Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE ENGENHARIA
CURSO DIREITO
Licenciando: Supervisor:
Edson Vasco Rafael Dr. Rui Miguel Rafael Francisco Molande
_______________________________ ______________________________
FACULDADE DE ENGENGARIA
Análise crítica do art. 279 no 1 alínea a) à c), como um facto que viola o princípio
da igualdade
Resultado
_______________________________________________________________
Membros do Júri:
Presidente: ___________________________________________
Supervisor: ___________________________________________
Oponente: ____________________________________________
Estudante:____________________________________________
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Declaração de honra
Eu, Edson Vasco Rafael, declaro por minha honra, que este trabalho para obtenção do
grau de licenciatura em Direito nunca foi apresentado na sua essência em nenhuma
outra instituição para obtenção de qualquer grau académico ou similar e o mesmo
constitui resultado de uma investigação singular e da orientação de um supervisor,
estando citado no texto e na referência bibliográfica todas as fontes usadas para
compilação dessa obra.
Estudante
_______________________________________
Supervisor
________________________________________
Dr, Rui Miguel Rafael Francisco Molande
i
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
DEDICATORIA
ii
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
AGRADECIMENTO
Primeiramente, a Deus Pai, que iluminou o meu
caminho durante esta caminhada.
iii
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
EPIGRAFE
iv
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
RESUMO
O presente trabalho, tem como tema do mesmo: Análise crítica do art. 279 1 na 1
alínea a) à c) do código penal como um facto que viola o princípio da igualdade, visa
abordar fundamentalmente a temática da excepção à acção criminal pelos crimes de
furto. Esta norma estabelece que quem comete o crime de furto de contra o cônjuge,
ascendente, descendente, adoptante e adoptado, seja isento de pena, isto é, não seja
punido. A consagração desta norma na ordem jurídica pátria justifica-se por um lado
pela intenção do legislador em salvaguardar as relações familiares, mas que acaba
violando o princípio constitucionalmente consagrado, uma vez que aos olhos da nossa
constituição todos são iguais perante a lei, gozando dos mesmos direitos e deveres art
35 da C.R.M.
Sendo assim, o legislador acaba de certa forma indo de em contra com a referida
norma, não só, a acção ai praticada constitui crime de furto, ficando preenchidos
todos os aspectos para a responsabilização do autor, mas que se encontra entrave para
se fazer tal responsabilização em virtude desta assim isentar o autor de poder
responder pela pratica do mesmo.
Se pode considerar essa excepção como uma condição negativa de punibilidade, pois
esta exclui a responsabilidade penal, em razão da condição pessoal do agente, mas
não descaracteriza o crime praticado.
A matéria em relação a excepção da acção criminal tem gerado controvérsia, criticas,
preocupações e debates, uma vez que se deveria optar pela escolha de um modelo em
que não se retira a possibilidade de o autor (infractor) ser responsabilizado pela
prática de um crime, que esta tipificado.
1
CP
v
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
ABSTRACT
The present work has its theme: Critical analysis of art.279 no 1 (a) to (c) of the
Criminal Code as a breach of principe of equality, is intended primarily to address the
issue of exception to criminal prosecution for theft. This rule establishes that anyone
committing the crime of theft against the spouse, ascendant, descendant, adopter and
adopted, be exempt from punishment, that is, not punished. The consecration of this
rule in the legal order of the country is justified on the hand by intention of the
legislator to safeguard family relations, but ends up violating the constitutionally
consecrated principle,, since in the eyes of our constitution all are equal before the
law, enjoying the same rights and duties article 35 CRM
Thus, the legislature ends up going against the aforementioned norm, not only, the
action it is practicing is a crime of theft, and all aspects of the responsibility of the
author are fulfilled, but they are impeded in doing so responsibility in this way to
exempt the author from being able to answer for the practice of it.
This exception can be considered as a negative condition of punishability, since it
excludes criminal responsibility, due to the personal condition of the agent, but does
not de-characterize the crime committed.
