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Anotações de Aulas
aplicadas aos Cursos Técnico
em Eletroeletrônica e
Eletromecânica ministradas
pelo Professor Sinésio
Raimundo Gomes.
Araraquara
2014
Sinésio Raimundo Gomes
Engenheiro Eletricista - sinesiogomes@yahoo.com.br
CDU 621
SUMÁRIO
1 EQUIPAMENTOS Á MOTOR .................................................................................... 8
1.1 Características dos motores de indução.................................................................... 10
1.2 Formulas e cálculos utilizadas nos Motores AC ...................................................... 12
2 COMPONENTES DE COMANDOS ELÉTRICOS .................................................. 14
2.1 Tomadas industriais com bloqueio mecânico .......................................................... 14
2.2 Chaves seccionadoras ................................................................................................. 16
2.3 Fusíveis Diametral (Diazed) e NH ............................................................................ 17
2.4 Disjuntor Motor .......................................................................................................... 20
2.5 Botoeiras e Chaves de Comando ............................................................................... 21
2.6 Interruptores de limite de curso ................................................................................ 24
2.7 Dispositivos de Sinalização ........................................................................................ 26
2.8 Interfaces de Relés ...................................................................................................... 27
2.9 Relés temporizados..................................................................................................... 28
2.10 Contator de comando ................................................................................................. 29
2.11 Relé Térmico................................................................................................................ 31
3 DIAGRAMA DE COMANDOS ................................................................................ 34
3.1 Projeto de Diagrama de Comandos .......................................................................... 37
3.2 Diagrama de Comandos com Software CADe Simu ............................................... 38
4 PARTIDA DE MOTORES POR CHAVES MECÂNICAS ....................................... 40
4.1 Diagrama elétrico de Partida de Motor com Chave Manual .................................. 40
4.2 Partida Manual de Motores ....................................................................................... 41
4.3 Partida e Reversão com Chave Seccionadora ........................................................... 42
4.4 Partida Estrela Triângulo com Chave Seccionadora................................................ 42
5 PARTIDA DE MOTORES POR COMANDOS ELÉTRICOS .................................. 44
5.1 Acionamentos por Botoeiras e Contator ................................................................... 44
5.2 Partida Direta de Motor ............................................................................................. 44
5.3 Partida e Reversão de Motor...................................................................................... 45
5.4 Partida, Reversão e Freio CC de Motor .................................................................... 46
5.5 Partida Estrela Triângulo de Motor .......................................................................... 47
5.6 Partida Compensadora de Motor .............................................................................. 47
5.7 Semáforo de Pedestre por Temporizador ................................................................. 48
6 PARTIDA DE MOTORES POR SOFT-STARTER .................................................... 50
6.1 Diagrama de Partida com Soft-Starter ...................................................................... 51
7 PARTIDA DE MOTORES POR INVERSORES ........................................................ 54
7.1 Parâmetros de um inversor de Inversores de frequência ........................................ 56
1 EQUIPAMENTOS Á MOTOR
Os equipamentos á motor constituem cargas em que a corrente elétrica durante a
partida é bastante superior á de
funcionamento normal. A potência elétrica em
funcionamento é determinada pela potência
mecânica no eixo. Estas características podem
resultar em sobrecarga á instalação se não
houver proteção adequada. Os circuitos que
alimentam equipamentos á motor devem
possuir proteção contra correntes de
sobrecargas que suportem a corrente de
partida do motor.
As quedas de tensão entre a origem (QD) e os terminais dos motores não devem
ultrapassar 4% nos circuitos alimentados por rede pública em baixa tensão e 7% nas redes
com alimentadas com transformador próprio durante o funcionamento normal do motor.
Durante a partida a queda máxima admitida é de 10%.
Os motores elétricos são máquinas que recebem energia elétrica da rede e fornecem
energia mecânica através da movimentação de seu eixo. Quando um motor é energizado,
este exige uma corrente (corrente de partida) extremamente elevada, podendo atingir
valores de 6 a 10 vezes o valor nominal especificado.
