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Departamento de Engenharia Mecânica
Apostila de sistemas de medição - TM-247
Capítulo 1 - Introdução
1.1 - Objetivos da disciplina
Aprofundar o conhecimento dos alunos nos diversos tipos de instrumentos de medida,
enfocando seus princípios de funcionamento, aplicações e restrições, bem como seus elementos
auxiliares tais como registradores e processadores de sinais.
1.2 - Bibliografia
[1] Doebelin, E.; Measurement Systems - Application and Design, Ed. McGraw Hill, 1992.
[2] Siemens AG; Instrumentação Industrial, Ed. Edgard Blücher Ltda., 1976.
[3] Sirohi, R.S. & Krishna, H.C.R., Mechanical Measurements, Ed. John Wiley, 1991.
[4] Bolton, W.: "Instrumentação & Controle", São Paulo-SP, Hemus Editora Ltda.
[5] Bega, E. A. et all: “Instrumentação Industrial”, Editora Interciência Ltda., 2006
[6] Delmée, G.J.: "Manual de medição de vazão", Ed. Edgard Blucher, 1983
1.4.1 - Monitoramento
Além dos dispositivos principais do controle de processos, pode-se ter outros dispositivos
auxiliares que exerçam diversas funções de acordo com a necessidade: transmissores, alarmes,
sistemas de bloqueio e proteção, led's e outros.
Fonte
de
energia
No modo de operação por deflexão, fig. 1.6.1 (a), a grandeza a ser medida (pressão) causa
um desequilíbrio no instrumento (força sobre o pistão) que é traduzida no movimento do ponteiro. O
equilíbrio de forças é obtido pelo efeito da mola que sofre uma deformação elástica proporcional à
força exercida pelo pistão. O posicionamento do ponteiro em um ponto de equilíbrio indica a
pressão em uma escala apropriada.
No modo de efeito nulo, fig. 1.6.1 (b), ao contrário do anterior, aplica-se cargas de efeito
oposto ao da grandeza a ser medida, de modo a manter a deflexão nula. No caso apresentado, são
colocadas massas (de valores parciais inteiros) sobre a plataforma de modo a anular a força
exercida sobre o pistão pela pressão no fluido. Neste tipo de instrumento a medida estará entre as
pressões correspondentes ao posicionamento da plataforma no batente superior e no batente
inferior (medição entre valores discretos).
A aplicação do modo de operação por deflexão é mais extensa devido a facilidade construtiva
e operacional, bem como às características dinâmicas de medição, porém, o modo de operação por
efeito nulo pode proporcionar maiores precisões e é normalmente usada em instrumentos e
procedimentos que fornecem medidas de referência. O medidor de efeito nulo da direita é chamado
de manômetro de peso morto.
Observa-se que o fator de escala é o inverso do produto dos termos de ganho de cada etapa
do processo de medição do instrumento. Esta condição é uma condição necessária para que haja
correspondência entre o sinal de entrada e o sinal indicado na escala, sinal que não é
conceitualmente igual ao sinal de saída.
1.8 - Sensores
A primeira fase de uma medição é a tomada de impulso, que deve ser feita por um elemento
sensível que esteja em contato com o meio que se deseja medir a grandeza.
O sensor é um dispositivo que pode converter uma forma de energia em outra. Essa
conversão é usada para efetuar medidas indiretas ou diretas de grandezas ou quantidades físicas.
São freqüentes os sensores que convertem a quantidade da grandeza medida em uma saída
elétrica, sob forma de corrente ou tensão, ou variação de outro parâmetro elétrico, o que é muito
conveniente devido às facilidades e vantagens que a eletricidade apresenta.
próprio meio para a medição da grandeza. Em contrapartida o medidor da fig. 1.6.1 (b) pode ser
considerado com ativo posto que é necessário uso de energia mecânica para colocação do peso
sobre a plataforma.
A seguir apresentaremos uma classificação simples dos tipos de sensores mais comuns, que
possuem variação de grandezas elétricas dos sensores:
No circuito acima, tem-se a seguinte equação, para uma tensão de alimentação constante:
RT
V E
R1 R T
Prof. Marcos Carvalho Campos UFPR-DEMEC
Apostila de TM-247 - Sistemas de medição 6
Esta equação representa um divisor de tensão. A resistência do termistor pode ser calculada,
com o valor tensão medida, V, pela equação:
V
RT .R1
EV
onde n é o numero de bits do conversor analógico digital. A tabela abaixo apresenta a resolução de
um conversor em função do seu número de bits.
n
n (bits) C (2 -1) R R(%) R(ppm)
4 15 0,0667 6,67% 66.667
8 255 0,00392 0,392% 3.922
12 4095 0,000244 0,0244% 244
16 65535 0,0000153 0,00153% 15
Tabela 1.10.1 - Relação entre resolução e número de bits de um Conversor A/D
Os sistemas de medição podem ser representados pelo diagrama de blocos abaixo, onde se
classifica os diversos tipos de entradas do meio externo a que os sistemas estão sujeitos.
Esta função pode representar diversos conceitos, de acordo com a relação entrada-saída que
está sendo descrita. Por exemplo, uma função distribuição de probabilidades para descrever
incertezas de medição, ou uma função de transferência para descrever características dinâmicas
do instrumento.
Existem vários métodos para anular ou reduzir os efeitos de entradas indesejáveis ao sistema
de medição, como por exemplo:
Além dos mostradores, é também possível que o indicador forneça sinais elétricos, digitais ou
analógicos, que poderão ser utilizados para a implementação de sistemas de aquisição de dados
em computadores e posterior registro de dados.
Existem algumas razões pelas quais um sistema de medição em uso pode não corresponder
à sua calibração. Primeiramente, o sistema pode estar sendo utilizado sob condições diferentes
daquelas em que o instrumento foi calibrado. A maior parte dos sistemas de medição é sensível a
temperatura e a calibração, geralmente, é feita apenas para uma temperatura especificada. Outras
condições do meio ambiente também podem afetar um instrumento, sendo, por exemplo, que
alguns são afetados por mudanças na pressão atmosférica, e outros pela umidade relativa.
i1
Xi (X
i1
i X) 2
X X
N N1
Utilizando um instrumento que seja confiável ou que tenha sido aferido contra algum tipo de
padrão com menor divisão da ordem de 10% do valor da menor divisão do instrumento, podemos
adotar:
1
Incerteza: U X Menor divisão do instrumento
2
UX
Desvio padrão : X considerando BX = 0
3
2 2 2 2
m
r r r r
r
i1 Gi
. Gi
G1
. G1
G2
. G2 ..
Gm
. Gmi
2
A D D 2 2 A
A .D .D . .D 2.A. D 2. D UA = 3.A
D 2 4 D D A D
2 2 2 2
R R 1 V
R . V .I R . V 2 .I
V I I I
2 2 2 2
R 1 1 V R
. V 2 .I V I
R R I I R V I
A medição do comprimento (de um corpo) representa a diferença entre dois pontos da régua
ou trena, que devem apresentar o mesmo valor independente do valor inicial (se no zero ou outro
valor qualquer da régua) e o mesmo valor de incerteza de medição.
2 2
L L
L .Lf .Li L 1. 1.
2 2
=
2 2
L f Li
Lf Li Lf Li
(1/ 2) 0,5 5
L f Li 0,166 [mm] L 2 0,235 [mm]
3 3 30
2
UL 3L 0,707[mm]
2
Pode-se utilizar este método para vários tipos de curvas (funções), e aqui se apresenta uma
aplicação para medidor de vazão tangencial, calibrado através do método gravimétrico.
Equacionamento:
n x B y n xy x y y Ax
2
A B
x x A xy n x 2 ( x )2 n
onde c(t) é a quantidade de saída (sinal de saída) e e(t) é a quantidade de entrada (grandeza a ser
medida), e os coeficientes a i (i = 0 a n) e bj (j=0 a m) são constantes. A transformada de Laplace
para a equação acima, considerando condições iniciais nulas, é:
(an .sn an1.sn1 ... a1.s a0 ).C(s) (bm .sm bm1.sm1 ... b1.s b0 ).E(s)
Este tipo de entrada permite a avaliação da resposta dos instrumentos quanto a ruídos,
perturbações oscilatórias, e quanto ao desempenho na medição de grandezas variáveis no tempo,
em altas e baixas freqüências. O método apresentado é também utilizado para análise de
condicionadores de sinais.
Para qualquer (freqüência de entrada), equação acima fornecerá um número complexo, que
poderá ser expresso na forma polar M . Pode-se demonstrar que o módulo M do número
complexo é relação entre amplitudes da saída e da entrada, C 0 / E0 , enquanto que o ângulo é o
ângulo de atraso entre saída e entrada, em regime estacionário, como na figura abaixo.
Quando todos os coeficientes ai e bj , exceto a0 e b0, da equação geral são iguais a zero o
instrumento é chamado de instrumento de ordem zero:
c( t ) b 0
a 0 c( t ) b 0 e( t ) ou K ou c( t ) K e( t )
e( t ) a 0
onde K é chamado de sensibilidade estática ou ganho estático. Observa-se que não haverá nem
atraso nem distorção na medição da grandeza e(t) pelo medidor de ordem zero, representando um
instrumento ideal ou perfeito quanto ao desempenho dinâmico.
C(s) K
E(s) .s 1
dTb ( t )
Vb ..C. UA b [T( t ) Tb ( t )]
dt
onde U é coeficiente global de transferência de calor [W/m 2K], Ab é área de contato do bulbo [m 2],
mb = Vb = massa de mercúrio no bulbo [kg], C = calor específico do mercúrio [J/kgK].
Aplicando a transformada de Laplace, para condições iniciais em equilibrio térmico (t=0 x=0
T=Tb=Tamb), lembrando que T(t) é a temperatura do meio em contacto com o bulbo :
Isolando o termo X(s)/T(s), relação entre sinal de saída e sinal de entrada, obtemos a função
de transferência do instrumento termômetro de bulbo, caracterizado como um instrumento de
primeira ordem:
C(s) X(s) K
E(s) T(s) s 1
A função degrau representa um aumento (ou diminuição) brusco da grandeza a ser medida
(sinal de entrada) pelo instrumento, e(t) = E 0.1(t), que, após a variação inicial permanece constante.
A transforma de Laplace da função degrau é E(s)=E 0/s, e portanto, a medição do instrumento será:
E0 K c( t )
C(s) . ou c( t ) E 0 .K.(1 e t / ) ou 1 e t /
s .s 1 K.E 0
para condições iniciais nulas. Define-se o erro de medida dinâmica, neste caso, como sendo:
c( t ) em
em E0 E 0 E 0 (1 e t / ) ou e t /
K E0
Desta maneira pode avaliar o comportamento do instrumento com o auxílio da tabela abaixo:
A tabela acima mostra que para obter uma medida com 0,7% de precisão de um instrumento
de primeira ordem deve-se “aguardar” cinco vezes o valor da constante de tempo (após a variação
da grandeza a ser medida), ou, em outra condição, o tempo de espera para uma medição com
precisão melhor do que 5% é de três vezes a constante de tempo ou mais.
B) Resposta a rampa
A função rampa uma variação contínua e constante da grandeza a ser medida (sinal de
entrada) pelo instrumento, e(t) = E.t . A transforma de Laplace da função rampa é E(s) = E / s 2, e
portanto, a medição do instrumento será:
E K c( t )
C(s) 2 . ou c( t ) E K .( e t / t ) ou e t / t
s .s 1 E K
Observa-se pela equação acima que o erro da medição é composto por uma parcela que
tende a zero quando t tende a infinito e uma parcela que tende a uma constante nesta situação, e
que é igual a E. Ou seja, quanto maior a taxa de variação da grandeza a ser medida (maior E)
maior será o erro em regime permanente.
C) Resposta em freqüência
Esta relação e o ângulo de fase, (em graus), estão mostrados na fig. 2.2.2 abaixo, em
função do produto (freqüência x constante de tempo) e na tabela 2.2.2, para alguns valores de
:
A resposta em freqüência do instrumento será a soma das respostas aos sinais de entrada
(princípio da superposição de sistemas lineares) :
C( j) K C( j) K
e
E( j) 2 .j 1 2 E( j) 20 .j 1 20
C( j) 2
[ tan1( 2x0,2) ]
E( j) 2 (2x0,2) 1
2
e
C( j) 2
[ tan1( 20x0,2) ]
E( j) 20 (20x0,2) 1
2
C( j) C( j)
1,857( 21,8o ) e 0,485 ( 75,9o )
E( j) 2 E( j) 20
C(t ) (1) 1,857 sen(2 t 21,8) (0,3) 0,485 sen(20t 75,9) (em regime permanente)
1.5
0.5
C
-0.5
-1
-1.5
0 2 4 6 8 10
Definindo os parâmetros:
b0
K = sensibilidade estática
a0
a0
n = freqüência natural
a2
a1
= coeficiente de amortecimento
2 a0a2
obtém-se:
1 d2 c( t ) 2 dc( t )
c( t ) K.e( t )
n2 dt 2 n dt
A equação diferencial para este instrumento é então obtida substituindo a equação para a
força resultante na equação fundamental obtida a partir da segunda lei de Newton, e isolando a
força externa f(t) :
d2 x( t ) dx( t )
MO 2
BA K M .x( t ) f ( t )
dt dt
onde x(t) e f(t) são respectivamente os sinais de saída e de entrada do instrumento, M0 é a massa
do prato, BA , é o coeficiente de atrito entre a guia e a carcaça e KM é o coeficiente de elasticidade
da mola. Comparando a equação acima com os parâmetros definidos anteriormente obtém-se para
a balança de mola:
1
K = sensibilidade estática, [m/N]
KM
KM
n = freqüência natural, [rd/s]
M0
BA
= coeficiente de amortecimento, [-]
2 K MM0
x( t ) 2 1 ( 2 1)n t 2 1 ( 2 1)n t
p/ > 1 e e (sobre-amortecido)
K.f ( t ) 2 2 1 2 2 1
x( t )
p/ = 1 1 (1 n t ).e n t (criticamente amortecido)
K.f ( t )
p/ 0 < < 1
x( t )
K.f ( t )
e nt
1 2
sen 1 2 .n t sen1 ( 1 2 ) 1 (sub-amortecido)
A figura mostra a resposta em função de n.t, que e é válida para qualquer freqüência natural.
B) Resposta em freqüência
C( j) n2
K.E( j) ( j) 2 2..n .( j) n2
C( j) 1 2
tan 1
K.E( j) 1 ( / )
n
2 2
4. 2 .2 / n2 / n n /
A relação entre amplitudes ajustada pelo ganho estático e o ângulo de fase da resposta em
freqüência para um instrumento de segunda ordem estão mostrados nas figuras abaixo :
Esta semelhança deixa de existir para valores menores que 1, fazendo com que o
instrumento tenha uma resposta em ressonância M (módulo da relação saída / entrada)
quando n para 0, ou seja, quando o instrumento tem pouco amortecimento e quando a
freqüência da grandeza a ser medida se aproxima da freqüência natural do instrumento.
V( s ) RT
E(s) R1.R T .C.s (R1 R T )
O objetivo deste capacitor em paralelo com o voltímetro (sinal de saída), V(t), é promover sua
função como filtro para interferências em tensão de alta frequência presentes na fonte (sinal de
entrada), E(t).
V( s) K
E(s) .s 1
e = 0,03525. 5.05
5
C
Trata-se da técnica aparentemente mais simples, mas que na verdade exige uma fonte de
corrente constante. Ela pode ser dividida em duas configurações básicas:
A relação entre saída e entrada na ponte de Wheatstone e a expressão para R sensor são
respectivamente:
R sensor R 2
R3 R1
A ligação a dois fios possibilita a interferência da resistência elétrica dos cabos de ligação do
sensor sobre o sinal da medição.
eo 1
eex 1/( x i / x t ) (Rp / Rm )(1 xi / x t )
eo x
i
eex x t
Figura 4.1.3 - Circuito de medição
Se este condutor for esticado ou comprimido, sua resistência elétrica se alterará devido a:
- Variação de dimensões;
- Variação de resistividade.
dR dL d
(1 2.)
R L
dR / R d /
1 2. = k = “Gage factor”
dL / L dL / L
onde, o termo 1 representa a variação da resistência devido a deformação, o termo 2. representa
a variação de resistência devido a variação de área, e o último termo se deve ao efeito da piezo-
resistência.
dR / R = k .
Outros padrões nacionais podem ser comparados com este padrão através de balanças de
braços iguais (balanças analíticas) com uma precisão de uma parte em 10 7, para massas de 1 kg.
A mais antiga e tradicional balança analítica possuía dois pratos ligados a um travessão, a
qual era suspensa pelo seu centro por um cutelo. O objeto a ser pesado era colocado em um dos
pratos e no outro prato utilizavam massas padrão para equilibrar o sistema assim medindo a
massa. O processo de equilibrar o sistema com massas é muito lento e tedioso.
Um dos princípios usados nas balanças eletrônicas é a aplicação de uma força contrária de
origem eletromagnética ao suporte do prato da balança. O prato fica sobre um cilindro metálico oco,
envolto por uma bobina que se ajusta no pólo interno de um ímã cilíndrico.
Uma corrente elétrica na bobina cria um campo magnético que suporta ou levita o cilindro
metálico, o prato, um braço indicador do sensor de posição e o objeto sobre o prato. A corrente é
ajustada, de modo que o nível do braço indicador fique na posição nula quando o prato está vazio.
A - Prato da balança
B - Cilindro metálico
C - Fonte de corrente controlada
D - Controlador eletrônico
E - Indicador digital
F - Sensor de posição
G - Bobina
Esta diferença de intensidade de luz na fotocélula é o sinal erro que alimenta o controlador
eletrônico, cuja ação de controle atua sobre a fonte de corrente no sentido de aumentar a corrente
que alimenta a bobina, criando assim um campo magnético maior, o que faz o prato voltar à sua
posição original.
As balanças eletrônicas são de vários tipos, com leituras de escala de várias quilogramas
passando por 0,1 mg (micro-balança) até 0,1 µg (ultra-microbalança).
Existe uma correlação direta entre força e massa, dada pela segunda Lei de Newton, força
resultante é igual a massa vezes aceleração. Na calibração de sensores de força utiliza-se corpos
de massas conhecidas (massas-padrão) para exercer sua força-peso sobre o medidor.
F = K.x [N]=[N/m].[m]
5.2.3.1 - Definição
Células de carga são transdutores de força que utilizam sensores de deformação (strain
gages) para medir deformação de uma barra sob o efeito da
força externa a ser medida, sendo este arranjo denominado
célula de carga com strain-gage.
= Deformação [m/m]
= Tensão [N/m2]
E = Módulo de elasticidade do material [N/m 2]
Utilizando quatro sensores de deformação, e sendo que dois deles são posicionados no
sentido longitudinal da barra e outros dois no sentido transversal, determinamos a deformação nos
quatro elementos:
1 = .E 3 = .E
2 = - 1 4 = - 3 = Coef. de Poisson
Estas deformações serão consideradas positivas ou negativas conforme a barra sofra tração
ou compressão conforme definição a seguir: caso a) Tração da barra: 1 , 3 > 0 e 2 , 4 < 0 e
caso b) compressão da barra: 1 , 3 < 0 e 2 , 4 > 0
Considera-se também que para cada sensor a deformação será medida através da variação
de resistência multiplicada pelo fator k, sendo que todos sensores são iguais:
R
k.
R
A equação da ponte completa (full bridge), quando a
variação da resistência é bem menor que o valor da
resistência de cada sensor (o que ocorre para strain-
gages metálicos) é:
UA 1 R1 R 2 R 3 R 4
UE 4 R1 R2 R3 R 4
1 2 3 4
UA k
Consequentemente:
UE 4
Como = /E e = F/A, determina-se a força aplicada na célula de carga, que será
medida a partir da indicação de UA/UE (medida elétrica), para esta configuração:
A UA
F 1,538
k.E UE
Dentro da faixa de trabalho, a indicação de força será linear com a medida de UA/UE .
