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Fatores que afetam a qualidade de vida:

Qualidade de vida é um parâmetro amplo, que passa por áreas como lazer, gastronomia,

entretenimento, capacidade de consumo, socialização, saúde, educação e segurança

pública. Trata-se, assim, de uma sensação de prazer que deriva também (mas não

somente) de um bem-estar civilizatório proporcionado pelo Estado. E, nesse aspecto, ainda

temos a melhorar.

O Brasil ocupa atualmente a 79ª posição no ranking de desenvolvimento humano da ONU


(o IDH). O índice, que usa referenciais como renda, educação e saúde para compor a
listagem, coloca o Brasil abaixo de países como Albânia (75º), Líbano (76º) e Azerbaijão
(78º).

Mas a baixa qualidade de vida da população não depende apenas do governo. Há questões
que passam pela visão de mundo pessoal e pela própria seleção de prioridades de cada
cidadão — decisões que, se equivocadas, certamente impactarão sua qualidade de vida no
futuro.

Em um ranking específico sobre qualidade de vida, divulgado em 2015, o Brasil ficou em


70º lugar em uma lista com 86 países. Também pudera. É só dar uma olhadinha em alguns
números para perceber que há deficiências relevantes na forma com a qual o brasileiro
conduz sua trajetória:

• 70% dos brasileiros não têm plano de saúde;

• 80% não se preparam para a aposentadoria;

• 70% da população não consegue guardar dinheiro;

Veja que qualidade de vida tem uma esfera multidisciplinar, que envolve a infraestrutura

social gerida pelo Estado, mas também fatores individuais, como a forma como o indivíduo
se organiza financeiramente, sua parcela de tempo dedicada à saúde mental e o grau de

importância dado ao convívio social.

O que seria, então, qualidade de vida? O que isso abrange, afinal?

Qualidade de vida é a percepção do cidadão sobre sua participação na vida, dentro do

contexto de seus objetivos e do sistema de valores no qual está inserido. Pode ser

entendido como sinônimo de saúde e bem-estar físico e emocional, ou a forma como cada

pessoa entende que consegue aproveitar as potencialidades de sua existência.

O estudo desse tema já foi abordado sobre diferentes aspectos, tal como econômico

(indicadores de renda/consumo), psicológico (como o indivíduo percebe sua própria

felicidade/satisfação), biomédico (condições de saúde) e o atualmente usado, holístico (que

compreende bem-estar como produto de todas as abordagens anteriores).

Portanto, há muito que você pode fazer, desde jovem, para garantir longevidade, saúde,
disposição e satisfação de viver, inclusive quando chegar à velhice. Abaixo, você confere as
mais graves iniciativas, ações ou rotinas que impactam sua qualidade de vida e que
precisam ser suprimidas imediatamente.

1. Excesso de trabalho

A pressão do mundo corporativo moderno pelo aumento ilimitado de produtividade, a

demonização do erro, a corrida frenética por crescimento profissional e as jornadas de

trabalho extenuantes têm parcela relevante de responsabilidade sobre o desenvolvimento

de enfermidades.

Com o aumento voraz das doenças laborais (inclusive com elevação de casos de

depressão e suicídio), a ciência e o mundo dos negócios começaram a debruçar-se sobre o

tema, resultando no surgimento de termos até então desconhecidos, como burnout.


A Síndrome de Burnout é uma doença catalogada recentemente. Ela é marcada pelo
completo esgotamento físico e mental, com causas ligadas à vida profissional. Estima-se
que nos Estados Unidos, por exemplo, o burnout seja responsável por prejuízos anuais de
US$ 150 bilhões às organizações.

2. Estresse

Carga excessiva de trabalho, má alimentação, sedentarismo, falta de sono, horas diárias


em congestionamentos, escassos momentos de lazer: essa atmosfera permeia a rotina de
muitos habitantes das principais capitais brasileiras. Isso explica por que o país ocupa a 2ª
posição em um ranking de estresse elaborado pela International Stress Management
Association.

O estresse crônico é dos principais fatores de degradação da qualidade de vida de um

indivíduo. Provoca aumento na produção de hormônios, como adrenalina e cortisol,

acarretando desde o aumento da tensão muscular à desregulação da flora intestinal. Facilita

o desenvolvimento de ansiedade, depressão e síndrome do pânico. Isso sem falar em

doenças neurológicas como Alzheimer.

Vale lembrar que acostumar-se a conviver com altos índices de estresse no trabalho
aumenta em 23% o risco de morte por doenças cardíacas.

3. Negligência com a saúde

Mais de 50% dos brasileiros estão acima do peso. Quase 40% dos homens não fazem
exame de próstata. Entre as mulheres, 35% descobrem o câncer de mama em estágio
avançado.

