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I r
PETRÓLEO BR AS 1LE1 RO S. A. PETROBRÁS
CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO E PESQUISAS DE PETRÓLEO
.
SETOR DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL MÉDIO PROFISS IONAL
MANUAL DE INSTRUMENTAÇÃO
Organizado pelos técnicos
RIO DE JANEIRO
1063
APRESENTAÇÃO
Os autores
SUMÁRIO GERAL
r
1 - INSTRUMENTOS DE PRESSÃO 1.1.2 - PRESSÃO ATMOSF2RIOA
IOOcrrfVAR
Por que permanece no tubo essa coluna de
ÁREA DO PISTÃO 100cm2 mercúrio ?
FÔRÇA EXERCIDA 1000 kg Porque existe urna pressão atuando sôbre a su
perfície livre do mercúrio na cuba que equilibra
a coluna de 760 mm de mercúrio, impedindo que ela
continue a descer.
FIG. 1 Vemos, assim, que a pressão exercida sôbre to
dos os corpos na superf ície da terra (como resul
tado do pêso do ar contido na camada atmosférica)
Aplicando a equação (2) podemos dizer que o é equivalente, ou seja, pode ser equilibrada por uma
ar está submetido a coluna de 760 mm de mercúrio.
Notemos que a pressão atmosférica não é a
1 000 kg 10 kg mesma em todos os lugares.
pressão em kg/cm2 = = --- = 10 kg/cm2
100 cm2 1 cm2 Os pontos mais altos como, por exemplo, as
. Tudo se passa como se cada centímetro qua montanhas, têm sôbre si uma camada menor de
drado do gás exercesse 1 0 kg de fôrça em tôdas atmosfera e estão sujeitos a uma pressão menor,
as direções. ao passo que os pontos mais baixos como, por
exemplo, as praias, estão sob uma camada maior
Como no pistão há 100 cm2 e cad a qual contri de ar e, portanto, sujeitos a pressão maior.
bui com 10 kg, temos ao todo 100 x 10 k = 1 000 kg Habitualmente admitimos o valor médio da
que equilibram o pêso do pistão. pressão atmosférica como 760 mm de mercúrio e
Ainda com relação à Fig. 1, é interessante ve êsse valor é empregado em todos os cálculos.
rificar que a pressão de 1 0 kg/cm2 do ar se exerce Apenas em problemas de alta precisão se con
também contra as paredes e o fundo d o cilindro, sidera o valor local da pressão atmosférica ( o que
ou seja, o ar comprimid o a 1 0 kg/cm2 força a sua exige uma determinação experimental ) .
saída em tôdas as direções.
Assim, habitualmente :
Uma prova disso é que, se fizermos um furo 1 atm = 760mm Hg = 10,33 m H O =
em qualquer ponto das paredes do pistão ou do 2
fundo, o ar escapará. = 1 , 033 kg/cm2 = 14,7 psi
7
760mm
A B e
1.1.3 - PRESSÃO RELATIVA E ABSOLUTA à pressão relativa, daí porque é muito mais fá
cil notarmos a existência de pressões relativas, e
Estudamos a pressão atmosférica e vimos como notando sua existência, medir seu valor.
determinar seu valor; entretanto, notamos como se A pressão total ou pressão absoluta de qual
torna difícil perceber a existência dessa pressão, quer sistema será obtida sempre que somarmos à
que, pelo fato de se exercer sôbre tôdas as coisas, pressão relativa o valor da pressão atmosférica.
parece não existir.
Vejamos, por outro lado, como qualquer pres· pressão absoluta = pressão relativa +
são acima da pressão atmosférica se torna fàcil + pressão atmosférica (3)
mcnte perceptível.
Assim como a introdução forçada de ar em um
Vamos supor uma bola de borracha, que dese
recinto vai tornando a pressão absoluta maior do
jamos encher com ar. Enquanto não soprarmos
para dentro da bola, seu interior permanece "va que a pressão atmosférica, isto é, vai fazendo sur
gir uma pressão relativa de valor positivo, assim
zio" e "sem pressão".
também a retirada de ar de um recinto vai tor
Na realidade, a bola não está vazia : contém
nando a pressão absoluta menor que a pressão
ar, e não está sem pressão : está sujeita à pres
são atmosférica. atmosférica, isto é, vai fazendo surgir uma pres
são relativa de valor negativo.
Como, porém, do lado externo também existe
Quando um sistema tem pressão absoluta me
a mesma pressão atmosférica, a bola permanece
nor que a pressão atmosférica ou pressão relativa
"murcha". Quando sopramos ar, a bola então ad de valor negativo diz-se que há vácuo.
quire "pressão". Ora, pelas noções já aprendidas,
sabemos que ela adquire maior pressão, uma vez Poderíamos dizer que o sistema está mais va
que já estava sujeita à pressão atmosférica. Ape· zio do que quando havia apenas a pressão atmos
nas que agora temos : férica.
Se conseguirmos retirar de um recipiente todo
- parte interna da bola : pressão atmosfé o ar nêle contido, teremos obtido o vácuo total, isto
rica + acréscimo de pressão; é, o recipiente estará completamente vazio. Sabe-se,
por inúmeras razões, que é impossível chegar ao
- parte externa da bola : pressão atmosférica.
vácuo total ou vácuo absoluto; entretanto, é fre
Vemos que o acréscimo de pressão além da qüente nos processos industriais medirmos pressões
pressão atmosférica é que finalmente "estufou" a totais menores que a pressão atmosférica, às quais
bola. chamamos vácuo.
A êsse acréscimo de pressão chamamos pres Essas pressões relativas negativas ou vácuos são
são relativa. medidas a partir de zero para a pressão atmosfé·
Da mesma forma, qualquer outro sistema elás rica e crescendo numéricamente até atingir o valor
tico (pneu, foles, mangueiras, etc.) só responderia máximo no vácuo absoluto.
)K4
o
kl:
ª
•c:t
(/)
(/) >�
)K5 w -
cr.: ,
a.
,1/6
,'
VACUO ABSOLUTO
FIG. 3
8
A título de exemplo vejamos como exprimir as 1.1.4 - PRESSÃO NOS LTQUIDOS
pressões nos pontos 1 a 6 da Fig. 3.
rontol Pressão
rdativ" l'ressão absoluta. Vácuo
Veremos, neste parágrafo, de maneira intuiti·
va, alguns conceitos relativos à pressão nos líqui·
dos, conceitos indispensáveis ao instrumentista e
de uso quotidiano.
1 1,0 kg/cm2 1.0 + 1 . 033 = 2.033 kg/cm•
Vasos comunicantes : água em estado líquido
2 0,6 kg/cm" 0.6 + 1.033 = 1.633 kg/cm' tem uma tendência definida, que é a de manter a
sua superfície em nível. Quando a superfície não
3 O kg/cm' O+ 1.033 = 1,033 kg/cm" O mm IIg
estiver em nível, haverá um fluxo na direção do
nível mais baixo.
4 760-200 = 560 mm Hg 200 mm Ilg
Essa tendência da água (comum a todos os Jí .
5 760-400 = 360mm Hg 400 mm Hg quidos) de manter sua superfície em nível, tam
bém se aplica ao caso de vários recipientes cheios
760-760 = O mm Hg
6 760 mm Hg de água e ligados entre si. Como se vê na Fig. 4,
a água em todos os vasos mantêm o mesmo nível.
FIG. 4
Já vimos na equação (1) que a pressão resul do ponto considerado, de maneira que para a uni
ta da atuação de uma fôrça na unidade de área.
No interior de um líquido qualquer, a fôrça é dade de área ê independente o formato do vaso,
simplesmente o pêso da coluna de líquido acima desde que a altura seja a mesma.
e o
FI G. 5
9
VII - A pressão no interior de um liquido re apenas da profundidade do ponto e não
da quantidade de liquido no sistema.
sulta do pêso de líquido por unidade de
Vejamos como calcular a pressão no interior
área no ponto considerado, sendo função de um liquido. Seja o ponto P (Fig. 6).
/ /
/' ././
./ /.7
/' A?
""'
�----1cm2
p
FIG.6
10
A pressão que se deseja medir é equilibrada a) pressão P1 > pressão atmosférica;
por uma coluna de liquido de densidade conhecida. b) pressão relativa do ·sistema equivalente à co
luna de 15 cm de líquido;
A press ão obtida é sempre relativa, pois de um
e) por exemplo, líquido : mercúrio (13,57
lado está agindo a pressão a ser . medida e do ou g/cm•).
x 13,57
tro a pressão atmosférica.
P, = 15 cm g/cm• = 203,55 g;cm• :
(pressão relativa) ou P, = 0,204 kg/cm2•
Podemos notar que o tubo U também permite
medir o vácuo ; nesse caso, porém, a coluna de li Fig. 8
quido estará do lado da pressão. medida (vácuo ) , a) pressão P2 < pressão atmosférica;
para que, somando-se a ela, equilibre a pressão at b) Vácuo do sistema equivalente à coluna de
mosférica. 10 cm de líquido;
FIG.e FIG.9
e) por exemplo, líquido : mercúrio (13,57 fácil perceber que existirá uma limitação prática
g,lcm"). quanto ao tamanho do tubo (tanto para constru
ção como para utilização ) . Habitualmente os tubos
A m aneir a mais usual de exprimir P2 é : U medem apenas pressões ou diferenças de pres
sões até uns 2 kg/cm2 - o que já daria mesmo
P2 = vácuo de 100 mm Hg.
com mercúrio uma coluna de aproximadamente
Fig. 9 1,5 m. Por outro lado, a simplicidade e a precisão
ao· tubo U o tornam excelente referência para afe
O tubo U pode·se apresentar em alguns casos rir e calibrar outros tipos de medidores de pres
com detalhes de construção que o tornam ligeira são; veremos muitos medidores dêsse tipo em ofici
mente diferente do tipo clássico (Figuras 7, 8 e 9); nas e laboratórios.
pode, além disso, apresentar-se com acessórios tais O manómetro de tubo inclinado (Fig. 10) apre
como escalas, dispositivos de nível ou prumo, gar senta características idênticas ao tubo U, com a
ras de fixação, etc. vantagem adicional de expandir a escala de leitu
De qualquer forma, a grande restrição ao seu ras , o que é muitas vêzes conveniente (para pres
uso industrial é a fragilidade ; por outro lado, é sões pequenas) .
FIG.10
11
1 = 50
=
5T
45
5
; 40
=
; 35
E
u
1()
li)
i
P 1 ESCALA
COMPENSADA
1
1
A B e
FIG.11
As colunas com um só tubo para leitura, es água : 1,0 g/cm3 (densidade = 1,0)
quema (B), apresentam maior facilidade na utili
zação. Chamaremos a atenção para o fato de que mercúrio : 13,57 g/cm3 (densidade = 13,57)
a cada indicação no tubo corresponde um pequeno
abaixamento na cuba de grande seção (C). Por Freqüentemente temos necessidade de líquidos
tanto, não seria exato utilizarmos uma escala co com valôres de densidade intermediários; os fabri
mum a partir do ponto inicial (zero) uma vez que cantes fornecem listas de fluidos (óleos, misturas,
a coluna é realmente maior que êsse valor. Na etc.) que cobrem diversos outros valôres.
realidade, as escalas que acompanham cada colu Medida industrial (la pressão absoluta - Como
na já são compensadas para essa diferença; o núme a quase totalidade das medições de pressão é feita
ro indicado na escala corresponde à coluna líquida, em têrmos de pressão relativa, vamos citar as cir
desde a superfície livre da cuba (Fig. 11-C) . cunstâncias em que eventualmente se mede pres
Os líquidos utilizados nas colunas para o s ser são absoluta.
viços habituais são a água e· o mercúrio. Dentro Sabemos que a pressão relativa, como é me
dos limites usuais de precisão, empregam-se os va dida habitualmente, resulta da diferença entre a
lôres de densidade : pressão total no sistema e a pressão atmosférica
in H20
5 +20
/",,...._
+15
+10
+ 5 ,.....
,.....
- 5
1
/.
1- DJAFRAGMA
2-MOLA -10
PRESSAO A
MEDIR 3-CORRENTE
-15
4-PONTEIR O
�
5-ESCALA
..
FIG.12
..-.
12
,.
,,.-
exterior. Ora, se a pressão do sistema permanecer 1.3 - INSTRUMENTOS PARA BAIXAS
constante mas acontecer alguma variação na pres· PRESSõES
são atmo�férica, a indicação (pressão relativa) irá
variar, insinuando uma mudança de pressão no sis· O rnanõmetro de tiragem ou der -diafragma
tema que realmente não ocorreu. (Fig. 12) é habitualmente representado pelo símbo·
Embora freqüentes, as variações da pressao
_
lo D G (draft gage = manômetro de tiragem).
atmosférica num determinado local apresentam va
Largamente empregado para medição de bai
lôres pequenos da ordem de 0,050 kg/cm2. Destar·
xas pressões, mormente para medição de pre�são
te, mesmo para valôres habitui:is de pressão rela·
de tiragem em fornos, instalações para caldeiras,
J tiva (abaixo de 30 kg/cm2), tenamos que levar em
etc. Apresentado habitualmente em escalas que vão
conta as variações da pressão atmosférica para
desde 0-1 in. H O até 0-100 in. H O.
obtermos precisão. Isso não é feito habitualmente. 2 2
Entretanto, para valôres pequenos de pressão (des· Além de ser mais compacto e mais económico
de o vácuo até uns 2 kg/cm2) variações da ordem que outros tipos usados na mesma faixa, tem como
de 0,050 kg/cm2 assumem considerável importân·
vantagem o capeamento do diafragma que o pro·
eia, razão pela qual se recomenda nessa �a1xa a
_ tege contra pressões excessivas (interrompendo seu
medida da pressão absoluta. Assim se expllca por. curso). O diafragma também pode ser metálico
que a medição de pressão absoluta é quase excl�· (latão ou bronze). Os manómetros de tiragem DG
siva das regiões de vácuo, uma vez que, i:essa f�1- habitualmente medem pressões relativas positivas e
xa os habituais medidores de pressão relativa (mais
negativas. Precisão 1 %, usado especialmente de
si�ples e mais baratos) têm sua precisão seria·
O a 0,5 in. H 0.
mente prejudicada. 2
Os medidores de pressão absoluta merecerão O medidor de campânula (inverted bell = cam·
apenas a citação de alguns tipos principais : pânula invertida) também é usado para medição
a) de tiragem em fornos e caldeiras. O instrumento
Manômetro de mercúrio
se utiliza de selagem líquida para opor duas pres·
b) fole sões. Um dos tipos mais comuns é o dia Fig. 13,
em que há uma campânula de compensação para
e) Me Leod variações da pressão exterior junto ao ponto de lo·
mada da pressão. Precisão 1 % ; baixas pressões e
d) Pirani vácuo; pode ser extremamente sensível. O medidor
e) de campânula, assim como o manómetro de tira·
cristal piezo elétrico
gem, pode também medir pressões diferenciais; no
f) ionização caso do manômetro de tiragem, admite-se uma pres
são de cada lado do diafragma, ao passo que, no
O emprêgo de qualquer um dêstes tipos em re· medidor de campânula da Fig. 13, basta admitir a
finarias é bastante restrito. 2.'' pressão na tubulação de compensação. Os me·
FIG.13
13
didores de pressão chamados tipos diferenciais <me
dem diferença entre duas pressões) serão vistos com
bastante detalhe quando examinarmos os medido
res de vazão (seção 2), uma vez que ai se encontra
su a grande aplicação. Ainda nos medidores para
baixas pressões, vejamos os foles ( bellows). São
em geral metãlicos e equilibram a pressão contra
sua própria fôrça elãstica (Fig. 14-A, ou contra
uma mola calibrada, Fig. 14-B).
t
d 1
o FIG.15
PRESSÃO
./
FIG.16
,,-
,,-
,,-
,,-
,,.-
� ,
FIG.19 ,,.-
,,.-
,,.-
/
Os instrumentos de pressão, no que concerne são para laboratório do que própriamente medido
à medição simplesmente, podem ser : indicadores ou res industriais. r
registradores. Para indicação o uso do manômetro Um dêsses tipos é o de cdstal piezo elétrico
Bourdon é universalmente apontado, enquanto que os 1':sse instrumento utiliza um cristal de quartzo, ao
,
registradores são habitualmente de caixa retangular, qual são aplicadas pressões a medir_ O cristal de ,,.,.. r
utilizando um elemento primário em espiral. quartzo apresenta variação de propriedades elétri /
A indicação ou registro por parte do instrumen cas proporcionais às tensões a que seja submetido.
Assim, a medição da corrente elétrica gerada, indi r
to pode ser utilizada simultâneamente para trans
mitir à distância, acionar alarmes ou exercer fun ca ou registra, em escalas apropriadas, o valor da r
ções de contrôle no processo sob medição. Uma vez, pressão exercida sôbre o cristal.
,,.
porém, que já se tenha o deslocamento do pontei O tipo de dissipação de calor apresenta, em
ro ou da pena, isso pode ser feito de maneira idên uma ponte elétrica, duas resistências aquecidas pela ,
tica para qualquer instrumento, pouco importando corrente. Uma das resistências está num recinto
que o deslocamento se refira a pressão, tempera sob a pressão a medir, enquanto a outra está su
tura, nível líquido, escoamento de produto, etc . As jeita à pressão atmosférica. Sabe-se que qualquer
sim, veremos posteriormente os dispositivos de trans variação na densidade da atmosfera que envolva
missão, de alarmes e os controladores, uma vez que o fio aquecido altera a taxa de dissipação de ca
sua aplicação se fará indistintamente a qualquer . lor e, portanto, a temperatura. Por outro lado, a
variável sob observação. resistência se altera em função da nova tempera
tura, deslocando o equilíbrio da ponte. A nova po
1.5 - OUTROS TIPOS DE INSTRUMENTOS sição de equilíbrio é uma indicação da nova pres
DE PRESSÃO são, causa primeira de tôdas essas modificações
.
(pressão faz variar densidade; densidade altera
O emprêgo dos tipos já vistos - Bourdon, fole, taxa de dissipação dando nova temperatura; nova
espiral e hélice - é tão predominante que nos li temperatura altera resistência; resistência alterada
mitaremos a citar dois tipos especiais de medido desequilibra a ponte; desequilíbrio indica pressão
res de pressão. São mais instrumentos de preci- aplicada) .
16
2 - INSTRUMENTOS DE VAZÃO Num e noutro caso, consideram-se duas partes
distintas no medidor, cada uma com sua função pre
2.1 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS cipua. A primeira é o elemento primário que está
Vazão, ou taxa de escoamento, é a grandeza que em contato com o fluido, o que resulta numa forma
exprime a quantidade que passa em determinado qualquer de interação. Essa interação pode ser um
ponto, durante certo periodo de tempo. movimento impósto ao elemento primário, uma ace
leração imposta ao fluido, uma troca de calor, uma
Desta forma, expressões como : queda de pressão, etc. - A segunda, ou elemento
- 2 500 barris por dia (2 500 BPD) secundário, traduz a interação havida entre o fluido
- 30 000 pés cúbicos padrões por hora (30 000 e o elemento primário em volumes, pesos ou vazão,
SCFH) e indica ou reeistra o resultado.
- 8 toneladas por hora (8 t/h)
- 100 galões por minuto (100 gpm) Por exemplo : num medidor de placa de ori
- 50 metros cúbicos por segundo (50 m3/seg) fício, o orifício .e a parte adjacente da linha e das
representam uma vazão, ou taxa de escoamento, de tomadas de pressão constituem o elemento primá·
vez que exprimem o valor medido em quantidade
(volume ou massa ) durante um certo período rio (a interação serã o diferencial de pressão re
(dia, hora, minuto, segundo) . sultante) e o elemento secundário será um manó
quantidade metro de pressão diferencial com um dispositivo
Assim : vazão = ------- (1) que traduza êsse diferencial de pressão em indica·
tempo ção ou registro de vazão.
Ao final de um determinaclo tempo t1 a quanti· Os medidores serão classificados com respeito
�ade escoada Q1 será : ao elemento primário, ou seja, de acôrdo com o prin
Q = vazão x \ (2) cípio físico adotado na medição.
1
É interessante notar a diversidade de classifi·
Na equação (2), o valor adotado para vazão cações adotadas por autores ao longo da literatura
deverá ser lógicamente o valor médio no intervalo
de tempo t1. especializada. Recomendamos nestes e noutros ca·
sos análogos atenção especial aos princípios e fenô
Ao longo da matéria encontraremos dispositivos menos envolviclos e não à simples nomenclatura
que não medem vazão propriamente, mas quanti·
dade passada através. É o caso de bombas de ga· por vêzes inconsistente e até contraditória.
salina ou de hidrômetros; a qualquer instante
sabe-se quanto passou, mas não é possível saber a CLASSIFICAÇÃO DOS MEDIDORES DE FLUIDOS
que vazão (ou velocidade) está passando.
1
Chamamos então a atenção : embora denomi· Divisão Classe Tipo
nando vazão ao escoamento medido em quantidade
por unidade de tempo [vide eq. ( 1 ) ] admitiremos,
nesta matéria, alguns instrumentos que são real·
mente medidores ele quantidade.
Pesagem balança
copos alternados
A medição das vazões ou das quantidades dos
materiais de modo geral visa : Medidores de
pistão rotnttvo
pistão alternativo
ditos) especiais
Neste Manual veremos tão-sómente medidores
para fluidos e em condutas forçados (assim não (--
massa
ou tubo Pitot (impacto)
iremos cobrir escoamento de sólidos nem de fluidos tempo
Pitot-estático
em canais abertos ou elásticos) . YOlume
)
Pitot-Venturi
O intuito será sempre medir vazão ou quanti· tempo
Centrifugos
dade de fluido passando em tubulações rígida<>.
cotovelo ou curva
Basearemos nossa classificação na sugestão con
tida no AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL turbina
ENGINEERS - Fluid meters; their theory and resistêncfa linear
application. 5. ed. New York, 1959. 203 p . "
tubo capilar
Classificaremos o s medidores de fluidos e m dois plug- poroso
grupos ou divisões : o primeiro mede essencial
mente quantidade, o outro, vazão propriamente.
17
A predominância dos medidores do tipo pres
são diferencial variável justifica uma rápida in
cursão pela teoria envolvida, possibilitando uma
Pressão
diferencial
con stante
gavet
cone
a
e flutuador
compreensão melhor de seu funcionamento.
Fundamento teórico dos medidores de
diferencial vatiã.vel- Sempre que se introduz em
pressão
cilindro
uma tubulação um elemento de estrangulamento
(Área variável ) e pistão
ou restrição ao escoamento (elemento primário),
ocorre uma queda de pressão [ (ilP = P1 - P2 )
demonstrador
Pressão dife- de vazão
vide Fig. 20).
c
rencial e ârea
constantes demonstrador de Va7.ãO
Para uma dada instalação, essa queda de pres
criti a são AP varia com a vazão e a densidade do fluido.
Fôrca mome nto a a
tr nsvers l
Se pudermos determinar qual a relação mate
mática entre 6.P e vazão, será suficiente medirmos
6.P, o que é fácil e, através da relação, calcular a
vazão.
Velocidade anemómetro
A maneira pela qual se pode chegar à relação
hélice turbina entre 6.P e vazão envolve conceitos e cálculos labo
riosos, razão pela qual não o faremos neste Manual.
Térmico Cio aquecido Notariamos, porém, que as vazões são propor
cionais à raiz quadrada do diferencial de pressão.
aquecimento total
(Por exemplo: se o AP se torna 4 vêzes maior,
Métodos misturas é sinal de que a vazão passou a ser (y 4 2) =
especiais
velocidade de sal
2 vêzes maior; se o AP se tornar n vêzes maior,
a vazão se terá tornado vn vêzes maior) .
!'""'
eletromagnéticos
Dai o interêsse em obter, nos medidores de
tempo-pressão vazão desta classe, indicações proporcionais à raiz
o ndas sonoras
quadrada do AP, o que é feito na própria escala
do instrumento (vide Fig. 21).
F IG . 20
º/o
4 9 16 25 36 49 64 81 100
!! 1 , l , , l l lll l lllll l l I
1
L
��� � A 11 1111 lll ll 11111111 l llllll l lll llllll llllllllll lllllllllllllJJll llllJlllllllllill!
ESC AL A
JJ J J J J
J1 -+---1---t-+-
H- I --+J---1-
J ---1---+-
I ---+
J l J J
DE 1 2 3
RAIZ QUADRADA
4 5 6 7 8 9 10
( 0-I O Y- )
FIG. 21
A maneira habitual de computar a vazão con 2.2 - MEDIDORES DE FLUIDOS
siste em calcular para determinada instalaçfio a
2.2.1 - MEDIDORES DE PRESSÃO DIFERENCIAL
vazão correspondente a uma divisão da escala. VARIAVEL
.(Como já vimos, as divisões da escala exprimem
2.2. 1 .1 - ELEMENTOS PR!lt!URIOS
V t>P) . Essa vazão correspondente a 1 na escala;
é o chamado fator do instrumento. Como visto anteriormente (Fig. 20), uma das
partes componentes de um sistema de medição de
vazão seria o chamado elemento primário, neste
Temos então·: caso responsável pela existência de um diferencial
de pressão t..P.
vazão = fator x leitura (3) Dentre os tipos de elementos primários para
medidores da classe pressão diferencial variável,
examinaremos quatro consagrados pelo uso :
Há inúmeras maneiras para se proceder ao a) Tubo Venturi
cálculo do fator para uma determinada instalação. b) Bocal
De modo geral, utilizam-se fôlhas de cálculo (que c) Placa de orüício
d) Tubo Pitot
a) Tubo Ventw·i - Deve o nome a seu idea·
constituem um roteiro onde se especificam as uni
dades a empregar, as fontes para obtenção de coe lizador e é um dos mais antigos dispositivos de
ficientes experimentais, etc.) . medição ainda em uso ( data de 1 797 ) .
