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OS RISCOS OCUPACIONAIS NA LINHA DE PRODUÇÃO DE UM

CALÇADO EM UMA EMPRESA NA CIDADE DE MOGEIRO - PB

OCCUPATIONAL RISKS IN THE PRODUCTION LINE OF A


FOOTWEAR IN A COMPANY IN THE CITY OF MOGEIRO - PB

Antoniel Figueiredo da Silva 1


2
Maria Alzira da Silva Vieira
3
Maria Heloísa da Silva Alves
Elaine Gonçalves Soares de Medeiros 4

RESUMO
A fabricação de calçados é composta por diversos processos que podem vir a
prejudicar os trabalhadores, sendo capaz de acarretar futuramente doenças ocasionadas
pelo trabalho repetitivo, postura ou até mesmo dos fortes odores devido a cola
utilizada para colar a sapatilha. O objetivo do presente trabalho foi identificar os riscos
existentes na linha de produção de um calçado em uma fábrica na cidade de Mogeiro -
PB, bem como elaborar um Mapa de Riscos para a atividade em questão. A pesquisa
teve caráter qualitativo, exploratório e aplicado. Utilizou-se a Norma
Regulamentadora Nº 9 como base normativa para a identificação e análise dos riscos,
bem como a construção do Mapa de Riscos. Foram encontrados riscos de acidente,
químico, ergonômico e físico nos setores de corte, colagem, costura e modelagem,
que foram representados no mapa de risco com os seus devidos níveis de gravidade.
Palavras-chave: Mapa de risco, linha de produção, riscos ocupacionais.

ABSTRACT
The manufacture of shoes is composed of several processes that may harm workers,
being capable of causing diseases in the future caused by repetitive work, posture or

1
Curso Técnico Integrado em Eletromecânica do IFPB-IB, antoniel.figueiredo@academico.ifpb.edu.br;
2
Curso Técnico Integrado em Eletromecânica do IFPB-IB, maria.alzira@academico.ifpb.edu.br;
3
Curso Técnico Integrado em Eletromecânica do IFPB-IB, heloisa.alves@academico.ifpb.edu.br;
4
Professor orientador: Bacharelado em Eng. de Prod. Mecânica, Mestrado,
elaine.medeiros@ifpb.edu.br.
even strong odors due to the glue used to glue the shoe. The objective of the present
work was to identify the existing risks in the production line of a shoe in a factory in
the city of Mogeiro - PB, as well as to elaborate a Risk Map for the activity in
question. The research was qualitative, exploratory and applied. Regulatory Standard
nº 09 was used as a normative basis for the identification and analysis of risks, as well
as the construction of the Risk Map. Accident, chemical, ergonomic and physical risks
were found in the cutting, gluing, sewing and modeling sectors, represented in the risk
map with their severity levels.
Keywords: Risk map, production line, occupational hazards

1. INTRODUÇÃO

A indústria calçadista está em constante evolução, sempre trazendo modelos de


calçados diferentes. Com isso, há um alto volume de demandas de fabricação, a qual
oferece muitas possibilidades de emprego até mesmo para pessoas sem experiência.
Por esse motivo, essa indústria tem um alto índice de acidentes de trabalho.

Dessa forma, pode-se notar a necessidade de criar medidas para que as taxas de
acidentes de trabalho em todo o setor da indústria calçadista sejam reduzidas, pois com
a alta produção os trabalhadores ficam propícios a risco por causa de longas jornadas
de trabalho (PROTEÇÃO, 2010).

Por outro lado, as empresas começaram a prezar pela segurança e proteção de


seus trabalhadores, pois notou-se que, com isso, conseguiam mais visibilidade no
mercado de produção por ser uma empresa que cumpria com os seus objetivos e cuida
da saúde dos trabalhadores, auxiliando também na padronização do processo de
produção.

