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Máquinas Elétricas II

Máquina de Corrente Contínua em Regime Gerador


Semestre de inverno 2021/2022

Turno 4 Grupo 3

João Barrocas Nº45961

António Ferreira Nº 45993

Carlos Malenha Nº 45981


Área Departamental de Engenharia Eletrotécnica de Energia e Automação

Índice
Objetivos ...........................................................................................................................................3
Introdução Teórica .............................................................................................................................3
Material Utilizado ..............................................................................................................................3
Procedimento Experimental ...............................................................................................................4
Ensaios com excitação separada............................................................................................................... 4
Ensaio em vazio ..................................................................................................................................... 4
Ensaio em carga .................................................................................................................................... 4
Ensaio em carga com excitação em derivação ......................................................................................... 4
Ensaio em carga com excitação composta subtrativa .............................................................................. 4
Ensaio em carga com excitação composta aditiva ................................................................................... 4
Esquemas de Ligações ........................................................................................................................5
Resultados Experimentais ..................................................................................................................6
Gerador DC com Excitação Separada........................................................................................................ 6
Ensaio em Vazio .................................................................................................................................... 6
Ensaio em Carga. ................................................................................................................................... 6
Gerador DC com Excitação em Derivação ................................................................................................ 7
Ensaio em Carga .................................................................................................................................... 7
Resistência dos enrolamentos do gerador DC .......................................................................................... 7
Gerador DC com Excitação Composta Subtrativa ..................................................................................... 8
Ensaio em Carga .................................................................................................................................... 8
Gerador DC com Excitação Composta Aditiva .......................................................................................... 8
Análise de Resultados ........................................................................................................................9
Excitação Separada - Ensaio em Vazio ...................................................................................................... 9
Excitação Separada - Ensaio em Carga ..................................................................................................... 9
Análise das quedas de tensão em regime gerador ................................................................................. 10
Excitação em Derivação – Ensaio em Carga............................................................................................ 11
Excitação Composta Aditiva – Ensaio em Carga ..................................................................................... 12
Excitação Composta Subtrativa – Ensaio em Carga ................................................................................ 13
Comparação das diferentes Excitações através das suas Características Magnéticas ........................... 14
Conclusões ...................................................................................................................................... 15

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Semestre de inverno 2021/2022 – Máquinas Elétricas II – Grupo 3
Área Departamental de Engenharia Eletrotécnica de Energia e Automação

Objetivos

• Ensaio em vazio e em carga do gerador de excitação separada para a caracterização dos seus
circuitos indutor e induzido. Determinação e análise das quedas de tensão em regime gerador.
• Análise do funcionamento da máquina de corrente contínua como gerador autoexcitado em
regime permanente. Verificar e testar a influência do enrolamento série no funcionamento do
gerador.

Introdução Teórica

A máquina DC em regime de gerador recebe energia mecânica através do veio do rotor, transformando-
a em energia elétrica aos seus terminais. A energia elétrica é gerada pelo movimento de rotação do rotor
através de um campo magnético e este movimento cria uma força eletromotriz aos terminais das secções
do gerador fazendo assim a conversão eletromagnética.

Para a concretização dos objetivos realizaram-se 5 ensaios. O ensaio em vazio permite-nos obter a
característica magnética da máquina. Nos ensaios com o gerador DC com excitação separada, a corrente
de excitação é independente da corrente do induzido. Como no ensaio em vazio a corrente do induzido
vai ser nula, podemos analisar o valor da força eletromotriz que a máquina produz internamente (𝐸0 ) para
vários valores da corrente de excitação. Com o ensaio em carga é possível obter as quedas de tensão
interna totais do gerador: a q.d.t. do induzido, a q.d.t nas escovas e uma q.d.t fictícia, que representa a
reação magnética do induzido.

