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GESTÃO EM SEGURANÇA E

HIGIENE OCUPACIONAL
Professor:
Fábio Maciel de Almeida
DIREÇÃO

Reitor Wilson de Matos Silva


Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho


Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães
Editoração Flávia Thaís Pedroso
Ilustração Marcelo Goto / Marta Kakitani
Qualidade Textual Produção de Materiais

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação


a Distância; ALMEIDA, Fábio Maciel de.

Prevenção de Acidentes e Controle de Riscos em Máquinas
e Atividades de Construção Civil . Fábio Maciel de Almeida.
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
42 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
1. Prevenção. de Acidentes 2. Construção Civil. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 658


CIP - NBR 12899 - AACR/2

As imagens utilizadas neste livro foram


obtidas a partir do site shutterstock.com

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
sumário
01 06| SEGURANÇA EM SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

02 14| SEGURANÇA NO TRABALHO EM ALTURA

03 22| SEGURANÇA NO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS

04 31| GESTÃO EM SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAL


GESTÃO EM SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAL

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Demonstrar procedimentos seguros durante a execução de serviços com
eletricidade.
•• Apresentar conceitos de segurança no trabalho durante a realização de
trabalho em altura.
•• Orientar quanto aos cuidados necessários para trabalhos em espaços
confinados.
•• Demonstrar a importância da gestão em segurança e saúde ocupacional
para empresas e profissionais.

PLANO DE ESTUDO

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:


•• Segurança em Serviços com Eletricidade.
•• Segurança no Trabalho em Altura.
•• Segurança no Trabalho em Espaços Confinados.
•• Gestão em Segurança e Higiene Ocupacional.
INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo ao nosso encontro onde finalizaremos nossos


estudos com relação à prevenção de acidentes e controle de riscos em máquinas
e nas atividades da construção civil.
Abordaremos nesse encontro questões pertinentes à prevenção de acidentes
em atividades relacionadas ao setor elétrico, apresentando conceitos e técnicas
de segurança que devem ser implementados obrigatoriamente na realização
de tarefas que envolvam o risco elétrico; trabalharemos com você, prezado(a)
aluno(a), conceitos como: seccionamento, impedimento de reenergização,
constatação de ausência de tensão, dispositivos de proteção, sinalizações
necessárias e aspectos técnicos sobre grandezas elétricas.
Posteriormente, passaremos a demostrar conceitos e aspectos, relacionados
às medidas de segurança para que se possam desenvolver atividades em nível
elevado, garantindo assim a segurança de trabalhadores e de terceiros que
possam ser afetados pela realização desse tipo de atividade; demostraremos
alguns tipos de equipamentos de proteção coletiva e individual utilizados para
o trabalho. Na sequência serão apontadas medidas preventivas, no tocante à
execução de serviços em espações, confinados, e trabalharemos questões como
a classificação de riscos, as técnicas de trabalho seguro, bem como conceitos
relativos à atividade.
Finalizaremos nossos estudos demostrando a importância da gestão em
saúde e segurança ocupacional, tanto para as empresas quanto para funcionários,
bem como para toda a cadeia econômica, quando se tem à disposição um
sistema de gestão eficaz.
Juntos, trabalharemos esse conteúdo com o intuito de aprofundar os
conhecimentos já adquiridos, melhorando nossa percepção de forma apropriada
e atendendo as demandas pertinentes a matéria apresentada. Bons estudos!

introdução
6 Pós-Universo

Segurança em
Serviços com Eletricidade
De acordo com Szabó Jr. (2015, p. 130), a décima Norma Regulamentadora do Trabalho
estabelece os

““
requisitos para a implementação de medidas de controle que objetivem
diminuir os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores que interajam
com instalações elétricas e serviços com eletricidade estejam expostos.

Dessa forma, devem ser compreendidos como “os trabalhadores que interajam
com instalações elétricas e serviços com eletricidade” todos aqueles que direta
ou indiretamente possam ficar expostos às consequências dos fenômenos físicos
decorrentes da eletricidade, sendo o principal e mais grave o choque elétrico.
Pós-Universo 7

Para que ocorra o choque elétrico, torna-se necessária a exposição a fontes energizadas,
podendo essas fontes serem: um circuito, uma instalação ou um sistema (COTRIN,
2003, cap. 1).
•• Circuito Elétrico – Conjunto de corpos, componentes ou meios no qual seja
possível a circulação de corrente elétrica;

•• Instalações Elétricas – Caracterizam-se pelo sistema físico, ou seja, o conjunto


de componentes elétricos, associados e coordenados entre si, para um fim
específico;

•• Sistema Elétrico – circuito ou conjunto de circuitos, inter-relacionados, com


finalidade específica.

Com o advento da eletricidade, foi possível à humanidade desempenhar de forma


diversificada e eficiente inúmeras atividades que até então eram inimagináveis,
a utilização de equipamentos elétricos para exercício de atividades domésticas e
profissionais se tornou mais fácil e rápida. Porém, o uso inadequado desse tipo de
tecnologia acaba por expor as pessoas a fatores de risco que se não forem controlados
poderão resultar em graves acidentes (ROSSETE, 2014, p. 137).

Choque Elétrico
Conforme mencionado anteriormente, para que ocorra o choque elétrico, torna-se
necessário que um indivíduo entre em contato com fontes energizadas, possibilitando
a passagem de ocorrente elétrica pelo seu corpo. Para Cotrin (2003, p. 10), o choque
elétrico é uma perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifesta no
organismo humano ou animal, quando esse é percorrido por uma corrente elétrica.
De acordo com o Manual de treinamento do Comitê Permanente de Negociação
do Estado de São Paulo (CPNSP, 2005, p. 19), o que determinará a gravidade do
choque elétrico será o tipo de corrente elétrica à qual o indivíduo estiver exposto,
o caminho percorrido pela corrente elétrica no corpo humano, sendo os choques
elétricos de maior gravidade aqueles em que a corrente elétrica passa pelo coração,
e a intensidade de corrente elétrica que percorrerá o corpo.
8 Pós-Universo

Figura 2 – Gravidade do Choque elétrico / percurso da corrente elétrica.


Fonte: CPNSP (2005, p. 20).

Conceitos Básicos em eletricidade


O termo grandeza elétrica está relacionado aos aspectos e fenômenos físicos da
eletricidade, sendo as principais grandezas: corrente, tensão, resistência e potência.
Devemos entender esses conceitos para compreender as consequências do choque
elétrico no organismo.

•• Corrente Elétrica – Movimento ordenado de elétrons em um condutor,


representado em cálculos pela letra ( I ) e sua unidade de medida é o
“Ampere”. Apresenta-se em duas concepções: corrente contínua e corrente
alternada, sendo corrente contínua obtida de fontes que acumulam cargas
como baterias, e a corrente alternada fornecida pelas concessionárias de
energia elétrica.

