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HIGIENE OCUPACIONAL
Professor:
Fábio Maciel de Almeida
DIREÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Demonstrar procedimentos seguros durante a execução de serviços com
eletricidade.
•• Apresentar conceitos de segurança no trabalho durante a realização de
trabalho em altura.
•• Orientar quanto aos cuidados necessários para trabalhos em espaços
confinados.
•• Demonstrar a importância da gestão em segurança e saúde ocupacional
para empresas e profissionais.
PLANO DE ESTUDO
introdução
6 Pós-Universo
Segurança em
Serviços com Eletricidade
De acordo com Szabó Jr. (2015, p. 130), a décima Norma Regulamentadora do Trabalho
estabelece os
““
requisitos para a implementação de medidas de controle que objetivem
diminuir os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores que interajam
com instalações elétricas e serviços com eletricidade estejam expostos.
Dessa forma, devem ser compreendidos como “os trabalhadores que interajam
com instalações elétricas e serviços com eletricidade” todos aqueles que direta
ou indiretamente possam ficar expostos às consequências dos fenômenos físicos
decorrentes da eletricidade, sendo o principal e mais grave o choque elétrico.
Pós-Universo 7
Para que ocorra o choque elétrico, torna-se necessária a exposição a fontes energizadas,
podendo essas fontes serem: um circuito, uma instalação ou um sistema (COTRIN,
2003, cap. 1).
•• Circuito Elétrico – Conjunto de corpos, componentes ou meios no qual seja
possível a circulação de corrente elétrica;
Choque Elétrico
Conforme mencionado anteriormente, para que ocorra o choque elétrico, torna-se
necessário que um indivíduo entre em contato com fontes energizadas, possibilitando
a passagem de ocorrente elétrica pelo seu corpo. Para Cotrin (2003, p. 10), o choque
elétrico é uma perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifesta no
organismo humano ou animal, quando esse é percorrido por uma corrente elétrica.
De acordo com o Manual de treinamento do Comitê Permanente de Negociação
do Estado de São Paulo (CPNSP, 2005, p. 19), o que determinará a gravidade do
choque elétrico será o tipo de corrente elétrica à qual o indivíduo estiver exposto,
o caminho percorrido pela corrente elétrica no corpo humano, sendo os choques
elétricos de maior gravidade aqueles em que a corrente elétrica passa pelo coração,
e a intensidade de corrente elétrica que percorrerá o corpo.
8 Pós-Universo
Procedimentos de Trabalho
A fim de se garantir a segurança durante as intervenções em instalações elétricas, as
empresas devem adotar medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros
riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco (APR), de forma a garantir a
segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 2017, p. 249).
Os procedimentos de segurança adotados para atividades em instalações elétricas
devem atender ao princípio da hierarquização das medidas de controle de riscos,
devendo as medidas de controle adotadas integrar às demais iniciativas da empresa,
no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho
(BRASIL, 2017, p. 250). Dessa forma, atendendo aos requisitos estabelecidos junto
à NR10, as empresas são obrigadas a manter projetos e diagramas atualizados e
disponibilizados para as equipes de manutenção elétrica, bem como em situações
onde a potência instalada total na unidade for superior a 75 kW deverá constituir e
manter o prontuário de Instalações Elétricas (BRASIL, 2017, p. 250).
Item Descrição
Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança
A e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de
controle existentes
Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra
B
descargas atmosféricas e aterramentos elétricos
Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental,
C
aplicáveis conforme NR10
Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,
D
autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados
Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de
E
proteção individual e coletiva
F Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas
Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações e cronogramas
G
de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”
H Descrição dos procedimentos para emergências
I Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual
Fonte: adaptado de BRASIL (2017, p. 250).
Pós-Universo 11
ZL = Zona livre;
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados;
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e
com a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos
apropriados ao trabalho;
PE = Ponto de instalação energizado;
SI = Superfície isolante construída com material resistente
e dotada de todos os dispositivos de segurança.
saiba mais
O item 10.2.8.2 da Norma Regulamentadora n°10 estabelece que medidas de
proteção coletiva compreendam, prioritariamente, a desenergização elétrica
e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança. Já comentamos
um pouco sobre desenergização com você, caro(a) aluno(a), mas você sabe
o que é uma tensão de segurança? Essas tensões são obtidas através de
transformadores rebaixadores que convertem uma tensão perigosa em uma
tensão que não oferece riscos para as pessoas; as tensões de segurança são:
para circuitos com alimentação em corrente alternada a tensão de segurança
é de no máximo 50 Volts e para circuitos alimentados por corrente contínua
a tensão de segurança será no máximo de 120Volts.
