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TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA
Conceito
Definição :Tomo : partes
Grafia : imagens.
O tomograma é gerado a
partir de um feixe de raios X
estreito e um detector
montado no lado
diametralmente oposto.
Como o cabeçote e o detector
estão conectados
mecanicamente, eles se
movem de forma síncrona.
Método
Quando o conjunto cabeçote-detector faz uma translação
ou rotação em torno do paciente, as estruturas internas do
corpo atenuam o feixe de raios X de acordo com a
densidade e número atômico de cada tecido. A intensidade
da radiação detectada pelos sensores de raios X varia de
acordo com esse padrão e forma uma lista de intensidades
para cada projeção. No final da translação ou rotação o
conjunto cabeçote-detector retorna para a posição inicial,
a mesa com o paciente se movimenta em alguns
milímetros, e o tomógrafo começa uma nova varredura.
Método
Os dados obtidos, intensidade de raios X ou valores de
atenuação, a posição da mesa e a posição do cabeçote
quando da obtenção dos dados, são armazenados num
computador. Através de equações matemáticas
aplicadas sobre estes valores, torna possível a
determinação de relações espaciais entre as estruturas
internas de uma região selecionada do corpo humano.
Geração de Tomógrafos
A atenuação dos raios X pelos tecidos humanos é
medida por detectores que são alinhados atrás do
paciente, opostamente a fonte de raios X.
Sistema de Rotação-Translação de
Detector Simples
Uma radiação X de feixe muito
estreito varre o corpo em meia
volta (180º) com passo de 1º.
A intensidade do faixe é medida
por um único elemento detector.
Após cada incremento angular,
uma translação linear é
realizada enquanto o raio
atravessa o corpo.
O processo todo leva alguns
minutos para completar cada
corte.
Sistema de Rotação-Translação de
Múltiplos Detectores
 Uma linha de detectores, com 5
a 50 elementos, está localizada
opostamente a fonte de raios X
Um feixe ou leque de raio
reduz o número
 de incrementos angulares
necessários para a varredura.
 As varreduras são feitas em
passos de 10º que
correspondem ao ângulo de
abertura do leque. O tempo
mínimo para a varredura está
entre 6 e 20 segundos para cada
corte.
Sistema de rotação com detectores
móveis
É a 3ª geração de aparelhos,
onde o feixe de raios X
emitido possui uma abertura
muito ampla.
Opostamente a fonte emissora,
uma linha de 200 a 1000
detectores dispostos em
ângulo recebe a radiação após
esta penetrar
todo o corpo do paciente.
Os tempos de processamento
destes aparelhos estão na faixa
entre 1 e 4 segundos por corte.
Sistema de rotação com detectores fixos
São aqueles construídos
com detectores distribuídos
ao longo dos 360º .
A fonte de radiação gira em
torno do arranjo de
detectores que pode ter
entre 800 e 4000 sensores.
O tempo de varredura está
entre 1 e 3 segundos.
Um exame completo de
tórax ou abdômen pode não
atingir1 minuto.
Características da TC
A TC apresenta um feixe de aspecto laminar e em
forma de leque.
A aquisição das imagens ocorre no plano do gantry, o
que, primariamente, gera cortes transversais ao plano
do corpo.
A imagem final e digital e pode ser facilmente
manipulada por programas de computador.
Quanto maior a matriz, melhor será a resolução de
imagem.
Tomografia