A prevenção reduz o risco de AVC, doenças cardiológicas e oncológicas. Mas, mesmo

assim, ainda são poucos os que têm acesso à rede de saúde privada.

E, mais do que isso, poucos os que têm hábito de fazer ao menos um check-up anual. Por
incrível que pareça, 6 em cada 10 brasileiros só vão ao médico quando estão doentes. E é
evidente que isso impacta negativamente a qualidade de vida nacional.
4. Má alimentação e sedentarismo

O desenvolvimento das funções básicas do organismo depende da ingestão de nutrientes,

em quantidade e qualidade adequadas. Não pensar no valor energético dos alimentos e em

como combiná-los para suprir a carência nutritiva do corpo é colocar-se em risco de

desenvolvimento das mais diversas doenças.

O problema é que, na correria da rotina, a maioria das pessoas ignora a necessidade de

planejar uma alimentação balanceada. Quando essa deficiência se alia ao sedentarismo,

abrem-se as portas para uma série de disfunções que certamente vão impactar sua

qualidade de vida.

5. Falta de sono

Não dormir direito não traz apenas mau humor ao dia seguinte. Como um dos principais

processos fisiológicos da vida, a ausência de sono causa repercussões metabólicas e

cognitivas importantes. Por exemplo:

• produção em excesso de hormônios que afetam o emagrecimento;

• desequilíbrio na atividade das sinapses nervosas (prejudicando a memória de curto prazo);

• redução do número de leucócitos (derrubando a imunidade);

• diminuição de hormônios considerados “rejuvenescedores” (como a melatonina).

Isso sem falar na maior resistência insulínica (dificultando o controle do diabetes) e na

desregulação da pressão arterial.


Com todo esse pacote de danos ao organismo, não é de se espantar que estudos revelem
que dormir menos de 5 horas por dia dia aumenta o risco de morte em 65%. A falta de sono
tem poder corrosivo indiscutível na qualidade de vida de uma pessoa.

6. Descompromisso financeiro com o futuro

Não é nenhum absurdo dizer que, de forma geral, o brasileiro não se preocupa com o

amanhã. Na verdade, inúmeras estatísticas apenas confirmam a cultura de imediatismo

que, infelizmente, ainda impera no país.

Um levantamento recente feito pelo Banco Mundial, por exemplo, mostrou que apenas 4%
da população se preocupa com o futuro; outro estudo revelou que cerca de 34% sabem
pouco ou nada sobre seus gastos mensais. Isso sem falar no ínfimo índice de investidores,
quando comparamos com outras nações.

Não se trata apenas de salário baixo ou de compromissos financeiros diversos. Poupar para
o futuro é um compromisso com sua própria vida, com o que você e sua família serão
amanhã.

Isso porque o futuro provavelmente chegará, e quem não plantou nada ao longo da
juventude com certeza arcará com essa indiferença. Lembre-se: não é preciso ser rico para
poupar. Um seguro de vida pode sair por menos de R$ 50 por mês.

Não se preocupar com o futuro impacta terrivelmente a qualidade de vida do brasileiro.


Ignorando os baixos valores da aposentadoria pública, muitos cidadãos chegam à terceira
idade tendo que enfrentar a difícil tarefa de sobreviver com apenas 1 salário mínimo (caso
de 66% dos aposentados no Brasil).

O ideal é separar parte do orçamento para investir. Você pode dividir esse capital entre uma
proteção financeira, como seguro de vida ou previdência privada, além de aplicações em
renda fixa e variável.
Problemas sociais que afetam a qualidade
de vida:

O Que São Problemas Sociais?


Um problema social é definido por qualquer condição ou comportamento que traga
consequências negativas para um grande número de pessoas, dificultando que
atinjam pleno potencial.

São parte do sistema econômico, cultural, político e social, envolvendo tanto


pessoas quanto organizações, empresas e suas funções.

As pessoas ​podem inicialmente discordar sobre a existência de tais consequências


ou sua extensão e gravidade, mas normalmente um conjunto de dados se
acumula, a partir de pesquisas, e aponta fortemente para amplas e sérias
implicações.

Algumas vezes, os problemas sociais só são classificados assim se cidadãos,


formuladores de políticas e outras partes chamam a atenção para sua condição com
grande alarde.

Para serem considerados problemas sociais, essas condições que perturbam ou


prejudicam a sociedade precisam fazer parte de um processo de reivindicações
para serem abordados e entendidos de maneiras específicas.

Então, serão construídos e reconstruídos pela mídia, pelo público, pelos


formuladores de políticas, por quem as implementam e pelos críticos que avaliam a
eficácia de tais ações.

