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SEGURANÇA DO TRABALHO NO CANTEIRO DE OBRAS PREDIAIS

OCCUPATIONAL SAFETY WITHIN CIVIL ENGINEERING AT THE BUILDING


CONSTRUCTION SITE

OLIVEIRA, Luana
Orientador: Prof. D.r André Augusto Gutierrez Fernandes Beat

luanaliborio2007@hotmail.com

RESUMO. Sabendo-se que uma obra tem várias etapas, ou seja , no decorrer da construção
são adotados diferentes procedimentos, é necessário que a segurança também seja revista,
pois, são novas fases, novos equipamentos e muitas vezes novos trabalhadores, para que a
conclusão da obra seja segura, alguns fatores devem estar sempre em pleno funcionamento,
como locais de trabalho organizados, cronogramas sempre atualizados para evitar erros
desnecessários, supervisão de caráter fiscal educativo referente à segurança. Pens ando dessa
forma esse trabalho foi realizado com a finalidade de pontuar os riscos e as prevenções
existentes dentro do canteiro de obras, com a finalidade de verificar como a saúde do
trabalhador interfere no desenvolvimento, tanto da empresa como do desenvolvimento
próprio. A utilização e as dificuldades de se implantar o sistema de segurança e conscientizar
os trabalhadores dentro do canteiro de obras, como preparar os diálogos de segurança com os
trabalhadores, como identificar as áreas de acordo com os riscos que elas oferecem onde e
como devem ser posicionadas as placas de atenção, ou seja um apanhado geral de como deve
ser o funcionamento de trabalho, saúde e segurança no canteiro de obras predial.

Palavras-chave: Canteiro de obras, Segurança, Trabalhador.

ABSTRAT Knowing that a work has several stages, that is, during the construction are
adopted different procedures, it is necessary that safety is also reviewed, because, are new
phases, new equipment and often new workers, so that the completion of the work is safe,
some factors must always be in full operation, such as organized workplaces, schedules
always updated to avoid unnecessary errors, supervision of educational fiscal character related
to security. Thinking in this way this work was carried out with the purpose of scoring the
risks and preventions existing within the construction site, in order to verify how the worker's
health interferes in the development of both the company and the development itself. The use
and difficulties of implementing the security system and making workers aware within the
construction site, how to prepare safety dialogues with workers, how to identify the areas
according to the risks they offer where and how the care boards should be positioned, i.e. a
general overview of how the work, health and safety work can be done at the construction
site.

Keywords: Construction site, Security, Worker.

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INTRODUÇÃO

Esse artigo foi composto por coleta documentos com a finalidade de compreender mos
como a segurança pode ser implantada com responsabilidade dentro do canteiro de obras,
visto que esse é o local que mais apresenta acidentes e riscos para a saúde dos trabalhadores e
quais atitudes devem e podem ser tomadas para evitar e reduzir acidentes. Para produção
desse artigo foram utilizados vários documentos como livros e publicações da internet oficiais
e particulares.
A primeira coisa a saber é como devemos ver o canteiro de obras, para a empresa é um
lugar para produzir uma edificação de qualidade com o objetivo de obter lucros, para o
trabalhador uma garantia de sobrevivência e de crescimento profissional, porém um canteiro
de obras é muito mais que isso é um complexo que envolve a construção em si, meio
ambiente e vidas humanas, que funciona com especificações garantindo a qualidade e sempre
baseados na segurança, podemos entender isso nas palavras de Victor (2019), “embora o
canteiro de obras seja um local provisório ele é o cartão de visitas do empreendimento ”, essa
premissa nos leva a entender que o local deve estar em perfeito estado de organização, que os
pontos fundamentais estejam dispostos da melhor forma possível, ou seja, materiais e
maquinários, disponibilidade de equipamentos de segurança, áreas coletivas e de trânsito tudo
acondicionado e construído de forma segura para evitar qualquer tipo de acidente.
O canteiro de obras é o local, de acordo com relatos da mídia e de registros
hospitalares, que possuem o maior índice de riscos e acidentes inclusive fatais, por esse
motivo, possui normas regulamentadoras específicas e detalhadas quanto à seus
procedimentos de segurança, mas, quais os motivos que esses acidentes ainda acontecem e o
que pode ser feito para que esses índices abaixem? Para que possamos responder essa questão
é necessário conhecermos os métodos e normas, e ainda as atitudes que são tomadas para que
haja segurança.
Com essa finalidade devemos entender como o sistema de segurança pode e deve atuar
para evitar riscos e proteger a vida dos trabalhadores, quais são as normas regulamentares,
quais equipamentos de segurança devem ser utilizados e quais as ferramentas administrativas
estão à disposição para que o trabalho na obra seja seguro.
Esse artigo é o resultado desenvolvido com base em autores e livros sobre segurança
do trabalho tais como: Hugo Sefrian Peinado, Edison da Silva Rousselet, Guia de Gestão de
Segurança do Conselho Brasileiro da Industria da Construção.
Conforme o Guia de Segurança da Construção Civil (CBIC,2017), [...] independente
do porte da obra e o número de trabalhadores, é fundamental a organização e gestão do
canteiro de modo a prevenir acidentes e doenças ocupacionais além de manter de forma
adequado ao meio ambiente de trabalho.
Isso nos trás uma reflexão, sabemos que a segurança é fundamental, então oque fazer
para que os trabalhadores entendam e tenham a consciência que o uso de equipamentos para
proteção individual e coletivo são além de obrigatórios, essenciais para sua proteção, como
um profissional da segurança do trabalho deve atuar para que isso fique cada vez mais
esclarecido e se torne uma prática rotineira entre os trabalhadores e as ferramentas tais como a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e o Programa da Condição e Meio Ambiente de
Trabalho podem auxiliar esses profissionais indicando qual a importância e o papel de cada
um dentro do canteiro de obras, como são avaliados os incidentes e/ou acidentes e sua forma
de preveni-los.
Nesse contexto percebemos a importância dos Diálogos Diários de Segurança, uma
ferramenta que faz um alerta diário sobre a importância do uso de equipamentos de proteção
individuais e coletivos, informando sobre como se comportar diante de alterações ocorridas
nas obras e incentivando os trabalhadores a preservar sua vida e dos companheiros,

