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São Paulo
2009
FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO
São Paulo
2009
Banca Examinadora
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais dedico este trabalho com o meu amor eterno, pois
sem eles nada seria possível!!!
RESUMO
All study aims to present a new system of notarial activity, that aims
not merely to meet the public interest, but the realization of a work that transcends
the letter of the law. With the exercise of its social function the notary must seek the
realization of human rights and ensuring human dignity, the foundation of our
Republic, thus contributing to building a just society.
INTRODUÇÃO
1.1.1Hebreus
1 ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Orgãos da fé pública. São Paulo: Saraiva, 1963, p. 5.
2 Ibidem, p. 7.
13
1.1.2Egípcios
3 COTRIM NETO, Alberto Bittencourt. Perspectivas da função notarial no Brasil. Porto Alegre: Colégio
Notarial do Brasil – Seção do Rio Grande do Sul, 1973, p. 10.
14
1.1.3 Gregos
4 ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Órgãos da fé pública. São Paulo: Saraiva, 1963, p. 14. João
Mendes elencou as características do sistema notarial e registral egípcio de acordo com a obra
Histoire Du Droit de Dareste.
15
1.1.4Romanos
5 Ibidem, p. 16.
6 Ibidem, p. 16.
7 Ibidem, p. 16-17.
16
8 Ibidem, p. 22.
9 MARTINS, Cláudio. Teoria e Prática dos atos notariais. Rio de Janeiro: Forense, 1979, p. 7.
18
sanções contra os tabeliães faltosos às suas obrigações delegadas, uma vez que se
tem a esse tempo, a delegação pública para exercício da atividade dos notários,
porém, em caráter privado.
Pois, nós cremos ser conveniente auxiliar a todos, fazer uma lei
comum para todos os casos, a fim de que aos mesmos que estão à
frente do trabalho dos notários, se lhes imponha de todos os modos
que formalizem por si o documento, e que estejam presentes até o
seu término, (...).
§4º – Mas para que não pareça que esta lei seja sumamente dura
para eles,(...). Pois lhes damos licença, a cada um deles, para que,
com motivo acaso de tais dúvidas sujas, nomeiem alguém para isso,
(...) para estar presente ao serem finalizados, e sem que
absolutamente qualquer outro que exista naquela praça tenha
licença para que lhe seja encomendado o começo,(...) Porque
sabemos que por medo à lei guardarão também eles no sucessivo o
que por nós foi decretado, e farão com cautela os
documentos” (Manuscriptum Florentium)10.
10 D. Idelfonso L. Garcia Corral; Francisco Tost, em tradução do latim para o espanhol e versão para o
português, De tabellionibus et ut protocolla dimittant in chartis do Manuscriptum Florentium, Séc.
VI.
20
11 Os quarenta livros compreendiam toda a legislação romana, compendiada em sessenta livros por
Basílio Macedón (apud Cláudio Martins, Teoria e prática dos atos notariais, Rio de Janeiro:
Forense, 1979, p. 9).
22
12 ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Órgãos da fé pública. São Paulo: Saraiva, 1963, p. 53-54.
23
1.2.1Notariado Francês
13 BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 11.
25
14 ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes. Órgãos da fé pública. São Paulo: Saraiva, 1963, p. 87.
15 Ibidem, p. 89.
27
1.2.2Notariado Espanhol
16 BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 15.
17 VALLE, Germán Fabra. Código de legislación notarial. Madri: Neo Ediciones, 1990, p. 12. (apud,
BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial, São Paulo: Saraiva, 2007, p. 15).
28
18 ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Orgãos da fé pública. São Paulo: Saraiva, 1963, p. 77-78.
29
1.2.3Notariado Italiano
19 Ibidem, p. 66.
33
1.2.5Notariado Português
21 Ibidem, p. 59.
35
22 BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 20.
37
23 COTRIM NETO, Alberto Bittencourt. Perspectivas da função notarial no Brasil. Porto Alegre:
Colégio Notarial do Brasil – Seção do Rio Grande do Sul, 1973, p. 11.
