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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

LABORATÓRIO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA QUÍMICA
Vol. 1, pp. 1-12

INSTRUMENTAÇÃO 1

INTRODUÇÃO

Instrumentos de medida de variáveis operacionais de processos industriais têm vasta


aplicação, recorrendo, em sua grande maioria, a princípios físicos. Variáveis intensivas e
extensivas são objetos das medidas e dão origem ao desenvolvimento de uma gama de
instrumentos utilizados industrialmente. Aspectos práticos de algumas dessas medidas são
abordados na presente prática experimental.

OBJETIVOS

Essa prática tem como objetivo estudar a viscosimetria, condutimetria e densimetria


conforme a ordem abaixo:
- Determinar o coeficiente de viscosidade de alguns líquidos a várias temperaturas,
utilizando o viscosímetro de Ostwald.
- Determinar o coeficiente de viscosidade de alguns líquidos utilizando o viscosímetro
de Hoppler.
- Determinar a condutância molar, à diluição infinita de um eletrólito fraco e de um
eletrólito forte.
- Determinar a densidade de líquidos utilizando densímetros de diferentes medidas.

1. VISCOSIMETRIA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Quando um líquido escoa através de um tubo estreito sem turbulência, isto é, de modo
contínuo e regular, a velocidade de escoamento depende em primeiro lugar, da força que o
produz.
Além disso, uma vez que as diferentes partes do líquido não se movem no interior do
líquido com a mesma velocidade, isto é, as camadas próximas às paredes do tubo se movem
mais lentamente do que as camadas centrais, com a velocidade alcançando um máximo no
interior do tubo (centro do bulbo). Podemos considerar a corrente líquida como composta de
um grande número de cilindros concêntricos, cada um movendo-se com velocidade constante,
a qual é superior a do vizinho imediato e de maior diâmetro, produz-se assim o deslizamento
ou movimento das diferentes camadas. Uma resistência opõe-se a este movimento, que é o
atrito entre cilindros sucessivos. O coeficiente de viscosidade é a medida desta fricção interna
(atrito) ou resistência ao escoamento.
Para considerações teóricas Poiseuille obteve a seguinte equação aplicada a esse
processo:
Instrumentação e Medidas 2

p .r 4 .P.t (1)
h=
8.V .L
sendo:
P= pressão hidrostática sobre o líquido (proporcional à densidade)
t= tempo de escoamento (s);
R= raio do tubo (cm);
L= comprimento do tubo de escoamento (cm);
V= volume de um líquido (mL);
Usando-se o mesmo viscosímetro para obtenção da viscosidade desconhecida, a
Equação 1, reduz-se à Equação 2:
h1 d1 .t1
= (2)
h 2 d 2 .t 2
em que:
h1 – viscosidade do líquido de referência
h2 - viscosidade do líquido estudado
d1 – massa específica do líquido de referência
d2 - massa específica do líquido estudado
t1 – tempo de escoamento do líquido de referência
t2 – tempo de escoamento do líquido estudado
Então, por substituição das densidades e dos tempos de escoamento na Equação 2,
pode-se determinar a viscosidade dinâmica do líquido desconhecido.
A unidade de viscosidade (absoluta) no CGS é o poise (P), definido como a força de
um dina necessária para deslocar uma área de 1 cm2 com uma velocidade 1 cm por segundo,
(dyn . s . cm-2).
O efeito da temperatura sobre o coeficiente de viscosidade de um fluido difere
notadamente segundo o fluido, se é liquido ou gás. Nos gases, o coeficiente aumenta com a
temperatura, enquanto que nos líquidos diminui significativamente com a elevação da
temperatura.
A relação dos coeficientes de viscosidade dos líquidos com a temperatura é dada pela
equação de Carrancio (Equação 3 e 4):
(3)
ou
(4)

EXPERIMENTAL

O viscosímetro de Ostwald (Figura 1) consiste de um tubo em U, tendo em um dos


ramos (A) duas pequenas dilatações que desembocam num tubo capilar, enquanto que o outro
ramo (B) é constituído por um tubo de diâmetro maior, tendo uma grande dilatação próxima à
parte inferior. O aparelho tem dois traços de referência a e b localizados acima e abaixo do
bulbo no tubo A, respectivamente. Existe uma série de aparelhos com diferentes diâmetros do
tubo de escoamento, para diferentes faixas de viscosidade. Para a escolha do viscosímetro
adequado, é necessário medir previamente o tempo de escoamento.

