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FÍSICA ITA
POLIEDRO
2015

Símbolos adotados nesta prova: g: módulo da gravidade na superfície da Terra. G: constante


gravitacional universal. c: velocidade da luz no vácuo. : constante de Planck reduzida.

1. Um fio de comprimento L e massa específica linear  é mantido esticado por uma força F
em suas extremidades. Assinale a opção com a expressão do tempo que um pulso demora
para percorrê-lo.

2LF
A. ( )

F
B. ( )
2 L

C. ( ) L
F
L 
D. ( )
 F
L 
E. ( )
2 F

Alternativa: C

F
Utilizando a equação de Taylor, V  , o tempo necessário para percorrer o comprimento L será:

L 
t  tL
V F

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2. Uma pequena esfera metálica, de massa m e carga positiva q, é lançada verticalmente para cima
com velocidade inicial v0 em uma região onde há um campo elétrico de módulo E, apontado
para baixo, e um gravitacional de módulo g, ambos uniformes. A máxima altura que a esfera
alcança é

v2
A. ( ) .
2g
qe
B. ( ) .
mv0
v0
C. ( ) .
qmE
mv02
D. ( ) .
2  qE  mg 
3mEqv0
E. ( )
8g

Alternativa: D

Tem-se a seguinte situação:

qE qE
A aceleração resultante, dado que q > 0, é a r  g  , em que é a aceleração devido ao campo
m m
elétrico.

Por Torricelli:
v02 mv02
v02  2  a r  h máx h máx   h máx 
 mg  qE  2  mg  qE 
2 
 m 

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3. Uma massa puntiforme é abandonada com impulso inicial desprezível do topo de um


hemisfério maciço em repouso sobre uma superfície horizontal. Ao descolar-se da superfície do
hemisfério, a massa terá percorrido um ângulo  em relação à vertical. Este experimento é
realizado nas três condições seguintes, I, II e III, quando são medidos os respectivos ângulos
 I ,  II e  III :

I. O hemisfério é mantido preso à superfície horizontal e não há atrito entre a massa e o


hemisfério.
II. O hemisfério é mantido preso à superfície horizontal, mas há atrito entre a massa e o
hemisfério.
III. O hemisfério e a massa podem deslizar livremente pelas respectivas superfícies.

Nestas condições, pode-se afirmar que

A. ( )  II  I e  III   I .
B. ( )  II  I e  III   I .
C. ( )  II  I e  III   I .
D. ( )  II  I e  III   I .
E. ( )  I   III .

Alternativa: C

No ponto do descolamento (B), a resultante


centrípeta é dada por:
Rc  P  cos 
mv2
 m  g  cos  v2  R  g  cos 
R
A altura do ponto B é dada por: h  R  cos 

Para a situação I, podemos aplicar conservação de energia mecânica:


mv2 mgR cos I 2
E mec A  E mec B  mgR   mgh  mgR   mgR cos I  cos I 
2 2 3

Para a situação II:


mv2 mRg cos II
fat  E mec B  E mec A fat   mgh  mgR  mgR  fat   mgR cos II 
2 2
 3 2  
1  fat  cos II  cos II  1  fat 
mgR 2 3  mgR 
Como o fat  0  cos II  cos I II  I

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Para a situação III, a velocidade de descolamento da massa em relação ao hemisfério deve ser:
v2rel  Rg cos . Como nesse referencial existe uma força fictícia para a direita aumentando a
aceleração tangencial da massa, ela atingirá a velocidade de descolamento em um tempo menor,
percorrendo, dessa forma, um ângulo III  I .

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4. Considere um tubo horizontal cilíndrico de comprimento  , no interior do qual encontram-se


respectivamente fixadas em cada extremidade de sua geratriz inferior as cargas q1 e q2,
positivamente carregadas. Nessa mesma geratriz, numa posição entre as cargas, encontra-se
uma pequena esfera em condição de equilíbrio, também positivamente carregada. Assinale a
opção com as respostas corretas na ordem das seguintes perguntas:

I. Essa posição de equilíbrio é estável?


II. Essa posição de equilíbrio seria estável se não houvesse o tubo?
III. Se a esfera fosse negativamente carregada e não houvesse o tubo, ela estaria em equilíbrio
estável?

A. ( ) Não. Sim. Não.


B. ( ) Não. Sim. Sim.
C. ( ) Sim. Não. Não.
D. ( ) Sim. Não. Sim.
E. ( ) Sim. Sim. Não.

Alternativa: C

Para que uma posição de equilíbrio seja estável, qualquer pequena perturbação na partícula, nesta
posição, deve fazer com que surja uma força restauradora de tal modo que a partícula retorne à
posição inicial.
I. (Sim) Na direção da geratriz inferior do cilindro, o equilíbrio é estável, já que aparece uma força
restauradora de natureza elétrica.
II. (Não) De acordo com o Teorema de Earnshaw, é impossível um corpo eletrizado puntiforme
permanecer em equilíbrio estável apenas sob a ação de forças elétricas. Nesse caso, basta
uma perturbação, no plano das cargas, na direção perpendicular à linha que une as cargas,
para averiguar a instabilidade dessa posição.
III.(Não) Uma perturbação na direção do eixo que une as cargas faz surgir uma força resultante que
afasta a carga da posição inicial, caracterizando uma situação de equilíbrio instável.