24 Ensina Maria Cristina Costa Salles, a “regulamentação do notariado nas colônias se deu pelo
simples transplante de legislação espanhola e portuguesa para a América, trazendo para cá os
mesmos defeitos de uma instituição jurídica ultrapassada, ou seja, a depreciação da lei que é a
diferença entre a sua formalidade e a sua aplicabilidade” (Revista Notarial Brasileira, cit., p. 8).
38
25 ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Orgãos da fé pública. São Paulo: Saraiva, 1963, p. 82.
39
26 BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 38.
27 COTRIM NETO, Alberto Bittencourt. Perspectivas da função notarial no Brasil, Porto Alegre:
Colégio Notarial do Brasil – Seção do Rio Grande do Sul, 1973, p. 15.
40
2.2.1Notário Latino
Lei n. 8.935/94
41
2.2.2Notário Anglo-saxão
Esse tipo de notário não tem com a parte uma relação de confiança,
é mero formalizador da vontade, não presta assistência jurídica, que fica a cargo do
profissional de direito que acompanha a parte. Não é responsável pelos vícios dos
negócios formalizados, o que demonstra sua atuação limitada, pois não cuida para
que os requisitos legais sejam observados e sequer qualifica o ato e, desta forma,
somente tem a função de identificar as partes envolvidas no negócio realizado,
reconhecer as assinaturas apostas e colocar o selo e sua assinatura para garantir
que o documento não seja alterado. Esses documentos não são dotados de
autenticidade e fé pública.
Lei nº 8.935/94
Outra inovação bem vinda trazida pela Lei 8.935/94 foi a fixação da
denominação dos profissionais que estão a frente das atividades notariais. Por
longos anos as pessoas que entravam em um serviço notarial procuravam por
escrivães, escreventes, oficiais maiores, donos do cartório e, muitas vezes, essas
nomenclaturas tinham aspecto pejorativo e desvalorizava essa classe de
profissionais. Atualmente a lei dos notários e registradores acabou com esta
celeuma ao determinar que os profissionais da atividade notarial são os notários e
tabeliães.
46
29 BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Rio de Janeiro: Editora Campos, 1992, p. 71.
48
Lei nº 8.935/94
30 Em que pese a Lei 8.935/94 utilizar expressões distintas para designar o titular do tabelionato de
notas, “notário” no artigo 6º e “tabelião de notas” no artigo 7º, não há diferença entre eles, trata-se
do mesmo profissional, sendo os dois termos sinônimos na tradição brasileira.
31 CENEVIVA, Walter. Lei dos Notários e Registradores Comentada. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 21.
50
Para formalizar tais situações, a lei relaciona os atos que podem ser
praticados pelo notário para o exercício de sua função pública no artigo abaixo
citado:
Lei nº 8.935/94
32 Ibidem, p. 46.
52
33 LARRAUD, Rufino. Curso de derecho notaria., Buenos Aires: Depalma, 1966, p. 168-169.
53
lei, exercendo uma função de prevenção de lides, sem, contudo, praticar qualquer
ato de natureza jurisdicional.
34 LOPES, Miguel Maria de Serpa. Curso de Direito Civil. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1999, p.
227-228.
54
ao Poder Judiciário, mas sim, no Título IX, que trata das disposições Constitucionais
Gerais e, também, no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Desta forma,
os notários e registradores deixaram de ser enquadrados no âmbito dos
serventuários ou dos auxiliares da Justiça.
36 GODOY, Cláudio Luiz Bueno de. Poder Judiciário e a Delegação dos Serviços Notariais e de
Registros. In: FREITAS, Vladimir Passos de (Coord.). Corregedorias do poder judiciário. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2003, p. 251-276.
56
Com esse veto ao pretenso artigo 2-A da Lei nº 8.935/94, que foi
diametralmente inverso do veto ao artigo 2º original, a tese que sustentava que a
competência para a outorga da delegação devia ser do Poder Judiciário, apesar das
divergências doutrinárias, passou a ter mais força. Portanto, o Poder Judiciário
Estadual continua sendo o órgão competente para esta função e, conforme
mandamento constitucional, também para fiscalizar os atos das atividades
desempenhadas pelos notários e registradores.