T U BO VENTURI
ANEL
GARGANTA
TOMADAS DE
PR ES SÃO P/O ANEL
F IG. 22
Consta essencialmente de uma seção contraída e à abrasão, muito dificilmente ficará entupido
entre dois trechos cônicos de acomodação e é ins com sedimento.
talado habitualmente entre flanges na tubulação. A instalação do Venturi exige uma normali
Obtém-se na região estrangulada (garganta) uma zação prévia do escoamento (uma vez que a vazão
velocidade maior e a conseqüente diminuição da depende de condições supostas regulares). Rabi·
pressão estática. A recuperação dessa parcela de tualmente exige-se um trecho reto mínimo de 5
energia transformada de pressão em velocidade é diâmetros a montante.
pràticamente total após o Venturi - 80 a 90 % -, A construção e os dados técnicos detalhados
dependendo de condições particulares de cada caso. de um tubo Venturi são função exclusiva do fa.
Em pontos convenientes são feitas as ligações bricante, embora o estudo teórico de seu funcio
para alta pressão ( A . P . antes do estrangulamento) namento possa sempre ser feito. Os maiores in
e para baixa pressão ( B . P. na garganta). convenientes do tubo Venturi ainda são o preço
O tubo Venturi tem sido empregado desde · pe· proibitivo, o tamanho excessivo e a pouca flexibi·
quenos diâmetros (2" e menores) até valôres tão !idade para o caso de permutas · ou substituições.
grandes quanto 5 m de diâmetro (ou nos grandes Sua indicação prática fica restrita aos fluidos
tamanhos com seções retangulares também), usan contendo grande quantidade de sólidos em suspen
do materiais tais como : latão, bronze, ferro fun são, ou casos em que uma perda de pressão mí
dido aço, concreto, tubos forrados, etc. O acaba nima justifique o Investimento (grandes vazões),
mento das faces internas é sempre bem cuidado, ou onde se exija máxima precisão para fluidos
tanto quanto à textura, quanto à concordância entre muito viscosos.
as partes componentes. b) Bocal - Ê uma entre as muitas modifi·
As tomadas de pressão podem ser feitas em cações oriundas do tubo Venturi, visando pi:-eços
vários pontos ao redor de um anel, o que fornece mais reduzidos e peças menores. O bocal corres·
com maior exatidão as condições médias de pressão. ponde a um tubo Venturi sem o cone de saída e
O tubo Venturi é o mais preciso dos elementos se apresenta habitualmente como um cilindro com
primários de pressão diferencial e apresenta ótima uma extremidade alargada (bôca de corneta) . até
reprodutibilidade quando bem instalado e bem ca constituir um flange que é então prêso entre dois
librado. flanges de tubulação.
A perda permanente de pressão após um tubo Há muitas maneiras de construir essa peça; a
Venturi é muito menor que num bocal ou orifício Fig. 23 apresenta um esquema do bocal adotado pela
de mesma capacidade ; menos sujeito ao desgaste ISA (Instrument Society of America ) .
19
O bocal possibilita medir vazões maiores que a
placa de orifício, mas para mesmas vazões as per
das de carga introduzidas na linha se equivalem
(o bocal é um obstáculo mais suave, mas em igual
dade de vazões é usado com abertura menor que
a placa ) . É recomendado para fluidos com peque·
na quantidade de sóHdos em suspensão.
Da mesma forma que para o Venturi, é reco·
mendável seguir as instruções e os métodos pró·
prios do fabricante para os dispositivos de sua .fa
bricação, uma vez que não há urna padronização
precisa neste sentido. Recomenda-se locar os pon·
tos para tomada de pressão com bastante precisão.
c) Placa de orifício -Embora um dos dispo
sitivos mais antigos da hidráulica, o orifício -
muito usado anteriormente corno limitador - ape
nas nos últimos 50 anos foi estudado sisternàtica
mente em seu comportamento para medição de flui·
dos. Seu predomínio e utilização universais dispen
sam maiores comentários. Na expressão mais sim
ples e usual, o orifício é um furo circular em uma
placa fina e plana, prêso entre ilanges numa jun
ção da linha. de modo a ter seu plano perpen·
dicular ao eixo da tubulação e o furo concêntrico
à mesma.
A não ser por referência especifica, estaremos
F I G . 23 sempre falando de placas finas, com orifício con·
cêntrico e bordo quadrado (thin plate, concentric
square edge) , embora haja outros tipos (Vide
Fig. 24) .
FIG. 24
Muitas vêzes, por razões de ordem mecânica às limitações acima na quase totalidade dos casos
(rigidez, etc. ), a espessura da placa é maior que a (Fig. 25 ) . Quando uma das condições não fôr aten
aceitável (para podermos reproduzir condições ex dida, proceder-se-á então a uma confecção especial.
perimentais, nas quais se apóiam coeficientes que Distribuição de pressões e perda permanente
iremos usar) . A placa é então chanfrada em redor Se empre
através de orifícios de bordo quadrado -
do furo na face de jusante, de molde a se pre garmos uma série de medidores de pressão antes
servar na face montante um bordo perfeito a 90° e depois do orifício, as indicações obtidas mostra
(square edge) .
rão a variação da pressão estática ao longo da
É fácil perceber que dentre todos os tipos de
r
tubulação nesse trecho. A Fig. 26 apresenta esta
bordo, o quadrado é o mais fácil de ser obtido em variação nas vizinhanças de uma placa de orifício.
oficinas e o menos sujeito a erros de detalhe ou Próximo à placa, a pressão aumenta ligeira·
ronfecção. mente, atingindo seu valor máximo à entrada; ao
Para que sejam válidos os coeficientes expel"i passar pela placa, a pressão cai abruptamente e
mentais usados- para placas finas, é preciso que a continua a cair ligeiramente até atingir um minimo
(corresponde à veia contraída do fluxo), à peque·
espessura da placa não exceda nenhuma das se na distância da placa. A partir daí, a pressão cresce
guintes relações : até atingir já a alguns diâmetros de distância da
1)30 do diâmetro da tubulação D1 ::; D/30 placa um nôvo máximo. Como se notará, a turbu
lência causada pela placa dissipou uma certa quan·
1)8 do diâmetro do orifício D 2 ou seja < D /8 tidade de energia que agora se constata com essa
D1 - D D1 - D perda permanente de pressão (irrecuperável) .
2 2 Localização das tomadas lle pressão Como
..S
-
l/4 da "altura"----- -
2
---
8
-
se pode ver na Fig. 26, a localização das tomadas
de pressão é fundamental. De modo geral, sua
É bastante divulgado o uso de placas de l/8" escolha baseou-se em um ou mais dos seguintes
de espessura, chanfradas até 1/16", o que atende critérios :
20
F I G. 25
-
:r:===:
�
L!J 1
1
.6
,.,,..--
.4 / VARIAÇAO
/ DA PRESSÃO ESTA'TICA EM
RELAÇAO 'A VARIAÇÃO E N TR E AS
.2 /
/ SECÕES
A
E
8
.o "- , /
FI G . 26
- pos1çoes em relação à placa fixas ou pro· O centro da tomada de baixa pressão coincide
porcionais, qualquer que seja o diâmetro da com o ponto de pressão mínima ou veia contraída.
tubulação ; (Fig. 28).
- posições próximas a valôres máximos ou e ) Tomallas na linha (Pipe taps) - Tomada
mlnimos de pressão, de sorte que ligeira im de alta pressão 2,5 diâmetros de tubulação a mon
precisao na furação das tomadas resulte no tante da placa e a tomada de baixa pressão, 8 diâ
menor êrro possível no valor do 11.P obser metros de tubulação a jusante (esta corresponde ou
vado; à máxima pressão a jusante (Vide Fig. 26) ou mais
- posições que facilitem a implantação das to além (Vide Fig. 28).
madas, quer no campo ou na oficina, e que Há ainda outros tipos de menor divulgação entre
reduzam ao mínimo a possibilidade de loca nós, razão por que não os comentaremos neste texto.
ção incorreta ou trocada. As 3 posições vistas são bem servidas de dados
experimentais, mas o tipo de flange reúne as pre
Daí resultam as locações usadas comercialmente: ferências de uso, especialmente porque :
a) Tomdaas no ftange (flange taps) - Os cen - é mínima a possibilidade de êrro na locação
tros das tomadas de pressão estão respectivamente das tomadas;
a 1" da face montante da placa (alta pressão) e a - as tomadas de pressão se verificam proxi
1" da face jusante da placa (baixa pressão) . Vide mamente aos valôres máximo e mínimo, o
Fig. 27. que confere sensibilidade à instalação;
b ) Tomadas na veia contraída (Vena con
- o flange vasado é uma peça rígida (suporta
tracta taps) - Neste caso, o centro da tomada de
perfeitamente a furação e a rôsca - o que
alta pressão fica 1 diâmetro de linha a montante
é mais difícil na parede da tubulação, por
da placa (as normas admitem entre 1/2 D1 e 2 D/ exemplo) e pode ser instalado sem obrigar a
haver furos na tubulação;
21
JUNTA 1/16"
BAIXA PRESSÃO
, li
, ..
FIG . 27
V E I A CONTRAÍDA
� D
l
(-t�oo,1
lo,
ALTA PR ESSÃO
� 1 o1
BAIXA PR ESSÃO
ALTA PRESSÃO BAIXA PRESSÃO
TOMADAS NA VEIA CONTRAÍDA TOMADAS NA LI N H A
("vena c:ontrac:ta taps") ( " p i p e t o p s" )
FIG. 28
- m udanças no diâmetro da placa não acarre Podemos citar como razões para o uso dêsses
tam mudanças na locação das tomadas (como dois tipos (uso, na realidade, bastante raro) :
no caso da veia contraída) ; - deslocamento da veia contraída mais para
- a unidade (par de flanges) pode ser adqui jusante;
rida do fabricante com as tomadas precisa
mente locadas ( inclusive com desconto da - possibilidade de passagem de material es
junta (Vide Fig. 27). tranho, pelo faceamento da superfície inter
na da linha.
Embora habitualmente circulares e concêntricos,
os orifícios podem apresentar, em casos especiais, Instalação - A placa metálica onde se faz o
formato excentrico o u em forma de segmento : orifício pode ser implantada na linha de diversas
segmentai. maneiras, sendo as mais comuns :
22
(Q) @
©
rn __r 1
LU
,.
EXCENTRICO
(@) L ..J
SEGMENTAL
FI G . 2 9
F L ANGE DE
REMOÇÂO (C)
�
ALTA PRESSÃO BAIXA PRESSÃO
F I G . :31
23
l!: comum encontrarmos recomendações práticas d ) fluidos corrosivos
para espessura das placas, no que tange à rigidez ; - Situação do medidor em relação à linha
as mais recomendadas são :
Espessura da placa Diâmetro nominal da linha
- Posição da linha (horizontal ou vertical)
1/16" até 4" Para atender a êsses casos, nos detalhes reque
entre 4" e 16" ridos existem normas (standards ) de instalação, li
1/8" geiramente diversos de uma companhia para outra_
1/4" 16" e maiores
Para padronização, procede-se habitualmente d) Tubo Pitot - Em seguida à placa de
como já foi ressaltado (Fig. 25) . orificio, é o elemento primário mais empregado.
A placa deve ser concêntrica à tubulação, a fim Usualmente atende a três indicações :
de que o oriflcio fique corretamente situado. Obtém - medição temporária ou de prceisão não muito
se isso fazendo que o diâmetro externo da placa exigida;
tangencie a linha de parafusos do flange; a placa - diâmetros de linha muito grandes < > 12" ) ;
naturalmente apoiada estará em posição concên - grandes velocidades.
trica. O fundamento teórico do tubo Pitot é a dife
A placa é colocada, retirada e identificada por rença entre a pressão total ou de impacto, medida
um pequeno prolongaml'!nto, no qual vão anotadas em oposição frontal ao escoamento e à pressão está
suas caracteristicas. tica, medida em situação tangencial ao escoamento.
Embora não tenhamos desenvolvido os funda Pressão total pressão de velocidade + pres-
mentos teóricos da medição de vazão, é bastante são estática
óbvio que nossas condições de instalação devem Pressão total - pressão estática = pressão de
respeitar semelhanças com instalações de mesmo velocidade.
tipo, das quais utilizamos coeficientes experimentais. A pressão de velocidade hv relaciona-se teórica-
Asism é que a relação de diâmetro da placa
(D ) para o diâmetro da linha (D1), usualmente mente com a velocidade V através da fórmula :
2 v2
chamada (3 (beta) deve-se situar entre 0,25 e 0,75, h -- donde V = v 2g h ( 4)
V V
D2 > 0,25 D1
2g
Conhecidas as características especiais de cada
ou: isto é 0,25 < f3 < 0,75 caso, instalação, tipo de tubo Pitot, distribuição de
D < D1
2
0,75 velocidade, diâmetro da tubulação, etc., obtém-se
uma velocidade média Vm para a seção de área A,
Ainda nesse particular, sempre admitimos que
o escoamento se verifique de forma regularizada, ou seja, obtém-se a vazão Q.
Q = V x A (5)
sem perturbações ou movimentos transversais ; para m
i5so é preciso garantir trechos retos antes e depois O cálculo e a instalação dos tubos Pitot variam
da placa. de fabricante e até de tipo para tipo, devendo ser
Essas distâncias são função dos acidentes ou examinados particularmente. Apenas se diga que,
causas de perturbação, do diâmetro da linha D1 e para efeito das conexões ao elemento secundário,
da relação f3 entre o diâmetro do orifício D a pressão total substitui a alta pressão e a pres
2
e o
são estática substitui a baixa pre$são .
diâmetro da linha D .
1 A maior contraindicação para uso de tubo Pitot
Tabelas referentes a essas distâncias podem é a existência de sujeira ou sólidos em suspensão.
2.2.l .2
ser encontradas em publicações especializadas ou
- ELEMENTOS SECUNDÁRIOS
em recomendações dos fabricantes.
(Como orientação, diremos que 25 diâmetros
D1 antes da placa, e 8 diâmetros D depois são em Já examinamos, com os pormenores necessá
1 rios, os elementos primanos que produzem o dife
geral suficientes). rencial de pressão AP. Vimos a placa de orifício,
Quando é realmente impossível conseguir os o tubo Venturi, o bocal, o tubo Pitot.
trechos retos minimos, pode-se regularizar o fluxo Veremos agora os elementos secundários, dis
através de veias ou tubos longitudinais (straighte positivos que medirão esta pressão e no-la darão
ning vanes) ; a utilização dêsses dispositivos deve em forma de indicação ou registro (normalmente
ser encarada com reservas.
Nos casos em que o cálculo exigir um diâme em escala 0-10 v-- ).
tro de orifício D tal que f3 seja maior que 0,75, Qualquer um dêstes elemE:ntos secundários apre- ·
2 senta um limite ou valor máximo de A P possível.
dever-se·á usar um trecho expandido de linha ( diâ
metro D1 maior) a fim de que f3 venha a se tornar
:J!:ste máximo corresponde ao 10 da escala (lem-
24
2.2.1.3
-
JIEDIDORES COM MERCúRIO (!l P). Apresenta como vantagens principais :
- simplicidade
al )IANól\1ETRO DE MERCúRIO {man. Hg)
É uma versão mais robusta (metálica) da coluna
- facilidade de manutenção
-
U; tem sido ao longo de 30 anos largamente empre - vida longa
gado e ainda resiste ao confronto com dispositivos - proteção contra sobrecargas (overrange pro-
mais modernos para medição de pressão diferencial tection)
PRESSÃO
ALTA PRESSÃO
..,
ESQUEMA D E O P E RAÇAO
DO MANÔM E TRO D E HG
FIG. 32
e'
DET A L H E S
FI G.34
" "
M E D I DOR B R OWN
F I G. 3 3
25
CORTE TRA NSVERSAL M ED I DOR
11 B R O W N 11
FIG.36
26
b) TIPO ANEL ou ANEL DE EQUILIBRIO
(ring balance meter)
o
5
6
10
ESQUEMA DE OPERAÇÃO
ESQUEMA D E OPERA ÇÁO DO MEDIDOR DE CAMPÂNULA
DO M E D I D O R TIPO ANEL
FI G. 38
Especialmente indicado para medição de peque a) TIPO FOLE ou FOLES COM LIQUIDO DE
nos /1 P. ENCIDMENTO (liquid-filled bellows meter)
o 10
ESQUEMA DO MEDIDOR LÍQUIDO O E E N ·
CHIM ENTO
TIPO FOLE
C'BELLOWS METE R q)
Constam essencialmente de dois foles em comu (perigo de explosão com mercúrio ) , e c ) indústrias
nicação, cheio s com um lí quido , o que confere pro alimentícias e farmacêuticas em que se evita o con
teção de sobrecarga e possibilita amortecimento aj us tágio dos fluidos com o mercúrio (tóxico) .
tável entre os dois fo les Há algumas indicações
. Além disso, medidores de fole p ossib ilitam com
específicas para medidores dêsse tipo (sem mer pleta drenagem das linhas até o instrumento, não
cúrio) : a) indústria fotográfica, onde pequenas por requerem nivelamento perfeito para instalação e
ções de vapor de mercúrio podem danificar pelí apresentam correção para variações de temperatura
culas sensíveis, bl medições de amónia e acetileno ambiente (efeitos sôbre o líquido de enchimento ) .
27
B A I X A PR ESSAO
D I AFRAGMA
/
VIGA PRI M A'RIA
C UR S O R
---- � ( b )
o 5
,.
SUPRIMENTO OE AR
FIG.40
b) TIPO DE EQUILIBRIO DE FõRÇAS (force Nos casos usuais, o sêlo é sempre mais denso
balance) . que o fluido a medir. Outro processo para proteção
A pressão diferencial atuando no diafragma ori da medida e do elemento secundário é o da purga.
gina uma fôrça que se transmite ao longo de uma Consiste em manter nas linhas de alta e baixa pres
haste (viga primária) por meio de um pivô que é ao são um pequeno fluxo de líquido ou gás, impedindo
mesmo tempo fole de vedação. entupimentos. O fluido purgador, uma vez que
Essa transmissão origina uma fôrça no cursor será jogado na linha, deve ser perfeitamente ade
(Fig. 41) que tende a acionar um sistema pnúumá quado para cada processo.
tico; êste responde com um aumento de pressão, As velocidades de purga são tão pequenas que
fornecendo ao fole de equilíbrio (Fig. 40) a fôrça a perda de pressão numa e noutra perna não chega
necessária para equilibrar a solicitação original do a afetar a precisão da medida. Essas instalações
cursor. Essa pressão de ar sempre equilibrando a prevzem sempre válvulas sem retôrno (checl� val·
ação do cursor - proporcional, portanto, ao .!l P - ves ) , para impedir que ocorram contaminações nas
é levada a receptores calibrados de 0-10 v-- de linhas de medição ou no sistema impelidor da purga.
sorte que .!l P = O corresponde a O e .!l Pmax cor b) GASES - Os requisitos essenciais : não ha
responda a 10. ver vazamento nem formação de bôlsas líquidas nas
A faixa de utilização (range) dêsses instru tubulações de ligação. Dever-se-á manter uma con
mentos caracterizada pelo .!l Pmax pode ser altera tínua declividade do elemento secundário para o
da pela simples movimentação do cursor. Quando elemento primário - ao contrário dos líquidos,
usado para medir nível, é possível neutralizar car onde a declividade deve ser do elemento primário
gas líquidas fixas (nada mais que um ajuste mais para o elemento secundário.
extenso de zero - habitualmente conseguido com • O uso de duas válvulas equalizadoras e uma
u'a mola adicional) . São compactos, portáteis, de de escape intermediária encontra as mesmas van
fácil instalação e calibração e protegidos contra so· tagens que no caso de líquidos, além de permitir
brecargas. a adaptação de um manômetro de teste para veri
2.2.1.5 - INSTALAQÃO DOS ELEMENTOS SECUNDARIOS ficar a pressão estática. (Convém notar que tôdas
as medições de vazão de gás só têm valor quando
Neste particular existem normas e detalhes a se conhece com precisão a que pressão estão sendo
serem seguidas (standards), e apenas nos limitare feitas; daí porque instrumentos para vazão de gás
mos a comentários gerais sôbre instalações para recebem sempre uma 2.• pena para pressão) . Em
líquidos, gases e vapor d'água. locais afastados, essa mesma instalação possibilita
a) Lí'QUIDOS - Os elementos secundários de o uso do gás da linha (em vez de ar comprimido)
vem preferencialmente ser montados abaixo do ele para calibrar o instrumento.
mento primário. (Fig. 42). A instalação é preferencialmente acima da li
Em alguns casos usam-se duas válvulas equa· nha sob medição, embora, para gases secos, isso
lizadoras e entre elas uma válvula de escape, para seja indiferente.
detetar vazamentos através do by-pass. As tomadas de pressão devem ser feitas por
Sempre que se meça fluido corrosivo, ou alta cima e nos pontos baixos deverá sempre ser pre
mente volátil, ou altamente viscoso, é aconselhável vista drenagem.
impedir seu acesso às linhas de conexão e às câ·
maras do instrumento através de potes de selagem, c) VAPOR D'ÃGUA - O problema apresenta
interpondo líquidos inertes e não miscíveis com o pontos análogos aos dois anteriores. A possibilidade
fluido a isolar. de formação de condensado nas pernas de ligação
Nos casos em que no elemento secundário haja obriga o uso dos potes de condensação, que garantem
grande deslocamento, como nos manômetros Hg, colunas líquidas iguais em ambas as pernas.
os potes de selagem devem apresentar uma área As tomadas são feitas ou pelo lado ou por cima
de inte rface bastante grande para tornar mínimas e, como há potes de condensação, àbviamente o
as variações de nível de sêlo, quando haja varia elemento secundário deverá situar-se abaixo dos
ções na vazão. mesmos.
28
DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DE OPERAÇÃO DO CONVERSOR DI FER E N CIAL
( TRAN S M ISSOR TIPO BICO - PAL H Ê T A)
AJUST E M O V E L OU C U R S O R
..
@ PALH ETA
CD B I CO
0 FOLE · O E EQU I L Í BR I O
FIG. 41
2.2.2 - MEDIDORES DE PREHSÃO DIFERENCIAL O material mais comum para o tubo comco �
CONSTANTE (OU MElJ1DORES D E A.REA vidro, sendo usados também plástico e metal. Caso
VARIAVEL) o tubo seja de material opaco (metal), é preciso
prover meios adicionais que indiquem a posição do
Nos medidores de pressão diferencial constante, flutuador. A calibração da escala (em geral no
habitualmente chamados medidores de área, a perda próprio tubo), assim como formato e material do
de pressão através do medidor é constante e a vazão flutuador, variam consideràvelmente.
é diretamente proporcional à área de passager!l. Cada rotâmetro exige na prática uma calibra
Como varia essa área ? ção efetiva contra vazões conhecidas. É comum
Em todos os medidores dêsse tipo a variação virem da fábrica calibrados com ar (para gases )
de área é obtida pelo subir e descer de um "flu ou com água (para liquidas) .
tuador". (Todos os medidores são instalados de
modo a fazer o movimento do flutuador vertical) . Além das aplicações específicas, dada a possi·
a) Tipo de tubo cônico e flutuador (Rotâme bilidade de ter comp onentes resistentes à corrosão,
tro l- É o tipo mais usado entre os chamados me· os rotâmetros podem ser usados com vantagem
didores de área. sôbre outros tipos menos adaptáveis.
29
VÁLVU L A S D E B LO Q U E I O
( G AVETA)
VA'.LVULA E Q U A L I Z A
OORA OU VALV U L A
D E "BY - PA S SM
( GLOB O )
FIG. 42
POTE DE SE LAGEM
OESPREZl1V E L
V"RIAÇÃO DO
N I V EL DO
- --
sê10 • sêlo
--
p/6 Pmax
F IG. 43
f"I G . 4!l
- o medidor deverã ser testado sob pressão
comparável à de uso;
- o recipiente de comparação deve prover quan
tidade no mínimo equivalente a um minuto
J!:sses medidores também são chamados de des de passagem através do medidor à veloci·
locamento positivo (Positive Displacement Meters) dade máxima de utilização.
ou simplesmente de d·esJocarnento (Disvlacement Medições de precisão exigem correções para
Mete•·s ) . pressão e temperatura, o que pode ser feito com
E m medidores de deslocamento, o número de tabelas ou equações o u mediante dispositivos insta
porções de fluido passadas é obtido em um conta· lados no próprio instrumento (compensação) .
dor ou registrador (elemento secundário) engre· Citaremos alguns tipos e ao final comentare·
nado mecânicamente ao elemento primário ( o u me mos tôda a classe de medidores diretos volumétricos.
didor). a) Tipo pistão alternativo ou medidor de pistão
Podemos considerar os medidores diretos como - Os medidores dêste tipo são, essencialmente, mã
motores a fluido com alta eficiência volumétrica e quinas de pistões alternativos, apenas que a ener
sob carga minima; essa carga corresponde a : gia extraída do fluido passando pelo medidor é tão
- carga interna ou atrito no elemento primá sõmente a necessária para vencer o atrito das vál
rio ( medidor) vulas e do sistema de registro.