Se o motor é
energizado em vazio
(sem carga) ele
adquire rapidamente
sua velocidade
nominal e a
diminuição da
corrente de partida
será rápida também.
Porém, se o motor partir “em carga” a situação é mais complicado, pois as correntes serão
maiores e as solicitações elétricas dos dispositivos de acionamento também serão elevadas.
Os componentes utilizados no circuito á motor devem possuir as funções de
seccionamento, proteção contra correntes de curto-circuito e sobrecarga além de comando
funcional. A potência elétrica do motor em CV é essencial para a seleção do dispositivo de
partida, ela indica a "força" disponível para executar o trabalho (girar o eixo do motor,
elevar um peso, etc.).
A categoria de emprego determina exatamente para que finalidade possa ser
aplicada um equipamento em função da corrente e tensão nominal. Cargas indutivas tais
como motores de anéis sem reversão, sem frenagem por contracorrente ou com partida em
estrela-triângulo se enquadram na categoria AC2. Já cargas fortemente indutivas, tais
como partida direta de motores de gaiola em onde ocorre desligamento com carga se
enquadram na categoria AC3. E finalmente cargas fortemente indutivas constituídas por
motores de gaiola com frenagem por contracorrente e reversão na categoria AC4.
Para estas situações a utilização de componentes elétricos com o correto
dimensionamento e instalação são fundamentais para um desempenho satisfatório e não
sobrecarregar a rede e os componentes elétricos. A capacidade elétrica dos componentes
utilizados deve ser maior ou no mínimo igual à potência do motor e/ou equipamento a
ser comandado. É recomendável que os dispositivos operem a 75% da potência nominal
especificada pelo fabricante.
existem dois tipos de ligação: Triângulo: a tensão nominal é de 220 V e Estrela: a tensão
nominal é de 380 V.
No caso do motor de 12 pontas, existem quatro tipos possíveis de ligação: Triângulo
em paralelo: a tensão nominal é 220 V; Estrela em paralelo: a tensão nominal é 380 V;
Triângulo em série: a tensão nominal é 440 V e Estrela em série: a tensão nominal é 760 V.
Nota-se que nas figuras são
mostradas as quantidades de bobinas
constituintes de cada motor. Assim um
motor de seis pontas tem três bobinas e um
de 12 pontas tem seis bobinas. Como cada
bobina tem duas pontas, a explicado o
nome é explicita.
A união dos contatos segue uma determinada ordem padrão. Existe uma regra
prática para fazê-lo: numeram-se sempre os
terminais de fora com 1, 2 e 3 e ligam-se os
terminais faltantes. No caso do motor de 12
pontas deve-se ainda associar o série
paralelo com as bobinas correspondentes,
como por exemplo. Deixa-se a cargo do
aluno, a título de exercício a identificação
dos terminais na ligação estrela em série.
Uma última característica importante do motor de indução a ser citada é a sua placa
de identificação, que traz informações importantes, listadas a seguir:
• CV: Potência mecânica do motor em cv;
• Ip/In: Relação entre as correntes de partida e nominal;
• Hz: Frequência da tensão de operação do motor;
• RPM: Velocidade do motor na frequência nominal de operação;
• V: Tensão de alimentação;
• A: Corrente requerida pelo motor em condições nominais de operação;
• F.S.: Fator de serviço, quando o fator de serviço é igual a 1,0, isto implica que o
motor pode disponibilizar 100% de sua potência mecânica.
fechamento do interruptor com o plugue inserido o que impede a retirada do plugue com
o interruptor fechado.
O disjuntor motor deve ser ajustado ao valor nominal do motor. São necessárias
correntes maiores na partida do motor. Durante o período de partida, o disjuntor motor
deixará a corrente passar e não disparará, seguindo os padrões internacionais e as curvas
para partida de motor e operação.
faz mediante um pequeno giro do botão no sentido horário, o que destrava o mecanismo e
aciona automaticamente os contatos de volta a mesma situação de antes do acionamento.