No ensaio em carga do gerador DC de excitação em derivação, montamos o equipamento de modo a ter


o reóstato de campo em paralelo com o gerador, não sendo necessário uma fonte externa. No ensaio de
excitação composta (aditivo e subtrativo), montamos o equipamento de modo a incluir um enrolamento
série para podermos verificar a sua influência na tensão de saída para diferentes cargas. Estes ensaios
permitem-nos retirar e analisar as respetivas características externas e a maneira como a máquina se
comporta em regime gerador com as diferentes excitações.

Material Utilizado
• 3 Amperímetros;
• 2 Voltímetro;
• Ohmímetro;
• Conta-rotações;
• Reóstato de campo;
• Autotransformador
• Ponte retificadora;
• Variador de Velocidade;
• Motor DC;

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Procedimento Experimental
Ensaios com excitação separada
Ensaio em vazio
• Ligou-se o esquema de montagem da figura 1 com os interruptores-fusíveis do circuito de carga
abertos;
• Regulou-se, através do variador de velocidade, a velocidade do motor auxiliar (que está
acoplado mecanicamente ao nosso gerador) para 1500 rpm;
• Rodou-se gradualmente o volante do reóstato de campo, que inicialmente, estava no máximo,
até se atingir o ponto mínimo do reóstato de campo, registando-se os valores de força
eletromotriz e de corrente de excitação correspondentes.
Ensaio em carga
• Ligou-se o esquema de montagem da figura 1 com os interruptores-fusíveis do circuito de carga
fechados;
• Regulou-se, através do variador de velocidade, a velocidade do motor para 1500 rpm;
• Regulou-se o reóstato de campo para obter tensão nominal em vazio e foi deixado nesta posição
durante a realização do ensaio, de forma ao valor do reóstato de campo ser constante;
• Adicionou-se carga gradativamente registando-se valores de corrente e tensão na carga até
atingir a corrente nominal e sem baixar a velocidade de 1500 rpm.
Ensaio em carga com excitação em derivação
• Ligamos o esquema de montagem da figura com os interruptores da carga fechados;
• Inserimos uma velocidade de 1500 rpm através do variador de velocidade da bancada;
• Regulamos o reóstato de campo até se obter a tensão nominal;
• Adicionou-se carga gradativamente registando-se valores de corrente e tensão na carga até ao
limite máximo de 25% de sobrecarga especificado pelo fabricante e sem baixar a velocidade de
1500 rpm.
Ensaio em carga com excitação composta subtrativa
• Ligamos o esquema de montagem da figura 3 (subtrativo) com os interruptores da carga fechados;
• Inserimos uma velocidade constante de 1500 rpm através do variador de velocidade da bancada;
• Regulamos o reóstato de campo até obtermos a tensão nominal;
• Adicionou-se carga gradativamente registando-se valores de corrente e tensão na carga até ao
limite máximo de 25% de sobrecarga especificado pelo fabricante e sem baixar a velocidade de
1500 rpm.
Ensaio em carga com excitação composta aditiva
• Ligamos o esquema de montagem da figura 3 (aditivo) com os interruptores da carga fechados;
• Inserimos uma velocidade constante de 1500 rpm através do variador de velocidade da bancada;
• Regulamos o reóstato de campo até obtermos a tensão nominal;
• Adicionou-se carga gradativamente registando-se valores de corrente e tensão na carga até ao
limite máximo de 25% de sobrecarga especificado pelo fabricante e sem baixar a velocidade de
1500 rpm.

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Esquemas de Ligações

Figura 1 - Gerador DC com excitação separada

Figura 2 - Gerador DC com excitação em derivação

Figura 3 - Gerador DC com excitação composta (subtrativa e aditiva)

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Resultados Experimentais
Gerador DC com Excitação Separada
Ensaio em Vazio
Tabela 1 - Dados relativos ao ensaio em vazio do Gerador DC com Excitação Separada

Corrente de excitação Tensão do gerador


Iexc [A] U [V]
0,44 278
0,35 260
0,32 245
0,28 230
0,26 220
0,23 200
0,17 165
0,15 145
0,13 130
0,12 115
0 20