Obs: O enunciado da questão deixa margem para a análise de perturbações em eixos perpendiculares
à direção da geratriz inferior. Caso tais perturbações sejam consideradas, o equilíbrio pode ser
instável, mesmo em situações em que atua a força peso, pois a carga elétrica irá sempre procurar
regiões de menor potencial elétrico. Com essa análise, a questão ficaria sem alternativa correta.

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5. Considere as seguintes proposições sobre campos magnéticos:

I. Em um ponto P no espaço, a intensidade do campo magnético produzido por uma carga


puntiforme q que se movimenta com velocidade constante ao longo de uma reta só
depende da distância entre P e a reta.
II. Ao se aproximar um ímã de uma porção de limalha de ferro, esta se movimenta porque o
campo magnético do ímã realiza trabalho sobre ela.
III. Dois fios paralelos por onde passam correntes uniformes num mesmo sentido se atraem.

Então,

A. ( ) apenas I é correta.
B. ( ) apenas II é correta.
C. ( ) apenas III é correta.
D. ( ) todas são corretas.
E. ( ) todas são erradas.

Alternativa: C

I – Falso.

De acordo com a figura

R
cos  
r

id cos 
Pela Lei de Biot-Savart dB  .
r 2
d
dq cos 
dq dt dqv dqvR
Mas i   dB  2
dB  2
cos dB  , que depende de r.
dt r r r 3

II – Falso – A força magnética relacionada a campo magnética e o deslocamento têm mesma direção e
sentido. Logo o trabalho da força magnética é positivo. É a força magnética e não o campo
relacionado à ela que realiza o trabalho.

III – Verdadeiro.

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6. Uma chapa metálica homogênea quadrada de 100 cm2 de área, situada no plano xy de um
sistema de referência, com um dos lados no eixo x, tem o vértice inferior esquerdo na origem.
Dela, retira-se uma porção circular de 5,00 cm de diâmetro com o centro posicionado em
x = 2,50 cm e y = 5,00 cm. Determine as coordenadas do centro de massa da chapa restante.

A. ( ) (xc, yc) = (6,51, 5,00) cm


B. ( ) (xc, yc) = (5,61, 5,00) cm
C. ( ) (xc, yc) = (5,00, 5,61) cm
D. ( ) (xc, yc) = (5,00, 6,51) cm
E. ( ) (xc, yc) = (5,00, 5,00) cm

Alternativa: B

A posição da coordenada horizontal do centro de massa é dada por:

xc 
ATOTAL  x TOTAL  ACÍRCULO  x CÍRCULO
 xc 
 
100  5  3,14  2,52  2,5
 x c  5, 61 cm
ATOTAL  ACÍRCULO 
100  3,14  2,52 
Pela simetria do problema, a posição vertical do centro de massa permanece a mesma e vale:
yc = 5,00 cm.

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7. No espaço sideral, luz incide perpendicular e uniformemente numa placa de gelo inicialmente a
–10 ºC e em repouso, sendo 99% refletida e 1% absorvida. O gelo então derrete pelo
aquecimento, permanecendo a água aderida à placa. Determine a velocidade desta após a fusão
de 10% do gelo.

A. ( ) 3 mm/s.
B. ( ) 3 cm/s.
C. ( ) 3 dm/s.
D. ( ) 3 m/s.
E. ( ) 3 dam/s.

Alternativa: B

E
Para a energia, temos E  mc2   mc  p
c
Pela conservação de momentum, temos:
pincidente  prefletido  pH 2O
E E'
Portanto,     m  v  E  E ' m  v  c
c c
Por condição: E'  0,99  E 1,99  E  m  v  c
Para a energia absorvida, temos: E abs  Qsensível  QL  E cinética
2
 mL   mv 
0,1  E   m  c      
  
 20   2 
2
m vc mvc  m  336000  m  v
Como E  , temos:   m  2100 10     
1,99 19,9  20  2
Admitindo c  3 108 m s, temos:
3 108  v v2
 2100  16800   v2  3 107  v  75600  0
19,9 2
Resolvendo a equação na variável v, temos:
v  3, 0 cm s

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8. Um bloco cônico de massa M apoiado pela base numa superfície horizontal tem altura h e raio
de base R. Havendo atrito suficiente na superfície da base de apoio, o cone pode ser tombado
por uma força horizontal aplicada no vértice. O valor mínimo F dessa força pode ser obtido
pela razão h/R dada pela opção

Mg
A. ( ) .
F
F
B. ( ) .
Mg
Mg  F
C. ( ) .
Mg
Mg  F
D. ( ) .
F
Mg  F
E. ( ) .
2Mg

Alternativa: A

O diagrama de forças no bloco na iminência do tombamento é dado por:

Nessa situação, o torque resultante em relação ao ponto O deve ser nulo:


h Mg
R  0  P  R  F  h  
R F

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9. Luz, que pode ser decomposta em componentes de comprimento de onda com 480 nm e
600 nm, incide verticalmente em uma cunha de vidro com ângulo de abertura  = 3,00º e
índice de refração de 1,50, conforme a figura, formando linhas de interferência destrutivas.
Qual é a distância entre essas linhas?