As correntes alternadas de frequência entre 20 e 100 Hertz são as que


oferecem maior risco. Especificamente as de 60 Hertz, usadas nos sistemas
de fornecimento de energia elétrica, são especialmente perigosas, uma
vez que elas se situam próximas à frequência na qual a possibilidade de
ocorrência da fibrilação ventricular é maior (CPNSP, 2005, p. 19).
Pós-Universo 9

•• Tensão Elétrica – Ou Diferença de Potencial, consiste na força que impulsiona


o movimento de elétrons no condutor, representada em cálculos pela letra
( V ) e sua unidade de medida é o “Volt”.

•• Resistência Elétrica – Obstrução imposta por elementos à força que


impulsiona o movimento, ou seja, ao fluxo de elétrons; representada em
cálculos pela letra ( R ) e sua unidade de medida é o “Ohm”, a resistência
elétrica é obtida através da aplicação de elementos isolantes, que oferecem
obstáculo à passagem de elétrons; quanto melhor o isolante, maior a
resistência elétrica.

A intensidade da corrente que circulará pelo corpo da vítima dependerá,


em muito, da resistência elétrica que esta oferece à passagem da corrente,
ocorre que no momento do choque elétrico a vítima se comporta como um
circuito elétrico, conduzindo eletricidade, bem como oferecendo resistência
à passagem de corrente pelo seu corpo (CPNSP, 2005, p. 21). Ocorre que
em situações onde a pele encontra-se úmida, condição mais facilmente
encontrada na prática, a resistência elétrica do corpo diminui. Cortes
também oferecem uma baixa resistência. Pelo mesmo motivo, ambientes
que contenham muita umidade fazem com que a pele não ofereça uma
elevada resistência elétrica à passagem da corrente.

•• Potência Elétrica – Consiste na capacidade que um circuito tem em realizar


trabalho, ex.: transformando a energia elétrica em energia luminosa através
do acendimento de uma lâmpada, representada em cálculos pela letra (P)
e sua unidade de medida é o “Watt”.
10 Pós-Universo

Procedimentos de Trabalho
A fim de se garantir a segurança durante as intervenções em instalações elétricas, as
empresas devem adotar medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros
riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco (APR), de forma a garantir a
segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 2017, p. 249).
Os procedimentos de segurança adotados para atividades em instalações elétricas
devem atender ao princípio da hierarquização das medidas de controle de riscos,
devendo as medidas de controle adotadas integrar às demais iniciativas da empresa,
no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho
(BRASIL, 2017, p. 250). Dessa forma, atendendo aos requisitos estabelecidos junto
à NR10, as empresas são obrigadas a manter projetos e diagramas atualizados e
disponibilizados para as equipes de manutenção elétrica, bem como em situações
onde a potência instalada total na unidade for superior a 75 kW deverá constituir e
manter o prontuário de Instalações Elétricas (BRASIL, 2017, p. 250).

Quadro 1 – Elementos do Portuário Elétrico.

Item Descrição
Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança
A e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de
controle existentes
Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra
B
descargas atmosféricas e aterramentos elétricos
Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental,
C
aplicáveis conforme NR10
Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,
D
autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados
Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de
E
proteção individual e coletiva
F Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas
Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações e cronogramas
G
de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”
H Descrição dos procedimentos para emergências
I Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual
Fonte: adaptado de BRASIL (2017, p. 250).
Pós-Universo 11

Ainda com relação à obrigatoriedade de se manter o prontuário elétrico, empresas


que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência (SEP), mesmo
que não possuam cargas instaladas superiores a 75 kW, devem constituir prontuário
contemplando as alíneas “a”, “c”, “d”, “e”, “h” e “i” apresentadas no Quadro 1.
Atendendo à hierarquização para implementação das medidas de controle aos
riscos elétricos, todos os serviços executados em instalações elétricas devem adotar,
prioritariamente, medidas de proteção coletiva, mediante procedimentos, de forma
a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores (BRASIL, 2017, p. 250).
As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização
elétrica ou, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança. Sendo ambas
as situações tecnicamente inviáveis, a empresa deve implementar outras medidas de
proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização,
sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento
automático (BRASIL, 2017, p. 251).
A desenergização deve ser entendida como um conjunto de ações coordenadas,
sequenciadas e controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no
circuito, trecho ou ponto de trabalho, durante todo o tempo de intervenção e sob
controle dos trabalhadores envolvidos (CPNSP, 2005, p. 27).
Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para
trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a sequência abaixo
(BRASIL, 2017, p. 253):
a. Seccionamento – Consiste no ato de promover a descontinuidade elétrica
total, com afastamento adequado entre um circuito ou dispositivo e outro,
obtida mediante o acionamento de dispositivo apropriado (chave seccionadora,
interruptor, disjuntor), acionado por meios manuais ou automáticos, ou ainda
através de ferramental apropriado e segundo procedimentos específicos
(CPNSP, 2005, p. 27).
b. Impedimento de Reenergização – É o estabelecimento de condições que
impedem, de modo reconhecidamente garantido, a reenergização do circuito
ou equipamento desenergizado, assegurando ao trabalhador o controle do
seccionamento.
Na prática, trata-se da aplicação de travamentos mecânicos, por meio de
fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento ou com sistemas
informatizados equivalentes.
12 Pós-Universo

Deve-se utilizar um sistema de travamento do dispositivo de seccionamento,


para o quadro, painel ou caixa de energia elétrica e garantir o efetivo
impedimento de reenergização involuntária ou acidental do circuito ou
equipamento durante a execução da atividade que originou o seccionamento
(CPNSP, 2005, p. 27).
c. Constatação da Ausência de Tensão – Verificação da efetiva ausência de
tensão nos condutores do circuito elétrico.
Deve ser feita com detectores testados antes e após a execução da
atividade, sendo realizada por contato ou por aproximação e de acordo com
procedimentos específicos (CPNSP, 2005, p. 28).
d. Instalação de Aterramento temporário com Equipotencialização dos
condutores dos circuitos – Constatada a inexistência de tensão, um condutor
do conjunto de aterramento temporário deverá ser ligado a uma haste
conectada à terra.
Na sequência, deverão ser conectadas as garras de aterramento aos condutores
fase, previamente desligados (CPNSP, 2005, p. 28).
e. Proteção dos Elementos Energizados existentes na zona controlada
– Define-se zona controlada como a área em torno da parte condutora
energizada, segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com
nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados,
como disposto no anexo II da Norma Regulamentadora 10. Pode ser feita
com anteparos, dupla isolação de invólucros, etc. (CPNSP, 2005, p. 28).
Pós-Universo 13

ZL = Zona livre;
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados;
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e
com a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos
apropriados ao trabalho;
PE = Ponto de instalação energizado;
SI = Superfície isolante construída com material resistente
e dotada de todos os dispositivos de segurança.