Exemplo de cálculo :
A célula de carga C16/60t possui sensibilidade nominal de 2mV/V (relação entre o sinal de
saída pela tensão de excitação na carga máxima). Conhecendo a voltagem de excitação e a
sensibilidade de uma célula de carga é possível calcular a carga aplicada, medindo-se a tensão de
saída.
Determine a carga aplicada para a célula C16 se a tensão de excitação for igual a 5 [V] e o
valor medido da saída foi 4 mV.
Resposta: 24 [t]
Os instrumentos usados para medir a velocidade angular de eixos rotativos são chamados
tacômetros. Existem basicamente três tipos de tacômetros: os mecânicos, os eletromagnéticos e os
ópticos. Uma das principais diferenças entre estes é a potência retirada do eixo que gira (os
mecânicos, em geral, tomam mais potência do eixo rotativo). Isso significa que a velocidade de
rotação do eixo pode ser significativamente reduzida quando um tacômetro mecânico é utilizado em
máquinas de pequeno porte.
Quando o eixo gira, as massas A e B movem-se para fora e, quanto maior a velocidade
angular do eixo, mais se afastam dele. Esse movimento de A e B resulta no deslizamento para cima
do colar no eixo, o que faz o ponteiro mover-se pela escala. A posição do ponteiro na escala
depende assim da velocidade angular do eixo.
6.1.2.1 - Tacogerador
O tacômetro de corrente parasita pode ser utilizado para medidas diretas de rotações de
eixos de cerca de 12.000 [RPM], com uma precisão da ordem de 5%. Um trem de engrenagens
pode ser introduzido entre o eixo e o tacômetro para freqüências maiores.
A figura abaixo mostra um tacômetro de captação indutivo. Uma roda dentada metálica é
presa ao eixo rotativo. Quando os dentes da roda se movem à frente do “pick-up magnético” é
produzida uma variação no fluxo magnético no núcleo da bobina, e isso resulta na indução de uma
f.e.m. (tensão variável) dentro da bobina.
A figura 6.1.5 abaixo mostra uma versão de um tacômetro de captação fotoelétrico. Um disco
pulsador é associado ao eixo que, quando este gira, o facho de luz é “cortado”. Isso faz a célula
fotoelétrica detectar pulsos de luz, estando a freqüência
na qual recebe os pulsos relacionada a rotação do eixo.
O sistema de medição tem assim um sensor, conectado
através de um condicionador de sinais, o formador de
pulsos, a um mostrador digital.
Este tipo de tacômetro pode ser classificado como tacômetro de efeito óptico.
Este tipo de tacômetro portátil utiliza uma fonte de luz laser sobre um alvo reflectivo sobre o
objeto que se deseja medir a rotação. A reflecção do facho de luz laser sobre sua célula fotoelétrica
gera um sinal em frequência a partir desta célula que está relacionada com a frequência ou rotação
do objeto.
6.1.3.2 - Estroboscópio
O estroboscópio é uma luz intermitente, cuja freqüência é conhecida. No eixo onde será
realizada a medida de rotação faz-se uma marca que deve ser observada pela incidência da luz
intermitente a cada rotação. Se a freqüência da luz for a mesma que a freqüência do eixo, a marca
aparentará estar estacionária porque o eixo e a marca só serão iluminados quando a marca estiver
na mesma posição a cada rotação.
Deve-se tomar certos cuidados com este tipo de medição, pois a marca no eixo também
parecerá estacionária quando a freqüência de rotação do eixo for um múltiplo inteiro da freqüência
da luz. Isto ocorre devido ao fato de que eixo pode fazer qualquer número de rotações entre os
lampejos, e a marca parecerá estar estacionária se, no intervalo entre os lampejos, o eixo fizer um
número inteiro de rotações completas.
Tacômetro mecânico: Robusto, impõe carga ao eixo e apresenta medição de pouca precisão.
Originalmente foi concebido para controlar a velocidade
angular.
O freio hidráulico possui um rotor aletado que gira no interior de uma carcaça com estatores
também aletados. A água entra na câmara do rotor axialmente, ao centro.
Pela ação centrífuga, a água é acelerada e lançada para a saída, formando um anel no
interior da câmara do rotor, que gira com rotação aproximadamente igual a metade da velocidade
do disco do rotor.
Existem basicamente dois tipos de transdutores de torque, os que utilizam strains gages e os
que utilizam sensores de deslocamento indutivos.
Dinamômetro elétrico é um gerador elétrico de corrente contínua que acionado pela máquina
em teste (motor de combustão, turbina hidráulica, e etc.) produz energia elétrica, a qual será
dissipada por uma carga variável controlada como em uma cuba eletrolítica ou um banco de
resistências. Possuem a vantagem de poder ser utilizado como motor elétrico para medição de
potência de atrito da máquina em prova.
O mesmo conceito pode ser aplicado para medição de torque aplicado a cargas mecânicas
(como bombas, ventiladores e outras) utilizando motores elétricos com seu estator em balanço.
Pressão diferencial: Quando um sensor mede a diferença entre duas pressões desconhecidas,
sendo que nenhuma delas a pressão atmosférica, então essa pressão é conhecida como pressão
diferencial. Essa diferença de pressão pode ser utilizada para medir indiretamente outras
grandezas como vazão, nível e outras grandezas.
A pressão atmosférica ou pressão barométrica é a força por unidade de área exercida pela
atmosfera terrestre em um determinado local. Sua medida é realizada através dos instrumentos
denominados barômetros. O italiano Evangelista Torricelli (1608-1647), foi o primeiro a desenvolver
um barômetro. Denominam-se manômetros e vacuômetros os instrumentos utilizados para medir
pressão acima e abaixo da pressão ambiente atmosférica local, respectivamente.
7.2 - Barômetros
7.2.1 - Barômetros de mercúrio
Sabe-se que uma coluna líquida de altura h, massa específica , em um local onde a
aceleração da gravidade é g, exerce na sua base uma pressão que equilibra a pressão atmosférica
patm, donde se conclui pela relação: p atm = pv + gh. Usa-se freqüentemente, como líquido, o
mercúrio, por sua grande massa específica (menores valores de h).
Determina a pressão com boa precisão (0,01 mm de Hg); serve como padrão para a
calibração de outros barômetros.
Com o objetivo de se evitar o efeito excessivo da capilaridade, o tubo tem suas extremidades,
onde se realizam as leituras de nível, alargadas em relação ao restante do tubo. Para maior
precisão deve-se utilizar um termômetro para corrigir o efeito da temperatura sobre os
comprimentos medidos e massa específica do mercúrio.
Caracterizam-se por não possuírem coluna barométrica. Podem ser portáteis, embora de
menor precisão.
7.3 - Manômetros
Existem quatro tipos de medidores de pressão relativa, ou manômetros e vacuômetros:
Outro problema é a grande dificuldade de adaptar sistemas de leitura remota e saídas para
registradores e processadores. Entretanto, os manômetros de coluna possuem uma grande
vantagem: não necessitam calibração, desde que possa se garantir a densidade do liquido
manométrico e a exatidão da escala que mede a altura da coluna.
Ainda hoje os manômetros de coluna líquida são utilizados freqüentemente como padrões
práticos para calibração de transdutores de pressão. As faixas de medição de pressão podem ser
bastante extensas uma vez que o fluido manométrico (mercúrio, óleo ou água) pode ser mudado de
acordo com a pressão ou depressão a serem medidas.
7.3.2.1 - Tubo em U
pa - pb = gh
Este tipo construtivo, é adequado para medir a diferença de pressão entre dois pontos
quaisquer do processo. É composto de dois tubos de Bourdon dispostos em oposição e interligados
por articulações mecânicas.
São manômetros com dois tubos de Bourdons e mecanismos independentes e utilizados para
medir duas pressões distintas, porém com mesma faixa de trabalho. Uma das vantagens desta
configuração está no fato de utilizar uma única caixa e um único mostrador.
Nos transdutores capacitivos o diafragma funciona como placa comum de dois capacitores
em série.
Neste tipo de processo, o manômetro a ser calibrado é ligado a uma câmara cheia de fluido
cuja pressão pode ser elevada por meio de algum tipo de bomba ou pistão de acionamento manual
(ver figura) e aliviada através de válvula de sangria.
Em processos industriais que manipulam fluidos corrosivos, viscosos, tóxicos, sujeitos à alta
temperatura e/ou radioativos, a medição de pressão com manômetro tipo elástico se torna
impraticável, pois este não é adequado para essa aplicação, devido a:
Pode-se empregar um fluido líquido inerte em contato com o manômetro e que não se mistura
com o fluido do processo em
um pote de selagem, para fins
de isolamento, como na figura
abaixo.
Na configuração da
esquerda, da figura ao lado, o
líquido de selagem é mais
denso que o fluido do processo,
e na direita o líquido de
selagem é mais leve que o do
processo.
Figura 7.3.14 - Montagem com
fluido de selagem
O fluido de selagem mais utilizado por ser inerte a quase todos os fluidos é a glicerina. Alguns
fabricantes fornecem manômetros com fluido interno e pote de selagem / diafragma para medição
de pressão, sendo este tipo de montagem muito utilizada.
Para evitar oscilações na medição, quando existe flutuações na linha de pressão, pode-se
utilizar um estrangulamento entre a fonte de pressão e o manômetro (com uma válvula de agulha,
por exemplo).
Assim, pode-se pensar em temperatura como sendo o potencial que causa o fluxo de calor de
um ponto de mais alta temperatura para um ponto de mais baixa temperatura. Essa taxa de calor
transferido é função da diferença de temperatura.
A medição correta de temperatura é complexa, por ser facilmente influenciada por fatores
externos aos dispositivos de medida ou pela inércia térmica inerente ao sistema. Ao passo que
algumas medidas físicas, como pressão e vazão, por exemplo, podem ser tomadas diretamente, a
de temperatura sempre apresentara um atraso na resposta, o que torna necessário o uso do fator
tempo.
Pode ser mostrado que a escala de temperatura definida por um termômetro a gás de volume
ou de pressão constante usando um gás ideal é
idêntica a escala termodinâmica. O que torna o
termômetro a gás bastante útil na calibração de outros
termômetros em ampla faixa de temperaturas
Dois metais de diferentes coeficientes de dilatação linear são unidos em uma tira na
temperatura ambiente. Ao submeter a união a uma temperatura diferente esta se curvará no
sentido da parte de menor coeficiente de dilatação.
Em 1821 Sir Humphrey Davy anunciou que a resistividade dos metais apresentavam uma
marcante dependência com a temperatura. Quinze anos mais tarde Sir William Siemens apresentou
a platina como elemento sensor em um termômetro de resistência. Sua escolha mostrou-se
acertada, visto que atualmente um termômetro de resistência de platina é utilizado como padrão de
interpolação entre -180 oC e 630 oC.
R R0 (1 a1T a2 T 2 ... an T n )
onde Ro = resistência a T=0 oC. Considerando uma variação linear da resistência com a
temperatura, os coeficientes do termo quadrático e os de ordem superior podem ser desprezados
(a2, a3 e etc.)
A termo-resistência mais comum é chamada PT100 (fio de platina). Esse nome é devido ao
fato que ela apresenta uma resistência de 100 à 0 oC . Entre 0 a 100 oC a variação pode ser
considerada linear, com a1= 0,00385 / / K. Seu limite superior de uso é de 535°C.
A platina, apesar de ser o material mais adequado sob o ponto de vista de precisão e
estabilidade, apresenta o inconveniente de seu
alto custo.
8.3.1.2 - Termistores
R R 0 .e(1/ T 1/ T0 )
Sua velocidade de resposta está ligada a massa do sensor podendo variar desde uma fração
de segundos até minutos. O limite superior de funcionamento depende do material ou solda usado
nas conexões elétrico e é geralmente de 400°C ou menos. A distância entre o termistor e o
instrumento de medida pode ser considerável sempre que o elemento possua uma alta resistência
comparada com a dos cabos de união.
8.3.2 - Termopares
Um termopar é um sensor que compreende dois pedaços de fios dissimilares, unidos em suas
extremidades. Essa união constitui um circuito termoelétrico e apresenta a capacidade de variar
suas grandezas elétricas através da variação de sua temperatura.
Dentre os sensores por efeito elétrico o termopar é o mais utilizado como sensor para
medição de temperatura. Sua aplicação em larga escala se da em virtude da sua praticidade,
capacidade de operar em altas temperaturas e por fornecer respostas rápidas.
Os efeitos termoelétricos recebem essa denominação porque envolvem tanto energia térmica
quanto eletricidade. Podem ser identificados três efeitos termoelétricos diferentes, porém inter-
relacionados.
Efeito Seebeck
Em 1821 o físico alemão Thomas Johann Seebeck observou o circuito como o ilustrado na
Figura 7.3.3. Ambas as junções, de medição e de referência estão em ambientes isotérmicos, de
temperatura constante, porém diferentes.
O termopar, que opera sob o efeito Seebeck é, portanto, diferente da maioria dos outros
sensores de temperatura uma vez que seu efeito elétrico não está diretamente relacionado à
temperatura absoluta, mas sim a diferença de temperatura (ou gradiente de temperatura) ao longo
do fio termopar, composto de dois materiais diferentes.
A princípio, um termopar pode ser confeccionado com dois metais diferentes quaisquer,
entretanto, devido a uma série de fatores (contaminação, custos, repetibilidade, ponto de fusão,
homogeneidade, facilidade de produção, fácil soldagem, etc.), são utilizadas algumas combinações
padrões conhecidas.
A junção de referência deve ser isotérmica para propiciar uma temperatura conhecida e
auxiliar na obtenção de um sinal elétrico estável proporcional a diferença de temperatura entre a
temperatura medida e a do bloco isotérmico.
A figura 8.3.6 ilustra algumas formas de par termelétrico e tipos de junção: A primeira
representação (a) indica a união de arame nu simplesmente soldado. Em (b) temos um par
termelétrico no qual os dois arames estão soldados formando uma gota, desta forma estão isolados
um do outro e também do exterior.
E por último em (d) vemos o condutor interno soldado no tubo protetor, esta união forma o par
termelétrico, este modo construtivo tem um mínimo de inércia térmica e tem uma forma adequada
para resistir esforços de pressão empregando-se para medição de líquidos e vapores a altas
pressões.
- Vazão contínua
- Pressão diferencial
- Turbina
- Eletromagnético
- Roda d‟água
- Rotâmetros
- Ultrasônicos
- Térmicos
9.2.2 - Anemômetros
Do tipo rotativo, o anemômetro de conchas é o mais simples: existem três ou mais conchas,
em formato de meia esfera oca, montadas simetricamente formando ângulos retos com um eixo
vertical. Quando os braços e o eixo giram, mede-se a rotação deste eixo, que é proporcional a
velocidade do escoamento, dentro de uma faixa de uso do medidor. A rotação do eixo é
independentemente da direção do escoamento do ar.
Neste tipo de medidor de vazão, uma transformação de energia é utilizada para medição
indireta da vazão do fluido através da diferença de pressão entre duas seções de diferentes
diâmetros na tubulação. A aplicação da equação de Bernoulli somente é válida para o escoamento
laminar de um fluido ideal, para a aplicação em fluidos reais é necessário o uso de fatores de
correção como será visto.
Sendo a vazão constante em qualquer seção: Q=V 1 A1 =V2 A2, teremos V1 = V2 (A2/A1) e
utilizando p = p1 - p2 , tem-se :
2
A 2 p 2 p
V V 2
2 2
ou V2
D2 4
2 2
A1
1
D1
1
Definindo as constantes = D2/D1 e E , a vazão em volume será:
1 4
2 p 2
Q A 2E ou Q A1 2 E p
Esta equação somente é válida para fluidos ideais e escoamento laminar, sendo então
necessário utilizar coeficientes empíricos para a maioria das aplicações.
Desvantagens deste tipo de medidor: provocam considerável perda de carga no fluxo, a faixa
de medição é restrita e pode ocorrer desgaste acentuado da placa e outros. Um arranjo comum é
dado na figura acima. A placa provoca uma redução da seção do fluxo e é montada entre dois
anéis que contêm furos para tomada de pressão em cada lado. O conjunto é fixado entre flanges, o
que torna fácil sua instalação e manutenção.
A medição da diferença de pressão p1-p2 pode ser feita por algo simples como um manômetro
de líquido e uma tabela ou uma fórmula pode ser usada para calcular a vazão, ou pode ser
automatizado com transdutores e o sinal processado por circuitos analógicos ou digitais para
indicação dos valores de vazão.
O medidor de vazão tipo turbina, consiste de um corpo e um rotor, montado em seu interior,
cuja velocidade angular é diretamente proporcional á velocidade do fluído em que se está
executando a medição.
Estes pulsos são conectados a unidade amplificadora e a um conversor para que resultem em
sinal de saída (pulsos quadrados) de alta impedância ou sinais analógicos.
Os medidores magnéticos operam através da Lei de Faraday de indução, que estabelece que
uma tensão é gerada quando um condutor move-se perpendicularmente ao campo magnético, e
que esta tensão é proporcional à velocidade deste condutor movimentando-se no campo.
A perda de carga no medidor é equivalente um trecho reto, já que não possui partes móveis
em contato direto com o fluido a ser medido, mas só podem ser usados com líquidos condutores de
eletricidade. Sua aplicação em gases é restrita e não pode ser utilizado em fluidos que não tenham
condutividade elétrica dentro dos parâmetros.
Este tipo de medidor é constituído de um tubo cônico vertical de material transparente (vidro
ou plástico), contendo um flutuador que pode se mover na vertical. Para evitar inclinação, o
flutuador tem um furo central pelo qual passa uma haste fixa. A
posição vertical do flutuador é lida numa escala graduada, que em
geral, é marcada no próprio vidro ou plástico do medidor.
Desde que a vazão pode ser lida diretamente na escala, não há necessidade de instrumentos
auxiliares como os medidores dos tipos anteriores.
Este tipo de medidor utilizam ondas sonoras de alta frequência como meio de medição da
velocidade do escoamento e a relacionam com a vazão na tubulação.
Os ultrassons refletidos por partículas veiculadas pelo fluido têm sua frequência alterada de
acordo com a velocidade do escoamento e assim se obtém a vazão na tubulação.
São mais adequados para fluidos viscosos como óleos (exemplo: alimentação de caldeiras
para controlar o consumo de óleo combustível). O movimento rotativo pode acionar um mecanismo
simples de engrenagens e ponteiros ou dispositivos eletrônicos nos instrumentos mais completos.
Algumas desvantagens:
- alta perda de carga devido à transformação do fluxo em movimento.
- custo de manutenção relativamente alto.
- não toleram partículas em suspensão e bolhas de gás afetam muito a precisão.
Na posição 1, forças uniformes são exercidas em cada face do rotor B. Mesmo sendo
diferentes, o rotor B, que está hidraulicamente balanceado, não tende a girar. O rotor A é submetido
a uma força uniforme na face superior, na qual possui quantidade conhecida de fluido entre o
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Apostila de TM-247 - Sistemas de medição 58
próprio rotor e o corpo do medidor. Como a pressão a montante é maior que a pressão a juzante, o
rotor A gira no sentido horário e o rotor B gira no sentido inverso.
Na posição 3, uma mesma quantidade do fluido está retida entre o rotor B e o corpo do
medidor. Enquanto houver vazão, as engrenagens se movimentarão de forma proporcional à
velocidade do fluxo. Na construção das engrenagens, pastilhas magnéticas são alojadas em seus
corpos de forma que, a cada revolução, atuem sensores na face externa do corpo do medidor.
Podem-se fazer medições com vazões de 1 até 700 [l/min] em funcionamento contínuo, e até
2.000 [l/min] em funcionamento intermitente. O limite de erro é no máximo 0,3% do valor medido,
com uma faixa de medição na proporção de 10:1.
