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IDENTIFICAÇÃO E SINALIZAÇÃO

DE RISCOS
Professor:
Fábio Maciel de Almeida
DIREÇÃO

Reitor Wilson de Matos Silva


Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho


Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães
Editoração Flávia Thaís Pedroso
Ilustração Bruno Pinhata
Qualidade Textual Produção de Materiais

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação


a Distância; ALMEIDA, Fábio Maciel de.

Prevenção de Acidentes e Controle de Riscos em Máquinas
e Atividades de Construção Civil . Fábio Maciel de Almeida.
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
36 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
1. Prevenção. de Acidentes 2. Construção Civil. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 658


CIP - NBR 12899 - AACR/2

As imagens utilizadas neste livro foram


obtidas a partir do site shutterstock.com

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


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sumário
01 06| INSPEÇÕES E VISTORIAS DE SEGURANÇA

02 12| SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

03 17| ETIQUETAGEM E BLOQUEIO

04 23| TREINAMENTOS E CAPACITAÇÃO


IDENTIFICAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE RISCOS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Demonstrar a importância das inspeções no âmbito da prevenção de
acidentes e doenças do trabalho.
•• Abordar conceitos referentes ao emprego de cores na identificação de risco
e aspectos gerais de sinalização de segurança.
•• Apontar a importância da etiquetagem e bloqueio durante operações e
serviços de manutenção e reparo, entre outros.
•• Apresentar a necessidade, bem como a importância dos treinamentos
e capacitação dos trabalhadores, no tocante à redução do número de
ocorrências de acidentes e doenças do trabalho.

PLANO DE ESTUDO

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:


•• Inspeções e Vistorias de Segurança.
•• Sinalização de Segurança.
•• Etiquetagem e Bloqueio.
•• Treinamentos e Capacitação.
INTRODUÇÃO

Prezado(a) aluno(a), é com grande satisfação que iniciamos nossos estudos,


nesse encontro trabalharemos com você questões pertinentes à identificação
e sinalização de situações de perigo e riscos que integram os ambientes de
trabalho.
Começaremos nossos estudos com uma abordagem referente às inspeções
e vistorias de segurança do trabalho que se fazem necessárias no dia a dia,
dentro das organizações, trabalharemos aspectos e conceitos sobre os tipos de
inspeções, bem como a tratativa que deve ser dada às avaliações que constam
nesse procedimento.
Posteriormente. passaremos a demonstrar questões referentes ao emprego
de cores na identificação de risco e aspectos gerais de sinalização de segurança,
empregando metodologias apropriadas a fim de se melhorar a percepção de
riscos dos profissionais envolvidos nas operações corriqueiras nos diversos
cenários produtivos.
Na sequência, demostraremos a importância da aplicação da metodologia
de etiquetagem e bloqueio, a fim de prevenir ocorrências indesejadas durante a
realização de atividades de reparos e manutenção em equipamento, bem como
a importância da rotulagem de substâncias e produtos, dessa forma reduzindo a
incidência dos fatores de risco que estão diretamente relacionados aos perigos
provenientes dessas atividades.
Finalizaremos nossos estudos apresentando a importância do treinamento
de segurança do trabalho, na redução das ocorrências de acidentes e doenças
ocupacionais; abordaremos conceitos sobre profissionais habilitados, capacitados
e autorizados, e carga horária de alguns treinamentos definida pela legislação
de saúde e segurança do trabalho.
Juntos trabalharemos esse conteúdo com o intuito de aprofundar os
conhecimentos que já adquirimos, melhorando nossa percepção com relação
à realização da prevenção de acidentes e doenças do trabalho. Bons estudos!

introdução
6 Pós-Universo

Inspeções e
Vistorias de Segurança
Inspecionar deve ser compreendido como um ato de observação minuciosa.
Para Rossete (2014, p. 85), inspecionar é: “vistoriar, verificar ou examinar, qualquer
atividade que envolva situações que devem ser analisadas para que sejam desenvolvidas
conforme padrões desejáveis”.
As inspeções de segurança visam corroborar com a redução de incidentes e
consequentemente de acidentes, ou seja, para minimizar os riscos que certas atividades
possam implicar aos trabalhadores. Quando realizada de forma adequada, contribui
para desvendar diversas irregularidades, bem como justificar a implementação de
novos procedimentos a fim de reduzir os perigos e riscos nos ambientes de trabalho
(ROSSETE, 2014, p. 86).
Pós-Universo 7

Quando falamos em inspeções de segurança, devemos ter em mente que tal


metodologia deve estar compreendida dentro de um procedimento técnico e
administrativo, devidamente formalizado pela empresa, onde devem estar claros as
etapas, os métodos e a periodicidade com que se realizarão as inspeções. Dessa forma,
a organização do trabalho deve ser valorizada a cada dia, sobrepondo-se à própria
implementação de mecanismos de proteção individual (SZABÓ JR, 2015, p. 228).
Além de garantir a adequação do ambiente de trabalho e dos processos produtivos
aos requisitos legais e de detectar os fatores potenciais de acidentes, as inspeções
de segurança visam estabelecer medidas de controle que eliminem ou neutralizem
os riscos existentes, sendo assim, a inspeção de segurança é uma prática contínua
na busca de métodos adequados de trabalho, identificação de riscos ambientais,
bem como a constatação da eficácia das medidas de controle implantadas (ARAUJO,
2013, p. 104).
As inspeções de segurança encontram-se normatizadas pela legislação de saúde e
segurança do trabalho, Portaria 3.214/78 e suas respectivas normas regulamentadoras
(BRASIL, 2017, p. 61).
Deve ser implantado pelas empresas que executem atividades com máquinas e
equipamentos um plano de inspeção rotineira antes do início de cada turno, a fim
de se apurar possíveis fatores que possam potencializar a ocorrência de quebras e
acidentes com os equipamentos (BRASIL, 2017, p. 304). Outras normas de segurança
citam a obrigatoriedade de se implantar programas de inspeções de segurança −
NR20, item 20.9 (BRASIL, 2017, p. 691), ainda estabelecem obrigatoriedade da realização
de inspeções de segurança, além das normas citadas: NR 04, 05, 09,10, 13, 18, entre
outras.
8 Pós-Universo