A. ( ) 11,5 m 11,5
B. ( ) 12,8 m
C. ( ) 16,0 m
D. ( ) 22,9 m
E. ( ) 32,0 m

Alternativa: C

Interpreta-se que se deseja interferência destrutiva simultânea para ambas

3 N
tg  sen 
180

n
Como há uma inversão de fase, se 2d  n p , em que n p  0, 2, 4..., tem-se a interferência
2
destrutiva.
Assim, para um mesmo d (ambos ’s), tem-se que
n p 48 108 n p ' 60 108 n p 10
d ed  
6 6 np' 8
np 20
O próximo ocorrerá para 
np' 16
Assim, tem-se interferência destrutiva para ambos em np = 10 e np = 20
3 d1 3 d1'
 e 
180 l1 180 l1'
10  48 108 20  48 108
Mas d1   8 107 m e d1'   16 107
6 6
180 180
 l1'  l1  l 
3
 
d1'  d1 
3
 8107  l  16,0 m

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10. Um tubo em forma de U de seção transversal uniforme, parcialmente cheio até uma altura h
com um determinado líquido, é posto num veículo que viaja com aceleração horizontal, o que
resulta numa diferença de altura z do líquido entre os braços do tubo interdistantes de um
comprimento L. Sendo desprezível o diâmetro do tubo em relação à L, a aceleração do veículo
é dada por

2 zg
A. ( ) .
L
B. ( )
h  z g
.
L
C. ( )
h  z g .
L
2 gh
D. ( ) .
L
zg
E. ( ) .
L

Alternativa: E

Temos a seguinte situação quando o tubo estiver acelerado:

z
z
tg  2 
L L
2

A aceleração é dada por:


zg
a  g  tg  a 
L

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11. A figura mostra um dispositivo para medir o módulo de elasticidade (módulo de Young) de um
fio metálico. Ele é definido como a razão entre a força por unidade de área da seção transversal
do fio necessária para esticá-lo e o resultante alongamento deste por unidade de seu
comprimento. Neste particular experimento, um fio homogêneo de 1,0 m de comprimento e
0,2 mm de diâmetro, fixado numa extremidade, é disposto horizontal mente e preso pela outra
ponta ao topo de uma polia de raio r. Um outro fio preso neste mesmo ponto, envolvendo parte
da polia, sustenta uma massa de 1 kg. Solidário ao eixo da polia, um ponteiro de raio R = 10r
acusa uma leitura de 10 mm na escala semicircular iniciada em zero. Nestas condições, o
módulo de elasticidade do fio é de

1012
A. ( ) N m2 . 11,5

1012
B. ( ) N m2 .
2
1012
C. ( ) N m2 .
3
1012
D. ( ) N m2 .
4
1012
E. ( ) N m2 .
8

Alternativa: A

O módulo de Young é dado por:


F
  F L
A
E     o
 L  A L
 
 Lo 

Do enunciado, temos que:


F  10 N
A   104   108 m 2
2

Lo  1 m

Como a escala mede 10 mm e o ponteiro tem um comprimento 10 vezes maior que o raio da polia,
L  1 mm  103 m. Portanto o módulo de Young vale:
10 1 1012
E 8
 3
 E  N m2
10 10 

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12. Assinale a alternativa incorreta dentre as seguintes proposições a respeito de campos


gravitacionais de corpos homogêneos de diferentes formatos geométricos:

A. ( ) Num cubo, a linha de ação do campo gravitacional num dos vértices tem a direção da
diagonal principal que parte desse vértice.
B. ( ) Numa chapa quadrada de lado  e vazada no centro por um orifício circular de raio
a < /2, em qualquer ponto dos seus eixos de simetria a linha de ação do campo
gravitacional é normal ao plano da chapa.
C. ( ) Num corpo hemisférico, há pontos em que as linhas de ação do campo gravitacional
passam pelo centro da sua base circular e outros pontos em que isto não acontece.
D. ( ) Num toro, há pontos em que o campo gravitacional é não nulo e normal à sua superfície.
E. ( ) Num tetraedro regular, a linha de ação do campo gravitacional em qualquer vértice é
normal à face oposta ao mesmo.

Alternativa: B

Nos pontos contidos nos eixos de simetria x e z, a linha de ação do campo gravitacional não é normal
ao plano de chapa, mas está contida nesse mesmo plano.

