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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

Área de Formação em Ciências Jurídicas

DIREITO AGRÁRIO

Exercícios Práticos

Responda, argumentando e fundamentando com a pertinente base legal

1. Julião dos Santos, de nacionalidade timorense, é detentor de uma senha mineira, válida
por 72 meses, atribuída pelo Director Distrital dos Recursos Minerais de Chibuto, em 12
de Fevereiro de 2010. Julião explora em larga escala pedras preciosas, utilizando
tecnologia de ponta. No pretérito mês de Maio, Julião transmitiu por USD 59.000, no
âmbito da liberdade contratual que assiste as partes o seu direito a Juvêncio Marivate,
membro influente e activo da comunidade local da área objecto de exploração. Quid Juris

2. Havendo necessidade implantar uma mega indústria, fomentar e dimensionar a


actividade mineira em Metarica, na Província de Niassa, o Ministro que superintende a
área dos Recursos Minerais autorizou e celebrou com o cidadão Jonas (detentor de
consideráveis recursos técnicos e financeiros), um Contrato de Concessão Mineira, com a
validade de 50 anos prorrogáveis, com fundamento na premência do projecto para o
desenvolvimento económico e social da região Norte do país. Quid Júris

3. Nos termos da Lei de Terras, o Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT),


também, pode ser detido conjuntamente. Supondo que determinada comunidade,
titulando aquele direito real em regime de co-titularidade, pretenda títulos
individualizados do DUAT para cada um dos seus membros. Que procedimentos devem
ser tomados? (4,0)

4. A Vale Moçambique, SA, constituída em 51% por capitais moçambicanos e os restantes


brasileiros, pretende construir um condomínio para os seus colaboradores em Tete. Para o
efeito, obteve do Governador local a autorização provisória para ocupar 11.000ha de
terra. Este, previamente, extinguiu o DUAT da comunidade aí residente, titulando o
DUAT por ocupação costumeira, com fundamento no incumprimento do prazo do plano
de exploração. Perante estes factos a comunidade decidiu intentar uma acção junto de um
tribunal brasileiro. Quid Júris.(7,0)

5. Jacqueline Ntongasse, do prédio Viradas da Catembe, uma vez executado na totalidade a


execução do seu projecto, decidiu alienar uma das flats, tendo para o efeito a Sociedade
Construções Matutuíne avançado a irrecusável proposta de U$1.000.000,50 (um milhão

1
de Dólares americanos e cinquenta centavos) pela fracção autónoma. Como seria de
esperar, a proposta foi aceite pela Jacqueline Ntongasse, estando em curso as démarches
para se concluir o negócio. Porém, eis que o Conselho Municipal da Cidade de Maputo
(CMCM) toma conhecimento do negócio, através dum artigo publicado no Jornal ILHA
DE MOÇAMBIQUE, na sua edição n.º 879, de 18 de Setembro de 2019. De imediato o
CMCM mandou parar a tramitação do expediente de modo a uma vez mais realizar uma
vistoria sobre o cumprimento integral do plano de exploração apresentado na altura da
submissão do pedido do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT), que dentre
vários itens previa a construção no terreno, duma piscina, um mini shopping, ginásio,
estacionamento, dependências para os serviçais e um enorme jardim. Quid Júris. (9,0)

Bom trabalho!

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