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disponibilizando o diálogo com a finalidade de explicar e sanar dúvidas e problemas dentro
do canteiro de obras, assim como obter informação para conhecimento, inspeção e
manutenção dos equipamentos e maquinários utilizados na obra. Neste contexto objetivo
deste trabalho foi compreender qual a importância da segurança no canteiro de obras, causas,
efeitos, consequências e prevenção de acidentes.

METODOLOGIA

Este artigo foi desenvolvido com busca de informações, através de trabalhos e publicações em
bases de dados da internet, livros e artigos que visaram escritas sobre segurança e prevenção
de acidentes, leis e normas que regem o canteiro de obras. Desta maneira este estudo foi
montado de acordo com a Figura 1.

Segurança

Conscientização

EPI’s Normas

Figura 1 – Fluxograma estabelecido neste trabalho para obtenção da segurança em canteiros de


obras, seguindo o sentido da obtenção da conscientização na utilização de EPI’s (Equipamentos de
Proteção Individual) e seguimento das normas vigentes.

A Figura 1 demonstra de maneira sintética a exposição de uma visão geral de como deve ser o
funcionamento da Segurança e Prevenção de Acidentes e Riscos no canteiro de obras.

O CANTEIRO DE OBRAS

Quando falamos em canteiro de obras, não estamos falando simplesmente da área que
será utilizada para uma construção, e sim de um sistema complexo que inclui desde a área
(terreno), material, equipamentos até chegarmos ao material humano. O canteiro de obras não
está limitado apenas à obra, suas especificações técnicas e de segurança, abrangem tanto a
construção como todos os funcionários que formam a equipe de trabalho.
O canteiro de obras vai se modificando no decorrer da obra e sendo adaptado para
facilitar e proteger os materiais e trabalhadores, para sua funcionalidade a segurança em todo
canteiro de obras é um item que deve ser pensado com a máxima importância, conforme
citado por Rousselet,
[...]a segurança do trabalho é parte integrante do processo de produção e um dos
objetivos permanentes de uma empresa é preservar o patrimônio humano e material
conforme a continuidade dos trabalhos para que se mantenha a qualidade do serviço.
Para atender os Diplomas Legais em vigor e considerando ser a Prevenção de
Acidentes a melhor solução, a promoção da saúde e proteção da integridade física
dos trabalhadores no local de trabalho devem ser realizadas, (1997).

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A construção é uma atividade existente desde a era primitiva e sua evolução está
intimamente ligada a evolução do homem, por muitas décadas durante esse processo foram
perdidas muitas vidas com acidentes no trabalho da construção civil.
Conforme citado pela Câmara Brasileira da Industria e Construção, CBIC (2020), os
objetivos do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho PCMAT são entre outros:
garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores, atribuição de responsabilidades e
verificação das atividades de segurança durante o processo produtivo, prevenir sobre riscos
durante a execução das obras, determinando medidas protetivas e de prevenção a serem
tomadas, com a finalidade de reduzir ao máximo os riscos de acidentes e doenças, porém, na
nova versão da NR 18, Brasil (2020), o PCMAT e o PPRA devem ser substituídos pelo
Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR.
O PGR de acordo com a NR 18, conforme Brasil (2020) é um documento obrigatório
devendo ser produzido por profissional habilitado em segurança do trabalho e implantado em
todos canteiros de obras que apresentem até 7 (sete) metros de altura e 10 (dez) trabalhadores,
devendo ser atualizado a cada etapa da obra.

SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRAS

Após a Revolução Industrial que se iniciou em meados do século XVIII na Europa


Ocidental, mais precisamente na Inglaterra, houve o início do modo como trabalhamos e
vemos o mundo, como citado por Camisassa (2016), os trabalhadores começaram suas lutas
para reivindicar alguns benefícios para si e suas famílias, a princípio com o objetivo da
proteção das mulheres e crianças que trabalhavam em indústrias têxteis, leis que foram sendo
atualizadas e atingindo todas as industrias a partir de 1878, pois isso traria retorno ao
empregador porque a mão de obra com alguma especialidade era escassa e as empresas não
poderiam parar, pois poderiam perder seu espaço no mercado. Somente nos primeiros anos
da república velha o Brasil começava a dar os primeiros passos, ainda bastante tímidos, em
direção à proteção do trabalho.
Com o passar dos anos essas mudanças foram sendo adequadas para cada área e cada
setor, tendo em vista que o homem passa a maior parte de sua vida realizando algum tipo de
trabalho para suprir suas necessidades. Atualmente o sistema de Segurança e Saúde no
trabalho é um dos requisitos fundamentais para que uma empresa tenha autorização para
funcionamento. Sabe-se que a saúde do trabalho e preservação da integridade física do
trabalhador, dependem do rastreamento e diagnóstico de todo fator de risco ocupacional,
Leitão, Fernandes, e Ramos relatam que a saúde ocupacional, refere-se à prevenção e
promoção da saúde do trabalhador, enquanto realiza seu trabalho, descobrindo fatores que
interfiram na sua saúde. A identificação precoce dos riscos ocupacionais previne doenças e
acidentes, possibilitando uma diminuição na ocorrência de tais fatos. (LEITÃO;
FERNANDES; RAMOS, 2008; in Revista Bionorte, v. 5, n. 1, fev. 2016).
Não podemos, porém, falar em segurança do trabalho sem mencionar o que são
considerados acidentes de trabalho, de acordo com a Lei Básica da Previdência Social número
8213 de 24/07/1991,
Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa
ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11
desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou
a perda, ou ainda a redução, permanente ou temporária da capacidade para o
trabalho

Os trabalhadores são as vítimas visíveis do trabalho, por esse motivo é possível notar
uma crescente preocupação das empresas, de acordo com CISZ (2015), “os acidentes de
trabalho são os maiores desafios para a saúde do trabalhador, atualmente e no futuro”, para as

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empresas além do trabalhador acidentado existem os tramites legai s que podem atingir o
nome da empresa, e para os trabalhadores dependendo da gravidade do acidente a sua
incapacitação por período indeterminado, prejudicando ambos no aspecto financeiro.
De acordo com Rousselet (1998) é obrigatório elaborar e implementar juntamente com
todos os trabalhadores a avaliação e controle por reconhecimento e antecipação as possíveis
ocorrências de risco no ambiente de trabalho e a proteção dos recursos naturais.
A segurança no trabalho deve ser observada por todos dentro de uma empresa, ou seja,
desde os trabalhadores que devem preservar suas vidas, o setor de segurança que deve
juntamente com os líderes de setor estarem atentos ao uso correto dos EPI’s, e à empresa que
deve fornecer material de segurança suficiente e específico para cada trabalho.

EPIs USADOS DENTRO DO CANTEIRO DE OBRAS PREDIAIS

A saúde e a segurança do ser humano no ambiente de trabalho tem aumentado nos


últimos anos, buscando melhorar a qualidade do serviço, aumento da produtividade e
diminuindo os riscos de acidentes de trabalho, um dos investimentos exigidos por lei é com a
segurança individual do trabalhador descrita na Legislação Trabalhista tendo como Norma
Regulamentadora a NR-6, que consta da Portaria 3214/78, o item 6.1 da referida norma
explica que todo dispositivo usado por um trabalhador para sua proteção dentro do canteiro de
obras é qualificado como Equipamento de Proteção Individual – EPI (BRASIL, 1978).
Os trabalhadores devem receber treinamento e serem conscientizados quanto ao uso
dos EPI’s para garantir sua segurança e do grupo como um todo. As empresas que não
cumprirem as NR poderão sofrer ações de responsabilidade penal e civil e claro multas. De
acordo com Souza (2018) a maior dificuldade da implementação das normas de segurança é a
mentalidade de muitos trabalhadores que não compreendem os treinamentos, sendo assim , a
linguagem deve ser mais acessível descrevendo as atividades que irão cumprir e os riscos a
que os trabalhadores serão expostos, causas e consequências.
Alguns pontos que são fundamentais na abordagem são citados na NR 18:
• Demonstração dos trabalhos que serão efetuados,
• Ter os EPI’s necessários em perfeitas condições de uso para cada trabalho e para cada
trabalhador,
• Explicar de forma fácil, como e porque devem ser utilizados os EPI’s,
• Inspecionar as zonas de trabalho para verificar se o uso dos EPI’s está correto,
• Identificar cada área com o risco que esta poderá ocasionar com placas de alerta em
local visível.
Conforme citado em BRASIL (1978) NR 6, um ponto importante é o item 6,3 onde
fica claro que as empresas devem fornecer a todos os trabalhadores os EPIs necessários,
adequados e em perfeito estado que os forneçam proteção contra os riscos de doenças e
acidentes, tendo medidas implantadas no canteiro de obras para casos de emergência.
Conforme dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho – ANAMT (2019),
em 2017 o Brasil registrou 30.025 acidentes de trabalho na área da construção civil.
A maior dificuldade encontrada para a implementação das políticas de segurança do
trabalho foram principalmente pela mentalidade do trabalhador que não consideraram as
instruções de segurança importantes, não entendem os procedimentos que foram dados e
acham incômodo seguir as normas de segurança e o uso de EPIs, e acabam desrespeitando as
mesmas, contribuindo assim, com o aumento no número de acidentes (BAU, 2013, apud
Souza et al, 2018).
Portanto podemos afirmar que a Construção Civil, possui muitos riscos na rotina de
trabalho e a utilização de EPI’s adequados assim como a conscientização quanto ao uso, é