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13.
Na figura, o eixo vertical giratório imprime
uma velocidade angular   10 rad s ao
sistema composto por quatro barras iguais,
de comprimento L = 1 m e massa
desprezível, graças a uma dupla articulação
na posição fixa X. Por sua vez, as barras de
baixo são articuladas na massa M de 2 kg
que, através de um furo central, pode
deslizar sem atrito ao longo do eixo e esticar
uma mola de constante elástica k = 100 N/m,
a partir da posição O da extremidade
superior da mola em repouso, a dois metros
abaixo de X. O sistema completa-se com
duas massas iguais de m = 1 kg cada uma,
articuladas às barras. Sendo desprezíveis as
dimensões das massas, então, a mola
distender-se-á de uma altura z acima de O
dada por

A. ( ) 0,2 m
B. ( ) 0,5 m
C. ( ) 0,6 m
D. ( ) 0,7 m
E. ( ) 0,9 m

Alternativa: B

O diagrama de forças em uma das massas m é:

No eixo horizontal, temos:


T1 cos   T2 cos   m2  Lcos T1  m2  T2 T1  100  T2 (1)

No eixo vertical, temos:


T1 sen  mg  T2 sen  sen(T1  T2 )  mg

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Com (1), temos:


5
sen (100  2T2 )  10T2  50  (2)
sen
O diagrama de forças na massa M é:

Para equilíbrio na vertical, temos:


2T2 sen  Mg  kz2T2 sen  20  100z (3)

Com (2) em (3):


 5 
2   50   sen  20  100z100sen 100z  30
 sen 
z
Porém, da geometria do problema: sen  1 . Logo:
2
 z 70
100  1   100z  30z   z  0,5m
 2 150

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14. Considere as quatro proposições seguintes:

I. Os isótopos 16O e 18O do oxigênio diferenciam-se por dois nêutrons.


II. Sendo de 24000 anos a meia-vida do 239Pu, sua massa de 600 g reduzir-se-á a 200 g após
72000 anos.
III. Um núcleo de 27Mg se transmuta em 28Al pela emissão de uma partícula .
IV. Um fóton de luz vermelha incide sobre uma placa metálica causando a emissão de um
elétron. Se esse fóton fosse de luz azul, provavelmente ocorreria a emissão de dois ou mais
elétrons.

Então,

A. ( ) apenas uma das proposições é correta.


B. ( ) apenas duas das proposições são corretas.
C. ( ) apenas três das proposições são corretas.
D. ( ) todas elas são corretas.
E. ( ) nenhuma delas é correta.

Alternativa: A

I. Correta – O 168 O possui 8 prótons e 8 nêutrons, enquanto o 18


8 O possui 8 prótons e 10 nêutrons.
Dessa forma, diferenciam-se por 2 nêutrons.

II. Incorreta – Após 72.000 anos (3 períodos de meia-vida), a massa de 600g de 239Pu se reduzirá a
75g, e não a 200g.

III. Incorreta – Por emissão de uma partícula , o 27Mg se transmuta em 27Al, conforme equação a
seguir:
27 27 0
12 Mg  13 Al  1

IV. Incorreta – No efeito fotoelétrico, cada fóton consegue remover apenas um elétron. O fóton de
luz azul, por ser mais energético que o fóton de luz vermelha, fará com que o elétron seja
emitido com maior velocidade.

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15. Na figura, as linhas cheia, tracejada e


pontilhada representam a posição, a
velocidade e a aceleração de uma
partícula em um movimento harmônico
simples. Com base nessas curvas assinale
a opção correta dentre as seguintes
proposições:
I. As linhas cheia e tracejada
representam, respectivamente, a
posição e a aceleração da partícula.
II. As linhas cheia e pontilhada
representam, respectivamente, a
posição e a velocidade da partícula.
III. A linha cheia necessariamente
representa a velocidade da partícula.

A. ( ) Apenas I é correta.
B. ( ) Apenas II é correta.
C. ( ) Apenas III é correta.
D. ( ) Todas são incorretas.
E. ( ) Não há informações suficientes
para análise.

Alternativa: D

Em um MHS, tem-se a posição (x) e a aceleração (a) dadas: x  A  cos ( t   0 ) e


a  A 2  cos  t   0 , ou seja, a  2  x.
Entre as linhas apresentadas, tem-se duas opções:
a) a linha cheia sendo a posição, e a linha pontilhada a aceleração, com   1rad s.
b) a linha cheia sendo a aceleração, e a linha pontilhada a posição, com   1rad s.

Ainda para um MHS, tem-se a velocidade:


 
v  A   sen   t   0  ou então v  A   cos   t   0   .
 2
Entre as linhas apresentadas, tem-se a linha tracejada.
Assim, nenhuma proposição está correta.