O EQUIPAMENTO DE TC
Tomografos
OS EQUIPAMENTOS DE TC ATUAIS, SÃO EM SUA
GRANDE MAIORIA, DO TIPO HELICOIDAL E EM
ALGUNS SERVIÇOS MAIS AVANÇADOS,ENCONTRAMOS
OS DO TIPO MULTISLICE,PORÉM, AINDA EXISTE EM
FUNCIONAMENTO OS DE TERCEIRA GERAÇÃO.EM
GERAL APRESENTAM ARQUITETURA BEM PARECIDAS.
 UM SISTEMA DE TC ESTÁ CONSTITUIDO DE:
 CORPO DO APARELHO ( GANTRY );
 MESA DE EXAMES;
 MESA DE COMANDOS;
 COMPUTADOR PARA PROCESSAMENTO DAS IMAGENS;
 UNIDADE PARA DISTRIBUIÇÃO DE FORÇAS.
GANTRY
GANTRY-É O CORPO DO APARELHO E CONTÉM:
1. TUBO DE RAIOS X.
2. CONJUNTO DE DETECTORES.
3. DAS ( DATA AQUISITION SYSTEM )
4. OBS ( ON BOARD COMPUTER ).
5. STC ( STATIONARY COMPUTER ).
6. TRANSFORMADOR DO ANODO.
7. TRANSFORMADOR DO CATODO.
8. TRANSFORMADOR DO FILAMENTO.
9. BOTÕES CONTROLADORES DOS MOVIMENTOS DA MESA
E DO GANTRY.
10. PAINEL INDICADOR DO POSICIONAMENTO DA MESA E
DO GANTRY.
11. DISPOSITIVO LASER DE POSICIONAMENTO.
12. MOTOR PARA ROTAÇÃO DO TUBO.
13. MOTOR PARA ANGULAÇÃO DO GANTRY.
Mesa
É O LOCAL ONDE SE POSICIONA O
PACIENTE.CONSTITUIDA DE MATERIAL
RADIOTRANSPARENTE E RESISTENTE.POSSUI
ACESSÓRIOS PARA POSICIONAMENTO DO
PACIENTE TAIS COMO:
• SUPORTE DE CRÂNIO.
• EXTENSOR DA MESA.
• DISPOSITIVOS PARA CONTER O PACIENTE.
• SUPORTE PARA MEDICAÇÃO.
• EM GERAL AS MESAS SUPORTAM PACIENTES
COM ATÉ 180 Kg.
MESA DE COMANDO
É O LOCAL DE ONDE ENVIAMOS AS INFORMAÇÕES
PARA O SISTEMA.
NA MESA DE EXME ENCONTRAMOS TODOS OS
PROTOCOLOS NECESSÁRIOS PARA REALIZAÇÃO DOS
EXAME.
 É TAMBEM O LOCAL ONDE PREPARAMOS E TRATAMOS
AS IMAGENS PAR A DOCUMENTAÇÃO.
 NORMALMENTE POSSUI UM MONITOR,PORÉM,EXISTE
ALGUNS CENTROS DE IMAGENS COM DOIS.
POSSUI UM TECLADO ALFA NÚMERICO.
 MOUSE/TRACKBALL
 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE.
MESA DE COMANDO
COMPUTADOR PARA PROCESSAMENTO DE
IMAGEM
 NORMALMENTE FICA JUNTO À MESA DE
COMANDO.
 POSSUI GRANDE VELOCIDADE DE
PROCESSAMNTO.
 ALTA CAPACIDADE DE MEMÓRIA RAM.
 ALTA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DE
DADOS.
 RECURSOS DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA.
OBRIGADO.
Contraste em tomografia
O que é meio de contraste?

Os Meios de Contraste são substâncias radiodensas


capazes de melhorar a definição das imagens obtidas em
exames radiológicos;
 São essenciais para estudos vasculares;
 O agente de contraste “ideal” não deve produzir qualquer
tipo de reação adversa, mas essa substância ainda não
existe.
Estrutura Básica
A estrutura básica dos meios de contraste é formada
por um anel benzênico, no qual foram agregados
átomos de iodo e grupamentos complementares
(ácidos substitutivos orgânicos – R1 e R2).
Podem ser divididos em:
• Iônicos
• Não-Iônicos
• Isosmolar

Nos contrastes iônicos, o grupo ácido (H+) é substituído por um


cátion, sódio (NA+) ou meglumina;

Nos contrastes não-iônicos, o grupo ácido é substituído por


aminas.
Iônicos
Quando o átomo de hidrogênio do agrupamento ácido
é substituído por um cátion, sódio (Na) ou meglumina.
Em solução formando um composto iônico, a ligação
dos compostos triodados se dá por eletrovalência
formando íons positivos e negativos.
Não-iônico
Quando o átomo de hidrogênio do agrupamento ácido
é substituído por uma hidroxilamina carregadora. Em
solução não se dissociam em íons, devido a animação
do radical ácido (-COOH) com amida ou glucamida de
modo que a reação se dá por covalência. Apresenta
baixa osmolalidade e ausência de íons em solução.
Contrastes Iodados
 Hidrofílicos
 Baixa solubilidade
 Pouca afinidade de ligação com proteínas e receptores
de membrana
 Disrtribuim-se no espaço extracelular sem ação
farmacológica significativa.
Meios de Contraste em TC
Uma solução pode ter natureza iônica ou não-iônica
conforme sua estrutura química, mas todas apresentam
algumas propriedades que estão relacionadas à
concentração do soluto:

- Densidade
- Viscosidade
- Osmolalidade
O que isso influencia no paciente?

