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DIREITO
3º Ano
Código: ISCED32-CJURCFE027
INSTITUTO SUPER
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ISCED CURSO: DIREITO; 30 Ano Disciplina/Módulo: REGISTOS E NOTARIADO
Fax: 23323501
E-mail: isced@isced.ac.mz
Website: www.isced.ac.mz
Agradecimentos
Pela Revisão
Elaborado Por: Ésio Cebola Alguineiro Magaio, Mestre em Ciências Jurídicas Público Forense.
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Índice
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GLOSSÁRIO................................................................................................................................................... 120
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Visão geral
Objectivos do Módulo
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Um índice completo.
Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente
de habilidades de estudos.
Conteúdo desta Disciplina / módulo
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos.
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só
depois é que aparecem os exercícios de avaliação.
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros
exercícios teóricos/práticos. Problemas não resolvidos e
actividades algumas práticas incluído estudo de caso.
Outros recursos
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Ícones de actividade
Habilidades de estudo
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É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando
achar que já domina bem o anterior.
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Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou
invertidas, etc.). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento
e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone,
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Avaliação
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Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária,
propriedade intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
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TEMA I – INTRODUÇÃO
Introdução
O Direito é o objecto da justiça. No entanto, a justiça na virtude de
atribuir a cada um o seu direito. E para que os direitos sejam
legitimados, foram criadas instituições várias e especificas
vocacionadas a prática de registos dos actos, em vista a salvaguarda
dos direitos inerentes aos cidadãos.
As Conservatórias dos Registos e do Notariado, bem como algumas
conservatórias distritais ou postos são instituições ou serviços
criados onde os cidadãos podem exercer seus direitos de registos,
quer de nascimento, de casamento, de óbito, de emancipação, de
patrimónios móveis ou imóveis, de suas actividades comerciais e
tantos outros actos sujeitos a registo.
Os serviços notariais e de registos são encarregados, por definição
normativa, a exercerem funções públicas consistente em receber,
interpretar e dar forma legal à vontade das partes, redigindo os
instrumentos adequados a esse fim, bem como dedicar-se ao
assentamento de títulos de interesse privado ou público, para
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Introdução
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MARTINS, Cláudio. Direito notarial: teoria e técnica. Fortaleza: Imprensa UFCE,
1974. p. 18
3
CUNHA, Gonçalves. Tratado do direito civil. Coimbra: Coimbra Ed., 1939. p. 645.
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COUTURE. Eduardo J. Vocabulário Jurídico. Buenos Aires: Depalma, 1976. p. 487
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Exercícios
Introdução
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Daí se depreende que “a técnica que deve ter o tabelião não é uma
técnica qualquer, mas a técnica jurídica” (1998, p. 132).
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Capitulo II do Decreto nº. 30/2001, de 15 de Outubro.
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Exercícios
1) O tabelião (notário) deve ter uma preparação económica especializada para a
realização dos actos que lhe forem submetidos.
a) Certo b) Errado Resposta: Errado
Introdução
O registo elaborado de acordo com as disposições dos Códigos tem
valor pleno e constitui prova suficiente da existência dos factos, o
qual só pode ser contrariado por sentença transitada em julgado,
proferida em acções de estado ou de registo.
Os registos constituem ainda presunção da existência dos factos que
deles constam obrigatoriamente nos termos das disposições que
regulam os requisitos gerais e os privativos de cada espécie,
presunção que pode ser contrariada pelos meios probatórios gerais,
em qualquer processo judicial em que tais factos sejam relevantes.
A sentença que em relação a um facto dos referidos acima julgue em
contrario à menção que consta no registo só tem valor de decisão
definitiva para a situação a que respeita, devendo, porém, ser
enviada uma copia à repartição do registo civil competente,
acompanhado de certidão das provas tomadas em conta, a fim de o
conservador do registo civil tomar as providencias permitidas pelo
código para rectificação oficiosa do registo, se for caso disso.
Os factos registados não podem ser impugnados em juízo, sem que
seja pedido o cancelamento ou a rectificação dos registos
correspondentes.
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A prova resultante do registo civil quanto aos factos que a ele estão
obrigatoriamente sujeitos e ao estado civil correspondente não pode
ser ilidida por qualquer outra, a não ser nas acções de Estado e nas
acções de registo.
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Exercicios
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Introdução
Os documentos lavrados pelo notário, ou em que ele intervém,
podem ser autênticos ou autenticados, ou ter apenas o
reconhecimento notarial. E são autênticos os exarados pelo notário
nos respectivos livros, ou em instrumentos avulsos, e os certificados,
certidões e outros documentos análogos por ele expedidos, e
autenticados os documentos particulares confirmados pelas partes
perante o notário e só tem reconhecimento notarial quando a
assinatura se mostre reconhecida por notário.