Figura 3 – Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco


Fonte: CPNSP (2005, p. 160).
f. Instalação da sinalização de Impedimento de Reenergização – Deverá
ser adotada a sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e
à identificação da razão de desenergização e informações do responsável. Os
cartões, avisos, placas ou etiquetas de sinalização do travamento ou bloqueio
devem ser claros e adequadamente fixados (CPNSP, 2005, p. 28).

saiba mais
O item 10.2.8.2 da Norma Regulamentadora n°10 estabelece que medidas de
proteção coletiva compreendam, prioritariamente, a desenergização elétrica
e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança. Já comentamos
um pouco sobre desenergização com você, caro(a) aluno(a), mas você sabe
o que é uma tensão de segurança? Essas tensões são obtidas através de
transformadores rebaixadores que convertem uma tensão perigosa em uma
tensão que não oferece riscos para as pessoas; as tensões de segurança são:
para circuitos com alimentação em corrente alternada a tensão de segurança
é de no máximo 50 Volts e para circuitos alimentados por corrente contínua
a tensão de segurança será no máximo de 120Volts.
Fonte: Glossário NR10 (BRASIL, 2017, p. 259).
14 Pós-Universo

Segurança no
Trabalho em Altura
A Norma regulamentadora do Trabalho n°35 define requisitos mínimos de segurança
para evitar a ocorrência de acidentes de trabalho com queda de nível. O trabalho,
também denominado trabalho vertical, é uma das principais causas de acidentes
fatais no exercício do trabalho no Brasil e no mundo (ARAUJO, 2013, p. 289).
Segundo Araújo (2013, p. 289), a gestão da segurança do trabalho para atividades
que envolvam o trabalho em altura pode ser definida como: “conjunto de regras,
ferramentas e procedimentos que visam eliminar, neutralizar ou reduzir as lesões e
os danos decorrentes das atividades”.
Pós-Universo 15

Para Szabó Jr. (2015, p. 815), embora existam muitas atividades desempenhadas
acima do nível inferior, as diretrizes da NR35 só se aplicam “para atividades desenvolvidas
acima de 2,0m do nível inferior em que exista risco de queda”.
Muitos são os segmentos econômicos que necessitam da realização de atividades
em altura para obtenção de seus resultados, podemos destacar em particular a
Construção Civil, Telecomunicações, Produção e Distribuição de Energia, Conservação
e Manutenção Predial, Montagens e Manutenções Industriais, além de algumas
atividades de recreação como alpinismo, entre outras (ARAUJO, 2013, p. 289).
Requisitos técnicos que contribuem para a proteção dos trabalhadores que realizam
atividades em altura também são contemplados em outras Normas Regulamentadoras,
como a NR 06, NR 10 e NR18, entre outras (ARAUJO, 2013, p. 290).
A NR 10 define requisitos técnicos a fim de garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade, destacando a importância da proteção para atividades
em altura, abordando esse conceito como “riscos adicionais” que para ser executado,
devem ser adotadas medidas preventivas mediante técnicas de análise de risco, de
forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 2017, p. 250).

Capacitação
De acordo com o Item 35.3.1, o Empregador deverá promover programa de capacitação
dos trabalhadores que realizam trabalho em altura. Já o item 35.4.1 estabelece que
todo o trabalho em altura deve ser planejado e executado por trabalhador capacitado
e autorizado (BRASIL, 2017, p. 1156-1157).
O trabalhador, para ser considerado capacitado, deverá ser submetido e aprovado
em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, sendo
o conteúdo programático estabelecido pela NR 35 o mínimo a ser desenvolvido,
ficando a empresa livre para agregar outros temas que julgue pertinentes (ARAUJO,
2013, p. 295).
16 Pós-Universo

A periodicidade mínima para a realização dos treinamentos de atualização será


de dois anos, podendo a empresa estabelecer uma periodicidade inferior se desejar, a
carga horária do treinamento periódico também será de oito horas. Os treinamentos
inicial, periódico e eventual para a realização de trabalho em altura, poderão ser
ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa, desde que estejam
contemplados na estrutura do programa de treinamentos. Isso significa que podem
ser ministrados juntamente com outros treinamentos, ex.: EPI, PCMAT, NR10 (Como
Riscos Adicionais) (ARAUJO, 2013, p. 295).
A autorização formal, a qual menciona o item 35.4.1, corresponde ao trabalhador
que recebeu capacitação para o exercício da atividade em altura, foi aprovado na
capacitação, bem como encontrou-se apto para a atividade. Esse item requer uma
abordagem específica do PCMSO (ARAUJO, 2013, p. 296-297).
a. O atestado de saúde ocupacional (ASO) deve atestar explicitamente que a
pessoa está apta para trabalhar em local elevado;
b. Garantir que as atividades sejam realizadas por trabalhadores em perfeitas
condições físicas e psicológicas, garantindo o direito a interromper as atividades
caso sinta qualquer alteração em sua condição, para isso o encarregado pelo
serviço deve sempre questionar os trabalhadores se os mesmos se encontram
em condições para realizar o trabalho naquele momento.

Exames Ocupacionais
A ANAMT entende que, precedendo a qualquer exame complementar, o médico
do trabalho deve realizar anamnese minuciosa contemplando história clinica atual e
pregressa, enfatizando pesquisa de condições que poderão contribuir ou determinar
risco de queda de altura, devendo ser avaliados: antecedentes de desmaios, tonteiras,
vertigem, arritmias cardíacas e hipertensão arterial, além de crises convulsivas, uso
abusivo ou contínuo de álcool ou drogas e/ou uso de medicamentos que interfiram
no sistema nervoso. Após esse inquérito investigativo, o médico deve proceder com
um meticuloso exame físico, com verificação da existência ou não de restrições a
movimentos, distúrbios de equilíbrio ou de coordenação motora, anemia, obesidade,
e outras patologias que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes com queda
de altura (ANAMT apud ARAUJO, 2013, p. 297).
Pós-Universo 17

saiba mais
Segundo recomendações da ANAMT – Associação Nacional de Medicina
do Trabalho, através do SCMAM 01/2004, Sugestões de conduta Médica
Administrativa, do ponto de vista médico, o trabalho em altura é complexo e
polêmico. A ANAMT informa que não foi constatada na legislação trabalhista
a obrigatoriedade de qualquer tipo de exame específico para essa atividade.
Entretanto, a ANAMT entende que esses exames são necessários e orienta
uma linha de conduta médica.
Fonte: ANAMT (apud ARAUJO, 2013, p. 297).

Outros métodos complementares podem ser necessários, porém sua prescrição


irá depender de dados obtidos durante a avaliação clínica.
O médico do trabalho (ARAUJO, 2013, p. 298) deve também alertar e orientar os
serviços de engenharia de segurança do trabalho, bem como aos demais encarregados
responsáveis pela realização dos trabalhos em altura, sobre a necessidade de se apurar
o estado de saúde do trabalhador antes de se iniciar o trabalho.