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Instrumentação e Medidas 3

Figura 1 – Viscosímetro de Ostwald

Não existem dimensões padrões para este aparelho e, uma vez que não se pode fazer
variar à vontade a diferença de pressão hidrostática que produz o escoamento, para líquidos de
viscosidade muito diferentes tem-se que apelar para o uso de uma série de aparelhos com
diferentes diâmetros no tubo de escoamento.

1. MATERIAL

Tabela 1 – Materiais e equipamentos

Material Quantidade
Reagentes líquidos
Sacarose
Álcool etílico p.a. 10mL
Água destilada 10mL
Vidraria
Viscosímetros de Ostwald 02
Pipeta volumétrica de 10mL 03
Proveta de 150mL 03
Equipamentos
Banho Termostático 01
Outros materiais
Tubo de borracha de silicone 15cm
Suporte com garra 01
Cronômetro 01
Termômetro 0 – 100 °C 01
Densímetro 01

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2. PROCEDIMENTO

1ª PARTE:

1. Para a escolha do viscosímetro que será utilizado, verifica-se se o tempo de escoamento


para o líquido a ser estudado é superior a 100 segundos. Para isto, é suficiente uma medida
grosseira de tempo de escoamento.
2. Lave o viscosímetro com uma solução sulfocrômica e seque-o muito bem. É necessário
que o instrumento esteja perfeitamente limpo e desengordurado, e que não existam obstruções
no tubo de escoamento, ocasionadas por partículas de poeiras, etc. Essas impurezas podem
viciar os resultados, dando lugar a erros grosseiros.
3. Para encher o viscosímetro, usa-se uma pipeta aferida e pelo ramo mais largo do aparelho
introduz-se um volume de mais ou menos 10 mL do líquido. Inicialmente realiza-se a
determinação usando-se como líquido de referência a água destilada.
4. Por compressão de ar (através de um tubo de borracha munido de uma pêra ligado ao tubo)
eleva-se o líquido no interior do tubo de escoamento até encher a dilatação pequena e passar
um pouco acima da marca superior. Depois deixa-se o líquido escoar, para verificar se o
escoamento se processa convenientemente, sem que fiquem gotas aderidas as paredes do tubo.
5. Torna-se a elevar o líquido até uns dois centímetros acima da marca superior (a) e mantém-
se o líquido nesta posição pinçando-se o tubo de borracha.
6. Após munir-se de um cronômetro, abre-se a pinça e quando o menisco do líquido passar
pelo traço superior (a), dá-se partida ao cronômetro. Quando o menisco alcançar a marca
inferior (b), trava-se o cronômetro.
7. Repete-se a determinação quatro a cinco vezes com o mesmo líquido, e os tempos de
escoamento não devem diferir de mais de 0,2 segundos.
8. Sendo a experiência feita com o líquido em várias concentrações diferentes, pode-se
construir o gráfico da variação da viscosidade com a concentração.
9. Com auxilio de um densímetro, determine a densidade do líquido problema.

Encontra-se viscosidade relativa utilizando-se a Equação 2. A viscosidade absoluta


pode ser calculada multiplicando-se a viscosidade relativa de um líquido pela viscosidade
absoluta da água a 25º C, que é igual a 0,008 Poise.