No entanto, são válidos e fazem prova plena, os documentos
transmitidos por via electrónica, fax ou telex entre os serviços dos
registos e do notariado ou arquivos recebidos de qualquer repartição
ou representação consular moçambicana. Os mesmos têm valor de
certidões dos respectivos originais, desde que estes se encontrem
arquivados no serviço emitente e venham datados e assinados pela
entidade competente.
O documento recebido deve ser assinado e autenticado com selo
branco do funcionário competente do serviço receptor. E, pela
emissão destes documentos, além dos encargos próprios das
certidões, serão cobrados emolumentos complementares a serem
ficados por Diploma Ministerial do Ministério da Justiça.
Exercícios
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Exercícios
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TEMA II – NOTARIADO
Introdução
2.1.1. Conceito de Direito Notarial
Como bem dispõe Larraud, o Direito Notarial é conceituado como “o
conjunto sistemático de normas que estabelecem o regime jurídico
do notariado”6.
6
LARRAUD, Rufino. Curso de derecho notarial. Buenos Aires: Depalma, 1996. p.
83.
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7
NERI, Argentino I. Tratado teórico y prático de derecho notarial. Buenos Aires:
Depalma, 1980. v. 1, p.322.
8
BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 1998. p. 79.
9
DINIZ, Maria Helena. Sistemas de registros de imóveis. 4. ed. São Paulo: Saraiva,
2003. p. 13.
10
Art.1º da Lei 8.935/94 - LNR (Lei dos Notórios e dos Registradores).
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CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e dos registradores comentada. 5. ed. São
Paulo: Saraiva, 2006. p. 22.
12
ANTUNES, Luciana Rodrigues. Introdução ao direito notarial e registral. Jus
Navigandi, Teresina, ano 9, n. 691, 27 maio 2005
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CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e dos registradores comentada. 5. ed. São
Paulo: Saraiva, 2006. p. 23
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2) Uma das funções notariais visa dar forma legal e conferir Fé Pública aos actos
jurídicos para além da esfera jurídica.
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Introdução
Especialmente destinados a actos notariais, haverá em cada cartório,
os livros seguintes:
a) Livro de notas para testamentos públicos e para escrituras de
revogação de testamentos;
b) Livro de notas para escrituras diversas;
c) Livro de protestos de títulos de créditos;
d) Livro de registo dos actos lavrados no livro de notas para
testamentos e dos instrumentos de aprovação ou depósito
de testamentos cerrados;
e) Livro de registo de escrituras diversas;
f) Livro de registo de outros instrumentos avulsos e de
documentos que os interessados pretendam arquivar;
g) Livro de registo de contas de emolumentos e selos.
De referir que, os livros acima descritos podem ser substituídos por
suportes informáticos com observância das normas quanto a
numeração de folhas. Para além desses livros, em cada cartório
haverá um livro de emolumentos pessoais.
Os serviços consulares e os demais órgãos especiais da função
notarial terão, de entre os livros acima descritos, os necessários à
prática dos actos notariais da sua competência.
Porém, o notário deve adoptar os modelos de livros que mais
convierem ao serviço a que se destinarem, se não houver modelos
apropriados, os mesmos podem ser desdobráveis em vários, de
harmonia com as conveniências de serviço.
Todos livros têm um número de ordem, sendo a numeração privativa
de cada espécie de livros, quando se trate de desdobrados, a cada
livro corresponderá uma letra por ordem alfabética, devendo a
numeração ser privativa dos livros identificados com a mesma letra.
Os livros de notas para escrituras diversas e bem assim o livro de
registo de outros instrumentos avulsos, podem ser formados por
fascículos ou folhas soltas ou com recurso a meios informáticos. E
quando assim forem, devem ser encadernados, depois de utilizados,
em volume com o máximo de cento e cinquenta folhas.
Para o caso de recurso a meios informáticos quando necessário
converter em suporte físico, deve ser adoptada na sua organização
em volumes, igualmente, com o máximo de cento e cinquenta folhas.
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Exercícios
Introdução
Os documentos lavrados pelo notário, ou em que ele intervém,
podem ser autênticos ou autenticados, ou ter apenas o
reconhecimento notarial. São autênticos os documentos exarados
pelo notário nos respectivos livros, ou em instrumentos avulsos, e os
certificados, certidões e outros documentos análogos por ele
expedidos, enquanto que, são autenticados os documentos
particulares confirmados pelas partes perante notário.
No entanto, tem reconhecimentos notarial os documentos
particulares cuja assinatura se mostre reconhecida por notário.