The matter in relation to the exception of criminal actions has generated controversy,
criticism, concerns and debates, since one should choose to choose a model in which
the author (offender) is not deprived of the possibility of being held responsible for
the commission of a crime, which is typified.
vi
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
LISTA DE GRÁFICOS
vii
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: resposta a questão 1---------------------------------------------------------------34
Tabela 2: resposta a questão 2 --------------------------------------------------------------35
Tabela 3: resposta a questão 3---------------------------------------------------------------36
Tabela 4: resposta a questão 4 --------------------------------------------------------------37
Tabela 5: resposta a questão 5 --------------------------------------------------------------39
Tabela 6: resposta a questão 6 --------------------------------------------------------------40
viii
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
1. Al. - Alínea
2. AR – Assembleia da República
3. ART – Artigo
4. CC – Código Civil
5. CFR- Conferir
6. CP- Código Penal
7. CRM- Constituição da República de Moçambique
8. DL – Decreto-lei
9. Ed - Edição
10. FENG- Faculdade de Engenharia
11. IPAJ- Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica
12. MJ- Magistrado Judicial
13. MP - Magistrado Público
14. No - Numero
15. PG- Pagina
16. Reimp – Reimpressão.
17. Téc - Técnico
18. UCM- Universidade Católica de Moçambique
ix
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
GLOSSÁRIO
Ciclo Vicioso: expressão usada para se referir a algo que nunca tem fim, que anda em
círculos sem interrupções
Código Penal: é um conjunto de normas codificadas que tem o objectivo de
determinar e regulamentar os actos considerados ‘‘infracções penais’’, assim como
definir as sanções correspondentes.
Conformidade: sujeição ao que esta estabelecido
Direito da Família: é o ramo do direito que contem normas jurídicas relacionadas
com a estrutura, organização e protecção da família.
Direito Penal: é a disciplina do direito público que regula o exercício do poder
punitivo do Estado, tendo por pressupostos de acção delitos (isto é, comportamentos
considerados altamente reprováveis ou danosos) e como consequência as penas.
Immunites familiales: Imunidades familiares
Inconformidade: ausência de conformidade, divergência, desacordo.
Jus Puniend: é uma expressão latina que pode ser traduzida literalmente como direito
de punir do Estado, refere-se ao poder ou prerrogativa sancionadora do Estado.
Nulla poena sine culpa- não existe pena sem culpa.
Pena: punição atribuída a quem comete um crime.
Protecção: conjunto de medidas adoptadas para garantir a integridade física, mental e
moral.
x
1. CAPITULO I
1.1. Contextualização
1
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Esta norma pode ser vista também como um grande influenciador na prática
de tal crime, pois, poderá ser praticado sem se temer nenhuma consequência penal e
deixar o infractor numa situação de conforto e nenhum interesse no dano que causa na
esfera patrimonial do ofendido.
O presente trabalho tem como objectivo geral analisar de forma critica o art.
279 n1 alínea a) à c) do Código Penal como um facto que viola o principio da
igualdade. E para se conseguir alcançar o objectivo geral, iremos analisar o teor
relativo a adopção instituto de excepção à acção criminal, apurar opiniões dos
membros integrantes da sociedade sobre a excepção a acção criminal que esta norma
nos trás, sugerir, também, hipoteticamente meios para a construção de um quadro
jurídico eficaz, que vai salvaguardar o direito de acção penal por parte do ofendido.
2 Lei, é um princípio, um preceito, uma norma, criada para estabelecer as regras que devem ser
seguidas num ordenamento jurídico
2
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
3
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
2.1.1. Introdução
4
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
tendo por fim garantir a segurança individual e colectiva, constitui ramo do Direito
Publico.
Este poder de punir é ilimitado, mas exercido segundo as condições
estabelecidas previamente na lei.4
4
Cfr SCHIMIDT, Lisz. (1895). Direito Criminal Germanico, Sao Paulo: Saraiva.
5CORREIA, Eduardo. (1999). Direito Criminal – I. Coimbra: Almedina.
6CAPEZ, Fernando. (2004). Direito Penal, Parte Geral. Sao Paulo: Saraiva.
5
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
7
JORGE, Wanderley. (2005). Curso de Direito Penal, Parte Geral. 7 ed. Rio de Janeiro: Forense.
8
GOMES, Flávio. (2007). Direito Penal. Vol. I. São Paulo: Saraiva.
9BITENCOURT, Cezar Roberto. (1993). Falência da pena de prisão – Causas e alternativas. São
Paulo: Revista dos Tribunais.
6
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
10
PERANGELI, José Henrique. (2001). Códigos Penais do Brasil, Evolução Histórica. 2ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais.