Chave seletora: Possui duas ou mais posições e permite selecionar uma entre várias
posições em um determinado processo com (C) ponto de contato comum. Também pode
ser chamada de chave comutadora, contato three-way ou contato paralelo. Esse tipo de
chave representa uma função composta, sendo a parte superior um contato NF e a parte
inferior um contato NA.
As chaves seletoras também são conhecidas como
chaves rotacionais. Elas utilizam os contatos NA ou NF para
sua representação, idênticos às botoeiras, essas têm a
mesma funcionalidade.
Existem as chaves seletoras que funcionam com
duas, três ou mais posições. Não há interligações elétricas
entre os contatos das diferentes posições. Caso as
interligações sejam necessárias, o projetista deverá prever essas ligações.
Roletes Escamoteáveis são chaves de roletes que somente comutam os contatos das
chaves se forem acionados num determinado sentido de direção. Os roletes escamoteáveis,
também conhecidos na indústria como gatilhos.
Esta chave fim de curso, somente inverte seus contatos quando o rolete for atuado
da esquerda para a direita. No sentido contrário, uma articulação mecânica faz com que a
haste do mecanismo dobre, sem acionar os contatos comutadores da chave fim de curso.
Dessa forma, somente quando o rolete é acionado da esquerda para a direita, os contatos
da chave se invertem permitindo que a corrente elétrica passe pelos contatos 11 e 14 e seja
bloqueada entre os contatos 11 e 12. Uma vez cessado o acionamento, os contatos
retornam à posição inicial, ou seja, 11 interligado com 12 e 14 desligado.
Por receber baixa tensão na bobinas as interfaces de relés podem serem utilizadas
juntamente com botões de comando para controlar bobinas de contatores de potência cuja
tensão da bobina é de 220 volts.
A bobina do relê interface é controlado pelo CLP ao passo que o contato normal
aberto do relé garante o acionamento do contator. A comutação da bobina dá origem a
sobretensões que têm efeitos adversos sobre os dispositivos eletrônicos, geralmente os relé
de interface são equipados com supressores de surtos composto de um diodo, em
antiparalelo com a bobina do relé.
Os relês de interface possuem um baixo consumo de energia no contexto dos
sistemas eletrônicos. A ligação de limitadores de sobretensão eleva a vida útil de relês
acopladores.
Quando este evento ocorrer, o relé temporizado desligará e seu ajuste de tempo
normalizará, zerando o valor da contagem. Este temporizador é muito útil quando
precisamos atrasar a ativação de algum equipamento, como, por exemplo, quando
partimos um motor de uma máquina. Nesse caso, muitas vezes necessitamos que alguns
equipamentos fiquem desligados por um pequeno intervalo de tempo até que o motor
chegue à sua velocidade de trabalho.
Relé TOF (off delay) - É utilizado quando necessitamos deixar um equipamento
ligado durante certo tempo, mesmo após a condição de ativação ser desligada.
Como exemplo de aplicação
podemos citar um sistema de refrigeração
em que a ventilação precisa ficar acionada
mesmo após a máquina ter sido desligada.
Existem no mercado consumista os
mais diversos e variados tipos
temporizadores, cada um com um
determinado meio de utilização.
que pode ultrapassar a corrente nominal do motor. Pode ser também, ocasionada por falta
de uma das fases, num motor trifásico ou uma elevação de corrente devido a deficiências
mecânicas na instalação, como alinhamentos, acoplamentos, etc.
Quando o sistema é trifásico existem
três conjuntos desse montados num mesmo
invólucro e atuam sobre um único piloto de
forma que qualquer das três fases que
apresentar sobre-corrente, pode fazer
acionar o contato elétrico de comando, que
é único, embora possam haver dois conjuntos de contatos(comum, normal aberto e normal
fechado).