Fonte: Glossário NR10 (BRASIL, 2017, p. 259).
14 Pós-Universo
Segurança no
Trabalho em Altura
A Norma regulamentadora do Trabalho n°35 define requisitos mínimos de segurança
para evitar a ocorrência de acidentes de trabalho com queda de nível. O trabalho,
também denominado trabalho vertical, é uma das principais causas de acidentes
fatais no exercício do trabalho no Brasil e no mundo (ARAUJO, 2013, p. 289).
Segundo Araújo (2013, p. 289), a gestão da segurança do trabalho para atividades
que envolvam o trabalho em altura pode ser definida como: “conjunto de regras,
ferramentas e procedimentos que visam eliminar, neutralizar ou reduzir as lesões e
os danos decorrentes das atividades”.
Pós-Universo 15
Para Szabó Jr. (2015, p. 815), embora existam muitas atividades desempenhadas
acima do nível inferior, as diretrizes da NR35 só se aplicam “para atividades desenvolvidas
acima de 2,0m do nível inferior em que exista risco de queda”.
Muitos são os segmentos econômicos que necessitam da realização de atividades
em altura para obtenção de seus resultados, podemos destacar em particular a
Construção Civil, Telecomunicações, Produção e Distribuição de Energia, Conservação
e Manutenção Predial, Montagens e Manutenções Industriais, além de algumas
atividades de recreação como alpinismo, entre outras (ARAUJO, 2013, p. 289).
Requisitos técnicos que contribuem para a proteção dos trabalhadores que realizam
atividades em altura também são contemplados em outras Normas Regulamentadoras,
como a NR 06, NR 10 e NR18, entre outras (ARAUJO, 2013, p. 290).
A NR 10 define requisitos técnicos a fim de garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade, destacando a importância da proteção para atividades
em altura, abordando esse conceito como “riscos adicionais” que para ser executado,
devem ser adotadas medidas preventivas mediante técnicas de análise de risco, de
forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 2017, p. 250).
Capacitação
De acordo com o Item 35.3.1, o Empregador deverá promover programa de capacitação
dos trabalhadores que realizam trabalho em altura. Já o item 35.4.1 estabelece que
todo o trabalho em altura deve ser planejado e executado por trabalhador capacitado
e autorizado (BRASIL, 2017, p. 1156-1157).
O trabalhador, para ser considerado capacitado, deverá ser submetido e aprovado
em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, sendo
o conteúdo programático estabelecido pela NR 35 o mínimo a ser desenvolvido,
ficando a empresa livre para agregar outros temas que julgue pertinentes (ARAUJO,
2013, p. 295).
16 Pós-Universo
Exames Ocupacionais
A ANAMT entende que, precedendo a qualquer exame complementar, o médico
do trabalho deve realizar anamnese minuciosa contemplando história clinica atual e
pregressa, enfatizando pesquisa de condições que poderão contribuir ou determinar
risco de queda de altura, devendo ser avaliados: antecedentes de desmaios, tonteiras,
vertigem, arritmias cardíacas e hipertensão arterial, além de crises convulsivas, uso
abusivo ou contínuo de álcool ou drogas e/ou uso de medicamentos que interfiram
no sistema nervoso. Após esse inquérito investigativo, o médico deve proceder com
um meticuloso exame físico, com verificação da existência ou não de restrições a
movimentos, distúrbios de equilíbrio ou de coordenação motora, anemia, obesidade,
e outras patologias que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes com queda
de altura (ANAMT apud ARAUJO, 2013, p. 297).
Pós-Universo 17
saiba mais
Segundo recomendações da ANAMT – Associação Nacional de Medicina
do Trabalho, através do SCMAM 01/2004, Sugestões de conduta Médica
Administrativa, do ponto de vista médico, o trabalho em altura é complexo e
polêmico. A ANAMT informa que não foi constatada na legislação trabalhista
a obrigatoriedade de qualquer tipo de exame específico para essa atividade.
Entretanto, a ANAMT entende que esses exames são necessários e orienta
uma linha de conduta médica.
Fonte: ANAMT (apud ARAUJO, 2013, p. 297).