7
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
De acordo com Elísio de Sousa (2016, pg33)11 Depois de 128 anos de vigência
do código de 1886, algumas aliterações foram feitas a este modo a acompanhar as
novas tendências do direito e evolução tecnológica. Estamos a falar de um Código
que desde a sua concepção ate a sua aprovação assistiu a invenção e desenvolvimento
do telégrafo de Samuel Morse, assistiu a invenção e patenteamento do telefone de
Graham Bell, testemunhou igualmente a invenção da primeira lâmpada eléctrica de
Edison & Swan. Devemos realçar que foram muitos adventos tecnológicos que hoje
se mostram imprescindíveis para a boa administração da justiça em que o mesmo
Código foi concebido, mas que por causa da visão futurista dos seus criadores este
Código perdurou por todos estes tempos ate hoje sec. XXI.
Importa recordar que o Código Penal tem a sua génese nos trabalhos de José
Manuel da Veiga que em 1836 vencera um concurso público para a elaboração do
‘‘novo código’’ ainda na vigência das Ordenações, mas que o seu Código não chegou
a entrar em vigor devido ao conturbado momento em que se vivia na época, onde para
efeito se adoptou a Chamada Constituição Setembrista em Portugal. Na vigência do
governo do General Duque de Saldanha (1852) foi aprovado um novo Código Penal
intensamente criticado pelos seus aplicadores por se mostrar ser apenas uma mera
compilação da legislação estrangeira.
11 SOUSA, Elísio de. (2016). Código Penal Moçambiçano: Anotado e Comentado. 2 ed. Maputo:
Escolar Editora.
12
Idem.
8
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
13SOUSA, Elísio de. (2016). Código Penal Moçambiçano: Anotado e Comentado. 2 Ed. Escolar
Editora: Maputo.
14CP
9
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Facto: isto é tanto acção como omissão. Mais frequentemente o mal do crime
se causa por acções positivas, pois que a lei penal é, maior numero dos casos
proibitiva, mas também algumas, vezes ele se realiza por omissões, visto que e
alguma hipóteses a lei é preceptiva. Escusado seria dizer que o facto punível deve
traduzir por actos externos pois que, além de que o poder público não tem poder de
punir os fenómenos internos, não pode realmente puni-los.
Voluntario: isto é, é praticado com a necessária inteligência e liberdade. O
agente deve ser causa eficiente, livre, responsável do facto e não simplesmente sua
causa física: a força, diz o Prof. Perreira do Vale que actua sem conhecimento do bem
ou do mal moral a que se dirige, que não é livre, mas obedece de modo irresistível a
outra força que lhe imprime o impulso, não pode se considerar como eficiente,
inteligente e consciente da acção e por conseguinte, como responsável. Implica
portanto, um nexo causal consciente e livre entre a actividade física do agente e o
facto punido por lei.
De Acordo com Elísio de Sousa (2016, pg76) 16 , quando se refere a facto
voluntário deve-se ter em conta que o agente deve agir com vontade e liberdade. E só
se pode considerar facto a manifestação externa dos actos dos actos, como apregoa o
Prof. Cavaleiro Ferreira (1997, pg. 16) que passo a citar: ‘‘tanto actos interiores como
exteriores são actos morais ou imorais, mas só os actos exteriores, ou acções, ou
factos, são, do ponto de vista jurídico, lícitos ou ilícitos’’17.
Declarado Punível por Lei: isto é, nenhum facto, por mais repugnante que
ele seja ao bom senso moral pode considerar-se crime sem haver uma lei que o
qualifique como tal. ‘’Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal’’, fica outorgada a lei a relevante tarefa de definir, isto é, de
descreve-los de forma detalhada, delimitando, em termos precisos, o que o
ordenamento entende por facto criminoso18.
15
MATTA, Caeiro da. (2011). Direito Criminal Português, Coimbra: Almedina.
16
SOUSA, Elísio de. (2016). Código Penal Moçambiçano: Anotado e Comentado. 2 ed. Escolar
Editora: Maputo
17
FERREIRA, Cavaleiro de. (1997). Lições de Direito Penal, parte geral. 4ed. Verbo: S. Paulo, Reimp.