- carga externa ou atrito no elemento secun O tipo mais comum apresenta 4 pistões opos
dário (registrador) tos 2 a 2 ( formato de cruz) , movimentando sucessi
óbviamente, o trabalho dêsse motor a fluido se vamente um eixo central que é acoplado mecânica
faz às expensas da pressão, que sofre uma queda mente ao dispositivo contador.
ao passar pelo instrumento. Os fatôres preponde São, em geral, de grandes diâmetros e pequeno
rantes nessa queda de pressão (perda de carga) são: curso, (stroke) visando diminuir ao máximo a perda
a vedação (entre o que foi medido e o que vai ser de carga.
medido ) ; a energia para acionar o registrador; a Apresentam mais comumente problemas Pe lu·
viscosidade do fluido e a velocidade a que se pro· brificação, corrosão e vazamento.
cessa o escoamento. Indicado para medir liquidos sob baixa pressão
Há sempre a tendência para alguma parcela do e em baixas vazões. Precisão na medida com erros
fluido sob medição passar ou vazar pela veda de 0,2 a 0,3 %. Pràticamente insensivel a varia
ção, não contribuindo desta forma para preencher ções de densidade e viscosidade. Mede satisfatoria
os espaços de medição e não sendo medida, portan mente em qualquer temperatura, qualquer líquido,
to. Chamaremos a essa parcela vazamento e iremos desde que limpo, não excessivamente viscoso, nem
defini-la por ciclo de medição: é a diferença entre quimicamente corrosivo. Seu mecanismo deve :;�r
quantidade (no caso volume) realmente passada protegido (tela strainer) de materiais estranhos.
-
31
r
......._ ,,.
,,.
r
FIG. 46
r-
r-
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,,..--... r
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FIG. 47
32
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FIG. 48
F I G . 49 F I G .50
33
Com liquidos de pouco ou nenhum efeito lubrifi O movimento causado ao pistão pelo fluido en
cante apresenta dificuldades na lubrificação. Utili trando pela abertura D e saindo pela abertura E
zado habitualmente desde 0,05 até 300 gpm. Para corresponderá em cada ciclo a uma rotação do eixo
vazões maiores, o custo é muito elevado. Deve ser C que é acoplado por engrenagens ao mecanismo
usado até pressões de 1'50 psig. contador.
b) Tipo de pistão oscilante < Oscillating a,nd Faixa aproximada de utilização desde 3 até
rotary piston meters ou Ring piston meters) -
700 gpm, com precisão bastante aceitável (err::is
Dentro de um tambor fechado (cilindro) move-se em redor de 0,3 % em boas instalações ) .
um pistão ôco de diâmetro bem menor. O movi
e) Tipo rotativo de pás (sliding vane meters)
mento do pistão é uma rotação guiada em dois
Os elementos principais dêsse tipo (Fig. 52) são
as pás retilíneas ou veias que deslizam comanda
das por um excêntrico. A cada rotação completa
corresponde, aproximadamente, 4 vêzes o volume
A (Fig. 52), uma vez que não há vedação perfeita,
como j á visto também em outros tipos. Erros nas
boas instalações ao redor de 0,3 %. Possibilita me
dir vazões altas ( é possível atingir até 450 RPM l .
Não pode medir líquidos sujos ou abr?-sivos.
2
namento análogo ao anterior. As pás, ao inves de
retilíneas e de deslizamento, são semicilíndricas e
giram em tôrno do próprio eixo sob comando cen
tral. Características análogas às do anterior.
F I G . 51
r
SAl' DA E N T R A DA
·� '
1 FIG.53
34
movimento de rotação e escapa pela parte superior
do tambor. Essa rotação é transmitida a um con
junto de ponteiros num mostrador.
FIG . 5 4
Vantagens :
bast<:1nte precisos;
precisão no balanceamento e usinagem dos impe
lidores. atê �erto ponto insensíveis a variações de
pre� ;ão, densidade e viscosidade ;
g) Tipo fole (bellows meters) Medidores fuui
-
tas vêzes chamados "medidores secos'', são utilizados baixl 1 custo de instalação;
exclusivamente para gases. possi.>ilidade de limitar automàticamente uma
De forma geral dispõem de -1 câmaras com
determinada quantidade total (pré.fixada ) ;
paredes móveis por efeito de fole (usam-se habi não exigem nivelamento para manter a pre
tualmente membranas de cour o ) . O gás na entrad:t cisão;
é dirigido ora para uma câmara o ra para outra compactos, portáteis, robustos.
e força o deslocamento das paredt>s móveis (esti
cando a membrana "frouxa"). O deslocamento das
paredes é então utilizado : Desvantagens :
Consta primordialmente de um tambor cilindrico o emprêgo de vapor d'água para limpeza \me
horizontal ( carcaça) com água até pouco acima do didores de óleo combustível, por exemplo)
eixo do cilindro. Em terno dêsse ejxo podem girar pode causar dano ao instrumento por exce:;o
as pás do rotor que serão acionadas pelo gás. Éstt, so de pressão, de rotação, ou de tempera•ura,
admitido pelo centro do tambor, imprime às pás um além de expulsar a lubrificação.
35
3 - INSTRUMENTOS DE NíVEL
3.1 - INTRODUÇÃO
VIDRO VIDRO
FI G . 58
Classificamos, para fins didáticos, cinco cate- reforçada para suportar as pressões e temperatu
gorias de medidores de processo : ras reinantes no vaso. A Fig. 57 esquematiza al
guns visores de nível.
- Visores de nível ( 3 . 3 . 1 ) Para maior facilidade de observação de nível
- Flutuadores ( 3 . 3 . 2 ) de líquidos claros, usa.-se o visor de reflexão total
- Medidores por empuxo ( 3 . 3 . 3 ) (reflex gage) que, utilizando-se da diferença entre
- Medidores por pressão hidrostática ( 3 . 3 . 4 ) os índices de refração do líquido e dos vapôres,
- Medidores por pressão diferencial ( 3 . 3 . 5 ) permite uma leitura clara e precisa (vide Fig. 58).
3.3.1 - VISORES DE N!VEL Na região em que existe líquido não há refle
xão total e o líquido parece escuro, e na região do
O método mais simples de medir nível liquido gás, ou vapor , o vidro aparece claro (há reflexão
e o mais largamente usado em vasos de processa'. total) .
mento, é o dos visores de nivel ; são dispositivos
3 . 3 . 2 - FLUTUADORES OU MEDIDORES D E DES
baratos, robustos, de fácil manutenção e' acima de
LOCAMENTO CONSTANTE (BOIA E ALA
tudo, digr.os de confiança. Mesmo em iocais onde
haja . medidores de outros tipos é usual o emprêgo VANCA)
de visores, que servem como meio de verificação e Neste tipo de medidor, o movimento de uma
aferição de instrumentos mais complexos. bóia é indicado em uma escala através de alavan
O visor de nível consiste essencialmente em cas. São simples e práticos ; entretanto, sua utili
uma coluna de vidro em comunicação com o vaso zação no processo é às vêzes difícil ( mormente cm
rujo nível se deseja medir. Essa coluna, no caso vasos sob pressão) pela necessidade de vedação (en
mais simples um tubo cilíndrico de vidro, pode ser gaxetamento ) ; além disso, a faixa de medição de
nível é pequena. Vemos na Fig. 59 exemplo dêsses
medidores.
3.3.3 - MEDIDORES DE EMPUXO
38
6Jªª 1 LB
10 1
1
- 7"
Nl1VEL
D'ÁGUA
·ilJ t'"
A 8 c
ÁGUA DESLOCADA ÁGUA DESLOCADA
PESA 1 l b PESA 2 l b
FIG. 60
39
�
A TORÇÃO DO TU BO
G I RA A HASTE E
TRANSM ITE ASS I M O
CUTELO SUPORTA MOVIM ENTOANGULA R
A EXTR EMIDADE AO PONTEIRO
DO TUBO DE TORÇÃO
F I G . 62
r
r
:J
SUPRIM E N T
OE A R
FIG. 63
40
'{� rencial
Um manómetro de mercúrio, ou conversor dife
com supressão, será ligado ao vaso confor
me indicado na Fig. 68, resultando em uma leitu
.....
aumentarã quando o
-
ra direta, isto é, a leitura ní·
� vel subir.
3. 3 . 5 - MEDID ORES ELl!JTRICOS E MAGNl!JTICOS
h• ALTURA OE
SUPRESSÃO
FIG. 68
FIG. 65
..-..-++-- MO LA
DE
SUP RES SÃO
FIG . 67
41
LÂMPADAS
OHMÍMETRO
FIG. 69 FIG. 70
3.4 - APfiJNDICE
42
FIG. 72
OPERAÇÃO ESQUEMATICA
A Bico J - Orificio
B Palhêta K - Válvula de descarga
e Tubo de Bourbon L - Câmara
D Tubulacão fina M - Grande diafragma
G Escapamento N Câmara
H - Válvula de 3 saldas o Válvula de admissão
I - Passagem de admissão p Pequeno diafragma
43
.A medida que o líquido sobe em tôrno da bóia, a válvula de escape "K", permitindo à pressão sob
a fôrça de empuxo cresce, reduzindo assim o efei o pequeno diafragma "P" escapar até que o con
to do pêso na extremidade do eixo, e, de maneira junto de diafragma s retorne novamente à sua po·
análoga, reduzindo a fôrça de torção, de modo que sição inicial e feche a válvula de escape "K".
o torque tube gire em sentido contrário.
A relação de áreas dos dois diafragmas no
Para converter esta torção mecânica em sinal relé é de 3 para 1, ou tal que uma mudança de 5
pneumático, um eixo sólido de 1/8" é instalado libras no diafragma grande "M" resulte uma mu
dentro do torque tube soldado a êle na extremida
de livre, perto do ponto onde é ligado ao eixo da dança de 15 libras de pressão para o diafragma
bóia . da válvula de contrôle. A 3.• parte do conjunto da
válvula-pilôlo é o mecanismo de ajustamento da
Note-se no desenho que o eixo se estende para faixa proporcional, que consiste em uma válvula
fora do torque tube e que uma pequena palhêta é de 3 saídas "H" em um ramo da linha que vai
colocada na extremidade. para a válvula de contrôle, para o tubo (de com
pensação) de Bourdon "C". A válvula de 3 saídas
Desde que o eixo é soldado a uma extremi "H" é posicionada manualmente entre a entrada
dade do torque titbe, o eixo irá girar de um ângulo
igual ao do torque tube. "I" e a saída "G". Quando a válvula está assen
tada na saída "G", tôda a pressão da válvula de
O eixo dentro do tubo permite que o movimen diafragma é transmitida para o tubo de Bourdon
to angular seja transmitido à válvula-pilôto pneu "C". Isto faz com que o tubo de Bourdon disten
mática. da-se e a palhêta tem que se mover numa distân
cia relativamente grande para fechar o bico. Por
O torque tube possibilita um sêlo de vedação outro lado, se a válvula está assentada na entra
sem atrito. da "!", nenhuma pressão é transmitida para o
Assim, no Level-Trol, temos uma bóia de for tubo de Bourdon, resultando ser necessário um mo
ma cilíndrica e um torque tube, que propiciam um vimento muito pequeno da palhêta para fechar o
movimento mecânico virtualmente livre de atrito, bico. Posições Intermediárias da válvula, é claro,
com representação precisa e verdadeira da posição resultam em pressões intermediárias para o tubo
do nível do líquido. de Bourdon.
A pequena palhêta, juntamente com outros com Supondo-se que o pilôto e a válvula de con
ponentes da válvula-pilôto do Level-Trol, então trans trôle de diafragma sejam ambos de ação direta,
formam êste movimento mecânico em um sinal como mostra o desenho esquemático, o ciclo com
pneumático, que está em proporção direta à posi pleto de operação do controlador de nível é expli
ção do nível. cado como segue. Considere-se o nível no vaso
em ponto médio da bóia, e pilôto ajustado para
Como se observa na Fig. 72, o ar, a 20 psi dar 9 libras no diafragma de saída. Se houver um
de pressão, é fornecido do filtro regulador auxi decréscimo no fluxo de saída, o nível do vaso e
liar ao orifício "J", na câmara do diafragma "L", da câmara da bóia irá subir. A bóia então irá
do relé, através da pequena tubulação "D" dentro subir, fazendo que a palhêta "B" mova-se em dire
do tubo Bourdon, e para o bico "A". O bico "A", ção ao bico "A". Isto aumentará a pressão na
quando não está coberto pela palhêta "B'', é bas câmara "L" do relé e o conjunto de diafragmas
tante largo para deixar escapar todo o ar que vem do relé irá mover-se para baixo, abl'indo a válvula
através do orifício "J", e a pressão será zero entre de suprimento "0". O ar, então, entra na câmara
o orifício e o bico. Quando o bico está coberto pela "L" até que o conjunto de diafragmas do relé seja
palhêta em virtude de um aumento de nível, for obrigado a voltar a sua posição original, e a vál
ma-se pressão do sistema entre "A" e "J". Assim, vula "O" seja novamente fechada.
qualquer mudança do nível líquido resulta em mu
dança de pressão na câmara "L". O relé pneumá A pressão na câmara "N" é transmitida para
tico deixa escapar o ar somente quando a pres 0 diafragma da vál,·ula de contrôle, obrigando-a a
são para o diafragma da válvula de contrôle está mover-se em direcão ao seu assento.
sendo reduzida.
O conjunto de diafragmas duplos com pontos Ao mesmo tempo, a pressão no tubo de Bour
de e�cape entre os diafragmas "M" e "P" tem mo don "C" está sendo aumentada através da válvula
vimento livre e está sempre equilibrado pela pres de 3 saídas "H", que faz que o bico "A" mova-se
são. Se houver um aumento de pressão na câmara para longe da palhêta, parando assim o aumento
de pressão na câmara "L". A unidade está nova
"L", o conjunto de diafragmas é empurrado para
mente em equilíbrio com o nível em um ponto mais
baixo, e a válvula de entrada "O" é aberta. Isto alto, e a pressão de contrôle do diafragma é au
permite à pressão de suprimento entrar na câmara mentada para fechar parcialmente a válvula de con
"N" até que esta pressão empurre o conjunto de trôle, de maneira que o fluxo de entrada iguale
diafragmas de volta à sua posição original e a vál o fluxo de saída. Se houver um aumento no flu-4
vula de entrada "0" feche novamente. Um decrés xo de saída, irá ocorrer o inverso do ciclo acima,
cimo de pressão na câmara "L" fará com que o com um decréscimo no nível do líquido, causando
conjunto de diafragmas ·mova-se para cima e abra um aumento na abertura da válvula de contrôle.
44
4 - INSTRUMENTOS DE TEMPERATURA
cap + E'Sp
temperatura. Emprega-se normalmente "Invar" como
metal de pequena expansão e latão ou ligas de ní
quel como metal d� grande expansão. A barra bi O êrro devido à temperatura ambiente pode
metálica é geralmente enrolada em forma de héli ser corrigido :
ce, com uma extremidade prêsa ao corpo do ter I - Aumentando a · relação
mômetro e outra ligada a um ponteiro. Quando
varia a temperatura do meio em que está imerso V
o termômetro, a hélice bimetálica expande-se (ou bulbo
45
E I X O DA P E N A
ACION ADOR D O
EIXO D A PENA
AMORTECEDOR
s- �
11
11
11
11.
A J U S T E DE Z E R O
( S E N S (VEL )
TUBO CAPILAR
I
B U L B O OE GAS
�)
minada pela relação
trumento. Corrige-se assim o êrro
devido à influência da temperatura p = ( T
ambiente na espiral sõmente e não
46
ESPIRAL OE MEDI Ç ÃO ESPIRAL OE COMPENSAÇAO
EXTREM IDA
DE FECHADA
TUBO OE
MEOIÇ O
TUBO OE
COMPENSAÇÃO
F I G . 76 FIG. 7 7
47
"'
P = P R E S SAO
p H = ALTURA
H
H
,-
p
,-
r-
,-
,-
,-
,-
,-
,,--
r
75º F 75° F
r-
,-
r-
lOO º F
SOº F
F i g . 80
F ig. 8 1
ESPIRAL
PARA A PENA
TUBO CAPILAR
VA P O R
L ÍQ U I D O
i::" I G . 8 2
49
220
I /
15.4
200
/I
14
P R O PA N O
180 12. 6
J j j 1 1. 2
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õ TOLUENO
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�
- 20 1 . 4
FI G . 8 3
50
tacilidade de leitura remota; II - "A inserção de metais intermediários
adequados para indicação ou registros múlti entre as junções não modificará a
plos (vários pontos em um só instrumento), fôrça eletromotriz desenvolvida se ti·
tornando-se então muito econômicos; vermos tôdas as emendas interme
permitem mudança de range com facilidade. diárias sob mesma temperatura".
Estudaremos, separadamente, os dois tipos de
termómetros termoelétricos :
4 . 2 .1 - Termopares T C08RE T
4 . 2. 2 - Termômetros de resistência FERRO FERRO
4. . 2 . 1 - TERMOPARES
Um termopar é constituído por dois fios de me
lais diferentes, com as extremidades cm contato.
CONSTANT � -
- ---------�
FIG . 86
� STANTAN
<'-- ----�>
--'--
de extensão de metal diferente do termopar, tere
mos que manter as emendas sob mesma tempera
tura. Como isto é impraticável industrialmente,
Tm '•
emprega-se fiação do mesmo material que o ter
_ CONSTANT
AN . mopar ou de material que tenha mesmo compor
tamento termoelétrico que o termopar.
FIG.84
III - "A fôrça eletromotriz desenvolvida
em um par de metais "A-C" será
Se mantivermos as duas extremidades dêste a soma algébrica das f. e . m .'s de
conjunto a temperaturas diferentes Tm e Tr, de senvolvidas, sob mesma temperatu
senvolver-se-á uma fôrça eletromotriz (f.e.m.) que ra, nos pares "A-B" e "B·C".
causará a · circulação de uma corrente no circuito. Podemos, portanto, tabelar o comportamento
Esta fôrça deve-se a dois efeitos distintos : termoelétrico de qualquer metal em relação a um
- Efeit o Peltier : A junção de dois metais dissi· metal de referência. Se quisermos saber qual a
milares produz uma f.e.m. que é função da f.e.m. desenvolvida em um par A-B, para uma de
temperatura a que está sujeita a junção. terminada temperatura, basta subtrair algébrica
mente as f.e.m.'s dos dois elementos do par em
- Efeito Thomson : Aparece uma f.e.m. entre rdação ao metal de referência.
as extremidades de um metal homogêneo,
quando estas forem submetidas a tempera 4 . 2 . 1 . 1 - TERMOPARES INDUSTRIAIS
turas diferentes. As qualidades requeridas para termopares de
Em termopares industriais, os metais são es uso industrial são :
colhidos de tal maneira que as f.e.m . 's dos dois Fôrça eletromotriz térmica relativamente grande
efeitos se adicionam, resultando em f.em.'s que pos
sam ser medidas em ir.strumentos comuns. Para que as variações de temperatura possam
A partir dos efeitos Peltier e Thomson, pode ser medidas em instrumentos industriais, os termo
mos deduzir três leis : pares devem desenvolver, no minimo, uma varia
ção de 10 mV entre os extremos da escala.
I - "A fôrça eletromotriz desenvolvida
em um termopar depende sómente Precisão de calibração
das temperaturas das duas junções, Os termopares devem manter sua calibração no
e não de qualquer temperatura in decorrer do tempo; por outro lado, dois termopa
termediária". res de mesmo material devem ter mesma calibra
ção, a fim de que possam ser permutáveis.
Resistência á corrosão e oxidação
Esta resistência deve ser alta, para que o ter
mopar tenha longa duração. Deve-se notar qu�. a
altas temperaturas, a oxidação e a corrosão sao
bem mais acentuadas.
F I G . 85
Relação "fôrça eletromotriz-temperatura" linear
Simplifica-se, assim, a leitura da escala e o
oroblema de compensação da junta fria, que será
Portanto, o instrumento indicará a temperatu abordada mais adiante .
ra da ponta do termopar, mesmo que a fiação de A tabela seguinte mostra os termopares mais
ligação atravesse zonas de temperaturas diversas. usados. com suas car·acterísticas principais.
TERMOPARES INDUSTRIAIS MAIS USADOS
Tf'rn1opar )letal positivo )letal nt"gativo oJ<'/LO mV l'"""aixa ti• uso, oF Precisão
UTILIZAÇÃO
51
, '
D G E R ALMENTE SATISFATORIO
....
....
:::: SATISFATÓRIO EM ATMOS FERAS C ON T ENDO
M E N O S DE 0,5 DE OX!GÊNIO
3 oo o Of --11-----+
2 5 0 0 ºF -!-----; :e 1-
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S AT I SFATO R I O POR EM NÁO REC O M EN D ADO (/) <t
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e. 4 6 8 1000 12 14 16 18 2000 22 24 26 28 3000
T E MPE R A T UR A ºF
G R Á F I C O M O ST R A N D O A RELA Ç Ã O
T E M p E R A T u R A f e m D E e 1 NC o
,
T I P O S D E PARE S T E RM OE L ETRICOS
FI G . 8 8
B LOCO D E CONEXÃO
/ SOLl�A POR
FUSAO
LANA
DE PORCE- �
FIG. 89
53
.--
Os tcrmopares são usualmente feitos em forma medir. A corrosão e oxidação, acentuadas a altas
de fios isolados e soldados por fusão na junta de temperaturas, a necessidade de proteção mecânica
medida. O fio mais usado é o 14 BWG, exceção fei e manutenção durante a operação, tornam aconse
ta para os termopares de platina, geralm en te de lhável o uso de um poço, geralmente metálico.
fio 24 BWG. Os fios são isolados por miçangas de
porcelana, e suas extremidades são ligadas aos fios Evidentemente, êste poço deve ser especificadr
de extensão através de um bloco de porcelana, con e dimensionado em face das condições de opera
forme a Fig. 89. ção ( pressão, temperatura e natureza do fluido).
4 . 2 . 1 . 2 - POÇOS DE INSTALAÇAO
Entretanto, é usual em refinarias a padronização
de um poço, geralmente robusto e de material
Sómente cm casos raros torna-se prático expor resistente à oxidação e corrosão (aço inoxidável
o termopar nu ao fluido cuja temperatura se quer AISI 304 ou 316 ) .
POÇO
CON E-
T E RMOPAR
FIG. 9 0
4 . 2 . l . 3 - F'IOS DE EXTENBiW
Alurnel ou
III Cromei
Um ou mais termopares podem ser ligados a
TTT Ferro Cobre-n!qu!'I ou um ou mais instrumentos. As ligações mais usuais
III Cobre constantã são as que passaremos a examinar :
IV Cobre Cobl'e-niquel
A ligação mais simples P ;a e8QuenializadH na Fig.
ponto.
!14, onde ternos um instrumento continuamente me
Termopares dindo a temperatura de um único
Cromei d«i>
- Um só termopar podel'á ser ligado a vários instl'U
III Alumel
rncntos em paralelo. medi11'do-se a temperatura
mesmo ponto em locais diferentes. como mostra a.
96.
IV Plati na-ródio Platina
Fig.
54
FLAN$3E PAR TERMO
AJUSTAV E L ELÉTRICO
\
FIG. 92
TUBO OE
.
PAR TERMO E L E TR 1 C O INDUSTRIAL C OMPLE T O ,
COM TU 8 O DE PROTEÇAO
- ,.-,
F I G.93
INSTRUMENTO
<-------ti
B
�
TERMOPAR
A
FIG.94
.ti
NSTRUMENTO
FIG.96
(l (l {)
Esta ligação paralela, porém, só serã possível
se ambos os instrumentos forem contínuos ou ambos
intermitentes. Se o instrumento A fôr contínuo e
(7_L...: :=:::=::S:::::ª�0=====1I 1
o instrumento B intermitente, ao se acionar a chave
seletora de B, a tensão aplicada aos terminais de
V V V
A cairá, causando uma falsa leitura neste instru·
mento. Se desejarmos que a leitura da tempera
�
INSTRUMENTO tura de um mesmo ponto seja feita simultânea
mente em um instrumento continuo e um intermi
tente, devemos usar um termopar duplo e ligações
55
independentes. O termopar duplo consiste em dois •1.2.1.5 - INSTRUMENTOS DE MEDIDA
termopares independentes, isolados entre si, e insta· - MiliYoltlmetro
lados em um mesmo poço .
O milivoltímetro industrial é um galvanômetro
de corrente continua, especialmente construido para
a medida de f.e.m. de termopares. É o mais sim·
ples e mais barato de todos os instrumentos usa
dos para êsse fim. Entretanto, por sua fragilidade,
seu uso é restrito a laboratórios ou processos que
INSTRUME não exijam um instrumento robusto. (V. Figs. JOO,
101 e 102).