Procedimento para Inspeção


Os profissionais responsáveis pela realização das inspeções deverão conhecer o
procedimento a fim de realizar uma avalição adequada da situação, devendo esses
procedimentos constar na estrutura organizacional da empresa (ROSSETE, 2014, p.
87); esses procedimentos, segundo o autor, deverão incluir:
a. Quem será o responsável pela inspeção.
b. O que se deve inspecionar.
c. Qual a frequência da inspeção.
d. Quais as informações necessárias para a execução da inspeção (conhecimento
técnico).
e. Forma de registro dos dados coletados.
f. Quais as atitudes a se tomar após a identificação de falhas.

Dessa forma, a responsabilidade em realizar as inspeções de segurança deve estar


diretamente vinculada ao conhecimento técnico do profissional com relação a
aspectos pertinentes do que se irá inspecionar, sendo assim, Araújo (2013, p. 104)
comenta que a obrigatoriedade de realização de inspeções de segurança é do SESMT,
porém Gerentes, Coordenadores e líderes de forma geral devem possuir em suas
atribuições essa responsabilidade.
Os trabalhadores também poderão ter essa atribuição, respeitando as limitações
técnicas para cada situação, ex.: é perfeitamente plausível exigir que os trabalhadores
realizem inspeções primárias nos equipamentos de segurança de seu uso diariamente,
bem como que operadores de máquinas efetuem inspeções rotineiras nos
equipamentos antes do início do turno de trabalho.
Faz parte da atribuição da CIPA realizar inspeções mensais, a fim de identificar
previamente fatores com potencial de causar acidentes, devendo essas situações
serem discutidas nas reuniões ordinárias da comissão (ARAUJO, 2013, p. 104).
Quando as inspeções são executadas atendendo a um planejamento, elas trazem
inúmeros benefícios para a empresa e seus funcionários (ROSSETE, 2014, p. 87), pois:
•• Aumenta a inter-relação entre os setores da empresa e o departamento que
cuida das inspeções.

•• Estimula a consciência preventiva nos trabalhadores.

•• Demostra a preocupação da empresa com a segurança de seus funcionários.


Pós-Universo 9

•• Mantém o foco em novas medidas que visam à proteção do trabalhador.

•• Permite ao trabalhador participação e maior conhecimento sobre medidas


e procedimentos de segurança existentes na empresa.

De acordo com o Manual de treinamento do Comitê Permanente de Negociação


do Estado de São Paulo (CPNSP, 2005, p. 63), as inspeções regulares nas áreas de
trabalho, nos serviços a serem executados, no ferramental e nos equipamentos
utilizados consistem em um dos mecanismos mais importantes de acompanhamento
dos padrões desejados, cujo objetivo é a vigilância e controle das condições de
segurança do meio ambiente laboral, visando à identificação de situações “perigosas”
e que ofereçam “riscos” à integridade física dos empregados, contratados, visitantes
e terceiros.
Ainda segundo o CPNSP (2005, p. 64), os focos das inspeções devem estar
centralizados nos postos de trabalho, nas condições ambientais, nas proteções contra
incêndios, nos métodos de trabalho desenvolvidos, nas ações dos trabalhadores, nas
ferramentas e nos equipamentos.

Tipos de Inspeções
Vários podem ser os tipos de inspeções (ROSSETE, 2014, p. 88), cabendo defini-los,
antes do início do processo. Vejamos quais as etapas que comporão o rito para a
realização de uma inspeção, segundo o autor:
•• Vistoria – Observar, reconhecer e definir condições e atos de baixo padrão
dentro do ambiente de trabalho.

•• Registro – Registrar as anomalias identificadas, em formulários ou sistemas


específicos.

•• Informação – Divulgar as informações aos envolvidos e responsáveis pela


tomada de decisão.

•• Controle – Adotar medidas de controle das condições e atos de baixo padrão


identificados durante a inspeção.
10 Pós-Universo

Quando ocorrer a identificação de condição eminente de risco à vida, a atividade deverá


ser paralisada imediatamente para que a situação seja corrigida e o trabalho retomado
mediante a tomada de medidas adequadas de segurança que garantirão a proteção
do trabalhador. Quando não se tratar de risco grave e eminente, as situações apuradas
poderão ser foco de uma reunião a fim de se debater as anomalias diagnosticadas e
tomar providências a fim de adotar as correções necessárias.
Rossete (2014, p. 89) classifica a as inspeções em três tipos:
•• Inspeções Oficiais.

•• Inspeções Especiais ou Específicas.

•• Inspeções Internas.