18 Segundo Cernicchiaro ‘‘ Impõe-se descrição específica, individualizadora do comportamento
delituoso. Em outras palavras, a garantia há de ser real, efectiva. Uma lei genérica, amplamente
genérica, seria suficiente pata, respeitando o principio da legalidade, definir-se porem, resguardado
10
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
De acordo com Elísio de Sousa (2016, pg.76)19, quando a lei se refere a facto
declarado punível está neste aspecto a exaltar o principio da tipicidade, que é outra
das pedras angulares do nosso sistema jurídico - penal. Neste, aspecto não se pode
esquivar da visão do Prof. Maia Gonçalves que alvitra na necessidade de o
comportamento humano coincidir formalmente com a descrição feita na norma
incriminadora, para que possa integrar uma infracção criminal20.
efectivamente, o direito de liberdade. Qualquer conduta que conduzisse aquele resultado estaria
incluída no rol das infracções penais.
19
SOUSA, Elísio de(2016). Código Penal Moçambiçano: Anotado e Comentado. 2 ed. Escolar Editora:
Maputo
20
GONÇALVES, Maia. (1972). Código Penal Português, na doutrina e na jurisprudência. 2 ed.
Almedina: Coimbra.
21
Cfr. CUELLO , Eugénio. (1974). La moderna penologia. Barelona: Bosch.
11
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
De acordo com Elísio de Sousa (2016, p167)22os fins das penas são:
22 SOUSA, Elísio de. (2016). Código Penal Moçambicano: Anotado e Comentado. 2 Ed. Maputo:
Escolar Editora.
12
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
23
A reincidência é um conceito jurídico, aplicado ao direito penal, que significa voltar a praticar um
delito havendo anteriormente condenado por outro. A reincidência é circunstância que, via de regra,
serve em geral, para o aumento da pena.
13
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
De acordo com Elísio de Sousa (2016, pg 111)24, esta disposição vem reforçar a ideia
que de somente as pessoas físicas e que não tenham qualquer problema mental que
afecte o normal discernimento são as que podem ser criminalmente imputáveis.
Assim quando se fala de necessária inteligência, não se quer propriamente dizer que
devem ser pessoas com alto quociente de inteligência, mas sim de pessoas tidas como
normais. A normalidade para efeitos de imputação é a capacidade de representar
ilicitude dos resultados da sua acção.
No que se refere ao termo liberdade que conta do no1, esta implica o conhecimento e
possibilidade de agir de forma diversa daquela que leva ao cometimento de um crime.
24
SOUSA, Elísio de .(2016). Código Penal Moçambiçano: Anotado e Comentado. 2 ed. Maputo:
Escolar Editora.
25
FERNANDO, Pessoa Jorge (1995) Ensaio sobre os Pressupostos da Responsabilidade Civil.
Portugal: Almedina.
26
CP
27
PALOMBA, G, A. (2003). Tratado de Psiquiatria Forense. São Paulo: Atheneu.
14
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
28
SOUSA, Elísio de .(2016). Código Penal Moçambiçano: Anotado e Comentado. 2 ed. Maputo:
Escolar Editora
29
CP
30BITENCOURT, Cezar. (2006). Tratado de Direito Penal Parte Geral.V.1, 5 ed. São Paulo: Saraiva.
15
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
31
Entende-se culpa como a censura ético-jurídico dirigida a um sujeito por não ter agido de modo
diverso, está tal pensamento ligado a1 aceitação da liberdade do agente, à a aceitação do seu poder de
agir doutra maneira. E dolo, será caracterizado pela vontade livre e consciente de querer praticar uma
conduta descrita em uma norma penal como ilícita.
32
O principio da dignidade da pessoa humana é o alicerce do Estado Democrático, que estabelece a
qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e
consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido um complexo de direitos
e deveres fundamentais.
33
CAPEZ, Fernando. (2006). Curso de Direito Pena l- Parte geral. 5ed. São Paulo: Saraiva.
34CONSCIÊNCIA, Eurico. (2004). Breve Introdução ao Estudo do Direito. 2 Ed. Coimbra: Almedina.
16
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
35SANTOS, Washington dos. (2001). Dicionário Jurídico Brasileiro. Belo Horizinte: Del Rey
17
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
2.1.22.Crime de Furto
Conceito:
O artigo 270 do Código Penal estabelece que comete crime de furto aquele
que subtrai de forma fraudulenta uma coisa36 que não lhe pertença.
De acordo com Elísio de Sousa (2016, pg.408-9)37, o furto vai ser a subtracção
do património alheio de forma fraudulenta. Considera-se património alheio ara efeitos
deste artigo (270)38, todas as coisas que não sejam pertencentes ao agente, ou nos
casos em que o mesmo que pertençam ao próprio agente, as mesmas estejam na posse
de outrem por controlo ou por decisão judicial.