Procedimento de Segurança APR-PT


De acordo com o estabelecido no item 35.4.4, a execução do serviço em altura
deverá considerar as influências externas que possam alterar as condições do local
de trabalho, já previstas na análise de riscos. Sendo que o item posterior reforça a
obrigatoriedade da realização de análise de risco antes do início de qualquer atividade
em nível elevado (BRASIL, 2017, p. 1158).
Uma das principais ferramentas na gestão da segurança ocupacional (ARAUJO,
2013, p. 300) são as metodologias de identificação e reconhecimento de perigos e
riscos. Durante a aplicação dessa metodologia, torna-se fundamental que os riscos
dinâmicos sejam identificados e medidas de controles eficazes sejam implementadas,
sendo a permissão de trabalho (PT) aplicada após a realização da análise prévia de
riscos (APR).
18 Pós-Universo

Riscos dinâmicos que devem ser identificados não se relacionam somente ao


risco proveniente de queda de altura, referente a um andaime ou plataforma, mas
sim aos riscos que circundam esse andaime ou plataforma, avaliando condições
do terreno, como inclinação e estabilidade, avaliando se existem outros riscos no
ambiente, como: redes elétricas próximas aos andaimes, colmeias ou enxames de
insetos, vespas ou abelhas, entre outras situações que possam repercutir em risco
para os trabalhadores.
Com relação à permissão de trabalho, a Norma Regulamentadora n°35 determina
que deve ter sua validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de
trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável por sua aprovação, desde que
não ocorram mudanças nas condições do local de trabalho, sendo necessário que
esteja disponibilizada no local de trabalho, sendo arquivada de maneira a permitir
sua rastreabilidade, sendo necessário conter no mínimo as seguintes informações
(BRASIL, 2017, p. 1159):
a. os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
b. as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c. a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

EPI, Acessórios e Sistemas de


Ancoragem
O texto da NR 35 menciona a obrigatoriedade de se realizar inspeções rotineiras de
todos os EPIs, bem como de acessórios e sistemas de ancoragens (BRASIL, 2017, p.
1160).
A inspeção rotineira requer que o trabalhador receba um treinamento inicial sobre
as especificidades do EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que serão aplicados
para proteção durante o trabalho em altura, sendo vital para o trabalhador, no ato
da inspeção, poder identificar elementos que venham a potencializar a ocorrência
de acidentes de trabalho. Todas as inspeções devem ser registradas, mantendo-se
um histórico de análise do item (ARAUJO, 2013, p. 305).
Pós-Universo 19

EPI
Os equipamentos de proteção contra queda de nível encontram-se estabelecidos
na Norma Regulamentadora n° 6 Grupo I (BRASIL, 2017, p. 204).
Durante muitos anos, equipamentos disponibilizados para trabalho em altura
não possibilitavam que o deslocamento do trabalhador fosse efetuado com o
mesmo protegido contra quedas, os cintos abdominais não dispunham de sistema
para deslocamento, somente eram concebidos para a ancoragem no momento da
execução do trabalho.
Hoje se adota a filosofia de que em nenhum momento, durante o trabalho, seja no
acesso, na movimentação ou execução das tarefas, o trabalhador poderá permanecer
desconectado da estrutura (ARAUJO, 2013, p. 305).
Principais equipamentos utilizados para segurança durante trabalho em altura:

•• Cinturão de segurança tipo paraquedista

Finalidade – Utilizado para a proteção do empregado contra quedas em


serviços onde exista diferença de nível. Recomendações: Lavar com água
e sabão neutro; Enxaguar com água limpa e passar um pano seco e limpo
para retirar o excesso de umidade; Secar à sombra, em local ventilado. Caso
haja contato com produtos químicos, não lavar, encaminhá-lo para teste.
Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de raios solares,
produtos químicos, solventes, vapores e fumos (CPNSP, 2005, p. 189).

•• Talabarte de segurança tipo regulável / Talabarte de segurança tipo


Y com absorvedor de energia

Finalidade – Utilizado para a proteção do empregado contra queda, durante


as movimentações e no posicionamento para trabalho, aplicado em conjunto
com cinturão de segurança tipo paraquedista. Recomendações: Limpar com
pano umedecido; Lavar periodicamente com água e sabão neutro, secando
à sombra e em local ventilado. Armazenar em local seco, sem dobrar, se
molhado, secar à sombra em local ventilado. (CPNSP, 2005, p. 190).
20 Pós-Universo

•• Dispositivo trava-quedas

Finalidade – Utilizado para a proteção do empregado contra queda em


serviços com movimentação vertical, utilizado em conjunto com cinturão
de segurança tipo paraquedista. Recomendações: Após o uso, escovar as
partes metálicas; Armazenar protegido da umidade e ação direta dos raios
solares; Manter afastado de produtos químicos (CPNSP, 2005, p. 190).

Acessórios e Dispositivos
Complementares
•• Fitas de ancoragem

Finalidade – Destinadas a criar novos pontos de ancoragem (ARAUJO, 2013, p.


308). Recomendações: Limpar com pano umedecido; Lavar periodicamente
com água e sabão neutro, secando à sombra e em local ventilado. Armazenar
em local seco.

•• Mosquetões

Finalidade – Prover elos e também funcionando como polia. Sua resistência


varia com o sentido da tração, sendo mais resistente nas extremidades do
que nas laterais. Recomendações: Não deve sofrer torções, por isso deve ser
instalado corretamente, deve-se evitar impactos ou quedas (ARAUJO, 2013,
p. 308). Armazenar protegido da umidade e ação direta dos raios solares;
Manter afastado de produtos químicos.

•• Cordas Dinâmicas

Finalidade – Cordas fabricadas para ter estiramentos (alongamentos), ou seja,


para ter elasticidade de 6% a 10% com cargas de 80kg e de 40% com carga
de ruptura. Essa característica lhe permite absorver impactos no caso de
queda do trabalhador. Recomendações: armazenar em sacolas apropriadas,
inspecionar a formação de nódulos e postos de desgastes, pois essas cordas
são menos resistentes a abrasão e desgaste (ARAUJO, 2013, p. 308).
Pós-Universo 21

•• Cordas Estáticas

Finalidade – Cordas fabricadas com alma de nylon possuindo baixo


estiramento (alongamento), sendo seus cordões internos os que aportam
maior resistência ao esforço. Para que a resistência dessa corda seja consistente,
os cordões devem ser contínuos, ou seja, sem emendas, ao mesmo tempo
para garantir o mínimo de elasticidade esses cordões devem ser paralelos,
diferentemente da corda dinâmica, onde seus cordões são torcidos (ARAUJO,
2013, p. 308).