Os actos notariais são escritos com os dizeres por extenso, salvo no
que respeita às palavras usadas como fórmulas de tratamento ou
cortesia nos instrumentos de protesto, nas certidões de teor, nas
públicas-formas e traduções, a transcrição dos títulos e dos originais
é feita com as abreviaturas e algarismos que neles existirem.
É permitido o uso de algarismos e abreviaturas, reconhecimentos,
averbamentos, extractos, registos e contas, na numeração das folhas
dos livros ou dos documentos, nas cotas de referencia nestes apostas
e, em quaisquer actos, para a referenciação dos documentos para
eles apresentados ou exigidos e da residência dos respectivos
intervenientes, e nas palavras usadas para designar títulos
académicos ou honoríficos.
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1) Na execução dos actos notariais as palavras traçadas, mas legíveis que não
forem ressalvadas consideram-se:
a) Eliminadas b) Não eliminadas Resposta: Eliminadas
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Introdução
Os actos notariais são escritos em língua oficial, devendo ser
redigidos com a necessária correcção, em termos claros e precisos.
A sua terminologia será aquela que, em linguagem jurídica, melhor
traduza a vontade das partes, expressa nas suas instruções, devendo,
porém, evitar-se a inserção nos documentos de tudo o que seja
supérfluo.
O documento escrito em língua estrangeira deve ser acompanhado
da tradução correspondente, a qual pode ser feita por notário
moçambicano, pelo consulado moçambicano no país onde o
documento foi passado, pelo consulado desse país em Moçambique,
ou ainda por tradutor idóneo que, sob juramento ou compromisso
de honra, afirme, perante o notário, ser fiel a tradução.
Os documentos passados no estrangeiro, em conformidade com a lei
local, são admitidos para instruir actos notariais,
independentemente de prévia legalização. Se, porém, houver
fundadas dúvidas acerca da autencidade do documento
apresentado, pode ser exigida a sua legalização, nos termos da lei
processual.
Dentre várias formalidades comuns, o instrumento notarial deve
conter:
a) A designação do dia, mês, ano e lugar em que for lavrado ou
assinado;
b) O nome completo do funcionário que o lavrou, a menção da
respectiva qualidade e a designação da repartição a que
pertence;
c) O nome completo, estado, naturalidade e residência
habitual dos outorgantes, bem como das pessoas singulares
por estes representados, as denominações das pessoas
colectivas e as denominações ou firmas das sociedades que
os outorgantes representem, com a indicação das suas
sedes;
d) O nome completo, estado e residência habitual das pessoas
que devam intervir como abonadores, intérpretes, peritos-
médicos, testemunha e leitores.
No que tange aos requisitos gerais, se no acto intervier um substituto
legal, no impedimento ou falta do notário, indicar-se-á o motivo da
substituição. O outorgante que não saiba ou não possa assinar, deve
apor a sua impressão digital.
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2) Devido a problemas de surdez da Sra. Emilia Moises, o notário pediu ao Sr. João
António, funcionário afecto a conservatória para que pudesse abonar em nome
da outorgante, como avalia esse procedimento.
a) Correcto b) Errado Resposta: Errado
Introdução
Como foi descrito na unidade temática 2.2, existirá em cada
conservatória o livro de registo de instrumentos avulsos e de
documentos no qual são registados:
a) Os instrumentos de abertura de testamentos cerrados;
b) Os instrumentos de actas de reunião de órgãos sociais e de
procurações;
c) Os demais instrumentos avulsos lavrados em mais de um
exemplar e que não devam ser registados nos livros de actos
e de escrituras públicas;
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Introdução
Os documentos particulares adquirem a natureza de documentos
autênticos, desde que as partes confirmem o seu conteúdo perante
o notário. Apresentado o documento para fins de autenticação, o
notário deve reduzir esta a termo, que para todos efeitos substitui o
reconhecimento autêntico.
O termo de autenticação deve conter os seguintes elementos:
a) A declaração das partes de que já leram o documento ou
estão perfeitamente inteiradas do seu conteúdo e que este
exprime a sua vontade;
b) A ressalva das emendas, entrelinhas, rasura ou traços
contidos no documento e que neste não estejam
devidamente ressalvados.
Nesta, é aplicável à verificação da identidade das partes, bem como
à intervenção de abonadores, interpretes, peritos, leitores ou
testemunhas, o disposto para os instrumentos públicos.
Se o documento que se pretende autenticar estiver assinado a rogo,
devem constar do termo o nome completo, idade, estado e
residência do rogado a menção de que o rogante confirmou o rogo
no acto da autenticação e a impressão digital do rogante. E fará
expressa menção das circunstâncias que legitimam o
reconhecimento e da forma como foi verificada a identidade do
rogante.