12 Principais Problemas Sociais No Brasil


Se você se pergunta quais são os três maiores
problemas sociais no Brasil hoje, nossa resposta é que muito maior que esse
número.

Pobreza, desemprego, desigualdade de oportunidades, racismo e desnutrição são


alguns dos principais problemas sociais no Brasil.

Podemos citar também a habitação precária, a discriminação no emprego, o


abuso e negligência infantil e tantos outros.

Veja a seguir 12 tipos de problemas sociais com os quais nosso país se depara
diariamente.

1. Saúde
Embora o Brasil seja o único país com mais de 200 milhões de habitantes com um
sistema de saúde pública universal, sabemos que muitas pessoas esperam
meses por um atendimento.

Não faltam notícias de longas filas e de pessoas que morrem enquanto aguardam
sua vez para um tratamento ou cirurgia.

O Sistema Único de Saúde (SUS) existe para atender gratuitamente a todos os


brasileiros, desde a assistência primária aos mais complexos procedimentos,
incluindo até mesmo a vacinação contra o coronavírus.

Entre 70% e 80% da população depende exclusivamente dos seus serviços, o


que gera uma grande sobrecarga do sistema, resultando em problemas na gestão
hospitalar, com unidades lotadas, falta de equipamentos, de leitos e de médicos.

Além da falta de estrutura para o grande número de usuários, um dos maiores


causadores da deficiência dessa estrutura é a falta de recursos financeiros, o que
leva à precarização dos atendimentos.
O Brasil gasta 8% do seu PIB em saúde, sendo que apenas 3,8% é de investimento
público e, para 2022, houve um corte de 20% do seu orçamento.

2. Educação
Dados do IBGE indicam que 11 milhões de brasileiros com mais de 15 anos são
analfabetos e até 29% são analfabetos funcionais (que sabem identificar as
palavras, mas não conseguem compreender e interpretar textos e ideias).

O investimento do Estado na educação do país vem caindo nos últimos cinco


anos, chegando ao menor patamar desde 2012, e para 2022 o valor autorizado é de
R$ 6 bilhões a menos que no ano anterior.

Isso causa infraestrutura precária, falta de material, superlotação de salas de aula e


impacta no desempenho do estudante.

Houve um retrocesso de 1,3% no número de alunos matriculados na educação


básica em 2021, o que significa mais 627 mil crianças fora das escolas.

Outro fator que impacta negativamente na alfabetização é a falta de incentivo e do


costume à leitura, sendo que apenas metade da população cultiva esse hábito.

3. Moradia
O déficit habitacional no Brasil, segundo pesquisas mais recentes, é de 5,8
milhões de moradias, o equivalente a 8% das habitações do país.

Destes casos, 79% se concentram em famílias de baixa renda e 87% em nas áreas
urbanas.

Esses números não indicam apenas falta de moradia, mas situações precárias e
valores excessivos.

Dentre as causas desse problema social estão o desemprego e a especulação


imobiliária, sendo que a elevação dos aluguéis ocasionou um aumento de 221
milhões de moradias desocupadas.

4. Desemprego
Os problemas sociais geralmente estão interligados,
são causa e consequências uns dos outros.

O analfabetismo, por exemplo, leva ao desemprego, que por sua vez pode levar à
falta de moradia, à informalização e ao empobrecimento da população.

Em termos de trabalho, o número de desempregados no primeiro trimestre de 2022


foi de 11,9 milhões, ou 11,1% da população ativa.

Destes, 13,7% são mulheres e 9,1%, homens.

A taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos é superior a 20%, já para


jovens entre 14 e 17 anos, o desemprego é de 36%.

Outro problema que a força de trabalho jovem enfrenta é a baixa remuneração,


que fica em torno dos R$ 1.452 por mês, o equivalente a metade da renda média
do trabalhador brasileiro.

5. Saneamento Básico
Segundo o último levantamento divulgado pelo IBGE, quase 40% das cidades
brasileiras ainda não contavam com serviço de esgoto sanitário no período em que
a pesquisa foi realizada.

Ao todo, 34,1 milhões de residências não recebem esse serviço, sendo que
apenas pouco mais de 60% dos municípios tratam o esgoto.

Um outro estudo recente indica que apenas 84% da população tem acesso à água
potável.

A falta de saneamento, recolhimento e tratamento adequado do esgoto e de água


encanada e potável impacta na sociedade com a proliferação de doenças,
aumento da mortalidade e sobrecarga do sistema de saúde.
6. Desigualdade Social
A má distribuição de renda entre as classes sociais é um dos graves problemas
que o Brasil enfrenta.