Cada rotação do rotor mede um volume exato de líquido que corresponde a cada revolução
do rotor que são contadas através do conjunto de engrenagens e transmitidas mecanicamente para
o eixo de saída.
A posição relativa desses dois corpos é tal que, ao girarem em sentidos opostos pela ação da
pressão diferencial entre a entrada e a saída do medidor, suas formas vão tangencialmente se
complementando e formando alternadamente com as paredes internas do medidor uma câmara de
medição ora na parte superior, ora na parte inferior.
À medida que os corpos giram, a câmara aumenta de volume e se enche com o fluido até ser
completamente confinada por um dos corpos, formando um volume bem definido. Com a seqüência
do movimento rotativo, este volume de fluido é descarregado para a saída do medidor ao mesmo
tempo em que uma nova câmara de medição é formada, no lado oposto do medidor, pelo outro
corpo.
O volume de fluido que está contido entre estes corpos (lóbulos) e a carcaça recebe o nome
de volume elementar. A cada ciclo completo de um medidor são deslocados quatro volumes
elementares.
As folgas entre os dois lóbulos e entre estes e as paredes do medidor devem ser tão
pequenas quanto possível para minimizar as fugas entre a montante e a jusante, o que torna estes
medidores muito sensíveis à presença de partículas sólidas, motivo pelo qual estes medidores
devem ser instalados sempre com um filtro à montante. A rangeabilidade deste tipo de medidor
normalmente situa-se entre 20:1 e 50:1 e sua precisão é de ± 1%, podendo atingir valores muito
menores da ordem de ± 0,25%.
Os medidores de lóbulos rotativos podem ser utilizados para medição de gás natural nos
segmentos industrial, comercial e residencial. Podem operar com baixas e médias pressões. Em
muitos casos, podem substituir os medidores do tipo turbina e tipo diafragma, devido à sua ótima
rangeabilidade e precisão, além da durabilidade e menor custo quando comparados em
determinadas condições de operação.
O conjunto de válvulas faz o gás penetrar sucessivamente nas câmaras de tal modo que a
cada instante uma destas câmaras é submetida à pressão diferencial entre a entrada e a saída do
medidor.
As características mais importantes dos medidores tipo diafragma são: a ampla faixa de
medição que proporcionam, normalmente em torno de 150:1, e a perda de carga muito reduzida, o
que permite seu emprego em instalações com pressões muito baixas.
A precisão destes medidores normalmente situa-se entre ± 1,5% e ± 3,0%, podendo atingir
valores menores da ordem de ± 0,5%. São utilizados para medição de GN no segmento industrial e,
amplamente, no segmento residencial. Por outro lado, devido às suas características construtivas,
não podem ser utilizados para medição de altas vazões e também não podem operar com médias e
altas pressões.
Neste item são apresentados três métodos que, através de medidas de grandezas básicas,
permitem a determinação da vazão que passa no medidor colocado na instalação, sendo os dois
primeiros para líquidos e o terceiro para gases:
a) Método da esfera.
b) Método gravimétrico.
c) Método do gasômetro.
A vazão em massa fornecida pelo método (para cada ponto de calibração) será obtida pela
divisão entre a diferença entre as massas medidas final e inicial sobre a balança, pelo intervalo de
tempo transcorrido entre o início do fluxo para o reservatório e o retorno do fluxo para o circuito
fechado.
Para obter uma correta performance no funcionamento de qualquer medidor é importante que
se evite turbilhonamento do fluido na tubulação. Os distúrbios são causados normalmente por
bombas, válvulas, curvas ou outros acessórios na linha. Recomenda-se que a linha tenha um
trecho reto de no mínimo 10 diâmetros nominais à montante e 5 diâmetros nominais à jusante
conforme figura 8.6.1.
A princípio o medidor pode ser montado em qualquer posição seja horizontamente, em ângulo
ou na vertical, o fluxo do produto deve estar direcionado no sentido de baixo para cima, para
assegurar a condição de tubo cheio. O medidor, como padrão, é calibrado no sentido horizontal,
caso o medidor esteja montado verticalmente, isto pode ocasionar influência na performance do
medidor nas faixas de vazão mais baixas.
Instalação elétrica
A interligação elétrica entre o medidor e o indicador deve ser feita através de cabo de dois ou
quatro vias 20AWG com blindagem trançada. O cabo não deve ser instalado no mesmo conduíte
ou bandeja que leva a alimentação e nem próximo a fonte de campo eletromagnético tais como
motores elétricos, transformadores de potência, máquinas de solda ou linha de potência e alta
tensão ou ainda inversores de freqüência.
Essas fontes podem induzir surtos de transientes elétricos causando ruídos provocando sinais
falsos. A blindagem do cabo deve ser aterrada numa das pontas, de preferência no lado do
indicador. O aterramento deve ser de boa qualidade, melhor do que 5 ohm.
10.1.3 - Hidrostático
10.1.4 - Ultra-sônico
10.1.5 - Capacitivo
O medidor de interfaces, como o próprio nome diz, é um instrumento cuja função é monitorar
continuamente o nível de material que encontra-se assentado no fundo do tanque, que podem ser
tanto abertos como fechados. É composto por um sensor e uma unidade eletrônica.
Sua operação é baseada na
emissão e recepção de pulsos de ultra-
som que se propagam através do meio
líquido sendo analisados e processados
por um circuito eletrônico
microprocessado.
A umidade relativa é um fator muito importante na maioria das atividades e ela pode ser
controlada com umidificador e desumidificadores regidos por umidostatos.
10.2.2 - Higrômetro
No higrômetro construído com cabelo humano, uma mecha de cabelos é colocada entre um
ponto fixo e outro móvel e, segundo a umidade a que está submetida, ela varia de comprimento,
arrastando o ponto móvel. Esse movimento é transmitido a um ponteiro que se desloca sobre uma
escala, na qual estão os valores da umidade relativa.
As balanças de esteira são ideais para indústrias que necessitem de pesagem continua para
fins de fabricação de misturas ou para totalização da produção. Estas balanças podem operar
isoladamente ou em conjunto através de controle centralizado, justamente para a fabricação de
misturas.
Formou-se um consenso entre os especialistas que a grande maioria dos povos primitivos,
mensurava o tempo, através da visualização dos astros. Relacionavam o surgimento das
constelações, ao por do Sol, com as precipitações atmosféricas que influíam sobremaneira nas
atividades primárias, ou seja, estações secas e chuvosas.
A sombra solar ou lunar foi muito utilizada na medição do tempo; dos métodos utilizados,
selecionamos os seguintes:
Esse instrumento, através das sombras do Sol, ou da Lua, pelos seus movimentos naturais,
projetavam-se de uma forma a poder medir o tempo decorrido entre posicionamentos
preestabelecidos. Não se sabe ao certo em que época surgiram. A medição do tempo, através das
sombras logicamente pelas suas limitações quanto a precisão, fomentava uma natural busca ao
seu aperfeiçoamento.
O ângulo que a sombra do aparelho faz com o chamado meridiano é o azimute do Sol que,
evidentemente, não é o mesmo em todas as estações, dependendo da declinação do Sol. Essas
oscilações, extremamente negativas numa aferição de tempo, desabilitava cada vez mais o relógio
solar; eis então que surge o quadrante solar.
Com o ponteiro apontado para a estrela solar, os astrônomos podiam regular (graduar) a
escala em divisões que correspondiam, em uma equivalência, as estações do ano. Em outras
palavras, o ponteiro do quadrante assemelhava-se a um triângulo em pé, cuja ponta superior
apontava para a estrela polar; seu vértice menor tocava o eixo polar, a sua base constituía-se no
meridiano norte-sul. Grosso modo, isso significava que o ângulo formado pelo vértice menor
eqüivalia-se a latitude do lugar que o quadrante estava montado.
Deve-se, originalmente, a invenção do quadrante aos árabes. Cientes das deficiências dos
primitivos relógios de sombra, os astrônomos árabes conseguiram minimizar as oscilações,
utilizando um estratagema engenhoso para, através de uma calibragem, ajustar o instrumento.
A figura principal para esse evento era a Estrela Polar e o seu eixo imaginário na Terra, ou,
Eixo Polar da Terra. Uma base, ou pilastra, construída perpendicularmente ao eixo polar, um
ponteiro regulável, uma escala, constituíam-se nos outros componentes. As escalas da base
estavam reguladas, com ajustes trigonométricos para àquele exato lugar; evidentemente, se
transportássemos esse aparelho para outro local, ficaria totalmente descalibrado.
Essa nova versão, com uma placa que iluminada pelo Sol, refletia num marco situado
estrategicamente na borda do mecanismo, a sombra e cuja regulagem trigonométrica possibilitava
a leitura das horas correspondentes.
Apesar da precisa marcação das horas, suas subdivisões (minutos e segundos) eram
medidas impraticáveis de se conseguir. Além da insatisfação dos astrônomos quanto a medidas
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Apostila de TM-247 - Sistemas de medição 69
Marco Vitrúvio Pólio, célebre arquiteto romano do século I A.C., atribui sua invenção ao
mecânico Ctesibio ou Ctézibro. Existe uma corrente que atribui a Platão, filósofo grego, esse
privilégio; como foi um emérito viajante, pode muito bem ter sido apenas o portador desse invento.
Por outro lado, chineses e egípcios também se arrogam essa prerrogativa.
No interior daquele reservatório, uma bóia atrelada a um ponteiro, a medida que a água ia
abaixando, servia de marcador de nível e, consequentemente, das horas. A escala ou mostrador
prostava-se, no lado de fora, ao redor do reservatório.
Após a descoberta da roda dentada e utilização das cremalheiras, as Clepsidras puderam ser
mais aperfeiçoadas. Por volta de 100 A.C., como aperfeiçoador e não inventor da Clepsidra, entra o
mecânico de Alexandria, Ctesibio que apresentou, pela primeira vez, esse mecanismo com sistema
de cremalheira e roda dentada conectada a um só ponteiro, que girando sob o seu eixo, fazia
aparecer um mostrador, as horas decorridas.
O principio propulsor era praticamente o mesmo das Clepsidras primitivas. O líquido que fluía
do reservatório superior, enchia um reservatório em nível inferior que ia deslocando para cima,
através de uma bóia; a cremalheira, por sua vez, fazia girar a roda dentada do ponteiro das horas.
Para continuar essa aferição, simplesmente vira-se ou inverte-se as ampolas, sendo a que
estava em cima fica em baixo. A Ampulheta restringia-se a determinar ciclos ou períodos de tempo,
sem porém, marcar as horas o que, evidentemente, limitava a sua utilidade. Todavia, pela sua
praticidade de locomoção, fácil utilização, tornou-se bastante popular e, houve muita resistência no
abandono de sua utilização.
As chamadas velas de cera, parafina ou sebo, além das funções místicas ou, simplesmente,
para clarear os ambientes, serviam também, com adaptações, de marcadores do tempo. Ao longo
do corpo das vela, eram colocados marcadores, perfeitamente calibrados com a ação de queima,
que determinavam o tempo decorrido, ou traços coloridos que iam sendo consumidos pela ação
das chamas.
Evidentemente, esse processo só podia ser utilizado por castas abastadas, pois eram muito
caros e, convenhamos, a sua precisão questionada, pois deveriam ser utilizadas em ambientes
fechados, sem a correnteza de ar e outras intempéries que influenciavam na precisão. Na Idade
Média, utilizavam-se dessas velas especiais para marcar o período noturno e pela prática, fixavam
o consumo de três velas, num equivalente a uma noite, precisão evidentemente duvidosa.
Constam dos registros que esse processo teve maior difusão na Inglaterra. A fabricação
dessas velas dependiam de um "MIX" operacional e de matéria prima, dignos de nota: o material
utilizado, além dos componentes químicos, necessitava de uma compactação para dar a dureza
exata às velas, para serem consumidas proporcionalmente.
Talvez o mais importante, se é que teve mais, foi o relógio, construído pela firma Jager-Le
Coultre, denominado "Atmos", um acrônimo da palavra atmosfera, impulsionado pelo ar.
Nota:- Na América do Norte, temos uma planta chamada Relógio que têm a seguinte peculiaridade:
de manhã: cor branca; meio-dia cor vermelha e à noite, cor azul.
Com a evolução das ciências, num crescente que poderíamos classificar de geométrico, fez
com que os homens criassem, especificamente no campo da Horometria, verdadeiras maravilhas,
principalmente no casamento perfeito da mecânica com a eletricidade e , posteriormente, da
eletrônica. Com o advento do domínio atômico então, chegamos bem próximo da perfeição na arte
de mensurar o tempo.
Longe de pretendermos abranger toda a evolução havida, visto não ser o propósito deste
Site, procuramos dar um extrato sucinto desse crescimento, sem preocuparmo-nos com a
cronologia dos fatos e nem a importância dos mesmos, correndo o risco, provavelmente, de
prováveis injustiças em declinarmos o nome de algumas personalidades que contribuíram para tal
desenvolvimento.
Esses relógios, basicamente, tem como componentes principais, engrenagens que se movem
através de pesos e a sua precisão poderia ser chamada, se comparada com as posteriores, de
grosseira. Antagônicos e de certa forma surpreendentes, são os registros da época e do efetivo
invento desses instrumentos (entre 800 e 1000 da nossa era).
Pela sua difícil construção e manutenção, principalmente aos cidadãos comuns, restringiram-
se essas máquinas a ornamentos e registros do tempo em igrejas e outros locais públicos. Um dos
mais célebres relógios de peso foi exibido por volta do ano de 1286, na catedral de São Paulo, em
Londres. Dessa forma, as Clepsidras e Ampulhetas, por muitos anos ainda deram as cartas.
Por volta de 1500, Pedro Henlein, da cidade de Nuremberg fabrica o primeiro relógio de
bolso, cognominado pela forma, tamanho e procedência, de "Ovo de Nuremberg". Era todo de ferro,
com corda para quarenta horas e precursor da "Mola Espiral", utilizando-se do pêlo de porco;
constituía-se de um Indicador e de um complexo mecanismo para badalar. Foi sem dúvida, em
muitos países, o acelerador para diversas invenções e melhorias, principalmente na Europa ,
desenvolvendo-se de maneira vertiginosa à indústria relojeira.
Quando em 1595, Galileu Galilei, ao assistir a uma missa na catedral de Piza, observando a
oscilação de um lustre, formalizou a sua famosa teoria sobre os pêndulos, não podia imaginar que
estivesse contribuindo extraordinariamente para a evolução da horometria.
Todavia, se a roda de escape girasse totalmente livre, o peso desceria de uma vez, desenrolando
todo o cordão do carretel. Essa ação rápida, evidentemente não interessava, pois o sistema giraria
a toda velocidade, disparando os ponteiros e , acelerando as horas.
Físico francês, a quem se deve a determinação da velocidade da luz e uma prova concreta do
movimento de rotação da Terra, com aplicação de um pêndulo (esfera de aproximadamente 100
Kg, suspensa por um fio de aço bastante fino e dotado de um estilete que serve de indicador).
Eis então, que surge a idéia genial do Balancim, Balanço ou Volante como também é
conhecido. O Volante é o órgão desse sistema que, com suas oscilações também isócronas. Faz
às vezes do pêndulo, permitindo que a âncora libere sistematicamente a roda de escape, dando
conseqüentemente um movimento rítmico ao mecanismo.
Para que essa rodinha alcance um bom desempenho, requer uma boa compensação em seu
corpo; isso dá-se com a junção de pequenos parafusos (pesos) ao redor do Balancim. Para
compensar de forma precisa, pequenas arruelas (Paillons) poderão ser afixadas aos parafusos
ajustadores.
O Balancim tem junto ao seu eixo, um dispositivo que ao ser anexado a âncora, pelo seu vai-
e-vem, vai liberando a roda de escapamento de uma forma também uniforme. Dessa forma,
embora fisicamente diferente, o cabelo substitui o pêndulo, pois a retração e expansão da mola em
espiral é efetuada sempre em intervalos exatamente iguais.
Substituindo o peso que é um órgão propulsor, tivemos a introdução da corda de aço (órgão
motor); esse dispositivo, basicamente compõe-se de: tambor de corda (*); corda de aço ou mola
real; regulador de descarga da corda. Os demais componentes, hierarquicamente inferiores são:
engrenagem de redução; minuteria (conjunto de engrenagens que transmitem movimentos aos
ponteiros); ponteiros (horas e minutos); mostrador.
(*) A mola real, mantida enrolada em volta de um eixo, pressiona o próprio, tentando
desenrolar-se; no eixo, está montado o tambor de corda que recebe a força de torção da mola. O
tambor tem dentes e esta conectado às engrenagens redutoras.
Embora não tão precisos quanto aos relógios de âncora, possuíam uma mecânica simples,
solidez e baixo custo de fabricação e, conseqüentemente, de comercialização.
Sem aprofundarmo-nos, citaremos outros tipos de relógios mecânicos que de uma forma ou
outra, distinguiram-se: os despertadores; relógios de mesa e parede; cronômetros; relógios
calendários; relógios à prova d'água e os relógios de corda automáticos.
Na realidade, o que varia é a alternância dos ciclos, em uns, oscilando 50 vezes por minuto e
em outros 60 vezes por minuto (como no Brasil). Todavia, seja qual for a freqüência, o que vale
para os relógios elétricos é que a mesma fique perfeitamente invariável. Como os nossos leitores já
devem ter deduzido, as alternâncias da corrente elétrica, fazem às vezes dos pêndulos ou dos
balancins.
O motor elétrico ligado a rede, teoricamente, substitui a mola real; esse motor é de uma
construção especial denominada de Síncrono. A característica principal desse motor é ter um eixo
(rotor), sua parte móvel, girando ao redor do enrolamento, sincronizado na mesma freqüência da
corrente. Em outras palavras, projetado para serem utilizado em países de freqüência de 60 Hertz,
seu rotor deverá girar exatamente 60 vezes por segundo.
No eixo do motor síncrono, temos instalado o volante, com um parafuso denominado Sem
Fim. Esse parafuso, tem a finalidade precípua de reduzir, no exemplo acima, as 60 rotações por
segundo em um número compatível com a necessidade do mecanismo. O ponteiro de segundos
deverá dar uma volta em cada minuto, ou seja, uma volta para cada 3.600 voltas do eixo do motor
(60 segundos X 60 Hertz).
Em síntese, girando o parafuso sem-fim 60 vezes por segundo, necessitará uma engrenagem
com 60 dentes, a qual terá um giro de 1 vez por segundo. Por sua vez, a engrenagem de minutos
girará 60 vezes mais lenta que a de segundos. Daí para à frente é uma questão puramente
mecânica, que fica no raciocínio dedutivo do internauta. Quanto a precisão, salientamos que esse
tipo de relógio é totalmente dependente da capacidade geradora da usina, da rede, da própria
instalação e fiação do local; enfim, por mais que se queira manter a invariabilidade através de
eficientes estabilizadores, essa sempre se manifestará, por mais insignificante que seja.
Em relógios transistorizados, também temos que fornecer energia através das pilhas; o
transistor gerência o sistema como um interruptor. Entretanto, o eixo do motor (rotor) e seu volante,
ao invés de girar continuamente, oscila nos ambos sentidos (vai e vem), efetuando duas oscilações
completas a cada segundo. Conectado ao eixo do motor existe uma espécie de alavanca
(semelhante a nossa já conhecida âncora) que move-se de acordo com as oscilações do eixo rotor.
Nessa alavanca, existe uma protuberância (haste) que aciona uma engrenagem, fazendo-a girar
sempre no mesmo sentido.