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uma maneira imprescindível de prevenir e minimizar acidentes. Os EPI’s básicos que
podemos citar são:
• Abafador de Ruído, ou protetor auricular
• Avental e luvas de Raspa
• Capacete de Segurança
• Calçado de Segurança, com ou sem ponteira de aço de acordo com a função
• Cinto de Segurança
• Máscara Filtradora, que deve ser adequada para cada tipo de função, pó, produtos
químicos, gás etc.
• Óculos de Proteção ou protetor facial
• Uniforme Profissional, que também pode indicar a responsabilidade do trabalhador
dentro do canteiro de obras, tais como: pedreiros, líder de setor, fiscal de obra etc.
De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC (2017), os
EPI’s mais utilizados nas atividades da Industria da Construção – IC são: Capacete, calçados,
luvas e óculos de proteção, cintos de segurança contra quedas, e protetores auditivos e
respiratórios, especificando ainda como e qual tipo de proteção esses EPI’s fornecem: os
capacetes mais utilizados na indústria da construção são fabricados em polietileno de alta
densidade contendo uma peça de suspensão para absorver a energia de impactos por queda de
materiais e batidas contra obstáculos. Não podemos esquecer dos capacetes especiais para o
trabalho com energia elétrica e os capacetes com jugular simples ou fixada usados em
trabalhos que podem se desprender da cabeça,
Como citado na CBIC (2017), os calçados de segurança devem proteger os pés de
qualquer tipo de agressão que possa ocorrer no canteiro de obras desde perfurações, quedas de
materiais, choques elétricos, produtos químicos e outros.
Os calçados de segurança devem proteger os pés contra todos os tipos de agressões:
impactos mecânicos, perfurações, cortes, abrasões, contatos com água e líquidos corrosivos,
poeiras cáusticas, choques elétricos e muitos outros agentes de risco (lugares muito frios ou
quentes, riscos biológicos) (CBIC, 2017).
A diversidade nos tipos de luvas é bem ampla, fabricadas com vários tipos de produtos
tais como: raspa, couro, látex, algodão, borracha, com ou sem material antiderrapante,
isolante para eletricidade, devendo ser utilizada de acordo com o trabalho a ser executado ,
conforme a CBIC, as partes do corpo humano que mais são expostas às atividades do trabalho
são as mãos, por esse motivo deve ser uma preocupação constante sua proteção com a
utilização correta de luvas adequadas para cada trabalho, (2017).
Aos usuários de lentes corretivas os óculos de proteção devem ser fornecidos
apresentando a mesma graduação, ou no caso de uso eventual desse equipamento o
trabalhador poderá usar óculos de sobreposição. De acordo com a CBIC (2017), a proteção
para os olhos é apresentada como óculos, máscara ou protetor facial, sua principal utilidade é
a proteção contra qualquer partícula ou fragmento que possa ferir os olhos ou a face, também
serve para proteger contra a luminosidade intensa; radiação ultravioleta, radiação
infravermelha.
Existem dois tipos de cinturão, o tipo abdominal e o tipo paraquedista, o tipo
abdominal, mais simples é usado para restrição de deslocamento ou posicionamento
geralmente usado em escadas, porém o mais utilizado em obras é o tipo paraquedista que tem
algumas variações em seus complementos conforme citado pela CBIC (2017), o cinturão tipo
paraquedista, equipamento específico para proteger contra quedas, é composto por talabarte
que conecta o cinto de segurança ao ponto de ancoragem e o conector ou mosquetão ou
gancho de ancoragem, equipamento específico para ser utilizado como proteção contra