2ª PARTE:

Repita o experimento, utilizando como líquido problema, o etanol a diferentes


concentrações conforme tabela abaixo:

Líquido Problema CONCENTRAÇÕES

Etanol 10 % 20 % 30 % 40 %

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3ª PARTE:

Repita o processo acima nas temperaturas de 10, 20, 30, 40 e 50°C, utilizando um
banho termostático. A temperatura de ebulição do líquido problema não pode ser próxima da
temperatura do banho.
O viscosímetro de Ostwald deve ser imerso no banho de modo que o líquido no seu
interior esteja sempre posicionado abaixo do nível da água do banho termostático.
Para cada temperatura, faça os experimentos com água e com os líquidos problemas.
Espere de 15 a 20 minutos para que se estabeleça o equilíbrio térmico antes de cada medição.
Utilizando um densímetro, determine a densidade da água na temperatura do banho
termostático.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

1. TRATAMENTO DOS DADOS

À pressão de 1 atmosfera, a viscosidade da água, segundo o National Bureau of


Standards, é dada na Tabela 2.

Tabela 2 – Coeficiente de viscosidade e densidade da água a várias temperaturas.


COEFICIENTE DE
TEMPERATURA DENSIDADE
VISCOSIDADE
(ºC) (g.cm-3)
(mP)
10 13,07 0,99973
15 11,39 0,99913
20 10,02 0,99822
25 8,904 0,99707
30 7,975 0,99568
35 7,194 0,99406
40 6,529 0,99225
50 5,468 0,98807
60 4,665 0,98323

Para cada líquido problema, complete a seguinte tabela.

Amostra ηH2O dH 2 O tH2 O damostra tamostra ηamostra

Obtenha a média dos resultados e calcule o desvio padrão. Discuta os erros e compare
seus resultados com os publicados.

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2. CAUSAS DE ERROS

2.1. Má limpeza do aparelho (presença de gorduras, poeira no tubo de escoamento)


2.2. Cronometragem errada.
2.3. A realização das medidas deve ser feita em um banho termostático a fim de manter uma
perfeita constância de temperatura. A viscosidade dos líquidos diminui, quando a temperatura
aumenta, o contrário acontece com os gases.
2.4. Se houver variação na posição do viscosímetro no momento de escoar ao passar de uma
para outra medida.

2. VISCOSÍMETRO DE HOPPLER (LÍQUIDOS MAIS VISCOSOS)

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

A determinação do coeficiente de viscosidade dos líquidos pode ser realizada


utilizando, também, o viscosímetro de HOPPLER (Figura 2). Fundamentalmente, para
líquidos mais viscosos (glicerinas, óleos, etc.), pode-se determinar a viscosidade relativa pelo
método da velocidade da queda de esferas de vidro através do líquido, usando o viscosímetro
de HOPPLER. Este método também é apropriado para determinar a viscosidade absoluta de
líquidos, usando a Equação 5.

(5)

em que:
t – Tempo de queda da esfera (s)
K – Constante específica da esfera (mPcm3), fornecido pelo fabricante (Tabela 3)
dS - Densidade da esfera (g.cm-3)
dL – Densidade do líquido (g.cm-3)
A densidade do líquido (dL), a uma certa temperatura, pode ser obtida no Handbook,
ou determinada experimentalmente.
A viscosidade relativa no método de HOPPLER pode ser determinada pela Equação 6.

(6)

Tabela 3 – Constante K da esfera em função do diâmetro.


DIÂMETRO DA ESFERA CONSTANTE K
(mm) ()
1 15,804 0,01041
2 15,652 0,07800
3 15,560 0,1292
4 15,020 1,165
5 13,500 10,6
6 10,000 40,5

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Instrumentação e Medidas 7

Figura 2 – Viscosímetro de Hoppler

EXPERIMENTAL

1. MATERIAL

Tabela 3 – Materiais e equipamentos

Material Quantidade
Reagentes líquidos
Sacarose 10mL
Água destilada 10mL
Vidraria
Viscosímetros de Hoppler 01
Provetas de 150 mL 02
Equipamentos
Banho Termostático 01
Outros materiais
Esferas de vidro 3 mm a 0,5 mm
1 paquímetro 01
Cronômetro 01
Termômetro 0 – 100 °C 01
Densímetro 01

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Instrumentação e Medidas 8

2. PROCEDIMENTO

1ª PARTE:

