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Apresentação
O setor da construção civil apresenta muitos fatores que podem comprometer a saúde e integridade física
que nele atuam. Cada operário lida com grandes maquinários, rotinas pesadas de trabalho, entre as prátic
A segurança do trabalho é estabelecida pelo Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho (PCMAT
série de parâmetros de ordem administrativa, planejamento e organização para implementar medidas de
prevenção, propiciando maior e melhor proteção aos colaboradores que trabalham nos empreendimentos.
baseia nos procedimentos técnicos definidos pela Norma Regulamentadora — NR 18.
Como podemos evitar os fatores de riscos de acidentes? Como o planejamento do canteiro de obras é imp
garantir os aspectos de saúde e segurança dos trabalhadores? Nesta aula, abordaremos os temas e respo
perguntas.
Descrever os conceitos básicos associados as condições de trabalho e legalidade, a partir de normas
segurança do trabalho;
Esclarecer as normas mais relevantes associadas aos canteiros de obras;
Reconhecer a importância do 5S no canteiro de obras e do uso correto dos equipamentos de proteção
Condições de Trabalho e Legalidade
Nas obras há muitas tarefas consideradas perigosas. Além disso, alguns trabalhadores e gestores não
de equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC). Esses instrumentos são fundamentais
à integridade física e à saúde do trabalhador;
Uso de
maquinário antigo
Muitas construtoras não se atentam em renovar a frota de equipamentos para construção. Máquina an
apresentar baixo desempenho, pode sofrer estragos inesperados que comprometem toda a integridade
colaborador. O ideal é sempre renovar o maquinário e ter uma política de manutenção que garanta o f
mesmo e não cause nenhum tipo de acidente.
Pressa
nas obras
Cada etapa do empreendimento possui serviços complexos que demandam atenção dos trabalhadores
da carga horária de 42 para 36 horas, há uma pressão em cima dos operários para agilizarem o desen
obra, evitando assim possíveis atrasos. Por causa dessa pressa, os colaboradores sempre utilizam técn
improvisadas que não obedecem às diretrizes das normas regulamentadoras, colaborando para o aum
de acidentes.
A construção é uma das atividades humanas mais antigas e importantes par
progresso das civilizações. As edificações ao longo do desenvolvimento hum
foram utilizadas para transformar a natureza de forma a atender aos propós
A qualificação profissional é o processo mais eficiente para se mudar o quadro crítico de acidentes do
existente no Brasil. Um profissional realiza seu trabalho com mais eficiência técnica, aumentando a pr
qualidade do produto e melhor aplicando as normas de segurança.
Tem a responsabilidade final pela execução do contrato/obra, dentro dos padrões mínimos de Segur
no Trabalho, estabelecidos pela legislação em vigor.
Engenheiros/Gerentes
São responsáveis pelo planejamento e determinação das Medidas Preventivas para a execução dos
acordo com o Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (PCM
com o assessoramento e apoio da equipe especializada.
Mestres/Encarregados
SESMT
CIPA
Têm o dever de colaborar na aplicação e no cumprimento das Normas Regulamentadoras e das Ord
sobre Segurança e Medicina do Trabalho recebidas.
São normas publicadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
<//trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras> para estabelecer os requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de s
saúde ocupacional. Atualmente, existem 36 NRs.
Essas normas são elaboradas por uma comissão tripartite composta por representantes do governo, e
empregadores.
Tipo de obra;
Datas previstas do início e conclusão da obra;
De acordo com a NR 18, todos os empregados devem receber treinamento admissional e periódico, v
execução de suas atividades com segurança, constando de:
Uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPI);
Informações sobre os equipamentos de proteção coletiva (EPC), existentes no canteiro de obra.
O treinamento periódico deve ser ministrado sempre que se tornar necessário e ao início de cada fase
treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e operações a serem realizad
segurança.
CIPA é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes constituída por representantes indicados pelo e
O objetivo da CIPA é observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar me
reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos.
Sua missão é a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores e de todos os que interag
empresa (aqueles que prestam serviço para a empresa).