A lei quando se refere à fraude tem em vista todo e qualquer comportamento
que visa desviar a atenção do dono da coisa, para que a mesma seja retirada da sua
esfera patrimonial. Não integra a fraude qualquer acto de ameaças, coacção ou mesmo
violência contra as pessoas.
Este crime consuma-se com a retirada da coisa da esfera patrimonial da
vítima, isto é, são os casos em que o dono ou possuidor 39 já não pode exercer o
animus domini40sobre a coisa.
O criminólogo Herman Mannheim (1985, pg.721) 41 defende a ideia de que
alguns crimes patrimoniais como os de furto, são uma forma de revelar um conflito de
classes entre os mais pobres e os mais abastados. Diz ele que apesar de nítida
associação entre certos crimes contra o património em particular o furto e as classes
mais baixas, não é possível afirmar que em relação a qualquer outra categoria de
crimes, a ideia de conflitos de classes seja essencial.
36
Cfr CC art.202 ‘‘ diz-se coisa tudo aquilo que pode ser objecto de relações jurídicas’’
37 SOUSA, Elísio de .(2016). Código Penal Moçambiçano: Anotado e Comentado. 2 ed. Maputo:
Escolar Editora
38
CP
39
Cfr CC art.1251, posse é o poder que se manifesta quando alguém actua por forma correspondente ao
exercício do direito de propriedade ou de outro direito real.
40
Animus Domini é uma expressão em latim que significa a intenção de agir como dono.
41
MANNHEM, Hermann. (1985). Criminologia Comparada, Vol. II. Lisboa: Fundação Calouste
Gulberskin.
18
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
42
NORONHA, Magalhães. (2000). Direito Penal. 31 Ed. São Paulo: Saraiva.
43
Idem
44
DUTRA, M,Hoeppner. (1955). O Furto e o Rouo. Rio de Janeiro: Max Limonard.
19
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
2.1.27. Consumação
Damásio E. Jesus, (2001, pg. 307) primeiramente, vale dizer que, o furto é
crime material: o tipo penal descreve a acção e o resultado visado pelo agente, que
tem que ser produzido, e instantâneo: não se prolonga no tempo, ocorre em dado
instante.
Varias são as teorias para explicar o momento consumativo do furto, a saber:
Para a teoria da contréctatio, basta o sujeito tocar a coisa, ou seja, por a mão
no objecto. Só o contacto físico já configura o crime
Para a teoria aprrehensio rei, é suficiente o agente tocar o objecto e segura-lo.
Nos termos da teoria do amotio, exige-se a remoção da coisa de lugar, ou seja,
o momento consumativo ocorre com a deslocação da coisa.
Para a teoria de ablatio, a consumação ocorre quando há apreensão física da
coisa e deslocação para o local que se destinava, em segurança.
Porem nenhuma dessas teorias logrou êxito. Damásio E. Jesus (2001,
pg.309) 45 diz ser o momento consumativo do furto quando o objecto é retirado da
esfera de posse e disponibilidade da vitima, ingressando na disponibilidade do autor,
ainda que este não obtenha a posse tranquila.
De acordo com o Prof. Mario Hoeppner Dutra (1995, pg. 64)46, o momento
consumativo do furto se da com o facto de passar a coisa da custódia do possuidor,
45JESUS, Damásio E. (2001). Direito Penal, Parte Especial. Vol.2. São Paulo: Saraiva.
46DUTRA, M,Hoeppner. (1955). O Furto e o Roubo. Rio de Janeiro: Max Limonard.
20
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
para a do agente. Desde que a coisa deixe a esfera de vigilância do possuidor e passe
para a do agente, efectivado está o apoderamento.
Para tanto, dispensável é que o infractor transporte a coisa furtada de um lugar
para o outro, ou que a esconda em si mesmo, sem se afastar do local em que praticou
a subtracção.
2.1.28. Tentativa
A tentativa é possível, pois o furto é crime material, e tem acção e resultado.
Conforme preceitua o art. 1447, vai ser tentativa a interrupção involuntária dos actos
de execução48, ou seja, diz-se tentado o crime quando, iniciada a execução, esta não
se consuma por circunstâncias alheia à vontade do agente, ou seja, ele não consegue
retirar a coisa móvel da esfera de protecção e vigilância da vítima.