1. Pese a esfera a ser utilizada numa balança analítica e determine seu raio utilizando o
paquímetro.
2. Nivele o viscosímetro, previamente limpo, manejando os parafusos niveladores de altitude
até que a bolha de ar se situe bem no cento do visor.
3. Coloque, no viscosímetro, o líquido a ser estudado, sem deixar bolhas de ar. A altura do
líquido deve ser tal que as esferas atinjam o primeiro traço com uma velocidade constante.
Espere que se estabeleça o equilíbrio térmico e meça a temperatura do líquido.
4. Coloque a esfera no cilindro central e deixe-a cair sem formação de bolhas de ar.
5. Anote o tempo de queda entre os dois traços do visor.
6. Repita o experimento até que os resultados obtidos tenham concordância (3 vezes)
7. Determine a densidade do liquido estudado utilizando um densímetro.

Líquido
CONCENTRAÇOES
Problema

Solução de
5% 10 % 15 % 25 %
Sacarose

2ª PARTE:

Repita o mesmo procedimento em diferentes temperaturas utilizando um banho


termostático acoplado ao viscosímetro de Hoppler.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

1. TRATAMENTO DOS DADOS

Para cada medida, calcule o coeficiente de viscosidade utilizando a Equação 5 e a


Equação 6. Compare os resultados.
Para cada líquido problema, complete a seguinte tabela.

Amostra ηH2O dH2O tH 2 O damostra tamostra ηamostra

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Para uma mesma temperatura, obtenha a média dos resultados e faça um cálculo de
erro.
Para cada líquido, complete a seguinte tabela:

Temperatura
T-1 η Ln η
(K)

3. CONDUTIVIDADE

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

A condutância L, de um condutor é definida como sendo o inverso de sua resistência,


isto é,

(7)

na qual L é expressa em ohm-1, d é o comprimento do condutor, k é a condutividade ou


condutância específica e a área do condutor. A relação a d é denominada constante da célula.
A condutividade de uma solução eletrolítica varia com a concentração da solução, com
as cargas e a natureza dos íons e com a temperatura. Deste modo, é conveniente só comparar a
condutividade de soluções que contenham o mesmo número de cargas, trabalhando com a
condutância molar Λ, dada como a condutividade de soluções contendo um equivalente de
cargas por cm3:
1000.k (8)
L=
C
em que C é a concentração da solução em equivalentes por litro.
Para eletrólitos fortes, a condutância molar varia com a concentração C conforme
equação 9 abaixo. Extrapolando-se a uma concentração zero, tem-se o valor da condutância
molar à diluição infinita, Λ0. A relação entre a condutância molar e a condutância molar à
diluição infinita é:
L = L 0 - b. C (9)
sendo b uma constante.
Para soluções aquosas de KCl a 25ºC, a relação entre a condutância molar e a
concentração em equivalentes por litro pode ser calculada a partir da equação empírica de
SHEDLOWSKY (Equação 10):
(
L = 149,82 - 93,85 C + 94,9.C. 1 - 0,2274 C ) (10)

A condutância molar de um eletrólito à diluição infinita é o resultado das


contribuições do cátion e do ânion, tal que:
L 0 = l+ + l- (11)

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Instrumentação e Medidas 10

sendo l+ e l - as condutâncias iônicas molares do cátion e do ânion, respectivamente.


Para Eletrólitos fracos, de acordo com a lei de diluição de Ostwald, os mesmos não se
dissociam completamente e possuem condutividade menor do que eletrólitos fortes. Com o
aumento da concentração o equilíbrio de dissociação é deslocado na direção das moléculas
não dissociadas. O grau de dissociação α de eletrólitos fracos é o quociente da condutividade
molar dividido pela condutância molar da diluição infinita conforme a Equação 12.
Lm
a= (12)
L0
O valor limite da condutividade molar de eletrólitos fracos à diluição infinita é
alcançado a concentrações extremamente baixas não sendo possível, portanto, fazer-se
medições exatas nestas concentrações. A Equação 13, derivada da lei de diluição de Ostwald,
pode ser usada para obtenção da condutância molar à diluição infinita, nestes casos.