Compete aos trabalhadores da empresa indicar à CIPA situações de risco, apresentar sugestões e obse
recomendações quanto à prevenção de acidentes, utilizando os equipamentos de proteção individual (
proteção coletiva (EPCs) fornecidos pelo empregador, bem como se submeter a exames médicos previ
Regulamentadoras, quando aplicáveis.
Comentário
A empresa que possuir na mesma cidade, um ou mais canteiros de obra, com menos de 70 em
deve organizar CIPA centralizada.
Acima de 70 empregados em cada estabelecimento, a CIPA deve ser por estabelecimento. Fica
As subempreiteiras com menos de 70 empregados, participarão com, no mínimo, um represen
reuniões, do curso da CIPA e das inspeções realizadas pela CIPA.
Segundo a NR 18 (2003), canteiro de obras é uma área de trabalho fixa e temporária, onde se desenv
operações de apoio e execução de uma obra, ou seja, é um conjunto de áreas destinadas à execução
trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em: áreas operacionais e áreas de vivência (NBR 12
Construção 1.
É d d i ê i d t b lh d
A NR 18 também prevê o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Constr
Saiba mais
Antes de continuar, saiba mais sobre o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho n
da Construção <galeria/aula2/anexo/programa_condicoes_ma_trabalho.pdf> .
Além das NRs, há necessidade de que as construtoras implementem programas específicos como: Pro
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO
Treinamento;
Avaliação dos riscos;
Comunicações;
Monitoramento e medições;
Requisitos legais;
Atendimento às emergências.
Planejamento
Além disso, todos os trabalhadores devem compreender as normas aqui apresentadas. Além das téc
segurança do trabalho, eles devem ficar atentos a tudo que acontece no espaço em que trabalham,
fatores físicos, químicos e biológicos que podem prejudicar a saúde.
Qualificação
A meta de Acidente Zero, apesar de utópica, deverá ser sempre perseguida. E, qualquer indivíduo
dentro de um canteiro de obras deverá usar os equipamentos de proteção individual adequados — c
botas, luvas, óculos, protetor auricular, cinto de segurança etc. A empresa deve providenciar todos
visando eliminar o risco de acidente no ambiente de trabalho, inclusive para visitantes. O empregad
fornecer gratuitamente a todos os empregados todos os equipamentos necessários. O uso é obrigat
empregado, passivo de demissão por justa causa.
Para o planejamento da obra e treinamento dos trabalhadores, segurança e saúde têm que ser garant
Vestimenta e Equipamento de Proteção Individual (EPI);
Cinto de segurança tipo paraquedista;
Adoção de bandeja — para prédios com mais de quatro pavimentos, ou altura equivalente ( em t
metros);
Guarda-corpo — proteção contra quedas de altura (telas e/ou);
Elevador de cargas — com capacidades previstas.
De acordo com NR 18 e NBR 12284, as áreas de vivência (lavanderia, alojamentos e área de lazer), q
trabalhadores alojados, devem contemplar:
Capacete, botas de couro ou PVC, luvas, máscara contra poeira, cinto de seguran
Servente
altura superior a 2 metros).
Capacete, botas de couro ou PVC, luvas, máscara contra poeira, cinto de seguran
Pintor
altura superior a 2 metros).
Capacete, botas de couro ou PVC, máscara contra poeira, cinto de segurança (se
Carpinteiro
Capacete, botas de couro ou PVC, máscara contra poeira, luva de raspa de couro
Armador (“ferreiro”)
segurança (se exposto a altura superior a 2 metros).
Encanador/
Capacete, botas de couro ou PVC.
Eletricista
5S no canteiro de obras
O programa 5S é uma ferramenta utilizada para organizar o ambiente em que é implantado, baseando
ideia dos cinco sensos.
O 5S foi introduzido no Japão por Kaoru Ishikawa na década de 1950, destinado a combater a desorga
entidades japonesas. Posteriormente, sua prática se estendeu a empresas privadas, considerando a po
melhorias no ambiente de trabalho.