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quedas. Havendo no mercado grande variedade quanto a tipos, materiais e formas e
dimensões para todos eles.
Ainda no campo da proteção individual temos os protetores respiratórios que de
acordo com a CBIC (2017), podem ser do tipo PPF ou P, sendo o primeiro tipo respiradores
descartáveis utilizados para poeiras geradas mecanicamente, os do tipo P são fabricados com
as máscaras semifacial ou facial classificados por maior ou menor eficiência geralmente
usados para proteção à produtos químicos, gases e outros. Um outro item são os protetores
auditivos que podem ser do tipo concha que pode ser usado junto com outro protetor o de
inserção (produzido em silicone), e o protetor menos usado é o de espuma moldável.
Os riscos ambientais de acordo com Delboni (2012), são aqueles que podemos
classificar como: riscos físicos (vibrações, ruídos, radiação, outros); riscos biológicos ( vírus,
bactérias, fungos, etc.); riscos ergonômicos (todo e qualquer esforço físico intenso que
possam causar stress físico ou psíquico) e os riscos químicos (causados por produtos
químicos, poeiras, vapores, etc.).
São considerados riscos os agentes agressivos químicos, físicos, biológicos,
ergonômicos e de acidentes, os que possam trazer ou ocasionar danos à saúde do
trabalhador, nos ambientes de trabalho, em função de sua natureza, concentração,
intensidade e tempo de exposição ao agente, (DELBONI, 2012).

Existem outros equipamentos que devem ser fornecidos de acordo com a função, não
sendo necessário que todos os trabalhadores da construção tenham o seu, são equipamentos
exclusivos de uma determinada área no canteiro de obras, de acordo com a CBIC (2017), são
eles: aventais e mangotes de raspa, capas impermeáveis para proteção com jatos d’água,
perneiras de raspa ou lona para trabalhos com soldagem, armação, aparadores e cortador es de
grama; cremes de proteção da pele para trabalhos com produtos químicos: como solventes,
poeiras geral, tintas e outros; macacão impermeável par obras de saneamento básico e locais
alagados; colete refletivo para uso em vias públicas e sinalização de trânsito, e cinto
abdominal para proteção lombar.
Borges e Peinado (in: CBIC, 2019), discorrem sobre os riscos no canteiro de obras
com os trabalhadores e com equipamentos, salientando a utilização dos equipamentos de
proteção coletiva (EPCs), necessários e o obrigatórios em todos os canteiros de obras, pois é o
local onde há riscos constantes de quedas de funcionários ou materiais. Alguns desses itens
descritos são: sistema de guarda-corpo, plataformas, rodapés, sistema limitador de quedas,
linha de vida e tela fachadeira, esses sistemas são de extrema importância tanto para os
trabalhadores como para as pessoas que circulam no entorno da obra, dentro e fora do
canteiro.
De acordo com a NR 18 (2020), é obrigatória a instalação dessas proteções onde
houver riscos de quedas de trabalhadores ou a projeção de materiais, cada abertura no piso
deve ter fechamento resistente e provisório, quando não estiverem sendo utilizados, caso
contrário, quando a abertura for usada par transporte de equipamentos e materiais, devem
estar protegidas por guarda-corpo fixo e resistente.
Conforme Borges e Peinado (in: CBIC 2019), existe uma grande falha nos canteiros de
obras, pela falta ou mau uso e má construção desse sistema de segurança, muitas vezes
construído com materiais inadequados de pouca valia, onde caso ocorra um acidente as
consequências poderão ser piores.
Como citado por Darmstadter (in: CBIC, 2019), o problema de segurança do trabalho
envolve toda a sociedade. Por esse motivo as normas de segurança devem ser cumpridas e
incentivadas, pois, esse é o método que se atinge a produtividade corretamente, tendo em
mente que acidentes podem acontecer e somente a prevenção diária é o que mantém a saúde
física do trabalhador.

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CONSCIENTIZAÇÃO E SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRAS

A conscientização é o que mantém um canteiro de obras com o mínimo risco de


trabalho e reduz consideravelmente o número de acidentes, de acordo Rousselet (1997), “a
qualificação profissional é o processo mais eficiente para que esse quadro seja mudado.
No canteiro de obras prediais conforme a CBIC (2017), é fundamental que a Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA deve estar sempre atuando com o Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança em Medicina (SESMT) da empresa, de acordo
com Brasil (2020), a NR 18, todo treinamento básico sobre segurança do trabalho deve ser
presencial com carga horária de 4 (quatro) horas e deverá ser efetuado para cada atividade no
canteiro de obras.
Como descrito por Rousselet (1997), como um órgão interno da empresa cabe à CIPA
a função de elaborar o mapa de riscos, discutir acidentes ocorridos e convocar reuniões
extraordinárias, porém, as ações preventivas sobre acidentes e doenças do trabalho é um dever
de todos, desde os responsáveis da administração aos trabalhadores diários da obra.
Outra ferramenta importante para o canteiro de obras, de acordo com Brasil (2020) na
NR 18 é o Programa de Gerenciamento de Riscos – PRG, que deve conter vários projetos, tais
como: da área de vivência, instalações elétricas temporárias, sistemas de proteção coletiva,
relação dos EPIs com suas especificações técnicas e para qual prevenção de riscos servem e
devendo as empresas contratadas fornecer ao contratante um inventário dos riscos
ocupacionais e específicos de todas suas atividades.
E conforme descrito por Ferro (in: CBIC, 2019), o indicador para “mensurar a
exposição dos trabalhadores aos fatores de risco que sua atividade incide, ou seja, o grau de
risco a que estarão expostos e conforme o Decreto de Lei 6957/2009 são classificados riscos
de acidentes como: 1% para baixo risco, 2% para médio risco e 3% para alto risco
(identificação por alíquota), para vários seguimentos.
Como citado por Ferro (in: CBIC, 2019) no setor da construção civil apenas a
instalação de: painéis publicitários; equipamentos para navegação marítima; reparação e
manutenção de elevadores, escadas e esteiras rolantes, são consideradas de médio risco e
todas as demais atividades estão classificadas como: atividades de ato risco.
Conforme Nicolai (in: CBIC, 2019), com o objetivo de melhorar as condições de
saúde e criar uma cultura de prevenção de acidentes o Fator Acidentário de Prevenção – FAP,
também serve para alterar as alíquotas coletivas de 1%, 2% e 3% dos Riscos Ambientais do
Trabalho- RAT. No Brasil desde 2010 o Fator Acidentário de Prevenção - FAP vem sendo
aplicado e de acordo com Nicolai (in: CBIC, 2019) “ muitos empresários, contadores,
advogados e profissionais prevencionistas ligados à gestão empresarial desconhecem esse
fator de flexibilidade” que diminuem o impacto financeiro das empresas com a redução dos
acidentes de trabalho, ou seja as empresas ao tornarem o ambiente de trabalho mais seguro
podem se beneficiar tornando o bônus do FAP em vantagem competitiva, através do sistema
bônus-malus, termo usado para uma série de acordos comerciais que alternadamente
recompensam (bônus) ou penalizam (malus), podem trazer para a empresa que investir na
prevenção de acidentes, incentivos econômicos eficazes como parte no custo direto.
Como explica Nicolai (in: CBIC, 2019), bônus-malus é o termo usado frequentemente
pelas indústrias de seguros, visto que ajusta o prêmio pago de acordo com o histórico de
sinistros, quanto menor forem os acidentes ocorridos nas obras, maior será o desconto na
renovação do contrato da seguradora. A segurança do trabalho deve mudar concepções que
estão enraizadas, e o que mais produz acidentes é a falta de informação, que após uma
ocorrência não identifica o problema para que este seja anulado.
A segurança no canteiro de obras deve ser efetivada todos os dias, Darmstadter (in:
CBIC, 2019) afirma que: “o comportamento deve passar de reativo para proativo, ou seja,

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suas ações devem ser de antecipação e não de reação”, pois, as falhas no setor de segurança
geram perdas na obra, na qualidade do serviço e na imagem da empresado, para que isso não
ocorra e com a finalidade de um trabalho responsável, o empregador, os representantes da
segurança do trabalho e os trabalhadores devem estar sempre envolvidos no planejamento,
organização e implementação de todo sistema de segurança do canteiro de obras.
Em concordância com Silva e Mendonça (2012), o cargo de servente no canteiro de
obras é o que registra o maior número de acidentes, pois é o funcionário que atua em diversas
áreas, ficando assim exposto a grande quantidade de riscos, a maioria dos acidentes ocorre por
falta humana.
Conforme as pesquisas de Silva e Mendonça (2012), as empresas optam por não
contratar funcionários analfabetos, pois dificulta a capacitação, o treinamento operaci onal e de
segurança, visto que no ambiente de trabalho existem avisos, quadro de informações e placas
de advertências, impossibilitando a compreensão desses funcionários.
De acordo com Silva (2017), algumas empresas para não dispensar funcionários com
baixo índice de estudo, utiliza uma forma de sanar esses problemas com a transferência dos
operários temporariamente para outro setor e fornecendo aulas após o período de trabalho,
com a finalidade de capacitação dos mesmos, pois, no campo da construção civil mão de obra
especializada é difícil encontrar.
As informações e conscientização dos funcionários são extremamente necessários,
porém, o que deve ficar em mente é que como citado em Silva (2017), esse processo é lento e
progressivo, deve ser diário, é um processo educacional, implantado nas empresas através do
Diálogo Diário de Segurança – DDS, ferramenta essencial para segurança no Canteiro de
Obras.
No canteiro de obras existem os quase acidentes, ou como descreve Silva (2017), são
incidentes que devem ser vistos como acidente futuro e evidência que algo não está e acordo.
Com essa visibilidade o setor de segurança deve preparar um documento de Planejamento
Diário de Segurança do Trabalho (PDST), indicando os riscos que podem ser individual ou
para o grupo, detalhando as falhas e causas, indicando como devem ser executados os
trabalhos passo-a-passo, com esse relatório em mãos a DDS deve ser efetuada antes do inicio
dos trabalhos. Esse relatório deve ser efetuado pelo engenheiro da segurança juntamente com
um representante da CIPA e um representante da SESMT, ressaltando os pontos a serem
observados para análise do risco. Os pontos a serem analisados e colocados no relatório são
sete:
1. Identificar os perigos e riscos encontrados nas condições físicas do l ocal de
trabalho;
2. Determinar a Quantificação das Consequências para cada risco;
3. Identificar as barreiras de controle para cada risco;
4. Avaliar a eficácia das barreiras de controle;
5. Determinar a Quantificação das Barreiras Múltiplas;
6. Determinar o Nível de Risco
7. Definir recomendações para reduzir o Nível de Risco (SILVA, 2017).

