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A influência dos meios de comunicação na adolescência

Você está conseguindo perceber a dimensão dessas mudanças em nossas vidas? Geralmente
não nos atentamos a isso, exceto quando paramos para refletir. Por que será? Não à toa,
observa-se um aumento significativo de quadros ansiosos e depressivos no Brasil e no mundo,
como destacado nesta manchete veiculada por um meio de comunicação para as massas:
“Brasil tem a maior taxa de transtornos de ansiedade do mundo, diz OMS [...]. Índice de
depressão também é um dos cinco mais elevados do planeta” (CHADE; PALHARES, 2017,
[s.p.]).

Numa época onde o bem durável não dura tanto assim, a sociedade amplia seu poder de
compra a cada obsolescência de seus objetos “necessários”. Necessários a quê? Partimos de
uma noção de uso vinculada à sobrevivência, para uma noção de uso vinculada ao poder.
Explicando melhor: como vivemos em um sistema capitalista, o consumo é inevitável e, além
disso, imprescindível para a sobrevivência da espécie humana, afinal, consumimos comidas,
vestimenta que nos protege do calor e do frio, água, sistema de saúde, educação, etc.
Portanto, a questão não é o consumo em si, mas aquilo que Bauman (2008, p. 111) denominou
como “síndrome consumista” que, para ele, envolve “velocidade, excesso e desperdício”.

O ‘ter para ser’ – não mais o ‘ter para sobreviver’ – regula o mercado de capital e produz
altíssimos investimentos em marcas que associam seus produtos aos conceitos de beleza,
felicidade, bem-estar, poder e ascensão na escala social. Obviamente, os milhares de
adolescentes brasileiros não estão descolados desse contexto. De acordo com o Fundo das
Nações Unidas para a Infância/UNICEF (2011), 11% da população brasileira se configura por
pessoas entre 12 e 17 anos. Esse número representa mais de 21 milhões de meninos e
meninas, em sua maioria vivendo situação socioeconômica desfavorável, que são
diuturnamente atacados pela força das representações vinculadas aos objetos comercializados

O QUE SE TEM NAS PROPAGANDAS? Padrão de beleza e com isso é crescente o transtorno
depressivo pelo mundo e diagnostico de transtornos alimentares em busca de um corpo, assim
surge a ditadura da imagem corporal.

#Papodesegunda Porchat: Sendo assim, cabe-nos perguntar: qual a nossa responsabilidade,


enquanto sociedade, neste ciclo vicioso de consumos de imagens e produtos? Alertar os
jovens, instruí-los e levá-los a uma consciência crítica em relação a seus impulsos de compra e
à sedução consumista transmitida pelas mídias, além de problematizar a construção do
modelo de beleza estabelecido socialmente.

Aqui, onde tudo é fugaz, inconstante e insuficiente, muitos matam, roubam, morrem, ou
acabam se acomodando, pensando que a vida é isso mesmo e que a felicidade é um privilégio
para poucos. O conceito de felicidade para muitos é de que ela é algo a ser atingido, quando
de fato, ela não é uma meta, mas sim um caminho. O que poucos sabem é que existem vários
outros caminhos, que não estão vinculados à cultura de massa e à moral tradicional. Caminhos
que libertam e nos tiram do senso comum [...] (PENSE, 2014

A “ditadura da imagem corporal” é altamente valorizada em nossa sociedade, as quais


determinam padrões estéticos que devem ser seguidos para se obter um corpo perfeito.
Este modelo idealizado de imagem é altamente incentivado através das mídias que são
financiadas por indústrias da beleza.
 
Nesse contexto, são considerados consequências advindas desta “ditadura”:
 
I. Sofrimento psíquico.
II. Transtornos alimentares.
III. Transtorno de personalidade.
IV. Síndromes genéticas.

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