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LABORATÓRIO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA QUÍMICA
Vol. 1, pp. 1-12
INSTRUMENTAÇÃO 1
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
1. VISCOSIMETRIA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Quando um líquido escoa através de um tubo estreito sem turbulência, isto é, de modo
contínuo e regular, a velocidade de escoamento depende em primeiro lugar, da força que o
produz.
Além disso, uma vez que as diferentes partes do líquido não se movem no interior do
líquido com a mesma velocidade, isto é, as camadas próximas às paredes do tubo se movem
mais lentamente do que as camadas centrais, com a velocidade alcançando um máximo no
interior do tubo (centro do bulbo). Podemos considerar a corrente líquida como composta de
um grande número de cilindros concêntricos, cada um movendo-se com velocidade constante,
a qual é superior a do vizinho imediato e de maior diâmetro, produz-se assim o deslizamento
ou movimento das diferentes camadas. Uma resistência opõe-se a este movimento, que é o
atrito entre cilindros sucessivos. O coeficiente de viscosidade é a medida desta fricção interna
(atrito) ou resistência ao escoamento.
Para considerações teóricas Poiseuille obteve a seguinte equação aplicada a esse
processo:
Instrumentação e Medidas 2
p .r 4 .P.t (1)
h=
8.V .L
sendo:
P= pressão hidrostática sobre o líquido (proporcional à densidade)
t= tempo de escoamento (s);
R= raio do tubo (cm);
L= comprimento do tubo de escoamento (cm);
V= volume de um líquido (mL);
Usando-se o mesmo viscosímetro para obtenção da viscosidade desconhecida, a
Equação 1, reduz-se à Equação 2:
h1 d1 .t1
= (2)
h 2 d 2 .t 2
em que:
h1 – viscosidade do líquido de referência
h2 - viscosidade do líquido estudado
d1 – massa específica do líquido de referência
d2 - massa específica do líquido estudado
t1 – tempo de escoamento do líquido de referência
t2 – tempo de escoamento do líquido estudado
Então, por substituição das densidades e dos tempos de escoamento na Equação 2,
pode-se determinar a viscosidade dinâmica do líquido desconhecido.
A unidade de viscosidade (absoluta) no CGS é o poise (P), definido como a força de
um dina necessária para deslocar uma área de 1 cm2 com uma velocidade 1 cm por segundo,
(dyn . s . cm-2).
O efeito da temperatura sobre o coeficiente de viscosidade de um fluido difere
notadamente segundo o fluido, se é liquido ou gás. Nos gases, o coeficiente aumenta com a
temperatura, enquanto que nos líquidos diminui significativamente com a elevação da
temperatura.
A relação dos coeficientes de viscosidade dos líquidos com a temperatura é dada pela
equação de Carrancio (Equação 3 e 4):
(3)
ou
(4)
EXPERIMENTAL
Não existem dimensões padrões para este aparelho e, uma vez que não se pode fazer
variar à vontade a diferença de pressão hidrostática que produz o escoamento, para líquidos de
viscosidade muito diferentes tem-se que apelar para o uso de uma série de aparelhos com
diferentes diâmetros no tubo de escoamento.
1. MATERIAL
Material Quantidade
Reagentes líquidos
Sacarose
Álcool etílico p.a. 10mL
Água destilada 10mL
Vidraria
Viscosímetros de Ostwald 02
Pipeta volumétrica de 10mL 03
Proveta de 150mL 03
Equipamentos
Banho Termostático 01
Outros materiais
Tubo de borracha de silicone 15cm
Suporte com garra 01
Cronômetro 01
Termômetro 0 – 100 °C 01
Densímetro 01
2. PROCEDIMENTO
1ª PARTE:
2ª PARTE:
Etanol 10 % 20 % 30 % 40 %
3ª PARTE:
Repita o processo acima nas temperaturas de 10, 20, 30, 40 e 50°C, utilizando um
banho termostático. A temperatura de ebulição do líquido problema não pode ser próxima da
temperatura do banho.
O viscosímetro de Ostwald deve ser imerso no banho de modo que o líquido no seu
interior esteja sempre posicionado abaixo do nível da água do banho termostático.
Para cada temperatura, faça os experimentos com água e com os líquidos problemas.
Espere de 15 a 20 minutos para que se estabeleça o equilíbrio térmico antes de cada medição.
Utilizando um densímetro, determine a densidade da água na temperatura do banho
termostático.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Obtenha a média dos resultados e calcule o desvio padrão. Discuta os erros e compare
seus resultados com os publicados.
2. CAUSAS DE ERROS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
(5)
em que:
t – Tempo de queda da esfera (s)
K – Constante específica da esfera (mPcm3), fornecido pelo fabricante (Tabela 3)
dS - Densidade da esfera (g.cm-3)
dL – Densidade do líquido (g.cm-3)
A densidade do líquido (dL), a uma certa temperatura, pode ser obtida no Handbook,
ou determinada experimentalmente.