Ensaio em Carga.
Tabela 2 - Dados relativos ao ensaio em carga do Gerador DC com Excitação Separada

Corrente de carga Tensão do gerador


I [A] U [V]
0 250
2 245
3,6 243
5,5 240
7,4 237,5
9 235
10,9 232,5
12,5 239
13,9 225
15,5 220

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Gerador DC com Excitação em Derivação


Ensaio em Carga
Tabela 3 - Dados relativos ao ensaio em carga do Gerador DC com Excitação em Derivação

Corrente de excitação Tensão do gerador Corrente na carga


Iexc [A] U [V] I(A)
0,35 250 0
0,34 240 1,9
0,33 235 3,56
0,32 225 5,28
0,31 220 6,84
0,3 215 8,34
0,29 207 9,84
0,28 203 11,09
0,27 190 12,14
0,26 187 13,22
0,25 183 14,22
0,245 177 15,11
0,24 173 15,95
0,23 167 16,65
0,22 160 17,33
0,215 155 17,83
0,21 150 18,33
0,2 145 18,9

Resistência dos enrolamentos do gerador DC


Tabela 4- Dados relativos aos enrolamentos do gerador DC

Enrolamentos R [Ω]
GA - HB 1,6 Ω
C - D (= J - K) 512 Ω

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Gerador DC com Excitação Composta Subtrativa


Ensaio em Carga
Tabela 5 - Dados relativos ao ensaio em carga do Gerador DC com Excitação Composta Subtrativa

Corrente de derivação Tensão do gerador Corrente na carga


Id [A] U [V] I(A)
0,36 250 0
0,33 227 1,68
0,29 200 2,95
0,24 165 3,62
0,17 120 3,59
0,12 85 3,23
0,09 65 2,91
0,07 50 2,67
0,06 40 2,53
0,05 35 2,43
0,04 30 2,37
0,035 25 2,29
0,035 25 2,23
0,03 20 2,2
0,03 20 2,17
0,025 17 2,15
0,025 15 2,12
0,02 15 2,09
0,02 15 2,07

Gerador DC com Excitação Composta Aditiva


Tabela 6 - Dados relativos ao ensaio em carga do Gerador DC com Excitação Composta Aditiva

Corrente de derivação Tensão do gerador Corrente na carga


Id[A] U [V] I(A)
0,34 250 0
0,345 255 1,83
0,35 257 3,73
0,355 260 5,81
0,36 263 7,93
0,36 265 10,06
0,355 263 12,33
0,34 250 13,63

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Análise de Resultados
Excitação Separada - Ensaio em Vazio

Característica magnética
300
Força eletromotriz [v]

250

200

150

100

50

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45
Corrente de excitação [A]

Figura 4 - Característica Magnética do Gerador DC

Olhando para este gráfico consegue perceber-se que o valor da força eletromotriz varia inicialmente de
forma praticamente linear em relação à corrente de excitação, mas para valores maiores da corrente de
excitação, embora seja pouco expressivo no gráfico, observa-se uma tendência do valor força eletromotriz
em estabilizar, isto deve-se ao facto da máquina atingir a saturação magnética. Percebe-se também que
na ausência de corrente de excitação o valor da força eletromotriz não é zero, isto deve-se ao magnetismo
remanescente presente na máquina. Com esta informação conseguimos obter KΦ0 que é constante para
todas as situações em que a máquina esteja envolvida.
Excitação Separada - Ensaio em Carga

Característica externa (excitação


separada)
255
250
245
Tensão na carga [V]

240
235
230
225
220
215
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Corrente na carga [A]

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Figura 5 - Característica Externa do Gerador DC com Excitação Separada

Verificamos que a característica externa do Gerador DC com excitação separada também segue uma
variação quase linear. Sabendo as quedas de tensão que este gerador tem (algo que vai ser abordado no
próximo parágrafo), sabemos que a queda de tensão do induzido apresenta uma relação de
proporcionalidade direta com a corrente da carga, pois a resistência do enrolamento do rotor é constante.
O facto de a queda de tensão na carga não variar de forma exatamente linear deve-se à reação magnética
do induzido que vai assumindo diferentes valores consoante o valor da corrente da carga varia.