Daí prá-frente, analogamente, podemos raciocinar através do que já foi exposto em outros
sistemas. Entretanto, o cerne da questão, ou seja, a manutenção das oscilações constantes do eixo
do rotor estão a cargo dos seguintes componentes eletrônicos: pilha; eletroimãs; transistores e
condensadores. Com o conceito elementar de que a corrente elétrica é o fluxo dos elétrons e a
pilha gera uma corrente em um só sentido (corrente continua), percebemos que, por analogia,
temos somente um lado do movimento pendular.
Para inverter esse fluxo, temos o eletroimã, o transistor e o capacitor ou condensador, que em
conjunto, pelas suas propriedades intrínsecas, executam esse influxo. Por sua vez, as molas
espirais conectadas ao conjunto, efetuam um movimento que alteram o sentido do eixo do motor. O
rotor, dando continuidade ao seu movimento, pela ação do circuito eletrônico, cessa de gerar
corrente na bobina do eletroimã, invertendo-se novamente o fluxo.
Não necessita de "corda, pois é totalmente mantido numa operação constante por um
oscilador de cristal, incomensuravelmente estável. Todo o circuito de mensuração de tempo esta
reunido em um só circuito integrado. Nesse tipo de relógio, influencias externas como a
temperatura, por exemplo, são praticamente nulas. Em síntese, poderíamos exemplificar a estrutura
funcional desses relógios em quatro componentes fundamentais que são: circuito de alimentação;
um oscilador de cristal; um circuito integrado (CI- praticamente é o relógio); um "display"ou
mostrador.
Esses relógios são construídos exatamente na direção Norte- Sul. Utilizando instrumentos de
passagem e círculos de meridianos, determinou-se a hora pela exata passagem das estrelas pelos
marcos estabelecidos. O local ou compartimento para a instalação desses relógios é bastante
profundo e, com a manutenção da temperatura constante.
Parecia que com essa precisão conseguida, a aferição do tempo tinha alcançado o seu
apogeu; grande engano, essa precisão já não satisfazia as exigências da moderna tecnologia. Eis
que em 1933, em Berlim, no Instituto Físico-Técnico, nasceu o primeiro relógio de quartzo.
Surgiu pela primeira vez em 1933, Berlim, no Instituto Físico-Técnico. O quartzo é uma
espécie cristalina de silício. Esse cristal dispõe os seus átomos de uma tal forma que geram um
efeito ou propriedades especiais denominadas de piezelétricas; resumidamente, o efeito
piezelétrico manifesta-se como segue:
CONTRAÇÃO FÍSICA
Contraindo-se um cristal piezelétrico, gera-se uma carga elétrica em suas faces opostas ou
antípodas.
DILATAÇÃO FÍSICA
- Contraem-se quando se aplica carga positiva em uma das suas faces e negativa na oposta;
- Dilatam-se quando invertemos a polaridade.
Para os relógios, esses cristais são especialmente fabricados para produzirem vibrações cuja
freqüência, gira em torno de 100.000 ciclos por segundo. Os cristais estão ligados a circuitos
eletrônicos denominados de "Circuitos Oscilantes", calibrados à freqüências idênticas.
Em outras palavras, quando o circuito oscilante recebe uma corrente alternada de certa freqüência,
o cristal, pelas suas propriedades, oscilará na mesma freqüência.
Vejamos pois, o amoníaco, cuja estrutura molecular constitui-se em três átomos de hidrogênio
e um átomo de nitrogênio. As oscilação do átomo entre dois pontos é exatamente 23,8704 bilhões
de vezes por segundo.
Foi desenvolvido por J.J. Rabi, da Universidade de Colúmbia, em Nova York. Esses relógios
são ativados pela excitação do átomo de césio 133, que oscila numa freqüência de 9.192.631.770
por segundo e que para manterem uma precisão fantástica (mais ou menos 1 segundo em 500.000
anos) independem de fatores ou fenômenos externos.
Esses relógios, pela sua precisão, servem de calibradores para os aparelhos utilizados na
navegação, tanto fluvial, marítima e aérea. O Brasil possui, até o momento, dois relógios de átomos
de Césio 133, instalados no Observatório Nacional, no Rio de Janeiro.
A grandeza potência mecânica é uma grandeza derivada das grandezas torque e rotação,
que podem ser medidas direta ou indiretamente:
P = T. [W]=[N.m].[rd/s]
Capítulo 11 - -----------------------------------------------------
Em cromatografia gasosa de alta resolução, onde são usadas colunas capilares, não é
incomum que os picos tenham perfil gaussiano, como demonstrado no detalhe da Figura 2, que é o
pico destacado em azul da Figura 1.
Figura 2. Detalhe do pico destacado em azul na Figura 1, mostrando que ele tende ao perfil
gaussiano.
Figura 3. Distribuição das quantidades (figura inferior) de analito numa mancha (figura superior) de
CCD.
Portanto, nos casos mostrados nas figuras anteriores, nas correspondentes bandas
cromatográficas as quantidades dos analitos tendem ao perfil gaussiano, isto é, aumentam das
bordas para o centro da mancha e, simetricamente, diminuem do centro para a outra borda.
Quando a banda cromatográfica é registrada na forma de pico, a sua área pode ser calculada,
como mostrado abaixo, como a área do triângulo isósceles que “engloba” o pico cromatográfico
(Figura 4).
Figura 5. O princípio da densitometria: o número de pontos que define a mancha (como “vista” por
um densitômetro ou computador) é proporcional á área da mancha.
A contagem pode ser feita manualmente – com muita paciência – ou por meio de um
programa que conte os pixeis. O número de pontos é proporcional à área da correspondente
mancha e, conseqüentemente, proporcional à quantidade de analito nela existente. Esta
metodologia representa o princípio de estabelecimento de áreas cromatográficas.
Figura 6. Princípio do estabelecimento de área de uma mancha de CCD por meio de escaneamento
da placa cromatográfica.
Apesar do método de determinar áreas ser diferente para CG e CLAE, o princípio é o mesmo
do usado em CCD.
Figura 7. Esboço de uma Curva Analítica linear (representada pela equação de uma reta).
O primeiro passo para obter a curva analítica é preparar um conjunto de soluções com um
padrão do analito que se deseja quantificar em amostras. Portanto, é necessário conhecer a
identidade do analito e dispor dele na forma de padrão (puro ou, se isso não for possível, com
pureza exatamente conhecida e determinada independentemente).
Cinco a seis soluções costumam ser suficientes para este trabalho. Estas soluções são
aplicadas lado a lado na placa cromatográfica e é realizada a corrida cromatográfica. Como não é
incomum que numa análise tenha-se que quantificar vários analíticos, as soluções podem conter
todos eles, do que resultará uma cromatoplaca como a mostrada nas Figuras 5 e 6. Então as áreas
das manchas são obtidas (Figura 6) e tabeladas, como mostrado na Tabela 1.
Dispondo de dados como o da Tabela 1 aplica-se a eles uma Regressão Linear para obter a
equação da curva analítica, isto é, a relação funcional entre Sinais e Quantidades. Para o caso dos
dados da Tabela 1, a equação de reta que relaciona as áreas com as concentrações do V40 2 é:
A = 91,7 + 8,5 • C (Equação 1)
1
Curva Analítica é o nome sugerido pela IUPAC para substituir o termo Curva de Calibração.
2
O V40 é um corante artificial usado em alimentos.
Prof. Marcos Carvalho Campos UFPR-DEMEC
Apostila de TM-247 - Sistemas de medição 81
Note-se que a curva analítica é definida como a relação entre sinais e quantidades; no
entanto, na Equação 1 as quantidades são representadas pelas concentrações das soluções. Isto
implica que os volumes de amostra aplicados na placa cromatográfica foram iguais, pois, C = Q / V
(C= concentração; Q = quantidade; V =volume).
Nesta Figura 8 estão destacados os valores inferior (2,8 g L-1) e superior (14,1 g L-1) das
concentrações usadas para obter a curva analítica. O valor acima calculado C = 10,9 g L-1 é
intermediário entre estes extremos. Portanto, ele foi interpolado usando-se a Equação 1. Como
somente se conhece o comportamento da curva entre aqueles extremos, somente interpolações
são válidas para fins efetivamente quantitativos. Extrapolações não são aceitáveis. Isto é uma regra
geral em Química Analítica.
A curva analítica é obtida com dados experimentais, que sempre estão sujeitos a erros e
desvios. Por isto, os dados costumam oscilar e pode ser difícil ou impossível obter uma equação
que os represente com confiabilidade. Um dos motivos é a inevitável flutuação dos volumes
aplicados na placa cromatográfica. Um recurso para contornar esta dificuldade – além do cuidado
com operações experimentais tecnicamente corretas – é trabalhar com dados em replicatas.
Em CCD isto corresponde a, por exemplo, preparar três placas cromatográficas e aplicar em
cada uma delas as soluções de concentrações variadas dos padrões. A Tabela 2 mostra que, em
cada placa aplicam-se amostras com cinco concentrações: 0,3; 0,6; 0,9; 1,2 e 1,5 g L-1. Assim, por
concentração, dispõe-se de triplicata das áreas cromatográficas.
É comum que após obter as triplicatas calculem-se as médias das áreas correspondentes a
cada concentração, para se aplicar a regressão linear sobre estas médias e concentrações. Sem
um critério adequado isto pode levar a erros.
Tomemos como exemplo a menor concentração e suas áreas 462, 416 e 462, cuja média é
igual a 447. No entanto, uma simples inspeção visual da Tabela 2, torna evidente que a área 416
não deve ser usada no cálculo da média; desprezando este valor obtem-se uma média mais
representativa, que é igual a 462. O valor 416 é claramente oriundo de algum erro, possivelmente
devido ao volume aplicado de amostra e, se usado no cálculo, descaracteriza o significado da
média.
Diz-se que ele é um valor anômalo, o qual, conseqüentemente, não deve ser considerado.
Ocorre que na Tabela 2 existem outros anômalos, e como é um conjunto de 15 dados fica difícil
identificar todos eles por inspeções “visuais” como a acima referida. No entanto existe um conjunto
de critérios bastante seguro para identificar e desprezar anômalos, que é baseado na Curva de
Linearidade.
Portanto, usando os dados da Tabela 3 calculam-se os valores A/C, que são plotados em
relação às correspondentes concentrações. Disto resulta o gráfico da Figura 10.
Figura 10. Curva de linearidade para os dados da Tabela 3. Os valores de A/C superiores a 1546 e
inferiores a 1534 – indicados com campo sombreado na Tabela 3 – foram rejeitados.
Para rejeitar anômalos com base na curva de linearidade, usando o procedimento chamado
Teste de Huber, é necessário: (1) estabelecer um valor central (linha preta na Figura 10) e, acima e
abaixo dela, intervalos de confiança (linhas vermelhas) que definem quais os dados aceitáveis –
isto é, os que pertencem ao intervalo de confiança. É necessário um critério para estabelecer o
valor central de forma que ele não dependa dos dados anômalos. Isto é feito obtendo-se a mediana
dos dados.
Para estabelecer o valor central a mediana (md) é preferível à média, porque o valor da
mediana não é afetado pelos anômalos. Para obter a md ordenam-se os dados (área/concentração)
e, no presente exemplo, como são 15 dados, a md é o oitavo deles, isto é 1540. Portanto, o valor
central deste conjunto de A/C é md = 1540, como realçado na Tabela 4. O próximo passo é
estabelecer os intervalos de confiança. Antes, porém, uma observação: a média deste conjunto é
1525 (marcado em vermelho na Tabela 4), um valor bastante menor do que o da md, e claramente
inadequado para representar o conjunto.
O primeiro passo é calcular as diferenças absolutas entre cada valor de A/C e a md. Por
exemplo, para o primeiro valor de A/C:
| A/C1 – md| = |1522 – 1540| = 18 (Equação 3).
A seguir é obtido o chamado desvio absoluto da mediana (mad) dos quinze valores |A/Ci –
md| e o intervalo de confiança (IC) é calculado como:
IC = k • mad (Equação 4)
onde k é um fator que pode variar de 2 a 8. Para os dados em consideração mad = 3,1;
usando-se k = 2 os valores do intervalo superior e do inferior, que são os limites para desprezar
resultados anômalos, são obtidos por:
ICs,i = md ± k • mad = 1540 ± 2 • 3,1 (Equação 5)
ou seja,
IC s = 1546; IC i = 1534;
de forma que os dados rejeitados são destacados pelos sombreados mostrados na Tabela 5.
Nesta equação (6) pode-se substituir os valores das concentrações (0,3 g L-1 a 1,5 g L-1)
para obter valores interpolados de áreas (Aint). Então são calculadas as diferenças relativas (%)
entre estes Aint e as médias das correspondentes áreas experimentais (Aexp). Por exemplo, para a
concentração de 0,3 g L-1 a Aexp = 462 e a Aint = 463, de forma que:
rs = 100 (- )/100 = + 0,3% (Equação 7).
Agora dispõe-se de mais informações para decidir se a escolha de k = 2 foi adequada para o
critério de rejeição.
Portanto, pelo conjunto de argumentos acima pode-se concluir que a seleção de k = 2 foi um
critério adequado para a rejeição de resultados. O contrário ocorreria se, por exemplo, dos 15
dados fossem rejeitados 7 ou 8; neste caso seria necessário repetir o procedimento com k = 3 e
reanalisar os resultados. Outra possibilidade seria dos resíduos serem excessivamente elevados e
apresentarem uma distribuição claramente não-aleatória entre valores positivos e negativos (caso
onde o modelo linear de calibração não é aplicável). Estes casos poderiam sugerir erros
experimentais e, inevitavelmente, a repetição de todo o procedimento cromatográfico.
As discussões anteriores foram baseadas no fato de que se a curva analítica obedece a uma
equação do primeiro grau, A = a + b • C ou, como mostrado na equação 2, y = a + b • x, ela tem um
coeficiente angular, ou a sua primeira derivada, constante. Isto também aplica-se quando o
coeficiente angular, b, é diferente de zero, pois: então,
(Equação 8).
A equação 8 permite generalizar o critério de quais dados aplicar o teste de Huber.
Consideremos um segundo exemplo de obtenção de curva analítica.
12.1.12 - Obtendo a Curva Analítica quando o coeficiente linear é muito diferente de zero
Na Tabela 7 está outro conjunto de dados obtidos por cromatografia em camada delgada. Ao
calcular as razões A/C com estes dados e plota-las na forma de uma curva de linearidade obtem-se
o gráfico da Figura 11.
o que faz com que o gráfico de A/C vs C tenha o aspecto não linear e decrescente mostrado na
Figura 11.
A generalização vista na equação 8:
Figura 13. Gráfico e equação da curva analítica obtida para os dados da Tabela 9.
A curva analítica acima só tem aparência de boa qualidade, pois ela foi obtida depois que oito
dos quinze dados originais foram rejeitados pelo teste de Huber. Isto é certamente demasiado, pois
foram rejeitadas mais de 50 % da informação. Este problema, que ocorreu por excessiva flutuação
dos volumes de amostra aplicados, pode ser contornado com o Método da Padronização Interna
(MPI).
O MPI consiste em adicionar às soluções usadas para obter a curva analítica um composto,
de forma que sua concentração seja a mesma em todas as soluções (Figura 14). Este composto é
denominado de padrão interno (PI).
Figura 14. MPI: cinco soluções do analito com concentrações variadas, às quais é adicionado o PI
em concentração única.
Depois de preparadas as soluções do analito mais o PI elas são aplicadas na placa, efetua-se
a corrida cromatográfica e medem-se as áreas. As áreas do analito (variáveis) são divididas pela
área do PI (que deveria ser constante), obtendo-se as razões de área, Rz (A). As concentrações do
analito são divididas pela concentração (valor único) do PI, obtendo-se as razões de concentração
Rz (C). Para o exemplo em questão estes dados estão na Tabela 10.
Agora a curva analítica é do tipo Rz (A) vs Rz (C), supostamente uma reta. Portanto, o teste
de Huber é aplicado sobre os quocientes Rz (A) / Rz (C) – que correspondem à inclinação da curva
Rz (A) vs Rz (C). Com isto são rejeitados os dados destacados em sombreado na Tabela 11.
Tabela 11. Rz (C) e Rz (A) (triplicata) às quais é aplicado o teste de Huber. Os dados destacados
foram rejeitados.
Aos dados não rejeitados aplica-se a regressão linear obtendo-se a seguinte equação de reta:
Rz (A) = - 0,006 + 0,1083 • Rz (C) (Equação 11)
r = 0,9999
Esta equação permite interpolar razões de áreas (a partir das correspondentes razões de
concentração com os seguintes resíduos: -1,9; +0,6; +0,4; +0,3; -0,4.
Estes resultados são melhores do que os obtidos sem o recurso do MPI, isto é para os dados
de áreas e concentrações da Tabela 6, quando oito de quinze dados foram rejeitados. Resta
Compreender o porque da melhora, o que é simples: como o PI está junto com o analito em todas
as soluções cromatografadas, a oscilação de volume de uma aplicação para outra afeta, na mesma
proporção, as áreas de ambos. Portanto, quando elas são divididas o efeito da variação do volume
aplicado é atenuado.
Finalmente, para quantificar o analito na amostra, adiciona-se a ela o PI na mesma
concentração usada anteriormente e, com a razão de áreas obtidas para a amostra interpola-se a
correspondente razão de concentrações e calcula-se a concentração desconhecida do analito.
12.1.15 - Conclusão
A análise quantitativa implica na obtenção de uma curva analítica para o analito a ser
quantificado. Dificilmente pode-se usar outro composto para obter a curva, porque a sensibilidade
de resposta do detector (a inclinação da curva analítica) pode, aliás costuma, ser típica do
composto. Com a equação da curva interpolam-se valores de quantidade (que pode ser
concentração quando o volume aplicado é constante) do analito em amostras desconhecidas.
Extrapolações não são válidas, porque o comportamento linear (só avaliamos curvas
descritas por equações do primeiro grau, que são as mais comuns) só foi estabelecido na faixa
estudada. Para determinar a região de linearidade usa-se o princípio da curva de linearidade,
apoiado num método de identificação e rejeição de dados anômalos – os que desviam-se da
linearidade por razões experimentais.
Caso a curva analítica tenha coeficiente linear igual ou muito próximo de zero, a rejeição com
o teste de Huber pode ser realizada com sucesso diretamente sobre os quocientes de Área por
Concentração (A/C - de fato, generalizando, Sinal/Quantidade). Existindo coeficiente linear diferente
de zero é mais conveniente aplicar o teste sobre valores do coeficiente angular. Para tal submete-
se os pares Área, Concentração a uma regressão linear para obter uma “equação tentativa”, com a
qual interpolam-se os coeficientes angulares a serem inspecionados para rejeição – como este é
um método geral, o mais conveniente seria também aplicá-lo para os casos de coeficiente linear
igual ou muito próximo de zero.
A inspeção final da qualidade e confiabilidade da curva analítica obtida envolve o cálculo dos
resíduos, avaliando-se seus valores e sinais (pois, por exemplo, excesso de resíduos negativos –
ou positivos – sugere algum erro experimental e, consequentemente, repetição do experimento); é
claro que o total de dados rejeitados também é um fator importante. Uma faixa de resíduos
compatível com os recursos químico analíticos disponíveis e um coeficiente de correlação próximo
da unidade sugerem que o procedimento para obtenção da curva analítica foi adequado.
Finalmente, curvas analíticas tem de ser obtidas com muitos dados, o que torna impraticável
rejeições por “inspeções visuais”, assim como torna muito tedioso aplicar o teste de Huber com
“cálculos manuais”, o que sugere o uso de recursos como uma planilha eletrônica que, quando
adequadamente estruturada, recalcula todos os dados quando se altera o valor de k.
Vab = . L / A = . R
onde Vab é a diferença de potencial aplicada entre as seções a e b do condutor [V] e é a corrente
elétrica que atravessa o condutor [A]. A resistência elétrica R, portanto, dependerá da resistividade,
do comprimento e da área do material.