Segundo Edgard Magalhaes Noronha (2000, pg. 235)49, há tentativa de furto
sempre que actividade do agente cesse, antes que sua posse haja substituído a da
vitima, por circunstâncias alheias a sua vontade. Deve o acto de execução, como em
qualquer outro crime, ser inequivocamente dirigido à consumação do furto.
Segundo Elísio de Sousa (2016, pg.416)50, a tentativa é sempre punível nestes
crimes. Neste crime, não se deve aplicar as regras gerais da punição da tentativa do
art. 131, a moldura para os casos do crime tentado deve ser a mesma que caberia aos
autores, mas aplicáveis de forma atenuada. A lei não se manifestou para os casos do
crime frustrado, pelo facto de para este crimes contra o património não se admitir a
sua prática de forma frustrada, pois uma vez que o agente retira o bem da esfera
patrimonial da vítima, o crime deve considerado consumado.
47
CP
48
Actos de execução são os que preenchem um elemento constitutivo de um tipo de crime, os que são
idóneos a produzir um resultado típico.
49NORONHA, E. (2000). Magalhaes. Direito Penal.31 ed. São Paulo: Saraiva.
50SOUSA, Elísio de .(2016). Código Penal Moçambiçano: Anotado e Comentado. 2 ed. Maputo:
Escolar Editora
21
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
22
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Mt, logo neste caso o agente comete o crime de Furto nos termos do no1, do art.270
CP, uma vez que o valor do bem furtado esta dentro da moldura do no1, do mesmo
artigo (dez salários mínimos x 3.000,00Mt = 30.000,00Mt), onde a pena aplicável ao
agente seria de prisão ate 6 meses e multa ate a 1 mes.
Mas imaginemos que o referido furto foi cometido quando o agente estava
acompanhado de outras 2 pessoas. Neste caso, nos termos da al. c), deste artigo,
devem-se considerar Furto Qualificado todos aqueles que são praticados por mais de
uma pessoa. E sendo considerado este furto como qualificado, a pena deverá ser em
outra em virtude da qualificação do furto nestes termos, aplicando-se a pena
imediatamente superior.
Nesta fase, vamos chamar aqui as questões do Direito Comparado, como é que
o nosso tema se desenvolve nos outros ordenamentos jurídicos.
Quanto a literatura empírica, vamos nos basear em estudos realizados em
outros países em relação a matéria, tendo em vista uma comparação deste estudo ou
ordenamento jurídico estrangeiro com o nosso ordenamento jurídico. Para esses
efeitos irei utilizar o ordenamento jurídico Brasileiro, Francês, Italiano e Português.
O artigo 182, por sua vez, torna a acção pública de iniciativa publica
incondicionada, que é a regra nos crimes contra o património, em acção pública de
iniciativa publica condicionada à representação, caso o crime contra o património seja
23
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Segundo Ana Ferro (2003, p.43) 58 , o direito penal Italiano utiliza o termo
‘‘não é punível’’ o agente infractor de um dos crimes contra o património, em que a
vitima é ascendente, descendente, cônjuge não legalmente separado ou afim em linha
recta, além de irmão em situação de convivência. Assim como no direito brasileiro,
56
FERRO. Ana. (2003). Escusas Absolutórias no Direito Penal: Doutrina e Jurisprudência. Belo
Horizonte: Del Rey.
57
Lei no 92-683, de 22 de Julho- Código Penal Francês
58
.FERRO. Ana. (2003). Escusas Absolutórias no Direito Penal: Doutrina e Jurisprudência. Belo
Horizonte: Del Rey.
24
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
O código penal Português não prevê nenhum caso de escusa absolutória, mas
apenas imunidades que, se comparadas, correspondem as imunidades relativas,
impondo a necessidade de iniciativa da parte ofendida, para que o autor possa ser
processado criminalmente. Com relação as imunidades, assim o Código Penal
Português estabelece:
Art. 20759 ‘‘No caso do art 203 e do no 1 do artigo 205, o procedimento criminal
depende da acusação particular se:
Questão relevante que pode ser percebida no Código Luso é o facto de ser atribuído a
aqueles que convivem como se casados fossem, os mesmos direitos dos cônjuges, no
sentido de receber o benefício legal da necessidade de acusação particular.
59
Lei 59/2007, de 4 de Setembro – Código Penal Português
25
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Nesta etapa, vãos trazer a Literatura Focalizada olhando para o nosso tema de
acordo com a realidade jurídica Moçambicana.