A fôrça eletromotriz é aplicada a uma bobina
mergulhada em um campo magnético; o momento
de torção que se desenvolve, proporcional à fôrça
eletromotriz a medir, é equilibrado por uma mola
FERRO ONSTANTÃ espiral. Assim, a posição de equilíbrio determina ,,.
a fórça eletromotriz.
2 O milivoltímctro é ligado ao circuito do termo
F I G .97 par de acôrdo com a Fig. 103.
Como vemos, a fôrça eletromotriz medida no r-
milivoltímetro será ligeiramente diferente daquela
desenvolvida no termopar. Por exemplo, para va
ma polaridade em oposição (Fig. 97), o instrumento lôres típicos de R , RL e Rt respectivamente 600,
- S e ligarmos o s tel'mopares com o s terminais de ml!s
,
56
CONTRAPtso NO PROLONGAMENTO DO PONTEIRO
llOBINA DE R ESISTbCIA
DO AJUSTE ELE'rRICO
1�---O
- LOS DO {MÁ
BOBINA MÓVEL
MOLA CABELO
FI G . lOD
PIVÔ
57
-
MAN C AL
,.....
-
,-
,,....
FIG . 102 ,-
R1 <• �i 'º
�Ro
RL
F I G .103
,-
,-
9R RR9L R 1
r
•, ; R}1
.
'o
r-
•• 2
•
i •
R9 + :L +
+ + r-
,-
FIG . 104 - ,-
BATERIA
REOSTATO
a
A s e
T E R M9PAR
GALVA N Ô M ETRO
FIG. 105 FI G . 1 0 6
58
para a menor temperatura do range escolhido, Deseja-se que a tensão aplicada entre os pontos a
temos o cursor do reostato em a, logo e b seja constante. Quando colocada a chave sele·
tora na posição 2, o galvanômetro não indicar cor
e
min
= i A (1) rente, a tensão aplicada na resistência M será iJual
à fôrça eletromotriz da pilha-padrão; qualquer ou
Para a maior temperatura do range escolhido, tra indicação do galvanômetro mostrará uma va
teremos o cursor em b e riação da corrente através de N e M e, portanto,
uma variação da tensão entre os pontos a e b ; esta
e = i <A + S) (2) yariação pode então ser corrigida através do reos
n1ax
tato F até que a indicação do galvanômetro seja zero.
(2) - (1)
e -e e = S (3) A estandardização é feita periódicamente (uma
max min r
(1) vez por hora, por exemplo) manual ou automàti·
camente.
(3 )
e Devemos também compensar os erros devidos
1nin à variação de temperatura da junta de referência.
A = x S (4) Esta compensação é obtida variando-se a resistên·
e eia N.
I'
F
a fôrça eletromotriz .
BATER I A b = tensão através de N .
a+b tensão equilibrada no potenciômetro,
A
independente da temperatura da junta
de referência .
b
- Potenciõmetros industriais
59
O)
o
,A
P 1 LH A P A D R A O
C Ê R A
� C O R TI Ç A DE
li<)� BÔLHA AR
S O LU Ç A O DE Cd S0
4
PORC E L A NA
- ---
--------- ...... -- - -- · ·
SEPARADOR DE AMIANTO
( T I PO N ÃO SATU R AD O )
C R 1 STAIS DE C d S 04
( T I PO S AT U R A O O )
PASTA DE S U LFATO
"
DE ME R C U R I O
TER MI N A I S
PL ATl N A PURO
I '\
AMÁLGAMA DE
C Á D M I O
FI G . 1 0 8
)
"
, )
) '> J J e ) J ) ') ) ) ) ) ) ') ) ) 1 ) ) ) ) ) l
BATERIA
MOTOR REVERSÍVEL
rv
TERMOPAR
CONVERSOR AMPLIFICADOR
OC AC-
FIG. 110
CABO DO REOS
TATO M E D I DOR
TA M BO R DO CABO
DO R EG I ST R O
OE CARTA C I R CU L AR E I N D I CADO R E S DE P R E C I S Ã O
FIG.1 1 2
61
, ... ,
CIRCUITO TIPICO PARA A C L A S S E 15 · COM PAORONIZAÇAO AUTOMATICA OU MANUAL
"4 E D I D O R
r - - - - - - - - - - - -,
R E O S TATO
1
1
Rs :
_J
1
1- - - -------- -- - - _ _
A J USTE
DE F A l � A
,.-.
,-
Rni
OS OUTROS COMPONENTES
(VER DIAGRAMA DE L I G A ÇÕE S ) r'\ _.
..,,
(4)
------ ,-
1
1
1
1 r ,.-.
t
1
RESISTÊNCIA DA JUNÇÃO DE
1
1 r-
1
1
1
!. _____.
:
1
1
1
1
1
1
1
1
1
_ _ _ _ _1
FUNC.
t
PILHA PADRÃO
+
TERMINAIS PARA TESTE E CALIBRAGEM
T. C .
PAR TERMOfLETRICO
ICOT A S • PARA TES TAR o T. C. ou CALIBRAR o INSTRUMENTO, OUANDO SÃO USADOS OS TERMINAIS , O T, C DE
R EMOVER A BARRA DOS TERMINAIS T. C E INST VE SER LIGADO A O S T E R M I N A I S INFE R10RES,CO
MO INDIC ADO PELAS LINHAS TRACEJADAS , E M
OS NÚMEROS ENTRE PARÊNTESES INDICAM A OR VEZ DE NOS T E RMINAIS S U P E R I O R E S . O S TER
DEM DE M ONTAG EM N A PLACA S U P O R T E . MINAIS PARA TESTE sÃo LI GADOS INTERNAMEN
R E SIST Ê N C I A RS
TE. COMO IN DI CADO PELAS LINHAS TRACEJADAS
A E MONTADA N O REOSTATO
M ED ID OR .
OUANDO O C IRC UIT O INDICADO PELAS L I N H A S
TRACEJADAS [ ' U S l' D O , A R E S I S T Ê N C I A R S E
C R - SISTEMA F1 L TRO PARA C ORR E NT E S I N
D D
DEVE SER OMIT I D A .
D U Z I DA S ESTRANHAS.
FIG. 1 1 1
62
BOTÃO DE PRESSÃO PARA
PADRONIZAÇÃO
FIG. 1 1 6
• •
- s
8
4 . 3 - PIRôMETR OS óTICOS
i
a
( A+R
P
) =i B
b
Mede-se então esta radiação e, conhecido o fa
tor de absorção· E do corpo, deduz-se sua tempe
i
a
( r +R
e
) =i S
b
ratura.
As vantagens dêste tipo de pirómetro são :
não é necessário contato direto com o corpo
r +R cuja temperatura se deseja medir
e ' : basta que
S= XB êle seja visível ;
o instrumento pode ser usado para medir
temperaturas até 5 OOO"F com precisão de
Como vemos, se r fór igual ou de mesma gran
até 0,1 % ;
deza que A, S será independente de R , isto é, f in-
a medida de temperatura independe da dis
0 tância entre o operador e o corpo;
dicação do cursor do reostato será independente as medidas podem ser feitas com grande ra
da resistência da linha. pidez.
64
R EO S TA T O M E DIDOR
BATERIA
A M B B N A
5 1
1
L C \
DE 1
1
1
1 .,
F
1
1
1
e B A 1
e
.__ __ (1) 1 u 1
y y L_ _ _ _ _ __J
)(�
INST.
IULIO
o QUANPO � Olll E M USADOS TERMINAIS DE TESTE,ESTA L I GAÇÃO DEVE SER OMITIDA
.. ...
:r :::>
e N
E e
•
x
lll[SIST[NCIA 00 8ULIO
FIG. 1 17
65
CONVERSOR
A
POTÊNCIA
RESl
'
E S Q U E M A DO SISTEMA 8ROWN DE E QUILI B R I O ·c oNSTANTE
( U SADO NO CIRCUITO WHEATSTOME E Q UILIBRADO)
BULBO DO TERllÔMETRO DE AU IS"TÊllCIA
FI G . 1 1 8
CONVERSOR
PAR
P OT h C I A
G
-- -- ---
---
-----
DE C . A .
RE L
- -T
MOTOR EQUILIBRADOR
BAT E R I A
FIG. 1 1 9
F I G . 120
5 - ANALISADORES xidade e pela diversidade dos tipos existentes, esta
apresentação será sucinta, devendo cada analisador
ser estudado como um instrumento à parte.
A quase totalidade de instrumentos industriais
é destinada à medida de temperatura, pressão, ni· Podemos, numa tentativa de classificação, divi·
vel ou vazão; através destas quatro variáveis pode· dir os analisadores em dois tipos principais : es
se normalmente controlar a composição dos produ· pectroscópicos e nã.-0 espectroscópicos.
tos, que é, em última análise, a única variável de
real interêsse. A escolha daquelas variáveis auxi· 5.1 - ANALISADORES ESPECTROSCóPICOS
liares (temperatura, pressão, nivel e vazão ), em
substituição à composição, tornou-se necessária pela Cada substância absorve ou emite energia de
inexistência, até pouco tempo, de analisadores co· radiação dentro de faixas de comprimento de onda
merciais simples, baratos e dignos de confiança. bem estabelecidas; o conjunto de faixas absorvidas
ou emitidas por uma substância constitui seu es.
Entretanto, a introdução de processos novos for·
çou o aparecimento de instrumentos de análise, por pectro, que é característico desta substância. Pode·
uma ou várias das razões abaixo : mos então determinar a presença e a concentração
desta substância em uma solução através de seu
concentração extremamente baixa de um espectro.
componente, to rnando
impossível sua deter O espcctrômetro mais empregado na indústria
minação através das variáveis auxiliares ; baseia-se na absorção de radiações da faixa infra
- possibilidade de ocorrências freqüentcs e rá· vennelha. A escolha desta faixa deve-se a duas
pidas de distúrbios, o que impede o contrô· vantagens principais :
le de qualidade de produtos através de anã·
!ises pelos processos tradicionais (e lentos) - maior diferenciação entre os espectros na
de laboratório; faixa infravermelha, permitindo maior sele·
tividade dos analisadores;
- existência de componentes que, mesmo em - a radiação de faixa infravermelha é grande
baixa concentração, possam comprometer a se mente absorvida por anteparos, podendo, por·
gurança ou economia da operação. tanto, ser medida através da temperatura
dêstes anteparos.
Apresentaremos, a seguir, uma ligeira exposi·
ção dos tipos de analisadores mais freqüentemente A Fig. 121 apresenta o esquema de um anali·
encontrados. Note-se, entretanto, que, pela comple· sador infravermelho.
F O NTES D E
Jf
Q GÁS D E COMPARAÇÃO
� l
PARA O
INFRAVERMELHO�
Q
AMOS T RA
� 1 POTENCIÔMETRO
ti I� '
BULBOS DE R ESISTENCIA
OU T ERMOPILHAS
FI G .1 21
}
5.2 - ANALISAD ORES NÃO ESPECTROSCóPICOS
67
sosa. A coluna absorverá seletivamente os compo
PARA O POTENCIÔMETRO
nentes da solução a ser analisada, e podemos fa
r-"'--1 zê-la suficientemente longa para que tenhamos sem
pre na célula de condutibilidade uma mistura bi
nária constituída de um dos componentes da solu
ção e do gás de arraste.
CÉLULA CÉLULA D E
DE COMPARAÇÃO CONDUTIBILIDADE
Além dos tipos básicos apresentados, existem
INJEÇÃO inúmeros analisadores não espectroscópicos que uti
OA AMOSTRA
...... lizam diversas outras propriedades, como por exem
plo :
GÁS OE ARRASTE
COLUNA D E condutibilidade elétrica
( N2 , H2 , otcJ combustão catalítica
ADSORÇAO
calorimetria
refração de luz
paramagnetismo do oxigênio, etc.
Entretanto, êstes instrumentos não serão estu
FIG. 1 2 3 dados por serem de uso bem mais restritos que os
apresentados.
68
6 - TELEMETRIA : CONCEITOS FUNDA- 6.1 - TRANSMISSÃO PNEUMÃTICA
MENTAIS
A despeito de algumas vantagens apresentadas
Chamar�mos telemetria à técnica de transpor pela transmissão elétrica - como veremos --, em
tar mediçõe::; obtidas no processo - a partir de um algumas situações o emprêgo da transmissão pneu
instrumento medidor primário, ou transmissor - mática é quase um imperativo.
a pontos distantes onde nos interesse uma indica Entre outras podem ser citadas :
ção ou um rcgistro dessa medição, cm instrumen
tos secundários ou receptores. - Existência de condições explosivas que ve
nham tornar perigoso o sistema elélrico;
A transmissão à distância de valóres medidos medidas de completa proteção de pessoal e
está tão intimamente relacionada com os proces equipamento tornariam o sistema elétrico
sos de operação contínua (exigidos pela indústria antieconómico.
moderna), que a necessidade e as vantagens do em - Maior segurança de funcionamento dos sis
prêgo da telemetria e do processamenlo contínuo temas pneumáticos, em relação aos sistemas
se entrelaçam. Podemos afirmar, portanto, que a elétricos.
importância da telemetria reside no fato de ser ela
absolutamente indispensável ao bom funcionamen - Impossibilidade ou dificuldade de obtenção lo·
to dos processos industriais continuas. cal de energia elétrica preferencialmente au
tônoma.
Um dos resultados mais interessantes da tele· A exceção de medições de temperatura com pa
metria reside na centralização dos instrumentos e res termoelétricos e termômetros de resistência, a
contróles relativos a um determinado processo em transmissão pneumática predomina em refinarias de
painéis de contróle ou casas de contróle. petróleo e em indústrias petroquímicas.
As vantagens que daí decorrem são inúmeras, Estudaremos inicialmente um tipo de transmis
e não é difícil imaginar muitas delas. Citaremos são pneumática - por equilibrio de movimentos -
apenas algumas, deixando à imaginação e ao co que é o mais simples e posteriormente veremos o
nhecimento de cada um tantas outras que possam tipo de equilíbrio de fôrças (mais complexo ).
ser evocadas :
- os instrumentos agrupados podem ser con 6.1.1 - EQ UIL!BRIO DE MOVIMENTOS
sultados mais fácil e rápidamente, fornecen O principio de funcionamento da transmissão
do a operadores e supervisores uma visão pneumática por equilíbrio de movimentos pode ser
conjunta do desempenho da unidade; esquematizado através das seguintes etapas (Figu
- é possível reduzir o número de operadores ra 124 ) :
com simultâneo aumento da eficiência do tra·
balho ; I - O transmissor (no campo) mede a variá·
vel - através do elemento primário -
- cresce considcràvelmente a utilidade e a efi e promove um deslocamento do po�tei
ciência dos instrumentos, face às possibili ro ou pena proporcional ao valor medido.
dades de pronta consulta, manutenção e ins
peção, em situação mais acessível, mais abri II - O elemento de transmissão aproveita êste
deslocamento para permitir ao ar com
primido de suprimento passar par� as U
gada e mais confortável.
Cabe, a essa altura, um esclarecimento sóbre nhas de transmissão, com pressao pro
o tipo de instrumento que passaremos a denominar porcional ao citado deslocamento.
t?'ansmissor. III - A pressão transmitida vai atingir um
Chamaremos transmissor àquele instrumento elemento de recepção e nêle provoca um
que converte uma indicação primária - em geral deslocamento proporcional ao seu valor
em deslocamento ocasionado pela variável sob me e, portanto, proporcional ao valor indi·
dição - em um sinal de energia capaz de impres· cado no campo.
sionar um instrumento receptor em algum ponto IV - O ponteiro ou pena do receptor aprovei
distante. ta êsse deslocamento do elemento de re·
Note-se a inclusão de uma energia externa - cepção para marcar contra escala ou
que faz simplesmente o papel de mensageiro - en· gráfico o mesmo valor obtido no campo.
tre transmissor e receptor. A percepção da gran·
deza medida no transmissor se faz sentir de uma Analisemos com maior detalhe a maneira de
forma ou de outra na energia externa e esta sim obter no elemento de transmissão uma modulação
plesmente "recebe a notícia e vai dar o recado" ao de pressão de ar proporcional ao deslocamento ve
elemento receptor. rificado.
É fácil perceber que transmissores, receptores O tipo de dispositivo empregado aparecerá
e instalações irão depender do tipo de energia au exaustivamente em sistemas pneumáticos (tanto de
xiliar utilizada. transmissão, como de contrôle) e sua compreensão
constitui um dos pontos básicos de instrumentação
Queremos assinalar, nesta altura, a tendência
industrial.
atual em chamar telemeters (em português pode
riamas criar o têrmo "telemedidores"l aos trans O funcionamento do sistema de transmissão
missores para grandes distâncias, através de fios pneumática será exposto por etapas, desde um es
de transmissão elétrica, cabos telefónicos ou micro quema teórico hipotético ( Fig. 125) até o sistema
ondas . Embora também existam transmissores elé real e completo.
tricos, êstes venceriam distâncias menores e usan· Vemos na Fig. 125 o esquema teórico de um
do um sistema próprio de interligação transmissor sistema de transmissão pneumática de deslocamen
receptor. to, baseado no escape de ar ou sangria através de
Numa primeira divisão, gruparemos os siste um sistema bocal e palhêta ou bico e palhêta.
mas de transmissão que nos irão interessar em As posições do ponteiro - por exemplo, posi
3 grupos : ção A - determinam, através de ligação mecânica,
posição para a palhêta - por exemplo, posição X.
- Transmissão pneumática ;
- Transmissão elétrica; O ar de suprimento, depois de passar por uma
- Transmissão hidráulica . restrição, pode escapar com maior ou menor faci
lidade pelo bocal, tudo dependendo da posição re
Iremos nos deter mais pormenorizadamente no lativa bocal·palhêta ; quando próxima, escapa me
primeiro grupo, mais comum em refinarias e in· nos; afastada, escapa mais. f.:ste escape maior ou
dústrias petroquímicas, limitando o segundo grupo menor regula em determinado valor a pressão de
aos casos específicos de uso consagrado. ar nas linhas de transmissão (chuleado na Fig. 125) .
69
TRANSMISSOR ( CAMPO) 1 RECEPTOR (CASA DE CONTRÔLE)
ELEME NTd
PRIMÂRIO !
1
1 ELEMENTO
DE
1 RECEPÇÃO
SUPRIMENTO
D E AR 1
1
ELEMENTO D
5
i o 5 10
TRANSMISSÃO
1
i
S I NAL DE AR PARA O RECE PTOR j A POSIÇÃO DA PENA É PROPORCIO NAL
( PR E S S ÃO PROPORCION A L À INDICAÇÃO ) Á PRESSÃO DE AR R ECEBIDA, D E T A L
1 FORM A Q U E A 1 N DIC AÇÁO É A M E SMA.
1
1
F I G . 124
J
'
PIVO
o
'
'
'
PINO
!
'
'
PALH ÊTA
'
•
j
''
'
' PONTEIRO
'
1
'
- ----- - - - - - - - - -
- - · - - - - - - - - - - --- - --
LIGAÇÃO :
'
'
'
j
!
!
�i
A 8
�������- j
TO D E AR À
RESTRI ÇÃO
PRESS ÃO CONSTANTE
AR PARA O RECEPTOR
( PR ESSÃO DECORRE NTE
DA POS IÇÀO DA PALHÊTA)
FIG.125
70
A pressão será máxima quando não houver es· trição; é fácil perceber que isso deman
cape (e se tornará igual à de suprimento ) e será dará um certo tempo que interessa re
mínima quando todo o escapamento fôr permitido. duzir a um mínimo.
É possível supor - ao menos teoricamente -
V - As variações de pressão transmitida não
um ponto além do qual o afastamento da palhêta
seriam proporcionais, desde que as pres
j á não teria influência, e entre êsse ponto e a com
sões de ar transmitidas não são exata
pleta vedação, estabelecer uma calibração de posi
mente proporcionais às posições da pa
ções correspondentes a todos os valôres interme
diários de pressão, desde o valor mínimo até o va: lhêta.
lor máximo. VI - Para manter pressões de ar transmitido
Assim estabelecemos - teoricamente - relação em valôres altos, seria preciso manter
entre : firmemente a palhêta contra o bico para
VALOR MEDIDO E VALOR RECEBIDO
resistir ao sôpro ; mas, por outro lado,
a palhêta não pode ser mantido muito
- Valor medido e indicação : através de ele rigidamente sem prejudicar a sensibili
mento primário. dade.
- Indicação e posição da palhêta : através de
Ainda do ponto de vista puramente intuitivo,
ligação mecânica. é fácil notar que tôda a responsabilidade da trans
- Posição da palhêta e pressão transmitida :
missão idealizada na Fig. 125 dependeria da liga
através de escape de ar. ção pena-palhêta; em outras palavras, cada posi
- Pressão transmitida e valor recebido : atra
ção da pena deveria forçosamente causar uma si
vés de elemento receptor (será visto poste tuação palhêta-bico resultando pressão de ar exa
riormente ) .
tamente proporcional à posição da pena. A ligação
Antes de abandonarmos o esquema teórico da seria bastante complexa, uma vez que, como já vi
Fig. 125, vejamos algumas das razões práticas que mos, as posições da palhêta não correspondem li
invalidariam um sistema tão simples : nearmente às pressões mantidas (V) e, além dis
I - A pressão de suprimento de ar deveria so, a relação de movimentos deveria se manter
ser constante, sem nenhuma oscilação. inalterável .
Qualquer mudança na pressão causaria Tôda vez que isso não sucedesse, a transmis
mudança na pressão transmitida. são seria falsa e o transmissor j amais viria a "no
II - Nenhum jôgo mecânico, atrito ou resis tar" essa falsa transmissão .
tência deveria haver nas ligações palhê· Adicionemos ao esquema anterior (Fig. 125)
ta e pena. um nôvo dispositivo e muitos dêsses inconvenientes
III - Nenhuma vibração afetando o sistema. _ irão desapareecr (Fig. 126).
IV - A transmissão seria muito lenta ; todo o O nôvo sistema emprega u m fole - semelhan
ar exausto deverá escapar pelo bocal e te aos tipos citados na parte de pressão - ligado
todo o ar suprido deverá passar pela res- à linha de transmissão para o receptor (Fig. 126 ) .
PONTEIRO
--- HASTE
LIGAÇÃO
AR PARA O RECEPTOR
F I G . 126
71
Quando aumenta a pressão transmitida, o fole bocal e todo o suprimento passar pela res
aciona a haste para cima ; quando diminui a pres trição (além do nôvo volume do fole acres
são transmitida, o fole aciona a haste vara baixo. cido ao sistema) ;
O movimento da haste aciona a palhêta, fazendo permanece o efeito de "sôpro" de ar do bico
girar o pivô ( 2 ) em tôrno do pivô (3 ) , o que al contra a palhêta, justamente quando as pres
tera a posição do pino levantador da palhêta. sões mantidas devam ser mais altas, quan·
Podemos perceber, de início, que q u,alqner va· do, portanto, é maior a proximidade bico
riação na pressão transmitida "retorna" à palhêta palhêta.
ou, em outras palavras, é possível agora ao siste
ma de transmissão "saber" o que está chegando ao Adicionemos um nôvo dispositivo à Fig. 126 e
reccptor, e mais, se a "mensagem" corresponde exa os inconvenientes serão eliminados (Fig. 127 1 .