O DDS é uma ferramenta poderosa que auxilia na correção das falhas, execução das
tarefas com segurança, prevenção de acidentes e como descreve Silva (2017), o equilíbrio de
produtividade com responsabilidade. O DDS é um processo de fácil implantação, requer
pouco tempo e cria uma cultura de prevenção e conscientização no ambiente do trabalho.
De acordo com Silva e Mendonça (2012), é proposto que a empresa realize o DDS
através do encarregado de cada setor ou com grupos pequenos, durando em média dez
minutos, semanalmente às segundas-feiras o ideal é realizar o “Bom Dia de Segurança”, que
deve ser uma reunião com duração de aproximadamente uma hora e deve ser efetuada pe lo
engenheiro de qualidade com auxílio dos representantes da CIPA, para todos os funcionários.

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Os gestores de segurança devem preparar relatórios para a DDS utilizando linguagem
de fácil compreensão, texto breve que deverá ser lido e discutido no tempo viável, não haja
lapsos de atenção. Conforme Silva (2017), “o termo DDS não é encontrado em nenhuma
legislação ou norma”, porém é uma forma de alertar os riscos do trabalho e de se prevenir
acidentes ao utilizar-se as medidas de proteção, outro ponto importante é que o DDS é
considerado um documento legal que deve ser registrado e conter a assinatura de todos os
participantes.
Silva e Mendonça (2012) citam que, na visão dos trabalhadores as principais tomadas
que as empresas oferecem para a prevenção de acidentes são: disponibilização de EPIs e
orientação correto de sua utilização, orientação sobre a utilização dos equipamentos, além das
reuniões do DDS e as reuniões “Bom dia”, palestras e treinamentos sobre a prevenção de
acidentes e uma boa relação com os técnicos de segurança.

NORMAS E LEIS QUE REGEM A SEGURANÇA NOS TRABALHOS EM


CANTEIROS DE OBRAS PREDIAIS

Em um ambiente como o canteiro de obras, o risco de acidentes podem ser causados


por vários agentes como descrito em Oliveira, Almeida e Paula (s/d), os agentes físicos,
químicos e biológicos são capazes de provocar danos à saúde, à integridade e acidentes do
trabalho, tornando as empresas mais competitivas e mais exigentes, para isso se tornam mais
responsáveis pela segurança e fiscalização das leis dentro do canteiro de obra.
Sendo o setor com o maior número de acidentes, incluindo o maior número de
acidentes fatais, foram desenvolvidas as Normas Regulamentadora (NR) específicas para a
Construção Civil, ao todo são 36 NRs definidas pelo Ministério do Trabalho, conforme
Alves(2018), além dos acidentes e riscos para a saúde, essas normas possuem também a
descrição das multas para as empresas que não zelarem por condições seguras dos
trabalhadores.
NR 4 essa norma determina o registro de profissionais habilitados para assegurar a
saúde no canteiro de obras, conforme Alves (2017), os principais profissionais entre outros
são: Médico do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro que devem manter
a integridade dos trabalhadores.
A NR 5 estabelece que para zelar pela segurança do trabalhador seja implantada a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, composta por representantes dos
empregados e do empregador, de acordo com CBIC (2017) “essa é uma ferramenta de
promoção comportamental dos trabalhadores” deve ser construída de acordo com o item
18.33 da NR 18, devendo estar presente em todo canteiro de obras, como função de auxiliar o
empregador na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, suas principais funções são:

Elaborar e implementar um plano de trabalho para cada gestão;


Verificar os locais de trabalho analisando e informando qualquer irregularidade;
Reunir-se quando ocorrer qualquer tipo de acidente de trabalho, junto com os
envolvidos, analisando os acidentes identificando as causas;
Reunir-se uma vez por mês para tratar de assuntos da CIPA e organizar o processo
eleitoral para a próxima gestão (CBIC, 2017).