Análise das quedas de tensão em regime gerador


Com uma resistência do induzido (Ri) de 1,6 Ω registada aos terminais GA-HB do gerador, considerou-se
que a queda interna total do gerador (∆Ur) seria igual a Ri * Ii (corrente na carga), conhecemos a queda
de tensão total (∆Ut), dada pela diferença entre a tensão em vazio na carga (U0 = 250 V) e a tensão
registada para as diferentes cargas (U).
Sabendo a diferença entre esta queda de tensão total e a queda de tensão interna do gerador
conseguimos calcular o valor da reação magnética do induzido (∆E) através da seguinte expressão:
∆E = ∆Ut- ∆Ur.
Por último, considerámos a queda de tensão nas escovas desprezável, porque na prática quando foi feita
a leitura da resistência entre os terminais GA-HB o valor da queda de tensão nas escovas foi agrupado ao
valor da queda de tensão do rotor (∆Ur).
Com o anterior raciocínio, gerou-se a seguinte tabela:
Tabela 7 – Cálculos relativos às quedas de tensão do gerador DC
I (A) ∆Ut (V) ∆Ur (V) ∆E (V)
0 0 0 0
2 5 3,2 1,8
3,6 7 5,76 1,24
5,5 10 8,8 1,2
7,4 12,5 11,84 0,66
9 15 14,4 0,6
10,9 17,5 17,44 0,06
12,5 21 20 1
13,9 25 22,24 2,76
15,5 30 24,8 5,2

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Quedas de tensão no gerador


30
25
20
∆U [V]

15
10
5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Corrente na carga [A]

∆Ut [V] ∆Ur [V] ∆E [V]

Figura 6 - Análise das q.d.t. do gerador DC


Verificámos que a queda interna total (∆Ur) do gerador vai aumentando à medida que o valor da corrente
na carga aumenta, como seria de esperar pois o valor da resistência do induzido é constante, logo maior
carga uma maior corrente e consequentemente uma maior queda de tensão. A queda de tensão total
(∆Ut) é maior para valores maiores de corrente na carga. A corrente de carga, ao percorrer o rotor,
distorce o plano magnético da máquina enfraquecendo o seu fluxo principal, este enfraquecimento
diminui a amplitude da tensão induzida e é conhecido por reação magnética do induzido (∆E) e assume
diferentes valores para valores diferentes de corrente, sendo que esta queda de tensão aumenta, à
medida que a corrente aumenta, no entanto, a variação desta não é tão linear como a queda de tensão
interna da máquina (∆Ur).

Excitação em Derivação – Ensaio em Carga

Característica externa (excitação em


derivação)

260
Tensão na carga [V]

250
240
230
220
210
200
190
180
170
160
150
140
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Corrente na carga [A]

Figura 7 - Característica Externa do Gerador DC com Excitação em Derivação

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Nesta montagem, em comparação com a anterior, temos o enrolamento de excitação ligado em paralelo
ao gerador, ou seja, o gerador é autoexcitado. A consequência desta montagem é que agora a corrente
de excitação tem um valor menor para os mesmos valores de tensão que apresentava na montagem com
excitação independente. Verifica-se que com o aumento da corrente na carga a corrente de excitação
tende a anular-se e consequentemente o fluxo gerado pelo enrolamento de excitação vai baixar, fazendo
por último com que a força eletromotriz diminua. Esta característica confere ao gerador com excitação
em derivação uma certa imunidade contra curtos-circuitos na carga.

