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PSICOLOGIA - PROJETO INTEGRADOR - PSICOLOGIA


GERAL E EXPERIMENTAL II

LARA DE OLIVEIRA ALMEIDA - 210232022


LETÍCIA SILVEIRA MEAN - 215352023
THAMYRIS VILELA FERREIRA - 215202022

SPRINT 2

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Guarulhos
2023
LARA DE OLIVEIRA ALMEIDA - 210232022
LETÍCIA SILVEIRA MEAN - 215352023
THAMYRIS VILELA FERREIRA - 215202022

SPRINT 2

Trabalho apresentado ao curso de psicologia do Centro


Universitário ENIAC para a disciplina de projeto
integrador

Prof. Fabiana Regina Henriques

Guarulhos
2023
3. DESENVOLVIMENTO

Primeiramente vale ressaltar alguns fatores, dentre eles o suicidio, já que O


suicídio representa 1,4% de todas as mortes no mundo, tornando-se, em 2012, a 15ª
causa de mortalidade na população geral. Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a
segunda principal causa de morte (OMS, 2017); No Brasil, no período entre 2011 e
2016, houve predominância de notificações de autoagressão e tentativa de suicídio
na faixa etária da adolescência (10- 19 anos) , juntamente com adultos jovens (20-39
anos) (MS, 2017); A midía social que é um espaço que pode influenciar na
autoestima e na autoimagem de crianças e adolescentes. Ao trabalhar com essa
população, é importante ter uma compreensão de suas experiências digitais, sem
fazer suposições simplistas sobre o quanto isso é prejudicial ou útil.(Guia
intersetorial de prevenção do comportamento suicida em crianças e
adolescentes,2019);
Ao trabalhar com essa população, é importante ter uma compreensão de
suas experiências digitais, sem fazer suposições simplistas sobre o quanto isso é
prejudicial ou útil.(Guia intersetorial de prevenção do comportamento suicida em
crianças e adolescentes,2019). Nesse mesmo contexto sobre a autoestima, as
dinâmicas que ajudam o adolescente a trabalhar a autoestima são de extrema
importância, pois, a sociedade coloca uma pressão muito grande quando se fala de
aparência. Os últimos anos trouxeram posições de destaque para o Brasil nos
rankings mundiais do mundo da beleza. Somos campeões em consumo de
cosméticos, de anorexígenos (o país que mais consome essa medicação na
América Latina, tendo como principal clientela as mulheres, com 84% da fatia do
mercado, segundo estudo realizado pela Nielsen Holding) e na realização de
procedimentos e cirurgias plásticas estéticas, que a cada dia se tornam mais banais,
traduzindo um universo baseado na pressão estética e na busca incessante por
integrar o grupo seleto pertencente ao “padrão de beleza ideal”. Dando a devida
importância para os cuidados psicológicos com ajuda de profissionais da área
compreender como se aceitar da forma que somos e retirar dos mesmo o melhor
que tem de si próprios.
E por último, o Bullying, que por sua vez, traz um mal psicológico extremo
para os jovens. A Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, classifica o bullying como
intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de
humilhação ou discriminação. A classificação também inclui ataques físicos, insultos,
ameaças, comentários e apelidos pejorativos, entre outros.
Especialistas, como a professora de psicologia Ciomara Schneider,
psicanalista de crianças e adolescentes, defendem que pais e escola devem estar
atentos ao comportamento dos jovens e manter sempre abertos os canais de
comunicação com eles. Para ela, o diálogo continua a ser a melhor arma contra esse
tipo de violência, que pode causar efeitos devastadores em crianças e adolescentes.
“Os casos de bullying começam muito mais silenciosos e, por isso, são mais
graves. Quem sofre a agressão não conta nem na escola nem na família, mas
começa a mudar o comportamento”, explica. De acordo com ela, queda no
rendimento escolar, faltas na escola e mudanças no comportamento são os sinais
mais frequentes apresentados por quem sofre esse tipo de violência. Por isso,
família e escola devem estar sempre atentos para os sinais que são apresentados
pelos jovens.
Dentro de todos os fundamentos teóricos discutidos, pode-se concluir que a
adolescência é uma fase desafiadora para o ser humano, onde surgem muitas
dificuldades que acabam fazendo com que o indivíduo entre em uma espécie de
“colapso emocional”, sendo assim, colocando a sua saúde emocional em risco, por
isso, tem- se a necessidade de falar sobre saúde mental com todas as faixa etárias,
trabalhado no adolescente que envolve autoestima, autoconfiança e amor próprio , é
essencial para a vida do adolencente, pois mostra que a aparência física é
importante para se sentir bem com si próprio, e que os padrões colocados pela
sociedade são cada vez mais irreais e inalcançáveis visto que grande parte das
mídias sociais utilizam de recursos que modificam a aparência das pessoas ou seja
não são reais.
3.1. CONCEITOS E HISTÓRICO SOBRE O TEMA