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16. Numa expansão muito lenta, o trabalho efetuado por um gás num processo adiabático é

W12 
PV
1 1
1 

V21   V11  , 
em que P, V, T, são, respectivamente, a pressão, o volume e a temperatura do gás, e  uma
constante, sendo os subscritos 1 e 2 representativos, respectivamente, do estado inicial e final
do sistema. Lembrando que PV  é constante no processo adiabático, esta fórmula pode ser
reescrita deste modo:

 /  1
P1 V1  V2 T2 / T1  

A. ( ) 
In T2 / T1  / In V1 / V2 
 /  1 
P2 V1  V2 T2 / T1  
B. ( ) 
In T2 / T1  / In V2 / V1 
 /  1 
P2 V1  V2 T2 / T1  
C. ( ) 
In T2 / T1  / In V1 / V2 
 /  1
P1 V1  V2 T2 / T1  
D. ( )  
In T2 / T1  / In V2 / V1 
 /  1 
P2 V1  V2 T2 / T1  
E. ( ) 
In T1 / T2  / In V2 / V1 

Alternativa: A

O trabalho feito pelo gás no processo adiabático:


P  V 1
W12  1 1   V21  V11  W12    P2 V2  P1V1  , pois P1V1  P2 V2 .
1  1 
  

Para o processo adiabático, tem-se ainda que: P  T1  cteP1  T11  P2  T21

Assim:
 
  

1   T1 1  P  T  1
W12   P1     V2  P1  V1  W12  1 
 V1  V2   
1
1     T2  
   1 
  T2  
   

Também para este processo: T  V1  cteT1  V11  T2  V21 


T 
1 ln  1 
T1  V2  T  V  T
   ln  1     1  ln  2  1   2 
T2  V1   T2   V1  V 
ln  2 
 V1 

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Portanto:
 
  

V V  T1
 1
 V V  T2
 1

2   2  
 1 T
 2  

1
T
 1 
W12  P1    W  P  
12 1

T  T 
ln  1  ln  2 
 T2   T1 
V  V 
ln  2  ln  1 
 V1   V2 

2
Resolução

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17. Assinale a alternativa que expressa o trabalho necessário para colocar cada uma de quatro
cargas elétricas iguais, q, nos vértices de um retângulo de altura a e base 2a 2, sendo
k  1 4  0 , em que 0 é a permissividade elétrica do vácuo.

A. ( )

k 4  2 q2 
2a

B. ( )

k 8  2 2 q2 
2a

C. ( )

k 16  3 2 q 2 
6a

D. ( )

k 20  3 2 q 2 
6a

E. ( )

k 12  3 2 q 2 
2a

Alternativa: C

Tem-se a seguinte figura:

O trabalho realizado é igual à energia potencial adquirida pelo sistema.


Essa energia é igual à soma de todas as combinações das energias das cargas 2 a 2.

  Ep 
2

2kq 2 2kq 2 2kq 2 kq 12 2  6  4 2
   

kq 2 8 2  3  
a 2a 2 3a 6a 2 3a 2

Racionalizando, tem-se que:

Ep 
 
k 16  3 2 q 2
6a

1
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18. Uma espira quadrada, feita de um material metálico homogêneo e rígido, tem resistência
elétrica R e é solta em uma região onde atuam o campo gravitacional g   ge z e um campo
magnético
B
B  0   xex  zez 
L

Inicialmente a espira encontra-se suspensa,


conforme a figura, com sua aresta inferior no
plano xy num ângulo  com o eixo y, e o seu
plano formando um ângulo  com z. Ao ser
solta a espira tende a

A. ( ) girar para  > 0o se  = 0o e  = 0o.


B. ( ) girar para  > 45o se  = 45o e  = 0o.
C. ( ) girar para  < 90o se  = 0o e  = 90o.
D. ( ) girar para  > 0o se  = 0o e  = 45o.
E. ( ) não girar se  = 45o e  = 90o.

Alternativa: C

Na figura a seguir, tem-se a situação descrita:

Ao deslocar a espira no sentido negativo de z, há uma rotação do campo magnético no sentido


anti-horário vista por um observador no eixo y. O movimento da espira e a variação do campo
magnético fazem surgir uma força eletromotriz induzida que produz, na espira, uma corrente induzida
no sentido anti-horário vista por um observador colocado em z. Surge então um torque na espira tal
que o valor de  diminui à medida que a espira cai.
Obs: Há que se notar que a alternativa B também seria possível, mas depende da intensidade de B.

1
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19. Um muon de meia-vida de 1,5 µs é criado a uma altura de 1 km da superfície da Terra devido à
colisão de um raio cósmico com um núcleo e se desloca diretamente para o chão. Qual deve ser
a magnitude mínima da velocidade do muon para que ele tenha 50% de probabilidade de
chegar ao chão?

A. ( ) 6,7  107 m/s


B. ( ) 1,2  108 m/s
C. ( ) 1,8  108 m/s
D. ( ) 2,0  108 m/s
E. ( ) 2,7  108 m/s

Alternativa: E

Seja v a velocidade da carga em relação a um observador no solo, no próprio tempo 1,5 106 s, a
carga anda uma distância contraída pelo inverso do fator de Lorentz.
Deseja-se que essa distância seja 1.000 m
6 v2
1,5 10  v  1000 1 2
c
6
Em que 1,5 10 s é o tempo de meia-vida do muon
v2
1,5 109 v  1 
c2
9 1016  v 2
2, 25 1018 v 2 
9 1016
1, 2025v 2  9 1016
v  2, 7 108 m s

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20. Luz de uma fonte de frequência f gerada no ponto P é conduzida através do sistema mostrado
na figura. Se o tubo superior transporta um líquido com índice de refração n movendo-se com
velocidade u, e o tubo inferior contêm o mesmo líquido em repouso, qual o valor mínimo de u
para causar uma interferência destrutiva no ponto P’?.

c2
A. ( )
2nLf
c2
B. ( )
2 Lfn 2  cn
c2
C. ( )
2 Lfn 2  cn
c2
D. ( )
 
2 Lf n 2  1  cn

c2
E. ( )
 
2 Lf n 2  1  cn

Alternativa: D

O mínimo valor de velocidade é aquele para o qual a diferença de tempo da luz no tubo de cima e
no tubo de baixo no mesmo trecho L seja igual a meio período.

