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Qualidade de Vida e Educação Física

Indicadores de qualidade de vida


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Nesta webaula, aprenderemos sobre a relação entre fatores socioeconômicos e qualidade de vida. Além disso,
conheceremos índices que auxiliam no entendimento do perfil da população, das suas condições socioeconômicas
e das suas necessidades básicas, possibilitando a elaboração de políticas públicas para a melhoria das condições
de vida.

Fatores socioeconômicos e qualidade de vida


Os fatores socioeconômicos são aqueles que afetam as relações sociais e econômicas, interferindo no meio
ambiente e, consequentemente, na qualidade de vida, como condições de habitação, acesso à saúde, à educação
e à alimentação adequada.

O baixo recurso financeiro limita o acesso aos serviços de saúde de melhor qualidade, favorecendo condições de
moradia precária e afetando a saúde física e emocional, dentre tantos outros problemas ocasionados pela
escassez de dinheiro.

A qualidade de vida de pessoas com baixo recurso


financeiro pode ser melhorada por meio de políticas Vale lembrar que, apesar de exercer uma grande
públicas para ajudar a reduzir as desigualdades sociais, influência, o nível socioeconômico não é o único
melhorando o acesso às necessidades básicas, como fator que influencia na qualidade de vida, outros
saúde, educação de qualidade, saneamento básico, aspectos fundamentais relativos à vida humana,
água potável, além do acesso a programas para como boas relações sociais e espiritualidade,
práticas esportivas, a fim de melhorar as condições de podem favorecer a melhoria da qualidade de vida.
vida de crianças, jovens, adultos e idosos.

Índices do IBGE
Para a análise da qualidade de vida, da efetivação de direitos humanos e sociais, e do acesso aos diferentes
serviços, bens e oportunidades, o IBGE utiliza a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), importante índice para o
entendimento das dimensões das desigualdades sociais e de seus efeitos na vida dos brasileiros, contribuindo
para a elaboração de políticas públicas direcionadas à desigualdade social em diferentes âmbitos: distribuição de
renda, trabalho, habitação, educação e saúde (IBGE, 2019) .

Esse índice é importante para o entendimento das dimensões das desigualdades sociais e seus efeitos na vida dos
brasileiros, sendo realizado anualmente, exceto nos anos em que ocorre o censo demográfico. Suas informações
são, em sua maioria, retiradas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), destinada ao
acompanhamento do desenvolvimento socioeconômico do país (IBGE, 2019).
:
Saiba mais
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2015, sobre Práticas de Esporte e
Atividade Física, identificou que apenas 37,9% das pessoas com 15 anos ou mais estavam fisicamente ativas,
e as mulheres estavam mais inativas que os homens. As Regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram maior
número de praticantes de atividades, enquanto as Regiões Nordeste, Norte e Sudeste registraram um menor
número.

Índices de pobreza e desenvolvimento humano


Os índices de pobreza e desenvolvimento humano ajudam no entendimento do perfil da população, das suas
condições socioeconômicas e das suas carências, viabilizando a elaboração de estratégias para a melhora das
condições de vida. Esses índices são:

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um índice de medida do progresso do desenvolvimento


humano de países e suas regiões, baseando-se em três aspectos diferentes: renda, educação e saúde. Em
2019, o Brasil estava na 79ª posição no Ranking de IDH, correspondendo a um “Alto Desenvolvimento
Humano”.

Índice de Pobreza Humana (IPH) 

O Índice de Pobreza Humana (IPH) é um instrumento de medida da pobreza que considera três aspectos
relacionados ao desenvolvimento: longevidade, conhecimento e padrão de vida.

Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) 

O Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) é um índice abrangente que, além de analisar a renda como
indicador de pobreza, também considera as discrepâncias na maneira como as pessoas vivem a pobreza, as
condições de saúde, a educação e o padrão de vida. Em 2015, havia 7,7 milhões de pessoas em condições de
pobreza multidimensional no Brasil, representando 3,8% da população do país.

Índice de Gini
O Índice de Gini é um instrumento utilizado para medir o grau de concentração de renda de um determinado país,
estado ou município. Foi criado pelo matemático italiano Conrado Gini, em 1912, com o objetivo de calcular
quanto um determinado grupo pode ser socioeconomicamente igual ou desigual, apontando as diferenças entre
os mais pobres e os mais ricos. Esse índice é representado por um gráfico e a concentração de renda pode ser
analisada por meio da Curva de Lorenz, uma ferramenta gráfica utilizada para representar a distribuição de renda
cumulativa na população. Em uma comparação global, o Brasil tem um dos piores Índices de Gini do mundo. No
Relatório de Desenvolvimento Humano de 2004, encontrava-se na 120ª posição, quase no final da lista de 127
países, demonstrando a imensa desigualdade social.
:
Curva de Lorenz

Fonte: Mergulhão (2020, p. 4) .

Saiba mais
O Brasil tem um IDH correspondente a um “Alto Desenvolvimento Humano”, e está na 79ª posição no ranking
mundial, formado por 189 países, entretanto, tem um dos piores Índices de Gini do mundo, tanto que, no
ano de 2004, encontrava-se na 120ª posição, em uma lista de 127 países, demonstrando que, apesar de ter
um alto índice de desenvolvimento humano, é um país com grande desigualdade social.

Para finalizar, é válido destacar que, para o profissional de educação física, é necessário compreender a relação
entre nível socioeconômico e qualidade de vida, e assimilar as dimensões das desigualdades sociais, das
condições de vida e também seus efeitos na vida humana, para que possa, assim, compreender o ser humano e o
seu ambiente em todas as vertentes, de modo que, em sua atuação profissional, consiga desempenhar seu papel
visando preencher todas as lacunas, ou seja, todas as necessidades básicas e pessoais de seus alunos,
independentemente do contexto, seja em uma escola, em um centro de convivência de idosos, em um programa
de saúde, ou outra situação.

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