Metais Supercondutores Semi-condutores
T T T
Figura 13.1.1 - Tipos de materiais quanto a resistividade
= 0 [ 1 + 0 ( T - T0 ) ]
+ -
Q+ + - Q-
+ -
+ -
+ -
+ --
+
Va +E - Vb
+ - E = Campo elétrico [V/m] = [N/C]
+ - [V] = [N.m/C]
+ -
+ -
qelétron = 1,602 x 10-19 [Coulomb] 1 cm3 de cobre possui 8 x 1022 elétrons livres
C = K 0 A / l
onde K é o coeficiente dielétrico do material entre placas e 0 é uma constante obtida da lei de
Coulomb:
C = 1,00059 x 8,85 x 10-12 x 102 x 10-6 / 1 x 10-3 = 8,88 x 10-13 [F] = 0,88 [pF]
Um campo magnético é representado por linhas de indução, cuja direção em cada ponto é a
do vetor indução magnética
S
dA = B.dA
B (Indução magnética)
Força F
(Carga negativa)
(Carga positiva)
Força F V Velocidade
B F=I(LXB)
F L
I
M=I(AXB)
M=IN(AXB)
B
B B = 2 k‟ I / r
r
I k‟ = Constante magnética = 10 -7 N / A2
B = 4 k‟ n I
B = o n i
= B.dA
i (variável) d
f.e.m. = (por espira externa)
dt
f.e.m.
13.1.3.5 - Indutância
Bobina
N espiras Sempre que existir uma corrente variável em um circuito
bobinado, existirá uma força eletromotriz (tensão) auto-induzida
neste circuito.
0 .N.i
B Indução magnética
l
0 .N.i.A
B.A Fluxo magnético
l
N 0 .N2 .A
L Indutância
i l
410 7.100 2.10.10 4
L 2,5 x 10 5 H 25 H
0,5
13.1.3.6 - Indutância-mútua
N2 21 N112
Bobina 1
N1 espiras LM LM = Indutância mútua
i1 i2
di 2
f.e.m.1 L M
Bobina 2 dt
N2 espiras
di
f.e.m.2 L M 1
dt
Exemplo: Um solenóide longo de comprimento l e seção reta A é enrolado com N 1 espiras. Uma
pequena bobina de N2 espiras envolve o solenóide. Qual é a indutância mútua.
0 .N1.i1
B
l
0 .N1.i1.A
21 B.A Fluxo magnético induzido na bobina 2 pela bobina 1
l
N .N .N .A
L M 2 21 0 1 2 Indutância mútua
i1 l
B. ds .(Is Ic)
o
B
o
M . ds Ic
Definindo o vetor campo magnético H:
B
H. ds Ic então H
o
M ou B o (H M)
Suscetibilidade magnética = m M = m H
B o (H m H) o (1 m ) H oK m H H
13.1.4.1 - Semi-condutores
A figura abaixo mostra um esquema da estrutura cristalina dos metais (alumínio), semi-
condutores puros (silício) e dos semi-condutores tipo n e tipo p. Nos metais existem “um mar” de
elétrons livres, facilitando a condução de corrente elétrica e nos semi-condutores puros existe
grande dificuldade de remover elétrons das camadas de valência, o que se traduz em
características elétricas isolantes.
No semi-condutor tipo n, o silício é “dopado” (em maior ou menor grau) pelo elemento fósforo,
o que gera elétrons a mais na estrutura, que são fáceis de serem removidos ao se aplicar uma
diferença de potencial sobre o material. No caso do semi-condutor tipo p, o silício é “dopado” pelo
alumínio, o que gera um “buraco eletrônico” que podem ser deslocados na estrutura pela aplicação
Prof. Marcos Carvalho Campos UFPR-DEMEC
Apostila de TM-247 - Sistemas de medição 98
13.1.4.2 - Diodos
Quando a diferença de potencial positiva, externa ao diodo, excede o campo elétrico contrário
da zona de depreção, a corrente de elétrons fluirá do semi-condutor tipo n para o tipo p, com
resistência praticamente nula. Porém, quando a diferença de potencial é negativa, existirá um
aumento da zona de depreção, cujo campo eletrostático ampliado impedirá o fluxo de corrente de
elétrons.
Portanto, o diodo funciona de maneira análoga à uma válvula de retenção, que permite o fluxo
somente em um sentido. No caso de um diodo (ou junção n-p) ideal a corrente convencional
somente fluirá quando for aplicado uma diferença de potencial positiva sobre o elemento.
A figura abaixo mostra a simbologia adotada para diodos, que indica o sentido da corrente
convencional (contrária ao sentido do movimento dos elétrons) e o gráfico da característica
corrente-tensão de um diodo típico, mostrando também o efeito da temperatura sobre a curva
característica.
13.1.4.3 - Transistores
Os transistores podem ser representados por duas junções p-n em um único elemento, que
age como dois diodos em direções diferentes. Conforme a montagem das junções pode-se ter os
transistores tipos npn ou pnp, cuja simbologia é mostrada na figura abaixo.
Em um transistor npn, a base tipo p possui poucos “buracos eletrônicos” (a base é “dopada”
em menor grau que o emissor) o que causa uma corrente de elétrons maior do emissor para o
coletor do que do emissor para a base. A corrente de elétrons, mesmo pequena, do emissor para a
base também “controla” o campo elétrico da junção pn da base-coletor, uma vez que a base é feita
de uma espessura muito menor que a do emissor e do coletor.
Em série:
i R i Req = R + R = 2 R
i=E/2R
E R E R R
i/2 i/2 Em paralelo:
1 / Req = 1 / R + 1 / R
Req = R / 2 i=2E/R
C = Q / EC
Capacitância = Carga / Tensão aplicada
Equação do capacitor :
Em série:
Em paralelo:
Ceq = C1 + C2
V( j) R.C.j RC 1
tg1
E( j) R.C.j 1 (RC )2 1 RC
100
V / E [%]
0 0
80
60
40
20
0
0 5 10 15 RC 20
V( s) R 1
E(s) L.s R L .s 1
R
B) Circuito LVDT
Interruptor aberto:
dip
E ex R pip L p
dt
di p
E s LM
dt
Interruptor fechado:
dip di
E ex R pip L p LM s
dt dt
dip di
LM R si s L s s 0 e E s R si s
dt dt
15.1.4.1 - Temperatura
Estas correntes de ar geram forças sobre o prato de pesagem fazendo a amostra parecer
mais leve (chamada flutuação dinâmica).
Este efeito só desaparece quando o equilíbrio térmico for estabelecido. Além disso, o filme de
umidade que cobre qualquer amostra, e que varia com a temperatura, é encoberto pela flutuação
dinâmica. Isto faz com que um objeto frio pareça mais pesado ou um objeto mais quente mais leve.
Medidas corretivas/preventivas:
Efeito Observado: O mostrador indica leituras que aumentam ou diminuem, continua e lentamente.
Motivo possível: Ganho de massa devido a uma amostra higroscópica (ganho de umidade
atmosférica) ou perda de massa por evaporação de água ou de substâncias voláteis.
Medidas corretivas/preventivas:
- Usar frascos de pesagem limpos e secos e manter o prato de pesagem sempre livre de poeira,
contaminantes ou gotas de líquidos.
- Usar frascos de pesagem com gargalo estreito.
- Usar tampas ou rolhas nos frascos de pesagem.
15.1.4.3 - Eletrostática
Efeito Observado: O mostrador da balança fica instável e indica massas diferentes a cada pesagem
da mesma amostra. A reprodutibilidade dos resultados fica comprometida.
Estas cargas formam-se por fricção ou durante o transporte dos materiais, especialmente os
pós e grânulos. Se o ar estiver seco (umidade relativa menor que 40%) estas cargas eletrostáticas
ficam retidas ou são dispersadas lentamente.
Os erros de pesagem acontecem por forças de atração eletrostáticas que atuam entre a
amostra e o ambiente. Se a amostra e o ambiente estiverem sob o efeito de cargas elétricas de
mesmo sinal [+ ou -] ocorrem repulsões, enquanto que sob o efeito de cargas opostas [+ e -],
observam-se atrações.
Medidas corretivas/preventivas:
- Aumentar a umidade atmosférica com o uso de um umidificador ou por ajustes apropriados no
sistema de ar condicionado (umidade relativa ideal: 45-60%).
- Descarregar as forças eletrostáticas, colocando o frasco de pesagem em um recipiente de metal,
antes da pesagem.
- Conectar a balança a um "terra" eficiente.
15.1.4.4 - Magnetismo
Motivo possível: Se o material for magnético (ex.: ferro, aço, níquel, etc.) pode estar ocorrendo
atração mútua com o prato da balança, criando forças que levam a uma medida errônea.
Medidas corretivas/preventivas:
- Se possível, desmagnetize as amostras ferromagnéticas.
- Como as forças magnéticas diminuem com a distância, separar a amostra do prato usando um
suporte não-magnético (ex.: um béquer invertido ou um suporte de alumínio).
- Usar o gancho superior do prato da balança, se existir.
a) o termômetro de contato sempre interfere com o meio que se mede, afetando sua temperatura,
isto é, a temperatura medida nunca é exatamente a real.
b) que o termômetro deve ser capaz de suportar a temperatura envolvida em uma dada medição, o
que efetivemente representa outro problema prático muito grande no caso da medição de
temperatura de corpos muito quentes.
Neste caso, dispor-se de um método de medida que não requer contato físico (medição sem
interferência) é fundamental. Este tipo de termômetro pode também ser usado para realizar uma
varredura da distribuição de temperatura do corpo sem contato ou interferência.
Os instrumentos desenvolvidos para se resolver problemas desse tipo, medir sem interferir,
medir temperaturas elevadas e medir objetos em movimento, à distância, empregam sensores de
radiação.
17.1 - Mássicos
São medidores que nos fornecem a vazão do fluído gasoso em massa pela unidade de tempo.
Desta forma a operação desses medidores independe do contrôle da pressão e da temperatura. A
vazão instantânea é mostrada em um display de cristal líquido com 3 1/2 dígitos. Possuem sinal de
saída em 4-20 mA ou em voltagem de 0-5 VDC. Na série 8112 são produzidos com fundo de escala
a partir de 20 ccm até 20 lpm. Na série 8170 são produzidos com fundo de escala de 10 ccm até
200 lpm, com sinal de saída de 0-5 VDC sómente. Podem ser fornecidos com controlador
automático de fluxo. Precisão de 1% fundo de escala. Turndown de 3000:1. Alimentação 115 VAC
5W. Pressão máxima de operação: 500 psig.
17.2 - Canais
Função Clock-Cal
Com uma impressora opcional, relatórios de calibração com data e horário podem ser gerados
atendendo as especificações das normas GLP/GMP/ISO9000.
Relógio interno
Peso de calibração
Leitura Diâm.
Modelo Capacidade interno com auto Modos de Calibração
Mínima Prato
carregamento
PSC, Clock-CAL,
AW120 120g 0,1 mg 80 mm Sim Por teclado com peso
interno ou externo
PSC, Clock-CAL,
AW220 220g 0,1 mg 80 mm Sim Por teclado com peso
interno ou externo
PSC, Clock-CAL,
AW320 320g 0,1 mg 80 mm Sim Por teclado com peso
interno ou externo
Características técnicas:
A) Temperatura
Estas correntes de ar geram forças sobre o prato de pesagem fazendo a amostra parecer
mais leve (chamada flutuação dinâmica).
Este efeito só desaparece quando o equilíbrio térmico for estabelecido. Além disso, o filme de
umidade que cobre qualquer amostra, e que varia com a temperatura, é encoberto pela flutuação
dinâmica. Isto faz com que um objeto frio pareça mais pesado ou um objeto mais quente mais leve.
Medidas corretivas/preventivas:
B) Variação de massa
Efeito Observado: O mostrador indica leituras que aumentam ou diminuem, continua e lentamente.
Motivo possível: Ganho de massa devido a uma amostra higroscópica (ganho de umidade
atmosférica) ou perda de massa por evaporação de água ou de substâncias voláteis.
Medidas corretivas/preventivas:
- Usar frascos de pesagem limpos e secos e manter o prato de pesagem sempre livre de poeira,
contaminantes ou gotas de líquidos.
- Usar frascos de pesagem com gargalo estreito.
- Usar tampas ou rolhas nos frascos de pesagem.
C) Eletrostática
Efeito Observado: O mostrador da balança fica instável e indica massas diferentes a cada pesagem
da mesma amostra. A reprodutibilidade dos resultados fica comprometida.
Estas cargas formam-se por fricção ou durante o transporte dos materiais, especialmente os
pós e grânulos. Se o ar estiver seco (umidade relativa menor que 40%) estas cargas eletrostáticas
ficam retidas ou são dispersadas lentamente.
Os erros de pesagem acontecem por forças de atração eletrostáticas que atuam entre a
amostra e o ambiente. Se a amostra e o ambiente estiverem sob o efeito de cargas elétricas de
mesmo sinal [+ ou -] ocorrem repulsões, enquanto que sob o efeito de cargas opostas [+ e -],
observam-se atrações.
Medidas corretivas/preventivas:
- Aumentar a umidade atmosférica com o uso de um umidificador ou por ajustes apropriados no
sistema de ar condicionado (umidade relativa ideal: 45-60%).
- Descarregar as forças eletrostáticas, colocando o frasco de pesagem em um recipiente de metal,
antes da pesagem.
- Conectar a balança a um "terra" eficiente.
D) Magnetismo
Motivo possível: Se o material for magnético (ex.: ferro, aço, níquel, etc.) pode estar ocorrendo
atração mútua com o prato da balança, criando forças que levam a uma medida errônea.
Medidas corretivas/preventivas:
- Se possível, desmagnetize as amostras ferromagnéticas.
- Como as forças magnéticas diminuem com a distância, separar a amostra do prato usando um
suporte não-magnético (ex.: um béquer invertido ou um suporte de alumínio).
- Usar o gancho superior do prato da balança, se existir.
18.2 - Tacômetros
TACÔMETRO DIGITAL eletrônico de baixo custo utilizado para medição de rotação. Pode ser
utilizado como um tacômetro óptico ou como um tacômetro de contato permitindo a medição de rpm
nas mais diversas aplicações.
Quando operado como tacômetro de contato, permite o uso como medidor de velocidade linear
(metros/segundo) . No modo fototacômetro possui uma mira laser que pode ser usada com
precisão até 100 cm de distância do ponto de medição de rotação.
TACÔMETRO MDT2238A
Descrição:
Instrumento digital portátil, com LCD de 5 dígitos, precisão básica de
0.05% + 1D, registro de máximo, mínimo e leitura atual com mudança de
faixa automática. Realiza medidas de RPM por meio foto-eletrônico e por
contato com medidas de velocidade de superfície em m/min. Inclui como
acessórios, adaptadores e fitas refletoras.
Características Técnicas:
Display: LCD 5 dígitos com leitura máxima de 99999
Taxa de Amostragem: 0.5 segundo (acima 120 RPM)
Indicação de Bateria Fraca: Indicação "Símbolo de Bateria" será mostrada
quando a tensão da bateria cair abaixo da tensão de operação
Memorização dos Valores Máximo, Mínimo e Última Leitura: "UP", "dn", e
"LA" são mostrados, respectivamente, no display
Seleção de Faixa: Automática
Distância de Detecção (Foto Tacômetro): 50mm ~ 500mm
Base de Tempo: Cristal de Quartzo
Ambiente de Operação: 0°C ~ 50°C, RH < 80%
Ambiente de Armazenamento: -20°C ~ -50°C, RH < 80%
Alimentação: 4 baterias AA de 1.5V
Consumo de Corrente: Aprox. 50mA
Dimensões: 160(A) x 72(L) x 37(P) mm
Peso: Aprox. 300g (incluindo baterias)
Elétricas:
Faixas: 2.5 ~ 99999 RPM (Foto); 0.5 ~ 19999 RPM (Contato); 0.05 ~ 1999.9 m / min (Superfície)
Precisão: ± (0.05%+1D)
Resolução: 0.1 RPM (2.5 ~ 999.9 RPM - Foto); 1 RPM (>= 1000 RPM - Foto); 0.1 RPM (0.5 ~ 999.9
RPM - Contato); 1 RPM (>= 1000 RPM - Contato); 0.01 m/min(0.05 ~ 99.99 m/min); 0.1 m/min (>=
100 m/min)
Acessórios:
Manual de Instruções (em Português) e Assistência Técnica no Brasil
Adaptador para Medir Velocidade de Superfície (Modelo TW-02)
Adaptador para Medir RPM por Contato
Adaptador para Medida por Contato
Borracha Tipo Cone (Modelo TC-02)
Borracha Tipo Funil (Modelo TF-02)
Fita Refletora para RPM (600mm) (Modelo FRT-60)
Estojo para Transporte
TACÔMETRO DIGITAL
Dimensional
Este instrumento permite que o usuário visualize um objeto em movimento, mesmo em altas
velocidades, como se "estivesse parado" (Efeito estroboscópio).
Este instrumento pode operar desde 0,3 até 175 lampejos por segundo, o que representa uma
rotação desde 20 até 10500 rpm (Rotação por minuto) podendo ser visualizada instantaneamente
através de seu mostrador digital tipo LED de 5 dígitos.
é fabricado com tecnologia totalmente digital microprocessada, não tendo nenhum tipo de ajuste
mecânico ou potenciômetro, permitindo um ajuste fácil e preciso através do teclado no painel do
equipamento.
Para facilitar o uso em um determinado movimento, o instrumento possui uma tecla de procura
rápida que altera a velocidade na seqüência 100/500/1000/2000/5000 rpm, que possibilita uma
rápida aproximação da freqüência adequada. O equipamento também pode dobrar ou dividir por
dois a velocidade com o uso de apenas uma tecla.
18.3 - Torque
18.3.1 - Torque estático
Torquímetros
1. A JUNTA MECÂNICA
Uma junta mecânica roscada oferece a vantagem de desmontagem rápida para inspeção ou reparo
de componentes; fixadores podem ser reutilizados.
Inspeções e reparos podem ser efetuados no campo com um mínimo de ferramentas.
FORÇA DE FIXAÇÃO
C) Como vemos, a força de fixação da junta é muito importante para assegurar um perfeito
funcionamento do produto em que se encontra instalada.
Se aplicarmos um aperto pequeno demais, os componentes da junta podem começar a soltar-se
debaixo das cargas de trabalho, resultando numa falha catastrófica.
Prof. Marcos Carvalho Campos UFPR-DEMEC
Apostila de TM-247 - Sistemas de medição 118
Se aplicarmos um aperto em excesso, podemos espanar a rosca do fixador, gerar uma tensão que
ultrapassa o limite de resistência do fixador ou envergar os componentes da junta, condições estas
que prejudicariam o bom desempenho do produto.
Os ensaios devem sempre ser feitos nas condições mais próximas à realidade da montagem.Após
definição da força de fixação necessária em determinada junta e do relaxamento que deve ocorrer
podemos especificar o torque a aplicar ao fixador.
Depois nada melhor que um „teste de campo„ sob as condições reais de cargas de trabalho e
cargas externas.
Se a junta não falhar e nem se soltar, a escolha dos componentes da junta e o processo de
montagem com os torques utilizados foram perfeitos.
5. AUDITORIA DE TORQUE
„Auditoria de torque‟ pretendendo encontrar o torque aplicado a minutos, horas ou dias atrás é um
processo duvidoso, pois quando tentamos reiniciar a rotação da porca ou fixador teremos que
vencer a „fricção estática‟, que devido ao relaxamento dos componentes da junta pode ser bem
diferente da „fricção dinâmica‟ que existia no momento do aperto.
Muitos fatores contribuem para alterar a tensão residual do fixador e com isso a força de fixação
existente na junta: estado de lubricidade, dureza diferente de materiais, gaxetas e o tempo que
passou entre a aplicação de torque e a tentativa de medir a força de fixação residual. É muito
importante que torques apurados em ensaios sejam respeitados no „chão de fábrica‟.O operador
deve parar de aplicar força tão logo atinja o torque recomendado. O conceito '„um pouco mais não
pode fazer mal‟ não é aceitável, porque pode fazer mal, sim!