Segundo o relatório de desigualdade mundial, o Brasil está entre os países de


maior disparidade, sendo que a metade da população com as menores rendas
ganha 29 vezes menos que os 10% mais ricos.

Para fins de comparação, a diferença na França é de apenas 7 vezes.

A renda média anual brasileira, em termos de paridade de poder de compra, é de 14


mil euros, sendo que os 10% mais ricos têm renda de 81,9 mil euros e representam
58,6% dos ganhos totais do país.

Em termos patrimoniais, no Brasil, enquanto a metade mais pobre da população


detém apenas 0,4% da riqueza do país, os 10% mais ricos possuem 80% do
patrimônio.

E se olharmos apenas para o 1% da riqueza extrema, essas pessoas contabilizam


quase 50% de toda a riqueza nacional.

Segundo o levantamento, isso destaca a persistência de sistemas econômicos e


sociais extremamente hierárquicos, resultado moderno das sociedades coloniais ou
do apartheid.

7. Trabalho Infantil

Antes da pandemia de Covid-19, dados do IBGE


indicavam que mais de 1,7 milhão de crianças e adolescentes estava envolvido
em trabalho infantil, número que pode ter aumentado ainda mais.

Um estudo realizado por um pesquisador brasileiro da Universidade de Zurique


indica que na verdade são 5,7 milhões em trabalho infantil, um percentual de
19,15% das crianças.
São muitos os prejuízos do trabalho infantil, desde educacionais, como baixo
rendimento escolar ou mesmo abandono da escola, a psicológicos, como baixa
autoestima e depressão, e físicos, como lesões, problemas de coluna e
respiratórios.

8. Fome
Embora seja um país rico em terras cultiváveis, o Brasil enfrenta o grave problema
social da fome, que vem se agravando ainda mais com as consequências da
pandemia, como o desemprego.

A fila de pessoas para comprar ossos de animais foi notícia no país e no mundo,
assim como imagens de brasileiros vasculhando restos descartados de uma fábrica
de ração e sabão para animais de estimação.

Uma pesquisa mostrou que apenas 44,8% dos domicílios visitados tinham seus
moradores em segurança alimentar, ou seja, em 55,2% dos lares as pessoas não
tinham acesso a alimentos regularmente.

Isso significa 11,8 milhões de brasileiros, sendo que desses, 9% passavam fome
constantemente.

A insegurança alimentar grave leva a um alto índice de subnutrição, anemia,


carência de nutrientes, diversos distúrbios e morte.

9. Desmatamento
A destruição da Amazônia brasileira chegou a mais de 10 mil quilômetros
quadrados em 2021, uma área de mata nativa equivalente à metade do estado de
Sergipe.

Isso significa que o desmatamento cresceu 29% e foi o maior em 10 anos.

Até mesmo unidades de conservação federal tiveram seus territórios atingidos


com devastação de mais de 500 quilômetros quadrados, totalizando 10% a mais
que no ano anterior.

Esse cenário é extremamente grave, trazendo consequências como perda da


biodiversidade, ameaça aos povos tradicionais, aumento do aquecimento global e
alteração do regime de chuvas.
10. Desigualdade Racial
A desigualdade racial também integra o rol de problemas sociais no Brasil e se
reflete em diversas esferas da vida.

Dados do IBGE mostram que enquanto apenas 3,6% de brancos são analfabetos,
o número salta para quase 9% entre negros.

Já o desemprego sobe de 9,3% para 13,6% e a informalidade de 34,5% para


47,4%.

Em termos de média salarial, a remuneração de brancos se mostrou 73,4%


superior.

Ainda, 70% das pessoas abaixo da linha da pobreza é de negros ou pardos.

A desigualdade também é identificada nos estudos, sendo que 71,7% dos jovens
fora da escola são negros.

Como consequência, vemos a exclusão de uma grande parcela da sociedade,


colocada em situação de vulnerabilidade social, sofrendo com falta de direitos
humanos, racismo, analfabetismo e falta de oportunidades.

11. Drogas

Um levantamento sobre o uso de drogas no Brasil


mostra que 3,2% admitiram ter usado substâncias ilícitas no período de um ano
antes da pesquisa.

Esse número equivale a quase 5 milhões de brasileiros, sendo que se for


considerada apenas a faixa etária entre 18 e 24 anos, esse número sobe para 7,4%.

Dentre as drogas mais consumidas, estão maconha e cocaína.


Embora não seja considerado ilegal, o consumo de álcool é preocupante, com 2,3
milhões da população demonstrando critérios de dependência.

O consumo de drogas traz diversos problemas para a sociedade e para a saúde de


seus usuários.

