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Relatório Trabalho prático 4

[Relatório de Eletrônica de Potência]


[Análise e Configuração de um Variador de Velocidade]

Realizado por:

André Lucas nº6

Bruno Gonçalo nº7


André Lucas/Bruno Gonçalo CENFIM Amarante CET Mecatrónica 21-55005

Índice
Glossário ................................................................................................................................................. 3
Introdução............................................................................................................................................... 4
Variador de Velocidade........................................................................................................................... 5
Como funciona? .................................................................................................................................. 5
Principais Funções............................................................................................................................... 6
Rampas de Aceleração ........................................................................................................................ 7
Modelação PWM ................................................................................................................................ 7
Exemplo Prático ...................................................................................................................................... 9
Esquema Elétrico ................................................................................................................................ 9
Quais os Principais Benefícios? ............................................................................................................. 11
Conclusão .............................................................................................................................................. 12
Anexos................................................................................................................................................... 13

Índice de Figuras
Figura 1 - Princípio de funcionamento de Variador ................................................................................ 5
Figura 2 - Manual do variador em questão e códigos de programação. ................................................ 6
Figura 3 - Gráfico representativo de rampa de aceleração e desaceleração. ........................................ 7
Figura 4 - Gráfico representativo de sinais PWM em corrente alternada. ............................................ 8
Figura 5 - Montagem do quadro elétrico da furadora de coluna usando variador de velocidade......... 9
Figura 6 - Esquema elétrico do quadro com o variador de velocidades................................................. 9
Figura 7 - Esquema de ligações do variador ...................................................................................... 10

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Glossário

Placa de ensaios/Protoboard/Beardboard – Placa com furos e conexões condutoras com


o intuito de montar, criar e testar circuitos eletrónicos de maneira fácil e intuitiva.
Volts – unidade da grandeza de tensão elétrica.
Ampére- unidade da grandeza de corrente elétrica.
Hertz- unidade da grandeza de frequência de um ciclo por minuto.
Tensão - é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos ou a diferença em energia
potencial elétrica por unidade de carga elétrica entre dois pontos.
AC – Alternating Corrent, é o mesmo que Corrente Alternada
Corrente- Corrente elétrica é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica ou
o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe uma diferença de
potencial elétrico entre as extremidades.
PWM- PWM ou Modulação de Largura de Pulso, consiste numa tecnica de variar o valor
médio de uma forma de onde periódica.

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Introdução

Os variadores de velocidade, como um elemento da eletrónica de potência, vieram para ficar devido
as suas vantagens mais que provadas no seu meio, apesar do seu preço aquisitivo não ser
totalmente democratizado, este aparelho permitem um arranque suave sem intensidades elevadas
de corrente e o controlo de frequência para a rotação de um motor de corrente alternada, neste
caso trifásico.

Pelo âmbito da disciplina de Eletrónica de Potência e do Projeto Final, é no pedido a elaboração de


um relatório, tendo como tema principal os fundamentos, características e experiências da aplicação
de variador de velocidades, que estamos a usar atualmente para o nosso projeto final. Após a
demonstração observada com o uso do um Variador de Velocidade, iremos explicar o seu
funcionamento. O variador de velocidade em que iremos usar como referência é o Télémécanique
Altivar 28 HU18N4.

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Variador de Velocidade

Um variador de velocidade é uma unidade eletrónica de potência para o controlo contínuo da


velocidade de motores de indução. Este controlo de velocidade que o variador fornece traz vários
benefícios, tais como a economia de energia e a proteção da rede elétrica. Em muitas aplicações em
que se utilizam motores, o consumo de energia pode ser reduzido consideravelmente, se a energia
do motor variar, em resposta às alterações das condições do processo. O variador de velocidade
permite que o motor responda adequadamente à exigência de mudança de fluxo, algo que não se
consegue por exemplo quando o fluxo é controlado por válvulas, onde grande parte do potencial de
poupança de energia é perdido.

Como funciona?

A velocidade do motor é controlada pela variação da frequência da alimentação elétrica,


convertendo a frequência de rede para outra frequência entre 0 a 50 Hz ou superior (caso o
utilizador defina), controlando assim a velocidade do motor, consoante a frequência definida.