Cuidados Antes da Inspeção


É de fundamental importância que o responsável pela realização da inspeção tenha
uma visão crítica para observar novas situações que caracterizarão os perigos e
consequentemente os riscos nos ambientes de trabalho, sendo necessário que
se estabeleça um padrão onde todos estejam conscientes dos resultados que se
deseja alcançar. Nesse sentido, é importante que se faça uma inspeção piloto para
que todos os envolvidos vivenciem a dinâmica e tirem suas dúvidas, ou seja, dentro
do planejamento para a realização das inspeções deve constar a capacitação dos
responsáveis pelas vistorias (CPNSP, 2005, p. 65).
Antes do início da inspeção, deve-se preparar um formulário específico para o tipo
de avaliação que se deseja efetuar, seja para um determinado setor, equipamento ou
item, abordando as principais condições de risco existentes, sendo possível que se
faça anotações com relação à análise de condições de risco que não foram previstas
no formulário (CPNSP, 2005, p. 65).
As inspeções devem perturbar o mínimo possível as atividades do setor inspecionado.
Além disso, todo encarregado/supervisor deve ser previamente comunicado de que
seu setor passará por uma inspeção de segurança. Chegar de surpresa pode causar
constrangimentos e criar um clima desfavorável (CPNSP, 2005, p. 65).
Pós-Universo 11

saiba mais
Os membros da CIPA possuem várias responsabilidades com relação à
segurança dos demais trabalhadores da empresa, é de reponsabilidade dos
membros da comissão, entre outras: realizar periodicamente verificações nos
ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que
venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores. Caso seja
constatado que a ocorrência de um acidente de trabalho foi causada por
omissão da CIPA ou de um de seus membros, poderá esse ou a comissão
responder civil ou criminalmente pelo ocorrido.
Fonte: Blog Segurança do trabalho (s/d, on-line)1.

Passo a Passo para uma Inspeção de


Segurança
O Manual de treinamento do Comitê Permanente de Negociação do Estado de São
Paulo (CPNSP, 2005, p. 65) estabelece uma sequência de ações a serem seguidas a
fim de ordenar a realização das inspeções de segurança.
1º passo - Setorizar a empresa e visitar todos os locais, fazendo uma análise
dos riscos existentes. Pode-se usar a última Análise Preliminar de Risco (APR)
ou a metodologia do mapa de risco ou outra metodologia disponível como
ajuda;
2º passo - Preparar formulários individualizados por setor, máquina e
equipamento, de todos os itens a serem observados;
3º passo - Realizar a inspeção, anotando na folha de dados se o requisito
está ou não atendido. Toda informação adicional sobre aspectos que possam
levar a acidentes deve ser registrada;
4º passo - Levar os dados para serem discutidos em reunião diretiva, propor
medidas de controle para os fatores de baixo padrão identificados, levando-
se em conta o que é prioritário;
5º passo – Encaminhar relatório referente à inspeção citando o(s) setor(es),
a(s) falha(s) detectada(s) e a sugestão para que sejam regularizadas;
6º passo – Solicitar regularização e fazer o acompanhamento das medidas
de controle implantadas. Alterar a folha de inspeção, inserindo esse item para
as novas inspeções;
7º passo - Manter a periodicidade das inspeções, a partir do 3º passo.
12 Pós-Universo

Sinalização de
Segurança
A vigésima sexta Norma Regulamentadora do trabalho estabelece a padronização das
cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho,
visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores (ARAUJO,
2013, p. 285).
Tais cores identificam os equipamentos de segurança, delimitam áreas e identificam
as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases, além
de advertência contra riscos (SZABÓ JR, 2015, p. 514).
Conforme estabelecido por Szabó Jr. (2015, p. 514), a utilização das cores na
segurança do trabalho “não dispensa a aplicação de outros métodos de prevenção
de acidentes e doenças nos ambientes de trabalho.”
Pós-Universo 13

Do ponto de vista físico, as cores são parte do espectro eletromagnético que, ao


estimular a visão humana, permite-se distingui-las, devido à qualidade e sensação
visual provocada pela luz (ROSSETE, 2014, p. 105).
A partir da combinação de pigmentos de cores primárias, é possível obter outras
colorações desejadas (ROSSETE, 2014, p. 106). São chamadas de cores primárias o
vermelho, amarelo e o azul, pois a partir da combinação dessas é possível obter
todas as demais cores, sendo denominadas as cores derivadas da mistura das cores
primárias, cores secundárias.
O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração,
confusão e fadiga ao trabalhador (BRASIL, 2017, p. 785).
A fim de complementar a NR26, aplicam-se várias normas técnicas especificas
com relação ao emprego de cores, sendo duas das mais importantes: ABNT NBR
7195 e ABNT NBR 6493.

ABNT NBR 7.195


Esta norma fixa as cores que devem ser usadas para a prevenção de acidentes,
empregadas para identificar e advertir contra riscos.

Identificar e distinguir e equipmentos de proteçõ a incêndio,


assinalar perigo, sinais e comandos de parada obrigatória.
Partes móveis e perigosas de máquinas e equipamentos entre
outros descritos nessa norma técnica.

Aplicada para indicar “cuidado!”, aviso de advertência, corrimão,


espelhos de degraus locais onde aja necessidade de chamar a atenção

Ultilizada para caracterizar “segurança”. É empregada para identificar caixas


de primeiros socorros chuveiros de emergência e localização da marca

Empregada para indicar uma ação obrigatória, como, por exemplo:


determinar o uso do EPI e impedir a movimentação ou energização da marca

Indicar os perigos provenientes das radição eletromagnéticas penetrantes


e partículas nucleares: local de armazenamento de material radioativo.

Faixas para demarcar passadiços, passarelas e corredores pelos quais


circulam exclusivamente pessoas, e outros, conforme descrito nessa norma.

Indicar e identificar coletores de resíduos, exceto os de origem


de serviços de saúde.

Figura 3 – Aplicação de cores conforme ABNT NBR 7.195.


Fonte: o autor.
14 Pós-Universo

ABNT NBR 6.493


Já esta norma fixa as condições exigíveis para o emprego de cores na identificação
de tubulações para a canalização de fluidos e material fragmentado ou condutores
elétricos, com a finalidade de facilitar a identificação e evitar acidentes.