Pela regra de transformação de velocidades, a velocidade da luz em relação a um observador fixo


entre os tubos é dada por:

Assim, a diferença de tempo da luz no tubo superior e inferior é dado por:

Finalmente, tem-se que:

1
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21. A figura mostra um tubo cilíndrico de raio R


apoiado numa superfície horizontal, em cujo
interior encontram-se em repouso duas bolas
idênticas, de raio r = 3R/4 e peso P cada uma.
Determine o peso mínimo Pc do cilindro para
que o sistema permaneça em equilíbrio.

Resolução:

Temos o seguinte diagrama de forças atuando em cada bola:

Para equilíbrio da bola superior, temos:


 NE  sen  P (1)

 NE  cos   F (2)
Com (1)  (2):
P P
tg   F  (3)
F tg
Considerando o tubo cilíndrico aberto, a força normal N1 é feita pela superfície horizontal, e não pelo
tubo.

1
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O diagrama de forças no tubo é dado por:

Logo, tg  2 2. Com (3), temos:


P
F
2 2
Adotando o ponto O como polo, na iminência do tombamento, temos:
P P
R  0  F  2R  PC  R   2  PC  PC 
2 2 2

2
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22. Uma nave espacial segue inicialmente uma


trajetória de raio rA em torno da Terra. Para que
a nave percorra uma nova órbita também
circular, de raio rB > rA, é necessário por razões
de economia fazer com que ela percorra antes
uma trajetória semielíptica, denominada órbita
de transferência de Hohmann, mostrada na
figura. Para tanto, são fornecidos à nave dois
impulsos, a saber: no ponto A, ao iniciar sua
órbita de transferência, e no ponto B, ao iniciar
sua outra órbita circular. Sendo M a massa da
Terra; G, a constante da gravitação universal; m
e v, respectivamente, a massa e a velocidade da
nave; e constante a grandeza mrv na órbita
elíptica, pede-se a energia necessária para a
transferência de órbita da nave no ponto B.

Resolução:

Em órbitas, existe conservação do momento angular:


r
m  v A  rA  m  v B  rB v A  v B  B (1)
rA
Da conservação da energia mecânica, temos que:
mvA2 GMm mv2B GMm v2A  vB2 1 1
     GM    
2 rA 2 rB 2  rA rB 
Com (1), temos:
v 2B  rB  
2
 r r  2GM  rA
  1  GM   B A  v B 
2  rA    rA  rB  rB  rA  rB 

Porém, na órbita circular final de raio rB, a velocidade da nave é dada por:
GM
vf 
rB
Portanto, a energia necessária para a transferência da órbita elíptica para a órbita circular maior
(ponto B) é:
m 2 2 m  GM 2GMrA  GMm  rB  rA 
E
2
 vf  vB E      E 
2  rB rB (rA  rB )  2rB  rA  rB 

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23. Num copo de guaraná, observa-se a formação de bolhas de CO2 que sobem à superfície.
Desenvolva um modelo físico simples para descrever este movimento e, com base em
grandezas intervenientes, estime numericamente o valor da aceleração inicial de uma bolha
formada no fundo do copo.

Resolução:

Inicialmente, como a velocidade é nula, atuam apenas a força peso e a força de empuxo. Enquanto as
bolhas sobem, ocorre uma transformação gasosa, praticamente isotérmica, com expansão do volume
das bolhas devido à menor pressão hidrostática em regiões mais próximas à superfície. Elas sobem,
pois a força de empuxo é maior que a força peso e, durante a subida, aparece a força de atrito viscoso
de tal modo que a velocidade, em algum momento, torna-se constante.
A aceleração inicial de uma bolha pode ser calculada por:

 d G  d CO 
E  P  m  a  mG  g  mCO2  g  mCO2  a  a   2
g
 d CO 
 2 
 d 
 a   G  1 g
 d CO 
 2 

A pressão total, a uma profundidade h, é dada pela Lei de Stevin:


p  patm  dG  g  h
Considerando a bolha de CO2 como um gás ideal:
m m pM   p  dG  g  h   M 
p  V   R  T   dCO2   atm 
M V RT  R T 
Assim, a aceleração inicial é dada por:
 dG  R  T 
a   1  g
 p  d  g  h M 
 atm G 
Admitindo os seguintes valores:
g  10 m s 2 ; R  8 J mol  K ; T  280 K; p atm  105 N m 2 ; h  0,1 m;
d G  103 kg m3 ; M  44 103 kg mol
Assim, temos:
a  5031m s 2

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24. Uma carga q ocupa o centro de um hexágono regular de lado d tendo em cada vértice uma
carga idêntica q. Estando todas as sete cargas interligadas por fios inextensíveis, determine as
tensões em cada um deles.