Elísio de Sousa (2016, pg. 410 e 420)60, diz que, este dispositivo ja constava
do código anterior no seu artigo 431, com algumas correcções pontuais. Trata-se de
uma norma processual no que se refere às causas especiais de exclusão da culpa nos
crimes de furto. Felizmente o legislador melhorou uma redacção que criou duvidas na
aplicação ao longo do tempo em que o artigo esteve em vigor (aproximadamente 12
anos), por força da nova redacção introduzida pela Lei no 8/2002, de 5 de Fevereiro.
60
SOUSA, Elísio de. (2016). Código Penal Moçambiçano: Anotado e Comentado. 2 Ed. Maputo:
Escolar Editora
26
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
27
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
28
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Essa pesquisa tem por objectivo buscar o porquê das coisas, exprimindo o que
convêm ser feito, mas não quantificam os valores. O significado que as pessoas dão às
coisas e à sua vida é foco de atenção especial pelo pesquisador. Nesses estudos há
sempre uma tentativa de capturar a perspectiva dos participantes, isto é, examinam-se
como os informantes encaram as questões que estão sendo focalizadas.
Assim, o estudo que vamos realizar não tem em vista a apresentação
numérica, mas sim uma análise de forma a compreender o regime jurídico em causa, e
o alcance das suas disposições
62
LAKATOS, E.M ; MARCONI, M.A. (2001). Fundamentos metodologia cientifica. 4 Ed. São
Paulo:Atlas.
63
GIL, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas.
64
ZIKMUND, W. G. (2000) . Business research methods. 5 ed. Fort Worth: Dryden.
65
MALHOTA, N. (2001). Pesquisa de marketing. 3ed. Porto Alegre: Bookman.
29
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
66
MANZO, Abelardo J. (1971). Maual para la preparación de onografías; uma guia para presenter
informes y tesis. Buenos Aires: Humanitas,
67
TRUJILIO, Ferrari, A. (1974). Metodologia da Ciência,. 3 d. Rio de Janeiro:kennedy.
68LAKATOS, E; MARCONI, M. (2001). Fundamentos metodologia científica. 4ed. São Paulo: Atlas.
69
CERVO, A. Bervian. (2002). A Metodologia Cientifica. 5ed. São Paulo: Prentice Hall
70
GIL, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas
30
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
31
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
uma população, constituído de nas unidades de observação e que deve ter as mesmas
características da população, seleccionadas para a participação no estudo.
Segundo Marconi & Lakatos (2004, p136) 74 , variáveis consistem em fazer
uma especificação de numero exacto de aspectos em estudo, variável pode ser
considerada como uma classificação ou medida; uma quantidade que varia; um
conceito operacional, que contem ou apresenta valores; aspectos; propriedades ou
factor discernível em um objecto de estudo e passível de mensuração.
32
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
33
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
34
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Grafico II
15 Tec. 16 Tec. 1 Advogado
IPAJ Sim IPAJ Sim Percentagem Sim
6,25% 6,25% 6,25%
2 Advogado
14 Tec. IPAJ Sim
Sim 6,25%
3 Advogado
6,25%
Sim
13 Tec. IPAJ 4 Advogado 6,25%
Sim Sim
12 Tec. IPAJ 6,25% 6,25%
Sim 5 MJ Sim
6,25% 11 Tec. 6,25%
IPAJ Sim 6 MJ Sim
10 Tec. IPAJ
6,25% 7 MP Sim 6,25%
Sim 9 Tec. IPAJ Sim 8 MP Sim 6,25%
6,25% 6,25% 6,25%
35
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
36
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Gráfico III
37
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
16 Tec. IPAJ
Não Percentagem
6,25% 1 Advogado Não
15 Tec. IPAJ Não 6,25% 2 Advogado Não
6,25% 6,25%
38
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
GRAFICO (V)
16 Tec. IPAJ
Conformidade Percentagem 1 Advogado
Conformidade
6,25%
6,25% 2 Advogado
15 Tec. IPAJ
Inconformidade
Conformidade
6,25%
6,25%
14 Tec. IPAJ
Conformidade
3 Advogado
6,25%
Inconformidade
6,25%
4 Advogado
13 Tec. IPAJ
Inconformidade
Inconformidade
6,25%
6,25%
5 MJ
12 Tec. IPAJ
Conformidade
Inconformidade
6,25%
6,25%
11 Tec. IPAJ
Inconformidade
6 MJ
6,25%
Inconformidade
10 Tec. IPAJ 6,25%
7 MP
Inconformidade Conformidade
6,25% 9 Tec. IPAJ 8 MP
Inconformidade 6,25% Conformidade
6,25% 6,25%
39
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
40
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
16 Tec. 1 Advogado
IPAJ Não Percentagem Não
6,25% 6,25%
15 Tec. IPAJ 2 Advogado
14 Tec. Não Sim
IPAJ Sim 6,25% 6,25%
6,25%
3 Advogado
Não
13 Tec. IPAJ 6,25%
Não 4 Advogado
6,25% Não
12 Tec. IPAJ 5 MJ Sim 6,25%
Não 6,25%
6%
11 Tec. IPAJ 6 MJ Sim
Não 6,25%
6,25% 10 Tec. 9 Tec. 7 MP Sim
IPAJ Não IPAJ Sim 8 MP Não
6,25%
6,25% 6,25% 6,25%
41
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
5.2. Sugestões/Recomendações
Face as conclusões anteriormente apresentadas, é necessário em momento oportuno