Em 2021, o SUS registrou um aumento de 12,4% nos atendimentos relacionados a


transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas ilícitas e álcool.

12. Violência
A violência é um problema social que resulta de tantos outros, como evasão escolar,
fome, uso de drogas, desigualdades e corrupção.

O Atlas da Violência no Brasil mostra que no período de um ano, entre 2018 e


2019, houve um aumento de 35% de mortes violentas.

Já os dados de 2022 indicam que o número saltou para 81% em relação ao ano
anterior.

Desenvolvendo as competências
socioemocionais:

O que são habilidades socioemocionais?

Nossa definição virá de uma das maiores referências no assunto. De acordo com a
CASEL (Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning), fonte
confiável de conhecimento sobre o tema, a definição é a seguinte:

“Aprendizagem socioemocional (SEL) é uma parte integral da educação e do


desenvolvimento humano. SEL é o processo pelo qual todos os jovens e adultos
adquirem e aplicam o conhecimento, as habilidades e as atitudes para desenvolver
identidades saudáveis, gerenciar emoções, conquistar objetivos pessoais e
coletivos, sentir e demonstrar empatia pelos outros, estabelecer e manter
relacionamentos solidários e tomar decisões responsáveis e carinhosas.”

A CASEL é tão confiável que é mencionada em um artigo do site oficial da BNCC,


do MEC, chamado de “Competências socioemocionais como fator de proteção
à saúde mental e ao bullying”, o que inclusive destaca ainda mais sua importância
no contexto escolar, como abordaremos mais adiante.

Quais as competências socioemocionais?

Como o conceito é amplo, podemos encontrar uma série de competências. Porém,


a CASEL pode nos ajudar mais uma vez aqui com seu “Sistema SEL” (SEL
Framework), que menciona os conhecimentos, habilidades e atitudes em cinco
diferentes áreas.

Inclusive, o artigo do site da BNCC de que comentamos anteriormente também


abordam as mesmas competências, que são as seguintes:

● Autoconsciência: trata do conhecimento de cada pessoa, de suas forças e


limitações, com o intuito de sempre manter atitudes otimistas e que visem o
crescimento.

● Autogestão: é a capacidade de gerenciar o estresse com eficiência, além de


controlar impulsos e definir metas adequadas.

● Consciência social: passa especialmente pelo exercício da empatia, ou seja,


de se colocar no lugar das outras pessoas, o que ajuda a respeitar a
diversidade.

● Habilidades de relacionamento: tratam das habilidades de ouvir com empatia,


falar com objetividade e clareza, ser cooperativo com outras pessoas, resistir
a pressões sociais inadequadas (como o bullying), solucionar conflitos com
respeito e de maneira construtiva, além de ajudar o próximo sempre que
necessário.

● Tomada de decisão responsável: diz respeito às escolhas pessoais e


interações sociais conforme os padrões éticos, cuidados com segurança e as
normas de uma sociedade.

Por que as habilidades socioemocionais são importantes nas


escolas?

Porque elas estão relacionadas a quão habilidosas as crianças serão no futuro em


diferentes aspectos de suas vidas, como social, emocional, acadêmico e
profissional. Por isso, quando antes se abordarem as competências
socioemocionais na Educação, melhor.
Inclusive, o estudo “Early Social-Emotional Functioning and Public Health: The
Relationship Between Kindergarten Social Competence and Future Wellness”,
publicado no periódico American Journal of Public Health, mostra bem como é
importante abordar as competências socioemocionais desde cedo.

De acordo com ele, ter melhores habilidades socioemocionais no jardim de infância


está relacionado a resultados importantes aos 25 anos, como os seguintes:

● Sucesso educacional, como completar uma graduação;

● Sucesso profissional, como uma maior probabilidade de ser contratado;

● Outros resultados importantes na vida, como a menor probabilidade de ter


algum tipo de problema com a polícia.
Logo, saber como trabalhar as competências socioemocionais na escola é
indispensável para que, mesmo depois de praticamente duas décadas, as crianças
(então adultas) tenham uma vida melhor, mais feliz e equilibrada.

Qual é o papel dos atores da educação neste trabalho?

Os professores, assim como os coordenadores, diretores e demais responsáveis,


devem implementar as habilidades socioemocionais nas escolas, com seus
conceitos sendo abordados por diferentes disciplinas.

O mesmo vigor e determinação aplicados no ensino das matérias “tradicionais”


devem ser inseridos ao ensinar sobre as competências socioemocionais. Afinal, elas
farão toda a diferença na vida daquelas crianças e jovens, inclusive no curto prazo.