Sistemas de Ancoragem
Não menos importante que o próprio EPI, é considerada como o coração do sistema
de segurança, a ancoragem onde conectamos a corda com um ponto mecânico, seja
na vertical ou na horizontal, deve ser dimensionada para receber a carga proveniente
de uma queda ou impacto. Em se tratando de uma linha de vida na vertical, a carga
mínima de ruptura para cada ancoragem é de 22kN, para cada sistema, sendo
obrigatório para linhas de vida instaladas na vertical que seja providenciado backup
de segurança devidamente dimensionado (ARAUJO, 2013, p. 308).
Em se tratando de condições climáticas desfavoráveis, as atividades de acesso por
corda deverão ser paralisadas imediatamente, ex.: chuvas, raios e ventos superiores
a 40Km/h. O dimensionamento dos sistemas de ancoragem deve ser executado por
profissionais habilitados.
As ações a serem adotadas em situações de emergência devem constar no plano
de emergência da empresa, devendo as pessoas responsáveis por tais circunstâncias
estarem devidamente treinadas (SZABÓ JR., 2015, p. 815).
22 Pós-Universo

Segurança no
Trabalho em Espaços
Confinados
A Trigésima Terceira Norma Regulamentadora do Trabalho discorre sobre medidas
prevencionistas que devem ser adotadas para evitar a ocorrência de acidentes e
doenças do trabalho, nas atividades desenvolvidas em espaço confinado (BRASIL,
2017, p. 1105).
São considerados espaços confinados as áreas ou ambientes não projetados para
ocupação humana contínua, com limitações de meios de entrada e saída, ventilação
insuficiente contra contaminantes e deficiência ou enriquecimento de oxigênio
(SZABÓ JR., 2015, p. 779).
Pós-Universo 23

Ainda de acordo com Szabó Jr. (2015, p. 779), essa norma regulamentadora visa:

““
facilitar a identificação de espaços confinados, a avaliação, o monitoramento
e o controle dos riscos existentes, de tal forma que garantam a segurança e a
saúde de todos aqueles que atuam direta ou indiretamente nesses espaços.

Figura 1 – Detecção de Gases em Espaço Confinado.

Os espaços confinados estão espalhados pelos mais diversos setores produtivos, desde
a indústria de processos contínuos com seus tanques, vasos, caldeiras e chaminés, e
a imensidão dos armazéns e silos que sustentam o agronegócio, até os recônditos
sítios onde a maioria das pessoas não vê, mas pode estar, neste momento, pisando em
solo que esconde galerias de esgotos, redes subterrâneas de telefonia, gás e energia.
Existem milhares deles, com formas e conteúdos que, ao senso comum, ocultam
situações perigosas, como condições atmosféricas que podem, repentinamente,
tornar-se adversas, levando à morte de trabalhadores e de pessoas que os tentam
socorrer (REVISTA PROTEÇÃO, 2007).
24 Pós-Universo

O texto acima foi retirado da Revista Proteção, publicada três meses após
promulgação da Portaria n° 202/2006, que estabelece as diretrizes da NR 33. Na
época muito se precisava fazer, e a necessidade de uma legislação para regulamentar
as ações de saúde e segurança para os profissionais que integravam atividades em
espações confinados foi o primeiro passo. Porém, muito ainda precisa ser feito, as
condições de risco e os acidentes ocorridos durante esse tipo de atividade demostram
que o caminho na busca da segurança ainda é longo.
Dez anos após a publicação da NR 33, é comum observarmos trabalhadores
executando atividades em espações confinados sem a adoção de medidas de
segurança que visam a eliminação dos riscos presentes.
De acordo com a publicação da Revista Proteção (2012):

““
não existe uma única medida de controle para trabalho em espaços
confinados. A entrada e o trabalho somente ocorrerão de forma segura com
o cumprimento integral da NR 33.

Sendo necessária a implementação de um conjunto de normas que estabeleçam um


sistema de controle dos perigos e riscos inerentes à atividade através da aplicação
da metodologia de permissão de entrada e trabalho junto à adoção das medidas
técnicas de prevenção, pessoais e administrativas, de capacitação dos trabalhadores
e de procedimentos de emergência e resgate (REVISTA PROTEÇÃO, 2012).

Gestão e Controle dos Riscos


As empresas, através dos seus departamentos de segurança do trabalho, devem
promover de forma continuada a gestão de controles para os diversos riscos que
integram as atividades elencadas pela NR33, sendo assim, devem-se fomentar
os conceitos preventivos dessa norma em seus trabalhadores, estimulando-os a
trabalharem de forma segura, pois só assim os acidentes e doenças do trabalho serão
controlados.
De acordo com o item 33.3.1 da NR33, a gestão de segurança e saúde deve ser
planejada, programada, implementada e avaliada, incluindo: medidas técnicas de
prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho
em espaços confinados (BRASIL, 2017, p. 1106).
Pós-Universo 25

Os termos para a gestão de controle de risco inerente a atividades em espaços


confinados, conforme a Revista Proteção (2007), devem estar pautados nos conceitos
apresentados a seguir:
•• Capacitação: está relacionada à formação básica do trabalhador; aos cursos da
NR 33, que são para trabalhador autorizado e vigia (16 horas); para o supervisor
(40 horas); para emergência e salvamento (carga horária a ser definida) e ao
reforço de práticas seguras. A capacitação Ocupacional está relacionada aos
exames médicos, emissão do ASO, à promoção de saúde, qualidade de vida
do trabalhador, e às medidas pessoais (subitem 33.3.4.1 da NR 33);

•• Inspeção: os espaços confinados devem ser inspecionados inicialmente para


a elaboração do cadastro e periodicamente para sua manutenção, além de
serem inspecionados antes, durante e após a emissão da PET – Permissão
de Entrada e Trabalho;

•• Documentação: os procedimentos de trabalho são controles básicos porque


eles têm um padrão e um “como” fazer, além de responsabilidades definidas
(procedimento subitem 33.3.3.3);

•• Não Conformidades: trata-se de um registro de informação de risco que


qualquer trabalhador pode reportar. Por exemplo, a entrada de pessoas não
autorizadas em espaço confinado;

•• Gestão da Mudança: um dos controles fundamentais para a eficácia da


gestão de Segurança e Saúde em espaços confinados, pois estas mudanças
(ex.: métodos, equipamentos, pessoas, materiais, etc.) ocorrem o tempo inteiro
e em geral não se analisa o risco cada vez que elas ocorrem (ex.: mudança
na configuração do espaço);

•• Ativo: todo controle voltado para a prevenção (ex.: EPI, ventilador, detector
de gás, etc.) e proteção (ex.: cones e correntes para isolamento de área);

•• Reativo: todo controle ligado às emergências (ex.: técnicas de resgate);


primeiros socorros; medidas mitigadoras para incidentes ou acidentes (item
33.4).
26 Pós-Universo

Procedimentos de Segurança
Os procedimentos de segurança para ingresso de trabalhadores no interior de espaços
confinados devem contemplar, no mínimo: objetivo, campo de aplicação, base
técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e cancelamento
da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise de
risco e medidas de controle item 33.3.3.3 (BRASIL, 2017, p. 1108).
Sendo obrigatório que tais procedimentos sejam revalidados ao menos uma vez
a cada doze meses por profissionais do SESMT, item 33.3.3.4 (BRASIL, 2017, p. 1108).
O prazo de revisão dos procedimentos poderá ser inferior a doze meses, quando
da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo, item 33.3.3.5 (BRASIL, 2017,
p. 1108):
a. entrada não autorizada num espaço confinado;
b. identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;
c. acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;
d. qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço
confinado;
e. solicitação do SESMT ou da CIPA;
f. identificação de condição de trabalho mais segura.