Resolução:

Os módulos das forças aplicadas na carga indicada são:


KQ 2
F1  F5  F6  2  F
d
KQ 2 F
F2  F4  
 3d 
2
3

KQ2 F
F3  
 2d 2 4
As somas parciais das forças elétricas são:
2
F1  F5  F2  F2  2  F  F  cos(120o )  F1  F5  F (na direção de F6 )
2 2
2 F  F F F 3F
F2  F4        2    cos(60o )  F2  F4  (na direção de F6 )
3 3 3 3 3
A força elétrica total é:
Fel  F1  F5  F2  F4  F6  F3
3F F
Fel  F  F
3 4
27  4 3  27  4 3  KQ 2
Fel  F    2
12  12  d

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FÍSICA
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Para equilibrar a partícula temos |T| = |Fel|, então:

 27  4 3  KQ2
T    2
 12  d

O valor da tração é o mesmo para cada um dos fios que ligam as cargas dos vértices à carga central.

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25. Nêutrons podem atravessar uma fina camada de chumbo, mas têm sua energia cinética
absorvida com alta eficiência na água ou em materiais com elevada concentração de
hidrogênio. Explique este efeito considerando um nêutron de massa m e velocidade v0 que
efetua uma colisão elástica e central com um átomo qualquer de massa M inicialmente em
repouso.

Resolução:

Para a colisão elástica e central, temos que:


v ' v
e  1  1 v0  v ' v (1)
v0
Pela conservação da quantidade do movimento, temos:
m m
Qi  Qf  mv0  mv  M  v '  v 0  v  v ' (2)
M M
Com (2) – (1), temos:
m  m   mM mM  mM 
  1 v 0    1 v    v0    v  v  v0  
M  M   M   M  mM
Portanto, a energia cinética do nêutron após o choque é:
2
mv 2 m  m  M  2
Ec     v0
2 2 mM
Logo, considerando m < M, a energia cinética do nêutron deve diminuir após a colisão com algum
átomo.
Em colisões com átomos de hidrogênio, onde m  M, a energia cinética do nêutron deve tender a
zero após o choque.

1
Resolução

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POLIEDRO
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26. A base horizontal de um prisma


de vidro encontra-se em contato
com a superfície da água de um
recipiente. A figura mostra a
seção reta triangular deste
prisma, com dois de seus
ângulos,  e  . Um raio de luz
propaga-se no ar paralelamente à
superfície da água e
perpendicular ao eixo do prisma,
nele incidindo do lado do ângulo
, cujo valor é tal que o raio
sofre reflexão total na interface
da superfície vidro-água.
Determine o ângulo  tal que o
raio emerja horizontalmente do
prisma. O índice de refração da
água é 4/3 e, o do vidro, 19 3.

Resolução:

Pela Lei de Snell-Descartes, na segunda refração:


19 3
 
1 sen 90o   
3
senr  senr 
19
 cos 

Para um ângulo, ligeiramente maior que o ângulo limite:


4
4 3
sen  3  sen   cos  
19 19 19
3

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FÍSICA
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Pela geometria do problema:


  r   r     senr  sen  cos   sen cos 
3 4 3 1
cos   cos   sen   3sen  cos  tg     30o
19 9 19 3
o
Utilizando-se de equações semelhantes,  = 30 .

2
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27. Morando em quartos separados e visando economizar energia, dois estudantes combinam de
interligar em série cada uma de suas lâmpadas de 100 W. Porém, verificando a redução da
claridade em cada quarto, um estudante troca a sua lâmpada de 100 W para uma de 200 W,
enquanto o outro também troca a sua de 100 W para uma de 50 W. Em termos de claridade,
houve vantagem para algum deles? Por quê? Justifique quantitativamente.

Resolução:

U2
Supondo que as potências sejam as nominais para serem ligadas na tensão padrão U e com P 
,
R
então as resistências das lâmpadas 50 W, 100 W e 200 W são proporcionais a 4R, 2R e R,
respectivamente.
Nas situações dadas, temos divisores de tensão.
Na 1a ligação, temos:

2
U
  U2
2
P1  P2    
2R 8R

Na 2a ligação, temos:

2
U
  U2
'  5
P1  
R 25R
2
 4U 
  4U 2
'  5 
P2  
4R 25R
Como a claridade é proporcional à potência, então, para a troca de:
100 W por 200 W  P1'  P1  houve desvantagem
100 W por 50 W  P2'  P2  houve vantagem

1
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28.
Uma massa m suspensa por uma mola elástica
hipotética, de constante de mola k e comprimento d,
descreve um movimento oscilatório de frequência
angular w  k m quando ela é deslocada para uma
posição z0 = 2ze, abaixo de sua posição de equilíbrio
em z = ze, e solta em seguida. Considerando nula a
força da mola para z < 0, determine o período de
oscilação da massa e os valores de z entre os quais a
mesma oscila.