6. RELAXAMENTO
Na prática ocorre uma gradual perda da força de fixação em quase todas as juntas roscadas
porque as faces da junta em contato aos poucos sofrem um „nivelamento‟ das irregularidades de
superfície que diminui a força de fixação existente.
Quando devemos montar uma junta com múltiplos fixadores encontramos um problema de
relaxamento peculiar: enquanto apertamos um fixador, um outro fixador, já instalado, perde a sua
força de fixação porque a mudança das condições de tensão na junta provoca um relaxamento
localizado.
Para diminuir este inconveniente executa-se o aperto dos fixadores numa „seqüência cruzada‟, ou
num padrão espiral. Um outro procedimento é apertar os fixadores em vários „passos‟ (ex.: 30% -
70% - 100% do torque especificado), mantendo o padrão de „seqüência cruzada‟ ou „espiral‟.
A prática de aperto em vários „passos‟ ou „passadas‟ ajuda a eliminar uma das causas do baixo
aproveitamento de torque para gerar tensão e força de fixação no fixador e na junta, pois apertos
repetidos reduzem a fricção entre partes contactantes. Este procedimento muitas vezes é utilizado
na montagem de juntas críticas (ex.: aeronáutica e veículos).
Outro fator que pode afetar substancialmente o relaxamento da força de fixação numa junta é o
emprego de arruelas debaixo da cabeça do parafuso. O diâmetro do furo da arruela, acabamento
da face de contato e dureza da arruela influenciam o relaxamento da força de fixação na junta e a
tensão no parafuso.
Provavelmente a causa de relaxamento mais conhecida é o emprego de gaxetas de vedação entre
dois componentes da junta. Para dar tempo para a gaxeta se acomodar, é aconselhável apertar os
parafusos mais uma vez para compensar a força de fixação perdida.
Torquímetro de "giro-livre" impede que o operador aplique um torque maior do que aquele
selecionado. É mesmo à prova de teimosia e descuido.
- Quando o torque-alvo é atingido o corpo do torquímetro gira em falso e soquete ou ponta
engajada no parafuso não se mexem mais.
- A escala micrométrica permite regulagem precisa, que é mantida inalterada devido a uma trava
durante todo ciclo de trabalho
- O torquímetro de "giro-livre" rearma automaticamente
AXIAL COM ESCALA
8. AFERIÇÃO DE TORQUÍMETRO
Para montagens automotivas e industriais em ambientes hósteis (sujeira, pouca visibilidade, mão
de obra não-especializada).
Quando o trabalho é feito numa linha de montagem, com aplicação repetida de um mesmo torque,
utiliza-se o modelo „Pre-Set‟, cujo ajuste é feito em departamento de Garantia de Qualidade.
C) Torquímetros de limitação de torque.
C1) Tipo „giro livre‟ para aplicação de torques relativamente baixos, eliminando o julgamento do
operador.
Estes calibres de torque operam com escalas em Nmm, Ncm, Nm, cmgf, onça-polegada e libra-
polegada.
Quando devemos comprar um torquímetro para uma aplicação nova, devemos observar alguns
detalhes importantes:
A) Torque a aplicar: no caso ideal o torque a aplicar deve situar-se próximo à metade da
capacidade máxima do torquímetro.
B) Tolerância do torque a aplicar: o torquímetro deve ter uma resolução boa, que permita identificar
claramente onde ficam os limites inferior e e superior do torque a aplicar. Se nossa especificação é
torque nominal (alvo) 16 Nm, com limite inferior de 14 Nm e com limite superior de 17 Nm, então
um torquímetro com graduação de 5 em 5 Nm não serve !
O espaçamento das divisões de qualquer torquímetro deve ser grande o suficiente para permitir
fácil identificação dos limites inferiores e superiores.
C) Precisão do torquímetro: deve obedecer à Norma Brasileira 1231 que obriga o fabricante a
garantir uma precisão de ± 4% sobre o valor de torque indicado ou aplicado entre 20% a 100% da
capacidade máxima do torquímetro.
D) Formato do torquímetro: deve levar em consideração as condições de acesso ao fixador e o
espaço disponível para a aplicação de força ao torquímetro.
Multiplicadores de torque são também indicados quando o espaço para aplicação de torque é
limitado. A escolha de um multiplicador sempre deve orientar-se pela „capacidade máxima de
Saída‟. Enquanto o encaixe de entrada de um multiplicador é fêmea, o encaixe de saída é macho e
sempre maior que o encaixe de entrada. Multiplicadores de torque podem ser „agrupados‟ (ganging)
para aumentar sua capacidade de torque, porém o torque final aplicável sempre é limitado pela
capacidade máxima de torque na saída do último multiplicador.
Obstáculos frontais são suplantados por torquímetros radiais com extensão e torquímetros axiais.
Obstáculos laterais são vencidos por torquímetros radiais com catraca. Obstáculos verticais são
subplantados com torquímetros de bocas dianteiras, intercambiáveis.
Vale lembrar que torque é força aplicada x comprimento da alavanca.Quando é necessário utilizar
uma boca dianteira de comprimento especial devemos fazer um cálculo de compensação do
aumento efetivo do torquímetro, conforme explicado abaixo. Quando o torque a aplicar é grande,
exigindo um torquímetro de cabo muito longo, podemos optar pelo uso de um multiplicador de
torque, de tamanho reduzido, sendo acionado por um torquímetro de cabo curto.
A comunicação clara na consulta a um fornecedor poderá evitar perda de tempo e de dinheiro pela
aquisição de torquímetros inadequados ao serviço.
Da mesma forma, é aconselhável certificar-se da unidade correta de torque antes de empregar o
torquímetro para determinada aplicação. Assim evitamos torques baixos demais e torques em
excesso, pois em ambos os casos a junta roscada do nosso produto falhará.
O objetivo deste trabalho é definir uma solução técnica para a medição de torque entre o
motor de combustão interna e o gerador de energia elétrica.
A solução técnica adotada deve ser compatível com o sistema de coleta de dados do
processo de modo a permitir um controle do parâmetro “Torque” em tempo real. Este controle do
Torque em tempo real permite que se estabeleça algum parâmetro de segurança que possam
minimizar eventuais prejuízos causados por falhas devido à:
O controle do Torque faz-se necessário, pois com o aumento repentino da rotação do motor
acarreta em uma diminuição brusca no torque. Desta maneira o controle do parâmetro torque pode
influenciar diretamente injeção de combustível no motor. Desta maneira pode ser estabelecida uma
relação entre o torque medido e a rotação do motor.
Fabricante: Magtrol
Modelo: 212
Serie: TMB
Escala nominal: 200 N.m
Classe de precisão: < 0,15 %
Rotação Máxima: 10.000 rpm
'
www.magtrol.com
www.loadcellsistems.co.za
www.msiusa.com/schaevitz
www.futek.com
www.celuladecarga.com.br
www.equacional.com.br
18.4 - Pressão
18.5 - Temperatura
18.5.1 - Termistor
Objetivo
Avaliação das respostas oferecidas por diferentes termistores em função das diferentes
temperaturas que foram submetidos e obter uma equação capaz de descrever o comportamento do
termistor, correlacionando a resistência apresentada pelo termistor e a temperatura na qual se
encontra.
Esquema da Experiência
Procedimento
Primeiramente é necessário que todos os termistores estejam devidamente soldados ao fio duplo e
este soldado na porta de entrada da interface. Os 6 termistores são colocados em um dispositivo do
banho de aquecimento que permite que os mesmos tornem-se suscetíveis, simultaneamente, à
temperatura do banho, sem contato com a solução.
O sistema de aquecimento do banho é programado para a primeira temperatura, escolhida como
sendo 20o C. Após a estabilização da temperatura do banho o LABVIEW é acionado para a
aquisição das resistências que os 6 termistores individualmente estão apresentando a passagem
de corrente elétrica emitida pela interface, nesta temperatura. Para obter um resultado confiável
faz-se a aquisição de 100 registros, sendo que cada registro é feito em 2 segundos. Estes dados
são registrados e exportados para o EXCEL onde serão analisados e utilizados para obter a
equação do termistor.
Na primeira tentativa observou-se um ruído, consideravelmente alto, que nos levou a instalação de
2 capacitores na interface dos termistores 1 e 2 visando obter melhores respostas. Este
procedimento permitiu uma comparação dos termistores com os capacitores (1 e 2) e os sem
capacitores (3, 4, 5 e 6).
Após a aquisição dos dados à temperatura de 20 o C reprogramou-se o sistema de aquecimento
para elevar a temperatura do banho para 30 o C e posteriormente para 35 o C. A cada temperatura,
após estabilizada, foi feita a aquisição dos dados.
Para fins de comparação repetimos o procedimento acima descrito para os termistores 1, 2, 4, 5 e
6, onde avaliou-se a reprodutibilidade do experimento. Já na interface do termistor 3 foi instalado
um capacitor para comparação com o primeiro ensaio.
Discussão
Prof. Marcos Carvalho Campos UFPR-DEMEC
Apostila de TM-247 - Sistemas de medição 128
T = temperatura ( º C ) R = resistência ( )
1 1
B A
Onde,
3 x y x y y A x
A B
3 x 2 x
2
3
Onde,
1
y x ln(T ( K )) T(K) é a temperatura absoluta do banho.
T (K )
Conclusão
A partir dos gráficos e das tabelas apresentadas podemos confirmar que a calibração dos
termistores foi possível. Encontrou-se valores de e que permitem representar matematicamente
o comportamento de cada termistor através da equação apresentada. Abaixo são apresentados os
valores de e para cada termistor:
T1 T2 T3 T4 T5 T6
Ensaio 1 1476 1445 3753 4294 4443 3111
T1 T2 T3 T4 T5 T6
Ensaio 2 1481 1456 1463 4322 4330 3232
Tanto a tabela acima como os gráficos apresentados mostram claramente que a presença de
capacitor na interface altera significativamente os valores de e em menor proporção os valores de
. Este comportamento verifica-se principalmente no termistor 3, que no 1 o ensaio estava sem
capacitor e no 2o ensaio foi instalado um.
Nos capacitores que foram mantidos nos dois ensaios, observou-se através de e , que o
comportamento é reprodutível, pois os valores de e se mantém próximos.
18.5.2 - Termopar
A escolha de um termopar para uma determinada aplicação deve ser feita considerando-se todas
as características e normas exigidas pelo processo como:
- Faixa de Temperatura - Precisão
- Estabilidade - Repetibilidade
- Condições de Trabalho - Velocidade de Resposta
- Potência Termoelétrica - Custo
Para a perfeita instalação e uso, deve-se atentar com vários detalhes de montagem como por
exemplo o comprimento de inserção:
O comprimento da proteção e do sensor deve ser de tal forma que acomode a junção de medição
bem no meio do ambiente em que se deseja medir a temperatura.
Um comprimento de inserção mínimo recomendado por norma é de no mínimo 10(dez) vezes o
diâmetro externo da proteção (bainha, tubo ou poço), para minimizar os erros causados pela
condução de calor ao longo da proteção.
Ruídos em Termopares
Ruído é qualquer distúrbio ou sinal falso que, acoplado de diferentes maneiras numa linha de sinal
de termopar e superposto ao sinal original, tende a alterar o conteúdo das informações, o que reduz
a precisão das medidas, controles e registros, tornando as malhas de controles mais instáveis e
monos confiáveis.
Como os termopares geram sinais de baixo nível (milivolts) qualquer campo elétrico ou magnético
pode interferir nos sinais gerados pelo sensor.
Existem inúmeras fontes de ruídos inerentes ao processo industrial, como por exemplo, linhas de
alta tensão, controles tristorizados (SCR, TRIAC), Walk-Talk, reatores de lâmpadas fluorescentes,
motores C.A. e C.C., geradores elétricos, transmissores e receptores de comunicação, cabos de
telefonai, centro de controle de motores, máquinas de solda elétrica, fornos de indução, contatores
Prof. Marcos Carvalho Campos UFPR-DEMEC
Apostila de TM-247 - Sistemas de medição 130
2. Os ruídos de modo comum são causados por um mau aterramento, ou seja, diferentes potenciais
de terra.Quando dois pontos de terra diferente são ligados a um mesmo sistema, ocorre a
circulação de correntes de terra, fazendo com que o ruído retorne ao sistema e vá ao instrumento
receptor.
Isto é muito comum quando se usa termopares com junção aterrada.
Portanto, para evitar o duplo aterramento, deve-se somente aterrar a blindagem em um único ponto
de terra; no terra do instrumento se o termopar for de junção isolada, ou no mesmo terra do
termopar (tubo de proteção) caso este seja de junção aterrada.
3.Ruídos magnéticos são produzidos por campos magnéticos gerados pela circulação de corrente
em condutores ou de motores e geradores elétricos.
Se o campo magnético gerado passa através do sistema de medição de temperatura a termopar,
este campo pode se acoplar e induzir uma corrente elétrica espúria no sistema.O método para a
minimização dos ruídos magnéticos é a torção dos fios ou cabos de extensão e compensação. A
torção dos cabos faz com que a corrente induzida se cancele, atenuando este tipo de interferência.
Quanto maior for o número de torções, mais eficiente será contra os ruídos.
Para uma melhor proteção, os fios ou cabos de extensão e compensação devem ser torcidos e
blindados.Além de todos estes métodos de se minimizar as interferências nos sinais gerados nos
pares termoelétricos, a instrumentação também deve ter circuitos de entrada e saída isolados
galvânica ouopticamente, ou técnicas de software para uma melhor performance no sitema de
medição de temperatura a termopar.
Todas estas técnicas de hardware ou software para filtrar as entradas de informações, combatem
de diferentes maneiras o ruído já introduzido na linha de sinal. No entanto, é muito melhor limitar a
quantidade de ruído que pode se infiltrar na linha.
Um modo de se conseguir este objetivo é atravé do uso de Transmissores de Sinais para carregar
a linha com um sinal de tensão ou corrente contígua de alto nível (1 a 5 Vcc ou 4 a 20 mA). O uso
dos transmissores de sinal, possibilitam além de tornar o circuito termoelétrico quase imune aos
problemas de ruídos espúrios, há também algumas vantagens como a de se utilizar fios e cabos de
cobre comuns, não precisar de blindagens e aterramentos, não necessitar de instalação especial
(bandejas e conduites comuns), transmissão de sinais a grandes distâncias, padronização de sinais
e custos de instalação reduzidos caso as distâncias forem grandes entre o sensor e instrumento.
Dependendo do Span de trabalho, consegue-se também uma maior precisão do que a montagem
convencional com fios e cabos de extensão e compensação.
em contato com ele for redutor, alternadamente reduto/oxidante ou uma atmsofera pobre de
oxigênio.
Com relação a inércia dos termopares, os fatores que influenciam nos tempos de resposta são:
- Capacidade Térmica do fluido e do termopar
- Condutividade Térmica do fluido e do termopar
- Relação massa / superfície do termopar
- Velocidade do Fluido ao redor do termopar
- Tipo e posição da Junção de medição do termopar
- Profundidade insuficiente de imersão
- Espaçamento interno entre o poço ou tubo e o sensor
Os limites de erros vistos anteriormente (do termopar e do cabo) são chamados erros individuais.
Porém o erro total do sistema termopar, mais cabo e mais instrumento, tem que ser calculado para
se conhecer o erro total numa instalação a termopar, e saber se este erro é maior ou menor do que
o processo admite.
O erro médio mais provável num sistema a termopar é igual a raiz quadrada da soma dos quadrdos
dos erros absolutos de cada componente deste sistema.
Exemplo: Um processo a 1000ºC, usando termopar e cabo tipo K, e um instrumento analógico para
indicação, temos:
Notas:
- Os limites de erros admitidos neste exemplo, estão de acordo com a norma ANSI MC 06.1 de
1982.
- Neste exemplo, conseguiu-se um incremento na precisão do sistema de quase 100%, somente
usando um sensor e um instrumento mais precisos.
- Os erros citados anteriormente são para todos os elementos (termopar, cabo e instrumento)
aferidos.
Existem vários tipos de montagens para os termopares, que se aplicam em tipos de processos
bastante específicos. Estas montagens tem como objetivo obter uma melhor eficiência em termos
de tempo de resposta, precisão e vida útil.
O termopar PAD ou SKIN é uma montagem que tem na sua extremidade uma chapa metálica
soldada ou prensada, onde está a junção de medição do termopar. Esta chapa é fixada nas
paredes da tubulação, onde a troca de calor acontece muito rapidamente e sem perdas, resultando
numa precisa e rápida medição de temperatura. O PAD ou SKIN pode ser soldado diretamente
numa parede ou ser adaptado (encurvado) para se fixar numa tubulação.
Este tipo de montagem é muito usado em máquinas injetoras de plásticos ou extrusoras, máquinas
de shell-molding, além de outras aplicações devido ao seu rápido tempo de resposta e facilidade de
instalação.
O termopar flexível tem sua profundidade de inserção ajustável por meio de uma conexão
rosqueada sobre uma mola, que permite um contato firme com a superfície a ser medida,
resultando em maior precisão e um rápido tempo de resposta.
Multi Termopares
Para estes casos usam-se os multitermopares, onde num único tubo ou poço, coloncam-se vários
termopares com as junções de medidas localizadas em pontos específicos, resultando numa
medição satisfatória.
Geralmente é composto de uma
caixa de junção (aprova de tempo e/ou
explosão) para as junções de
referência e o contato com os
cabos compensados.
Conclusão
Através deste relatório pudemos identificar conceitos fundamentais sobre termopares, bem como
recomendações para a correta seleção, instalação e uso dos mesmos. Também pudemos verificar
as diferentes escalas de precisão do sisterma de medição. A fase de seleção da primeirde
termopares foi concluída, entretanto os dados foram insuficientes para a fase subsequente - a
cotação- que não foi concluída pelo motivo mencionado.
Conexão ao
Material Transmissor de temperatura
conduíte
Sufix Sufix
Descrição Sufixo Descrição Descrição
o o
A prova de tempo
GR 21 1/2"BSP TT" Acoplado ao cabeçote
Gde
Com tampa
TP 27 3/4"NPT - -
parafusada
Prensa Com bloco cerâmico de
ER A prova de explosão 45 OO
cabo ligação
*Indicar faixa de operação (Range) do transmissor
galvanizado união
- Galvonizado - - - -
I Aço inox 304 27 3/4" NOM. U Com união
Tabela 4: POÇO
Construção Material P/ Poço Rosqueado P/ Poço Flangeado
Descriçã Descriçã Sufi Desc Descriçã
Sufixo Sufixo Sufixo Descrição Sufixo Descrição Sufixo
o o xo rição o
ø
Rosca
R Rosca - - 304 Inox 304 21 - - 330 nominal
1/2"
1"
ø
- - - - - - - - N NPT 420 nominal 1
1/4"
ø
Rosca
- - P Paralelo - - 27 - - 480 nominal 1
3/4"
1/2"
Flangead nominal
F - - - - - - - - 600
o 2"
150
- - - - 316 Inox 316 33 Rosca 1" - - 150
lb/pol2
300
- - C Cônico - - - - B BSP 300
lb/pol2
Especifica 600
S Soldado - - - - 11 - - 600
r lb/pol2
Especifica 500
- - - - 111 - - - - 500
r lb/pol2
EXEMPLO
CAM-37-J-S-14-GR-21-00-G-21-U-400-00-R-C-316-27-N
Termopar tipo J, simples elemento, fio 14 AWG, niple nião, aço
galvanizado de 1/2 x 100mm, cabeçote alumínio a prova de tempo, poço
cônico usinado em inox 316, rosca de fixação 3/4 NPT, comprimento
útil 400mm, comprimento "T"=0.