Os relés térmicos possuem curvas características que relacionam os múltiplos da
corrente de ajuste e o tempo de desarme, alem de ter curvas a frio, tendo a temperatura
ambiente sem carga como referencia e curvas a quente, com as lâminas aquecidas com a
corrente de ajuste.
Na figura 1 a seguir está o símbolo de um relé térmico trifásico, com contatos de
comando: Comum, Aberto e fechado.
De acordo com a curva, com 1,5 x a corrente de ajuste o relé desarmaria com 200 s,
na curva a quente com a mesma corrente o desarme ocorre com 50 s. Ou seja, a cada vez
que se rearma após uma sobrecarga que permanece, o rele desarma cada vez mais cedo.
Isso serve para proteger o motor de partidas sucessivas com sobrecarga, ainda mais que o
calor é cumulativo na carcaça do motor.
3 DIAGRAMA DE COMANDOS
Para poder analisar um circuito elétrico industrial deve ter em mente um conceito
fundamental: tratar o circuito em duas partes separadas
(circuito de comando, e circuito de força). O circuito de
comando mostra a “lógica” com que o circuito de força deve
operar e é composto porBotoeiras que realizam juntamente
com os Contatores o comando funcional do motor. O circuito
de força, por sua vez, estabelece ou não a energia para a carga
e é composto por Fusíveis, Relé Térmico e Contatores .
Botoeiras São elementos de comando que servem para
energizar ou desenergizar contatores, sendo que comutam seus contatos NA ou NF
através de acionamento manual.
Podem variar quanto às cores, formato e proteção do acionador, quantidade e tipos
de contatos, e reação ao acionamento. Quanto ao formato e
proteção do acionador temos desde as botoeiras tipo soco,
que têm o acionador grande na forma de “cogumelo”, sendo
de fácil acionamento, destinadas à situações de emergência;
até as botoeiras com acionador protegido por tampa, que
evitam o acionamento por toque acidental e somente devem
ser operadas conscientemente.
A variação quanto à reação ao acionamento consiste de dois tipos: as de
posição mantida que trocam a condição do contado NA ou NF toda vez que são operadas
e permanecem na nova posição até o próximo acionamento; e as pulsantes, que trocam a
condição do contato somente enquanto existir a pressão
externa, voltando às condições iniciais assim que cesse a
mesma.
Fusíveis são elementos de proteção contra curto-
circuito que operam pela fusão de seu elo, que é o elemento
especialmente projetado para se fundir com o aquecimento
provocado pela passagem de corrente elétrica acima de
determinado valor.
Os Fusíveis Diazed cujas características são do elo ser feito de cobre e a fusão se dar
em um ambiente cheio de areia, o que propicia fácil extinção do arco, fazendo com que
cortem correntes de até 100 kA com segurança. Possuem também a sinalização de queima
e são feitos nas versões rápido e retardado, sendo este último utilizado em circuitos de
motores, não atuando indevidamente durante a partida, dos mesmos, instante no qual é
solicitada uma corrente de 8 vezes a corrente nominal do motor.
Contatores são dispositivos que permitem basicamente ligar/desligar qualquer
dispositivo elétrico sem que seja necessário conectar/desconectar a rede elétrica
manualmente, isto é possível pois os contatores são produzidos com uma bobina interna,
que ao ser acionada cria um campo magnético que inverte todos os contatos de um
contator, realizando assim a ação de ligar/interromper o circuito, além da função básica
de realizar o trabalho de ligar/desligar o circuito, os contatores possuem contatos
auxiliares, e são estes contatos que utilizamos para realizar circuitos lógicos com os
contatores.
Os contatos terminados em 1 e 2, por exemplo 11, 12,
21, 22, etc são os contatos normalmente fechados, que se
tornam abertos quando o contator é acionado. Já os contatos
terminados em 3 e 4, por exemplo 33, 34, 23, 24, etc são os
contatos normalmente abertos, que se tornam fechados
quando o contator é acionado. Sendo assim, você pode
utilizar todos estes contatos para realizar qualquer tipo de lógica.