Os reconhecimentos notariais podem ser simples ou com menções
especiais. O simples respeita à assinatura do signatário do
documento e são sempre presenciais.
O reconhecimento com menções especiais é o que inclui, por
exigência da lei ou a pedido dos
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Introdução
2.7.1. Testamentos
Apresentado pelo testador o seu testamento cerrado, para fins de
aprovação, o notário deve lavrar o respectivo instrumento, que
principiará logo em seguida à assinatura aposta no testamento. O
instrumento de aprovação deve conter, em especial, as seguintes
declarações, prestadas pelo testador:
a) Que o escrito apresentado contém as suas
disposições de última vontade;
b) Que está escrito e assinado por ele, ou escrito por
outrem, a seu rogo, e somente assinado por si, ou que
está escrito e assinado por outrem, a seu rogo, visto
ele não poder ou não saber assinar;
c) Que o testamento não contém palavras emendadas,
truncadas, escritas sobre rasuras ou entrelinhas,
borrões ou notas marginais, ou no caso de as ter que
estão devidamente ressalvadas;
d) Que todas as folhas, à excepção da assinada, estão
rubricadas por quem assinou o testamento.
O notário fará constar o número de páginas completas e de linhas de
alguma página incompleta, ocupadas pelo testamento e bem assim,
no caso de o testamento não ter sido escrito pelo testador, que este
provou, perante si, saber e poder ler.
As folhas serão rubricadas pelo notário; se o testador o solicitar, o
testamento será ainda, com o instrumento de aprovação, cosido e
lacrado pelo notário, que aporá sobre o lacre o seu sinete e na face
exterior da folha que servir de invólucro será lançada uma nota com
a indicação da pessoa a quem o testamento pertence.
O testamento cerrado deve ser manuscrito e pode, a pedido do
testador, ser escrito pelo notário que vier a lavrar o instrumento de
aprovação.
Qualquer repartição notarial em cuja área o documento se encontre
tem a competência para a abertura do testamento cerrado. E só
pode ser lido pelo notário que lavrar o instrumento de aprovação.
Se, porém, o testamento estiver depositado, a abertura deve ser
feita na repartição notarial onde o documento se encontra
depositado.
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Exercícios
Introdução
É insusceptível de reconhecimento a assinatura aposta em
documento cuja leitura não seja facultada ao notário, ou em papel
sem nenhuns dizeres, em documento escrito em língua estrangeira
que o notário não domine, ou em documento escrito ou assinado a
lápis.
Tratando-se de documento escrito em língua estrangeira que o
notário não domine, o reconhecimento pode ser feito desde que o
documento seja traduzido, ainda que verbalmente, por perito da sua
escolha.
No entanto, o notário pode recusar o reconhecimento da assinatura
em cuja feitura tenham sido utilizados materiais que não ofereçam
garantias de fixidez, e bem assim da assinatura aposta em
documentos que contenham linhas ou espaços não utilizados.
As omissões e inexactidões verificadas em actos lavrados nos livros
de notas, devidas a erro comprovado documentalmente, podem ser
supridas ou rectificadas, a todo tempo, por meio de averbamentos,
desde que da rectificação não resultem duvidas sobre o objecto a
que se reporta ou sobre a identidade dos intervenientes. E tal só
pode ser lavrado quando as omissões ou inexactidões respeitem:
a) À menção de documentos anteriores;
b) À indicação dos números das descrições e inscrições prediais
e matrículas de entidades sujeitas a registo comercial, bem
como das conservatórias a que se refiram;
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Introdução
A requisição, feita por autoridades ou repartições públicas, de
certificados, certidões ou documentos análogos que devam ser
passados pelos notários será endereçada à repartição notarial
competente, com referência expressa ao fim a que se destina o
documento requisitado.
Os documentos requisitados serão expedidos sem dependência do
pagamento de emolumentos e selo, neles será mencionado o fim a
que se destinam. Fora desses casos, por cada requisição de
certificado, certidões, telecópias ou documentos análogos deve ser
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Exercício
Introdução
O notário deve recusar a prática do acto que lhe seja requisitado nos
casos seguintes:
a) Se o acto for nulo;
b) Se o acto não couber na sua competência ou ele estiver
pessoalmente impedido de o praticar;
c) Se tiver dúvidas sobre a integridade das faculdades
mentais dos outorgantes;
d) Se as partes não fizerem os preparos devidos.
No entanto, as dúvidas sobre a integridade das faculdades mentais
dos outorgantes deixam de constituir fundamento de recusa, se no
acto intervierem dois peritos médicos que garantam a sanidade
mental daqueles. E quando se trate de testamento público ou de
instrumento de aprovação de testamento cerrado, a falta de preparo
não constitui fundamento de recusa.