Só serão permitidas atividades em espaços confinados por trabalhadores devidamente


capacitados e submetidos a exames ocupacionais que avaliem os riscos específicos
para a função que irão desempenhar, incluindo os fatores de riscos psicossociais com
a emissão do respectivo ASO. Sendo a capacitação destinada a todos os trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente na atividade, itens 33.3.4.1 e 33.3.4.2 (BRASIL,
2017, p. 1108).
São obrigações do supervisor de entrada, item 33.3.4.5 (BRASIL, 2017, p. 1109):
a. emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;
b. executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
c. assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e
que os meios para acioná-los estejam operantes;
d. cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário;
e. encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.
Pós-Universo 27

Sendo permitido ao supervisor desempenhar o papel do vigia, item 33.3.4.6 (BRASIL,


2017, p. 1109).
As obrigações do vigia correspondem a (item 33.3.4.7) (BRASIL, 2017, p. 1109):
a. manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término
da atividade;
b. permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente
com os trabalhadores autorizados;
c. adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,
pública ou privada, quando necessário;
d. operar os movimentadores de pessoas;
e. ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal
de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não
prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem
ser substituído por outro Vigia.

Sendo vedado ao vigia realizar outras tarefas que possam comprometer o dever
principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados, item 33.3.4.8
(BRASIL, 2017, p. 1109).

saiba mais
Você saberia a diferença entre um acidente com afogamento e um
sufocamento em silos de armazenagem de grãos? A diferenciação entre
afogamento e sufocamento baseia-se no fato de que no primeiro a vítima
é arrastada (sugada) pela massa de grãos, enquanto que no segundo ela é
encoberta pelos mesmos, ou seja, a vítima é soterrada.
Fonte: Revista Proteção (2007).
28 Pós-Universo

Acidentes em Silos
Silos são unidades de processamento, beneficiamento e armazenagem de grãos.
São ambientes agroindustriais nos quais podem ocorrer acidentes como: explosões,
incêndios, intoxicações por gases tóxicos, afogamentos e sufocamentos.
O Artigo publicado pela Revista Proteção (2007, p. 64-68), demostra a preocupação
que se deve ter com as atividades desempenhadas nesses ambientes. Segundo a
Revista Proteção:

““
A ocorrência de acidentes nessas atividades está associada fundamentalmente
a dois fatores; primeiro o desconhecimento técnico sobre conservação de
grãos; segundo a falta de informação por parte dos operadores e funcionários.
Quanto a não observância dos preceitos de conservação de grãos podem
ocorrer situações em que uma secagem mal realizada faz com que grãos
úmidos sejam armazenados em silos e graneleiros. Esta massa de produto
úmido fornece condições favoráveis à deterioração por meio de agentes
biológicos como fungos, bactérias e insetos.

Como consequência, nestes pontos na massa de grãos surgem pequenos


aglomerados que podem formar extensas placas horizontais ou verticais de
produtos deteriorados. Estas placas são estruturas instáveis que podem entrar
em colapso a qualquer momento. Caso isto ocorra, surgirá uma avalanche
do produto que pode arrastar ou encobrir as pessoas.

O esgotamento das placas ocorre mediante a aplicação de esforços como: o peso de


uma pessoa que se apoia sobre a superfície do produto armazenado, as vibrações
mecânicas ou sonoras dentro de silos e graneleiros, e o uso de ferramentas para
quebrar as placas. Quanto à falta de informação por parte dos operadores, o maior
erro está em se apoiar sobre a massa de grãos em movimento quando da descarga
de silos, graneleiros, ou caixas de expedição e moegas.
Pós-Universo 29

Estudo de Caso - Acidentes e Silos


•• Caso 1 – Sufocamento: Em um silo parcialmente esvaziado, estava
armazenado farelo de soja. Um operário foi encarregado de remover placas
do farelo aderidas à parede. Para tanto, o mesmo foi introduzido no silo
por meio de um cabo de aço de 3/8 de polegadas de seção. Durante o
trabalho, ele posicionou-se abaixo do nível das placas, inadvertidamente
balançou e provocou o desmoronamento de uma das placas. A avalanche
provocada rompeu o cabo de aço, arrastou e encobriu o operário (REVISTA
PROTEÇÃO, 2007, p. 68).

•• Caso 2 – Descuido: Um operário deixa cair dentro da moega uma ferramenta.


Ele abre a porta de acesso e apoia-se sobre a massa de grãos em movimento
para pegar a ferramenta. Em segundos foi arrastado. Em vão seus colegas
tentaram desligar o elevador e retirá-lo, mas não chegaram a tempo de salvar
sua vida. O operário deveria ter desligado e bloqueado mecanicamente o
elevador de caçambas sob a supervisão de um colega, pego a ferramenta
(REVISTA PROTEÇÃO, 2007, p. 68).

•• Caso 3 - Falta de Comunicação: Dois operários trabalhavam do lado de fora


de um silo. Acreditando que o mesmo estava vazio, um deles entrou pela
porta de acesso inferior. Uma vez dentro ele foi surpreendido por uma placa
de grãos que se desprendeu e o encobriu. O homem não teve como achar
a saída e seu colega não pôde localizá-lo a tempo (REVISTA PROTEÇÃO,
2007, p. 68).
30 Pós-Universo

•• Procedimentos de Segurança: Caso seja necessário entrar em locais de


estocagem de grãos devem ser realizadas as seguintes ações: paralisar a carga
e/ou descarga de produtos; desligar a alimentação de energia elétrica dos
equipamentos de transporte, fechar os registros de carga e descarga; utilizar
meios físicos para bloquear o acionamento dos equipamentos de transporte
de grãos e/ou a abertura de registros de forma inadvertida; fixar avisos sobre
a existência de pessoas trabalhando, equipar os operários com cintos e/
ou coletes de segurança (devem ser atados a cabos), preferencialmente
tracionados por carretilhas mecânicas que permitam a rápida elevação
em casos de acidentes; ventilar ambientes confinados para remover gases
tóxicos e renovar o ar ambiente; evitar o acesso de pessoas estranhas, e
fixar avisos alertando sobre os perigos de afogamento e sufocamento na
massa de grãos. Observe o modelo de aviso de acidente acima (REVISTA
PROTEÇÃO, 2007, p. 68).
Pós-Universo 31