Casos especiais Adicionar o sufixo C ao final do código para termopar com certificado de
calibração.
Termopares geram sua própria tensão, não requerem corrente de excitação, isso significa que não
há erros por auto-aquecimento. Outras vantagens seriam que são imunes a vibrações, fáceis de
construir, operam em ampla faixa de valores, possuem um tempo de resposta rápido, estabilidade e
baixo custo.
Certamente as principais desvantagens são o baixo nível da saída (valores típicos estão na faixa de
50 mV), a não linearidade e a necessidade de compensação da temperatura da junção de
referência. Com níveis tão baixos de tensão, cuidados devem ser tomados para evitar ação de
interferências (blindagens, fios trançados, etc), o que faz com que o termopar tenha um aumento ao
seu preço.
2. Funcionamento e Construção
O efeito Seebeck é um efeito termoelétrico, pois envolve calor e eletricidade. A tensão de circuito
aberto através da junção de referência é a chamada tensão de Seebeck e aumenta à medida que a
diferença de temperatura entre as junções aumenta. O termopar é diferente da maioria dos outros
sensores de temperatura uma vez que sua saída não está diretamente relacionada à temperatura,
A tensão somente é observada em um circuito completo que envolva pelo menos dois tipos de fios.
A seleção destes metais para os termopares é normalmente feita com base nas condições de
aplicação. Ligas metálicas relativamente baratas (com base em Fe, Ni, Cr, etc.) podem ser usadas
a temperaturas moderadas (até cerca de 1000°C), mas para temperaturas muito elevadas (1500-
1700°C) são necessários termopares à base de ligas ricas em platina. Os termopares são
classificados por letras, cada letra possui uma faixa de temperatura de trabalho e ou um limite de
erro diferente.
Por exemplo, o termopar tipo "J" é constituído por dois fios diferentes, sendo a fio positivo de ferro e
o fio negativo de constantan (liga cobre-níquel). Este, pode operar na faixa de 0 a 760ºC e aplica-se
a ambiente oxidantes, inertes, redutores em vácuo parcial. Já o termopar tipo "K" tem sua perna
positiva de uma liga de níquel-cromo conhecida como cromel e a negativa de outra liga níquel-
alumínio, chamada alumel. E pode operar na faixa de temperatura entre -200 a 1260ºC, em
ambientes oxidantes ou inertes.
Na tabela 1, são mostrados propriedades dos tipos de termopares mais comuns, inclusive os
materiais dos fios negativo e positivo, e orientação quanto à aplicação de cada um dos modelos.
Existem também tabelas normalizadas que dão os valores da tensão de saída do termopar
considerando que a segunda junção do termopar (a junção fria) é mantida a exatamente zero graus
Celsius. Antigamente isto era feito conservando a junção em gelo fundente, daí vem o termo
compensação por junção fria. Entretanto, a manutenção do gelo nas condições necessárias não era
fácil, logo foi optado por medir a temperatura da junção fria e compensar a diferença para os zero
graus Celsius.
Normalmente a temperatura da junção fria é medida por um termistor de precisão. A leitura desta
segunda temperatura, em conjunto com a leitura do valor da tensão do próprio termopar é utilizada
para o cálculo da temperatura verificada na extremidade do termopar. Em aplicações menos
exigentes, a compensação da junção fria é feita por um semicondutor sensor de temperatura,
combinando o sinal do semicondutor com o do termopar. É importante a compreensão da
compensação por junção fria, qualquer erro na medição da temperatura da junção fria irá ocasionar
igualmente erros na medição da temperatura da extremidade do termopar. A temperatura da junção
de referência para termopares foi fixada em 0ºC para simplificar as equações matemáticas usadas
que descrevem o comportamento dos termopares. Como conseqüência, as tabelas de referência
dos termopares pressupõem uma junção de referência em 0ºC. Para realizar medições corretas o
usuário deverá assegurar-se que essa condição está sendo atendida, seja por meios físicos (banho
de gelo) ou por meios eletrônicos (compensação automática realizada pelo instrumento de leitura).
A tensão de saída do termopar é normalmente dada em valores de mV e o gráfico 1 mostra a
conversão entre estes valores de mV para °C, para diversos tipos de termopares. Normalmente, o
próprio equipamento que está adquirindo e processando os dados do termopar faz esta conversão
e mostra diretamente os valores ao operador em °C.
Há diversos arranjos físicos de termopares. O elemento pode ser colocado no interior de um tubo,
de aço inox com peças internas de cerâmica para evitar contato elétrico ou de cerâmica para
temperaturas mais altas. O elemento pode ser envolvido por uma barra cerâmica, deixando
somente a junção exposta, neste caso há menor proteção, mas as respostas às variações são mais
rápidas. E também existem os termopares sem nenhum tipo de proteção eficiente, que pode ser
utilizado em medições da temperatura do ar ou de algum gás, por exemplo, mas é bastante
suscetível a interferências.
Termopar com a junção dentro de um tubo e sem contato com o tubo, figura 3. Neste tipo o sinal
não é afetado por ruídos, mas o tempo de resposta fica bastante reduzido.
Termopar com a junção dentro de um tubo e com contato interno no tubo, figura 4. Neste modelo o
sinal é mais suscetível a ruídos, mas o tempo de resposta é melhor.
Termopar com a junção exposta, figura 5. Este modelo possui uma melhor velocidade de resposta,
mas não é recomendável para ambientes corrosivos, com umidade e com nível de ruídos elevados.
Aplicações
Como já foi dito, os termopares possuem uma gama de aplicações muito grande na indústria.
Podem ser utilizados para medir a temperatura de gases e líquidos em tubulações, temperaturas
em fornos, refrigeradores e unidades de resfriamento, vapor ou ar ambiente, óleos lubrificantes em
motores e outros equipamentos e em outras aplicações nas quais o termopar pode ser mantido
constantemente em contato com o meio. Há termopares construídos para usos específicos, aonde
serão desenvolvidos formatos e posições de instalação para que se consiga uma medição precisa
do meio.
Na figura 7, está esquematizado um exemplo simples de uma medição de temperatura utilizando
um termopar. O termopar aparece ligado a um processador de sinal, que transforma o sinal em mV
em um valor de temperatura, em seguida estes dados são gravados utilizando um sistema de
aquisição. Posteriormente os dados gravados são processados e analisados através de tabelas e
gráficos de resultados. Existem vários modelos e fabricantes de sensores, processadores de sinal e
aquisitores de dados, cada caso deve ser estudado para que os equipamentos sejam satisfatórios
com as aplicações e performance desejadas.
condições, torna-se necessário que o equipamento seja ligado ao termopar através de fios que
possuam uma curva de força eletromotriz em função da temperatura similar àquela do termopar, a
fim do equipamento poder efetuar a correção da junta de referência.
Na figura 8, podemos observar este cabo, que sai de um termopar instalado em um tubo de escape
de um motor. Estes fios são feitos da mesma liga dos termopares utilizados, mas a composição
química não é tão homogênea quanto seus termopares com a intenção de reduzir custos. Também
pode ocorrer dos fios serem de materiais diferentes do termopar, mas possuírem uma mesma curva
F.E.M. x temperatura.
Outros modelos de termopares podem ser vistos na figura 9, são exemplos de termopares
encontrados no mercado para diversas aplicações, alguns com proteção cerâmica, outros com
proteção metálica e outros sem proteção.
Outras funções
Termopares também podem ser ligados em série, formando uma termopilha. Com isso, a tensão de
saída é aumentada, amenizando o problema da baixa tensão individual. No diagrama da figura 9
abaixo, a tensão V é proporcional à diferença de temperaturas Ta - Tb.
Figura 9. Termopilha
Pressão Estática – é a pressão real ou a pressão termodinâmica que atua no fluido. Pode também
ser definida como a pressão acusada por um sensor que acompanha o fluido, com a mesma
velocidade deste. É medida através do uso de um pequeno orifício executado na parede da
tubulação ou de outra superfície alinhada com o escoamento, tendo-se o cuidado de que esta
medição altere o mínimo possível o movimento do fluido.
v12 p1 v22 p 2
(1)
2 2
1 2
p 2 pTotal p1 v1 (2)
2
(A) (B)
Figura 2 – Pressões estática, total e dinâmica em um canal aberto (a) e em uma tubulação (b).
Na Figura 2 são mostradas duas montagens em que o fluido manométrico é o mesmo fluido em
escoamento. No caso (a) trata-se de um escoamento em um canal aberto, sendo que a altura
obtida com o tubo estático praticamente coincide com o nível da superfície livre do líquido, sendo
que pequenas diferenças podem ocorrer em virtude dos erros cometidos na própria leitura desta
pressão. O tubo de pressão total acusa uma altura acima da superfície livre, correspondendo à
pressão dinâmica, que transformada em unidades de comprimento, fornece a altura que atinge uma
partícula sólida em movimento vertical, possuindo velocidade inicial idêntica à velocidade do fluido
em escoamento. No caso (b) trata-se do escoamento em uma tubulação e a altura no primeiro tubo
indica o valor correspondente à pressão estática do escoamento. O segundo tubo indica a pressão
total, sendo que a diferença entre os dois corresponde à pressão dinâmica ou à energia cinética do
escoamento. A altura do segundo tubo também indica toda a energia disponível no escoamento
naquele ponto (no caso trata-se de energia mecânica, conforme os termos presentes na Equação
de Bernoulli).
A montagem da Figura 1(c) constitui um tubo de Pitot, com a pressão estática sendo medida na
parede do tubo. Outra possibilidade de montagem é apresentada na Figura 3, sendo também
conhecida como Sonda de Prandtl (Doebelin, 1990). Neste caso a leitura da pressão estática ocorre
no tubo externo e a da pressão total, no tubo interno. Para a leitura da primeira é necessário que a
tomada de pressão esteja colocada em uma superfície plana, paralela ao escoamento. No caso da
Figura 3, usou-se como superfície a própria parede da sonda, enquanto que na Figura 2, usou-se a
própria parede da tubulação.
Para a montagem da Figura 3 ou da própria Figura 1(c), a velocidade obtida através da Equação de
Bernoulli será dada pela Equação (3).
m f
v 2 gh (3)
f
A pressão estática pode ser medida através de tomadas de pressão instaladas na parede da
tubulação ou através de uma sonda como a representada pelo tubo externo da Figura 3. No
primeiro caso, considera-se que um simples orifício efetuado na parede da tubulação venha a
fornecer o valor correto da pressão estática. Em princípio considera-se também que o menor orifício
seja o de menor influência, tendo em mente ainda que orifícios muito pequenos são difíceis de
serem executados e podem entupir facilmente. A Figura 4 sugere um tipo de montagem, indicando
que a conexão com o instrumento de leitura da pressão seja acoplada à parede da tubulação, que
tenha um diâmetro interno duas vezes superior ao diâmetro do furo (d). Um comprimento L deve
separar a extremidade da conexão e a superfície interna da parede, recomendando-se que 1,5
<L/d<6,0 (Benedict, 1984).
Na Figura 5 apresenta-se uma série de acabamentos para a tomada de pressão estática, com
desvios relativos ao caso padrão, que seria o caso de orifício com acabamento em canto vivo, a
90°. Os desvios são indicados em valores percentuais do valor da pressão dinâmica. Casos como o
da presença de rebarbas na execução da furação, ou casos em que a extremidade da conexão de
leitura da pressão passa para o interior da tubulação devem simplesmente ser evitados.
Também é comum usar mais de uma tomada de pressão estática em uma mesma seção da
tubulação, de forma a se obter o valor médio da pressão reinante. Montagens são mostradas na
Figura 6, sendo a montagem (a) a mais comum. Entretanto a montagem (b) é considerada melhor
para as diversas situações de medição (Benedict, 1984).
(A) (B)
Figura 6 – Ligação entre as tomadas de pressão estática (a) forma convencional (b) montagem tipo
triplo-T.
A leitura da pressão estática também pode ser feita através do uso de uma sonda individual ou
conforme a montagem da Figura 3. O posicionamento das tomadas de pressão na sonda deve
considerar afastamentos com relação à haste e também com relação à extremidade. A influência
dos afastamentos no valor da pressão lida está representada na Figura 7. Sabe-se que a
extremidade do tubo causa uma aceleração do escoamento nas proximidades da sonda, reduzindo
a pressão lida. Por sua vez o efeito de estagnação da pressão junto à haste causa um aumento da
pressão. O equilíbrio destes dois efeitos pode ser obtido com o posicionamento da tomada de
pressão a 5 diâmetros da extremidade e a 15 diâmetros da sonda, contados à partir do centro da
haste.
Figura 7 – Diferencial da pressão observado na medição de pressão estática com uma sonda.
- Tubo de Pitot:
A pressão total, de estagnação ou de impacto pode ser medida através de uma tomada de pressão
colocada diretamente contra o escoamento. O modo mais usado é o indicado nas Figuras 1 a 4,
através de um pequeno tubo com abertura na parte frontal. Esta abertura pode ser executada de
diversas maneiras, conforme indicado na Figura 8, que indica o valor a diferença entre as pressões
totais lidas com o tubo alinhado ao escoamento e o tubo desalinhado de um ângulo chamado
ângulo de ataque. Esta diferença de pressão dinâmica é tornada adimensional através da divisão
pelo valor da pressão dinâmica. Em princípio todas as formas de acabamento fornecem o mesmo
valor de pressão, se o ângulo de ataque em relação à direção do escoamento ficar restrito a 5°.
Para ângulos maiores, cada tipo de extremidade apresenta um comportamento diferenciado, sendo
que a extremidade com o exterior cilíndrico e entrada cônica é a que sofre a menor influência do
ângulo de ataque.
Figura 8 – Influência do ângulo de ataque na leitura da pressão dinâmica, para diferentes tipos de
extremidade.
O coeficiente de pressão Cp, definido como a razão entre a pressão dinâmica indicada pelo Tubo
de Pitot e a pressão dinâmica real do escoamento no ponto medido, tem sido considerado como
Prof. Marcos Carvalho Campos UFPR-DEMEC
Apostila de TM-247 - Sistemas de medição 143
tendo um valor unitário nas aplicações usuais. Entretanto alguns estudos foram realizados para
escoamentos com baixos Números de Reynolds, este sendo calculado com base no raio externo do
Tubo de Pitot. Os resultados estão dispostos na Figura 9, observando-se um forte aumento de Cp
para Re abaixo de 50. Para Re superiores a 50, pode-se considerar um valor de Cp unitário.
Figura 9 – Coeficiente de pressão (pressão dinâmica indicada/pressão dinâmica real), baixos Re.
- Sondas Cilíndricas
Para a medição da pressão total pode-se lançar mão de outras formas além do Tubo de Pitot
descrito. Uma das possibilidades ocorre com o uso de uma sonda cilíndrica, que consiste em um
tubo colocado transversalmente ao escoamento, com um pequeno orifício colocado na posição de
ataque. Esta tomada de pressão passa a receber o impacto do fluido transmitindo-o ao instrumento
indicador da pressão. A sua indicação vai depender do ângulo de ataque, formado entre a tomada
de pressão e a direção de incidência do escoamento. Alguns resultados são colocados na Figura
10, para diferentes relações entre o diâmetro da tomada de pressão e o diâmetro da sonda. A
influência do ângulo é maior para um menor valor desta relação. Embora seja de simples
montagem, este tipo de sonda resulta em um maior bloqueio da área de escoamento quando
comparado com o Tubo de Pitot e seu uso é mais restrito.
Obtenção da Vazão:
O Tubo de Pitot ou a sonda cilíndrica podem ser usados para a medir a velocidade do escoamento
em diversos pontos da seção transversal de uma tubulação, sendo que estes valores podem ser
usados para o cálculo da vazão nesta seção. Em princípio bastaria realizar uma integração do tipo
dado na Equação (4), sendo Q a vazão do escoamento. Como esta integração pressupõe o
conhecimento do perfil de velocidade, ou melhor, de uma função matemática que represente tal
perfil, pode-se aproximar a integração de um somatório, conforme o último termo da Equação (4).
N
Q vdA vi Ai (5)
A i 1
N N
Ai
Q A vi A vi wi (5)
i 1 A i 1
De acordo com a Equação (5), o peso wi, representa uma fração de área e a soma dos mesmos
deve se igualar à unidade; para verificação, basta usar um perfil de velocidade constante na própria
Equação (5), retirando-se vi do somatório.
Tabela 1 – Métodos de divisão da seção transversal, para diferentes números de divisão (x são as
posições de medição para uma seção retangular, r, para uma seção circular e w é o peso
associado a cada posição.
- Método de áreas iguais - divide-se a seção conforme indica o nome e, em conseqüência, os pesos
são todos iguais. A grande vantagem do método reside na facilidade do cálculo da vazão, uma vez
que basta achar a média das velocidades medidas e multiplicar esta média pela área da tubulação.
- Método de Newton (Cotas de Newton) - as posições de medição são uniformemente espaçadas
na seção transversal da tubulação, usando-se os pesos correspondentes às divisões adotadas;
- Método de Chebyshef – medidas com o mesmo peso entre si, espaçadas apropriadamente na
seção da tubulação;
- Método de Gauss – espaçamentos e pesos escolhidos adequadamente, de forma a se ter um
menor erro.
Dos métodos descritos acima, o último fornece o menor erro. Os erros são decrescentes com a
ordem de apresentação acima, com o método de área iguais sendo o de maior erro. A vantagem
relativa deste último, quanto à facilidade de cálculo, fica reduzida no momento atual com os
recursos disponíveis pela informática. Basta montar uma planilha de cálculo, e deste ponto de vista,
todos os métodos passam a se equivaler. O método de Newton possui uma peculiaridade, no
tocante ao posicionamento da primeira e da última leitura. Estas são colocadas sobre as fronteiras,
de modo que em escoamentos são pontos onde já se conhece as velocidades, que são nulas.
Portanto estes pontos não representam informações sobre o escoamento.
O valor do raio indicado na Tabela 1 representa um raio adimensional, calculado como a razão
entre a coordenada radial e o raio interno da tubulação. A seção transversal é “varrida” da parede
até o centro e deste até a parede, ao longo de uma direção apenas. Pode-se repetir esta varredura
para outras direções, recomendando-se 3 direções defasadas de 60° entre si ( a seção é dividida
em 6 fatias iguais). Para uma tubulação retangular o valor de x indicado na Tabela 1, representa o
valor da coordenada dividida pela dimensão da seção na direção da varredura. O mesmo
procedimento deve ser aplicado à varredura na outra dimensão.
18.7 - Vazão
18.7.1 - Medidores deprimogênitos
Dentre os diversos tipos de medidores de vazão existentes, os principais utilizados para medição
de gás natural são: medidores tipo placa de orifício, tipo turbina, de lóbulos rotativos e tipo
diafragma. Para se definir o tipo mais adequado de medidor, para um determinado fluxo de GN,
deverão ser levadas em consideração as seguintes variáveis: pressão e temperatura do gás, vazão
horária máxima e mínima e o limite de erro tolerável para medição da vazão.
Para se ter uma noção geral destes tipos de medidores, descrevemos a seguir suas características,
princípio de funcionamento e algumas particularidades.
Estes medidores são classificados como medidores do tipo Velocimétrico. Basicamente seu
princípio de funcionamento pode ser entendido da seguinte maneira: possui um rotor, cujas lâminas
são impelidas pelo movimento do fluxo de gás que pode incidir nos sentido radial, tangencial ou
axial, dependendo da disposição de construção do rotor. A velocidade do rotor é linearmente
proporcional ao volume deslocado. O volume de gás medido é determinado pela contagem do
número de revoluções do rotor e a totalização desta vazão em volume pode ser realizada
mecanicamente, através de um redutor de engrenagens que aciona um índex, ou eletronicamente,
através de um sensor que detecta o número de giros do rotor que através de circuitos faz a
contagem dos pulsos gerados digitalmente.A rangeabilidade deste tipo de medidor normalmente
situa-se entre 10:1 e 30:1 e sua acurácia é de ± 1%, podendo atingir valores muito menores da
ordem de ± 0,25%. Os medidores tipo turbina são largamente utilizados para medição de GN no
segmento Industrial. Podem operar com uma gama variada de pressões e vazões, até com altas
pressões e em altas vazões. São inclusive utilizados em estações de entrega de GN (CITY GATES)
às companhias distribuidoras.