Excitação Composta Aditiva – Ensaio em Carga

Característica externa (excitação


composta-fluxo aditivo)
270
Tensão na carga [V]

265

260

255

250

245
0 2 4 6 8 10 12 14
Corrente na carga [A]

Figura 8 - Característica Externa do Gerador DC com Excitação Composta Aditiva

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Excitação Composta Subtrativa – Ensaio em Carga

Característica externa (excitação


composta-fluxo subtrativo)
250
Tensão na carga [V]

200
150
100
50
0
0 1 2 3 4
Corrente na carga [A]

Figura 9 - Característica Externa do Gerador DC com Excitação Composta Subtrativa

Na excitação composta de longa derivação, a queda de tensão interna do gerador conta com mais um
enrolamento: o enrolamento série. O que acontece é que a queda de tensão interna do gerador passa a
ser o produto da soma da resistência do enrolamento do induzido com a resistência do enrolamento série
com a corrente que passa aos terminais do gerador. Isto faz com que a queda de tensão total se acentue
em comparação, por exemplo, com a montagem de excitação em derivação. No entanto, dentro da
montagem de excitação composta de longa derivação existe duas possibilidades: aditiva e subtrativa.

Na aditiva, o fluxo criado pelo enrolamento série, soma com o fluxo criado pelo enrolamento de
derivação, aumentando assim a força eletromotriz, não sendo precisa tanta corrente para manter a
mesma tensão de saída. Enquanto na subtrativa este contraria o fluxo, fazendo a força eletromotriz
diminuir.

No entanto, há outro fator que tem de se ter em conta que é, a relação do número de espiras do
enrolamento série com o número de espiras do enrolamento de derivação. Quanto maior essa relação,
maior vai ser o impacto do fluxo gerado pelo enrolamento série. No nosso gerador verificámos que a
excitação era Hiper composta, como se poderá ver melhor no gráfico seguinte.

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Comparação das diferentes Excitações através das suas Características Magnéticas

Características externas
300

250
Tensão na carga [V]

200

150

100

50

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Corrente na carga [A]

excitação em derivação excitação composta subtrativa excitação composta aditiva

Figura 10 - Comparação entre as diferentes caraterísticas externas consoante o seu Regime de Excitação

Aqui pode-se verificar as diferenças que existem entre as várias características externas das diferentes
excitações. A composta subtrativa apresenta sempre menores valores de tensão em relação à excitação
em derivação. Nesta máquina a aditiva acaba por ser a que precisa de menos corrente na carga para
apresentar os mesmos valores de tensão que as outras excitações. No entanto, como já foi referido,
noutras máquinas a montagem aditiva poderá ter um comportamento diferente. Com isto conseguimos
perceber o modo que a máquina procede com cada tipo de excitação.

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Conclusões

A realização do ensaio em vazio do gerador de excitação separada permitiu-nos determinar a


característica magnética [U=f(Iexc)] do gerador e ainda retiramos a valor da tensão de magnetismo
remanescente (20V), percebemos que a força eletromotriz aumenta consoante aumentávamos a
corrente de excitação através da variação do reóstato de campo.

Através do ensaio em carga do gerador de excitação separada permitiu-nos determinar as diferentes


quedas de tensão da máquina em regime gerador, verificando-se que as perdas aumentaram devido ao
aumento de carga, pois a corrente gerada pelo gerador aumenta, o que influencia as quedas de tensão
nos respetivos componentes do gerador.

Através do ensaio em carga do gerador de excitação em derivação percebeu-se que as quedas de tensão
eram mais acentuadas em relação à excitação separada, no entanto salienta-se a vantagem de não ser
preciso uma fonte de alimentação auxiliar para excitar o gerador nesta montagem.

Observámos o comportamento da máquina DC na configuração de gerador com enrolamento em


derivação e em série para as diferentes montagens (composta subtrativa e aditiva) para diferentes
valores de carga. Traçámos as diferentes características externas para cada montagem, permitindo-nos
analisar e concluir as diferentes relações tensão/corrente. Deste modo, foi visto que o enrolamento
série é determinante na máquina pois consoante a montagem, a tensão aos terminais da carga varia,
podendo fazer esta aumentar ou diminuir, dependendo do que se pretende.

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