EPI
Os equipamentos de proteção contra queda de nível encontram-se estabelecidos
na Norma Regulamentadora n° 6 Grupo I (BRASIL, 2017, p. 204).
Durante muitos anos, equipamentos disponibilizados para trabalho em altura
não possibilitavam que o deslocamento do trabalhador fosse efetuado com o
mesmo protegido contra quedas, os cintos abdominais não dispunham de sistema
para deslocamento, somente eram concebidos para a ancoragem no momento da
execução do trabalho.
Hoje se adota a filosofia de que em nenhum momento, durante o trabalho, seja no
acesso, na movimentação ou execução das tarefas, o trabalhador poderá permanecer
desconectado da estrutura (ARAUJO, 2013, p. 305).
Principais equipamentos utilizados para segurança durante trabalho em altura:
•• Dispositivo trava-quedas
Acessórios e Dispositivos
Complementares
•• Fitas de ancoragem
•• Mosquetões
•• Cordas Dinâmicas
•• Cordas Estáticas
Sistemas de Ancoragem
Não menos importante que o próprio EPI, é considerada como o coração do sistema
de segurança, a ancoragem onde conectamos a corda com um ponto mecânico, seja
na vertical ou na horizontal, deve ser dimensionada para receber a carga proveniente
de uma queda ou impacto. Em se tratando de uma linha de vida na vertical, a carga
mínima de ruptura para cada ancoragem é de 22kN, para cada sistema, sendo
obrigatório para linhas de vida instaladas na vertical que seja providenciado backup
de segurança devidamente dimensionado (ARAUJO, 2013, p. 308).
Em se tratando de condições climáticas desfavoráveis, as atividades de acesso por
corda deverão ser paralisadas imediatamente, ex.: chuvas, raios e ventos superiores
a 40Km/h. O dimensionamento dos sistemas de ancoragem deve ser executado por
profissionais habilitados.
As ações a serem adotadas em situações de emergência devem constar no plano
de emergência da empresa, devendo as pessoas responsáveis por tais circunstâncias
estarem devidamente treinadas (SZABÓ JR., 2015, p. 815).
22 Pós-Universo
Segurança no
Trabalho em Espaços
Confinados
A Trigésima Terceira Norma Regulamentadora do Trabalho discorre sobre medidas
prevencionistas que devem ser adotadas para evitar a ocorrência de acidentes e
doenças do trabalho, nas atividades desenvolvidas em espaço confinado (BRASIL,
2017, p. 1105).
São considerados espaços confinados as áreas ou ambientes não projetados para
ocupação humana contínua, com limitações de meios de entrada e saída, ventilação
insuficiente contra contaminantes e deficiência ou enriquecimento de oxigênio
(SZABÓ JR., 2015, p. 779).
Pós-Universo 23
Ainda de acordo com Szabó Jr. (2015, p. 779), essa norma regulamentadora visa:
““
facilitar a identificação de espaços confinados, a avaliação, o monitoramento
e o controle dos riscos existentes, de tal forma que garantam a segurança e a
saúde de todos aqueles que atuam direta ou indiretamente nesses espaços.
Os espaços confinados estão espalhados pelos mais diversos setores produtivos, desde
a indústria de processos contínuos com seus tanques, vasos, caldeiras e chaminés, e
a imensidão dos armazéns e silos que sustentam o agronegócio, até os recônditos
sítios onde a maioria das pessoas não vê, mas pode estar, neste momento, pisando em
solo que esconde galerias de esgotos, redes subterrâneas de telefonia, gás e energia.
Existem milhares deles, com formas e conteúdos que, ao senso comum, ocultam
situações perigosas, como condições atmosféricas que podem, repentinamente,
tornar-se adversas, levando à morte de trabalhadores e de pessoas que os tentam
socorrer (REVISTA PROTEÇÃO, 2007).
24 Pós-Universo
O texto acima foi retirado da Revista Proteção, publicada três meses após
promulgação da Portaria n° 202/2006, que estabelece as diretrizes da NR 33. Na
época muito se precisava fazer, e a necessidade de uma legislação para regulamentar
as ações de saúde e segurança para os profissionais que integravam atividades em
espações confinados foi o primeiro passo. Porém, muito ainda precisa ser feito, as
condições de risco e os acidentes ocorridos durante esse tipo de atividade demostram
que o caminho na busca da segurança ainda é longo.