Para prover a segurança e proteção de seus trabalhadores por parte da indústria,


é utilizada uma metodologia que possibilita prevenir os possíveis riscos causados no
local de trabalho, como os riscos ocupacionais (Físico, Químico, Biológico,
Ergonômico e Mecânico). A metodologia usada para redução de riscos é a
identificação dos riscos e análise de mapa de risco do setor (SOLIDES, 2022).
Na maioria dos casos de acidentes de trabalho em fábricas de calçados, os
trabalhadores perdem membros do corpo, como dedo, mão e até mesmo partes do
braço. Muitas vezes isso acontece por falta de treinamento, pois pode acontecer de os
trabalhadores não estarem em seu real setor de trabalho, por isso não tem nenhum tipo
de experiência em manusear os maquinários.

Por causa dos acidentes de trabalho, existe uma Norma Regulamentadora que
discorre sobre a Segurança em Máquinas e Equipamentos, a Norma Regulamentadora
nº12 (NR 12). Esta, discorre sobre a segurança dos trabalhadores ao utilizarem
máquinas e equipamentos, com a utilização de alguns dispositivos, como os de
emergência, que ao serem acionados para o funcionamento da máquina, para que não
aconteça esmagamento e/ou perda de membros (PROTEÇÃO, 2010).

Tendo em vista o conjunto de fatores de risco presentes no setor calçadista, foi


proposto uma análise de riscos de uma fábrica calçadista na cidade de Mogeiro – PB,
na qual foi feita uma visita técnica com o objetivo de fazer um levantamento dos
riscos ocupacionais presentes no setor de produção. O objetivo é construir um mapa de
risco, representando os possíveis tipos de riscos presentes no setor de produção de um
calçado na fábrica analisada.

2.OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Identificar os riscos presentes na linha de produção de uma sapatilha em uma


fábrica de calçados em Mogeiro- PB.

2.2 Objetivos Específicos

- Levantamento bibliográfico sobre o tema;


- Realizar visita técnica na fábrica de calçados na cidade de Mogeiro- PB;
- Observar os setores do processo de produção de uma sapatilha;
- Identificar os riscos presentes no setor analisado;
- Elaborar um mapa de risco para o setor analisado;
- Analisar os resultados encontrados no mapa de risco.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Segurança do Trabalho

A Segurança do Trabalho (ST) é um conjunto de variedades de medidas


técnicas, administrativas, legais, operacionais e de emergência que são adotadas em
uma organização visando diminuir os acidentes e doenças ocupacionais, bem como
proteger a integridade e a saúde do trabalhador, da empresa e do meio ambiente
(OLIVEIRA, 2021)

Ainda em conformidade com o autor:

“A segurança do trabalho (ST) é um aglomerado de normas com medidas


protetivas para garantir a proteção do proletário no local de trabalho. As
empresas utilizam dessa prevenção não só para diminuir acidentes, mas
também evitar doenças ocupacionais, ou seja doenças que estão ligadas
diretamente às condições do ambiente de trabalho e as funções que são
realizadas pelos trabalhadores. A segurança do trabalho se faz necessária,
uma vez que o ambiente torna-se adequado para que os operários possam
cumprir com suas atividades da maneira ideal e
tranquila”(OLIVEIRA,2021).

A partir de estudos e técnicas especiais, a ST tem a função de analisar todas as


possibilidades de acidentes que podem prejudicar a comodidade dos operários da
corporação. Esse motivo faz as empresas aderirem às normas e recomendações sobre
segurança do trabalho, pois a partir de ações preventivas é possível evitar gastos com
medicamentos, devido a atividades realizadas no serviço.

Além disso, os empregadores visam que um ambiente de trabalho seguro, se


faz mais eficiente pelo fato de se precaver em relação aos processos judiciais por
irregularidades na empresa.

No Brasil, a segurança do trabalho é regulamentada pelas Normas


Regulamentadoras - também atribui-se como NRs, utilizados como um pilar. Decretos
e portarias também são fundamentais para as ações profissionais na empresa.

O uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e EPCs(Equipamentos


de Proteção Coletiva) é muito importante na segurança do trabalho. Ambos fazem
parte das obrigatoriedades instituídas pelo Ministério do Trabalho a partir de Normas
Regulamentadoras específicas. É necessário saber que também representam uma
forma mais eficaz de diminuir os riscos de acidentes no trabalho e de respeitar a saúde
e plenitude dos seus trabalhadores (DELTAPLUSBRASIL, 2021).

Vale destacar que os dois elementos supracitados representam uma obrigação


legal nas empresas. Os EPIs são regulamentados pela NR 6, que também dispõe sobre
a obrigatoriedade do seu fornecimento, bem como a conscientização e instruções de
uso. Para os EPCs, existem diversas normas, dentre as quais podemos mencionar a NR
4, NR 10, NR 12 e NR 33. Cada uma delas trata de uma situação específica que prevê
a exigência do uso de EPC (DELTAPLUSBRASIL, 2021).

3.2 Acidentes de trabalho

Existem dois tipos de conceitos relacionados à segurança do trabalho, sendo


eles: conceito prevencionista ou de prevenção e o conceito legal ou previdenciário
(TAVARES, [s.d]).

3.2.1 Conceito prevencionista

Tavares (s.d.) afirma que acidente de trabalho é uma ocorrência inesperada no


ambiente de trabalho que pode causar danos materiais, perda de tempo e/ou
lesão/doença ao trabalhador.

Ainda segundo o autor, esse conceito abrange todos os prejuízos oriundos em


um ambiente de trabalho de uma empresa, como: diminuição de ritmo da produção
para o atendimento ao acidentado, quebra de máquinas, equipamentos e ferramentas,
ferimentos físicos no trabalhador, geração de outros acidentes em decorrência do
sentimento de insegurança no ambiente de trabalho .

3.2.2 Conceito legal ou previdenciário

Esse conceito tem exclusividade aos danos causados ao trabalhador. Uma vez
ocorrido um acidente, ele vira objeto de preocupação da previdência social. Não
interessa ao INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social - os danos que são
ocorridos nas perdas de tempo ou danos materiais ocorridos no ambiente de trabalho
consequente ao acidente (TAVARES, [s.d]).

O art. 20 da lei n° 8.213 de 24 de julho de 1991 considera acidente de trabalho


como as doenças profissionais e as doenças do trabalho, definidas como:

- Doença do trabalho: adquirida ou desencadeada em função do constante e


diretamente trabalho envolvendo o indivíduo.
- Doença profissional: adquirida ou desencadeada em relação do trabalho
peculiar a determinada atividade constante, elaborado tal relação pelo
ministério do trabalhador e da previdência.

Existem três diferentes tipos de acidente de trabalho: Atípicos, típicos e de


trajeto. Segundo Pontotel (2022), acidentes típicos de trabalho são acidentes ocorridos
no local onde o serviço é prestado e durante o horário de trabalho.

Ainda segundo o autor, o acidente de trabalho atípico, também denominado


equiparado, é aquele que não decorre necessariamente de evento ocorrido na prestação
de serviços, mas sim das condições e do ambiente em que o trabalho é executado.

Por fim, o mesmo autor afirma que os acidentes de trajeto são aqueles
ocorridos independentemente do meio de transporte no trajeto do empregado de casa
para o trabalho.

3.3 Norma Regulamentadora Nº 9 (NR-9)

Inicialmente criada no final dos anos 70, a norma NR 9 foi desenvolvida


através do Ministério do Trabalho, com o objetivo principal de garantir plenas
condições trabalhistas nos âmbitos de laboração em todo o território brasileiro. O
objetivo é de atender e averiguar se todo e qualquer local de trabalho está atendendo as
adequações necessárias, para que o proletário consiga realizá-las com eficiência e
dignidade sem que comprometa a sua segurança, saúde física ou mental.
Com o passar das décadas, a norma NR 9 sofreu algumas alterações (onze no
total), sendo assim podemos observar pontuais diferenças entre a norma inicial criada
em 1978 e sua última alteração feita no ano de 2020.