Produtos químicos não gasosos

Gases não liquefeitos

Ar comprimido

Vapor

(Cinza claro) Vácuo

(Cinza escuro) Eletroduto

(Cor de alumíneo) gases liquifeitos, inflamáveis e


combustíveis de baixa viscosidade, ex: óleo disel, gasolina,
querosene, óleo lubrificante, solventes

Materiais fragmentados(minérios), petróleo buto

Inflamáveis combustíveis de alta viscosidade(por exemplo:


óleo combustível, asfalto, alcatrão, piche

Água, execeto a destinada incêndio

Água e outras substância destinadas a combater incêndio

Figura 4 – Aplicação de cores conforme ABNT NBR 6.493.


Fonte: o autor.

Essa norma apresenta algumas peculiaridades que devem ser atendidas com relação
à seleção da tonalidade das cores que deverão corresponder à classificação do
sistema Munsell, ex.: Azul-segurança empregado para tubulações de ar comprimido
correspondente à classificação 2.5 PB 4/10 do sistema Munsell e assim para as demais
cores (ABNT NBR 6493:1994).
Pós-Universo 15

Em se tratando de tubulações de água: a tubulação de água potável deve ser


diferenciada, de forma inconfundível, com a letra P, em branco, sobre a pintura
geral de identificação em verde-emblema, colocada tantas vezes quantas forem
necessárias. Quando houver água salgada e doce, devem ser colocadas as letras S
ou D, respectivamente, como na forma prevista para a letra P (ABNT NBR 6493:1994).

Rotulagem Preventiva
Os produtos químicos utilizados nos locais de trabalho devem ser classificados quanto
aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios
estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem
de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas (BRASIL, 2017, p. 786).

saiba mais
O Sistema Harmonizado Globalmente para a Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos (GHS) foi considerado uma ação prioritária e consta do
documento de Prioridades de Ação após 2000 do Fórum Intergovernamental
de Segurança Química – FISQ adotado na 3ª Sessão – Fórum III, realizada
em outubro de 2000 em Salvador – Bahia. Na Declaração da Bahia, definiu-
se que o GHS deve estar plenamente operacional em todos os países, até
o ano de 2008.
Fonte: ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química. Departamento
de Assuntos Técnicos (2005, p. 12).

A rotulagem preventiva deve ser entendida como um conjunto de elementos com


informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico, que deve
ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto (BRASIL, 2017,
p. 786).
É terminantemente proibido manter produtos químicos sem a devida rotulagem,
deve-se alertar para os perigos e riscos inerentes ao seu manuseio ou contato
involuntário.
16 Pós-Universo

A rotulagem preventiva deve apresentar no mínimo os seguintes elementos,


conforme estabelecido pela NR26 (BRASIL, 2017, p. 786):
a. Identificação e composição do produto químico.
b. Pictograma(s) de perigo.
c. Palavra de advertência.
d. Frase(s) de perigo.
e. Frase(s) de precaução.
f. Informações suplementares.

O texto da Norma Regulamentadora 26 estabelece responsabilidade para os


empregadores para com seus empregados quando ocorrer manuseio e operações
que envolvam produtos químicos (BRASIL, 2017, p. 786).

““
26.2.3.4 O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas
com dados de segurança dos produtos químicos que utilizam no local de
trabalho.

26.2.4 Os trabalhadores devem receber treinamento:

a) para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de segurança


do produto químico.

b) sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e


procedimentos para atuação em situações de emergência com o produto
químico.
Pós-Universo 17

PERIGO

NÃO
OPERE PERIGO
EQUIPAMENTO
BLOQUADO
NÃO REMOVER

Etiquetagem e
Bloqueio
Todos os dias ocorrem milhares de acidentes de trabalho no Brasil e no mundo,
essas ocorrências não desejadas acabam por comprometer toda a cadeia produtiva,
nesse sentido muito vem se buscando a fim de melhorar os controles permitindo
aos trabalhadores executarem suas atividades de forma mais segura.
O que se deve entender é que acidentes não ocorrem, simplesmente; os acidentes
de trabalho não devem ser compreendidos como um fato de ocorrência isolada em
função da geração espontânea de um determinado risco.
18 Pós-Universo

A compreensão deve ser de que o risco é inerente aos processos produtivos,


sendo assim, os acidentes de trabalho são provocados por atitudes ou condições
que potencializam a ocorrência de falhas, aumentando as probabilidades para que
os acidentes sejam provocados pelo acúmulo de falhas ou por falhas isoladas.
Segundo Rossete (2014, p. 4), a teoria das falhas:

““
é aplicada ou executada quando a função segurança - constituída por ações
de controle - deixa de cumprir seu papel, ou seja, falha. Portanto quando o
componente (homem ou equipamento) de um sistema, executa de maneira
inadequada uma função ou deixa de executa-la, é possível aplicar a teoria
das falhas.”

Na busca de se minimizar a ocorrência de falhas que levam a acidentes de trabalho,


as legislações nacionais vêm sendo constantemente aperfeiçoadas, estimulando
mesmo que de maneira impositiva a aplicação de métodos de trabalho seguros.
Um desses métodos de trabalho corresponde ao bloqueio, travamento e
etiquetagem, aplicado em atividades de manutenções, reparos e inspeções de
máquinas e equipamentos, baseado na norma Americana (OSHA 1910.147).
A primeira legislação nacional a abordar a obrigatoriedade de se realizar
procedimentos de etiquetagem e bloqueio em serviços de manutenção e reparo foi
a NR10, que em dezembro de 2004 passou por uma modificação substancial, a qual
cita em seu item 10.5.1 b o termo “impedimento de reenergização” e no item 10.10.1 b,
“travamento e bloqueio de dispositivos e sistemas de manobras e comandos”. Alguns
anos depois, as Normas Regulamentadoras 33 e 12 também sofreram alterações e
passaram a incluir as questões de bloqueio de energia (REVISTA PROTEÇÃO, 2016).