Para selecionar o medidor deve-se observar qual a faixa de vazão de operação do seu processo e
escolher o tamanho do medidor cuja faixa nominal de vazão englobe a faixa do seu processo.
O medidor de vazão tipo turbina mede sempre a vazão volumétrica real. A obtenção da vazão
volumétrica normal e vazão mássica são obtidas através de cálculos, uma vez conhecidas a
temperatura e a pressão de operação. As unidades de engenharia mais comumente empregadas
são 3 3 m /h, para vazão volumétrica real, e m /h para vazão volumétrica normalizada.
Os seguintes dados são necessários para a especificação completa do medidor:
a) Faixa de vazão do medidor desejado.
b) Faixa de pressão de operação.
c) Faixa de temperatura de operação.
d) Descrição e dados físicos/químicos do gás.
e) Diâmetro da linha.
Onde,
TR....temperatura real de operação (ºC + 273,15) ºK.
PR....pressão real de operação, (bar + 1,013) bar (absoluto).
3 QN....vazão normal (Nm /h).
3 QR....vazão real (m /h).
Caso a vazão desejada seja em massa por unidade de tempo, devemos inicialmente calcular a
massa
específica do gás nas condições de operação, ou seja:
Onde,
Utilizando a equação
Determine a vazão real mínima utilizando a vazão normal mínima, temperatura real mínima e
pressão real máxima. Determine a vazão real máxima utilizando a vazão normal máxima,
temperatura real máxima e pressão real mínima.
Entre na tabela Faixa de Vazão para Gases para determinar o tamanho do seu medidor de vazão,
conforme as vazões mínima e máxima calculadas.
5. Instalação Mecânica
As conexões do medidor turbina podem ser flangeadas, rosqueadas ou apropriadas para uso
sanitário. Entrar na tabela de codificação para a escolha da sua conexão.
Para obter uma melhor performance no funcionamento do medidor é importante que se evite
turbilhonamento do fluído na tubulação. Os distúrbios são causados normalmente por bombas,
válvulas, curvas, tês, sensores instalados na linha, etc. Para tanto, a linha deve manter um trecho
reto de no mínimo 10 diâmetros nominais na montante e 5 diâmetros nominais na jusante.
Verificando a existência de turbilhonamento excessivo na entrada do medidor, deve-se instalar
retificador de fluxo na linha, conforme padrões de especificações como o APIRP550 ou equivalente.
5.3. Partida
2.5.4. Filtro
.5.5. Montagem
A princípio o medidor pode ser montado em qualquer posição seja horizontamente, em ângulo ou
na vertical, o fluxo do produto deve estar direcionado no sentido de baixo para cima, para assegurar
a condição de tubo cheio. Para todos os efeitos o medidor deve estar sempre cheio para
realizar as medições. O medidor, como padrão, é calibrado no sentido horizontal, caso o medidor
esteja montado verticalmente, isto pode ocasionar influência na
performance do medidor nas faixas de vazão mais baixas.
6. Instalação Elétrica
A interligação elétrica entre o medidor e o indicador deve ser feita através de cabo de dois ou
quatro vias 20AWG com blindagem trançada. O cabo não deve ser instalado no mesmo conduíte
ou bandeja que leva a alimentação e nem próximo a fonte de campo eletromagnético tais como
motores elétricos, transformadores de potência, máquinas de solda ou linha de potência e alta
tensão ou ainda inversores de freqüência. Essas fontes podem induzir surtos de transientes
elétricos causando ruídos provocando sinais falsos. A blindagem do cabo deve ser aterrada numa
das pontas, de preferência no lado do indicador. O aterramento deve ser de boa qualidade, melhor
do que 5 ohm.
A escolha do material de construção do seu medidor de vazão deve ser guiada levando em
consideração a resistência química à corrosão do material empregado em relação ao produto que
vai ser medido. Basicamente, todas as partes, com exceção do pick-up, entram em contato direto
com o produto. Portanto, cuidados especiais devem ser tomados quando tratar-se de produto
químico corrosivo. Algumas particularidades devem ser levados em consideração, como o corpo
que é normalmente fabricado com material não-magnético, porém para medidores maiores do que
4", e a pressão não é muito elevada, pode-se fabricar com material magnético realizando um
inserto na parte de captação magnética com um material não magnético. O rotor necessariamente
deve ser fabricado em material magnético.
As opções são: 17.4PH, AISI430, niquelado, níquel 200, ou ainda algumas outras opções.
Entrar na tabela de codificação para especificar o material do rotor.
Características
Especificações Técnicas
TIPO FLANGEADO
COMPRIMENTO (mm)
MODELO DIÂMETRO FLANGE (ANSI)
BÁSICO NOMINAL (pol) (pol) FLANGE 150 lbs/300 lbs
FLANGE 900 lbs
400 lbs/600 lbs
MTL 012 F 1/2" 1/2" 127,0 177,8
MTL 015 F 5/8" 5/8" 139,7 177,8
MTL 019 F 3/4" 3/4" 139,7 177,8
Codificação
18.7.2.2 - Incontrol
Os medidores de vazão tipo turbina da série VTL, para líquidos são precisos e confiáveis, podendo
ser utilizados nas mais diversas aplicações. É considerado o medidor de maior precisão (melhor
que +ou- 0,25%) dentro de sua faixa de preço. Aplica-se muito bem na contabilização e venda de
matéria-prima, controle de estoque em indústrias químicas, petroquímicas, farmacêuticas e
laboratoriais. É muito usado, também em saneamento e tratamento de água. Possui diâmetro
nominal de 1/2" a 12", conexão ao processo roscada ou flangeada e material em aço inox 304 e
316. Pode ser equipado com indicador de vazão instantânea e/ou totalizador, bem como alarme
para vazão baixa e/ou alta.
Características
· Medidores de vazão para uso em processos industriais e laboratórios
· Precisão melhor do que 0,5%
· Vazões de 0,4 a 7.000 m 3/h para líquidos e 1,6 a 17.000 m 3/h para gases
· Conexões com o processo tipo flangeadas, rosqueadas ou sanitárias
Aplicações Típicas
· Venda ou contabilização de matéria-prima
· Indústrias químicas e petroquímicas
· Indústrias farmacêuticas e laboratórios
· Saneamento e tratamento de água
· Refinarias
· Outras aplicações especiais
Especificações Técnicas
(POLEGADA)
VTG006 1/4" 0,51 a 5,94 300 kgf/cm2
VTG009 3/8" 1,02 a 8,49 300 kgf/cm2
VTG012 1/2" 1,70 a 17,00 300 kgf/cm2
VTG015 5/8" 2,50 a 25,00
VTG019 3/4" 3,4 a 34,00
VTG025 1" 4,2 a 81,5
VTG038 1 1/2" 8,5 a 203,9
VTG050 2" 17,0 a 339,8
VTG063 2 1/2" 25,5 a 849,6
VTG075 3" 34,0 a 1019
VTG100 4" 51,0 a 1869
VTG150 6" 85,0 a 5097
VTG200 8" 170,0 a 8156
VTG250 10" 254,9 a 12744
VTG300 12" 340,0 a 20390
Codificação
3.2.8. Dimensões
Especificação
Pela faixa de operação, podemos dimensionar o diâmetro da tubulação nos trechos onde serão
instalados os medidores de vazão. Em princípio teremos quatro diâmetros distintos, um para cada
valor de vazão.
Para o ponto 1, dimensionaremos o tubo para a vazão máxima de 2l/s e velocidade de escoamento
de 20fps (pés por segundo) que é a sugerida pelos fabricantes.
Assim, temos:
d2
A
4
máx
v 20 fps 6m / s
Q 2l / s 0,002m / s
3
Q 4 0,002
A d d 0,0206m 20mm 3 "
6
4
v
Observação: O diâmetro nominal de 1” tem, na verdade, 0,0273m.
Como os tubos são padronizados pelo sistema inglês de medidas, adotaremos tubulação com
diâmetro nominal de ¾”, desta forma, o fluido circularia, na vazão máxima, a uma velocidade de:
Q 4 0,002
v v 6,07m / s 20 fps
A 0,75 0,02732
d2
A
4
v máx 20 fps 6m / s
Q 5l / s 0,0005m / s
3
Q 4 0,0005
A d d 0,0103m 10mm 1 "
6
2
v
Adotaremos tubulação com diâmetro nominal de ½”, desta forma, o fluido circularia, na vazão
máxima, a uma velocidade de:
Q 4 0,0005
v v 3,42m / s 11 fps
A 0,5 0,02732
d2
A
4
máx
v 20 fps 6m / s
Q 5l / s 0,005m / s
3
Q 4 0,005
A d d 0,0326m 30mm 1 14 "
v 6
Adotaremos tubulação com diâmetro nominal de 1¼”, desta forma, o fluido circularia, na vazão
máxima, a uma velocidade de:
Q 4 0,005
v v 5,47m / s 18 fps
A 1,25 0,02732
N Ø[pol]
1 ¾
2 ½
3, 4 e 5 1¼
Uma das restrições mais importante é no que diz respeito ao pH (ou pOH) do fluido que passa pela
tubulação. Um medidor construído em peças metálicas pode apresentar problemas de corrosão ou
degradação se submetidos a ambientes ácidos ou básicos. Antes da aquisição de um medidor é
necessário saber as características químicas do fluido para a escolha do material mais adequado.
Assim evita-se a degradação prematura do equipamento.
Outro fator importante é a viscosidade do fluido. Alguns modelos podem apresentar um certo erro
na medição quando submetidos a operar com fluidos viscosos. Os modelos mais recomendados
para esta situação (com a melhor relação custo/benefício) são os medidores de deslocamento
positivo.
Além destes fatores deve ser observado que alguns modelos apresentarão uma perda de carga.
Esta pode ser prevista e calculada com o auxílio de tabelas fornecidas pelos fabricantes e os dados
da instalação.
Aviso: Fica aqui alertada a necessidade de se conhecer as propriedades do fluido DEA, que circ ula
no removedor de CO2, pois este pode reagir quimicamente com um material não corretamente
especificado.
Os catálogos de medidores estão em anexo, na Tabela 2 estão listados os valores de alguns
modelos que atendem as especificações de projeto e apresentam os melhores custos encontrados
no mercado.
Conclusão
18.7.5 - Engrenagens
Princípio de operação
O diferencial de pressão através do medidor de vazão, provoca forças em um par de engrenagens
ovais, forçando-as a girar.
Na posição 1, forças uniformes são exercidas em cada face do rotor B. Mesmo que fossem
diferentes, o rotor B, que está hidraulicamente balanceado, não giraria. O rotor A é submetido a
uma força uniforme na face superior, na qual possui quantidade conhecida de fluido entre o próprio
rotor e o corpo do medidor, porém, na outra extremidade não existe a ação desta força. Como a
pressão a montante é maior que a pressão a juzante, o rotor A gira no sentido horário e o rotor B
gira no sentido inverso.
Na posição 3, uma mesma quantidade do fluido está retida entre o rotor B e o corpo do medidor.
Enquanto houver vazão, as engrenagens se movimentarão de forma proporcional à velocidade do
fluxo. Na construção das engrenagens, pastilhas magnéticas são alojadas em seus corpos de
forma que, a cada revolução, atuem sensores na face externa do corpo do medidor.
As características mais importantes dos medidores tipo diafragma são: a ampla faixa de
medição que proporcionam, normalmente em torno de 150:1, e a perda de carga muito reduzida, o
que permite seu emprego em instalações com pressões muito baixas.
A precisão destes medidores normalmente situa-se entre ± 1,5% e ± 3,0%, podendo atingir
valores menores da ordem de ± 0,5%. São utilizados para medição de GN no segmento comercial
e, largamente, no segmento residencial. Por outro lado, devido às suas características construtivas,
não podem ser utilizados para medição de altas vazões e também não podem operar com médias e
altas pressões.
A primeira opção levada em consideração para realizar a tarefa de medir vazão de lixo, foi a de
utilizar equipamentos usados no setor de mineração e cimento. Entrou-se em contato com Schenck,
fabricante de peneiras, balanças dosadoras e balanças integradoras utilizadas em larga escala no
setor de produção de cimento. Segundo o fabricante, nenhum de seus equipamentos seria ideal na
aplicação da usina de lixo, pois seus equipamentos são dimensionados para grandes vazões, tanto
no caso de grandes massas como no caso de grandes velocidades de passagem de material.
Uma outra empresa consultada foi um representante de duas marcas alemãs, Brabender e Boekels,
chamada de Technoservise. Essa empresa oferece uma vasta gama de equipamentos como
sistemas para pesagem de recipientes portáteis, sistemas de pesagem em transportadores de rolete
ou correias, sistemas de pesagem e dosagem de bateladas, e sistemas de pesagem em reatores e
misturadores. De todos esses equipamentos, os sistemas que operam em transportadores, em
reatores e em misturadores poderiam ser aplicados no caso da usina. O problema com esse
fornecedor foi ainda na comunicação, foram conseguidas informações técnicas mas quando da
consulta de custos vários problemas apareceram impossibilitando um estudo mais detalhado.
A central que identifica o sinal contém um CLP (circuito lógico programável) montado em
gabinete metálico, com alto grau de proteção. O mostrador digital possui dois visores de cristal
líquido, sendo um deles de quatro dígitos para indicação de vazão instantânea, e mensagens de
carga, ou insuficiência de carga.
Optou-se pelo sistema de balança integradora pois obtivemos mais dados técnicos e
financeiros que nos permitiram concluir que este equipamento pode ser aplicado com segurança na
condição requisitada e no custo demonstrado no próximo item. Porém a opção de balança de fluxo
continuo não deve ser descartada, pois mesmo com poucos dados, foi nos passado peço fornecedor
que esse equipamento também pode ser aplicado, talvez até a um custo menor.
O Sistema a ser usado para calibração consiste em um silo que contém o medidor de vazão
uma tomada de material na saída do silo, uma balança e um cronômetro. Será preciso acoplar na
saída do silo uma calha para que o fluxo seja desviado para a balança. Para que não ocorra perda
de material, é interessante que exista um reservatório sobre a balança.
A vazão deverá ser tomada em dez medidas. O parâmetro que deverá ser alterado é a
velocidade da esteira transportadora. Ela deverá variar 0,1m/s a cada medição, sendo primeira de
0,1 m/s. Haverá o escoamento do lixo para o reservatório, onde será feita medida da massa de lixo
através da balança, antes e após a alteração de velocidade.
Obtendo medidas de massa de lixo inicial e final, e subtraindo-as temos a medida de massa
de lixo que é descarregada no reservatório para cada valor de velocidade da esteira.Para calculo,
considerar a incerteza da balança como sendo de 0,05 Kg. O lixo é descarregado no reservatório por
1 hora, com uma incerteza de 1 segundo (0,0003h).
Após as medidas, é necessário que sejam feitos cálculos para se chegar na vazão real e na
sua incerteza.
Tendo a massa de lixo para cada velocidade, basta dividir pelo tempo em que o reservatório é
enchido (1h).
(Q = m./t), onde Q é a vazão em massa, m a massa, t tempo em que o reservatório é enchido.
Análise de incertezas. No caso da massa, como a incerteza da balança é de 0.05 kg, teremos
um desvio padrão de 0.001421 para o calculo da massa (massa inicial menos final). Esse resultado
foi obtido com a seguinte fórmula:
m mf
2
mi
2
onde: m é o desvio padrão da massa calculada, mf é o desvio padrão da massa final e mi é o
desvio padrão da massa inicial.
Q m2 2ti
Multiplicando o valor do desvio padrão por três temos a incerteza. Já se multiplicarmos esse
valor por cada valor de vazão calculado temos o valor da incerteza para cada vazão.
Em operação, os sinais das células de carga (peso) e do gerador de pulsos (velocidade da correia
transportadora), posicionado nas proximidades da ponte de pesagem, são utilizados pelo painel de
controle para obtenção do fluxo de material passante que, integrado em relação ao tempo, resulta
na indicação da quantidade de material transportado. Capacidades diferentes, sob consulta.
PAINEL DE CONTROLE
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
PONTE DE PESAGEM
CÉLULAS DE CARGA
GERADOR DE PULSOS
■ Instalação: contrapeso e polia em contato com a parte inferior (limpa) da correia de carga.
■ Tipo: óptico eletrônico. Sem partes móveis sujeitas ao desgaste.
■ Pulsos/revolução: 900 PPR (2 pulsos/mm). Elevada resolução.
■ Agressividade ambiental: excelente comportamento. Construção em Zamak com eixo de aço
inoxidável e mancais com rolamentos blindados.
■ Grau de proteção: IP-65.
ALGUMAS RECOMENDAÇÕES
A balança deve ser instalada no trecho do transportador onde o tensionamento da correia é menor,
e distante de mecanismos causadores de variações de tensão.
Retirar a cobertura do transportador (e/ou chapa de proteção da correia de retorno) para permitir a
instalação da(s) ponte(s) de pesagem. Retirar também para a unidade geradora de pulsos, se
necessário.
A unidade geradora de pulsos deve ser instalada centralmente sob a correia de carga e na posição
indicada no desenho (antes ou após o(s) rolete(s) de pesagem). Não desmontar a balança para a
instalação. A distância mínima do topo da longarina do transportador à correia de retorno não deve
ser inferior a 185 mm.
O cliente deve calçar os três roletes de cada lado do(s) rolete(s) de pesagem, se necessário. O
topo do rolo central destes seis roletes e do(s) de pesagem devem estar num mesmo plano. Não
devem ser utilizados Offset rollers. Utilize cordões de alinhamento.
e seus adjacentes seja eliminada sob todas as condições de carregamento. Como regra prática, a
deflexão entre dois roletes adjacentes quaisquer, dentro da zona crítica, não deve exceder a 0,6
mm, quando sob carga.
Toda zona crítica da balança deve estar adequadamente protegida contra vento, chuva, etc.
Mesmo sem carga, a correia deve manter pleno contato com o(s) rolete(s) de pesagem e com os
três de cada lado do(s) mesmo(s).
Os roletes da zona crítica devem possuir excentricidade máxima inferior a 0,2 mm T.I.R. com o(s)
de pesagem, ainda, balanceado(s) dentro de 0,11 Newton metro.
Medidor portátil
Uma variável complexa s tem uma componente real e uma componente imaginaria j, ou s
= + j. Uma função complexa G(s) é um mapeamento da variável s, portanto, seu resultado
também pode ser mostrado no plano complexo, no plano G(s). São exemplos de funções
1 1
complexas: G(s) e G(s)
(s 1) (s 2.s 3)
2
1) (+j) e (-j) são números complexos conjugados, logo: (+j)(-j)=2+ 2 é um num. real
2) ej=cos + j.sen
3) e-j=cos - j.sen
4) +j = r(cos + j.sen) = r.ej
A função degrau cuja amplitude A for igual a 1, será chamada função degrau unitária,
expressa por 1(t). A transformada de Laplace da função degrau unitária será
1
L[f(t)] =F(s) =
s
Exemplos :
V( s ) RT
E(s) R1.R T .C.s (R1 R T )
Capítulo 20 - Demonstrações
20.1 - Instrumento de primeira ordem
20.1.1 - Função de transferência senoidal
1
2 2 2
K K 1
M M K .
2 2
K2
1
2
2 1
1
2
2 2 2
1
C( j) K K C
[ tan 1( ) ] 0
E( j) .( j) 1 () 1
2 E0
C0 1
K.E0 ()2 1