Uma das principais atualizações da norma foi a mudança do seu título de


atuação, que antes era conhecido como: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA), e posteriormente foi mudado para Programa de gerenciamento de riscos
(PGR). Outro fator notável nas alterações da norma, é que agora ela tem seu foco
principal voltado para o controle dos agentes de riscos físicos, químicos e biológicos
nos locais de trabalho, e visa combatê-los para junto com outras demais normas para
garantir aos trabalhadores segurança em seus ofícios.

Com isso, é notável que normas como a NR 9 foram criadas e executadas


pensando no bem estar e segurança dos empregados de qualquer setor de uma
empresa. Desta forma, é de suma importância que o empregador respeite seus
colaboradores e valorize os ambientes de trabalho em que eles atuam, gerando um
bom local de trabalho que preze pela saúde física e mental de todos os envolvidos no
processo. É esperado por lei que todos os contratantes tenham o discernimento de
entender que a produtividade dos funcionários depende única e exclusivamente da sua
saúde.

3.3.1 Riscos ambientais


Os riscos ambientais estão presentes em vários âmbitos de trabalhos. Para a
correta prevenção destes riscos é importante saber sobre as suas classificações.

“Consideram-se riscos ambientais, segundo a NR 9 Portaria GM n.º 3.214,


de 08 de junho de 1978, os agentes físicos, químicos, biológicos,
ergonômicos e risco de acidentes existentes nos ambientes de trabalho que,
em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de
exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador”
(PEIXOTO, p.35, 2011).

Os riscos ambientais são classificados em cinco tipos, conforme explicitado a


seguir:
a) Riscos Físicos:

São as diversas formas de energia que podem estar expostas ao trabalhador,


como: vibrações, infra-som e o ultra-som, radiações não ionizantes, radiações
ionizantes, temperaturas extremas, ruídos e também podem ser classificados como
grupo um de cor verde.

b) Riscos Químicos:

As substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela


via respiratória são considerados os riscos químicos nas formas de: Poeiras, fumos,
névoas, neblinas, gases ou vapores, também classificado como grupo dois de cor
vermelha.

c) Riscos Biológicos:

São considerados agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas,


protozoários e vírus, também classificados como grupo três da cor marrom.

d) Riscos Ergonômicos:

Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do


trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Levantamento de peso,
ritmo excessivo de trabalho, esforço físico intenso, postura inadequada, monotonia e
repetitividade, riscos ergonômicos são classificados como grupo quatro da cor
amarela.

e) Riscos de Acidentes:

Qualquer fator que possa afetar sua integridade e seu bem estar físico ou
psíquico e coloque o trabalhador em situação vulnerável, Probabilidade de incêndio ou
explosão, eletricidade, máquinas e equipamentos sem proteção, arranjo físico
inadequado, também podem ser classificados como grupo cinco da cor azul.

O Quadro 01 apresenta os tipos de Riscos Ambientais e alguns exemplos dos


mesmos.
Quadro 01: Riscos Ambientais

Fonte: Borges (2018).

Diante disso, tendo o conhecimento desses 5 grupos de riscos ocupacionais,


cabe à empresa orientar o trabalhador sobre os riscos ocupacionais, junto com
treinamentos prevencionistas de tais riscos. Portanto, é importante a presença de
profissionais de segurança e medicina no trabalho, recursos humanos e gestão de
pessoas, empregados dentro da empresa.(MORSCH ALDAIR, 2018).