 Densidade: número de átomos de iodo por mililitro de


solução;
 Viscosidade: “força” necessária para injetar a substância
através de um cateter, aumenta com a concentração da
solução e com o peso molecular. A viscosidade é menor
quanto maior a temperatura;
 Osmolalidade: representa o poder osmótico que a solução
exerce sobre as moléculas de água.
 Densidade e viscosidade: quanto maior a densidade e a
viscosidade, mais dificuldades terá a solução de misturar-
se ao plasma e aos fluidos corporais;
 Osmolalidade: quanto maior a osmolalidade, maior a
vasodilatação (redução da PA agudamente – ativa
barroceptores – aumenta contratilidade cardíaca e o
consumo de O2 pelo miocárdio, menor fluxo coronariano
– sofrimento para o miocárdio).
Injeção Manual
 Injeção descontínua
 Velocidade oscilante
 Velocidade máxima de 2 ml/seg.

Utilizar quando não for possível o uso da bomba


injetora, injetar em “bolus” com a maior velocidade
possível.
Injeção Mecânica
(Bomba Injetora)
 Injeção contínua;

 Velocidade programada;

 Adequada via de acesso.


Sequências de Aquisição das Imagens de TC
do Abdome
 Pré Contraste – “Fase Oral”

 Arterial

 Portal

 Equilíbrio
Fase Pré-Contraste
 Aproximadamente 24 imagens do abdome superior,
varrendo-se desde as cúpulas diafragmáticas até a
bifurcação da artéria aorta em aquisição axial com
cortes de 10mm de espessura.
Fase Arterial

 É a fase de contraste com a concentração do MC nos


seguimentos arteriais. Aproximadamente 20 cortes no
abdome superior, varrendo-se em aquisição helicoidal,
com cortes de 10 mm de espessura. Após o início da
infusão do meio de contraste, a fase arterial poderá ser
obtida entre 30 e 40 segundos.
Fase Portal

 Fase intermediária de contrastação, com maior


opacificação do sistema portal. O mesmo
planejamento na fase arterial é repetido, adquirindo-se
os cortes entre 60 e 70 do início do contraste. Neste
momento, torna-se evidente o contraste do sistema
portal.
Fase de Equilíbrio / Excretora

 É feita em todo o abdome, desde as cúpulas


do assoalho pélvico, iniciando-se de 2 a 3
minutos contados a partir do início da injeção
de contraste.
Vias de Administração
Os contrastes podem ser administrados por
diferentes vias:

Oral
Endovenosa
Retal
Intratecal
Contraste Oral
E utilizado em exames abdominais, para que as alças
intestinais sejam preenchidas e permitam melhor
visualização de todas as estruturas e até de patologias do
sistema digestório ou regiões adjacentes. Em algumas
instituições utiliza-se o sulfato de bário, que e apropriado
para a TC, ou o contraste iodado, diluído em torno de 3%
em água. A quantidade ingerida e de cerca de 1.000ml,
que deve ser administrada em torno de duas horas antes
do inicio do exame.
Contraste Oral
Por sua capacidade de absorver radiação, os
meios de contraste podem ser classificados
em:

Negativos: absorvem menos radiação que os


tecidos adjacentes (radiotransparentes). Ex:
água, ar e gordura.

Positivos: absorvem mais radiação que os


tecidos adjacentes (radiopacos). Ex: Iodo e
Bário.
Contraste Retal
E utilizado nos estudos pélvicos, quando o contraste oral
não teve uma boa progressão ou não foi ingerido. Ele tem a
finalidade de preencher o cólon sigmoide e a ampola retal.
A quantidade injetada esta em torno de 200ml, sendo mais
utilizado o contraste iodado
diluído a 3%. Essa injeção e feita através de sondagem retal
em procedimento adequado
por um profissional qualificado. Após a injeção do MC o
paciente e colocado em decúbito
dorsal para aquisição das imagens.
Via Endovenosa
No uso de contraste venoso o preparo do paciente é
indispensável e deve ser realizado
em jejum de aproximadamente seis horas. Contudo, pode
estar associado a medicamentos preventivos que são de
critério de cada serviço. Antes do uso deve ser analisado
o estado clínico do paciente, considerando se há ou não
condições do uso de MC venoso, relacionando a hipótese
diagnóstica e a sintomatologia do paciente com o
benefício do uso do contraste venoso.
E muito importante salientar que a decisão de uso de MC
venoso e a critério médico, não cabendo essa decisão a
nenhum outro profissional.
Via Endovenosa