J!:ste nôvo dispositivo (um relé pneumático),
tamente ao valor medido.
conhecido como válvula-pilôto, nos permitirá : 1)
Recordemos que : a cada valor medido corres
trabalhar com pressões reduzidas no conjunto bocal
ponde uma indicação (ponteiro ) ; a cada indicação
corresponde uma posição da palhêta ; a cada posi· palhêta (eliminando o problema do sôpro) e 2 ) re
ção da palhêta corresponde uma determinada pres tirar ou suprir ar ao sitsema de transmissão, direta
são; a cada pressão transmitida corresponde um e ràpidamentc ( Fig. 127 ) .
valor recebido. Vemos n a Fig. 127 o nôvo dispositivo - vál·
vula-pilôto - introduzido no circuito pneumático
Se, por uma razão qualquer (ex. variação na
pressão de suprimento ) , a pressão transmitida sair anterior através de três ligações :
da correspondência com o valor medido, o fole, I - com o sistema bico-palhêta (chuleado)
atuando sôbrc a palhêta, vai buscar um nôvo equi cuja pressão pode atuar sôbre o fole
librio até que se verifique novamente a correspon· maior da válvula-pilôto ;
dência prevista entre o valor medido e a pressão
transmitida. II - com o ar de suprimento (pela esquerda)
Ainda prevalecem no sistema da Fig. 126 duas que poderá ou não passar ao sistema
grandes desvantagens : de transmissão, dependendo da membra·
- a transmissão é ainda muito lenta, uma vez na de vedação (no caso da Fig. 127 está
que todo o ar exausto deverá escapar pelo fechada ) ;
PONTEIRO
LIGAÇÃO
FOLE DE SEGUI
M ENTO
j
A
SUPRIM ENTO DE AR
RESTRIÇÃO
AR PARA O RECEPTOR
F I G . 1 27
72
III - com o sistema de transmissão (ponti bocal-palhêta é exatamente a relação de áreas entre
lhado) cuja pressão atua sôbre o fole o .fole maior e o fole menor. A relação ê habitual
menor da válvula-pilôto. mente 5 e, como a pressão transmitida utiliza uma
Vistas as ligações, analisemos o funcionamen faixa entre 3 e 15 lb/in2, a faixa de pressão do sis
to da válvula-pilôto isoladamente; veremos que real tema bocal-palhêta necessária é de 0,6 a 3 lb/in2
mente a transmissão se tornará muito mais rápi (está resolvido o problema visto anteriormente, cau
da, e o sistema bocal-palhêta poderá trabalhar com sado pelo sôpro do ar contra a palhêta).
pressão de ar reduzida. Notaremos ainda que a posição de equilibrio da
Vejamos na Fig. 128 como funciona a válvula válvula-pilôto corresponde à situação de vedação si
pilôto, dirigindo a atenção para o tipo de trabalho multânea do bocal de suprimento e da haste vazada,
que ela executa <embora mostrando um tipo par não havendo nem suprimento nem escape. Dizemos
ticular dentre os muitos existenlesJ. então tratar-se de uma válvula do tipo sem vaza
Vamos supor que aumente a pressão no siste mento ( non-bleed type ) , ao contrário de outros sis
ma bocal-palhêta (ou seja, a palh.Ha se aproxi temas pneumáticos, que se valem exatamente de
mou do bocal) ; êsse aumento se fará sentir sôbre um vazamento ou sangria variável (como outros
o fole maior que acionará a haste vazada para tipos de válvulas-pilôto, como o sistema bico-palhêta,
baixo; a ponta da haste forçará a membrana, cujo por exemplo).
deslocamento deixará passar o ar de suprimento Visto o funcionamento do sistema pneumático
dire tamen te através do bocal de suprimento. de transmissão através das etapas anteriores, po
A pressão transmitida vai aumentando de valor demos agora examinar um esquema completo do
a_té que sua ação sôbre o fole menor consiga equi transmissor pneumático (Fig. 129 ) .
librar a ação da pressão reduzida sôbre o fole maior. Agora que temos um elemento transmissor, ca
<Para que isso se dê, é lógico que a pressão atuando paz de converter deslocamentos ( 0 o/o a 100 o/o . na
.
sôbre o fole menor - pressão transmitida - deverá escala) em pressão de ar (3 a 15 ps1g) examine
ser maior que a pressão atuando sôbre o fole maior mos detalhadamente um elemento capaz de receber
- pressão do sistema bico-palhêta) . A haste vai êste sinal de pressão (3 a 15 psig) e convertê-lo
sendo levada de volta para cima e a membrana em deslocamento (0 % a 100 % na carta ou escala)
torna a obstruir o bocal de suprimento. Atingimos ( vide fig. 124 ) .
uma nova situação de equilíbrio a uma pressão mais O receptor pneumático (fig. 130) apresenta bas
alta, e mais ràpidamente. tante analogia com o fole de seguimento já visto
Se, contràriamente, a pressão no sistema bocal anteriormente e seu funcionamento pode ser com
palhêta diminuir (ou seja, a palhêta se afastar do preendido pela simples observação. Variações de
bocal), a pressão sôbre o fole maior irá diminuir; pressão transmitida solicitam o sistema fole + mola
a haste será levada para cima , separando-se da acionan do a haste qúe, por sua vez, é articulad a
membrana ; o ar do sistema de transmissão irá através de ligações adequadas (vide Fig. 130) ao
escapar por dentro da haste vazada e, passando eixo do ponteiro ou pena.
entre os dois foles, escapará para a atmosfera. Antes de fixarmos alguns dados numéricos re
O valor da pressão transmitida irá decrescendo e ferentes à transmissão pneumática, chamaremos a
o fole menor se irá gradativamente contraindo; o atenção sôbre a existência de inúmeras modalidades
equilíbrio será atingido quando a haste voltar a de transmissão pneumática no que diz respeito a
tocar a membrana, sofrendo vedação. Teremos atin· dispositivos, elementos de transmissão e recepção,
gido uma situação de equilíbrio a uma pressão mais válvulas-pilôto, etc.
baixa, bastante ràpidamente. Os exemplos vistos referem-se a um tipo bas
Vamos notar agora que a relação entre a pres tante difundido entre nós e que pode apresentar
são transmitida e a pressão mantida no sistema modificações de fabricante para fabricante.
BOCAL-PALHETA
HASTE (VASADA
NO CENTRO )
[ PRIM ENTO DE A R
BOCAL DE
SUPRI MENTO
M E M BRAN
FI G. 128
73
A instalação de um sistema pneumático, como Considera-se viável a transmissão pneumática
já vimos, engloba : o instrumento no campo (ele até distâncias de 500 m, sendo que, em casos em
tôrno dêste valor, recomenda-se intercalar relês
mento primário + unidade transmissora ) , a tubula
pneumáticos entre o transmissor e o receptor (um
ção de transmissão e o instrumento na casa de con relé cada 100 m ) , a fim de atenuar os retardas de
trôle (unidade receptora, podendo ser acrescido com transmissão.
dispositivos para registro, alarme, contrôle, etc. ) . Um bom limite prático seria 150 m. Como ve·
remos no decorrer dêste Manual, cada caso me
A transmissão campo - casa de contrôle é feita recerá uma análise especifica (caso a transmissão
através de tubulação de cobre - habitualmente seja para indicação remota, registro remoto, con
1/ 4" O. D . ( outside diameter = diâmetro externo) , trôle automático remoto, etc.; caso a grandeza me
com conexões apropriadas de latão. dida esteja sujeita a variações constantes, etc. ) .
DI A G R A MA ESQU E M ÁT I CO DO .
FOLE TRANSM I S S O R PNEUMÁTICO
COTOV Ê LO
PIVÔ FIXO
AJUSTE DA CALI B R AGEM
P I N O D E LE DO FOLE
VANTAMENTO
DA PALHÊTA PALH Ê·TA·-
AJUSTE DO PI B I CO
NO DA PALH ÊTA
HASTE DO FOLE
PIVÔ MÓVEL
DO ZERO N O
U N I DADE
TRAN S M I S SORA
CÂMARA DO ---++--�-
..._----f":"l
FOLE
VÁLVULA P I LÔTO
REDUTOR
FILTRO SECU N DA1RIO
ABERTURA O R I F I C I O DE
EXAUSTOR A ENTRADA
PALHETA
PASSAGEM DE DO PI L.ÕTO
ESCOAM ENTO MAN O M ETRO DO
,..__
_____ ____., SUPRIM ENTO D E
MANÓM ETRO DA --' AR
PRESSA T R A NS
MITIDA
FI G . 1 29
'i4
Como acessonos numa instalação de transmis A avaliação de comportamento da instalação,
são pneumática, citaremos os filtros individuais de nesta e em muitas outras situações em instrumen
ar e os reguladc..res. tação, é obtida através da calibração.
Os filtros individuais são utilizados segundo as Quando "calibramos", nada mais fazemos que
especificações de instalação e visam a garantir u'a solicitar o sistema por valôres já conhecidos, veri
maior proteção ao instrumento, de vez que o ar
ficar se a indicação obtida confere com êsses valô
já deve chegar limpo e sêco aos pontos de utilização .
Os reguladores - muitas vêzes montados num res e, em caso negativo, atuar sôbre o sistema de
conjunto filtro + regulador - têm a função espe modo a obter perfeita correspondência .
cífica de manter constante a pressão de supri A maneira usual pela qual calibramos um sis
mento, habitualmente em tôrno de 20 psig. tema de transmissão é :
O aspecto externo dêsses reguladores varia de
fabricante para fabricante, mas o seu funcionamen I - Calibramos o receptor, para fornecer entre
to pode ser esquematizado genéricamente de acôr pressões de 3 a 15 psig, indicações de O a
do com a Fig. 131. 100 %, ( vide tabela) . Habitualmente as
Qualquer desvio da pressão regulada é contra
pressões de ar são estabelecidas ou com
balançado pelo diafragma que solicita a haste de
maneira a corrigir o desvio. a ajuda de colunas de calibração (de mer
O funcionamento simultâneo de todos os com cúrio ou água) ou com manômetros de
ponentes vistos até aqui, em condições satisfatórias, teste (manômetros tipo Bourdon de gran
garantirá uma transmissão perfeita. de precisão ) : Figs. 132 ( a ) e ( b ) .
H A S T E DO FOLE
PA RAFUSO
FIXADOR
AJUSTADOR DA
EIXO CALIBRAGEM
DO
PO N T E I R O PORCA DE AJUSTE
DO ZERO
CAIXA D O FOLE
FOLE
MOLA DO FOLE
ARTICULADOR DE SEGU RANÇA
PARA SOB RECU R S O
FIG. 1 3 0
�
� --
--- M O L A
DIAFRAGMA
q
"
AR C O M P R E S S AO R E -
ENTRADA D E A R G U LA D A PARA O I N S
T R U M E N TO
FI G . 1 31
75
ELEMENTO
RECEPTOR ELEM ENTO RECE PTOR
IS
9 COLUNA D E
CALIB RACÂO
1 '
1 '
1 '
3
1
V �
o 100 100
50 50
R EGULADOR DE AR
SUPR I M E N TO D E A R
_/
REG ULADOR DE AR
DE AR
( A) ( B)
F I G . 1 32
TABELAS DE CALIBRAÇÃO
PRESSÃO DE AR CORRESPONDENTE
NA
3 - 15 psii:-
J O - 1 kg/cm2 3 - 15 psig
'
1 O - 1 kg/cm•
1 1 1 1 1 r 1 r 1 1
ESCALA lib./ mm mm mm mm mm mm mm mm
pol.• psig psig Hg H:O psig Hg H:O
Ilg füO Hg füO
o 3.00
1 155,1 2103,2
11 o
1 o o 155,1 2103,2 o
1 o o
1
3,00
10 4,20 217,1 2944,4 1,12 73,6 997,3 3,12 161,3 2187,2 0,14 7,2 97,6
1
20 5,4.0 279,2 3785,7 2,84 147,1 1994, 7 3,48 179,9 2439,4 0,57 29,4 398,7
30 6,60 341,2 4626,9 4,27 220,7 2992,0 4,08 210,9 2859,8 1,28 66,2 897,7
40 7,80 403,3 5468,2 5,69 294,2 3989.4 4.92 254,4 3449,7 2,28 117,9 1598,7
1 1
1
50 9,00 465,3 6309,5 7,11 367,8 4986,7 6.00 310,2 4206,3 3,56 184,1 2496,4
60 10,20 527,3 7150,7 1 8,53 441,3 5984,0 7,32 378,4 5131,1 5,12 264,7 3589,3
70 1 11.40 589,4 7992,0 1 9,95 514,9 6981,4 8,88 459,1 6225,4 6,97 360,3 4885,7
80 11 12,60 651,4 8833,3 11,38 588,4 7978,7 10.68 552.2 7487,8 9,10 470,5 6380,0
90 1 13.80 713,5 11 9674,5 12,80 662.0 8976,0 12,72 657,6 8917,1 11,52 595,6 8076,3
100
\ 15,00 775,5 1
1
10515,8
1
14,22 735,5 9973,4 15,00 775,5 10515,8 14,22 735,5
1
1
9973,4
76
- distância de transmissão prãticamente ilimi· 6. 2. 3
- Sincronização elétrica
tada; 6. 2 . 4
- Seleção de impulsos
Citaremos o principio de funcionamento de cada
um dos tipos acima, detendo a atenção apenas nos
- retardos na transmissão desprezíveis.
A despeito dessas características, a contribuição casos em que haja interêsse.
da transmissão elétrica em refinarias é ainda muito
pequena. 6 . 2 .1 - VARIA ÇAO DE QUA NTIDADES
Serã visto posteriormente que medidores termo· ELPJTRIOAS
elétricos de temperatura (pares termoelétricos e lncluem-se neste grupo os medidores em que os
termómetros de resistência) amplamente emprega valõres da grandeza medida determinam valõres
dos na indústria, não se acham incluídos entre os proporcionais de grandezas elétricas : corrente elé·
transmissores elétricos; nesse caso , as grandezas trica, relação de correntes elétricas, tensão, fre
elétricas decorrem da própria natureza da medição. �üência, etc . . . .
Podemos grupar os principais tipos de trans·
missão elétrica : a) Variação de corrente elétrica
6 . 2 . l - Variação de quantidades elétricas O exemplo mais simples é o de um circuito fe.
6 . 2 . 2 - Principio do equilíbrio (corrente chado abrangendo o dispositivo medidor e o instru
nula) mento receptor (vide Fig. 133 ) .
I N D I CAÇÃO
PROPORCIONAL
A POS I ÇÃO DO
D I S PO$ITIVO
RESISTÊNCIA VAR IÁVEL MEDIDOR.
( R EOSTATO)
AMPERÍM ETRO
/
( I NSTR U M ENTO
RECEPTOR )
FIG. 135
e) Variação de tensão
-e
- -- �
...
� A
d) Variação de freqüência
A cada pos1çao do ponteiro corresponde exata
mente uma relação da� correntes A e B ; o sistema
tem como vantagem o fato de não variar com a A aplicação utiliza alternadores ou osciladores
tensão (que afeta igualmente A e B) e, como des· atuados pelo elemento primãrio através de ligações
vantagem, a existência de um fio a mais na ligação convenientes.
transmissor-receptor. O sistema, embora apresente vantagens técni·
A mesma relação de corrente poderia ser obti· cas consideráveis, é contraindicado em processos
da usando uma bobina de indutância, em cujo inle·
rivr corresse um núcleo acionado pelo elemento d.: químicos pelo preço elevado e pela complexidade de
medição (Fig. 135 ) . seus componentes.
77
"
\
1
6.2.2 - PRINO!PIO DO EQUILIBRIO Estanào ambos os rotores parados em posição
(OORREN'l'E NULA ) idêntica, cada estator recebe fôrças eletromolrizes,
induzidas iguais e opostas e não circuia corrente no
li:ste tipo de transmissão se baseia na anulação sistema estator.
de corrente ou equilíbrio elétrico do sistema e os .3empre que um dos rotores tenha sua posição
dispositivos que habitualmente o empregam utili alterada, o equilíbrio das fôrças eletromotrizes é
zam pontes elétricas, como a ponte de Wheatstone . destruído e a corrente de desequilibrio resultante
Os esquemas e circuitos para medição de tem no sistema estator causará ao outro rotor um giro
peratura tratarão com suficiente detalhe dêste tipo de mesmo ângulo, até que ocorra novamente o equi
de transmissão, razão pela qual o assunto não será líbrio.
examinado aqui.
A possibilidade de transmitir movimentos gran
6 . 2 . 3 - SINCRONIZA ÇÃO ELÉTRICA
des e a reversibilidade tornam êsse sist.ema muito
indicado para o contrôle remoto de válvulas.
Embora com características próprias, êste tipo A fiação (Fig. 136) entre transmissor e recep
de transmissão também se baseia finalmente no tor pode ser reduzida para 3 fios, desde que a ali
equilíbrio elétrico e foi destacado apenas para que mentação dos dois rotores seja idêntica.
pudéssemos desenvolver seu princíp10 de funciona
mento .
6.2.4 - SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR MEIO
A transmissão por sincronização consiste em ·
?, estatores trifásicos, absolutamente idênticos, liga· DE ELEMENTOS R O TATIVOS SINORONI-
dos à mesma linha. ZADOS
Os rotores montados em cada um dos estato
res são monofásicos e ambos ligados à mesma rêde Neste tipo de transmissão o instrumento recep
C.A. tor é atuado por impulsos elétricos vindos de trans-
\,---,,,
,'
1
1
1
', R1 \
1 1
1 1
1 1
I
1
'
'
'
',
_ ___ _ _ _ _ _ _ .....
- - - --
_ _
FI G . 1 3 6
missar. O tempo de permanência dêsses impulsos transmissão, e recepção a intervalos de tempo esta
é uma função do valor medido. belecidos mecânicamente pelo elemento medidor.
É possível ainda enviar impulsos em número ou
De uma forma genérica tanto o transmissor
quanto o receptor dispõem de sistemas rotativos
que, através de excêntricos, fecham o circuito de freqüência proporcional ao valor medido.
78
7 - CONTRôLE AUTOMÃTICO Resistência é a opos1çao que u m componente
do circuito oferece ao fluxo de material ou energia.
7 . 1 - FUNDAMENTOS - O CIRCUITO Podemos exemplificar com a resistência "ohmica"
DE CONTRôLE em circuitos elétricos, ou com a resistência de tubos
de cobre em circuitos pneumáticos.
Chamamos "contrôle" ao conjunto de operações
seguintes : Tempo morto é o atraso verificado entre a ocor
rência de uma alteração no circuito de contrôle e
a) Medida de uma variável ; sua percepção pelo elemento de medição. Deve-se
b) Comparação desta medida com um valor à distância entre êste elemento e a fonte de ocor
desejado ; rência. Exemplificamos com um termômetro colo
e) Ação no sentido de eliminar ou diminuir o cado 10 metros à jusante de um trocador de calor,
desvio verificado em ( b l . em uma linha onde o fluido tem a velocidade de
10 m/min. Evidentemente, qualquer variação de tem
Quando estas _três ações se processarem sem peratura no trocador só será percebida após 1 mi
intervenção humana, teremos um controle automá nuto.
tico. Representemos gràficamente as três operações
do contrôle, exemplificando com um contrôle sim Excluído o tempo morto, que é sempre prejudi
ples, não automático (Fig. 137 ) . cial ao comportamento do circuito de contrôle, as
O diagrama d e blocos d a Fig. 138 é conhecido outras características (capacidade e resistência) po
como circuito de contrôle (control loop). derão ser prejudiciais ou favoráveis, dependendo
A variável medida é geralmente uma simples de sua posição no circuito de contrôle-
indicação representativa do processo controlado.
7 . 3 - MODO DE CONTRôLE
Assim, quando mantemos constante a pressão e a
temperatura de tôpo de uma coluna de fraciona
É a maneira pela qual o controlador responde
mento, visamos à constância de composição do pro
duto, sendo aquelas variáveis (pressão e tempera a um desvio da variável controlada. No exemplo
tura) usadas simplesmente como meios. Anàloga da Fig. 137, o operador poderia manipul&.r a vál
te, ao projetarmos um contrôle de temperatura para vula de diversas maneiras, face a um desvio : po
um forno de craqueamcnto, visamos controlar a se deria, por exemplo, fechar completamente a válvu
veridade da reação, e não a temperatura em si. la quando a temperatura passasse acima do ponto
Como êstes exemplos indicam, é primordial a desejado, ou poderia fechar a válvula lentamente,
-escolha de uma variável que represente bem o a uma velocidade com:tante ; ou fechar 1 % do cur
processo e que possa ser medida com precisão; ne
nhum contrôle é melhor que seu meio de medida.
so total da válvula para cada grau de desvio, etc.
A seleção do modo de contrôle é geralmente ditada
Os medidores das variáveis usualmente encon pelas características do processo e pela precisão
trados em refinaria já foram estudados isolada que se deseja. Assim, é anlieconômico, por exem
mente em seções anteriores. Na seção 8 abordare plo, empregar um modo de contrôle capaz de ofe
mos os elementos finais de contrôle. recer um contrôle preciso quando esta precisão não
é necessária. Um tipo "liga-desliga", corno os usa
7 . 2 - CARACTERiSTICAS DO CIRCUITO dos em ferros elétricos automáticos, permite con
DE CONTRôLE trolar fàcilmente determinados processos (grandes
As ações que constituem o circuito de contrôle capacidades e pequenas resistências).
medir, comparar e corrigir - não se processam Industrialmente, quatro modos de contrôl� são
instantâneamente. A maior ou menor rapidez com usuais :
que um circuito de contrôle se estabiliza, após o
aparecimento de um distúrbio, depende de três ca 7 . 3 . 1 - Duas posições
7.3 .
racterísticas : 2 -
Proporcional
a) Capacidades do circuito; 7.3.3 - Integral
b) Resistências; 7 . 3 .4 - Derivativo
e) Tempos mortos.
7 . 3 . 1 - CONTROLADORES DE DUAS POSIÇôES
. �apacidade é a habilidade de um componente do
circuito de contrôle de acumular material ou ener
gia. Sua medida é a quantidade de energia que Os controladores de duas posições (on-off) são
deve ser adicionada ao componente do circuito para os mais simples e mais baratos e, portanto, os con
que seu potencial aumente de uma unidade. Como troladores mais largamente empregados. Os ter
vemos, a definição é análoga à de capacidade elé mostatos de usos industriais e domésticos, por
trica. exemplo, são usualmente de duas posições.
so1 c COMPARAÇÃO
MEDIDA , COMPARAÇÃO ELEMENTO ELEMENTO
'
PRI MA'RIO ·FI N A L
'
MEDIDA CORREÇÃO
P R O C ESSO
r- CORREÇÂO
FIG . 1 3 7 FIG. 1 3 8
79
Como seu nome o diz, êstes controladores só tuiremos o operador de contrôle de temperatura
permitem duas posições do elemento final de con da Fig. 137 por um controlador de duas posições
trôle : ligado ou desligado. Como exemplo, substi- (Fig. 139 ) .
�.--'----J-r- 110 V
�--c111�- VAPOR
y
Quando a temperatura baixar, a ponta d a bar
ra bimetálica B encostará no parafuso P, fechan
FIG.139
o
o
q:
(.!)
VALO R
�t
f
D ESEJADO
o
o
q:
(.!)
::i
- - - - - - - - -------. - - - - - - - -
VÁLVULA
ABERTA
VA'LVULA
1------' - - - - - - - - -
F E CHADA
FIG. 140
Como vemos , o contrôle de duas posições re O uso do contrôle de duas pos1çoes fica então
sulta numa oscilação contínua da variável contro restrito aos processos que apresentem boas caracte
lada. A amplitude desta oscilação é tanto menor rísticas de contrôle (grande capacidade e peque
quanto : nos retardos l ou aos processos ém que a oscilação
não seja prejudicial.
a) Maior capacidade (ou inércia) do compo
nente do circuito onde a variável é con 7.3.2 - GONTRóLE PROPORCIONAL
trolada.
A oscilação de um contrôJ.e de duas posições
b) Menores retardos do circuito de contrõle. deve-se à independência entre a extensão do desvio
verificado e a correção aplicada, o que leva geral
I - Retardos na medida (tempo morto mente a correções maiores que o necessário. Em
e/ou resistência e capacidade) . processos que não permitam a aplicação de con
II - Retardos n a transmissão (resistência trôle de duas posições, costuma-se recorrer ao con
e capacidade ) . trôle proporcional, que apresenta uma relação li
near entre o desvio verificado e a correção apli
III - Retardos n a correção (resistência e cada, eliminando-se assim as correções excessivas
capacidade ) . causadoras da oscilação.
80
b
---- -
----
---
-� Yo X
y - -- - - - -- --------
FIG. 1 4 1
y
a percentagem da escala total do instrumento que posição da válvula após o aumento de F2.
corresponde ao curso completo da válvula. Como l
exemplo, suponhamos que o n!vel do tanque da
Fig. 141 seja registrado na carta abaixo : XJ nível do tanque antes do aumento de F2 .
x1
nível do tanque após o aumento de F2 .
u fator de proporcionalidade.
ll
VAZÃO F z
t----'- ---- - - - - - - - - - · Fz
VAZÃO ORIGINAL
POSIÇÃO DA VÁLVULA
POSIÇÃO ORIGINAL
Seja :
O
cm - limite inferior da escala
100 cm - limite superior da escala >---- - - - - - - - - - - --- NÍVEL DESEJADO
50 cm - nível desejado (set point)
_
OFF- SET ( ÊRRO OE REGIME·)
30 cm - nível que corresponde à válvula ,,... ..,
__ ..J...
_ ...
completamente aberta NÍVEL DO TANQUE
70 cm - nível que corresponde à válvula FIG.143
completamnete fechada
81
Tôda mudança de condições de contôrno, como Como exemplo, esquematizemos um contrôle in·
pressões de montante e jusante, vazões de mon tegral de nível.
