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O ser humano sofre influências durante toda sua vida, sejam elas
internas ou externas. Todas podem interferir no desenvolvimento do indivíduo,
sejam elas familiares, profissionais, de raça ou de etnia, culturais, entre outras.
Partindo do pressuposto supracitado, pode-se afirmar que estamos em
constante mudança. Não apenas a forma como lidamos com as emoções
(aspecto interno), mas também o corpo (aspecto externo) exerce um papel
fundamental na formação do sujeito biopsicossocial.
Em meados do século XX, Erik Erikson, responsável pelo
desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia e
um dos teóricos da Psicologia do desenvolvimento, já fazia a descrição do ser
humano como um ser social que vive em grupo, sofre sua pressão e sua
influência.
O sujeito passa por estágios crescentes de autonomia, sendo a
identidade dele influenciada pelo meio em que ele vive e variando de acordo
com a individualidade.
Um dos maiores desafios contemporâneos da cultura ocidental é como
lidar com as informações, enxurrada delas para ser bem específico. Não
menos importante seria o novo estilo de vida do século XXI, em que
praticamente tudo é urgente e prioridade. Além disso, ainda surge em março
de 2020, no Brasil, a pandemia de Covid-19.
Vivemos na era da informação, tudo acontece muito rápido e é divulgado
numa rapidez maior ainda. Essa tempestade de notícias provoca um
desequilíbrio na rotina do ser humano e o retira do equilíbrio, pois, em regra,
essas divulgações são de eventos de violência.
Em relação aos excessos de prioridades, pode-se afirmar que o estilo de
vida contemporâneo está cada vez mais célere e exige do indivíduo
características como agressividade, competitividade, estado de alerta e
objetividade. Isso devido ao curto tempo para lidar com inúmeras demandas.
Muitas das vezes é a própria pessoa que transforma sua vida em uma
fonte inesgotável de atividades. O ritmo é frenético e ao acabar uma tarefa,
outra se inicia. Isso quando não há sobreposições de ações.
Com o surgimento do surto de Covid-19, independentemente da classe
social, todos foram obrigados a manter distanciamento, usar máscaras, entre
outras normas de preservação de saúde pública. Essa doença reduziu
consideravelmente o ritmo do mais apressados. Um aprendizado importante
pode ser deixado como legado: a importância da observação de quando se faz
necessário realmente sermos rápidos e outras vezes mais lentos, reflexivos,
contemplativos.
É mister identificar as principais causas de transtornos mentais na
atualidade. São elas, em especial nos mais jovens:
Desemprego;
Conflitos familiares;
Dependência econômica dos pais;
Maior exposição ao estresse;
Erotização excessiva e precoce;
Uso precoce de drogas e bebidas alcoólicas;
Uso excessivo de recursos de tecnologias;
Bullying e agressividade dos pais;
Pressão da mídia para os padrões de beleza e de comportamento,
etc.
A lista não é completa e com as mudanças que ocorrem no mundo,
sempre pode surgir algo novo e resultar numa nova síndrome. A título de
exemplo, pode-se citar a nomofobia (o medo irracional de estar sem celular ou
aparelhos eletrônicos no geral).
Nem todo mundo que exagera no uso das redes sociais sofre dessa
síndrome. O fato é que para muitos usuários dessas aplicações o mundo virtual
tem se tornado mais sedutor do que o mundo real. Estar conectado tornou-se
tão necessário que ao acordar, o primeiro objeto a ser tocado é o celular. As
alimentações são realizadas com o celular ao lado, como se ele fosse um dos
talheres na mesa e as informações seriam as refeições. Isso sem contar a
redução nas horas de sono para aumentar o tempo de uso nas redes sociais e
no encanto da vida alheia.
Os grupos mais frágeis e expostos a riscos são aqueles sujeitos a
preconceitos, em especial os jovens quem vivem em ambientes de
conflito/desequilíbrio.
Quanto a contribuição do psicólogo na reabilitação do sujeito com
transtorno mental como ser biopsicossocial, pode-se afirmar que a atuação
desse profissional poderá mitigar comportamentos disfuncionais, promover o
autoconhecimento, estimular as relações interpessoais e a expressividade,
além dos benefícios psíquicos com favorecimento da interação e convivência
entre outros usuários.
O fato é que se faz necessário uma equipe multidisciplinar para o
desenvolvimento de um trabalho completo de reabilitação. São eles:
fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, educadores, assistentes sociais, entre
outros. A interação entre os membros desse grupo irá depender do tipo de
tratamento a ser aplicado no paciente com transtorno mental.
REFERÊNCIAS:
Homem Na Contemporaneidade, 2014. Disponível em
<http://www.uece.br/eventos/2encontrointernacional/anais/trabalhos_completos
/138-28403-07112014-222615.pdf
>. Acesso 28 maio 2021.