Quando falamos sobre formação integral, nos deparamos com diferentes


dimensões que devem ser desenvolvidas em conjunto, inclusive a emocional e a
social, o que garante um aprendizado muito mais completo do que quando se foca
apenas nas dimensões culturais e intelectuais, por exemplo.

Neste sentido, os atores da educação devem conduzir os jovens, mostrando que as


competências socioemocionais podem não ser mensuráveis da mesma forma que
as técnicas, mas precisam ser trabalhadas para um desenvolvimento pleno.

As habilidades socioemocionais e a BNCC: qual é a relação?

Como mencionamos anteriormente, as competências socioemocionais estão


presentes nas 10 competências gerais da BNCC, o que nos mostra duas coisas.
A primeira é a grande importância das competências socioemocionais na escola.
Afinal, se a Base Nacional Comum Curricular, que define os objetivos e direitos de
aprendizagem, colocaram este conteúdo em todas as competências gerais, não há
dúvidas de que isso deve fazer parte da aprendizagem dos alunos.

A segunda é que as competências socioemocionais devem ser abordadas não


necessariamente como uma disciplina, mas sim permear todas elas, aparecendo em
aulas de diferentes matérias. Essa multidisciplinaridade permite que o
desenvolvimento seja ainda mais sólido.

Dicas de práticas educativas para promover as habilidades


socioemocionais na escola

Justamente por serem multidisciplinares, as competências socioemocionais podem


ser trabalhadas de várias formas. Algumas sugestões de atividades para o
desenvolvimento de competências socioemocionais são as seguintes:

● Criação de um diário. Os diários permitem que as crianças pensem nas


habilidades socioemocionais de várias formas. Elas podem ser solicitadas a
lembrar sobre quando tiveram que usar o autocontrole em seu dia e quais
foram os resultados obtidos, por exemplo.

● Atividades de artes. A arte é um meio muito poderoso para desenvolver as


habilidades sociais e emocionais, já que podem ajudar a expressar
sentimentos e até reafirmar o autoconhecimento.

● Falar sobre a importância de controlar as emoções. Não importa a idade: de


crianças a jovens adultos, o controle emocional é uma característica
fundamental. O tema pode ser abordado na análise dos comportamentos dos
personagens de um livro ou história, por exemplo.

● Delegar responsabilidades. Quando as crianças e jovens recebem


responsabilidades, eles passam a entender como são valiosos e importantes
e pertencem a uma comunidade maior, o que é indispensável para o dia a dia
na faculdade, no trabalho e em relacionamentos interpessoais.

● Celebrar as diversidades. Discutir com as crianças sobre como as pessoas


possuem diferentes culturas, costumes e níveis de habilidade as permitirá
desenvolver a tolerância, a aceitação e a inclusão.

Habilidades socioemocionais: indispensáveis para um


desenvolvimento integral

Felizmente, as competências socioemocionais são vistas como muito importantes


hoje em dia. Afinal, aprender sobre isso é tão necessário quanto aprender sobre
Matemática, Português e Ciências.

Em um mundo repleto de diversidade, no qual nos deparamos com pessoas muito


diferentes, ainda mais quando pensamos no conceito de inteligência digital, a
inteligência socioemocional precisa estar no currículo dos pequenos e jovens
adultos, o que certamente influenciará no decorrer de suas vidas.

Se você gostou de aprender como trabalhar as competências socioemocionais na


escola, saiba que o blog da Prova Fácil sempre traz conteúdos relevantes para
educadores, coordenadores e outros profissionais da Educação.

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Praticar a escuta ativa e ficar alerta pode ajudar quem mais precisa de

cuidados com a saúde mental

Viver em comunidade significa que as pessoas podem apoiar umas às outras. Ouvir
uns aos outros pode ser uma atitude para acolher alguém próximo seja na família,
no trabalho ou na comunidade. O cuidado com a saúde mental é uma preocupação
constante no Hospital Estadual de Formosa (HEF), Hospital Estadual de Luziânia
(HEL), Hospital Estadual de São Luís dos Montes Belos (HESLMB) e Hospital
Estadual de Trindade (Hetrin), unidade geridas pelo Instituto de Medicina, Estudos e
Desenvolvimento – IMED.

Por ser uma questão importante de saúde pública os hospitais IMED apoiam a
campanha Setembro Amarelo – conscientização e prevenção ao suicídio por meio
da valorização da vida. Mas este assunto, embora delicado, deve estar na agenda
de quem trabalha atenção à saúde, o ano todo.

As unidades hospitalares IMED, no interior de Goiás, oferecem apoio psicológico


para os pacientes e familiares, por meio dos atendimentos diários das equipes
especializadas, e para todos os colaboradores das unidades, com o Projeto Escuta
Terapêutica, além de ações que promovem o conhecimento, a conscientização e a
qualidade de vida e bem-estar dos colaboradores e pacientes.