3.3.2 Mapa de riscos

Os mapas de riscos ambientais servem de esquematização dos diferentes pontos


de riscos nos diversos setores da empresa. Dessa maneira, a identificação de situações
em locais potencialmente perigosos, capazes de causar acidentes ou doenças ao
trabalhador, torna-se mais fácil, existem vários benefícios, mas o mais importante é
garantir que os hábitos de segurança sejam incutidos nos funcionários
(AGENCIANUTS,2021).
Ainda como autor os funcionários estão envolvidos em suas equipes desde o
desenvolvimento até a implementação dessas melhores práticas. Outro ponto que
merece destaque é a possibilidade de melhoria da qualidade do ambiente de trabalho,
pois os mapas de riscos identificam pontos fracos que podem ser melhorados.

O mapa de risco é basicamente uma planta baixa das divisões da empresa como
se fosse uma foto tirada de cima, para sua construção é necessário conhecer os níveis
de risco, representados por três círculos; pequeno, médio e grande.

- Pequeno: Risco essencialmente baixo ou médio, desde que já esteja controlado.


- Médio: risco significativo que pode ser controlado.
- Grande: Alto risco de morte, desmembração ou doença. Fora isso, não pode ser
neutralizado ou ter qualquer mecanismo de controle ou mitigação.
Os tipos de riscos são de acordo com a classificação já pactuada, representados
em cinco tipos diferentes (PORTALESCUDO,2021);

- Risco Químicos: representado pela cor vermelha;


- Riscos Físicos: representado pela cor verde;
- Riscos Biológicos: representado pela cor marrom;
- Riscos Ergonômicos: representado pela cor amarela;
- Riscos de Acidentes: representado pela cor azul.

Mapa de riscos não tem prazo de validade fixo. No entanto, deve ser sempre
atualizado para levar em conta as mudanças nos processos e no próprio ambiente, que
podem criar novos riscos, reduzir ou neutralizar os que já existem
(PORTALESCUDO,2021).

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa classifica-se como aplicada, exploratória e qualitativa. É uma


pesquisa aplicada porque visa às aplicações práticas para atender aos trabalhadores da
fábrica melhorando seu trabalho e para sofrerem menos riscos de acidentes,
qualitativa, pois um dos objetivos é criar um mapa de risco para ajudar a se prevenir
contra acidentes na área de trabalho, também é uma pesquisa exploratória visto que
temos que buscar investigar nosso tema e estudar os riscos ocupacionais.

Realizou-se uma visita técnica em uma fábrica calçadista na cidade de Mogeiro


- PB em maio de 2022. Durante a visita, o técnico em segurança do trabalho da
empresa orientou e mostrou um dos tipos de sandálias, que permitiu observar sua linha
de produção e todos os seus riscos ocupacionais que poderiam ocorrer ao produzir a
mesma e será efetuado um mapa de risco de um dos setores que uma sandália é
produzida para analisar os riscos da sua confecção.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quando um colaborador entra em uma área de trabalho que apresenta riscos


para sua própria saúde, é necessário que o mesmo esteja protegido e com seus devidos
equipamentos de proteção.

Entretanto, também é muito importante a presença do mapa de riscos, pois o


mesmo proporciona a informação rápida e direta sobre os riscos aos quais os
trabalhadores estão expostos naquele ambiente.

Portanto, após a realização da visita à fábrica e aplicando os métodos descritos


anteriormente, foi possível fazer o levantamento dos riscos presentes em cada setor,
conforme mostra o Quadro 02.

Quadro 02: Riscos nos setores analisados


Fonte: Autoria Própria (2022)

Desta forma, após a análise realizada, foi possível a elaboração do mapa de


riscos de cada etapa do processo de fabricação (Figura 01).
Figura 01: Mapa de Riscos elaborado

Fonte: Autoria própria (2022).