Com o passar do tempo, o Programa 5S tornou-se uma base para iniciação dos processos de gestão d
objetivando a educação, o treinamento e a qualidade, por meio de constante aperfeiçoamento dos det
compõem a rotina diária de trabalho.
A facilidade proposta pelo programa em sua implantação faz com que ele seja uma ferramenta muito
escritórios, fábricas, estabelecimentos comerciais, locais públicos, e, também, em canteiro de obras, e
programa se propõe, com a ajuda dos cinco sensos, a deixar o ambiente livre de materiais desnecessá
limpo e seguro.
Vantagens do 5S:
Cumprir os procedimentos e padrões éticos da instituição, sempre buscando a melhoria;
Aumentar a qualidade do produto ou serviço;
Aumentar a produtividade;
Fornecer a base necessária para implementar outros programas de qualidade, como por exemplo: ISO
OHSAS 18001 e PBQP-H;
Facilitar a detecção de erros, objetos fora do lugar e outros problemas que precisam de atenção;
Prevenir acidentes de trabalho;
Melhorar a qualidade de vida;
Melhorar o respeito entre os colaboradores;
Reduzir o custo e o retrabalho;
Melhorar a motivação dos colaboradores;
Incentivar a criatividade.
rapidamente observados.
Além disso, os conceitos aplicados são muito simples, o programa é participativo, promove o envolvim
equipes produtivas da obra. O programa se propõe a melhorar a organização e a limpeza das obras, a
provoca a mudança de comportamento dos profissionais com relação à cultura do desperdício (COSTA
Saiba mais
Antes de encerrar seus estudos, veja algumas regras de segurança do trabalho associadas aos
de obras <galeria/aula2/anexo/regras_de_seguranca.pdf> .
Atividade
1. Em um canteiro de obras:
a) É permitida a entrada e permanência de trabalhadores que não sejam compatíveis com a fase
b) É permitida a entrada rápida de trabalhadores que não estejam assegurados.
c) É proibida a entrada e permanência de quaisquer trabalhadores, independentemente da fase d
d) É proibida a entrada de trabalhadores que não estejam assegurados, mas é permitida a perma
trabalhadores que não sejam compatíveis com a fase da obra.
e) É proibida a entrada e permanência de trabalhadores que não estejam assegurados e que não
compatíveis com a fase da obra.
2. O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) é ob
estabelecimentos com mais de:
a) 18 trabalhadores.
b) 20 trabalhadores.
c) 51 trabalhadores.
d) 500 trabalhadores.
e) Nenhuma das alternativas.
3. Com relação ao programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção (
assinale a opção correta.
a) Os riscos de acidentes pontuais não devem constar do memorial sobre as condições de trabalh
perda de objetividade na elaboração do PCMAT.
b) A implantação do PCMAT é de responsabilidade conjunta de empregados, empregadores e brig
incêndio.
c) A carga horária necessária para a composição do programa educativo sobre a prevenção de ac
doenças do trabalho deve compor o PCMAT.
d) Todos os estabelecimentos em que haja trabalhadores devidamente registrados devem elabora
o PCMAT.
e) O empregador deve designar o técnico em edificações mais experiente de sua empresa para pa
elaboração do PCMAT.
4. Com base no programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção (PC
assinale a opção correta.
6. É necessário prever os riscos do trabalho em altura (queda de pessoas, de materiais) para ado
de controle. Pesquise quais medidas poderão ser tomadas para os riscos de trabalho em altura. Lem
a construção civil é um setor muito associado a quedas e mortes por falta de segurança do trabalho
Notas
1
Indústria da construção
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12264 — Áreas de vivência em cant
ABNT, 1999.
FABRICIO. Márcio Minto. O projeto como processo intelectual e como processo social. São Carl
Universidade de São Paulo, Escola de Engenharia de São Carlos, 2002.
GONZALES, Edinaldo Favareto. Aplicando o 5S na construção Civil. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 200
OSADA, T. Housekeeping. 5S’s: seiri, seiton, seiso, seiketsu, shitsuke. São Paulo: IMAM, 1992.
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