Gestão em
Segurança e Higiene
Ocupacional
Prezado(a) aluno (a), estamos chegando ao final de nossos estudos, veremos nesse nosso
último encontro o quão importante é a gestão de Segurança e Saúde Ocupacional,
para a melhoria das condições de trabalho, através da aplicação dos conceitos de
higiene ocupacional.
O termo gestão foi introduzido por estudiosos do campo da administração em
meados da década de 1990, buscando tornar mais abrangente a denominação dessa
atividade humana. Assim como a palavra “administração”, o termo gestão também
significa “administrar”, ou seja, “gerir”; entretanto, é entendido nos meios acadêmicos
e empresariais como mais abrangente que o primeiro (SCATENA, 2012, p. 20).
32 Pós-Universo

Segundo Rossete (2015, p. 135), para que as ações da segurança e saúde ocupacional
aconteçam, é preciso “que existam procedimentos definidos, bem como avaliar se
tais procedimentos estão cumprindo seu objetivo, e que para isso são necessárias
ferramentas de controle e gestão”.
O conceito de higiene do trabalho dado por Chiavenato (2015, p.136) refere-se a
um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física
e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do
cargo e ao ambiente físico onde são executadas. Relaciona-se com o diagnóstico e
prevenção das doenças ocupacionais a partir do estudo e controle de duas variáveis:
ser humano e seu ambiente de trabalho.
Sendo assim, um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde ocupacional deve
ser entendido como um conjunto de procedimentos devidamente consolidados e
monitoráveis, atuando de modo a administrar ou manter boas condições de segurança
e saúde ocupacional nos ambientes laborais (ROSSETE, 2015, p. 135).
O conceito de gestão em SSO remete aos conceitos da OHSAS 18001:2007 (Sistema
de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho), pois os conceitos apresentados
pela norma internacional possibilitarão alternativas para a implementação de uma
gestão em SSO, mesmo que não haja o objetivo de certificação. O monitoramento
dos aspectos relativos aos perigos e riscos inerentes aos processos de trabalho ou
em virtude da alteração dos cenários, bem como o gerenciamento das medidas de
controle através de indicadores e procedimentos, possibilitará a consolidação das
atividades de SSO dentro das organizações.
Alguns fatores importantes devem ser levados em consideração para a efetividade
da gestão de SSO em uma organização. Tais fatores encontram-se definidos junto à
OHSAS 18001:2007, e são apresentados por Rossete (2015, p. 136) como as principais
ações de um Sistema de Gestão em SSO, sendo eles:
a. Conhecer e identificar os perigos e riscos;
b. Identificar as legislações que regulamentam a matéria;
c. Cumprir a legislação;
d. Definir uma Política de SSO;
e. Estabelecer os Controles;
f. Sistematizar os processos;
g. Garantir os recursos necessários;
h. Realizar as ações planejadas;
i. Acompanhar os resultados;
j. Melhorar o sistema de forma contínua.
Pós-Universo 33

Outro aspecto que deve ser considerado é que a gestão de SSO deve ser conduzida
pela alta administração da empresa, pois caso contrário, as dificuldades irão sobrepor-
se e dificilmente o sistema de gestão se consolidará. O conceito de Gestão em SSO
deve estar enraizado nos mais altos escalões das organizações, pois são esses os
responsáveis pela alocação dos recursos e pelo estabelecimento de metas.
Vários são os problemas que constantemente se apresentam para a implantação
de um sistema de gestão em SSO, como:

•• Políticas de SSO inconsistentes.

•• Falta de critérios e entendimento para analisar os riscos dos processos.

•• Excesso de documentação a ser controlada.

•• Dificuldade em identificar requisitos legais.

•• Conflito de informações entre procedimentos de segurança e programas


de SSO (PPRA, PCMAT, PCMSO etc.).

•• Conflitos com prestadores de serviços, no atendimento às diretrizes do


Sistema de Gestão em SSO.

Porém, se implantado com eficiência, a Bureau Veritas Certification destaca vários


benefícios para as organizações (ROSSETE, 2015, p. 137):
a. Melhoria na eficiência com a redução de acidentes, reduzindo a perda de
tempo devido às paradas na produção;
b. Aumento de controle e redução de riscos, por meio de objetivos e metas
estabelecidas, bem como com desenvolvimento de responsabilidades;
c. Demostrando para sociedade, clientes e governo o compromisso com a
prevenção de acidentes e a segurança e saúde de seus trabalhadores;
d. Melhorar a reputação da organização perante a sociedade, clientes e governo,
quanto à valorização da segurança e saúde de seus trabalhadores.
34 Pós-Universo

CICLO DO PDCA
O ciclo do PDCA estará presente em quase todos os sistemas e processos que visam à
melhoria contínua, pois se trata de uma excelente ferramenta destinada à adequação
dos processos.
Para Rossete (2015, p. 137), o Ciclo do PCDA “consiste em realizar etapas, (Planejar,
Executar, Verificar e Corrigir), em um processo que é monitorado por indicadores”.
Essa metodologia possibilita avaliar situações críticas, planejando sua execução
de forma adequada e minimizando os riscos da atividade, verificando se os controles
definidos são suficientes e repercutem em resultados esperados, e, caso contrário,
permite aplicar uma ação de correção nos controles, caso esses não estejam atendendo
às suas expectativas.
O PDCA é um ciclo que não apresenta fim, uma vez que sempre existirá algo que
poderá ser melhorado, mesmo que esteja satisfatório (ROSSETE, 2015, p. 137).
atividades de estudo

1. O que determinará a gravidade do choque elétrico será de corrente


elétrica a que o indivíduo está exposto, o percorrido pela corrente elétrica
no corpo humano, sendo os choques elétricos de maior gravidade aqueles em
que a corrente elétrica passa pelo coração, e a de corrente elétrica que
percorrerá o corpo. Sendo as correntes as mais perigosas. Determine a
sequência correta:

a) A frequência, caminho, intensidade, alternadas.


b) O tipo, caminho, intensidade, contínuas.
c) A frequência, caminho, alimentação, alternadas.
d) O tipo, caminho, intensidade, alternadas.
e) A frequência, tipo, alimentação, contínuas.
atividades de estudo

2. Muitos são os segmentos econômicos que necessitam da realização de atividades


em altura para a obtenção de seus resultados, podemos destacar em particular a
Construção Civil, Telecomunicações, Produção e Distribuição de Energia, Conservação
e Manutenção Predial, Montagens e Manutenções Industriais, além de algumas
atividades de recreação como alpinismo, entre outras. Com relação à realização de
trabalhos em altura assinale “V” para Verdadeiro e “F” para Falso:

(( O trabalhador, para ser considerado capacitado, deverá ser submetido e aprovado


em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas;
(( O conteúdo programático estabelecido pela NR 35 é o mínimo a ser desenvolvido,
ficando a empresa livre para aplicá-lo ou não.
(( O atestado de saúde ocupacional (ASO) deve atestar explicitamente que a pessoa
está apta para trabalhar em local elevado.
(( Tanto a Permissão de Trabalho quanto a Análise Prévia de Risco são metodologias
que visam garantir a segurança dos trabalhadores que executam atividades em
altura; com relação a essas duas metodologias, é correto afirmar que a Permissão
de Trabalho antecede a Análise Prévia de Risco.