O contraste venoso evidencia o estudo de veias e artérias e


caracteriza uma melhor visualização e definição de
patologias. Ocorrem casos em que a patologia só e
identificada com o contrate venoso em virtude de seu poder
de captação da lesão. Isso mostra que exames realizados
sem contraste venoso podem não ter um diagnostico
eficiente. Por isso cabe ao medico avaliar risco e beneficio
de cada paciente.
Fatores de Risco
 Alergia ao Iodo
 Asmático – broncodilatador
 Mieloma múltiplo
 Miastenia gravis
 Iodoterapia
 Diabético – Meftomina
Hipertireoidismo – Rç. Tierotóxica
 Insuf. Renal – Uréia/Creatinina
 Feocromocitoma
Antes de injetar o contraste:
 Avaliar a história e condição clínica, avaliar o uso do
contraste e considerar outras alternativas diagnósticas;
 Realizar uma anamnese para obter informações sobre
eventuais reações alérgicas do paciente em relação a
substâncias que contenham iodo;
 Checar medicações em uso, agentes nefrotóxicos,
anti-hiperglicemiantes orais;
Esclarecer para o paciente as possíveis reações
adversas evitando ansiedade.
Antes de injetar o contraste:
 Impossível prever que pacientes terão as reações
adversas, TODOS OS PACIENTES DEVES SER
CONSIDERADOS DE RISCO!!
 Identificar fatores de risco x benefício potencial de
uso;
 Outros métodos de imagem que dão o mesmo
diagnóstico;
Certeza da indicação do meio de contraste;
 Informar o paciente;
Saber a política no caso de complicações.
Reações adversas

As reações adversas podem ser definidas como qualquer


efeito nocivo ou indesejado decorrente da administração de
alguma droga em dose apropriada, através da via correta,
para fins de profilaxia, diagnóstico ou tratamento. São
eventos que ocorrem no cotidiano de laboratórios e
hospitais, classificadas como quadros leves ou até
ameaçadores à vida do paciente
Classificação
A incidência global de reações adversas ao contraste não
iônico é estimada em 1 a 3%, e em 0,04%, quando
consideradas somente as reações graves. A maioria dos
efeitos adversos não expõe o paciente a risco de vida e
não requerem tratamento.

Essas reações adversas são classificadas por grau de


severidade.
Grau de Severidade
 R.A. Leves

 R.A. Moderadas

 R.A. Graves
Reações Adversas Leves
 Náuseas/vômitos
 Tosse  Urticária limitada
 Calor  Prurido
 Rubor  Sudorese
 Cefaléia discreta  Palidez
 Tontura  Congestão nasal
 Calafrios  Espirros
 Tremores  Edema orbitário/boca
 Dor no local da injeção

Geralmente auto-limitada, apenas observar.


Alteração Cutânea
Reações Adversas Moderadas
 Vômitos intensos
 Alterações de FC  Dispnéia
 Hipertensão  Sibilos
 Hipotensão  Cefaléia intensa
 Urticária extensa  Laringoespasmo
 Edema facial  Broncoespasmo
 Rigidez occipital

Observar frequentemente tratamento medicamentoso SEM


hospitalização.
Edema
Reações Adversas Graves

 Laringoespasmo
 Edema de glote  Arritmias
 Inconsciência  PCR
 Convulsões  Edema Pulmonar
 Coma  Broncoespasmo intratável
 Choque
Reações Adversas Graves
 Podem ainda serem classificadas quanto ao tempo de
ocorrência;
 Agudas: ocorrem em até 30 minutos após a
administração do contraste iodado;
 Tardias: ocorrem depois de 30 minutos após a
administração do contraste iodado, ou manifestam-se
dias depois.
 Hospitalização
Pré Medicação e Dessenbilização
 O uso de medicação prévia pode reduzir a chance de
reação alérgica ao contraste, não é capaz de prevenir
completamente a sua recorrência. Está bem
estabelecida para reações alérgicas leves, mas não
pode prevenir reações mais graves. Além disso,
nenhum estudo demonstrou redução de risco para
pacientes que apresentaram reação alérgica grave,
possivelmente devido à raridade dessa manifestação,
que dificulta a sua comprovação científica.
 Reserva-se o uso da pré-medicação aos pacientes que
apresentarem reações alérgicas leves ou moderadas e
que não tenham contra-indicação às drogas
preconizadas. O componente mais importante é o
corticóide, sendo necessária a administração por pelo
menos 6 horas antes do uso do contraste para que se
obtenha algum efeito. A via preferível é a oral, porém,
caso seja necessário, pode-se substituir pela via
venosa.
Contra Indicações ao Meio de Contraste

 Existem algumas condições e patologias que


requerem maior cuidado ou que na maioria das vezes
contra-indica a injeção de contraste endovenoso por
uma série de fatores peculiares.

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