O variador de velocidade é composto por 3 componentes essenciais:

Figura 1 - Princípio de funcionamento de Variador

• Retificador: A alimentação do variador de velocidade é feita pela rede elétrica através de um


retificador. O retificador pode ser unidirecional ou bidirecional. Quando é unidirecional, a
unidade de corrente alternada pode acelerar e rodar o motor, utilizando a energia da rede.
Quando é bidirecional, o variador também pode utilizar a energia mecânica da rotação do
motor e do processo, injetando a de volta á rede elétrica.
• Filtro: O filtro, vai armazenar a energia elétrica proveniente do retificador para
posteriormente ser utilizada pelo inversor. Na maioria dos casos, a energia é armazenada
em condensadores de alta potência.
• Ondulador: O ondulador utiliza a energia elétrica do circuito de corrente contínua e fornece-
a ao motor. O variador utiliza técnicas de modulação para criar as 3 fases de corrente
alternada necessárias à saída para alimentar o motor.

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Duma maneira mais resumida, podes disser que a frequência fornecida pela rede determina a
velocidade síncrona do campo elétrico pela qual o motor trabalha. O variador atua mudando a
frequência na entrada do motor, caso a frequência seja menor a velocidade também é menor e
assim sucessivamente.

Principais Funções

O variador de velocidade tem como principais funções:

• Variação de velocidade
• Aceleração e arranque controlados
• Desaceleração e paragem controladas
• Inversão do sentido de marcha

Estas e muitas outras funções são programadas no próprio variador de velocidade para puderem ser
utilizadas. Para a programação do variador de velocidade, é necessário o manual de operação
específico para o variador a ser usado, este fornece a lista de todos os códigos implementados no
equipamento e as suas respetivas funções.

Neste documento estará anexado o manual de utilizador nos anexos com todos os parâmetros
(destacáveis a cor) configuração diferente a padronizada de fábrica.

A lista de parâmetros é facilmente encontrada na pagina 27 deste documento.

Figura 2 - Manual do variador em questão e códigos de programação.

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Rampas de Aceleração

Este tipo de função é facilmente empregável nas capacidades do variador de velocidade. No


momento em que o motor recebe corrente, ele parte quase a pico para a sua capacidade máxima
num pouco espaço de tempo, o que acaba por se tornar prejudicial aos componentes do motor,
causando o desgaste das correias, engrenagens e entre outros componentes.

Figura 3 - Gráfico representativo de rampa de aceleração e desaceleração.

A rampa de aceleração é usada para resolver este problema comum. O variador de velocidade tem a
possibilidade de configurar as suas especificações de maneira a puder atuar como rampa de
aceleração, determinando o tempo em que o motor vai sair do estado de repouso e o tempo em que
este alcança a sua capacidade máxima. Isto vai trazer um aumento de vida útil do motor e dos seus
componentes, alem de diminuir os custos de manutenção e substituição de componentes. Isto
adequa-se também a rampas de desaceleração, que consistem na paragem suave do motor, que
tem como meta evitar paragens bruscas que possam danificar equipamentos.

Modelação PWM

O variador de velocidade possui no seu interior transístores que por sua vez vão ser responsáveis de
“chavear” a tensão continua. O que os transístores irão fazer, de uma maneira mais simplificada, é
ligar e desligar a alimentação do motor em cada umas das fases, várias vezes por segundo. Com isso
o sinal DC será novamente convertido num sinal AC, mas que pode ter a sua frequência controlada
por meios de transístores

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Figura 4 - Gráfico representativo de sinais PWM em corrente alternada.

Como podemos observar na figura anterior, os transístores permitem controlar a polaridade do sinal
que chega ao motor, possibilitando a conversão para AC

Será necessário alterar as dimensões das ondas quadradas para que estas se assemelhem com ondas
senoidais. Dessa forma, a tensão de saída média também vai variar de acordo com a frequência. A
modulação por largura de pulso designa-se por PWM.

Apesar do sinal retangular não ser adequado para a maioria das cargas que funcionam em AC, ele
funciona muito bem em motores elétricos trifásicos, permitindo a variação da frequência e por sua
vez a velocidade deles.

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Exemplo Prático

Como foi referido anteriormente, o variador de velocidade foi usado no nosso projeto final, por isso
iremos agora explicar o funcionamento do variador num quadro elétrico de uma furadora de
bancada.

Figura 5 - Montagem do quadro elétrico da furadora de coluna usando variador de velocidade

Esquema Elétrico

Figura 6 - Esquema elétrico do quadro com o variador de velocidades

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O motor trifásico que utilizamos está conectado ao variador de velocidade referido no início deste
relatório. Através da programação feita no variador, conseguimos defini-lo para variar a velocidade

de rotação do motor, definir o sentido de rotação do motor através de um botão rotativo de


posições, e controlar o arranque e desaceleração do motor.