Relé térmico é um relé de sobrecorrente de atuação temporizada efetuada por um
bimetal. O bimetal consiste de duas lâminas, de dois matérias com coeficientes de
dilatação diferentes, coladas longitudinalmente, e sendo enrolado sobre elas um condutor,
no qual passa a corrente da carga .
Com a passagem desta corrente, o calor dissipado faz
com que estas duas lâminas se dilatem de forma desigual,
fazendo uma deflexão, responsável pela
abertura/fechamento de contatos auxiliares, localizados na
sua extremidade livre. A atuação da proteção, com
consequente parada do motor, se dá através da bobina do
contator “entra” e o contato de selo também. Como ele está em paralelo com a chave liga
(L), mesmo após tirarmos o “dedo”, o sistema continuará ligado. Para desligar, basta
pressionarmos a chave desliga (D) que, por ser normalmente fechada (uma vez acionada),
interromperá o processo.
seguida colocar a senha (Digite: 4962) na caixa “Clave de acesso a CADe_SIMU”. Tendo
feito isso a tela do software irá abrir e está tudo pronto para começar.
Na barra de ferramentas há ícones que abrem a biblioteca de símbolos elétricos que
estão agrupados por funções de: Alimentações, Fusíveis, Proteções, Contatores, Motores,
etc...
Vamos então inserir a rede trifásica para podermos alimentar nossas cargas
(Motor). Vamos selecionar a rede trifásica. Depois é só clicar sobre a área onde é
desenhado o diagrama e arrastar o mouse.
Pronto, criamos a rede trifásica, você
pode criar com este ícone de três linhas ou
uma a uma (você é quem escolhe). Vamos
adicionar os fusíveis, o contator, o relé
térmico e o motor.
OBS: Clicando duas vezes sobre o
contato é possível alterar as TAG`s
(nomenclaturas) destes, faça isto para
melhor organizar seu diagrama.
Utilize as linhas para interligar os
componentes e não se esqueça de colocar os
nós em todos os cruzamentos das linhas. Com todos os componentes identificados vamos
incluir a alimentação na linha. Vamos montar o diagrama de comando, encontre os
contatos necessários para satisfazer sua necessidade. No meu exemplo estarei utilizando a
partida direta de motor trifásico. Execute os mesmos procedimentos do diagrama de
potência, colocando os contatos e nomeando-os.
OBS: Não se esqueça da alimentação do diagrama de comando e também coloque
os “nós” em cada intersecção de fases.
Vamos à simulação: Com o diagrama pronto click no botão de PLAY, Acione os
disjuntores, Acione os botões para começar a simulação. Veja se o comando corresponde
ao que se espera.
sua tensão nominal. Através desta manobra o motor realizará uma partida mais suave,
reduzindo sua corrente de partida em aproximadamente 1/3 da que seria se acionado em
partida direta. O uso de Partida Estrela-triângulo exige que o motor tenha disponível pelo
menos seis terminais e que a tensão nominal seja igual à tensão de triângulo do motor. O
fechamento para triângulo só deverá ser feito quando o motor atingir pelos menos
noventa por cento da rotação nominal. Logo a mudança estrela-triângulo deverá estar
baseado neste fato.
manobras por hora. Este tipo de partida esta previsto na norma de proteção IEC 60.947-4,
que visa a eliminar os riscos para as pessoas e instalações, ou seja, desligamento seguro da
corrente de curto-circuito. Não pode haver danos ao relé de sobrecarga ou outro
dispositivo, com exceção de leve fundição dos contatos do contator e estes permitam fácil
separação sem deformação significativa.
Funcionamento do
circuito de Partida Direta de
motor por contator protegido
por fusível e relé térmico.