A sequência correta é:
a) F, F, V, V.
b) V, F, F, V.
c) F, V, V, F.
d) V, F, V, F.
e) F, V, F, V.
atividades de estudo

3. Os procedimentos de segurança para ingresso de trabalhadores no interior de espaços


confinados devem contemplar, no mínimo:

Avalie as alternativas abaixo.


I) Treinamentos, avaliação de riscos e medidas de controle.
II) Outros documentos, como PPRA e PCMSO.
III) Tecnologias e equipamentos disponíveis.
IV) Responsabilidades e competências, emissão da permissão de entrada e trabalho.

É correto o que se afirma em:


a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) I, II e IV apenas.
e) Todas estão corretas.

4. Alguns fatores importantes devem ser levados em consideração para a efetividade da


gestão de SSO em uma organização. Sendo que tais fatores encontram-se definidos
junto à OHSAS 18001:2007.

Assinale a alternativa que corresponda a tais fatores.


I) Identificar as legislações que regulamentam a matéria.
II) A relevância, o vulto e a complexidade do serviço a executar.
III) Conhecer e identificar os perigos e riscos.
IV) Melhorar o sistema de forma contínua.

É correto o que se afirma em:


a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, III e IV, apenas.
resumo

Caro(a) aluno(a), finalizamos nossos estudos trazendo até você a oportunidade de aprofundar
seus conhecimentos com relação à segurança e saúde no trabalho. Durante esse encontro,
apresentamos conceitos e aspectos pertinentes para a segurança do trabalho em atividades de
alto risco para os trabalhadores.

Inicialmente tratamos do tema segurança em serviços com eletricidade, abordamos conceitos


sobre grandezas elétricas, como: corrente elétrica, tensão, resistência e potência. Apresentamos
aspectos pertinentes à ocorrência de um choque elétrico, bem como os fatores que determinarão
sua gravidade.

Na sequência, trabalhamos o conteúdo direcionado à segurança em trabalhos em altura,


regulamentado pela NR 35, a qual define requisitos mínimos de segurança para evitar a ocorrência
de acidentes nessa atividade, sendo considerada atividade em altura todo trabalho realizado
acima de 2,00 m do nível inferior.

Durante esse encontro comentou-se sobre a capacitação dos trabalhadores e aspectos de saúde
relacionados à condição física e psicológica para o exercício da atividade, esclarecemos questões
pertinentes a equipamentos de proteção individual, acessórios e sistemas de ancoragem e também
se demonstrou a importância das metodologias de análise de risco e permissão de trabalho a fim
de diagnosticar os riscos dinâmicos que circundam tais atividades.

Trouxemos até você, prezado(a) aluno(a), a responsabilidade inerente aos departamentos de


segurança do trabalho que devem adotar, a fim de promover de forma continuada, a gestão de
controles para os diversos riscos que integram as atividades em espaços confinados.
material complementar

Gestão da Segurança Total: a busca da segurança total e do acidente


zero
Autor: Lewton Burity Verri
Editora: Viena

Sinopse: Em muitas empresas, apesar de existir a CIPA (Comissão Interna


de Prevenção de Acidentes), normas reguladoras PCMSO (Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional), PPRA (Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais), ter engenheiros e técnicos em segurança no trabalho, os acidentes
insistem em acontecer frequentemente. O livro Gestão da Segurança Total – A Busca da
Segurança Total e do Acidente Zero traz um estudo das causas e consequências dos acidentes,
propondo a formulação de um Sistema da Segurança Total. Entre os tópicos abordados no
livro, estão: ambiente e a saúde do trabalhador; programa de prevenção de riscos ambientais;
programa de controle médico e saúde ocupacional; perfil profissiográfico previdenciário;
responsáveis pela segurança; preâmbulo da segurança total; a dura realidade das estatísticas;
como conceber um sistema de segurança total; como implantar o programa 5S; modo de usar
tabelas, códigos e folhas de verificação; a estatística verde; o controle estatístico da qualidade;
a segurança dos novatos; evitando catástrofes; sistema de relato de anomalias; turnover;
educação & treinamento. E ainda traz um capítulo com exercícios que visam à fixação dos
conceitos aprendidos.
referências

ARAÚJO, G. M. Normas Regulamentadoras Comentadas. Caderno Complementar, 8. ed. v. 4.


Rio de Janeiro: GVC, 2013.

BRASIL. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. 13. ed. São Caetano do Sul: Editora Difusão,
2017.

BRITISH STANDARDS INSTITUTE. Sistemas de gestão da saúde e segurança no trabalho:


Requisitos BS OHSAS 18001:2007. [S.l.]: BSI, 2007.

CHIAVENATO, I. Remunerações Benefícios e Relações de Trabalho. 7. ed. Barueri, SP: Manole,


2015.

COTRIN, A. A. M. B. Instalações Elétricas em conformidade com a NBR5410. São Paulo: Pearson


Prentice Hall, 2003.

CPNSP. Manual de treinamento curso básico segurança em instalações e serviços com


eletricidade. - NR 10. 2005. Disponível em: <http://resgatebrasiliavirtual.com.br/moodle/file.
php/1/Ebook/Ebooks_para_download/Seguranca_em_Eletricidade/Manual_NR-10.pdf>. Acesso
em: 16 ago. 2017.

REVISTA PROTEÇÃO. Processo seguro. ed. 182, 2007.

REVISTA PROTEÇÃO. Agora é lei NR33. ed. 183, 2007.

REVISTA PROTEÇÃO. Detalhes Preservam Vidas. ed. 185, 2007.

REVISTA PROTEÇÃO. Espaço Confinado. ed. 252, 2012.

ROSSETE, A. C. Segurança e Higiene do Trabalho. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.

ROSSETE, A. C. Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional. São Paulo: Pearson Education


do Brasil, 2015.

SCATENA, M. I. C. Ferramentas para Moderna Gestão de Empresas. Curitiba: Intersaberes, 2012.

SZABÓ JR., M. A. Manual de Segurança, higiene e medicina do trabalho. 9. ed. São Paulo:
Rideel, 2015.
resolução de exercícios

1. d) O tipo, caminho, intensidade, alternadas.

2. d) V, F, V, F.

3. c) I e IV, apenas.

4. e) I, III e IV, apenas.

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