O mapa acima tem como objetivo mostrar, de forma clara e visual, aos
trabalhadores, os riscos existentes nos ambientes de trabalho. No mapa, os riscos são
representados por círculos coloridos de tamanhos diferentes, desse modo, os símbolos
grandes, representam um risco elevado; os médios, representam riscos médios; os
pequenos, representam riscos leves, as cores representam os grupos de riscos.
Tendo em consideração, todo estudo sobre o mapa de riscos, foi possível
identificar os riscos presentes em cada setor, sendo assim:
- Setor de Corte: Riscos de acidente, ergonômico e físico, sendo os dois
primeiros de grau grande e o último, pequeno;
- Setor de colagem: Riscos químicos sendo de grau grande , O Ergonômico e
físico de grau pequeno;
- Setor de Costura: Risco físico e ergonômico de Grau pequeno e o risco de
acidentes de grau grande;
- Setor de modelagem: Riscos de acidente, Ergonômico e físico, sendo o
primeiro de grau médio e os últimos dois de grau grande.
Portanto, com essas informações obtidas por meio da visita técnica, monitorada
por um técnico em segurança da própria empresa, foi possível a elaboração do mapa
de riscos( figura 1)

Por fim, esse mapa atendeu aos seus critérios, sendo esses: reuniu as
informações necessárias para estabelecer um diagnóstico da situação de segurança e
saúde dos trabalhadores da empresa, possibilitando assim a troca de divulgações e
informações entre os servidores da fábrica dessa forma, estimulando a participação dos
mesmos nas atividades de prevenção.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo identificar os riscos presentes na linha de


produção de uma sapatilha em uma fábrica de calçados em Mogeiro - PB, em vista
disso, o objetivo geral do trabalho foi alcançado com êxito, tendo em vista que foi
possível alcançar tudo que está descrito no objetivo geral e específico.

Os resultados obtidos corroboram com os objetivos gerais e específicos do


estudo. Dessa forma, considera-se necessário a aplicação da NR-9 nos ambientes de
trabalho, especialmente em fábricas, pois, quando usada de maneira correta, traz
benefícios e segurança ao operário das máquinas que estarão sendo utilizadas nas
empresas, como foi apresentado ao longo do trabalho.

Espera-se que as pesquisas e finalização deste trabalho contribuam para a


segurança dos trabalhadores da fábrica calçadista, e que a fundamentação teórica e
metodológica sirva de paradigma para análise de possíveis acidentes que possam
ocorrer nas áreas de trabalho.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus, por nunca ter nos desamparado diante de


todas as inúmeras situações difíceis durante o processo de escrita e desenvolvimento
deste trabalho. E segundamente, agradecemos a professora Elaine Medeiros que se
prontificou em nos orientar com maestria e profissionalismo durante toda a jornada de
escrita desse trabalho de conclusão de curso.

Também gostaríamos de nos reverenciar e dizer, muito obrigado ao


IFPB-Campus Itabaiana, por fazer parte da nossa evolução enquanto cidadãos durante
esses três anos em que estamos lá, anos esses, que nos permitiram acessar uma
educação de qualidade que com certeza nos abrirá portas em um futuro
próximo.Temos o máximo de respeito por todos os profissionais que lá nos acolheram
desde o primeiro minuto em que passamos pelos portões de entrada, esses
profissionais nunca falharam em garantir à nossa segurança, bem estar e claro boa
formação acadêmica.

E por último, mas não menos importante, gostaríamos de agradecer a nós


mesmos pelo esforço empregado, mas não somente pelo esforço que tivemos durante
os meses de dedicação árdua em que nos empenhamos a escrever esse TCC. Mas sim a
toda força que tiramos de nossos corpos e mentes durante esses três anos de
aprendizado, que hoje reconhecemos que valeram a pena. E por fim, entendemos que
apesar de todas as dificuldades enfrentadas durante esse ciclo, hoje entendemos que
somos pessoas melhores do que aquelas que passaram por aqueles portões a três anos
atrás e devemos isso ao nosso próprio esforço, por isso agradecemos a nós mesmos
por nunca termos desistido.
REFERÊNCIAS

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