Normas Regulamentadoras
Muitas das falhas que levam à ocorrência de acidentes durante a manutenção, inspeção
e reparo de máquinas ocorriam devido ao acionamento involuntário do equipamento
ou ainda por falta de procedimentos com relação à saída dos trabalhadores das zonas
de perigo. “Eu não percebi que meu colega estava no equipamento” era uma das frases
mais ouvidas e relatadas após a ocorrência de acidentes (REVISTA PROTEÇÃO, 2016).
Pós-Universo 19

Diante desses cenários, as Normas Regulamentadoras do Trabalho, a partir de


2004 com a publicação do novo texto da NR10 e posteriormente com a publicação
da NR33 no ano de 2006 e por último com a revisão da NR12, passaram a exigir a
aplicação de procedimento de travamento, etiquetagem e bloqueio para serviços
de manutenção, inspeção e reparo de máquinas e equipamentos. Vejamos alguns
itens das normas regulamentadoras que tratam do assunto:
Norma regulamentadora n°10 (BRASIL, 2017, p. 253-256):

““
10.5 - Segurança Em Instalações Elétricas Desenergizadas.
10.5.1. Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas
liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida
a sequência abaixo:

b) impedimento de reenergização;

10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização


adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo
ao disposto na NR-26 - Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre
outras, as situações a seguir:

a) identificação de circuitos elétricos;

b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e


comandos;

c) restrições e impedimentos de acesso;

d) delimitações de áreas;

e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de


movimentação de cargas;

f) sinalização de impedimento de energização;

g) identificação de equipamento ou circuito impedido.


20 Pós-Universo

Norma regulamentadora n°12 (BRASIL, 2017, p. 300-301):

““
12.113. A manutenção, inspeção, reparos, limpeza, ajuste e outras intervenções
que se fizerem necessárias devem ser executadas por profissionais capacitados,
qualificados ou legalmente habilitados, formalmente autorizados pelo
empregador, com as máquinas e equipamentos parados e adoção dos
seguintes procedimentos:

b) bloqueio mecânico e elétrico na posição “desligado” ou “fechado” de


todos os dispositivos de corte de fontes de energia, a fim de impedir
a reenergização, e sinalização com cartão ou etiqueta de bloqueio
contendo o horário e a data do bloqueio, o motivo da manutenção e o
nome do responsável;

12.116. As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que


se encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os
trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções
de operação e manutenção e outras informações necessárias para garantir
a integridade física e a saúde dos trabalhadores.

12.116.1. A sinalização de segurança compreende a utilização de cores,


símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros, entre outras formas de
comunicação de mesma eficácia.

12.116.2. A sinalização, inclusive cores, das máquinas e equipamentos utilizados


nos setores alimentícios, médico e farmacêutico deve respeitar a legislação
sanitária vigente, sem prejuízo da segurança e saúde dos trabalhadores ou
terceiros.

12.116.3. A sinalização de segurança deve ser adotada em todas as fases de


utilização e vida útil das máquinas e equipamentos.

12.117. A sinalização de segurança deve:

a) ficar destacada na máquina ou equipamento;

b) ficar em localização claramente visível; e c) ser de fácil compreensão.

Norma regulamentadora n°33 (BRASIL, 2017, p. 1106):

““
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção:

d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;


Pós-Universo 21

reflita
“Eu não percebi que meu colega estava no equipamento”, frase de um
trabalhador após a ocorrência de um acidente de trabalho com um colega
de trabalho. O fato mencionado é decorrente do relato de trabalhadores,
referente ao acionamento de máquinas e equipamentos quando outros
trabalhadores ainda encontravam-se com parte de seu corpo exposto na
zona de risco da máquina.
Fonte: Revista Proteção (2016).

Procedimentos de Etiquetagem e
Bloqueio
A empresa deverá estabelecer mecanismos para que essa metodologia esteja
estabelecida em procedimentos administrativos, devidamente formalizados e
divulgados.
Toda atividade de inspeção, manutenção e reparos em máquinas e equipamentos,
onde possa ocorrer qualquer tipo de acionamento mesmo que involuntário, com
trabalhadores ainda operando dentro das zonas de risco, deve ter o comando do
acionamento das tomadas de força do equipamento devidamente bloqueado, sejam
esses comandos mecânicos, hidráulicos ou elétricos.
O bloqueio ou travamento deve ser eficaz, garantindo a proteção para trabalhadores
envolvidos na atividade. Recomenda-se a utilização de bloqueio acompanhado de
etiquetagem. A etiquetagem deverá conter as seguintes informações:

•• Informações sobre a proibição expressa de se acionar o referido comando.

•• Tipo de serviço que se está executando.

•• Data de emissão da etiquetagem.

•• Responsável pelo serviço.

•• Formas de contato com o responsável.


22 Pós-Universo

Caso não seja possível aplicação de bloqueio junto ao equipamento, a empresa deverá
garantir a utilização do procedimento de etiquetagem eficaz, garantindo a proteção
para trabalhadores envolvidos na atividade.
De acordo com a OSHA (1910.147), poderão ser utilizados para a realização do
procedimento de bloqueios instrumentos como: cadeados de segurança, lacres, garras
de bloqueio e cartões de bloqueio. Os materiais utilizados nesses procedimentos
devem apresentar durabilidade adequada, devendo ser garantida sua vida útil no
mínimo durante o período de realização da atividade.
Sua aplicabilidade se destinará exclusivamente à finalidade de bloqueios de
segurança para máquinas e equipamentos, sendo proibida a descaracterização de seu
uso, mediante o risco potencial de acidentes, em função da banalização da utilização
dos equipamentos de bloqueio, travamento e etiquetagem em outras tarefas.
O procedimento deverá adotar o uso de bloqueios múltiplos quando se tratar
de atividades desenvolvidas por mais de um profissional ou equipe, podendo ser
aplicado o uso de cores específicas para a identificação do tipo de atividade ou para
a identificação de profissionais ou ainda de equipes. Ex.: cadeado verde, equipe
“a”, manutenção no sistema de refrigeração, cadeado vermelho, equipe “b”, reparos
na rede elétrica. Nesse caso, o comando só poderá ser acionado quando todos os
cadeados forem removidos, sendo de reponsabilidade exclusiva de cada equipe ou
profissional remover seu cadeado. Para que o procedimento seja eficaz, deve ser
terminantemente proibida a remoção de bloqueio por pessoas alheias à atividade
especificada no referido bloqueio.
Todos os profissionais envolvidos nas atividades de inspeção, manutenção,
reparos e demais trabalhadores que possam interagir com o ambiente devem
receber treinamentos com relação às orientações e proibições que devem constar
no procedimento de etiquetagem e bloqueio.
Pós-Universo 23