A NR 6 é norma que rege a qualidade pelo fabricante no item 6.8 e 6.8.1, a


obrigatoriedade de fornecimento pela empresa item 6.2, e a utilização dos EPIs pelo
trabalhador nos itens 6.7 e 6.7.1, para proteger a saúde e integridade física dos empregados.
A NR 8 é a norma onde encontramos os requisitos técnicos mínimos que devem estar
presentes em toda e qualquer edificação e devem garantir, a segurança de quem está no
canteiro de obras, de acordo com Alves (2018), essa norma regulamenta todo ambiente da

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construção tais como: todas as áreas de circulação devem ter seu piso com materiais
antiderrapante; todos os andares acima do solo devem ter as proteções adequadas para a
prevenção de quedas; paredes, rodapés, limitadores de quedas, fechamento de vãos entre
andares e portas com materiais resistentes.
A NR 12 regulamenta as formas de utilização de equipamentos dentro de canteiros de
obras, qual a maneira correta para evitar acidentes, além de informações sobre o tempo de
vida útil dos equipamentos conforme Alves (2018), todos os fatores que são ligados a
instalação, isolamentos e aterramentos estão dispostos na norma que é bem detalhada e
bastante extensa. Na NR 12 é possível encontrar as medidas necessárias para o uso de
equipamentos para portadores de deficiência.
A principal norma de segurança da constrição civil é a NR 18 que de acordo com
Alves (2018) estabelece as diretrizes administrativas, organizacionais para planejamento e
controle dos sistemas de segurança. Essa norma trata de todas as questões dentro da
construção civil desde a preparação do terreno até a finalização da obra.
Segundo Alves (2018) essa norma define como devem ser dispostos todos os
ambientes da construção, banheiros, vestiários, refeitório, a área de convívio dos
trabalhadores; o setor de estoque e recebimento de materiais, manutenção, ferramentaria
enfim todas as áreas e todos os regulamentos.
Dentro da NR 18 (2020), podemos citar os itens:

18.4.6.2 As tarefas envolvendo soluções alternativas somente devem ser iniciadas


com autorização especial, precedida de análise de risco e permissão de trabalho, que
contemple os treinamentos, os procedimentos operacio nais, os materiais, as
ferramentas e outros dispositivos necessários à execução segura da tarefa. 18.4.6.3 A
documentação relativa à adoção de soluções alternativas integra o PGR do canteiro
de obras, devendo estar disponível no local de trabalho e acompan hada das
respectivas memórias de cálculo, especificações técnicas e procedimentos de
trabalho.

Por esse motivo o PGR deve sempre estar atualizado, com cópia do inventário e todos
documentos necessários e respectivamente assinados por profissionais certifi cados da área.

CONCLUSÃO

Incluindo os líderes de setor, trabalhadores e pessoal administrativo, o profissional de


segurança do trabalho deve estar sempre atento a tudo que acontece no canteiro de obras, deve
através da DDS agregar todos para a conscientização sobre o uso correto dos EPIs, EPCs.
Esse profissional deve estar sempre atento e atualizado para que seu trabalho seja bem
realizado, para isso deve seguir as normas reguladoras, ter conhecimento amplo do canteiro de
obras e usar todas as ferramentas disponíveis para exercer seu trabalho.
O profissional de segurança do trabalho deve inspecionar as obras constantemente,
como dito por Alves (2017), “essas inspeções são fundamentais para elaboração das normas
de segurança em campo”, são as inspeções que garantem o uso correto dos equipamentos de
proteção e segurança adequados para cada etapa da obra.
O DDS é uma das principais ferramentas do profissional de segurança, é o tempo
usado para motivar e alertar os trabalhadores sobre os riscos de acidentes, como evitá-los, a
atenção necessária para execução do trabalho.
O responsável pelo DDS pode ser: o profissional de segurança, um líder de setor, um
médico do trabalho, esse tempo deve ser utilizado para alertar sobre algum problema
detectado relacionado à segurança, alguma ideia para evitar riscos, ou para discutir sobre

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algum acidente ocorrido, determinando as causas e propondo melhorias. O DDS deve ser
utilizado de forma a incentivar os trabalhadores e conscientizá-los sobre o valor da vida e
como essa pode e deve ser protegida.

REFERÊNCIAS

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setores com maior risco de acidentes de trabalho. Disponível em:
<https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/30/construcao-civil-esta-entre-os-setores-com-
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DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. Nova redação da Norma Regulamentadora nº 18 -


Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção. Portaria Nº 3.733, de 10 de
fevereiro de 2020.Disponível em:<http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-3.733-de-10-de-
fevereiro-de-2020-242575828> Acesso em: 10 de julho de 2020.

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA COORDENAÇÃO DE ESTUDOS


LEGISLATIVOS- CEDI. portaria nº3,214,de 08 de junho 1978. Disponível em: <
https://enit.trabalho. gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-06.pdf> Acesso em:
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MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. Norma Regulamentadora NR


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