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Curso do Encceja Geografia

Capítulo 3

SUSTENTABILIDADE, SOCIEDADE DE
CONSUMO E IMPACTOS AMBIENTAIS
Olá! Aprofunde seus conhecimentos sobre Sustentabilidade, Sociedade de consumo e Impactos
Ambientais aqui conosco.

Esta aula de Geografia irá tratar das principais questões relacionadas às temáticas de
Sustentabilidade Ambiental, padrões de consumo das sociedades atuais e os principais Impactos
Ambientais resultantes do atual modelo de produção e consumo em massa. Vem com a gente revisar
esses assuntos para mandar bem no Encceja.

Desenvolvimento sustentável
Quando pensamos em desenvolvimento e sustentabilidade, algumas questões são levantadas, como,
por exemplo: Qual a quantidade de recursos naturais necessários para sustentar a humanidade?
Quais tecnologias existem ou podem ser criadas na busca de soluções para essa questão? Qual a
quantidade de habitantes o planeta suporta com os recursos existentes? Nossos padrões de consumo
terão que ser mudados radicalmente? E a maneira como nos relacionamos com a natureza?

A principal maneira que vem sendo apontada para responder a essas perguntas tão complexas, vem
sendo o Desenvolvimento Sustentável.

Em 1972, surge a primeira conferência mundial sobre meio ambiente organizada pela ONU,
denominada Conferência de Estocolmo. Dessa conferência, surgiu o Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), que tem como objetivo monitorar o meio ambiente em escala
global, alertar povos e nações sobre ameaças e recomendar medidas para minimizar os principais
problemas.
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Já na década de 1980, surge uma Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento que
tinha o intuito de analisar o quadro ambiental da época e propor alternativas.

Em 1987, essa comissão publicou um relatório intitulado Nosso Futuro Comum, que trazia o conceito
de Desenvolvimento Sustentável. Esse conceito tinha como objetivo “promover um desenvolvimento
que atenda às necessidades presentes sem comprometer a capacidade do planeta em atender às
necessidades futuras”.

Para a ONU, tanto a tecnologia quanto a sociedade podem ser aprimoradas com a finalidade de que
haja um crescimento econômico que utilize práticas científicas mais racionais que respeitem os
limites da natureza.

Em termos práticos, o Desenvolvimento Sustentável prega o desenvolvimento econômico que


utilize os recursos naturais de maneira racional pelas sociedades atuais, de maneira a garantir a
disponibilidade desses recursos para as gerações futuras.

Diante deste panorama, foram realizados vários encontros com líderes dos países do mundo inteiro,
com a finalidade de analisar as ações adotadas por cada país, rever os acordos e propor novas
medidas e metas para atingir o desenvolvimento sustentável.

Em 2015, foi lançada a Agenda 2030, que busca orientar as práticas da sociedade e traz os 17
objetivos do desenvolvimento sustentável nas dimensões econômica, social e ambiental. No entanto,
para atingir essas metas, a adoção de tecnologias ecologicamente corretas tem que vir acompanhada
de mudança de hábitos de consumo praticados pela humanidade atualmente.

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Hoje, não há países que atendam à sustentabilidade ideal: excelente qualidade de vida da população e
baixo impacto ambiental na produção econômica.

Fonte: ComCiência – revista eletrônica de jornalismo científico. Disponível em: https://www.comciencia.br/o-que-e-agenda-2030-das-nacoes-


unidas-e-quais-sao-os-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/

Hábitos de consumo
A partir da segunda metade do século XX, o sistema capitalista atingiu sua fase mais global. As
inovações tecnológicas nas áreas de informática e telecomunicações foram responsáveis por um
aumento da produção e pela rapidez nos fluxos de mercadorias, capitais e informações. 3
As novas tecnologias empregadas no setor produtivo (indústrias) permitiram o aumento da produção
e a grande diversificação de produtos. Dessa maneira, a partir da década de 1990, as trocas
comerciais entre países do mundo, aumento significativamente, ampliando também as desigualdades
econômicas e sociais em âmbito mundial.

Nesse contexto, há uma intensificação e supervalorização dos hábitos de consumo em massa,


ou seja, o pensamento equivocado de que consumir mais é melhor. As empresas de comunicação
foram fundamentais para a concretização das sociedades de consumo em massa e dos padrões de
consumo atuais.