Resolução:

Dadas as condições da questão e considerando que a massa seja deslocada de uma distância z0 = 2ze,
conforme mostra a figura, então a massa faz um MHS para z > 0 e um lançamento vertical para z < 0.

1. Para o MHS
Considerando a variável x = z – ze como a posição de oscilação em relação ao equilíbrio, tem-se:
x  2  z e  cos ( t).
1 2 2
Logo, para z = 0, tem-se: x  ze ze  2  ze  cos ( t)  cos ( t)   t t 
2 3 3
2 m
t  
3 k
2 m
Portanto, para este movimiento, o tempo de oscilação é: T1  2  
3 k
1. Para o lançamento vertical:
 2  3
Em z = 0, tem-se a velocidade v  2z e  sen   v    2  z e 
 3  2
mg m
v   3  z e  v   3   v   3  g  , em que kze = mg da posição de equilíbrio.
k k
Assim, o tempo total no lançamento vertical é:
2 v 2 m m
T2  T2  3 g  T2  2 3 
g g k k
4 m m
Portanto, para o movimento completo, o período é T  T1  T2 T    2 3 
3 k k
 4  m
T    2 3 
 3  k
Ainda para o lançamento vertical, a altura máxima é:
2
2v 2 2 m m
h máx  h máx   3  g   h máx  6g h máx  6z e , em que d > hmáx
g g k  k
Portanto, a massa oscila entre – 6ze   z    3z e

1
Resolução

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POLIEDRO
2015

29.
Um próton com uma velocidade   0,80  107 ex m s
move-se ao longo do eixo x de um referencial,
entrando numa região em que atuam campos de
indução magnéticos. Para x de 0 a L, em que L = 0,85
m, atua um campo de intensidade B = 50 mT na
direção negativa do eixo z. Para x > L, um outro
campo de mesma intensidade atua na direção positiva
do eixo z. Sendo a massa do próton de 1, 7 10 27 kg e
sua carga elétrica de 1, 6 10 19 C, descreva a trajetória
do próton e determine os pontos onde ele cruza a reta
x = 0,85 m e a reta y = 0 m.

Resolução:

A trajetória é descrita na figura abaixo:

O raio das trajetórias é dado por:


m  v 1, 7 1027  8 106
R   R  1, 7 m
q  B 1, 6 1019  5 102

1
FÍSICA
Resolução

ITA
2015 POLIEDRO

Da equação da circunferência para a primeira parte da trajetória, tem-se:


2 2
x 2   y  c1   R 2  x 2   y  1, 7   1, 7 2  x 2  y 2  3, 4y  1, 7 2  1, 7 2  x 2  y 2  3, 4y  0

Para x = 0,85 m:
0,852  y12  3, 4y1  0  y1  0, 23 m
 P1   0,85 m; 0, 23 m 

Da semelhança de triângulos, tem-se:


1, 47 1,7
  D  2,94 m  y2  1, 24 m
D 3, 4

Da equação da circunferência para a segunda parte da trajetória, tem-se:


  y  y2   R 2   x 1, 7    y 1, 24   1, 7 2
2
 x  x1 
2 2 2

Para y  0 x 1, 7   1, 242  1, 7 2 x 2  3, 4x 1,5376  0x  2,862 m


2

 P2   2,86 m; 0 

2
Resolução

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POLIEDRO
2015

Para x  0,85 m 0,85 1, 7    y 1, 24   1, 7 2 y 2  2, 48y  0, 6299  0 y  2, 709 m
2 2

 P3   0,85 m; 2, 71 m 

3
Resolução

FÍSICA ITA
POLIEDRO
2015

30. Uma partícula eletricamente


carregada move-se num meio de
índice de refração n com uma
velocidade v   c, em que  > 1 e
c é a velocidade da luz. A cada
instante, a posição da partícula se
constitui no vértice de uma frente de
onda cônica de luz por ela produzida
que se propaga numa direção  em
relação à da trajetória da partícula,
incidindo em um espelho esférico de
raio R, como mostra a figura. Após
se refletirem no espelho, as ondas
convergem para um mesmo anel no
plano focal do espelho em F. Calcule
o ângulo  e a velocidade v da
partícula em função de c, r, R e n.

Resolução:

A questão trata do efeito Cerenkov, no qual uma carga pode, em um meio material, ter velocidade
maior do que a da luz no meio, gerando um cone de luz semelhante ao cone de Mach, como se
observa na figura abaixo:

co co
Assim, cos   v 
nv n cos 

Da óptica geométrica, tem-se que:

Da condição de para-axialidade
r 2r
tg  
R R
2

1
FÍSICA
Resolução

ITA
2015 POLIEDRO

1 1 R2 R R
cos2   cos2   2
cos 2
  cos      arc cos
1  tg 2 4r 2
R  4r 2
R 2  4r 2 R 2  4r 2
1 2
R

c
v , em que c é a velocidade da luz no meio, logo:
cos 

c R 2  4r 2 c R 2  4r 2
v  v o
R n R

Em que co é a velocidade da luz no vácuo.

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