1 1 L .C (13)
= + m 2
L m L 0 K .L 0
em que K é a constante de dissociação dos eletrólitos fracos.
Na Equação 13 pode ser observado que existe uma relação linear entre o inverso da
condutividade molar e o produto da condutividade molar pela concentração do eletrólito
fraco, e dessa forma, o valor da condutividade molar à diluição infinita pode ser obtido por
extrapolação do gráfico entre o inverso da condutividade molar versus o produto da
concentração pela condutividade molar.
Além disso, o valor de K é dado pela Equação 14:

a2 (14)
K= C
1-a

EXPERIMENTAL

1. MATERIAL

Tabela 4 – Materiais e equipamentos

Material Quantidade
Reagentes líquidos
Cloreto de potássio 0,1 M 250mL
Ácido acético 0,05M 250mL
Vidraria
Balão volumétrico de 100mL 10
Balão volumétrico de 250 mL 01
Béquer de 100 mL 02
Bureta de 50 mL 01

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Instrumentação e Medidas 11

Pipeta volumétrica de 50 mL 01
Equipamentos
Banho Termostático 01
Condutivímetro 01

2. PROCEDIMENTO

2.1. Calibração da célula

1. Prepare duas soluções de 100 mL de cloreto de potássio nas concentrações 0,1 e 0,01M;
2. Lave cuidadosamente as células de condutividade com álcool etílico e depois com água
destilada, tomando precauções para evitar a sua quebra. Coloque-as em água deionizada,
enquanto não as estiver usando;
3. Ligue a célula de condutividade;
4. Tome 100 mL de água deionizada e realize a leitura da condutividade, em seguida aperte a
tecla calibração para zerar o leitor.

2.2. Determinação da condutância molar e da constante da célula

1. Prepare 10 soluções de cloreto de potássio, de 100 mL, cujas concentrações variam de 0,1 a
0,00005 N (usando o método da diluição);
2. Coloque as soluções do eletrólito forte na mesma temperatura e determine as
condutividades de cada solução;
3. Após cada determinação lave bem a célula com água deionizada e em seguida lave-a várias
vezes com a solução a ser medida.

2.3. Determinação da constante de dissociação do ácido acético

1. A partir da solução de ácido acético 0,05M prepare, por diluição, mais quatro soluções nas
concentrações 0,01M; 0,025M; 0,005M e 0,0025M.
2. Coloque todas as soluções do eletrólito fraco na mesma temperatura e determine as
condutividades de cada solução.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

1. TRATAMENTO DOS DADOS

Dos resultados das medições no condutivímetro para as soluções do cloreto de


potássio e ácido acético preenche-se a seguinte tabela com os valores das condutâncias lidas
do condutivímetro e das condutâncias molares calculadas da Equação 13. Para o ácido acético
é obtida a seguinte tabela.

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Instrumentação e Medidas 12

Concentração Condutividade Condutividade Λ.C 1/ Λ


(mol/L) (µS/cm) molar
(Scm2/mol)
0,5

0,01

0,025

0,005

0,0025

Outro tabelamento equivalente deverá ser montado para o caso do cloreto de potássio.
Neste caso deverá ser feito um gráfico da condutividade molar versus a raiz quadrada da
concentração.

REFERÊNCIAS
Práticas de Físico-Química – vol. 1 – Alcides Caldas
Manual de Laboratório de Físico-Química – Willie Alves Bueno e Léo Degreve, Editora
McGraw-Hill do Brasil, 1980.
Physical Chemistry – Daniel and Alberty – 1955
Laboratory Manual of Physical Chemistry – H.D. Crock Ford e J. M. Nowell
Elements of Physycal Chemistry, Glasstone – 1946
Physical Chemistry, Moore
Fundamentals of Physycal Chemistry, Pruten and Maron
Eperimental Physical Chemistry, Mathews, Williams, Bender Alberty
Experiments in Physical Chemistry – Steinbaach King

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