LIGAR: Estando sob
tensão os bornes R,S ,T e o
circuito de comando.
Apertando-se o botão S2 a
bobina do contator KM1 ( A1,
A2) será energizada, esta ação faz fechar os contatos principais do contator KM1 (1 com 2;
3 com 4; 5 com 6) e o contato de selo KM1 (13,14). A bobina se mantém energizada através
do contato de selo KM1 (13,14) e o motor funcionará.
DESLIGAR: Para interromper o funcionamento do contator, pulsamos o botão S1;
este se abrirá, eliminando a alimentação da bobina, o que provocará a abertura do contato
de selo KM1 (13,14) e, consequentemente, dos contatos principais de KM1 ocasionando a
parada do motor.
Relé de sobrecarga deve ser ajustado para a corrente de serviço (nominal do motor). Este
tipo de partida esta previsto na norma de proteção IEC 60.947-4, que visa a eliminar os
riscos para as pessoas e instalações, ou seja, desligamento seguro da corrente de curto-
circuito. O conjunto estará incapaz de continuar funcionando após o desligamento,
permitindo danos ao contator e o relé de sobrecarga ou outro dispositivo.
facilidades que podem ser disponibilizadas no soft-starter por meio de um módulo extra,
ou de parâmetros, como relé eletrônico, frenagem CC ou CA, dupla rampa de aceleração
para motores de duas velocidades e realimentação de velocidade para aceleração
independente das flutuações de carga.
A maioria dos soft-starters modernos têm um circuito de economia de energia. Essa
facilidade reduz a tensão aplicada para motores a vazio, diminuindo as perdas no
entreferro, que são a maior parcela de perda nos motores com baixas cargas. Uma
economia significante pode ser experimentada para motores que operam com cargas de
até 50% da potência do motor.
São vários os processos de se realizar a partida nos motores de indução trifásica.
Cada um desses processos apresenta suas vantagens e desvantagens, dependendo do
aspecto particular ou do parâmetro que se quer considerar.
São muitas as grandezas envolvidas,
tais como corrente de partida, torque
inicial, tempo de aceleração, números de
operações consecutivas, etc, que o
engenheiro projetista deve conhecer em
detalhes cada processo, para o dimensionamento e parametrização dos vários
componentes.
da velocidade do motor de indução trifásico. Nesse caso, a variação de velocidade era feita
por meio de dispositivos com embreagens, com grande perda de energia.
O aparecimento de circuitos eletrônicos controlados por tiristores veio permitir, não
só o controle de variação da velocidade do motor de indução trifásico em serviço, como
também o controle de realizar partidas e paradas suaves da máquina. Esses dispositivos
eletrônicos representam uma nova era no campo de aplicação do motor de indução
trifásico, são os conversores de freqüência e soft-starters que trazem grandes vantagens no
controle de partida e parada nos motores de indução trifásicos.
A conciliação do aproveitamento das vantagens ocasionadas, com a necessidade de
se eliminar alguns inconvenientes, é um apelo à capacidade dos engenheiros eletricistas no
sentido de se aperfeiçoar cada vez mais, os dispositivos de partida em motores de
indução.
A IHM é uma interface simples que permite a operação e programação da soft-
starter. Suas principais indicações são: 1- Indicação do Estado de operação da soft-starter,
bem como as variáveis principais. 2- Indicação e reset dos erros. 3- Visualização e alteração
dos parâmetros ajustáveis. 4- Operação da soft-starter.
Para que o inversor funcione a contento, não basta instalá-lo corretamente. É preciso
"informar" a ele em que condições de trabalho irá operar. Essa tarefa é justamente a
parametrização do inversor. Quanto maior o número de recursos que o inversor oferece,
tanto maior será o número de parâmetros disponíveis.