O consumismo pode ser entendido como uma compulsão do indivíduo em comprar mercadorias e
serviços, de forma ilimitada e sem necessidade. A excessiva influência dos meios de comunicação de
massa faz com que o indivíduo consuma de maneira impulsiva, descontrolada e irresponsável, criando
uma relação entre consumir, e obter prazer, sucesso e felicidade.

A população jovem é a que mais sofre com os apelos ao consumismo, muitas vezes, pela
necessidade de inclusão em determinados grupos ou pela competição entre indivíduos.

No contexto ambiental, o consumismo contribui para aumentar a exploração dos recursos naturais
para atender a uma demanda industrial que precisa produzir cada vez mais. Sendo assim, alguns
recursos renováveis já enfrentam escassez, como água potável e perda de biodiversidade de florestas.
No que tange aos recursos não renováveis, estes aproximam-se a cada dia do esgotamento total.

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O apelo pelo novo, tornam obsoletos os produtos, maximizando a produção de lixo, surgindo uma
cultura do consumo e do descarte, ampliando a problemática ambiental.

O consumo consciente e a sustentabilidade foram posições defendidas na Rio +20 (Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, ocorrida no Rio de Janeiro em 2012) a fim de
reduzir os impactos ambientais negativos e a escassez ecológica.

Problemas ambientais
Dentre os inúmeros problemas ambientais que afetam o mundo, alguns deles alcançam esferas globais.
Várias questões ambientais globais, todas causadas por ações humanas, são geradas em países mais
ricos, com intensas atividades econômicas, elevada taxa de urbanização e industrialização, e população
com alto poder de consumo.

No entanto, as consequências dos padrões citados acima, ultrapassam fronteiras e atingem países
subdesenvolvidos, afetando negativamente a vida das populações mais pobres.

Dentre os principais problemas ambientais resultantes de um padrão de produção e consumo em massa,


podemos citar o buraco na camada de ozônio, o efeito estufa, o aquecimento global, a desertificação, o
problema da água (poluição de rios e mares) e os desmatamentos e queimadas de extensas áreas de
floresta, o que resulta em perda de biodiversidade.

O Efeito Estufa contribui para o aumento do Aquecimento Global, e é causado pelo aumento da
concentração de certos gases na atmosfera que contribuem para reter o calor proveniente da radiação
solar, aumentando a temperatura do planeta. Os principais gases de efeito estufa são o dióxido de
carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O).

O gás carbônico (CO2) é gás de efeito estufa mais emitido por veículos, indústrias e pela queima de
combustíveis fósseis (petróleo e seus derivados e carvão mineral), e resulta em altos índices de poluição
atmosférica.

Em 1997, foi assinado o Protocolo de Kyoto no Japão, com o objetivo de reduzir as emissões dos gases
de efeito estufa, porém, as metas não foram cumpridas. Em 2015, surge o Acordo de Paris, que trata
sobre mudanças climáticas, em que 195 países (incluindo o Brasil) se comprometeram a reduzir suas
emissões.
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Para atingir as metas do Acordo de Paris, os países desenvolvidos vêm investindo em fontes de
energia mais limpas (solar, eólica, etc) e produção de carros elétricos. Outras medidas que podem ser
adotadas em nível global, referem-se à redução da derrubada de florestas e ampliação das áreas de
reflorestamento.

Em relação à poluição hídrica, as principais fontes de poluição são o lixo e os resíduos de esgotos
doméstico e industrial que são despejados nos rios sem tratamento. Isso resulta em índices inadequados
de potabilidade (água em condições ideais para consumo humano), fedor e morte de peixes, afetando o
abastecimento hídrico das cidades e as condições de saúde da população mais pobre.

Os desmatamentos e queimadas são causados principalmente por atividades ligadas à expansão


da agropecuária, mineração e extração ilegal de madeira, resultando em perda de biodiversidade,
empobrecimento do solo e aumento da concentração de gases de efeito estufa. No Brasil, os
desmatamentos e queimadas na Amazônia, têm aumento os conflitos entre índios, madeireiros e
grileiros.

A adoção de ações concretas de redução dos problemas ambientais é urgente para que haja uma melhor
qualidade de vida e um desenvolvimento econômico responsável.

Como complemento a esse texto, não deixe de assistir à vídeo aula gravada pelo professor Carrieri no
Canal do Curso Enem Gratuito.

Este texto foi escrito por Miramaya Jabur, que é geógrafa graduada pela Universidade Federal de
Uberlândia, Mestre em Geografia pela Universidade Estadual Paulista e ministra aulas na área desde 2010.

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