Os jovens que vivem em contextos de pobreza e vulnerabilidade -


caracterizados por Castel (1998) como “indivíduos por falta” - veem-se aprisionados
em situações vinculadas à falta de oportunidades e carências, fazendo com que
seus sonhos sejam boicotados ou adormecidos e seus planos pessoais sem
possibilidades de realização. Oriundos de contextos familiares e institucionais
(escola, trabalho) que não possibilitam contextos de pertencimento adequados, o
grupo parece ser a mais forte alternativa de construção identitária, pois fornece a
ilusão de que encontraram o seu espaço. Impedidos de ter acesso à ordem social
pela família, procuram fazê-lo pelo grupo (Selosse, 1997). Para Jacques Selosse,
neste contexto de desfiliação em que o tecido relacional é restrito e os grupos dos
quais participam - que deveriam funcionar como espaços de pertencimento, na
maioria das vezes - são marcados por rupturas abruptas e situações de grande
sofrimento.

Por outro lado, os jovens provenientes das classes média e alta


encontram-se presos a grandes exigências de sucesso profissional e pessoal.
Precisam ser brilhantes e ultra produtivos. Ascensão e sucesso profissional é um
tema constante na vida destes jovens, e o diploma universitário uma condição para a
vida profissional. A exigência social e familiar da burguesia para com os jovens
começam no período escolar, passa pela escolha da graduação, o vestibular, a
conclusão do curso e a inserção exitosa no mercado de trabalho. Essa dinâmica traz
para a realidade desses jovens problemas de memória, cansaço constante,
irritabilidade, insegurança, cobranças, estresse, ansiedade, depressão, sintomas
físicos como queimação gástrica, hipertensão arterial, problemas dermatológicos,
diminuição da libido, dentre outros (Pereira, 2014).

Na adolescência e na juventude, o grupo é o espaço para a vivência da


curtição e da transgressão, possibilitando ao jovem testar a sua capacidade de
circular à margem, sem romper com o seu contexto social. Essa é uma experiência
muito importante, pois assegura ao jovem controlar os seus impulsos agressivos e
realizar o seu desejo de estar entre iguais. Maria Aparecida Penso e colaboradoras
(2012) - em sua pesquisa com adolescentes infratores - apontam que nas histórias
construídas por eles, os amigos estão sempre muito presentes e fazendo parte do
seu cotidiano, quase sempre associados a festas, ao futebol e ao lazer ou ajudando
em momentos difíceis. No entanto, também apontaram que, muitas vezes, foram os
amigos que os colocaram em situações complicadas e de risco. Assim, as autoras
concluem que o grupo de pares que deveria desempenhar o papel de possibilitar a
vivência do tempo da experimentação é visto como podendo ser ameaçador à
integridade do adolescente, gerando um paradoxo entre isolar-se do grupo de pares
para não se envolver em situações de risco, perdendo um suporte identitário muito
importante, ou continuar no grupo arriscando expor-se a qualquer momento em
situações de vulnerabilidade.