Dez anos após a publicação da NR 33, é comum observarmos trabalhadores
executando atividades em espações confinados sem a adoção de medidas de
segurança que visam a eliminação dos riscos presentes.
De acordo com a publicação da Revista Proteção (2012):
““
não existe uma única medida de controle para trabalho em espaços
confinados. A entrada e o trabalho somente ocorrerão de forma segura com
o cumprimento integral da NR 33.
•• Ativo: todo controle voltado para a prevenção (ex.: EPI, ventilador, detector
de gás, etc.) e proteção (ex.: cones e correntes para isolamento de área);
Procedimentos de Segurança
Os procedimentos de segurança para ingresso de trabalhadores no interior de espaços
confinados devem contemplar, no mínimo: objetivo, campo de aplicação, base
técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e cancelamento
da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise de
risco e medidas de controle item 33.3.3.3 (BRASIL, 2017, p. 1108).
Sendo obrigatório que tais procedimentos sejam revalidados ao menos uma vez
a cada doze meses por profissionais do SESMT, item 33.3.3.4 (BRASIL, 2017, p. 1108).
O prazo de revisão dos procedimentos poderá ser inferior a doze meses, quando
da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo, item 33.3.3.5 (BRASIL, 2017,
p. 1108):
a. entrada não autorizada num espaço confinado;
b. identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;
c. acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;
d. qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço
confinado;
e. solicitação do SESMT ou da CIPA;
f. identificação de condição de trabalho mais segura.
Sendo vedado ao vigia realizar outras tarefas que possam comprometer o dever
principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados, item 33.3.4.8
(BRASIL, 2017, p. 1109).
saiba mais
Você saberia a diferença entre um acidente com afogamento e um
sufocamento em silos de armazenagem de grãos? A diferenciação entre
afogamento e sufocamento baseia-se no fato de que no primeiro a vítima
é arrastada (sugada) pela massa de grãos, enquanto que no segundo ela é
encoberta pelos mesmos, ou seja, a vítima é soterrada.
Fonte: Revista Proteção (2007).
28 Pós-Universo
Acidentes em Silos
Silos são unidades de processamento, beneficiamento e armazenagem de grãos.
São ambientes agroindustriais nos quais podem ocorrer acidentes como: explosões,
incêndios, intoxicações por gases tóxicos, afogamentos e sufocamentos.
O Artigo publicado pela Revista Proteção (2007, p. 64-68), demostra a preocupação
que se deve ter com as atividades desempenhadas nesses ambientes. Segundo a
Revista Proteção:
““
A ocorrência de acidentes nessas atividades está associada fundamentalmente
a dois fatores; primeiro o desconhecimento técnico sobre conservação de
grãos; segundo a falta de informação por parte dos operadores e funcionários.
Quanto a não observância dos preceitos de conservação de grãos podem
ocorrer situações em que uma secagem mal realizada faz com que grãos
úmidos sejam armazenados em silos e graneleiros. Esta massa de produto
úmido fornece condições favoráveis à deterioração por meio de agentes
biológicos como fungos, bactérias e insetos.
Gestão em
Segurança e Higiene
Ocupacional
Prezado(a) aluno (a), estamos chegando ao final de nossos estudos, veremos nesse nosso
último encontro o quão importante é a gestão de Segurança e Saúde Ocupacional,
para a melhoria das condições de trabalho, através da aplicação dos conceitos de
higiene ocupacional.
O termo gestão foi introduzido por estudiosos do campo da administração em
meados da década de 1990, buscando tornar mais abrangente a denominação dessa
atividade humana. Assim como a palavra “administração”, o termo gestão também
significa “administrar”, ou seja, “gerir”; entretanto, é entendido nos meios acadêmicos
e empresariais como mais abrangente que o primeiro (SCATENA, 2012, p. 20).
32 Pós-Universo
Segundo Rossete (2015, p. 135), para que as ações da segurança e saúde ocupacional
aconteçam, é preciso “que existam procedimentos definidos, bem como avaliar se
tais procedimentos estão cumprindo seu objetivo, e que para isso são necessárias
ferramentas de controle e gestão”.
O conceito de higiene do trabalho dado por Chiavenato (2015, p.136) refere-se a
um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física
e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do
cargo e ao ambiente físico onde são executadas. Relaciona-se com o diagnóstico e
prevenção das doenças ocupacionais a partir do estudo e controle de duas variáveis:
ser humano e seu ambiente de trabalho.