A viscosidade relativa no método de HOPPLER pode ser determinada pela Equação 6.
(6)
EXPERIMENTAL
1. MATERIAL
Material Quantidade
Reagentes líquidos
Sacarose 10mL
Água destilada 10mL
Vidraria
Viscosímetros de Hoppler 01
Provetas de 150 mL 02
Equipamentos
Banho Termostático 01
Outros materiais
Esferas de vidro 3 mm a 0,5 mm
1 paquímetro 01
Cronômetro 01
Termômetro 0 – 100 °C 01
Densímetro 01
2. PROCEDIMENTO
1ª PARTE:
1. Pese a esfera a ser utilizada numa balança analítica e determine seu raio utilizando o
paquímetro.
2. Nivele o viscosímetro, previamente limpo, manejando os parafusos niveladores de altitude
até que a bolha de ar se situe bem no cento do visor.
3. Coloque, no viscosímetro, o líquido a ser estudado, sem deixar bolhas de ar. A altura do
líquido deve ser tal que as esferas atinjam o primeiro traço com uma velocidade constante.
Espere que se estabeleça o equilíbrio térmico e meça a temperatura do líquido.
4. Coloque a esfera no cilindro central e deixe-a cair sem formação de bolhas de ar.
5. Anote o tempo de queda entre os dois traços do visor.
6. Repita o experimento até que os resultados obtidos tenham concordância (3 vezes)
7. Determine a densidade do liquido estudado utilizando um densímetro.
Líquido
CONCENTRAÇOES
Problema
Solução de
5% 10 % 15 % 25 %
Sacarose
2ª PARTE:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para uma mesma temperatura, obtenha a média dos resultados e faça um cálculo de
erro.
Para cada líquido, complete a seguinte tabela:
Temperatura
T-1 η Ln η
(K)
3. CONDUTIVIDADE
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
(7)
1 1 L .C (13)
= + m 2
L m L 0 K .L 0
em que K é a constante de dissociação dos eletrólitos fracos.
Na Equação 13 pode ser observado que existe uma relação linear entre o inverso da
condutividade molar e o produto da condutividade molar pela concentração do eletrólito
fraco, e dessa forma, o valor da condutividade molar à diluição infinita pode ser obtido por
extrapolação do gráfico entre o inverso da condutividade molar versus o produto da
concentração pela condutividade molar.
Além disso, o valor de K é dado pela Equação 14:
a2 (14)
K= C
1-a
EXPERIMENTAL
1. MATERIAL
Material Quantidade
Reagentes líquidos
Cloreto de potássio 0,1 M 250mL
Ácido acético 0,05M 250mL
Vidraria
Balão volumétrico de 100mL 10
Balão volumétrico de 250 mL 01
Béquer de 100 mL 02
Bureta de 50 mL 01
Pipeta volumétrica de 50 mL 01
Equipamentos
Banho Termostático 01
Condutivímetro 01
2. PROCEDIMENTO
1. Prepare duas soluções de 100 mL de cloreto de potássio nas concentrações 0,1 e 0,01M;
2. Lave cuidadosamente as células de condutividade com álcool etílico e depois com água
destilada, tomando precauções para evitar a sua quebra. Coloque-as em água deionizada,
enquanto não as estiver usando;
3. Ligue a célula de condutividade;
4. Tome 100 mL de água deionizada e realize a leitura da condutividade, em seguida aperte a
tecla calibração para zerar o leitor.
1. Prepare 10 soluções de cloreto de potássio, de 100 mL, cujas concentrações variam de 0,1 a
0,00005 N (usando o método da diluição);
2. Coloque as soluções do eletrólito forte na mesma temperatura e determine as
condutividades de cada solução;
3. Após cada determinação lave bem a célula com água deionizada e em seguida lave-a várias
vezes com a solução a ser medida.
1. A partir da solução de ácido acético 0,05M prepare, por diluição, mais quatro soluções nas
concentrações 0,01M; 0,025M; 0,005M e 0,0025M.
2. Coloque todas as soluções do eletrólito fraco na mesma temperatura e determine as
condutividades de cada solução.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
0,01
0,025
0,005
0,0025
Outro tabelamento equivalente deverá ser montado para o caso do cloreto de potássio.
Neste caso deverá ser feito um gráfico da condutividade molar versus a raiz quadrada da
concentração.
REFERÊNCIAS
Práticas de Físico-Química – vol. 1 – Alcides Caldas
Manual de Laboratório de Físico-Química – Willie Alves Bueno e Léo Degreve, Editora
McGraw-Hill do Brasil, 1980.
Physical Chemistry – Daniel and Alberty – 1955
Laboratory Manual of Physical Chemistry – H.D. Crock Ford e J. M. Nowell
Elements of Physycal Chemistry, Glasstone – 1946
Physical Chemistry, Moore
Fundamentals of Physycal Chemistry, Pruten and Maron
Eperimental Physical Chemistry, Mathews, Williams, Bender Alberty
Experiments in Physical Chemistry – Steinbaach King