Para a instalação do variador no nosso quadro elétrico, tivemos que seguir os seguintes passos:

• Fixação do variador
• Conexão de todos os componentes essenciais ao variador
• Energizar o variador sem comandar a partida
• Efetuar as configurações necessárias (parâmetros I/O, frequência nominal do motor, ...)
• Efetuar as regulações necessárias no menu Set segundo o manual
• Efetuar a partida

A sua programação foi efetuada no próprio variador com base no manual de utilizador, guiando-se
nos códigos presentes nas tabelas do mesmo.

Figura 7 - Esquema de ligações do variador

As conexões dos componentes do quadro elétrico ao variador foram executadas com base no
esquema de ligações do mesmo, fornecido mais uma vez pelo manual.

Por exemplo, temos as entradas LI 1 a LI 4 que são as entradas logicas para os comandos
configurados, como por exemplo os sentidos de rotação do motor, ou a paragem rápida do sistema;
também a entrada do sinal analógico para o controlo de velocidade através de um potenciómetro de
10KOhms e os bornes de alimentação do variador 230V e da saída PWM para o motor trifásico.

Na página 18, encontramos em mais detalhe estas configurações.

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Quais os Principais Benefícios?

A utilização do variador de velocidade proporciona flexibilidade da mesma, com segurança e


precisão. É possível, como por exemplo, o controlo da velocidade de motores sem grandes perdas,
com uma aceleração suave através de programação.

Para além de permitirem uma poupança significativa de energia, os variadores de velocidade trazem
outros benefícios, tais como:

• Melhoria do processo;
• Arranque suave;
• Paragem controlada;
• Menor necessidade de manutenção mecânica;
• Ótimo custo-benefício;
• Redução do nível de ruído dos sistemas;
• Controlo simplificado de motores elétricos;
• Economia de energia elétrica.

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Conclusão

Os variadores são excelentes componentes no que toca no controlo de um motor trifásico,


permitem controlar a sua frequência e ajustar o seu arranque, que através dos menus de
parametrização oferecem um leque de opções de ajuste de modo a otimizar o funcionamento de um
motor numa maneira eficaz e eficiente a nível industrial.

Ao longo do trabalho presente, houve uma necessidade de antes da instalação do aparelho, uma
leitura breve no manual que se fazia acompanhar de modo o pode entendermos o funcionamento
do mesmo, que após a breve entendimento foi desenvolvido um circuito elétrico que varia sentido a
aplicação que este seria lhe dado, neste caso o controlo de um motor trifásico A.C de 0.37kW para
uso de furação de materiais.

Apesar de certas discrepâncias na hora de escolher as matérias que viriam acompanhar, logo foi
devidamente corrigido.

Com o circuito montando com sucesso e o variador operacional, podemos tirar a conclusão das
inúmeras vantagens que estes sistemas eletrónicos oferecem numa aplicação industrial, neste um
engenho de furar de bancada.

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Anexos

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Neste comando escolheu-se o modo


tCC = 2C.

Ao escolher este modo podemos


manter o interruptor na posição de
rotação.

Neste parâmetro usamos as


seguintes entradas lógicas:

LI 1 para o sentido “Frente”;


LI 2 para o sentido “Reverso”

LI4 em FSt, ou seja, para paragem


rápidas, que neste caso é utilizado
para as emergências.

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Na tensão nominal, configurou-se a


tensão presente na placa de
informações do motor, 190 Volts.

Na frequência nominal, configurou-


se a frequência nominal presente na
placa do motor, 50Hz.

Na frequência máxima de saída, ou


seja, do variador de velocidade para
o motor, foi imposto um limite de
100 Hz. Ao dar esta marcha damos
um bocado mais de manobra de
trabalho, para as rotações do furo.

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As configurações foram as
seguintes:

Na rampa de aceleração a
velocidade é consiga na sua
totalidade em 5 segundos.

Na rampa de desaceleração a sua


travagem é conseguida na
totalidade de 3 segundos.

No parâmetro LSP é configurado um


mínimo de 20 Hz de modo evitar
dificuldades de rotação a baixas
frequências.

No parâmetro HSP o valor máximo


que é definido é o mesmo que
configurado em -tFr, ou seja 100Hz
de frequência para rotação máxima.

Neste parâmetro a intensidade é


definida através que é transcrita na
placa do motor para 190 Volts, ou
seja, 2.2 Amperes máximos.

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