O suicídio é um fenômeno social mundial e um problema de saúde pública


observado desde a Antiguidade, provocando sofrimento naqueles que conviviam
com as vítimas (Brasil, 2017). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS,
2002), o suicídio consiste em um ato intencional para acabar com a própria vida.
Atualmente, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. Para
discutir este tema, assume-se aqui a existência de um sujeito social que emerge da
unidade mantida na instância do imaginário e do simbólico (Barus-Michel, 2004).
Baseado nas concepções de Jacqueline Barus-Michel, compreende-se o sujeito
como uma construção imaginária e uma representação mais ou menos elaborada
daquilo que deve satisfazer as aspirações supostamente comuns e que as expressa.
Deste modo, o artigo pretende refletir, a partir de uma revisão de literatura, sobre
como o atual contexto no qual os jovens estão inseridos influencia sua construção
identitária, levando à tomada de decisões que implicam na sua saúde mental e até
mesmo na retirada intencional da própria vida, ou seja, no suicídio.
O autor classifica o suicídio, conforme o funcionamento social, em três tipos,
a saber: anômico, egoísta e altruísta (Durkheim, 2014). No anômico, a anarquia
social está presente, não existem regras ou coesão social, as instituições como
governo, família e sociedade estão desreguladas, desajustadas e corrompidas, ou
seja, não há motivo para o sujeito agir de forma ética, nem mesmo consigo próprio.
Este tipo de suicídio poderia ocorrer em crises financeiras, por exemplo, onde certos
indivíduos ficam em situação inferior àquela ocupada anteriormente. Assim a perda
de poder aquisitivo poderia aumentar os índices de suicídio. Cabe destacar, que,
para o autor, esse tipo de suicídio seria mais comum em países ricos, pois os pobres
têm mais habilidade para lidar com situações de anomia social. Já no egoísta
haveria a prevalência do ego individual ao social, onde o sujeito estaria muito
empenhado em realizar desejos materiais, a individualização é extrema e as
relações entre o sujeito e a sociedade são superficiais, provocando a falta de sentido
no viver e melancolia. No altruísta, haveria a prevalência do social, quando os
interesses da maioria fossem dominantes diante do interesse individual, a exemplo
dos pilotos japoneses kamikazes.
Afora as questões sociais levantadas acima, o sujeito, em sua juventude,
depara-se com o fim do “roteiro programado de vida”, onde as incertezas sobre o
próximo passo a ser dado tornam-se constantes e o colocam em xeque, fazendo
com que questione o próprio sentido de sua existência: o fim do ensino médio, a
escolha da carreira profissional, o ingresso na faculdade, o início e o
desenvolvimento da vida social, afetiva e relacional, a individuação e a diferenciação
enquanto sujeito separado da família, definição × escolha da vida sexual, início da
vida profissional, o pagar as contas, entre outros. Portanto é um momento crucial do
desenvolvimento em que o sujeito entrará em contato com os próprios recursos para
lidar com frustrações, decepções, conquistas, incertezas e escolhas. Nesses
momentos, adoecimentos como a depressão e a ansiedade podem se desenvolver,
o uso de álcool e outras drogas podem “ajudar” e fazer pertencer (Medina, Pérez y
Mejía, 2008; Bottega et alii, 2009).
4. METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando livros, “A Adolescência -
Contardo Calligaris", “O maior líder da história - Augusto Cury” e “Inteligência
emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente - Daniel
Goleman”, foram selecionados por meio de unitermos “Inteligência emocional” e
"Adolescência” que contribuíram para a base teórica do nosso projeto.
Através de uma pesquisa qualitativa reunimos as informações da revisão
bibliográfica para formar uma apresentação dinâmica e interativa de fácil
entendimento para jovens adolescentes, visando a prevenção ao bullying, trazer
uma reflexão de auto aceitação, inteligência emocional, o uso saudável das redes
sociais e o futuro.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
APARECIDA, Maria, PEREIRA Denise. A desesperança do jovem e o suicídio como
solução. Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília. 2019.

CALLIGARIS, Contardo. A Adolescência. 1. ed. São Paulo: Publifolha,

CURY, Augusto. O maior líder da história. 1. ed. São Paulo: Sextante,


2020

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: A teoria revolucionária que redefine o


que é ser inteligente. 2. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012

GOV.BR, 2018. Especialistas indicam formas de combate a atos de intimidação.


ASSESSORIA de Comunicação Social.

GOV.BR, 2022. Atualmente, mais de 700 mil pessoas comete suicídio, segundo a
OMS. MARTINS , Fran.

NOVO, A. ANTONI, C. FRAGA, M. SILVA, P. MACHADO, R. Prevenção do


comportamento suicida. Estado do Rio Grande do Sul, 2019

PLEZ, Luciano, MARIA, Leila. Escola, juventude e perspectivas de futuro: alguns


apontamentos. Estado de São Paulo, 2019.

UFRGS.BR, 2021. Corpos que resistem à imposição de padrões de beleza.


ROVEDA, Caroline.

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