Veremos os principais parâmetros com os endereços e particularidades do inversor
SIMOVERT. MICROMASTER do fabricante SIEMENS, porém um mesmo parâmetro, com
certeza, muda de endereço de fabricante para fabricante. Isso não deverá dificultar o
trabalho com inversores de outras marcas e modelos, pois basta associarmos com os
indicados pelo manual do fabricante especifico.
informarmos ao inversor qual é a tensão nominal em que o motor irá operar. Suponha que
o motor tenha tensão nominal 220VCA.
Parâmetro P083 - Corrente nominal do motor: Esse parâmetro determina o valor de
corrente que será utilizado nos cálculos que serão feitos pelo inversor, como por exemplo
para protegê-lo de sobrecargas.
Parâmetro P003 - Frequência mínima de saída: Esse parâmetro determina a
velocidade mínima do motor. Pode variar de 0,0Hz a 650Hz, porém deve ser sempre
menor que a frequência máxima.
Parâmetro P013 - Frequência máxima de saída: Esse parâmetro determina a
velocidade máxima do motor. Pode variar de 0,0Hz a 650Hz, porém deve ser sempre
maior que a frequência mínima.
Parâmetro P031 - Frequência de JOG: JOG (impulso) é um recurso que faz o motor
girar com velocidade bem baixa. Isso facilita o posicionamento de peças antes da máquina
funcionar em seu regime normal. Por exemplo: Encaixar o papel em uma bobinadeira,
antes do papel ser bobinado efetivamente.
Parâmetro P002 - Tempo de partida (rampa de aceleração): Esse parâmetro indica
em quanto tempo deseja-se que o motor chegue a velocidade programada, estando ele
parado. Pode variar de 0 a 650 segundos. Você pode pensar: "Quanto mais rápido melhor".
Mas, caso o motor esteja conectado mecanicamente a cargas pesadas ( Ex: placas de tornos
com peças grandes, guindastes, etc...), uma partida muito rápida poderá “desarmar"
disjuntores de proteção do sistema. Isso ocorre, pois o pico de corrente, necessário para
vencer a inércia do motor, será muito alto. Portanto, esse parâmetro deve respeitar a massa
da carga, e o limite de corrente do inversor.
Parâmetro P003 - Tempo de parada (rampa de desaceleração): O inversor pode
produzir uma parada gradativa do motor. Essa facilidade pode ser parametrizada
variando de 0 a 650 segundos, e, como a anterior, deve levar em consideração a massa
(inércia) da carga acoplada.
Parâmetro P006 - Tipo de referência de entrada: • Ajuste = 0 a entrada significativa
é digital. • Ajuste = 1 a entrada significativa é analógica. • Ajuste = 2 a velocidade é fixada
dependendo da programação das entradas binárias (P051 a P055).
Esse parâmetro diz ao inversor como vamos controlar a velocidade do motor. Caso
esteja em 1 , a velocidade será proporcional a tensão analógica de entrada. A entrada
digital será ignorada. Caso o parâmetro esteja em 0, a velocidade será controlada por um
sinal digital (na entrada digital), e o sinal analógico não mais influenciará.
Parâmetro P076 - Frequência de chaveamento PWM: Esse parâmetro determina a
frequência de PWM do inversor. Para este modelo, a mesma pode ser 2KHz, 4KHz, 8KHz
ou 16KHz. Para evitarmos perdas no motor, e interferências eletromagnéticas (EMI),
quanto menor essa frequência, melhor.
O único inconveniente de parametrizarmos o PWM com frequências baixas (2 ou 4
kHz) é a geração de ruídos sonoros, isto é, a máquina fica mais “barulhenta”. Portanto,
devemos fazer uma "análise crítica" das condições gerais do ambiente de trabalho, antes de
optarmos pelo melhor PWM. Como dito anteriormente, existe uma infinidade de
parâmetros nos inversores. Nesta aula, foram mostrados apenas os 10 principais, que já
serão suficientes para "colocar para rodar" qualquer máquina.
Para parametrizar um inversor diferente do estudado, basta consultar o manual do
fabricante, e fazer uma analogia com este artigo.