37 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na administração pública. São Paulo: Atlas, 2003, p.
65-66.
57
38 RIBEIRO, Luís Paulo Aliende. Regulação da Função Pública Notarial e de Registro. São Paulo:
Saraiva, 2009, p. 56-57.
58
Outro ponto em comum, é que o notário atua por sua conta e risco
no exercício da atividade, como na firma individual, que tem o autor da atividade a
frente de qualquer responsabilidade, assim sendo, pode-se considerar em muitos
aspectos o oficial de notas e o titular da firma individual 39 como equivalentes na
questão da responsabilidade, uma vez que a totalidade do patrimônio de ambos
responde por eventuais danos causados a terceiros, pelas dívidas trabalhistas,
previdenciárias e tributárias.
39 À rigor, firma individual e o seu titular são a mesma pessoa, pois todo o patrimônio da pessoa
natural responde pelas dívidas contraídas em nome da firma individual.
59
Usando uma firma para exercer o comércio o seu nome civil para
atos civis, o comerciante, pessoa natural, não se investe de dupla
personalidade; por outra, não há duas personalidades, uma civil e
outra comercial. As obrigações contraídas sob a firma comercial
ligam a pessoa civil do comerciante e vice-versa. A firma do
comerciante singular gira em círculo mais estreito que o nome civil,
pois designa simplesmente o sujeito que exerce a profissão
mercantil. Existe essa separação abstrata, embora os dois nomes se
apliquem à mesma individualidade. Se, em sentido particular, uma é
o desenvolvimento da outra, é, porém, o mesmo homem que vive ao
mesmo tempo a vida civil e a vida comercial.40
40 MENDONÇA, J. X. Carvalho de. Tratado de Direito Comercial Brasileiro. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos, 1957, p. 166-167.
60
Lei nº 8.935/94
ele autorizar e deste modo, a pessoa física, titular do serviço notarial, deve
responder de forma solitária a todas as questões relativas à responsabilidade civil.
Importante destacar, que o preposto tem que ter agido com dolo ou
culpa na prática de atos próprios do serviço público, para que o titular do serviço
responda em seu lugar. Caso não haja dolo ou culpa por parte do preposto o titular
da serventia não irá responder pelo ato inexato, pois não haverá responsabilidade
objetiva do notário. Nestes casos o Estado responderá pelo ato inexato de forma
objetiva, já que o dano teve origem em um ato de império no exercício da função
pública.
41 RE 545 613/MG (2003/0066629-2). Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, julgado em 29/06/07.
42 RE 476.532-RJ (2002/0079415-2). Min. Rel. Ruy Rosado de Aguiar, julgado em 04/08/2003.
63
Lei nº 8.935/94
43 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2001, p. 75.
68
44 RIBEIRO, Luís Paulo Aliende. Regulação da Função Pública Notarial e de Registro. São Paulo:
Saraiva, 2009, p. 53-54.
69
4.1 Fé Pública
outros atos em tribunais, pois somente quem tinha fé pública poderia produzir
expediente a ser julgado, dito à época, pública monumenta.
45 ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Orgãos da fé pública. São Paulo: Saraiva, 1963, p. V.
71
46 Ibidem, p. V.
47 Ibidem, p. V.
72
Lei nº 8.935/94
48 REZENDE, Afonso Celso F.Tabelionato de Notas e o Notário Perfeito. Campinas, SP: Millennium,
2006, p. 31.
49 Ibidem, p. 30.
74
50 BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. São Paulo: Saraiva, 2007, passim.
76
modo, conclui-se, que a atividade notarial está no centro desta relação, do mercado
com a segurança jurídica e estes estão diretamente ligados ao crescimento
econômico.
4.3.1Surgimento do Direito
51 Ibidem, p. 123.
78
que eram ditadas pelo indivíduo mais forte, ou mais esperto, havendo uma relação
entre dominantes e dominados.
