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DIREITO CIVIL
NOTAS E REGISTROS PÚBLICOS
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Em razão de serem o notário e o registrador agentes públicos em colaboração com
a Administração mediante delegação, ficam os mesmos adstritos à obediência aos
princípios basilares da administração pública.
SUMÁRIO: 1 - O exercício da atividade notarial e registral. 2 – Conceito de
direito notarial e registral. 2.1 – Conceito de direito notarial. 2.2 - Função notarial. 2.3
– Conceito de direito registral. 2.4 – Função registral. 2.5 - Fé pública. 3 – Princípios
constitucionais. 3.1 – Princípio da legalidade. 3.2 – Princípio da impessoalidade. 3.3
– Princípio da publicidade. 3.4 – Princípio da moralidade administrativa. 3.5 –
Princípio da eficiência. 4 – Princípios da atividade notarial. 4.1 - A fé pública notarial.
4.2 – Forma. 4.3 – Autenticação. 5 – Princípios da atividade registral. 5.1 – Princípio
de inscrição. 5.2 – Princípio da publicidade registral. 5.3 – Princípio da presunção e
fé pública registral. 5.4 – Princípio da prioridade. 5.5 – Princípio da especialidade ou
determinação. 5.6 – Princípio da qualificação, da legalidade ou da legitimidade. 5.7
– Princípio da continuidade. 5.8 – Princípio da instância ou rogação. Referências
Bibliográficas.
1 - O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE NOTARIAL E
REGISTRAL
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 236, atribuiu tratamento
igualitário aos serviços notariais e de registros, dispondo: "Os serviços notariais e de
registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público".
Para Néri "o direito notarial pode definir-se como o conjunto de normas
positivas e genéricas que governam e disciplinam as declarações humanas
formuladas sob o signo da autenticidade pública" [6].
Nicolau Balbino Filho, ao analisar a função registral nos ensina ser uma
pretensão constante que "o Registro seja uma fiel reprodução da realidade dos
direitos imobiliários. A vida material dos direitos reais, bem como a sua vida tabular,
deveriam-se desenvolver paralelamente, como se a segunda fosse espelho da
primeira. Com efeito, esta é uma ambição difícil de se concretizar, mas em se
tratando de um ideal, nada é impossível; basta perseverar". [12]
2.5 - FÉ PÚBLICA
3 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Os princípios administrativos da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, dispostos no art. 37 da Constituição Federal, serão
aplicados no exercício da atividade notarial e registral, pois que esta constitui uma
função pública, realizada através dos notários e registradores, agentes públicos que
atuam em colaboração com o poder público através de delegação.
Para Rogério Medeiros Garcia de Lima "no que importa aos serviços
notariais e registrais, o art. 30, II, da Lei n°. 8.935/94, impõe o dever de tratar a
todos, indistintamente, com urbanidade e presteza." [20]
De acordo com o inciso XXXIII, do art. 5°, da Constituição "todos têm direito
a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas àquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança
da sociedade e do Estado".
O prazo para a emissão das certidões que menciona o artigo supra citado é
de 5 (cinco) dias úteis, sendo que Walter Ceneviva já alerta sobre a imperfeição da
redação legislativa.
A lei atribui aos Notários e Registradores a fé pública, mas por outro lado
impõe um regime severo de responsabilidades civis, administrativas e criminais,
apurados mediante fiscalização do Judiciário. A fé pública é inerente à função
notarial, dela sendo indissociável.
4.2 - FORMA
4.3 - AUTENTICAÇÃO
Além dos princípios acima citados, conforme Néri, Luiz Egon Richter
acrescenta o princípio da independência funcional, representado principalmente
pelo exercício em caráter privado da função notarial, isto é: gerenciamento
administrativo e financeiro dos serviços notariais e de registro sob responsabilidade
exclusiva do titular, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio,
investimento e pessoal (art. 21); inexigência de autorização para a prática dos atos
necessários à organização e execução dos serviços (art. 41); independência no
exercício de suas atribuições, com direito à percepção dos emolumentos integrais
pelos atos praticados na serventia e garantia de permanência da delegação (art.
28).
Para Luiz Antônio Galiani, "não basta ter o direito real adquirido por um título
transcrito no registro de imóveis competente, é preciso que este se origine de título
hábil, elaborado por órgão competente. Aos notários cabe, pois, a tarefa de
instrumentalizar os acordos de vontade entre as partes, que requer forma especial,
e, aos registradores, compete dar a força probante da validade e legalidade da
relação jurídica, garantindo que, por título válido, o direito real pertence á pessoa em
nome de quem está transcrito" [37]
II – a averbação: (...)
13) ex officio, dos nomes dos logradouros, decretados pelo poder público.
(…)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALBINO FILHO, Nicolau. Direito Imobiliário Registral. 1. ed. São Paulo:
Saraiva, 2001.
CENEVIVA, Walter. Lei dos registros públicos comentada.15 ed. São Paulo:
Saraiva,2002.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 17. ed. São Paulo:
Atlas, 2004.
FISCHER, José Flávio Bueno. ROSA, Karin Regina Rick. Ata Notarial e as
Novas Tecnologias. In: BRANDELLI, Leonardo (Org.). Ata Notarial. 1. ed. Porto
Alegre: SAFE, 2004.
GALIANI, Luiz Antônio. Os princípios basilares do fólio real. RJ n°. 212,
jun/95.
NOTAS
1
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 17. ed. São Paulo:
Atlas, 2004. p. 437.
3
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22. ed. São
Paulo: Malheiros, 1997. p. 75.
4
CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada (Lei n.
8.935/94). 4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 9.
5
LARRAUD, Rufino. Curso de derecho notarial. Buenos Aires:Depalma,
1996, p.83.
6
NERI, Argentino I. Tratado Teórico y prático de Derecho Notarial. Buenos
Aires: Depalma, 1980. V. 1, p.322.
7
BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 1998, p.79.
8
BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 1998. p.131.
9
BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 1998. p.135.
10
BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 1998. p.142 e 143.
11
DINIZ, Maria Helena. Sistemas de Registros de Imóveis. 4ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2003. p. 13.
12
BALBINO FILHO, Nicolau. Direito Imobiliário Registral. 1ª. ed. São Paulo:
Saraiva, 2001. p.35.
8.935/94). 4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 30.
18
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 17. ed. São Paulo:
Atlas, 2004. p. 71.
20
LIMA, Rogério Medeiros Garcia de. Princípios da Administração Pública:
reflexos nos serviços notariais e de registro. Revista Autêntica. Belo Horizonte:
Editora Lastro. Edição 02. Dezembro 2003. p.20-26.
CENEVIVA, Walter. Lei dos registros públicos comentada. 15ª. ed. São
22
8.935/94). 4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 25.
8.935/94). 4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 23 e 24.
8.935/94). 4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 30.
8.935/94). 4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 43.
8.935/94). 4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 46.
31
KOLLET, Ricardo Guimarães. Tabelionato de Notas para concursos. 1. ed.
Porto Alegre: Norton Livreiro, 2003. p.25.
32
KOLLET, Ricardo Guimarães. Tabelionato de Notas para concursos. 1. ed.
Porto Alegre: Norton Livreiro, 2003. p.25.
CARVALHO, Afrânio de. Registro de Imóveis. 4 ed. Rio de Janeiro:
33
37
GALIANI, Luiz Antônio. Os princípios basilares do fólio real. RJ n°. 212,
jun/95, p.38.
38
GALIANI, Luiz Antônio. Os princípios basilares do fólio real. RJ n°. 212,
jun/95, p.38.