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1 – Artefato de
“retroprojeção” ou
“dobradura” (em inglês,
“aliasing” ou “wraparound”
ou “fold-over”)(1–4)
A B
Figura 2. Artefato de retroprojeção (A). Observar a redução do artefato sobre o parênquima hepático na imagem B, obtida
com campo de visão maior.
uma transição abrupta na 4 – Artefato de deslocamento nos contornos entre os órgãos
magnetização da transição da químico (em inglês, e o tecido adiposo circundante.
interface ar-tecido. Soluções “chemical shift”)(1,2,5,6) Este artefato é chamado de
para minimizá-lo incluem “chemical shift
Este artefato é devido às
expandir o FOV e utilizar misregistration”. Um segundo
diferentes freqüências de
seqüências spin-eco(1,4). efeito, chamado de “chemical
ressonância da água e da
shift phase cancelation”,
gordura. Ocorre, na imagem,
ocorre porque os componentes
um deslocamento ao longo da
espectrais dentro do voxel
interface lipídico-aquosa, que
podem somar-se de forma
aparece como linhas
construtiva (em fase) ou
hipointensas e hiperintensas
A B
Figura 3. Artefato chemical shift. Seqüências em fase (A) e fora de fase (B). Observar o hipossinal na margem dos órgãos na seqüência fora de fase.
probabilidade de que um dado discordante (antiparalela) ao pode ser empregado voxel
voxel contenha tanto prótons campo magnético externo. No menor, tempo de eco mais
de água quanto de gordura. primeiro caso, diz-se que a curto, largura de banda maior,
Por outro lado, deve ser substância tem suscetibilidade e até
A B
Figura 4. Adenomas nas glândulas adrenais. Nódulos com hipossinal na seqüência T1 em fase (A) e redução do sinal na
seqüência fora de fase (B).
A B
Figura 5. Esteatose hepática difusa. Seqüências em fase (A) e fora de fase (B). Observar a redução difusa do sinal do
parênquima hepático na seqüência fora de fase.
A B
Figura 6. Esteatose hepatica focal. Seqüências em fase (A) e fora de fase (B). Caracteriza-se imagem de configuração nodular
adjecente à veia cava, que apre-
A B
Figura 7. Artefato de suscetibilidade magnética devido à presença de sutura metálica na pelve. Seqüência FSE T2 (A) e seqüência gradiente-eco T1 (B). Observar a
acentuação do artefato na seqüência gradiente-eco.
incoerência se manifesta como pois considera os artefatos
borrões e aumento do ruído na de movimento como ruído.
imagem. Este efeito é expresso Com a sua uti-
por toda a imagem e ocorre na lização, o tempo médio de técnica os dados são coletados
direção do movimento, aquisição do exame é dobrado de forma contínua, onde são
diferentemente do tipo para cada média de sinal. codificados os dados
fantasma. É mais periféricos durante o
freqüentemente associado com b) Reduzindo o movimento
movimento máximo, e os
movimentos randomizados, “tomadaa tomada”
dados centrais durante o
como, por exemplo, – Sincronização movimento mínimo (Figuras
peristaltismo gastrintestinal, cardíaca 8C e 8D).
deglutição, tosse e (“gatting”):Embora
movimentos grosseiros do funcione bem para a c) Anulação do momento
paciente(1–5,7,8). obtenção de imagens gradiente(“gradient
específicas do coração, não moment nuling”)
As estratégias para se
obter redução dos artefatos é tão eficaz na redução dos Serve para anular os
de movimento nas RM do artefatos de movimentos artefatos que ocorrem por
movimentos aleatórios entre o
pulso de radiofreqüência de 90 sangue, que ocorre, por forma do vaso, mas não
graus e a coleta de dados. exemplo, em seqüências com necessariamente da
Outros métodos para TE curto ou gradiente-eco, ou intensidade do sinal (Figura 9).
reduzir artefatos respiratórios após a injeção endovenosa de Podem ser reduzidos, também,
consistem no uso de faixas de gadolínio, por encurtamento usando pulsos de pré-saturação
restrição abdominal, técnicas do T1. Para TE muito curtos e anulação do momento
em apnéia e utilização de pode haver efeito paradoxal e gradiente. Outra estratégia
seqüências ultra-rápidas. redução de artefatos consiste em mudança de fase,
Pulsação vascular gera pósgadolínio. Estes artefatos projetando o artefato de fluxo
artefatos fantasmas. Estes são reconhecidos pelo seu sobre uma região anatômica
artefatos ocorrem mais alinhamento com o vaso de fora do enfoque do estudo(1,4,5).
comumente nas artérias, origem ao longo do eixo de Movimentos peristálticos
particularmente na aorta. Eles codificação de fase da freqüentemente causam
também aumentam com a imagem, assim como a borrões nas imagens e arte-
intensidade do sinal do reprodução do tamanho e
C D
Figura 8. Artefatos de movimentos respiratórios. Seqüência TSE sem sincronizador respiratório (A), seqüência TSE com
sincronizador respiratório (B), seqüência TSE sem codificação de fase ordenada (C), seqüência TSE com codificação de
fase ordenada (D). Observar a redução dos artefatos nas seqüências realizadas com sincronizador respiratório (B) e com
codificação de fase ordenada (D).
Figura 9. Artefatos de pulsação vascular produzidos pela aorta (A) e pela veia cava inferior (B) apresentam-se alinhados com
os vasos de origem. A: Seqüência
A B
anticolinérgicas (por exemplo, diminui a intensidade de sinal freqüentemente, hipnose tem
glucagon e butilescopolamina) do trato gastrintestinal, pode obtido sucesso. Em situações
reduzem a freqüência e a também reduzir estes extremas, medidas
amplitude dos movimentos artefatos(8). farmacológicas na forma de
peristálticos e devem ser sedativos, analgésicos e
CONCLUSÃO
Os artefatos de RM podem
ser evitados ou corrigidos à
medida que o radiologista
familiariza-se com os tipos
mais comuns. Um
entendimento das causas de
tais artefatos permitirá fazer
alterações racionais nas
técnicas de imagem, para
eliminá-los ou reduzi-los.
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