A intervenção dos notários não pode ser recusa com o simples
fundamento de o acto ser anulável ou ineficaz. Verificado o facto, o
notário deve advertir as partes da existência da causa e dos efeitos
da anulabilidade e consignar no instrumento a advertência que haja
feito.
O acto notarial é nulo, por vício de forma, apenas quando falte algum
dos seguintes requisitos:
a) A menção do dia, mês e o ano ou do lugar em que foi lavrado;
b) A declaração do cumprimento das formalidades previstas nos
artigos 70º e 71º;
c) A observância do disposto na primeira parte do número 2 do
artigo 47º;
d) A assinatura de qualquer intérprete, abonar, perito ou
testemunha;
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Exercícios
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Exercício
Introdução
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a) Princípio da Instância
c) Princípio da Tipicidade
d) Princípio da Presunção
e) Princípio da Prioridade
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Exercícios
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Introdução
Estão sujeitos a registo14:
a) Os factos jurídicos que importem reconhecimento,
aquisição ou divisão do direito de propriedade;
b) Os factos jurídicos que envolvam reconhecimento,
constituição, aquisição ou modificação dos direitos de
usufruto, uso e habitação, enfiteuse, superfície ou servidão;
c) Os factos jurídicos confirmativos de convenções anuláveis
ou resolúveis, que tenham por objecto os direitos
mencionados nas alíneas anteriores;
d) A constituição da propriedade horizontal e as alterações do
seu título constitutivo;
e) A mera posse;
f) O penhor, a penhora, o arresto e o arrolamento de créditos
hipotecários, ou de créditos garantidos por consignação de
rendimentos de coisas imóveis, e quaisquer outros actos ou
providências que incidam sobre os mesmos créditos;
g) A penhora, o arresto, o arrolamento de imóveis ou de
direitos sobre eles, bem como quaisquer actos ou
providências que afectem a sua livre disposição;
h) A promessa de alienação ou oneração de bens e os pactos
de preferências, se as partes tiverem convencionado
atribui-lhes eficácia real, bem como a obrigação de
preferência, a que o testador tenha atribuído igual eficácia,
quando, em qualquer dos casos, respeitem a coisas
imóveis;
i) As cláusulas fideicomissórias, de pessoas a nomear, de
reserva de direito de dispor de bens doados, ou de reversão
deles e, em geral, outras cláusulas suspensivas ou
resolutivas que condicionem os efeitos de actos de
disposição ou alienação de bens, quando respeitem a coisas
imóveis;
j) O arrendamento por mais de seis anos, e bem assim as
respectivas transmissões e sublocações;
k) A hipoteca de imóveis, a sua modificação e a cessão dela ou
do grau de propriedade do respectivo registo, bem como a
consignação de rendimento de coisas imóveis;
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Dentre outros constantes do art. 2 do CRP
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1) A falta de registo não pode ser oposta aos interessados pêlos seus
representantes legais a que incumba a obrigação de o promover, nem pêlos
herdeiros destes.
a) Certo b) Errado Resposta: Certo.
Introdução
Nenhum acto de registo pode ser lavrado, salvo se for oficioso, sem
que se mostre efectuada a respectiva apresentação no Diário. O
registo compõe-se da descrição do prédio a que respeita, da
descrição dos direitos ou encargos que recaem sobre esse prédio e
dos respectivos averbamentos.
No livro-diário lavrar-se á nota de apresentação de todos os
requerimentos ou títulos para registo logo que sejam entregues e
segundo a ordem por que forem recebidos. A entrega pode ser feita
por terceiros, desde que a assinatura do requerente se mostre
reconhecida por notário, ou autenticada com o selo branco, se o
requerente for uma entidade oficial.
A data do registo é, para todos os efeitos, a da respectiva
apresentação, determinando-se por ela a prioridade do facto
registado. No entanto, para efeitos fiscais, quando os registos não
sejam exarados no próprio dia da apresentação em consequência da
qual são lavrados, devem conter a data do lançamento no respectivo
livro, sob pena de se considerarem como efectuados na data de
apresentação correspondente no Diário.
Relativamente ao registo oficioso, dependente de outro acto
requerido, é efectuado com a data da apresentação correspondente
ao acto que haja determinado e,
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Exercícios
1) Nenhum acto de registo pode ser lavrado, salvo se for oficioso, sem que se
mostre efectuada a respectiva apresentação no livro de Inventário.
a) Certo b) Errado Resposta: Errado
2) Todos actos de registo devem ser lavrados dentro dos trinta dias seguintes a data
da apresentação dos respectivos títulos.
a) Certo b) Errado Resposta: Certo
3) O registo provisório que não for convertido em definitivo ou renovado no prazo
de Um ano, a conta da sua data.
a) Certo b) Errado Resposta: Errado
Introdução
As repartições encarregadas dos serviços de registo denominam-se
conservatórias de registo predial, a sua organização e
funcionamento é regulado pela lei orgânica dos serviços do registo e
do notariado.
