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Resumo: Este trabalho buscou analisar as condições de uso (ou não) de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) em 07 postos de redes de abastecimento de combustíveis do
município de Mossoró- RN, bem como o nível de conscientização dos frentistas desses
estabelecimentos acerca da necessidade de sua utilização, considerando as especificidades
ambientais próprias ao exercício da atividade potenciais riscos que possam trazer para a saúde
e o bem-estar desses empregados decorrentes da atividade laboral. A partir de entrevista
previamente estruturada em questionário e aplicadas diretamente aos empregados constatou-se
que as condições de uso de tais equipamentos são obrigatórias apenas com relação a itens
básicos como fardamento e botas, embora algumas empresas disponham de outros tipos de EPI
opcionais como luvas e máscaras, utilizados por um pequeno número dos entrevistados, os
quais nem sempre possuem conhecimento pleno dos seus benefícios, tendo em vista que nem
sempre são oferecidos aos empregados treinamentos voltados a orientar sobre a necessidade de
uso de EPIs e as possíveis implicações de sua não utilização. Dentre as alegações dos frentistas
quanto a não utilização de alguns desses equipamentos de proteção foram apontados fatores
ligados ao clima local e desconforto gerado pelo uso durante o atendimento ao público, o que,
segundo os entrevistados, provoca limitação de desempenho e de agilidade no exercício das
atividades.
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1. INTRODUÇÃO
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Sabendo-se que os riscos não podem ser eliminados totalmente, se faz
necessário o cumprimento de normas regulamentadoras, no geral com o objetivo
de prevenir os possíveis riscos ou acidentes, logo, a NR-6 ressalta que fica como
responsabilidade da empresa o fornecimento dos EPIs (Equipamento de Proteção
Individual) aos seus empregados de forma gratuita e em perfeito estado de
conservação, bem como de oferecer orientações sobre o seu uso adequado e sua
devida higienização e manutenção periódica do equipamento (BRASIL, 2014).
Ao serem realizadas pesquisas científicas, nota-se um campo de estudo
pouco explorado relacionados ao ambiente como função frentista, assim como a
adoção ou não dos Equipamentos de Segurança (EPI) por parte dos trabalhadores
e sua relação saúde-doença nas implicações ao não uso em seu ambiente de
trabalho, bem como as consequências do mau uso deles. Frente ao exposto, é de
suma importância estudos que possibilitem contribuir, com melhorias buscando a
somatização esforços conjuntos (trabalhadores, empregadores e profissionais da
segurança no trabalho) e o ambiente a qual eles exercem sua função, com o
objetivo na prevenção de possíveis acidentes ou riscos sua contribuindo na
promoção da saúde desses indivíduos.
Considerando a importância da disponibilização dos EPIs pelas empresas e
do uso pelos empregados, esta pesquisa aponta para o fato de que, mesmo com a
existência de normas regulamentadoras quanto aos benefícios desses
equipamentos de proteção individual ao trabalhador, há fatores que interferem na
efetividade de sua adoção, como o uso facultativo de alguns EPIs. Estudo destaca
que em relação à adesão ao uso do EPI, apesar do detalhamento das ações
constantes em lei, ainda se enfrenta problemas relacionados ao baixo nível de
conscientização de ambas as partes, ou seja, empregados e empregadores
(GRENDELE; TEIXEIRA, 2009).
Dito isto, busca analisar possíveis implicações, para o empregado frentista, do
possível não cumprimento das normas regulamentadoras, assim como o nível de
conscientização desses trabalhadores quanto à necessidade de uso dos EPIs.
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2.2. Metodologia
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Pesquisas científicas voltadas aos riscos possíveis no ambiente de trabalho
e à conscientização de uso de EPIs no tocante à atividade de frentista e sua
ambientação em postos de combustíveis ainda são relativamente escassas. Nesse
contexto, surge a necessidade de abordar a realidade dos trabalhadores frentistas
de modo a contribuir com o planejamento e intervenção a possíveis riscos que os
mesmos enfrentam no seu cotidiano laboral. Para isso, elaborou-se uma pesquisa
de caráter exploratório que abrangeu 07 postos ligados às principais redes de
abastecimento de combustíveis na cidade de Mossoró-RN, nos quais 2 a cada 3
frentistas se submeteram a responder as perguntas, totalizando 18 frentistas, sendo
3 frentistas de sexo feminino e 15 do sexo masculino.
As perguntas voltavam-se às condições de uso (ou não) dos EPIs pelos
frentistas nos postos visitados, questionando-os sobre se haviam experimentado
algum incômodo (físico ou ergonômico) relacionado à atividade que exerciam
durante ou após o horário de trabalho.
Quanto ao uso dos EPI, em paralelo com as respostas obtidas dos frentistas,
observou-se que todos os entrevistados apresentavam uso de fardamentos e botas,
porém, quanto aos dos demais equipamentos de proteção, nenhum dos
entrevistados apresentavam o uso deles no momento, evidenciando a realidade de
todos os postos de combustíveis respectivamente.
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Com base nas informações obtidas, pode-se concluir que nas 7 redes de postos
de combustíveis entrevistadas, observou-se uma obrigatoriedade parcial quanto
ao uso EPIs (farda e botas).
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Figura 2: UTILIZAÇÃO DOS EPIs PELOS FRENTISTAS
LUVAS 2
MÁSCARA 5
FARDA 18
BOTA 18
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
18 18
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0 0
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1 0 0
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dos 18 entrevistados, 3 informaram que não usavam esses EPIs devido a empresa
não ter como obrigatoriedade o mesmo, ou seja, mesmo que a empresa disponha
desses equipamentos para uso opcional, alguns frentistas só os adotariam em caso
de obrigatoriedade, o que aponta uma limitação quanto ao uso consciente desses
equipamentos.
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SIM NÃO
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Figura 6: FREQUÊNCIA DO ODOR DO ALCOOL/GASOLINA
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SINTOMAS
DORES DE CABEÇA
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Figura 8: SOBRE SE O FRENTISTA JÁ SOFREU ALGUM ACIDENTE OU
AFASTAMENTO POR DOENÇA NO TRABALHO DESDE A SUA
CONTRATAÇÃO
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SIM NÃO
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SIM NÃO
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Quando perguntado se eles recebiam visitas frequentes de órgãos fiscais para
análise do cumprimento de normas, análise dos riscos bem como sua higienização
no ambiente de trabalho por parte dos trabalhadores, cerca de 89% informou que
recebem frequentemente visitas, porém não souberam responder qual o tempo do
período que são feitas essas visitas e cerca de 11% informaram que desde sua
contratação, nenhum órgão de fiscalização foi visitar o posto de combustível.
3. CONCLUSÕES
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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