Treinamentos e
Capacitação
Torna-se impossível falar em prevenção de acidentes e doenças do trabalho sem
abordarmos as questões pertinentes aos treinamentos. Trata-se de matéria corrente
nas rodas onde o assunto é a segurança do trabalho, mas qual será o papel do
treinamento na prevenção de acidentes e por que, mesmo realizando treinamentos,
os acidentes ainda ocorrem? (ROSSETE, 2015, p. 146)
Para o autor, os treinamentos em segurança do trabalho representam “uma parte
importantíssima nos programas e na política de saúde e segurança do trabalho
merecendo atenção especial”.
Segundo Kops e Ribeiro (2013, p. 34), a preocupação com a capacitação “dos
trabalhadores existe desde os tempos da produção artesanal, onde o artesão treinava
o aprendiz para assumir suas funções”.
24 Pós-Universo

Para começarmos a visualizar resultados mais positivos com a aplicação de um


programa de treinamentos voltados à saúde e segurança do trabalho, este programa
deve estar integrado com um programa mais amplo como um programa de educação
corporativa, voltado para todas as áreas da empresa.
Dessa forma, os resultados serão perceptíveis e duradouros, pois a educação
corporativa focaliza o desenvolvimento integral do indivíduo, e, ao mesmo tempo,
busca resultados atrelados à missão e à visão da empresa (KOPS; RIBEIRO, 2013, p. 35).
Inserido no contexto da educação corporativa, o programa de treinamento deve
apresentar objetivos. Os principais objetivos de um programa de treinamento em
saúde e segurança do trabalho, segundo Rossete (2015, p. 146), são:
•• Garantir que os trabalhadores conheçam os perigos e riscos relacionados
à sua atividade, e ao ambiente de trabalho. Deve, ainda, assegurar que os
trabalhadores saibam como realizar suas atividades e como agir em situações
de emergência.

•• Os trabalhadores devem reconhecer a importância de se protegerem, evitando


acidentes e doenças do trabalho.

•• Desenvolver cultura da segurança positiva, pela qual o trabalho seja realizado


com saúde e segurança de forma prioritária.

Um bom programa de treinamento contribuirá com a empresa em vários aspectos,


como:

a. Melhoria na autoestima do trabalhador.

b. Redução na ocorrência de acidentes e doenças do trabalho.

c. Diminuição de ações trabalhistas.

d. Redução de encargos trabalhistas, ex.: Redução das alíquotas do FAP – Fator


Acidentário de Prevenção.

e. Redução de perdas no processo produtivo.

f. Melhoria no ambiente de trabalho, com relação aos aspectos de segurança,


vigilância e bem-estar do trabalhador.

g. Melhora a imagem da empresa perante a sociedade.


Pós-Universo 25

O programa, além de estabelecer o cumprimento das normas de segurança do


trabalho, deve direcionar os trabalhadores para que desempenhem suas funções
de maneira segura, tendo consciência dos perigos e riscos que integram seu meio
ambiente de trabalho, sabendo como agir diante de cenários de crise e emergência,
tendo o entendimento de que, na dúvida, deve-se paralisar a atividade e procurar por
auxílio, ou seja, desempenhando um comportamento seguro (Rossete, 2014, p. 79).
O Comportamento seguro, para Rossete (2014, p. 79), deve ser inerente à
personalidade da pessoa, bem como as condições e procedimentos devem ser
inerentes ao processo de produção, sendo assim, a segurança do trabalho deve estar
inserida no processo de forma global e organizacional. Para o autor, a empresa pode
exigir que o trabalhador venha a cumprir as normas estabelecidas, porém não pode
fazer com que mesmo tenha um comportamento seguro.
A fim de estimular a percepção e o comportamento seguro dos trabalhadores,
os mesmos deverão, segundo Rossete (2015, p. 147), entender:
•• O objetivo ao qual o treinamento se destina, ou seja, o conteúdo que será
ministrado.

•• Consequências de se trabalhar sem estar devidamente capacitado e treinado,


quanto aos perigos e riscos e as medidas de controle necessárias para
eliminação ou mitigação dos fatores de risco.

•• Importância das regras e dos procedimentos de segurança, para eliminação


de fatores e condições de baixo padrão.

•• Consequências de não se atender os procedimentos e regras de segurança


do trabalho.
26 Pós-Universo

OHSAS 18001
Para a implantação de um programa de treinamentos, as empresas deverão observar e
garantir que trabalhadores e prestadores de serviços que atuem em suas dependências
ou fora delas, mas em seu nome, tenham conhecimento adequado com relação
aos perigos e riscos provenientes da atividade ou do ambiente de trabalho. Deverá
a empresa manter registro de todos os treinamentos ministrados, bem como da
relação de seus participantes, as empresas ainda devem, com base em seu programa
de treinamentos, identificar necessidade quanto à capacitação, referente à saúde
e segurança do trabalho, para todas as etapas de seus processos. A empresa deve
prover tal capacitação, bem como avaliar a eficácia das ações tomadas, mantendo
os registros arquivados (OHSAS 18001:2007).