Os registos devem ser efectuados na conservatória em cuja área
estiver situado o prédio a que respeitam, mas se o prédio abranger
uma área que pertença a mais de uma conservatória, o registo deve
ser efectuado em todas elas. E se o facto submetido afectar dois ou
mais prédios situados na área de diversas conservatórias, o registo
efectuar-se á em cada uma delas, na parte respectiva.
Os registos podem ser escritos pelo conservador, ou por outrem sob
a sua responsabilidade, mas serão assinados, com a menção da
respectiva qualidade, pelo conservador, ou pelo ajudante, na falta
ou no impedimento daquele, o qual deve acontecer imediatamente
após a sua feitura, depois de conferido à vista dos títulos que lhe
serviram de base, nos averbamentos é permitido o uso da assinatura
abreviada.
O registo cuja falta de assinatura não possa ser suprida considera-se
juridicamente inexistente.
Os registos são lavrados segundo a ordem da nota de apresentação
correspondente, exceptuam-se os averbamentos, os quais podem
ser efectuados sem observância do número de ordem, desde que
não esteja requerido outro acto de registo que obste à sua
realização.
Haverá em cada conservatória, especialmente destinados aos
serviços de registo, os livros seguintes:
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Exercícios
1) As Conservatorias do Registo Predial são reguladas pela lei orgânica dos serviços do
registo e do notariado.
a) Certo b) Errado Resposta: Certo
3) Qual dos livros abaixo descrito cuja escrituração deve ser até uma hora antes do
termo do período regulamentar da Administração Pública.
a) Livro E; b) Livro F; c) Livro B; d) Nenhum Resposta: d)
Introdução
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Introdução
A concordância do registo com a realidade torna-se efectiva,
conforme os casos, pela primeira inscrição do direito ainda não
inscrito a favor de ninguém, pelo estabelecimento do trato
sucessivo, ou pelo seu reatamento, quando interrompido, e ainda
pela expurgação do ónus e encargos extintos e não cancelados.
Os erros cometidos na redacção do extracto do registo, que não
possam ser sanados, nem sequer mediante novo registo, nos termos
previstos no art. 78º, podem ser rectificados oficiosamente ou a
requerimento de qualquer interessado.
As omissões ou inexactidões, verificadas no extracto do registo
lavrado em conformidade com os respectivos títulos não
determinam a nulidade do acto, excepto se delas resultar incerteza
sobre os sujeitos ou o objecto da relação jurídica a que o facto
registado se refere, ou a impossibilidade de conhecer outros
elementos fundamentais do facto inscrito ou averbado.
Se forem vários os interessados e não houver acordo entre eles, o
que pretenda obter a rectificação do registo errado requererá que o
conservador promova a convocação dos demais interessados para,
em conferência, deliberarem sobre a rectificação, juntando desde
logo os documentos de que dispuser.
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Introdução
Quando o conservador se recusar a praticar o acto que lhe tenha sido
requerido, ou o efectuar como provisório por dúvidas, os
requerentes podem interpor recurso para o juiz da comarca a que
pertencer a sede da conservatória. A recusa de rectificação de erros
de registo substanciais só pode, porém, ser apreciada em processo
de rectificação judicial. O recurso considera-se interposto na data da
apresentação da petição.
Importa referir que, o prazo para a interposição do recurso é de dois
meses, a contar da data da apresentação do acto recusado ou do
registo provisório, sem prejuízo da reclamação hierárquica prevista
na lei orgânica dos serviços. Para tal, os interessados que pretendam
recorrer da decisão dos conservadores devem requerer previamente
que para esse fim seja passada nota especificada dos motivos da
recusa ou das dúvidas.
Antes de interporem recurso contencioso, os interessados podem
reclamar hierarquicamente, dentro do prazo de dois meses para o
director-geral dos Registos e Notariados contra a recusa do
conservador ou contra a realização como provisório, por dúvidas, do
acto requerido como definitivo ou como provisório por natureza, nos
termos previstos na lei orgânica dos serviços de registo e do
notariado.