“Devemos cuidar uns dos outros. Nosso papel na saúde pública é zelar também
pela saúde mental dos colaboradores e pacientes, e realizar ações que tragam
conforto e conhecimento, além de uns auxiliarem os outros no dia a dia”, afirma o
Diretor do IMED, Getro Pádua.

Para o cantor voluntário do Projeto de Acolhimento Musical – Amor Cantado – o


engenheiro Hercílio Ramos Júnior, é muito importante olhar no olho e dizer que se
importa com o outro. “Cada um pode reconhecer sua dor e ser acolhido pelo outro,
seja um amigo, familiar ou profissional de saúde. Queremos valorizar a vida de
todos ao nosso redor. Ouvir pode salvar vidas”, disse. A live Amor Cantado está em
sua segunda temporada e traz canções para alegrar o dia de quem mais precisa.

Peça ajuda ou acolha quem precisa

Há muitas formas de pedir ajuda e de apoiar, veja algumas sugestões da Unifesp


(Universidade Federal de São Paulo):
Para quem precisa de ajuda:

Tente reconhecer seu sofrimento;

Tente conversar com alguém que acolha sua dor;

Atente-se para mudanças no sono e alimentação;

Encontre formas de se conhecer, como fazer um diário, por exemplo;

Busque atividades prazerosas;

Planeje para quem ligar se estiver em crise;

Você pode e deve procurar um serviço de saúde.

Para acolher alguém:

Ouça e acolha a dor de seu familiar ou amigo sem julgamentos;

Esteja atento aos sinais de alerta: pensamentos frequentes sobre morte e suicídio,
baixa autoestima, falta de esperança, isolamento, perda de prazer;

Atente-se para a expressões como: “Vou deixar vocês em paz” etc.

Valorização da vida:

Praticar a escuta ativa e ficar alerta pode ajudar quem mais precisa de

cuidados com a saúde mental

Viver em comunidade significa que as pessoas podem apoiar umas às outras. Ouvir uns
aos outros pode ser uma atitude para acolher alguém próximo seja na família, no trabalho
ou na comunidade. O cuidado com a saúde mental é uma preocupação constante no
Hospital Estadual de Formosa (HEF), Hospital Estadual de Luziânia (HEL), Hospital
Estadual de São Luís dos Montes Belos (HESLMB) e Hospital Estadual de Trindade
(Hetrin), unidade geridas pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED.

Por ser uma questão importante de saúde pública os hospitais IMED apoiam a campanha
Setembro Amarelo – conscientização e prevenção ao suicídio por meio da valorização da
vida. Mas este assunto, embora delicado, deve estar na agenda de quem trabalha atenção
à saúde, o ano todo.

As unidades hospitalares IMED, no interior de Goiás, oferecem apoio psicológico para os


pacientes e familiares, por meio dos atendimentos diários das equipes especializadas, e
para todos os colaboradores das unidades, com o Projeto Escuta Terapêutica, além de
ações que promovem o conhecimento, a conscientização e a qualidade de vida e bem-estar
dos colaboradores e pacientes.

“Devemos cuidar uns dos outros. Nosso papel na saúde pública é zelar também pela saúde
mental dos colaboradores e pacientes, e realizar ações que tragam conforto e
conhecimento, além de uns auxiliarem os outros no dia a dia”, afirma o Diretor do IMED,
Getro Pádua.

Para o cantor voluntário do Projeto de Acolhimento Musical – Amor Cantado – o engenheiro


Hercílio Ramos Júnior, é muito importante olhar no olho e dizer que se importa com o outro.
“Cada um pode reconhecer sua dor e ser acolhido pelo outro, seja um amigo, familiar ou
profissional de saúde. Queremos valorizar a vida de todos ao nosso redor. Ouvir pode
salvar vidas”, disse. A live Amor Cantado está em sua segunda temporada e traz canções
para alegrar o dia de quem mais precisa.

Peça ajuda ou acolha quem precisa

Há muitas formas de pedir ajuda e de apoiar, veja algumas sugestões da Unifesp


(Universidade Federal de São Paulo):

Para quem precisa de ajuda:

Tente reconhecer seu sofrimento;

Tente conversar com alguém que acolha sua dor;

Atente-se para mudanças no sono e alimentação;

Encontre formas de se conhecer, como fazer um diário, por exemplo;

Busque atividades prazerosas;


Planeje para quem ligar se estiver em crise;

Você pode e deve procurar um serviço de saúde.