Implementação do Programa
A fim de implementar um programa de treinamentos, a empresa deverá responder
a alguns questionamentos (ROSSETE, 2015, p. 148).
a. Quais treinamentos serão necessários?
b. Quais os funcionários que deverão ser treinados?
c. Quem será responsável por ministrar os treinamentos?
d. Qual será a periodicidade dos treinamentos?
e. Quais os treinamentos prioritários?
f. Qual será a metodologia aplicada em cada treinamento?

•• A necessidade dos treinamentos estará diretamente vinculada aos riscos


provenientes do processo produtivo.

•• Os funcionários deverão ser treinados de acordo com os riscos ambientais


presentes em sua atividade ou ambiente de trabalho.
Pós-Universo 27

•• Os instrutores poderão ser internos ou externos, devendo ser respeitados


aspectos como habilitação e capacitação para treinamentos de ordem legal,
ou seja, os tipificados nas Normas Regulamentadoras, domínio do assunto a
ser ministrado, para que o instrutor ganhe o respeito dos participantes e os
participantes possam absorver o conteúdo aplicado.

•• A periodicidade deverá no primeiro momento atender a recomendação legal,


ou com períodos menores aos que estão definidos pela lei.

•• A prioridade deverá ser dos treinamentos regulamentados pela legislação,


pautados pela avaliação de risco que cada cenário impõe.

•• A metodologia poderá ser teórica formal ou prática ou mista, respeitando


aspectos legais impostos para alguns cenários como: treinamento de Máquinas
autopropelidas, treinamento de trabalho em altura, simulado, etc.

saiba mais
Você sabe a diferença entre um profissional qualificado e habilitado para
um profissional capacitado? Profissional qualificado é aquele que comprovar
conclusão de curso específico na área, sendo esse reconhecido pelo Sistema
Oficial de Ensino. Habilitado é o profissional previamente qualificado e com
registro no competente conselho de classe. Capacitado é aquele que receba
capacitação sob a orientação e responsabilidade de profissional habilitado
e autorizado ou trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado
e autorizado.
Fonte: BRASIL (2017, p. 255).
atividades de estudo

1. As inspeções de segurança visam corroborar com a redução de incidentes e conse-


quentemente de acidentes, ou seja, para os riscos que certas atividades
possam implicar aos trabalhadores. Quando de forma adequada contri-
buem para diversas irregularidades, bem como justificar a implementação
de novos a fim de reduzir os perigos e riscos nos ambientes de trabalho.

Determine a sequência correta:


a) Estabelecer, realizada, apurar, conceitos.
b) Minimizar, realizada, desvendar, procedimentos.
c) Avaliar, estimulada, desvendar, documentos.
d) Pesquisar, determinada, inspecionar, conceitos.
e) Determinar, apurada, checar, procedimentos.
atividades de estudo

2. A fim de complementar a NR26, aplicam-se várias normas técnicas específicas com


relação ao emprego de cores, sendo duas das mais importantes: ABNT NBR 7195 e
ABNT NBR 6493. Assinale “V” para verdadeiro e “F” para falso:

(( Cor Verde - Utilizada para caracterizar “segurança”. É empregada para identificar


caixas de primeiros socorros, chuveiros de emergência e localização da maca con-
forme ABNT NBR 7.195.
(( A tubulação de água potável deve ser diferenciada, de forma inconfundível, com
a letra “T”, de tratada, em branco, sobre a pintura geral de identificação em verde-
-emblema, colocada tantas vezes quantas forem necessárias.
(( ABNT NBR 7195:1994 apresenta algumas peculiaridades que devem ser atendi-
das com relação à seleção da tonalidade das cores, que deverão corresponder à
classificação do sistema Munsell, ex: Azul-segurança empregado para tubulações
de ar comprimido correspondente à classificação 2.5 PB 4/10 do sistema Munsell
e assim para demais cores.
(( Tubulações de Cor Preta representam que a tubulação em questão tem desti-
nações para: Inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (por exemplo: óleo
combustível, asfalto, alcatrão, piche) (ABNT NBR 7.195).

A sequência correta é:
a) F, F, V, V.
b) V, F, F, F.
c) F, V, V, F.
d) F, V, V, V.
e) V, V, F, V.
atividades de estudo

3. A metodologia de segurança que corresponde ao procedimento de bloqueio, trava-


mento e etiquetagem é destinada a atividades de manutenções, reparos e inspeções
de máquinas e equipamentos, essa metodologia foi baseada na norma Americana
(OSHA 1910.147). A partir de 2004, com a publicação do novo texto da NR10, e pos-
teriormente com a publicação da NR33, no ano de 2006, e por último com a revisão
da NR12, passaram a exigir a aplicação de procedimento de travamento, etiqueta-
gem e bloqueio para serviços de a manutenção, inspeção e reparo de máquinas e
equipamentos. Avalie as alternativas abaixo com relação ao procedimento de eti-
quetagem e bloqueio.

I) A etiquetagem deverá conter informações como: Responsável pela execução do


serviço, Tipo de serviço que se está executando, Data de nascimento do respon-
sável pela execução do serviço.
II) Esse procedimento é atividade de inspeção, manutenção e reparos em máqui-
nas e equipamentos, onde possa ocorrer qualquer tipo de acionamento mesmo
que involuntário com trabalhadores ainda integrando as zonas de risco.
III) Os materiais utilizados nesses procedimentos devem apresentar durabilidade
adequada, devendo ser garantida sua vida útil no mínimo durante o período de
realização da atividade.
IV) Os itens e acessórios direcionados para bloqueio e etiquetagem poderão ser apli-
cados em outras atividades, desde que não extraviem ou danifiquem o material.