apresentar as devidas recomendações com singela contribuição para o Direito Penal
Moçambicano, desde já, apresentamos, as seguintes recomendações:
42
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Sugerir ao órgão com o poder legislativo (art. 183 C.R.M) que para tornar a
justiça plena e eficaz para todos, é indispensável que na próxima revisão do
Código Penal, seja revogada esta norma.
Instar a sociedade em geral para as implicações jurídico-sociais que esta
impunidade pode gerar;
Oportunizar debates dos diversos intervenientes ao nível da justiça com intuito
de colher diferentes sensibilidades
Incentivar o legislador a acautelar a punição quando o mesmo seja praticado
em prejuízo do ascendente ou descendente, como uma forma de fazer face a
prática de um crime continuado;
Fazer valer a repressão penal, além do mais, serve de exemplo para outras
pessoas que não devem praticar determinados actos sob pena de sofrer a
sanção.
Recomendar ao legislador a adopção da política do ordenamento jurídico
brasileiro.
43
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Obras Bibliográficas
44
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Legislacao:
Nacional:
Lei no35/2014 de 31 de Dezembro – Código Penal Moçambicano
Lei no 47344/66 de 25 de Novembro – Código Civil Moçambicano
Estrangeira:
Lei no 59/2007, de 4 de Setembro – Código Penal Português
Decreto-lei no2.848/1940 – Código Penal Brasileiro
Lei no 92-683, de 22 de Julho, em vigor desde 1 de Março de 1994- Código Penal
Francês
Netgrafia:
Jus Puniend, em Wikipedia, em 19/02/2019:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jus_puniendi
45
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
46
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Apêndice
Questionário:
Caro Jurista
Entretanto, toda a informação aqui retirada será tratada com um nível elevado de
confidencialidade e agradecemos antecipadamente a sua colaboração e sinceridade
nas respostas.
1. Olhando para aexcepção à acção criminal que o legislador concede, não acha que
está a violar o principio da igualdade?
a)Sim_________(argumente)
b)Não________(argumente)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
______________________________________________
47
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
b) Não_______(argumente)
5. Uma vez cometido o crime de furto, e querendo ver o seu direito (propriedade)
acautelado, mas não ser possível em virtude da excepção à acção criminal gerada pelo
art.279. Qual é a sensação?
a) Conformidade________(argumente)
b) Inconformidade_______(argumente)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________________________________________________
6. Esta norma estabelece que outros tipos de relações familiares que (não
necessariamente entre parentes) ficam sujeitos a responsabilidade criminal. É do seu
entender correcto?
Sim________ (arguemente)
Nao _______(argumente)
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_________________________________________________
48
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_________________________________________________
49
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Índice
Declaração de honra ........................................................................................................i
DEDICATORIA ........................................................................................................... ii
EPIGRAFE ...................................................................................................................iv
RESUMO ....................................................................................................................... v
ABSTRACT ..................................................................................................................vi
GLOSSÁRIO ................................................................................................................. x
1. CAPITULO I ......................................................................................................... 1
50
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
51
ANÁLISE CRÍTICA DO ART.279 NO 1 ALÍNEA A) À C) COMO UM FACTO
QUE VIOLA O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 44
Legislacao ................................................................................................................ 45
Nacional ............................................................................................................... 45
Estrangeira ........................................................................................................... 45
Netgrafia .............................................................................................................. 45
Apêndice ...................................................................................................................... 47
52