Para acolher alguém:

Ouça e acolha a dor de seu familiar ou amigo sem julgamentos;

Esteja atento aos sinais de alerta: pensamentos frequentes sobre morte e suicídio, baixa
autoestima, falta de esperança, isolamento, perda de prazer;

Atente-se para a expressões como: “Vou deixar vocês em paz” etc.

Alternativas que favoreçam o equilíbrio


emocional e psíquico?
O que fazer para encontrar um equilíbrio emocional?

Existem diversos ciclos na vida de um ser humano. Em algumas fases


há prosperidade e tudo parece se encaixar e correr bem. No entanto,
também existem épocas em que acontecem muitos conflitos, sejam
amorosos, internos ou profissionais, o que pode abalar a autoestima, o
psicológico e trazer sentimentos negativos.

Além disso, é possível que o uso de medicações, drogas e álcool seja adotado
como uma forma de amenizar as fases ruins da vida, o que, consequentemente,
pode causar dependência e muita tristeza para a família e para o próprio usuário.

Para saber lidar bem com esses ciclos é preciso ter equilíbrio emocional na vida.
Esse estado é caracterizado por uma harmonia interna, em que a pessoa se sente
realizada com quem é, com sua vida e suas escolhas. Assim, é possível alcançar o
bem-estar físico e psicológico, favorecendo a felicidade nos demais aspectos da
vida.

Saiba, neste post, como encontrar o equilíbrio emocional para uma vida saudável e
plena com dicas práticas. Boa leitura!

Reconheça a causa
Primeiramente, é preciso encontrar a causa ou as causas que levam um indivíduo a
se sentir triste, frustrado ou desequilibrado. Isso é extremamente importante, pois
em alguns casos a pessoa está somente com um misto de sentimentos, sem
identificar o que realmente está incorreto em sua vida.

Assim, é preciso analisar todos os aspectos e não atribuir a causa do desequilíbrio a


algo ou alguém. Além disso, deve-se refletir sobre os próprios defeitos e qualidades,
ações corretas e desagradáveis e sobre os estados que causam sentimentos ruins.

Uma vez que a causa é encontrada é possível trabalhá-la e corrigi-la, mudando


hábitos e pensamentos ou afastando pessoas tóxicas do convívio, por exemplo.
Nesse contexto, é preciso aceitar a adversidade, sendo que é possível perder e
deixar ir sem sofrer.

Mentalize sobre suas ações


Após reconhecer as causas que culminam no desequilíbrio emocional é importante
pensar sobre quais ações são realizadas quando elas acontecem. Afinal, o erro
pode se encontrar justamente na forma em que lidamos com o problema.

Isso é importante porque a mente já está acostumada a agir de certa forma quando
acontecem problemas semelhantes. Dessa maneira, a ação se repete sem que o
indivíduo reflita sobre ela ou a melhore. Assim, deve-se mentalizar situações que
normalmente causam falta de controle e descobrir formas melhores de lidar com
elas ou até evitá-las.

O autocontrole é uma das peças-chave para ter equilíbrio emocional, e, por esse
motivo, uma pessoa deve conhecer profundamente sobre si mesma. Além disso, é
preciso ser positivo e abolir frases negativas como “nunca conseguirei sair dessa
situação”, mantendo-se acima das preocupações.
Pratique as novas resoluções
Refletir sobre as ações e jeitos melhores de lidar com as situações parece ser difícil,
mas ainda há uma parte que precisará de maior empenho. Afinal, as ideias podem
ser boas na teoria, mas colocá-las em prática pode ser complicado.

É por esse motivo que a pessoa que deseja modificar seus hábitos deve ter
paciência consigo mesma e não desistir de melhorar. Para isso é preciso prática, ou
seja, tentar inúmeras vezes até conseguir algo efetivo. Se a forma pensada para
resolver os conflitos não resolveu os problemas, é preciso buscar outra opção.

Tenha sua mente como maior aliada para


aprender como encontrar um equilíbrio
emocional
Somente uma mente calma e controlada consegue lidar com as adversidades,
resolver problemas e ter equilíbrio emocional. Situações estressantes e
desgastantes acontecem a todo o momento, por mais que tentemos evitar. Assim, é
importante criar um mecanismo para fugir da “explosão” e manter o bem-estar.

A dica é ter momentos a sós, durante a meditação ou outra atividade relaxante,


como ler um livro ou ouvir uma música. Quando sentir que sua ação será explosiva
ou se arrependerá dela no futuro, procure se acalmar e peça licença às outras
pessoas. Tire um tempo para refletir e não deixe que nada abale o seu próprio poder
de decisão.

E se sentir que não é capaz de fazer isso sozinho, não hesite em procurar ajuda
profissional para orientá-lo nesse momento!

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