52 FERREIRA, Luís Paulo Pinto. Princípios gerais de direito constitucional moderno. São Paulo:
Saraiva, 1983, p. 57.
53 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. Coimbra: Almedina, 1995, p. 517.
80
54 SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos Direitos Fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado,
1998, p. 22.
81
55 CUNHA JÚNIOR, Dirley. Controle judicial das omissões do poder público: em busca de uma
dogmática constitucional transformadora à luz do direito fundamental à efetivação da Constituição.
São Paulo: Saraiva, 2004, p. 204.
82
PREÂMBULO
56 Preâmbulo da Carta das Nações Unidas, assinada em São Francisco, em 26/6/1945, após o
término da Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, entrando em vigor a
24 de outubro daquele mesmo ano.
83
57 SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2001, p. 199.
84
agregando valores e cada vez mais o rol dos direitos fundamentais vem ampliando
para suprir as necessidades sociais.
58 CUNHA JÚNIOR, Dirley. Controle judicial das omissões do poder público: em busca de uma
dogmática constitucional transformadora à luz do direito fundamental à efetivação da Constituição.
São Paulo: Saraiva, 2004, p. 142.
85
59 KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1990, p.
130.
60 O termo é de DWORKIN, Apud SANTOS, Fernando Ferreira dos. Princípio constitucional da
dignidade da pessoa humana. São Paulo: Celso Bastos Editor, 1999, p. 44.
86
61 SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2001, p. 60.
87
I - a soberania;
II - a cidadania;
62 ROSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 132.
63 BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Editora Campos, 1992, p. 21.
89
V - o pluralismo político.
Artigo 5º
5. FUNÇÃO SOCIAL
64 MACEDO, Sílvio de. Função, in Enciclopédia Saraiva do Direito. São Paulo: Saraiva, 1979, p.
480-483.
92
65 JOSSERAND, Louis. (apud GODOY, Cláudio Luiz Bueno de. Função Social do Contrato. São
Paulo: Saraiva, 2007, p. 115). De l’ espirit dês droits et de leur relativité, Paris: Dalloz, 1939, p. 320.
Versão original do texto: “(...) lês prérrogatives, même lês plus individuelles et les plus égoistes,
sont encore dês produits sociaux, soit dans la forme, soit dans le fond: Il serait inconcevable
qu’elles pussent, au gré de leurs titulaires, s’affranchir de l’empreinte originalle et être employées à
toutes besognes, fussent-elles inconciliables avec leur filiation et avec lês intérêts lês plus
pressents, lês plus certains, de La communauté qui lês a concedées”
93
66 BARROSO, Luís Roberto. Temas de direito constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 2001, p. 358.
94
67 DUGUIT, Leon. Las transformaciones del derecho (público y privado). Trad. De Adolfo G. Posada e
Carlos G. Posada. Buenos Aires: Heliasta, 1975, p. 175.
95
68 SILVA, João Teodoro da. Função notarial da atualidade: importância e forma de atuação do notário.
Instituto de Educação Continuada da Pontificia Universidade Católica do Estado de Minas Gerais.
Belo Horizonte: 2004, p. 2.
99
aspecto teleológico da norma e atender aos fins econômicos e sociais das relações
jurídicas, buscando sempre garantir os direitos fundamentais.
5.4.1Responsabilidade social
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Orgãos da fé pública. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 1963.
BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2007.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Editora Campos, 1992.
GODOY, Cláudio Luiz Bueno de. Poder Judiciário e a Delegação dos Serviços
Notariais e de Registros. In: FREITAS, Vladimir Passos de (Coord.). Corregedorias
do poder judiciário. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2003.
LOPES, Miguel Maria de Serpa. Curso de Direito Civil. 5. ed. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 1999.
MACEDO, Sílvio de. Função. In: Enciclopédia Saraiva do Direito. São Paulo:
Saraiva, 1979. v. 38.
MARTINS, Cláudio. Teoria e prática dos atos notariais. Rio de Janeiro: Forense,
1979.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 19. ed. São Paulo:
Malheiros, 1994.
70 Disponível em http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=2890.
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