2) Os factos comprovados para registo podem ser impugnados em juízo, sem que
simultaneamente seja pedido o cancelamento do registo.
a) Certo b) Errado Resposta: Errado
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Introdução
Pelos actos praticados nos serviços de registo predial são cobrados
os emolumentos e taxas constantes da respectiva tabela, salvo os
casos de gratuidade ou isenção previstos na lei. Os emolumentos
correspondentes a registos de transmissão de prédios sujeitos ao
regime obrigatório, quando requeridos dentro do prazo de três
meses, a contar da data em que o respectivo facto tiver sido titulado,
beneficiam de uma redução de metade da sua importância normal
sempre que se trate de prédios cujo valor não exceda cinco mil
escudos.
Os conservadores podem exigir, a titulo de preparo, a quantia
provável da conta correspondente aos actos requeridos, incluindo as
despesas de correio, a falta deste, determina a realização como
provisório do acto requerido, ou a sua recusa quando não possa ser
efectuado provisoriamente, podem ser devolvidos, não se lançando
no Diário a apresentação.
Logo que sejam pagos os encargos em dúvida, acrescidos do
emolumento correspondente ao averbamento de conversão, aos
registos realizados como provisórios são convertidos oficiosamente
em definitivos.
Importa referir que o Ministério Público, bem como os demais
representantes do Estado, não são obrigados ao pagamento de
preparo ou de emolumentos pelos actos de registo requeridos a
favor da Fazenda Nacional, mas as quantias devidas entrarão em
regra de custas, havendo-as para serem pagas a final. No entanto,
são isentos de preparos e de emolumentos os registos requeridos a
favor dos corpos administrativos pelos seus representantes legais ou
pelo Ministério Publico, se o acto respeitar a processos executivos.
Relativamente a observância dos preceitos fiscais, o Código de
Registo Predial, prevê que:
a) Nenhum acto sujeito a encargos de natureza fiscal pode
ser definitivamente registado sem que se mostrem pagos
ou assegurados os direitos do fisco;
b) Não é permitido ao conservador apreciar a boa ou má
liquidação dos encargos fiscais que tenha sido feita nas
repartições de finanças;
c) O imposto sobre as sucessões e doações consideram-se
assegurados, desde que esteja instaurado o respectivo
processo de liquidação e dele conste o prédio a que o
registo se refere;
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Introdução
Quem fizer um acto falso ou juridicamente inexistente responde
pelos danos a que der causa e incorre, além disso, se agir com dolo,
nas penas aplicáveis ao crime de falsidade. E na mesma
responsabilidade civil e criminal incorre quem prestar ou confirmar
declarações falsas ou inexactas na conservatória ou fora dela, para
que se efectuem os registos ou se lavrem os documentos
necessários.
Os donos e possuidores de maquinismos, móveis e utensílios
destinados à exploração das fábricas, abrangidos no registo de
hipoteca dos respectivos edifícios, não os podem alienar, onerar ou
retirar sem consentimento escrito do credor, sob as penas e a
responsabilidade próprias dos infiéis depositários.
Os interessados que não requererem dentro do prazo legal o registo
obrigatório dos factos a ele sujeitos incorrem na pena de multa de
cem até cinco mil escudos, sendo instaurado procedimento criminal,
o quantitativo da multa é fixado pelo juiz em atenção ao valor do
prédio a que respeita o dever de registar.
Importa referir que, as importâncias das multas aplicadas
constituem receitas do Cofre dos Conservadores, Notários e
Funcionários de Justiça.
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2) O Sr. João Alfredo vendeu seu imóvel sito na rua 6 no Bairro da Manga à Srª.
Leopoldina Uane, o acto de registo de transmissão do imóvel, aconteceu na
Conservatória de registo predial da Baixa da cidade. Comente este acto.
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Introdução
O registo comercial se enquadra no Regulamento de Registo de
Entidades legais aprovado pelo Decreto – Lei n. 1/2006, de 3 de
Maio, e destina-se a dar publicidade a situação jurídica das empresas
comerciais e outros entes previstos, bem como os factos jurídicos,
especificados na Lei.
Também tem por finalidade de verificar a admissibilidade das firmas
e denominações. Bem como garantir a sua protecção a nível
Nacional.
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Introdução
São princípios orientadores do registo comercial aqueles princípios
que enformam o respectivo ordenamento jurídico, inspirando as
normas regulamentares e auxiliando a compreensão e correcta
interpretação dessas normas. E no conjunto desses princípios, são
enumerados os seguintes:
4.2.2.1. Princípio da Legalidade
Pela obrigatoriedade legal15, o notário como ente público,
deve obedecer o princípio da legalidade administrativa, o que
implica, necessariamente, a conformidade da acção
administrativa com a lei e o direito, sendo que, os poderes
não poderão ser usados para a prossecução de fins diferentes
dos atribuídos por lei.