A válvula de contrôle é posicionada po r um
tante ou jusante, ou seus equivalentes em contrô
les que não de nivel, conduz a um êrro de regime
pistão·mestre; uma válvula de 4 direções coman
(ojjset) quando se utiliza um contrôle proporcional.
dada pela bóia, controla a vazão de óleo para o
pistão-mestre. Se o nível subir acima de Xo, o pis
Então, o uso de contrôle proporcional fica li
mitado aos sistemas que não apresentam mudan
ças de condições de contôrno ou aos sistemas em tão-pilôto P subirá, fazendo entrar óleo na câmara
superior do pistão-mestre e causando o fechamen
que a presença de um êrro de regime não seja pre
to da válvula de contrôle. A velocidade com que
judicial.
se desloca esta última é proporcional à vazão de
7.3.3 - OONTRôLE INTE.'GRAL óleo ao pistão-mestre e, portanto, à posição do pis·
tão-pilôto na válvula de 4 posições. Como o pis
Quando se emprega o modo integral de con
tão-pilôto está ligado à bóia do tanque, temos :
trôle, temos uma relação linear entre o desvio ve
rificado e a velocidade de aplicação da r.orrc-ção. dy
Então, - = Ul' (X - Xo ) (1)
dy dt
P ISTÃO MESTRE
FIG. 144
Se, no contrôle integral de nível da Fig. 144, Vemos que a válvula abrir-se-á mais para per
tivermos uma modificação das condições de contôr mitir a maior vazão. Seu deslocamento (y·yo) é
no, como, por exemplo, um aumento da vazão de proporcional à área chuleada a, sendo independen·
jusante, a reação do instrumento será :
te do valor da va ri ável x no instante correspon
f
dente :
Y - Y0 = U, (X - x i dt
�---' - - - - -- - - - - - - - ·
VAZÃO Fz ORIGINAL o
82
a
b e
FI G. 146
o
'� t------� - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - --
:f
...J
LIJ NÃO HA' ÊRRO OE REGI ME
.� +-------·
z
...J
Cl
z
º
o
o::
º
� 1-----
o
o::
�
...J
Cl
o:
(!>
1&J !------.....-:;;
t-
z
Ç • G. X
LIJ
t
z
Cl
�
::::>
(/)
.,__
______ ...,
,
1&J
o::
FIG . 1 4 7
tional-plus-reset). Nestes instrumentos, cabe a res cional com reajuste"), em processos que apresen
posta proporcional à correção do desvio verifica tem grandes retardos. Faz, então, o papel de um
do ; o êrro de regime, se houver, será eliminado operador humano que, ao notar um rápido cresci
grad ualmente pela resposta integral (reset ) . mento do desvio, aplicasse uma correção excessi
A Fig. 146 mostra um exemplo de contrôle pro va e a fôsse diminuindo gradualmente, à medida
porcional com reajuste. que a leitura tendesse a se estabilizar.
Representemos gràficamente a resposta de um Se analisarmos a expressão ( 2 ) , veremos que
sistema "proporcional com reajuste" quando sujei a correção será nula sempre que
to a uma variação de condições de contôrno (Fig . dx
147 ) . -- = o
dt
7.3.4 - CONTROLE DERIVATIVO Portanto, se a leitura estiver estabilizada em
qualquer ponto, mesmo sendo uma leitura diferen
O modo derivativo de contrôle aplica no siste te do sel·VO'int, o instrnmento não reagirá. Tal
ma uma correção proporcional à velocidade de au característica impede que êste modo de contrôle
mento do desvio verificado : seja usado isoladamente. Como já dissemos, o "de
y - y = u --
dx rivativo" ( também chamado pré-ativo, antecipató
(2) rio ou rate) é usado em combinação com o "pro
o t dt
porcional" ou "proporcional com reajuste".
1!:ste modo de contrôle é especialmente usado
Um sistema que tenha grandes retardas atin
em combinação com o "proporcional" (ou "propor-
ge muito mais rápidamente o equilíbrio após a ocor
rência de um desvio ( npset) quando seu contrôle
incluir o modo derivativo, conforme indica a Fig.
148.
PROPORCIONAL COM A Fig. 149 mostra um exemplo de contrôle
REAJUSTE "proporcional com pré-ação" e a Fig. 150 um con·
30 MIN.
trôle "proporcional com reajuste e pré-ação"-
A Fig. 151 contém a representação gráfica da
resposta do sistema da Fig. 150 quando sujeito a
uma variação de condições de contôrno.
7.4 - MECANISMOS DE CONTRôLE
,._
...__ _
_ __
PROPORCIONAL COM AUTOMÃTICO
REAJUSTE E DERIVATIVO Os modos de contrôles descritos podem ser obti
FI G.148 dos através de mecanismos diversos. Passaremos
a estudar brevemente êstes mecanismos, que classi
ficaremos em :
MEIO
VISCOSO
MOLA r-
e a
_.,,;:.
F
l
FIG . 1 49
,-.
,-
,-.
.__
__,.
--
L3
..-
b L
a
,.
d F2 __,. ..-
..-.
FI G . l SO
""
84
,.
,.
7 . 4 .1 - Mecanismos auto-operados
7 . 4. 2 - Mecanismos servo-operados
7 . 4 . 2 . 1 - Pneumáticos
7 . 4 . 2 . 2 - Hidráulicos
-- -- - - ------
VAZÃO 7 . 4 . 2 . 3 - Elétricos
7 . 4 . 1 - MECANISMOS AUTO-OPERADOS
NIVEL
Os mecanismos auto-operados utilizam a ener
gia do próprio sistema sob contrôle para aplicar
sua ação corretiva. São controladores simples, ba·
PROP. ratos e que requerem pequena manutenção, sendo,
portanto, largamente usados.
"
_, Os termostatos, como o apresentado na Fig.
::>
> 152, e as válvulas controladoras de pressão (Fig.
_,
•<( INT. 153) constituem exemplos de controladores auto
>
"
operados.
o
Apesar das qualidades apresentadas, os contro
o
'" ladores auto-operados não podem ser usados em tô·
� das as aplicações, dadas as limitações que apre
cn
DERIV.
o sentamos a seguir :
Q.
- o ajustamento do set-point é geralmente li·
RESUIJ.
mitado a uma faixa estreita ;
- os controladores são geralmente de duas po·
sições e, quando proporcionais, não permi·
tem variação de faixa proporcional ou só
FIG. 1 51 a permitem dentro de uma faixa estreita ;
- apresentam resposta lenta.
85
A
11111 \\
F I G. 1 54
20
15
10
o �������-
º 0,001 º" 002
D I STAN C I A ( I N. )
FIG. 1 55
O ajuste do ponto controlado (set-point) é fei· Um instrumento como o da Fig. 154 só permi
to através do conjunto A. te o ajuste de faixa proporcional até 10 % do rang e
total. Faixas proporcionais mais largas, até 600 '7r ,
Deslocando-se o pino F, podemos modificar a são obtidas por meio de u m dispositivo pneumá·
relação entre o deslocamento do ponteiro e o afas· tico como o da Fig. 157.
tamento bocal-palhêta (ga71 ) , ajustando-se, assim, Podemos agora introduzir um dispositivo para
a faixa proporcional do instrumento. mudar a faixa proporcional do controlador, como
Todo aumento ou diminuição da pressão de ar o esquematizado na Fig. 158.
na r.abeça da válvula far-se-á por escoamento do
ar através da restrição R ou do bocal B ; assim
sendo, se o volume do conjunto "tubulação pneu
mática + válvula" fôr muito grande, êste escoa·
mento tomará muito tempo, isto é, haverá um
grande retardo na operação da válvula. Costu
ma-se eliminar êste retardo com o emprêgo de V�L.
VULA
uma válvula-pilôto, que nada mais é que um relé PILOTO
pneumático e que permite que as flutuações de
pressão da câmara e sejam ràpidamente transmi SUPRIMENTo L-:.J-----.,.
DE AR y
-
86
l 1
o
-
L 2 B
VÁLVU LA 1 4
P I LÔTO \
SUPRI MENTO -
DE A R
F
L 1
a = -- ( x - Xo l
l 1·l 2
FI G . 1 57 b : a X L4
L.3
c = .l P x kfoi,, = kvalv. (Y - yo ) k
fole
1l l4
1
onde k = ---·- X --- X --
15 17 kvalv. k fole 11 + 12 l :J
b = C x --- x ---
15 + lti 16 + 17 Deslocando-se o pino P para cima ou para bai
xo, mudamos o Up .
1
11
O movimento do fole F, atuado pela pressão
mas b = � x -- ( X - Xo ) (Fig. 157 > de descarga da válvula-pilôto, fará a palhéta des
i �
1a locar-se em sentido contrário ao deslocamento ini
cial. Se, por exemplo, uma variação de lºC no
15 + 16 16 + 17 bulbo B fizer a palhéta se afastar do bocal, a pres
y-y = k x --- x -- ( x - x ) são P cairá e o fole F trará a palhéta novamen·
o 1 17 " te para a posição tangente ao bocal (0,001" a
5 0,002"), anàlogamente ao transmissor pneumático.
u
Das relações geométricas da Fig. 157, deduzimos
p a proporcionalidade do contrôle.
- I
I
BOCAL I
I
�
FI G . 1 5 8
'
1
1
,PALHETA '"''
BOCAL
--������ V
V. PI LÔTO
F R Q
� y
d P1 dy
k
=
dt t dt
d P1
_
k2 V
dt -
dy
V = k3 a - = k (x
dt
Q :; k
4 ( P2 - Pl )
P2- Pl : k 5 ( x - x0)
F I G . 159
,, 1 \ '
,-
' .-..,_
'
1
BOCAL 'PALHÊTA
B U LB O
,-
dx
'
dt
: ,.-
1
,.-
-
,..-
V
__.
AR y
DE SU PRIMEN- ,.-
p
TO
,-
VÁLVULA DE CONTRÔLE
VA P OR
F I G . 160
88
cional F (Fig. 160) faz que êste fole seja inoperan P1 = resposta proporcional = k5 ( X - X0)
te durante um certo intervalo de tempo, sobretudo
se a pressão controlada variar ràpidamente. Como dx
já vimos, se o fole de faixa proporcional fôr ino il P = resposta derivativa = k
perante, tudo se passa como se tivéssemos um ins 4 dt
trumento de alta sensibilidade, isto é, as conexões dx
serão excessivas. Obtém-se, então, com esta res y - y = k P = k ( P - ilP) = k ( X - X ) + k -
f,
Q Ql
trição D, uma "resposta derivativa". A variação da o 1 6 o 7 dt
BICO
PALHÊTA
•
y
o R
FIG. 1 61
R, é proporcional ao desvio (x - Xo) e o desloca Como vemos das equações acima, a válvula só
mento de R, é proporcional à correção da válvula estará parada quanto o êrro .fôr nulo, isto é, não
( y - Yol, res41ta : há êrro de regime.
Y-Y = - U ( X - Xo )
A Fig. 165 mostra um controlador elétrico de
o p modo flutuante.
O reostato R, é atuado pela variável contro
lada; o reostato Ro determina o ponto desejado
O ajuste do ponto desejado cset-point) é feito
através do reostato R,_ ( set-point l . Se houver um desvio da variável con
O controlador apresentado na Fig. 164, sendo
trolada, a ponte será desequilibrada e o galvanô
proporcional, apresentará êrro de regime quando
metro mostrará uma deflexão para um ou outro
sujeito a variações de condições de contôrno. Como lado, causando o fechamento da chave C em 1 ou 2.
já vimos, êsse êrro de regime pode ser eliminado
através de um contrôle integral. Entretanto, é co O motor M corrigirá a posição da válvula V
mum entre controladores elétricos o emprêgo do o suficiente para que a variável volte ao valor
"modo flutuante", em que teosm uma velocidade desejado, quando o galvanômetro acusará corrente
de correção constante, em um ou outro sentido, nula e o motor será desligado.
dependendo do sentido do êrro :
7 . 5 - AJUSTE REMOTO DO PONTO DE CON
dy TRôT�E - CONTROLE EM CASCATA
-- =+k
dt
dy Podemos fàcilmente conceber dispositivos que
--
=-k permitam o ajuste remoto do ponto de contrôle em
dt instrumentos pneumáticos, elétricos ou hidráulicos.
dy Assim, por exemplo, um fole poderia deslocar o
o conjunto A da Fig. 154 ou um motor reversível
dt poderia deslocar o reostato R:: da Fig. 164.
...-
,,-
,,-
UNIDADE DE ..
COMPARAÇAO
A
,,-
D
,,.-.
,,.-.
,,.-.
,---
....--.._
,
1
"
,.-
CAMARA DE
R E A JUSTE
LA
,
TO
,
,,.-.
F I G . 1 62
90
Se o impulso proveniente de um controlador - manter uma determinada relação entre va
fôr utilizado para deslocar o ponto de contrôle de riáveis;
- limitar uma variável secundária;
um outro instrumento, ao invés de atuar sôbre um
- reduzir os efeitos de mudanças de carga,
elemento final de contrôle, teremos o que se cha não-linearidades e descontinuidades perto de
ma contrô·le em cascata ou em reset. A utilização sua origem ;
do contrôle em cascata visa a uma ou mais das - melhorar o circuito de contrôle de modG ::t
finalidades seguintes : reduzir retardos.
REALIMENTAÇA'Ó POSITIVA
UNIDADE O!;
C OMPARAÇAO
PONTO OE AJUS
A J USTE
DE
AÇAÕ D E R I VAT 1 V A
VARIAVEL
DO PROCESSo ------
DA
VÁLVULA DE AJUS
FAIXA PROPORCIONAL
�'.:it����Ti'�� ��
�r= !Q"
�
HÍ: ]bz
!l!!l: :! �=U
'
PORTlCO DE E X AUSTAO
,.,---::
UNIDADE
Sl(SICA
VÁLV ULA DE
"R E AJUSTE � ULA PI LÔTO
C A MARA DE �
REAJUSTE
D O B I CO
FIG. 163
91
FIG. 164
,,....
�,
,,....
2
,.,..
l
r
y r
FIG. 165
92
8 - ELEMENTOS FINAIS DE CONTRôLE O atuador sôbre o processo, que é o elemento
final de contrôle, pode ser um abafador (damper),
8.1 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS, TIPOS, um basculante, uma bomba, um motor, etc., embo
VALVULAS DE OONTRôLE ra habitualmente seja uma válvula de contrôle.
Isso se deve ao fato de qv� a atuação sôbre pro
Vimos anteriormente que o contrôle de qual cessos continuas é sempre efetuada sôbre um es
coamento situado convenientemente no processo; o
quer variável em um sistema consiste obrigato
riamente em medição, comparação e atuação sôbre elemento por excelência para alterar escoamentos
o sistema, visando a obter um valor desejado (na fluidos é a válvula. Oportunamente veremos en
medição) ou um êrro nulo (na comparação ). tre os escoamentos utilizados, linhas de carga, de
retirada, de reciclo, de drenagem, de reposição,
Podemos dizer que o atuador sôbre o sistema de pressurização, de despressurização, de fluidos
é o elemento final de contrôle. (Essa é a maneira para aquecimento, para resfriamento, para combus
simples de caracterizar o elemento final de con tão, para mistura, para dosagem, etc.
trôle; ao longo da literatura técnica encontrare
mos definições mais precisas, envolvendo até uma A simples enumeração dêsses usos demonstra
terminologia específica ) . a importância das válvulas de contrôle como equi-
D I A F RAGMA
MOLA
CD
T A M PA OE FUN DO
CORPO
0
.,
A S S ENTO E TAMPA O
0 E N G A X E TA M E N T.O
F I G . 166 0 HASTE
0 ATUA D O R
93
r
FIG. 1 6 7
94
pamento imtustrial e dá uma idéia das condições Há tipos especiais que serão vistos à medida
as mais variadas de temperatura, pressão, corrosão, que se fizer necessário (válvulas em ângulo, vál
erosão, impacto, intempéries, etc., a que podem es vulas agulha, etc. ) . Um tipo bastante diferente, tal
tar sujeitás. é o caso da válvula borboleta, com algum uso em
Por outro lado, como componente do circuito refinarias, será visto quando analisarmos os assen
de contrôle, seu desempenho deve ser irrepreensí tos e tampões (plugs).
vel - conforme ·esperado -, sob pena de compro Os mais diversos materiais podem ser usados
meter diretamente a ação de contrôle. para construção do corpo das válvulas; a prefe
Embora até certo ponto "desprezada", face à rência recai em três padrões : ferro fundido, aço
maior engenhosidade dos outros dispositivos do cir carbono e aços·liga especiais. Chamamos a aten
cuito controlador, é imperioso, como vimos, que a ção para o fato de que, em algumas aplicações,
válvula de contrôle funcione satisfatoriamente, exi o corpo da válvula é especificado com maior rigor
gindo um mínimo de cuidados; sem isso não have· que a linha na qual é inserido; explica-se pela ero
rá realmente con trôle. são mais acentuada a que fica sujeito.
A variedade de tipos para válvulas de contrô·
le é tão grande que preferimos atacar o problc· 8 . 2 . l - ASSENTO E '1.'AMPÂO (plug)
m a por aproximações :
a) assimilaremos a válvula de contrôle a uma O conjunto assento-tampão é efetivamente o
restrição variável, aplicável a uma corrente fluida; responsável pela maneira em que varia a restri
b ) partindo de um tipo padronizado ( e scolhe ção com o curso da haste . O anel de assento é
remos o mais comum) de válvulas de contrôle pneu fixado no corpo da válvula e o tampão ( plug) é so
mático, iremos analisando suas partes principais, lidário à haste, movendo-se verticalmente.
ressalvando as alterações existentes para outros A chamada "ação" da válvula pneumática pode
tipos. ser definida habitualmente como "ar fecha" ou "ar
Reportando-nos à Fig. 166, analisaremos em abre"; em outras palavras, aumentando-se a pres
detalhe as seguintes partes : corpo de válvula, as são de ar no diafragma do atuador, a válvula fe
sento, tampão, haste. caixa de engaxetamento e chará ou abrirá.
<i.tuadores.
Esta é uma escolha ditada pela segurança de
A Fig. 167 reproduz um modélo seccionado de
operação : numa eventual falta de ar ( emergên
um tipo muito c0mum de válvula de contrôle, onde
......
cia ) , determinados fluxos devem ser interrompidos
são vistos os mesmos componentes básicos, além
enquanto outros, contràriamente, devem ser manti
de outros detalhes.
dos; essas decisões, por vêzes interdependentes, são
Ao longo dêste Manual, veremos que é possí
peculiares a cada processo, e às vêzes é preciso
vel subdividir mais e mais êsses componentes até
"inverter a ação" ao mudar uma válvula de lugar,
obter a lista, peça por peça. A divisão em itens
para respeitar as condições do nôvo local .
maiores tem apenas como finalidade introduzir o
assunto e ressaltar as funções mais importantes da A maneira mais prática de realizar a inversão
válvula de contrôle . (embora não aplicável a qualquer tipo de válvula)
consiste na colocação inversa de assentos e tam
8.2 - CORPO DA. VALVULA pões <Fig. 171 ) .
Veremos casos em que o s atuadores serão al
O corpo da válvula é um conjunto que englo terados por não ser possível a inversão nos assen
ba algumas das partes internas responsáveis pela tos e tampões. Vale a pena chamar a atenção para
restrição ao fluxo. Em si mesmo, o corpo da vál o emprêgo comum das expressões "ação direta"
vula é uma caixa metálica inserida na tubulação - equivalente a "ar fecha" e "ação inversa" -
equivalente a "ar abre" .
É sempre vantajoso referir-se às expressões "ar
com conexões de entrada e saída; essas conexões
podem ser rosqueadas, flangeadas ou soldadas. As
normas usuais de refinarias preconizam o uso de abre" ou "ar fecha", mais simples e mais objetivas.
conexão rosqueada para válvulas menores que 2" Quanto aos tipos de assento simples ou assento
e conexões fl angea das para 2" e maiores. Num duplo, a preferência habitual é pelas válvulas de
e noutro caso há que atender às condições de pro assento duplo. Há, nesses casos, maior facilida
cesso (pressão, temperatura, natureza do fluido, de de atuação da válvula, uma vez que os tam
etc.) para o que existem padrões consagrados de pões duplos são solicitados por ações de fluxo
conexão ( A . S . A . , A . P . I . , etc. ) . iguais ( * ) e contrárias. Para movimentar a haste
O corpo pode ser ainda de assento simples é preciso apenas vencer os atritos existentes; con
(Fig. 168) , de assunto duplo (Fig. 169) ou de 3 vém lembrar que qualquer posição da válvula de
vias (Fig. 170 ) . corre de um equilíbrio entre pressão de ar no dia-
CORPOS DE VÁLVULAS
CASTELO
� -FUNDO
F U N DO
ASSENTO SI M·PLE� ASSENTO OU PLO TR Ê S VIAS
FIG . 1 68 FI G . 169 F I G . 170
95
AR F E C H A A R ABRE
FI G . 1 7 1
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o
8.5 12 24.8 35
1 1 1 1 t 1 1 1 1
o 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
q = 0/o VAZ Ã O MÁXIMA
FIG . 1 72
fragma versus ação resistente da mola; a vanta a l como já vimos, um pequeno esfô·rço é su
gem da válvula auto-equilibrada é justamente de fidente para deslocar a haste de qualquer posição
possibilitar que apenas essas duas fôrças traba < nesse caso , tal facilidade pode surgir como des
lhem (até que haja equilibrio) , sem interferência vantagem ) ;
do escoamento ou do diferencial de pressão exis b ) a dilatação diferente entre a haste e o cor
tente no corpo da válvula. po da válvula (por causa do formato, do material
diferente, etc. ) ocasiona que, à tt>mper.atura de es
As válvulas de duplo assento, entretanto, apre coamento, um dos assentos já tenha sido obturado
sentam desvantagem quando se de�eja perfeita ve pelo tampão, enquanto o outro ainda permite passa
dação na posição fechada, e isso por duas razões : gem (vazamento ) .
--- - · · ----
(•) Na realidade, a maioria das válvulas de assento duplo apresenta diferenças da orilem <lo 1/16" a 1/8" entre os
diâmetros dos tampões. Essa construção, também chamada semibalanceada, visa a facilitar a manutenção nas partes
Internas da válvula (ex. : montagem. desmontagem, Inversão. etc.).
� ób,·io que, nesse caso. as ações do escorunPnto sôbrn os <iois tampões não são i-xatamPnlP iguais, não chegando,
contudo. a constituir problema na quase totalidade dos caBo�.
96
Nesse caso, há interêsse no uso de válvula de tuação, o aumento de vazão depende apenas da va
assento simples . riação na haste. Matemàticamente :
A maneira pela qual se correspondem abertu· q2 - ql
ra da válvula ou posição da haste e área de pas
---- = K = -- .:lq dq
-- ou dq K dx
X2 - Xl ..iX
= =
sagem ou escoamento é a chamada característica dx
da válvula.
É bastante evidente que a característica depen· Na característica percentual, acréscimos iguais
de essencialmente do tipo de tampão (plug) utili· no curso da haste produzem percentagens iguais de
zado. O estudo da característica de uma válvula acréscimo em relação à vazão do momento. Por
de contrôlc é realizado submetendo-se a válvula em conseguinte, em qualquer situação, o aumento de
diversas posições da haste (0 a 100 % do curso) a vazão depende da variação na haste e da própria
um mesmo diferencial de pressão e anotando-se a vazão, isto é, quando a vazão fôr pequena, uma
vazão obtida (O a 100 % da vazão máxima) para variação na haste causará aumento pequeno, quan
cada posição. (Chamamos à ate:r.ção para êssc estu· do a vazão fôr grande o aumento será grande. Fa
do que não reproduz as condições de uso da válvula, çamos analogia com um aumento salarial de %
pois, nas instalações industriais, ao passo que a vál· igual a 10 % :
vula vai abrindo, o seu diferencial de pressão vai Salário Cr$10 000,00 --� aumento Cr$ 1 000,00
diminuindo). Salário Cr$ 50 000.00 --� aumento Cr$ 5 000,00
As características mais comuns em válvulas de Matemàticamente :
contrôle são : dq
a ) linear -- Kdx ou dq
= q K dx =
{
% haste aumentou 10
� �
.... Il 30 a 40 30 a 40 40 - 30 = 10
% vazão aumentou 10
<l$
�
;ê
{
% haste aumentou 10
�<:,) m 60 a 70 � 60 a 70 � 70 - 60 10
:<Z % vazão aumentou 10
,;!!
�
...
()
{
12 - 8,5 = 3,5 ou % haste aumentou 10
f e;; l) 30 a 40 � 8,5 a 12 �
Cll ::s 41,2 % de 8,5 % vazão aumentou 41,2 %
o
-�
(
� 1 % haste aumentou 10
� �
II) 60 a 70 24,8 a 35 35 - 24,8 ou
41,2 % de 24,8 1 % vazão aumentou 41,2 %
A característica mais empregada é a de per· de uma característica envolveria minuciosos estu·
centagem igual, cujo comportamento é mais com· dos e análises do comportamento dinâmico de todo
patível com variações de vazão e diferencial de
pressão através da válvula. A indicação precisa o sistema, inclusive possíveis perturbações.
10o l 1 1 1 1
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VALVULA Q.E
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4o 'r-.. �/ 1..... �"' v- LINEAR
FI G. 1 7 3
97
CORPO
VÁLV U LA
DISCO BO RBOLETA
F IG . 1 7 4
A Fig. 173 mostra algumas das características e ) TiPo "Saunclers" - Fig. 175)
- Recomenda
mais usuais em válvulas de contrôle. das para sólidos em suspensão, substâncias
Outros tipos de características : viscosas ou corrosivas, possibilitando bom
vedamento, embora característica de quase
a) Abertura "instantânea" - Como estabele abertura instantânea; constam essencial
ce o próprio nome, tal válvula possibilita, mente de um diafragma, ou membrana, que
logo ao início do curso da haste, sua va é pressionado pela haste contra um ver
zão máxima. Não apresenta grande inte tedor ou encôsto. Em outras indústrias, que
rêsse sob o ponto de vista do contrõle au não refinarias de petróleo, êsse tipo en
tomático. contra bastante aceitação, mormente para
ácidos, polpas e sólidos em suspensão.
b) Válvula borboleta - As válvulas borbole
ta apresentam tipo bastante diverso da boraHájá ainda uma grande variedade de tipos , em
quelas já vistas e merecerão um comentá para nós. tenhamos citado os de maior interêsse
rio mais extenso. Constam essencialmente
de um disco basculante comandado por um
eixo-diâmetro. O corpo da válvula apresen 8 . 2 . 2 - HASTE E CAIXA DE ENGAXETAMENTO
ta-se como um simples trecho de tubula Nas partes vistas até aqui, admitimos simples
ção, dentro do qual o disco se movimenta.
