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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA-ISMU

DELEGAÇÃO DE MAPUTO
LICENCIATURA EM DIREITO
DIREITO DAS SUCESSÕES

TEMA: Sucessão No Ordenamento Jurídico Moçambicano

Docente: Rodrigues Lapucheque


Turma: “A”; Ano: 3º; Período: Pós-Laboral
Discente
António Maurício
António Vasco Machava
Arsénio Azarias Chichango
Edmilson Baloi
Elsa Francisco Filipe Guidja
Francisco João Jasse
Lucinda José Vachaneque
Zelia Elisa Sitoe

Maputo aos, 12 de setembro de 2022


Índice
Objetivo Geral.............................................................................................................................................3
Objetivos específicos..................................................................................................................................3
Introdução...................................................................................................................................................4
1. Explique segundo vosso entender, como se dá a sucessão por Mortis causa....................................5
2. Explique na prática como se opera a nossa realidade em Moçambique de acordo de cada região. 5
3. Como se efetua a partilha do patrimônio do De cujos.......................................................................6
Conclusão....................................................................................................................................................7
Bibliografia..................................................................................................................................................8
Objetivo Geral
Abordar como se da a sucessão no ordenamento jurídico Moçambicano

Objetivos específicos
Dissertar sobre o processo da sucessão por Mortes Causa.

Como ocorre na realidade, de acordo com cada região.

Partilha de património de cujos.


Introdução

O Direito das Sucessões é o conjunto de normas que regula o fenómeno da sucessão por morte.

Há morte do decujos as suas relações jurídicas suscetíveis de transmissão passam para uma certa
pessoa. Esta, subentrando nas relações jurídicas daquele, adquire direitos e bens e fica sujeita a certos
deveres e vinculações que existiam como tas na titularidade do falecido.

Em qualquer comunidade se coloca o problema de saber qual o destino das relações jurídicas existentes
na titularidade de uma pessoa singular após a morte desta.

Por razões de conveniência social, essas relações jurídicas não devem extinguir-se. Assim se justifica o

fenómeno sucessório, isto é, o chamamento de uma ou mais pessoas que irão suceder ao património da
pessoa falecida que seja titular de relações jurídicas patrimoniais suscetíveis de transmissão (41º Lei n.º
23/2019 de 23 de dezembro).

Artigo 41º – Noção: Diz-se sucessão o chamamento de uma ou mais pessoas à titularidade das relações
jurídicas patrimoniais de uma pessoa falecida e a consequente devolução dos bens que a esta
pertenciam.

Percebe-se que, excluídas da sucessão, estarão, em princípio, apenas as relações pessoais,


incindivelmente ligadas ao seu titular em virtude da sua natureza ou da lei as ter considerado como
sendo relações intuito personae (2º/1 Lei n.º 23/2019 de 23 de dezembro).

A morte extingue a personalidade jurídica do falecido (68º CC), abrindo uma crise nas relações jurídicas
de que a pessoa que faleceu era titular e que devem sobreviver-lhe (relações patrimoniais). Essas
relações desligam-se do seu primitivo sujeito (aquando da morte deste), e, até que se liguem a novo
sujeito (herdeiro), é necessário que ocorra uma série de atos ou factos que se encadeiam num processo
mais ou menos longo. É o complexo desses atos ou factos, habitualmente designado por fenómeno da
sucessão por morte/fenómeno sucessório, que constitui o objeto do Direito das Sucessões.

Mas, como resulta do artigo 41º, a sucessão não se limita à morte. De facto, a atribuição dos bens de
uma pessoa ou outras implica a ocorrência de factos jurídicos que se desencadeiam. Dai a existência de
um fenómeno ou processo sucessório.

Podemos dizer que a morte abre a sucessão, procedendo-se à vocação ou chamamento sucessório:
chamam-se os herdeiros à sucessão. Nesse período, a herança fica uma situação de enquanto não
houver aceitação ao chamamento, havendo uma herança jacente (29º). Uma vez aceite o chamamento,
a herança passa a herança adquirida pela
1. Explique segundo vosso entender, como se dá a sucessão por Mortis causa.

sucessão Universal mortes causa o herdeiro recebe bege em determinados é por isso é um sucessor a
título Universal

*Sucessão singular por mortes causa o legado o legado vai receber bens determinados é por isso é um
sucessor a título singular

*A sucessão causa mortes e a transferência total ou parcial de herança por morte de alguém há um ou
mais herdeiros

Segundo artigo 7 da lei número 23/2019 de 23 de dezembro a transmissão da herança se dá no


momento em que o herdeiro sabe da morte do de cujus.