Sendo assim, um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde ocupacional deve
ser entendido como um conjunto de procedimentos devidamente consolidados e
monitoráveis, atuando de modo a administrar ou manter boas condições de segurança
e saúde ocupacional nos ambientes laborais (ROSSETE, 2015, p. 135).
O conceito de gestão em SSO remete aos conceitos da OHSAS 18001:2007 (Sistema
de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho), pois os conceitos apresentados
pela norma internacional possibilitarão alternativas para a implementação de uma
gestão em SSO, mesmo que não haja o objetivo de certificação. O monitoramento
dos aspectos relativos aos perigos e riscos inerentes aos processos de trabalho ou
em virtude da alteração dos cenários, bem como o gerenciamento das medidas de
controle através de indicadores e procedimentos, possibilitará a consolidação das
atividades de SSO dentro das organizações.
Alguns fatores importantes devem ser levados em consideração para a efetividade
da gestão de SSO em uma organização. Tais fatores encontram-se definidos junto à
OHSAS 18001:2007, e são apresentados por Rossete (2015, p. 136) como as principais
ações de um Sistema de Gestão em SSO, sendo eles:
a. Conhecer e identificar os perigos e riscos;
b. Identificar as legislações que regulamentam a matéria;
c. Cumprir a legislação;
d. Definir uma Política de SSO;
e. Estabelecer os Controles;
f. Sistematizar os processos;
g. Garantir os recursos necessários;
h. Realizar as ações planejadas;
i. Acompanhar os resultados;
j. Melhorar o sistema de forma contínua.
Pós-Universo 33
Outro aspecto que deve ser considerado é que a gestão de SSO deve ser conduzida
pela alta administração da empresa, pois caso contrário, as dificuldades irão sobrepor-
se e dificilmente o sistema de gestão se consolidará. O conceito de Gestão em SSO
deve estar enraizado nos mais altos escalões das organizações, pois são esses os
responsáveis pela alocação dos recursos e pelo estabelecimento de metas.
Vários são os problemas que constantemente se apresentam para a implantação
de um sistema de gestão em SSO, como:
CICLO DO PDCA
O ciclo do PDCA estará presente em quase todos os sistemas e processos que visam à
melhoria contínua, pois se trata de uma excelente ferramenta destinada à adequação
dos processos.
Para Rossete (2015, p. 137), o Ciclo do PCDA “consiste em realizar etapas, (Planejar,
Executar, Verificar e Corrigir), em um processo que é monitorado por indicadores”.
Essa metodologia possibilita avaliar situações críticas, planejando sua execução
de forma adequada e minimizando os riscos da atividade, verificando se os controles
definidos são suficientes e repercutem em resultados esperados, e, caso contrário,
permite aplicar uma ação de correção nos controles, caso esses não estejam atendendo
às suas expectativas.
O PDCA é um ciclo que não apresenta fim, uma vez que sempre existirá algo que
poderá ser melhorado, mesmo que esteja satisfatório (ROSSETE, 2015, p. 137).
atividades de estudo
A sequência correta é:
a) F, F, V, V.
b) V, F, F, V.
c) F, V, V, F.
d) V, F, V, F.
e) F, V, F, V.
atividades de estudo
Caro(a) aluno(a), finalizamos nossos estudos trazendo até você a oportunidade de aprofundar
seus conhecimentos com relação à segurança e saúde no trabalho. Durante esse encontro,
apresentamos conceitos e aspectos pertinentes para a segurança do trabalho em atividades de
alto risco para os trabalhadores.
Durante esse encontro comentou-se sobre a capacitação dos trabalhadores e aspectos de saúde
relacionados à condição física e psicológica para o exercício da atividade, esclarecemos questões
pertinentes a equipamentos de proteção individual, acessórios e sistemas de ancoragem e também
se demonstrou a importância das metodologias de análise de risco e permissão de trabalho a fim
de diagnosticar os riscos dinâmicos que circundam tais atividades.
BRASIL. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. 13. ed. São Caetano do Sul: Editora Difusão,
2017.
ROSSETE, A. C. Segurança e Higiene do Trabalho. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
SZABÓ JR., M. A. Manual de Segurança, higiene e medicina do trabalho. 9. ed. São Paulo:
Rideel, 2015.
resolução de exercícios
2. d) V, F, V, F.
3. c) I e IV, apenas.