São construídas de tal forma que sua ca mente o movimento da haste acionando a válvula,
racterística é bem próxima a % igual (Vide em virtude da ação de ar sõbre uma membrana
(Vide Figs. 166 e 167 ) . Evidentemente, é necessá·
Fig. 174 ) . Adequadas para pequenos dife rio prover uma vedação ou engaxetamento para
renciais de pressão e mais baratas para permitir o movimento da haste até o interior do
tamanhos grandes. Sua instalação merece corpo da válvula, sem que haja qualquer vazamento.
estudo cuidadoso em vista da limitação nas
pressões contra as quais trabalha o disco; É o problema do engaxetamento que surge tan
o esfõrço exigido na haste poderia ser su tas vêzes e em tantos equipamentos, não obstante
perior ao fornecido pelo diafragma atuador seu conhecimento perfeito não seja tão comum.
No caso de válvulas de contrôle, interessa-nos
obter da caixa de vedação ou engaxetamento :
- vedação
- atrito mínimo
- vida útil dilatada
- fácil manutenção.
Para atender a êsses requisitos, existem õbvia
mente esforços do fabricante, daquele que adquire
a válvula ( adquirindo adequadamente) e daquele
que a instala e mantém em operação. Admitire
mos que a primeira parte esteja cuidada (fabri
cação, acabamento, material e peças perfeitas) e
FIG.17� comentaremos os pontos que auxiliem emprêgo
e manutenção adequada.
( a válvula não funcionaria) . Em refina· A caixa ou carcaça metálica que contém as
ria veremos válvulas borboleta instaladas gaxetas é o chamado castelo (bonnet), peça que
em linhas grandes (ãgua de refrigeração, ainda suporta o atuador (êste é normalmente apoia·
por exemplo) ou em linhas em que a per do sõbre um ressalto do castelo e apertado por um
da de pressão possível é mínima . anel rosqueado).
98
...
APERTO
BRAÇO DO
ATUADOR
SUPORTE
ANEL DE
GRAXA
FIG . 176
Uma das funções do castelo é proteger as ga dação está lntimamente ligado à natureza das ga
xetas e respectiva lubrificação de excesso de tem xetas, no que toca à resistência, à corrosão, dete
peratura ; para temperaturas muito elevadas (aci rioração, erosão, baixo coeficiente de atrito, baixo
ma de 200ºC), é recomendado o castelo aletado coeficiente de dilatação, resistência, não escoamen
(provido de aletas externas para melhor resfria to a frio, resistência à deformação permanente, etc.
mento das gaxetas; para temperaturas muito bai
O conhecimento das condições de processo per
xas (abaixo de 0°C) é comum o uso do castelo
alongado. Para temperaturas entre O e 200ºC, usa mite, com informações do fabricante (catálogos,
se um tipo comum de castelo. Há também um etc. ), escolher o material adequado. Uma escolha
quarto tipo de castelo, menos cómum, com um fole perfeita deverá ser ditada sempre pela experiên
cia, embora estejam ganhando terreno materiais sin
de vedação para prevenir totalmente o vazamento
téticos, como é o caso do Teflon que, usado puro
pela haste ou eliminar qualquer possibildiade de ou em compostos, parece fadado a dominar de ma
contacto entre o fluido e o engaxetamento ou lubri neira total o campo de engaxetamento.
ficante (fluidos altamente tóxicos, voláteis ou pre
ciosos e alguns casos de vácuo). Para cada tipo de gaxeta há uma graxa reco
mendada (também em função do processo), a não
Na Fig. 176 vemos um castelo de tipo nor ser para Teflon puro, que prescinde de lubrifica
mal. O bom funcionamento de um sistema de ve- ção. De modo geral encontraremos gaxetas :
99
lubrific11d1u;
{ amianto
amianto
impregnado
impregnado
com
com
grafite
TefZon
apêrto mostrado na Fig. 176 (preme-gaxeta acio
nado por parafusos-estojos) permite determinar vi
sualmente o grau de apêrto e a necessidade de
reengaxetamento da válvula.
( Ainda no tocante ao castelo e à haste, fare
{
anéis em V de Teflon puro mos referência a algumas peças menores e prin
J
Teflcm picado impregn:ido com grafite cipalmente às buchas de guia, cuja finalidade é
não lubrificadas e a l t e rnado com anéis de Teflon puro manter perfeitamente o alinhamento da haste.
Amianto impregnado
. com Teflon e al Na Fig. 177 destacamos êsses pontos. O pro
ternado com anéis de Teflon puro. blema de guiar a haste merece sempre uma aten
ção especial dos fabricantes, uma vez que · qualquer
Convém lembrar que um engaxetamento de desalinhamento pode acarretar esforços excessivos
feituoso não pode ser corrigido por um simples com agravamento progressivo do problema e pre
apêrto das gaxetas ; neste particular, o tipo de juízo também da vedação.
HASTE
P REME -GAXETA
PINO PRE N D E DOR
CA IXA DE GRAXA
DA H A S TE
A N El R EDENTOR DE
GAXETAS
BUCHA DE GUIA
ASS ENTO
TAM PÃO -------1t--t.IP\
BU CHA DE GUIA
F I G . 1 77
r
MOLA
AJUSTE
FI G . 178
S U P R I MENTO
A R DO INSTR. DE AR
P/ A VÁLVULA
POSICIO
--.ff----t NADOR
. ___,
AR DO I N STRUM !- ,__ __.
FIG . 1 8 0 FIG . 1 8 1
101
�o
&..--
O
o
M OLA
o
o
g o
PILÕTO
AR DO
CONTROLADOR
FIG . 1 8 2
AR DO
CONTROLADOR
PJLÔTO
FIG. 183
a) convertendo a fôrça (originada pela pres A pos1çao da haste da válvula também é con
são do controlador) em deslocamento proporcional vertida em fôrça proporcional, através de u'a mola,
e comparando-a então com o deslocamento da has e as duas são comparadas por uma alavanca que
te, ou tem ação sôbre o pilôto para manter as duas fôr
b) convertendo o curso da haste em uma fôr ças em proporção.
ça proporcional e comparando-a então com a fôrça Os dois sistemas são teõricamente equivalen
originada pela pressão do controlador . tes; na prática, o sistema de deslocamento requer
do fole uma característica "pressão versus deslo
O primeiro processo é o chamado equilibrio de camento" bastante perfeita, ao longo de um des
deslocamento e o segundo é o chamado equilibrio locamento razoável, ao passo que, no sistema de
de fôrças . fôrças, a responsabilidade maior recai na caracte
As Figs. 182 e 183 apresentam um diagrama rística "deslocamento versiis fôrça da mola".
de funcionamento dos dois processos : Desde que êsses compromissos sejam atendi
Admitiremos, por enquanto, que os pilotos aí dos, a teoria de funcionamento estará preservada
ilustrados possibilitam grandes variações de pres e os sistemas se equivalerão.
são de ar (com suprimento total ou escapamento Note-se, entretanto, que a maioria dos posieio
completo) ao menor movimento do tampão. É evi nadores pneumáticos em uso são do tipo de equi·
dente, por outro lado, que pilotos dêsse tipo (vide líbrio de fôrças.
Fig. 184) admitem um contínuo escapamento de ar. O que mais uma vez será lembrado e que po
derá ser visto nos esquemas é a ligação entre a
No sistema por equilíbrio de deslocamentos, haste da válvula e o sistema pneumático do posi
mudanças de pressão na saída do controlador acio
nam o fole oposto à mola, convertendo-se em des
cionador, visando à obtenção de um posicionamen·
to perfeito.
locamentos.
Veremos agora outras vantagens ou finalidades
l!:sses deslocamentos são então comparados com alcançadas pelos posieionadores :
a posição da haste por meio da alavanca que atua
o pilôto, mantendo proporcionalidade entre o des I - Eliminação, dentro de valôres razoáveis,
locamento do fole e o curso da haste (triângulos das fôrças ou efeitos opostos ao comportamento Ji.
semelhantes l . near desejado, entre pressão do controlador e po
sição da haste.
Admite-se que o pequeno deslocamento do pi
Citaremos nesse caso :
a) Coqueamento do produto ao longo da haste.
lôto seja desprezível em face dos outros dois.
Assim, em condições de equilíbrio, a posição da b ) Apêrto considerável no engaxetamento.
haste permanecerá proporcional ao deslocamento do e ) Grandes vazões em válvulas de assento sim·
fole e, portanto, à pressão do instrumento. ples.
II - Resposta efetiva em têrmos de curso da
O pilôto é mantido numa situação tal que sua
saída para a válvula terá qualquer valor necessá haste para pequenas variações na pressão de saí
rio à manutenção dessa proporcionalidade. da do instrumento (por exemplo, variações da or
No sistema por equilíbrio de fôrças, as pres dem de 0,2 psi), além de possibilitar comando mais
sões de saída do instrumento são recebidas no fole rápido (menos tempo requerido para pressurizar
e apenas originam fõrças proporcionais . ou despressurizar o atuador) .
"" .
SUPRIMENTO
FIG . 1 8 4
103
III - Ajuste da relação entre sinal de ar do sistemas interligados, etc.; controlamos níveis atra
controlador e movimento da haste, possibilitando : vés de vazões de entrada ou saída no equipamen
a)
Lo, etc. ; controlamos temperaturas através de va
Variação da faixa proporcional . zões de correntes aquecedora s ou resfriadoras, etc.
b) Utilizar um mesmo controlador para atuar
progressivamente duas e, às vêzes, três vál Tudo depende essencialmente da eficiência com
vulas de contrôle; por exemplo, controla que a vazão possa ser alterada.
dor com saída 3 - 15 psi comandando ini
cialmente uma válvula (3 a 9 psi dando Já sabemos que essa alteração <levcrá ser fei
todo o curso l e posteriormente outra (9 ta pela válvula. Mas, poderá ser feita ?
a 15 psi).
e) Inversão da ação do controlador (geral De que recursos dispõe a válvula para efeti
menle a inversão é feita mais fácil e eco vamente variar uma vazão sujeita a incontáveis
nômicamcntc no próprio controlador ) . acidcnlcs e perturbações ? Qual o tipo de energia
d) Uso do atuador pneumático sem mola (de de escoamento de que êle pode lançar mão para
range ) . impor a essa vazão a alteração desejada ?
Assim, controlamos pressões através de vazões pouco ou nnehum contrôle pode ser obtido nos gas
de escapamento ou refôrço, ou de vapor p/com tos (vazão l se as alterações forem feitas na ver
prcssores, ou de reciclos, etc.; controlamos escoa ba de diversões (elemento de contrôle mal esco.
mentos alterando a vazão da própria linha ou de lhido, pouco representativo em face dos demais).
104
9 - INSTRUMENTAÇÃO DE EQUIPAMEN O contrôle da vazão das bombas e compresso
TOS DE REFINARIA res irá depender do tipo de deslocamento. Assim,
para os de deslocamento direto, a vazão será fun
ção direta da velocidade da bomba ou compressor.
Os seguintes equipamentos serão abordados :
O contrôle da vazão é, pois, feito diretamente
9.1 - Bombas e compressores na velocidade da bomba ou compressor, confor
9.2 - Permutadores de calor me indica a Fig. 185.
9.3 - Fornos
9. 4 Colunas de destilação
9. 5
-
B OM B A
VAPOR
A COM M O T O R - E L ÉT R I C O
VA POR
B O M BA S DE D E S L O C A M E N TO D I R E TO
F I G . 1 85 FIG. 186
BOMBA
BOMBA
VAPOR
BOMBAS CEN T R Í F U G A S
FIG. 187 F I G. 1 8 0
105
O contrôle da vazão pode ser feito também di·
retamente sôbre a velocidade da bomba, confor·
me indica a Fig. 188.
FI&. 191
9.3 FORNOS
ções de c.;ondições de contôrno (Fig. 190). No caso, pelo menos, a metade da queda de pressão na for
o controlador de temperatura age sôbre o ponto nalha. Se a vazão total, passando pela fornalha, ,-
,,--
Normalmente, a fornalha descarrega diretamen
te em um vaso de pressão fixa . Entretanto, se a
,....
pressão de saída da fornalha tiver que ser con
trolada em um valor mais alto, deverá ser usado
,,--
um circuito automático de contrôle.
VAPOR
r
SUPRIMENTO OE GÁS
F I G . 190
106
9.3.3 - CONTROLE DA TEMPERATURA
DE SA!DA
GAS
A de um sis te ma de contrôle para a
seleção
pressão de saída da fornalha irá depender do
tipo de combustível queimado, da magnitude das
flutuações das variáveis de operação.
9.3.3.2 - CONTRôLE COM óLEO GOMBâSTJllEL (e8que- proveniente de outra coluna ou de um tambor de
111 atizado 1ia Fig. 194).
acumulação.
DE PÓSITO
DE OLEO
COM BUST.
MAÇARICOS
FIG. 1 94
107
VAPOR D'AGUA
{) L E O
MAÇARICO
FI G . 1 9 5
VA P OR O' AGUA
F I G . 196
108
CONTRÔLE DA TÔRRE
TAM B O R E S DE R E F L U X O
FI G . 1 9 7
f---- A'GUA
FIG.199
FIG . 1 98
F I G .2 0 1
110
10 - APf;NDICE instalação local, deverão ser usados instrumentos
de caixa tipo grande.
Especificações ,para proj etos de ins Os instrumentos de caixa tipo grande poderão
trumentação ser usados nos painéis de comandos nas casas de
contrôJe quando não existir instrumento miniatura
- Refinaria Presidente Bernardes equivalente.
Deverão ser fornecidas cartas para instrumen
10 . 0 - GENERALIDADES tos registradores suficientes para um ano de ope
ração.
Especificações 1 0 . J .2.3 - De maneira geral, os instrumentos
Instrumentos, contrôles e equipamentos acessó registradores não deverão possuir mais que duas
rios, em relação a especificações mecânicas e ca penas cm cada caixa, e isto unicamente no caso
racterísticas de desempenho, deverão estar de acôr de medidas interligadas. Por exemplo . : pena para
do com as especificações gerais con Lidas no pre registro de pressii.o na medida de fluxo de fluidos
sente trabalho. compressívcis, pena para registro de nivel em con
troladores de fluxo do fundo de tôrres, etc.
Resp::msabilidu.de e Garantia 10 . 1 . 2 . 4 - Os instrumentos que em operação
O fabricante deverá garantir o equipamento 1:or ai não oferecem a possibilidade ele apareci
--
por êle fornecido, contra defeitos mecânicos de fa. rr. cnto de faíscas poderão ser montados em pai
bricação ou de material pelo período de um ano, néis descobertos. Tais instrumentos são, por exem
a contar da data em que o equipamento foi co plo : pirômetros com motores tipo condensador,
locado em operação. circuitos e amplificadores de balanceamento eletrô
Ao comprador reserva-se o direito de, após ins nico, motores elétricos para cartas de espiras em
talado o equipamento, verificar a calibração de fá curto, interruptores de mercúrio, etc.
brica e o desempenho do mesmo, fornecida sob 10 . 1 . 2 . 5 - Os instrumentos que utilizam ti
garantia. pos de contatos abertos, sujeitos portanto a fais
Quaisquer de.feitos encontrados nos próprios camento, deverão ser dispostos de maneira que as
equipamentos deverão ser corrigidos pelo fabrican partes que dão origem ao faiscamento sejam fe·
te até completo assentimento dos técnicos do com chadas em caixa à prova de explosão. Exemplo
prador. dêsle género são os relés, micro-interruptores, con
tatos por cleslisc, etc.
fndice Geral das Especificações 1 0 . 1 . 2 . 6 - Os equipamentos que não podem
As especificações para cada item de instru ser feitos à prova de explosão e faiscamento terão
mentação são relacionadas sob os seguintes titu de ser montados em caixas especiais com ventila
las principais : ção forçada de ar ou gás inerte. As caixas po
1 0 . 1 - Diversos - Painéis, Montagens, etc. derão variar desde pequenas caixas para instru
10.2 - Medição e Contrôle de Temperatura mentos individuais até recintos maiores, para res
10.3 - Medição e Contrôle de Pressão guardar um conjunto complexo.
10.4 - Medição e Contrôle de Nível J 0 . 1 . 2 . 7 - Todos os controladores montados
10.5 - Medição e Contrôle de Fluxo em painéis devem ser fornecidos com estação de
10. 6 - Válvulas ele Contrôle e Posicionadores contrôle automático-manual disposta de maneira que
10. 7 - Instrumentos de Alarme o controlador possa ser removido do painel sem
10.8 - Instrumentos de Medição e Contrôle que afete o funcionamento da citada estação. A
�ara Fins Especiais estação deve ser do tipo de 4 posições (automá
J ': ::: - Sistema e Tubulação de Ar de Ins tico-manual-teste-serviço) e possuir um regulador
trumentos individual de ar com indicador de pressão, deven
"1 0 . í ü
- Conexões e Tubulação de Instrumentos do ser construída de modo a permitir as seguintes
oprrações :
a) Possibilitar a retirada de operação do ins
10.11 - Nomenclatura, Simbologia e Identifi
cação trumento e permitir a regulagem manual de pres
10 . l - DIVERSOS são pneumática para o elemento final de contrôle.
10 . i . 1 - CASA DE CONTRôLE b l Possibilitar a troca do instrumento de ma
10 . 1 . 1 . 1 - Não deverá ser admitida na casa nual para automático, sem qualquer alteração do
de contrôle nenhuma conexão para instrumentos sinal de saída do mesmo, a fim de evitar choques
proveniente de linha ou vaso contendo hidrocar no processo.
bonetos, líquidos ou gases inflamáveis, ou corro 10 . 1 . 2 . 8 - Os controladores montados em pai
sivos. Assim, para êsse fim deverá ser usada trans néis de contrôle devem ser fornecidos com válvu
missão pneumática, excetuando-se os casos assina las reguladoras ele ar individuais, integrais ou ex
lados adiante. ternas aos instrumentos.
10 . 1 . 1 . 2 - Todos os conduites admitidos na 10 . 1 . 2 . 9 - Para processos de ação rápida, como,
casa de contrôle, inclusive os condutores para po por exemplo, em contrôlcs de vazão ele líquidos, onde
tenciômetros e termómetros de resistência, deve a distância do ponto de medida ou local de trans·
rão ser selados com a finalidade de evitar-se a en missão ao painel de contrôle é tal que requer com
trada de gases na sala de contrôle . primentos de tubulação acima de 50 ft e até 100 ft,
10 . 1 . 1 . 3 - Cada casa de contrôle deverá pos deverão ser tomados cuidados especiais em rela
suir um relógio elétrico adequado e à prova de ção a :
gases. a) o controlador deverá ser montado local
mente;
10 . 1 . 2 - TNS7'RUMENTAÇÃ0 NA CASA b) meio de ajuste remoto do set point situado
CON7'RôLE no painel de contrôle ;
10 . 1 . 2 . 1Os instrumentos instalados nos pai
- e) instrumento receptor (registrador ou indi
néis de comando das casas de contrôle deverão ser cador) localizado no painel de conlrôle.
dispostos em montagem do tipo embutida. Tôdas 10 . 1 . 2 .10 - Os controladores e transmissores
as caixas de instrumentos, com exceção das elo:-; devem fornecer sinais pneumáticos de salda para
indicadores de pressão, deverão ter formato retan válvulas de contrôle, registradores e outros elemen
gular e ser de construção à prova de vapôres. tos de contrôle na faixa de 3 a 15 psig.
10. 1 . 2 . 2 Instrumentos miniatura deverão ser
-
instalados através de uniões, de maneira a permi a 1 050°F e pares cromel-alumel para temperatu
tir pronta remoção para serviços no instrumento. ras na faixa de 1 050 a 1 800°F.
Cada instrumento deverá possuir um interruptor na 10. 2 . 2 . 5
- Os indicadores deverão possuir fi
alimentação de energia, para possibilitar sua ma xadores de legendas para a identificação dos pon
nutenção. tos de temperatura.
10 . 1 . 3 . 5 - Os instrumentos de tipo miniatura 10 . 2 . 2 . 6 - Os indicadores deverão ser provi
deverão ser montados em disposição convencional dos de dispositivo que provoque a fuga do ponteiro
gráfica ou semigráfica. Em qualquer dos casos de para o fim da escala, em caso de queima do par
verão apresentar um máximo de 4 fileiras horizon termoelétrico. J!:ste dispositivo não será empregado
tais. Deverá ser mantido um espaço mínimo de 11 nos registradores e controladores .
polegadas entre as linhas de centro verticais e de 10
polegadas entre as linhas de centro horizontais. 10 . 2 . 3- REGIS'l'RADORES
10. l . 3 . 6
- Plaquetas adequadamente tituladas 10 . 2 . 3 . 1 - Os registradores múltiplos de tem
deverão ser localizadas abaixo de cada instrumento peratura deverão ser limitados a oito pontos, dife
ou medidor, identificando-os. Estas placas deverão renciando o registro por marcações coloridas. A
ser confeccionadas em plástico laminado, de manei velocidade das cartas para registradores de carta
ra que a gravação através da primeira camada de rôlo deverá ser, em geral, 2" por hora. O ci
proporcione uma leitura legível em contraste com clo de tempo para cada ponto deverá atingir 30 se
112
de tubo rigido e cabe�a à prova de tempo, de tipo 10 . 3 . 2 - CONTROLADORES - REGISTRADORES
comercial reputado. DE PRESSÃO
10 . 2 . 7 - TERMô111ETRO DE BULBO
rão ser pneumáticos com ajuste de faixa propor
cional e com ação de reset automáticos, de acôrdo
10. 2 . 7 . 1 - Os termômetros de bulbo, tipo de com as exigências particulares.
expansão, poderão conter líquido, vapor ou gás. O 10. 4 - MEDIÇÃO E CONTROLE DE NíVEL
seu uso será restrito a pontos de menor importàn
cia e o comprimento do capilar não poderá ser su 10 . 4 . 1 - CONTROLADORES E REGISTRADORES
perior a 25 pés. DE N!VEL
10 . 2 . 8 - TERMôMETROS INDIOADORES
10. 4 . 1 . 1 - Deverá ser dada preferência aos
controladores do tipo de deslocamento de bóia. Uma
10. 2 . 8 . 1 - Termómetros indicadores devem ser válvula-pilôto dupla deverá ser usada para indica
do tipo de mostrador, tendo a temperatura de ope- ção ou registro remoto.
1ação aproximadamente no centro da escala. De 10.4.1.2 - O mecanismo controlador deverá ser
verão ter suportes de aço inoxidável 304 ou 316 e, provido de ajustes para faixa proporcional, ponto
normalmente, rôsca de 3/4" (SPT). de ajuste e correção de densidade. Poderá incluir
10 . 2 . 8 . 2 - Poços de testes, para uso eventual , reset de acôrdo com a aplicação.
serão de aço inoxidável 304 ou 316, rôsca externa 10 . 4 . 1 . 3 - A caixa externa do flutuador será
de 3/4" e interna de 1/2". Serão providos de tam feita de aço fundido para o mínimo de 300 libras.
pão com corrente. São preferidas conexões para flange e a instalação
1 0 . 2 . 8. 3 - Poços para água de resfriamento será provida de válvulas de bloqueio em cada to
e ar de instrumentos deverão ser de latão. mada junto ao vaso.
10 . 4 . 1 . 4 - Para líquidos viscosos, óleos pesa
10.3 - CONTRôLE E MEDIDA DE PRESSÃO dos, etc., aconselha-se o uso do tipo de flutuador
10 . 3 . l - MANôMETROS interno, provido de limitadores para níveis máxi
10 . 3 . 1 . l - Manômctros de painéis de contrôle
mo e mínimo.
serão de 6" de diàmetro, de embutir e com tomada 10. 4 . 1. 5 - Os controladores de líquido devem
de 1/4" na parte posterior. Os demais serão de 4 %" ser providos de haste de aço inoxidável 304 e de
aletas de resfriamento, quando as temperaturas fo
de diâmetro, tipo de fixação externa, tomada na
parte inferior de 1/4", com mostrador de plástico, rem superiores a 400°F.
com números pretos em fundo branco . Nas instalações onde a temperatura excede a
500°F, a tomada superior será do tipo lateral.
As caixas serão à prova de gases e de água,
de anel rosqueado para a fixação do vidro, de fe 10. 4. 2 - VISORES DE N!VEL
nol condensado, ferro fundido ou alumínio. O me 10 . 4 . 2 . 1 - Para indicação de interface de lí
canismo do movimento será de aço inoxidável e da quidos claros, serão usados visores transparentes.
melhor qualidade possivel, o ponteiro terá ajuste Os de tipo reflexão serão usados para todos os de
de balanceamento micrométrico. mais hidrocarbonetos claros.