A partilha do patrimônio que pertencia ao de cujos pode ser feio da segunda artigo 20 da lei 23/2019
conjugado com 2044 código civil e artigo 85 da lei das sucessões

Conforme a lei uma parte do patrimônio deve ser doada a herdeiros diretos como os próprios filhos e
irmãos, este recurso torna a divisão dos bens mais fácil e segura evitando inclusive disputar judiciais
longas e onerosas

Quando um dos cônjuges falece o sobrevivente tem direito de herança apenas em relação aos bens
particular deixados pelo de cujos enquanto nos bens comuns terá direito apenas a meação. Sendo assim
nos bens comuns a divisão será 50% para outros 50% para os herdeiros

2. Explique na prática como se opera a nossa realidade em Moçambique de acordo de cada


região.

Na nossa realidade em especial na zona sul, a pratica sucessória é parental dado se primazia aos
homens, sendo estes os principais se não os únicos chamados para partilha.

Geralmente faz um conselho de família, onde em caso de morte de um chefe de família, faz a eleição do
seu sucessor que normalmente será o irmão, mas se este não existir ou recusar a tarefa é incumbida ao
filho, mas velho.

Este não só fica responsável pelos bens do falecido como também, fica encarregue de liderar a família
que este deixou, isso inclui a esposa ou esposas para os casos de uma família polígama, sendo esta
transferia feita numa cerimónia denominada KUTXINGA, onde o herdeiro fica obrigado a ter relações
sexuais pelo menos uma vez com a viúva, para ser o legitimo sucessor.

Pratica esta muito questionada nos nossos dias, por violar gravemente os direitos fundamentais do
homem e da mulher especial o artigo 36 CRM

Recorrendo cada vez, mas as leis positivadas, consequentemente aos tribunais, sendo que essa prática
muitas vezes entra em contradição com o previsto Lei n.º 23/2019 de 23 de dezembro, visto que esta é
uma prática socio cultural.

3. Como se efetua a partilha do patrimônio do De cujos.

A partilha do património dos cujos, a sua partilha ira depender do regime adaptado no casamento sendo
que a lei reconhece o Casamento civil, religioso e tradicional monogâmico *Ao casamento monogâmico,
religioso e tradicional é reconhecido valor e eficácia igual à do casamento civil, quando tenham sido
observados os requisitos que a lei estabelece para o casamento civil* como esta previsto no Artigo 17
nº2 Lei 22-2019.

Sendo que por regra geral *Os cônjuges participam por metade no activo e no passivo da comunhão,
sendo nula qualquer estipulação em sentido diverso. * como esta previsto no Artigo 154 da Lei 22-2019

Mas se o regime de bens adotado pelos esposados for o da separação, cada um deles conserva o
domínio e fruição de todos os seus bens presentes e futuros, podendo dispor deles livremente. Se o
regime de bens adotado pelos esposados for o da separação, cada um deles conserva o domínio e
fruição de todos os seus bens presentes e futuros, podendo dispor deles livremente. como esta previsto
no Artigo 158 da Lei 22-2019

Tendo em conta o regime, mas adotado, cônjuge do falecido tem direito a metade de tudo se este
concorrer com outros herdeiros.

Não existindo cônjuge ou companheiro da união de facto, os parentes indicados no número 1 do


presente artigo são chamados à totalidade da herança. Como esta previsto Artigo 126 da Lei 23-2019
Conclusão

Diz-se sucessão o chamamento de uma ou mais pessoas a ingressar nas relações jurídico-patrimoniais de
que era titular uma pessoa falecida e a consequente transferência dos direitos e obrigações desta.

O Direito das Sucessões estava disposto no Livro V do Código Civil uma vez que este foi revogado pela Lei
n.º 23/2019, sendo ele o conjunto de normas que estabelecem como será a transferência dos bens e
direitos do falecido aos seus herdeiros ou legatários.
Bibliografia

Lei n.º 22/2019 de 11 de dezembro

Lei n.º 23/2019 de 23 de dezembro

Constituição da República de Moçambique

Código Civil

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