É correto o que se afirma em:


a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) Todas estão corretas.
resumo

Olá, aluno(a)! Com satisfação concluímos mais uma etapa de nossos estudos, nesse encontro,
abordando aspectos e conceitos sobre as inspeções de segurança nos ambientes de trabalho,
comentamos com você, caro(a) aluno(a), que essa metodologia deve encontrar-se estabelecida
junto aos procedimentos técnicos e administrativos da empresa e que a implementação dos
procedimentos de vistorias visa garantir a adequação dos ambientes de trabalho e dos processos
produtivos aos requisitos normativos estabelecidos.

Posteriormente, trouxemos assuntos pertinentes à sinalização de segurança e à aplicação de


cores na identificação de perigos e riscos, bem como a identificação de produtos e substâncias
em tubulações; comentamos sobre a articulação na vigésima sexta Norma Regulamentadora
do Trabalho, com algumas normas técnicas específicas e também apresentamos situações
peculiares que essas normas técnicas exigem no tocante seleção de cores a serem aplicadas
para a identificação dessas tubulações.

Durante a abordagem desse tema, foram demostrados requisitos da legislação a qual norteia a
classificação quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores, no trato diário
ou eventual com produtos químicos, sendo terminantemente proibido manter tais produtos
inseridos no ambiente de trabalho sem a devida rotulagem alertando para os perigos e riscos
inerentes ao seu manuseio ou contato involuntário.

Na sequência trabalhamos o tema etiquetagem e bloqueio, procedimento esse incorporado à


legislação brasileira há pouco mais de uma década, visando garantir a segurança de trabalhadores
que integram as zonas de perigos de máquinas e equipamentos.

Finalizamos nossos estudos tratando de um dos temas de maior importância quando o assunto é
prevenção de acidentes e doenças do trabalho, sendo o treinamento e a capacitação fundamentais
para o enraizamento de atitudes proativas a fim de se propagar o comportamento seguro por
parte dos trabalhadores.

Desta forma, esperamos ter contribuído para seu aprendizado e enriquecimento profissional.

Bons estudos.
material complementar

Na Web
A importância dos treinamentos com relação aos aspectos de perigos e riscos encontra-se
inserida na legislação Brasileira, a Norma Regulamentadora 26, que trata exclusivamente da
sinalização, quanto aos riscos provenientes do ambiente de trabalho, essa norma apresenta
também aspectos pertinentes à rotulagem de segurança, aplicada a esse tema a FISPQ,
Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos, que consiste em um documento
fundamental para proteção do trabalhador. Os vídeos disponibilizados visam sanar possíveis
dúvidas a respeito do assunto.
Acesse os links disponíveis em: <https://www.youtube.com/watch?v=vyb5MoSYoxo> e
<https://www.youtube.com/watch?v=0p6mQu6NGZo>.
referências

ABNT. ABNT NBR 7195:1993: Cores para segurança. Rio de Janeiro: ABNT, 1993.

ABNT. ABNT NBR 6493:1994: Cores para tubulação. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.

BRITISH STANDARDS INSTITUTE. Sistemas de gestão da saúde e segurança no trabalho:


Requisitos BS OHSAS 18001:2007. [S.l.]: BSI, 2007.

ABIQUIM. Associação Brasileira da Indústria Química. Departamento de Assuntos Técnicos.


A868q O que é o GHS? Sistema harmonizado globalmente para a classificação e rotulagem de
produtos químicos. São Paulo: ABIQUIM/DETEC, 2005. 69p. Disponível em: <http://abiquim.org.
br/pdfs/manual_ghs.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2017.

ARAÚJO, G. M. Normas Regulamentadoras Comentadas. Caderno Complementar, 8. ed., v. 4.


Rio de Janeiro: GVC, 2013.

BRASIL. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. 13. ed. São Caetano do Sul: Editora Difusão,
2017.

CPNSP. Manual de treinamento curso básico segurança em instalações e serviços com


eletricidade. - NR 10. 2005. Disponível em: <http://resgatebrasiliavirtual.com.br/moodle/file.
php/1/Ebook/Ebooks_para_download/Seguranca_em_Eletricidade/Manual_NR-10.pdf>. Acesso
em: 16 ago. 2017.
referências

KOPS, M. L.; RIBEIRO, S. R. Desenvolvimento de pessoas. Curitiba: Intersaberes, 2013.

NORMA. OSHA 1910.147 Disponível em: < https://www.osha.gov/pls/oshaweb/owadisp.show_


document?p_id=9804&p_table=STANDARDS>. Acesso em: 26 ago. 2017.

REVISTA PROTEÇÃO. O bloqueio e a etiquetagem de máquinas e equipamentos podem


evitar graves acidentes. ed. 11, 2016. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/noticias/
leia_na_edicao_do_mes/o_bloqueio_e_a_etiquetagem_de_maquinas_e_equipamentos_
podem_evitar_graves_acidentes/JyyAAnjbJj/10629>. Acesso em: 26 ago. 2017.

ROSSETE, A. C. Segurança e Higiene do Trabalho. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.

ROSSETE, A. C. Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional. São Paulo: Pearson Education


do Brasil, 2015.

SZABÓ JR, M. A. Manual de Segurança, higiene e medicina do trabalho. 9. ed. São Paulo:
Rideel, 2015.

REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2015/09/responsabilidade-da-cipa-nos-
acidentes-de-trabalho.html>. Acesso em: 25 ago. 2017.
resolução de exercícios

1. b) Minimizar, realizada, desvendar, procedimentos.

2. b) V, F, F, F.

3. b) II e III, apenas.

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