10. 3 . 1 . 2 - Para ar, água e vapor, abaixo de 10 . 4 . 2 . 2 - Os visores transparentes serão usa
200 psig, poderá ser usado bourdon de bronze fos
foroso; para pressões mais altas será preciso o uso dos com proteção de mica para indicação de nível
de liga de aço. As ligas de aço padronizadas pelos de condensado.
10 . 4 . 2 . 3 - Poderá ser usado visor tubular para
fabricantes poderão ser empregadas em todos os água sob temperatura inferior a 200°F e pressão
hidrocarbonetos. máxima de 50 psig.
Tôdas as soldas internas serão do tipo solda 10. 4 . 2 . 4 - Os visores de nível serão providos
forte, com o devido alivio de tensões. de ball check de aço inoxidável forjado, com co
10. 3 . 1 . 3 - Os manômetros serão passíveis de nexão macho de 3/4" NPT para o tanque e 1/2"
suportar sobrecarga de 1,3 vêzes a sua escala má NPT para o visor, assim como conexão de 1/2" NPT
xima, sem perder a calibragem. para o dreno.
10. 3 . 1 . 4 - A precisão deverá ser garantida 1 0 . 4 . 2 . 5 - A distância máxima entre centros
até um êrro máximo de 1/2 a 1 o/c da escala total, para uma coluna de visor será de 40". Para maio
através de tôda a faixa . res distâncias serão usadas colunas múltiplas que,
10 . 3 . 1 . 5 - Todos os manômetros que traba em caso de não seguirem a mesma prumada, de
lham em linhas de pressão pulsativa deverão ser verão prever um recobrimento mínimo de 1".
providos de amortecedor de pulsações. 10 . 4 . 2 . 6 - Próximo a todos os controladores
10. 3 . 1 . 6 - As faixas serão, aproximadamen
te, do duplo valor da leitura pretendida. de nível de líquidos deverá ser instalado visor de
10 . 3 . 1 . 7 - As tomadas de pressão devem ser
modo a apresentar o nível a meio curso do visor.
de 3/4" (SPT) para vasos e linhas, sendo instala 10 . 4 . 3 - ALARMES DE N!VEL DE LIQUIDO
da uma válvula de bloqueio de 1/2" entre o ma Avisadores ou lâmpadas poderão ser
10 . 4 . 3 . 1 -
nómetro e a tomada. Entre a vãlvula de bloqueio operados inte rru ptores mecânicos ou pneumá
por
e o manômetro, será prevista válvula de dreno para ticos à prova de explosão. Quando é usado meca
fins de teste. nismo de faixa proporcional, com ou sem reset, os
113
interruptores deverão ser atuados independentemen b) as linhas de líquido deverão correr perma
te do mecanismo de contrôle. nentemente cheia s ;
o) quando uma linha de gás ou vapor apre
10. 5 - MEDIÇÃO E CONTROLE DE FLUXO senta possibilidade de condensação, a pla
10 . 5 . 1 - INSTRUMENTOS ca de orificio deverá ser colocada em se·
ção vertical, com o fluxo em direção à par
10 . 5 . 1 . J - Medições de fluxo por diferencial de te mais alta;
pressão, através de placa de orifício, serão usadas d) para líquido, gases de óleo e vapor, a pla
para indicação ou contrôle aplicáveis nos proces ca de orifício deverá ficar acima do medidor.
sos de hidrocarbonetos líquidos, gases e vapôres,
podendo ainda ter uso em outros líquidos, salvo 10 . 5 . 2 - TUBULAÇÃO E ORIF!OIO PARA MEDI
os mencionados. DORES DE FLUXO
O sistema de medição poderá ser manômetro 10 . 5 . 2 . 1 - Tôdas as placas de orifício serão
de mercúrio, balanceamento ou foles. instaladas com tomadas de flange.
1 0 . 5 . 1. 2 - O óleo combustível para caldeiras, Sempre que possível, a placa deverá ficar, apro
aquecedores e produtos a serem medidos para fins ximadamente, a 10 pés acima do medidor. As li·
de contabilidade, poderão sê-lo por meio de orifício, nhas ao medidor serão o mais curtas possível e de
medidores volumétricos ou de área. Poderão ser verão manter um gradiente que assegure a remo·
usados rotâmetros para amônia e inibidores de cáus ção de condensados ou vapôres; serão de 1/2",
ticos. bitola 80, no mínimo, tubo de aço, sem costura,
10 . 5 . 1 . 3 - Os corpos dos medidores para usos com curvas feitas no próprio tubo.
com hidrocarbonetos deverão ser de aço forjado, 1 0 . 5 . 2. 2 - As tomadas para vapor e líquidos
testados para o mínimo de 750 psig a 750•F. serão na parte superior. Nas correntes verticais,
10 . 5 . 1 . 4 - As faixas dos manômetros serão de os líquidos só deverão ser medidos em fluxos as
100 polegadas de água, calibragem a sêco. sempre cendentes; para gases, vapor e ar a direção é indi
que possível, admitindo-se o máximo de 200". ferente.
Medidores de fluxo para gás ou ar, em pole· 10 . 5 . 2 . 3 - A tubulação para a instalação do
gadas de água, nã.o excederão à linha de riress'io orifício será de diámetro uniforme, lisa, com tôdas
estática cm psig. O fator "beta" (diâmetro do orifí· as soldas esmerilhadas cuidadosamente. As placas
e:io pelo diâmetro interno do tubo) deverá ser con de orifício serão feitas de aço inoxidável 18-8, sendo
servado nos limites de 0,2 a 0,7 para as placas de o furo calculado por qualquer método convencional.
orifício e os medidores serão instalados para satis A placa deverá ser dimensionada para diâme
fazer a êstes limites. tros de furos que forneçam uma relação com o diâ �
.
10. 5 . 1 . 5 - Gráficos e escalas para medidores metro interno da tubulação, em valôres inteiros ou
de fluxo devem ser de O · 10 raiz quadrada. As distanciados de 0,025.
unidades usadas serão as seguintes :
a) óleo - barris por dia a 60°F 10.6 - VÃLVULAS DE OONTRôLE E POSIOIO·
b) gás - SCFH ( a 60°F e 1 atm) NADORES
e ) vapor - tonelada métrica por hora 10 . 6 . 1 - VALVULAS ATUADAS A DIAFRAGMA
d) água - galões por minuto a 60°F 10. 6 . l. l - Estas válvulas serão montadas em
e) ar comprimido - pés cúbicos p/minuto a posição vertical à j usante ela placa de orifício, quan·
60•F e 1 atm do fór o caso. A sua instalação inclui válvulas de
f ) cáusticos ou ácido - galões p/minuto a 60°F desvio e bloqueio, que permitam a remoção da vál
10 . 5 . 1 . 6 - Os controladores de fluxo operados vula de contrôlc sem afetar o processo. Os tama
pneumàticamente serão equipados com ajustes de nhos das válvulas que formam a estação de con
.
faixa proporcional, . eset e comutador de transfe trôle são interdependentes.
rência manual, de quatro posições. 10 . 6 . l . 2 - As válvulas de contrôle serão di·
10 . 5 . 1 . 7 - Serão usados selos adequados nas mensionadas para 1,8 vêzes o fluxo normal, as de
medições com alcatrão, corrosivos e óleos leves ins 2" em diante serão elo tipo flangeado e as de l 1h "
táveis. e menores serão rosqueadas.
10. 5 . 1 . 8 - Transmissores ele fluxo ou contra· 10. 6 . 1 . 3 - O material do corpo da válvula fica
!adores locais serão instalados próximo e faceando sujeito i.s especificações da linha em que será ins
a válvula de desvio (by pass). Igual situação é apli talada. A haste da válvula é, geralmente, de aço
cada quando se trata de válvula de contrôle manual. inoxidável AISI 304 ou 316.
1 0 . 5 . 1 . 9 - O método básico para as instalações 10 . 6 . 1 . 4 - Preferivelmente, serão usadas válvu
de medidores de fluxo é ditado por "Report of the las balanceadas, de dupla sede.
American Society of Mechanical Engineers Special Nas temperaturas acima de 400•F terão aletas
Research Committee on Fluid Meters" - 4." edição. de resfriamento. As características internas ficarão
10. 5 . 1.10 - Serão usadas transmissões pneu subordinadas a cada caso em especial, sendo o em
máticas para medidores diferenciais de localização prêgo do tipo de igual percentagem, o mais satis
remota. fatório para os casos em geral.
10.5.1.11 - As condições ideais de projeto de 10. 6 . 1 . 5 - O corpo da válvula não deverá ser
um medidor de diferencial deverão fazer que, menor que l", para linhas de l" ou mais. Nas
em escala de raiz quadrada de O · 10, a vazão nor· linhas menores será tolerado um mínimo de 3/4".
mal seja de 7, o fluxo máximo antecipado não ul· Quando forem necessários tamanhos menores,
trapasse de 9,5 e o mínimo não seja inferior a 3. para boa regulagem, use-se corpo de 1" o u 3/4''
Quando a relação entre os fluxos máximo e com redução interna.
mínimo antecipados excede a 3,2 ou a relação en 10 . 6 . l . 6 - As válvulas de contrôle deverão ser
tre os fluxos máximos e normal excede a 2, deve desenhadas de modo a permitir a reversão de co
rá ser prevista uma possibilidade de troca de fai· mando, no campo, sem uso de partes adicionais.
xa, em serviço.
10 . "5 . l .12 - Todos os medidores de fluxo de 10 . 6 . 2 - POSIGIONADORES
fluidos compressíveis serão providos de pena para 10 . 6 . 2 . 1 - O uso de posicionadores é obriga-
registro de pressão. tório para válvulas atuadas a diafragma, quando :
10 . 5 . 1 . 13 - Para medições de fluxo em linhas a) o tamanho da válvula é de 4" ou mais;
de diâmetro inferior a 2'', a linha deverá ser au b) a temperatura é superior a 450°F ;
mentada para 2" na seção de medição ou deverá e) a queda de pressão é superior a 150 psi;
ser usada uma seção de medição calibrada. d) a pressão à jusante é superior a 150 psi;
10. 5 . 1 . 14 - A localização dos flanges de orifi· e) destinada a contrôle de temperatura;
cio deve obedecer às regras abaixo, para assegu f ) a distância entre válvula e controlador é su
rar um funcionamento apropriado ao instrumento : perior a 150 pés;
a) à montante da válvula de contrôle, a vapori· g) quando o material fluente é viscoso, gluti·
zação deverá ser mantida ao mínimo; noso ou apresenta risco de solidificação;
114
h) para tõdas as válvulas de contrõle de nível Ta.manho da vá:- Tipo da vál- Tamanho d a válvula
em que seja exigida estabilidade de fluxo; válvula de con- vula
il para tõdas as válvulas borboleta; para tõ trôle
das as válvulas em que sejam exigidas fõr Até 2' Globo Um tamanho acima da
ças ou sensibilidade excepcionais para sa válvula de conlrôle, po
rém, não superior ao
tisfazer às condições do processo ou tipo
Igual à válvula de con
da linha.
de válvula. 3" Globo
trôle .
1 0 . 6 . 2 . 2 - Os posicionadores deverão agir de 4" ou 1nais Gaveta Um tamanho abaixo da
dupla forma, como meio de refõrço do sinal recebi válvula dee contrôl.
do e de posicionamento; serão sempre providos de 10 . 6 . 6 . 7 - Entre a válvula de contrôle e a de
manõmetros e de válvulas de desvio (by pass) . bloqueio, à montante, deverá ser instalada válvula
10 . 6 . 3 - VALVULAS DIRETAMENTE OPERA.DAS de dreno para alívio da pressão entre as válvulas,
1 0 . 6 . 3 . 1 - As válvulas diretamente operadas nos casos de retirada ou manutenção.
têm emprêgo em contrôles de pressão, desde que Será necessária a previsão de válvulas de dre
independentes de registro. Sob o comando de pi no, quando o projeto da instalação permite a for
lôto, poderão ser usadas para contrõle de pressão mação de bolsões de liquido.
com, mais ou menos, 2 % do ajuste máximo. Estas 10 . 6 . 6 . 8 - Instalação.
válvulas devem ser selecionadas em vista das con a) tôdas as válvulas de contrôle deverão ser
dições do fluxo. instaladas de modo a apresentar fácil
10 . 6 . 3 . 2 - Nas pressões até 100 psi e quando acesso por meio de plataforma ou degraus,
seja satisfatória a pressão de calibragem de, mais para efeito de manutenção ;
ou menos, 10 % da faixa de mola, poderão ser usa b l as válvulas atuadas por diafraga deverao
das válvulas diretamente operadas, sem pilõto. ser instaladas em posição vertical;
10.6.3.3 - As válvulas diretamente operadas e) o espaço em tõrno da válvula de contrôle
poderão ser empregadas como governadores ou em deverá permitir sua fácil retirada e, ainda,
bombas alternadas. a remoção das tampas, superior e inferior,
10 . 6 . 3 . 4 - As especificações das válvulas de �om a válvula conectada à linha; .
verão incluir indicador de curso e, quando aplicá d) quando ocorre vaporização através da vál
vel, aletas de radiação. vula de contrõle, aconselha-se a sua instala
10 . 6 . 4 - VALVULAS BORBOLETA ção o mais próximo possível do vaso ou fim
1 0 . 6 . 4 . 1 - As válvulas borboleta, do tipo de da linha, de modo a reduzir a queda de
assento em ângulo, são as preferidas. As ligações pressão e comprimentos excessivos à jusan
entre o seu eixo e o elemento motor deverão ser te da válvula de contrõle.
do mais simples tipo de jôgo de alavancas, não sen 10 . 7 - INSTRUMENTOS DE ALARME
do permitido o uso de engrenagens ou lóbulos. O 10 . 7 . 1 - Os alarmes devem ser instalados para
uso de elemento motor a diafragma fica limitado denunciar desvios perigosos de variáveis de pro
pela fõrça máxima desenvolvida, que deverá supe cessos.
10 . 7 . 2 - Os alarmes deverão ser operados elê
rar o máximo torque apresentado, dentro de con
dições extremas ; caso esta não possa ser alcança tricame11te, respeitadas as restrições impostas pelas
da com diafragma, será feito o uso de elemento áreas interessadas ; formarão painêis independentes,
motor a cilindro. não integrados a outros instrumentos e localizados
10 . 6 . 5 - VALVULAS MANUAIS DE CONTRôLE nas casas de contrõle.
10. 6 . 5 . 1 - As válvulas manuais de contrõle de 10. 7 . 3 - Os alarmes podem ser do tipo M er
verão ser de tipo de grande deslocamento, plug cor coid, ou microcomutador.
tado em V, rõsca fina e indicador da posição da
haste. 10 . 8 - INSTRUMENTOS ESPECIAIS
10 . 6 . 6 - TUBULAÇÃO E INS'l'ALAÇÃO - Instrumentos especiais para indicar ou
10. 8 . 1
controlar composições, pH, densidade ou outras va
10 . 6 . 6 . 1 Geralmente as válvulas de contrõ
-
riáveis serão selecionados de a côrdo com o caso
le são instaladas entre válvulas de bloqueio e pa particular envolvido .
ralelas a uma válvula de desvio (by pass ) , sendo
ainda providas de válvulas de drenagem, onde ne 1 0 . 9 - AR DE SUPRIMENTO PARA INSTRU
cessário, no lado de alta pressão ou nos pontos MENTOS
':Jaixos da linha. 10. 9 .1 - Todos os controladores e transmisso
10. 6 . 6. 2 Quando não se fizer emprêgo de
- res devem ser providos de reguladores e filtros de
válvulas de desvio (by pass) a válvula de contrõle ar próprios. Cada painel de contrôle deverá possuir
. deverá ser provida de volante para operação m_a filtros e reguladores duplos, em paralelo, para cada
nual, projetada de tal modo, que o atuado� �a v<: l valor de pressão necessária aos instrumentos.
vula possa ser removido sem que a sua pos1çao seJa 10. 9 . 2- Tõda a tubulação deverá ser conve
perturbada . nientemente instalada, protegida contra danos e su
10 . 6 . 6 . 3 - As reduções para acoplamento entre portada a intervalos de 2 pés.
válvulas de contrõle e de bloqueio, ou linha, pode 10 . 9 . 3 - As linhas de instrumentos, da casa
rão ser feitas por nipples soldados ou flanges re de contrõle à área, deverão ser suportadas em ca
dutores. lhas de aço.
Tamanho da linha Tamanho da válvula 10. 9 .4 - O ar para instrumentos deverá ser
Até 6" O mesmo da linha. limpo, isento de óleo e sêco, para não prejudicar
de 8" ou mais Um tamanho acima do da válvu o funcionamento dos aparelhos, obstruindo ou su
la de contrôle, porém, nunca jando as restrições e os bicos .
superior ao tamanho da linha. 1 0 . 9 . 5 - A menor pressão, no distribuidor, de
verá ser 35 psi. A descarga do compressor deverá
- As válvulas de bloqueio devem ser
10. 6 . 6 . 4 ser 60 psi, no mínimo, para compensar as quedas no
de tipo de abertura total ou de plug, de acôrdo com sistema e para a operação de qualquer regulador
as especificações aplicáveis às linhas em que devam auto-atuado que poderá ser necessário para inter
ser instaladas. A determinação dos tamanhos é es conexões de emergência com o ar de serviço.
quematizada no quadro abaixo. 10 . 9 . 6 - Os compressores para ar de instru
10.6.6.5 - As válvulas de desvio (by pass) de mentos deverão ser fio tipo reforçado, para servi
verão ser instalados de modo a evitar bolsões na ço contínuo e de baixa rotação. A capacidade de
tubulação de desvio, sendo colocadas acima ou ao verá ser a da demanda total dos instrumentos ins
nível da de contrôle. talados e mais 15 % para fugas e ampliações.
10.6.6.6 As válvulas de desvio (by pass)
- 10. 9. 7 - Sistema de suprimento. Esta fonte
devem seguir, quanto ao taminho e ao tipo, as re deverá possuir seus próprios compressores, de acõr
comendações do quadro abaixo : do com a seguinte ordem preferencial :
115
I - Sistema isolado para instrumentos, com 10 . 10 . 4 - As válvulas de bloqueio deverão ser
um compressor em operação e outro de reserva. .
. . �I - Compressor para ar de instrumentos e pos·
instaladas o mais próximo possível do vaso. As espe·
cificações destas válvulas serão ditadas pela tubu·
s1bihdade de uso do ar de serviço para casos de lação integrante da linha ou vaso.
emergência.
10 . 10 . 5 - As conexões para poços de termô·
A unidade de reserva deverá ser de comando
metros devem ser de 3/4111 no mínimo.
automático, agindo sob a queda de 10 psi.
10. 9. 8 - É exigida a instalação de resfriadores 10 .10.6 - As tubulações para os instrumentos
de saida, e de separador de óleo e água. Quando deverão ser de 1/2", no mlnimo, podendo haver re
o compressor de serviço vier a ser usado em emer· duções, quando necessário, próximo ao instrumento
gência, o seu acoplamento ao sistema será feito ou nêle mesmo.
antes do resfriador de saída. O resfriamento nor· 10 .10. 7 - As tubulações distribuidoras de ar
mal do ar deverá ser feito de modo a mantê-lo com de instrumentos submetem-se às normas de Pipe
a máxima diferença de 15op da água de resfria· Line Eqwipment Specification - Oompressed Air
mento. Lines.
10. 9 . 9 - É necessária a instalação de um re 1 0 . 10 . 8 - As linhas de ar procedentes dos fil·
servatório, equipado com manômetro e válvula de tros-secadores para painéis de instrumentos, linhas
segurança, capaz de alimentar o sistema por um de ar para válvulas, mecanismos de contrôle e sis·
minuto e meio , no mínimo. temas de transmissão devem ser de tubo de cobre
10 . 9 . 10 - É indispensável a inclusão de um de 0,030" de parede, 1/4" OD, especificação ASTM
secador, para eliminar a umidade não removida no B-68, recozido. Os conectores serão de latão, tipo
separador. O projeto do secador será baseado num compressão ou cônico.
ponto de orvalho inferior em lOºF da tcmperatu· 10 . 10 . 9 - As linhas de ar entre os filtros-se·
ra ambiente. É essencial, para evitar a contamina cadores e os instrumentos serão de tubo de co
ção do berço do secador, que os últimos traços de bre de 1/4" .
óleo sejam eliminados por um filtro de absorção. 10 .10 .10 - Os distribuidores nos painéis de ins
trumentos serão de latão ou cobre, segundo espe
10:10 - CONEXÃO E TUBULAÇôES DE INS· cificado.
TRUMENTOS 10 . 10 . 11 - As válvulas serão tipo globo, de la·
10 . 10 . l - Conexão. As tomadas da maioria tão, de acôrdo com Pive Line Equipment Specifica·
dos instrumentos, excetuando-se os de fluxo e ou· tion - Oornpressed Air Lines.
tros mencionados, serão feitas com tubos de 3/4111
mínimo, sendo que alé ao primeiro nipple, na li 10.11 - NOMENCLATURA, SIMBOLOGTA E IDEN
nha de processo ou equipamento, poderá ser redu· TIJ:NOAÇÃO
zido para tubo de 1/2", bitola 80.
10 . 10 . 2 - Para instrumentos de fluxo, as co 10 . 11 . 1 - A nomenclatura e simbologia dos
nexões aos flanges de oriflcio, tubos ventui·i, etc . , instrumentos deverão seguir as normas recomen·
deverão ser feitas de 1/211 para linhas até ASA 600 lbs dadas pela ISA // RP 5 .1 // .
e 3/4" para ASA 900 e 1 500 lbs. No último caso, 10 . 1 1 . 2 - O número de identificação do instru
até ao primeiro nipple poderá ser reduzida para mento deverá ser formado pelo número correspon
11 dente à unidade, seguido do número de ordem do
tubo de 1/2 1 bitola 80.
10. 10 . 3 - As conexões nos vasos, para flutua instrumento e agrupado nas diversas classes. Por
dores externos e indicadores de nível de vidros exemplo, o FR-307 será o sétimo registrador de
múltiplos deverão ser de 2111 flangeadas. vazão da unidade identificada como 3.
10 . 12 - IDENTIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS V
2.• e 3. • letras : tipo de instrumento
Instrumento Instrumento
Instrumentos de contrôle de medida de alarme
NOTAS : � �---,
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Em branco : Combinações imprová
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Nivel (Levei) L- LRC LIC LC LCV LR LI LG LRA LIA LA li
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Densidade (Density) D- DRC DIC DC DR DI li DRA DIA li
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Manual H- IIIC HC HCV li li li li li li li
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Condutividade (Oondtictivíty) e- CRC CIC CR CI li CRA CA CE
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Velocidade (Speed) s- SRC S IC se scv ssv SR SI SRA SIA SA II
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Viscosidade ( Viscosity)
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V- VRC VIC VC VR VI VG VRA VIA VA VE li
Pêso (Weight) w- WRC WIC WC WR WI WRA WIA WE li
116
10.13 - S!MBOLOS BAS!COS DE INSTRUMENTAÇÃO
TUBULAÇAO DE INSTRUMENTO DO
PROCESSO (Pressão, diferencial, etc.
Linhas de fios de llgação, também li
Tôdas as linhas devem se
com à
nhos de atuação hldrá.ulica)
diferenciar relação
li li
li
H H
LINHAS DE AR PARA INSTRUMENTO tubulação do processo
...,.
......-.
o
Slmbolos básicos
8
para instrumen
tos com serviços e !unção simples
8 �
S!mbolos básicos para ins
trumentos
dispositivo
combinados
com duas
ou
fun-
S!mbolos básicos
missores
para trans
çõe.s ou serviços
117
10.14 - S!MBOLOS BÁSICOS DE INSTRUMENTAÇÃO PARA FLUXO
�
®
Indicador de fluxo tipo
� s
deslocamento
Registrador
®---
de fluxo de ro
f
118
10 . 15 - S!MBOLOS BASICOS DE INSTRUMENTAÇÃO PARA TEMPERATURA.
f I
, J I
I
I
I
I
I
!TI\
@
Ponto de indicação de temperatu
ra conectado a um indicador múl
�'
't:ifil
\B7
tiplo no painel Ponto de indicação e registro de
temperatura conectado a um Indi
cador múltiplo no painel
Registrador e controlador de tem
peratura (montado no painel)
119
1 0 . 16 - SiMBOLOS BÃSICOS DE INSTRUMENTAÇÃO PARA NiVEL
120
10 . 17 - SíMBOLOS BASICOS DE INSTRUMENTAÇÃO PARA PRESSÃO
121
r
.....
r
r
10 . 18 - S!MBOLOS BASIOOS DE INSTRUMENTAÇÃO PARA INSTRUMENTOS COMBINADOS
r
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,
--- - ,
1
1
Registrador controlador de temperatura montado no Registrador controlador de fluxo com registro de nl
painel, agindo como controlador do ponto de contrõle vel no mPsmo instrumento montado no painel. Trans
do indicador controlador de fluxo montado no local missões indiYiduais no local.
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IRMÃOS Dr GIORO!O & CIA. LTDA. - EDITÔRES
RUA CANINO�, 32 - R1D DE J°ANEIRO - BRASU.