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Curso do Encceja Geografia

Capítulo 4

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL


Olá! Aqui você encontra os principais tópicos relacionados à desigualdade social no Brasil na atualidade.

Nesta aula você irá aprender sobre as principais questões relacionadas à temática da Desigualdade
social no Brasil. Com destaque para aspectos ligados à saúde, educação e distribuição de renda, que são
os principais indicadores sociais que retratam aspectos qualitativos de uma população, expressos pelo
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Desenvolvimento humano
A definição de um país como desenvolvido ou subdesenvolvido é realizada por meio da análise de
indicadores sociais e econômicos. Dentre os principais indicadores sociais, podemos destacar o nível de
renda, de escolaridade e de saúde da população.

Isso porque o conceito de desenvolvimento humano parte do pressuposto de que para se ter um
panorama da qualidade de vida de uma população, é preciso ir além do viés puramente econômico.
Dessa maneira, deve-se considerar outras características culturais, sociais e políticas que influenciam no
acesso a uma melhor ou pior situação de vida.

Sendo assim, mesmo apresentando bons índices econômicos na história recente, o Brasil enquadra-
se no grupo de países denominados emergentes ou em desenvolvimento, pois apresenta indicadores
sociais ruins.

Países em desenvolvimento
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Nos países em desenvolvimento, as enormes taxas de desemprego, associadas ao aumento da
concentração de renda e das desigualdades sociais, estão entre as principais causas do avanço da
pobreza.

De acordo com o Pnuma (Programa da Organização das Nações Unidas para os Assentamentos
Humanos), a América Latina é o continente mais desigual do mundo, onde se encontram alguns países
que apresentam a maior desigualdade social e de renda.

Segundo dados divulgados pela ONU em 2019, O Brasil caiu cinco posições no ranking do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), passando da 79ª para a 84ª posição, entre 189 países avaliados.

Brasil e a desigualdade social


Dentre os países mais desiguais do mundo em distribuição de renda, o Brasil ocupa hoje a 7ª posição,
ficando atrás apenas de países africanos. De acordo com dados do IBGE em 2019, os 10% mais ricos
tinham rendimento 13 vezes maior que os 40% mais pobres. Isto se deve ao fato da renda dos mais
ricos ter aumentado, enquanto a dos mais pobres diminuiu.

A desigualdade social é apontada como um dos principais problemas do Brasil, e ela manifesta-se
também na diferença de renda entre brancos e negros, sendo que os brancos possuem média salarial
mais alta do que os negros. Isso também fica evidente entre homens e mulheres, uma vez que mulheres
normalmente ganham menos do que homens.

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O gráfico abaixo mostra a distribuição do rendimento mensal de acordo com as diferentes regiões do
Brasil.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005/2015

Acesso em 03/02/2021. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98965.pdf

Programas sociais
Dentre os programas implementados pelo governo federal a fim de reduzir os índices de pobreza e
aumentar a qualidade de vida das famílias mais carentes, foi criado o Bolsa Família. Esse programa
ajuda a garantir o direito à alimentação, à saúde e à educação para a parcela mais vulnerável da
sociedade.

Através do Bolsa Família, o dinheiro recebido mensalmente pelas famílias traz alívio imediato à
situação de pobreza, além de ajudar a romper o ciclo de reprodução da miséria entre diferentes
gerações, uma vez que possibilita às crianças e aos jovens, terem perspectivas de vida melhores que a
de seus pais.

No que tange à educação, ela é um dos elementos essenciais para a evolução humana, uma vez
que possibilita o desenvolvimento do indivíduo, sua inclusão nas atividades econômicas e uma
maior conscientização política. A educação é vista hoje como um dos principais meios de ação
social inclusiva para combater a pobreza e potencializar o direito à cidadania e uma sociedade mais
igualitária.

A educação possibilita também uma maior qualificação profissional e a obtenção de uma renda
melhor, o que irá impactar diretamente na qualidade de vida e no acesso a bens e serviços melhores.

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Educação no Brasil
Em relação aos indicadores de educação no Brasil, segundo o IBGE em 2015, a taxa de analfabetismo
superava 8% do total da população, o que correspondia a aproximadamente 13 milhões de pessoas.
As maiores taxas de analfabetismo são registradas nas regiões Nordeste e Norte, e as menores, nas
regiões Sudeste e Sul respectivamente.

Embora tenha havido uma melhoria das condições educacionais no Brasil nas últimas décadas,
principalmente em relação ao ensino básico (98% das crianças de 6 a 14 anos estão na escola), ainda
hoje, o nível de escolaridade da população brasileira é relativamente baixo quando comparado aos
países desenvolvidos.

De acordo com o Censo Escolar (2016), divulgado pelo Ministério da Educação, o Brasil ainda tem
305 mil crianças entre 7 e 14 anos fora da escola. Para a Unicef, a exclusão escolar é identificável de
maneira mais evidente na população pobre, negra, indígena e quilombola. Muitas pessoas deixam a
escola (evasão escolar) para trabalhar e contribuir com a renda da família.

Outra questão de relevância refere-se ao fato de que um grande contingente da população em idade
produtiva (idade para trabalhar) é analfabeta funcional, ou seja, não apresenta conhecimentos e
habilidades essenciais para o ingresso no mercado de trabalho. Essa realidade faz aumentar ainda
mais o número de jovens e adultos com baixa remuneração salarial inseridos no trabalho informal, ou
sem emprego nenhum.

Destaque também deve ser dado ao fato de negros terem menos acesso ao ensino superior
(universidades) do que os brancos, e isso tem relação com a educação básica, pois a maior parte dos
negros está na rede pública de ensino.

Vale ressaltar também o fato de que a qualidade da educação pública ofertada é deficiente, e os
gastos do governo brasileiro direcionados à educação básica são inferiores às recomendadas pela
OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O gráfico abaixo retrata a taxa de analfabetismo por idade entre 2005 e 2015.

Acesso em 03/02/2021. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98965.pdf

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