mundo tão mágico que é a Radiologia.
Lembre-se: o seu tutor está disponível para sanar todas as suas dúvidas. Obrigado por
Escolher a Famesp – Faculdade Método de São Paulo
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