O conservador aprecia a viabilidade do pedido de registo a
efectuar por transcrição, em face das disposições legais
aplicáveis, dos documentos apresentados e dos registos
anteriores, verificando especialmente a legalidade dos
interessados, a regularidade formal dos títulos e a validade
dos actos nele contidos, e bem assim a capacidade dos
outorgantes, em face dos títulos e dos registos anteriores, o
acto só pode ser registado se for válido.
4.2.2.2. Princípio da Instancia
Este princípio traduz-se no facto de o registo se efectuar a
pedido dos interessados, salvo as situações de oficiosidade,
previstas na Lei.
15
Art.4 do Decreto n. 30/2001, de 15 de Outubro
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Tal é o caso de transmissão de quotas, vide art. 20 do regulamento.
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3) Só podem ser admitidos a registo os factos expressamente previstos na Lei, tal advém
do princípio de:
a) Prioridade; b) Trato Sucessivo; c) Instância; d) Nenhum; Resposta: d)
Introdução
Só podem ser admitidos a registo os factos expressamente previstos
na lei, como decorre do princípio da tipicidade ou do númerus
clausus, devendo ser recusado o registo de quaisquer outros. Mas
nem todos os factos que podem ser admitidos ou sujeitos a registo
são de registo obrigatório, como se pode notar dos art. 2, 3, 4 e 5 do
regulamento.
4.2.3.1. Quantos aos factos sujeitos a registos:
a) O acto constitutivo, incluindo os estatutos, e respectivas
alterações;
b) A firma e a sede social;
c) A deliberação de aquisição e alienação de bens a sócios
ou associados e o relatório de avaliação que lhe serviu de
base;
d) A promessa de alienação ou de oneração de partes de
capital de sociedades de capital e trabalho e de quotas de
sociedades por quotas, bem como os pactos de
preferência, se se tiver convencionado atribuir-lhes
eficácia real, e a obrigação de preferência a que, em
disposição de última vontade, o testador tenha atribuído
igual eficácia;
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Exercícios
Introdução
Relativamente a esta temática, há que primeiramente debruçar-se
sobre os efeitos de registo para em seguida abordar-se a questão dos
vícios que podem enfermar um registo.
3.2.4.1. Efeitos de Registo
Os factos sujeitos a registo, ainda que não registados, podem ser
invocados entre as próprias partes ou seus herdeiros, mas só
produzem efeitos contra terceiros depois da data do respectivo
registo. No entanto, exceptuam-se os seguintes:
Os factos constitutivos de ónus ou encargos cuja
eficácia entre as próprias partes, depende da
realização dos registos;
Outros factos para os quais a lei declare ser o registo
necessário para a produção de efeitos.
Os efeitos de registo transferem-se mediante novo registo para o
adquirente dos direitos inscritos e extinguem-se por caducidade ou
cancelamento. Eles caducam por força da lei pelo decurso do prazo
do direito inscrito. Já os registos provisórios caducam se não forem
convertidos em definitivos ou renovados dentro do prazo de três
meses contados da data da sua inscrição.
Os registos são cancelados com base na extinção dos direitos, ónus
ou encargos conforme resulte dos documentos depositados, nos
casos previstos na lei, ou em execução de decisão transitada em
julgado e tal deve ser anotado no documento que o consubstancia.
De referir que o cancelamento é feito por averbamento ao
respectivo registo.
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Exercícios
1) O prazo para a renovação ou conversão dos registos provisórios em definitivos
é de:
a) 60 dias; b) 90 dias; c) 120 dias; Resposta: 90 dias
Introdução
Nesta temática, importa em primeiro plano referir-se aos actos de
registo da actividade comercial em si, para depois abordar-se a
questão de prazos e publicações obrigatórias.
3.2.5.1. Actos de registo
O registo efectua-se a pedido dos interessados, salvo nos casos de
oficiosidade previstos na lei.
E, tem legitimidade para requerer o acto de registo os sujeitos,
activos e passivo, da respectiva relação jurídica e, de um modo geral,
todas as pessoas que nele tenham interesse, salvo o disposto em
disposições especiais.
Nenhum acto de registo pode ser lavrado, salvo se for oficioso, sem
que se mostre efectuada a respectiva apresentação no Diário
segundo a ordem da nota de apresentação correspondente,
expectuam-se os averbamentos, que podem ser efectuados sem
observância do número de ordem, desde que não esteja requerido
outro acto de registo que obste à sua realização.
A data do registo é, para todos efeitos, a da respectiva apresentação,
determinando-se por ela a prioridade do facto registado. O registo
oficioso, dependendo de outro acto requerido, é efectuado com a
data da apresentação correspondente ao acto que o haja
determinado e independentemente da apresentação, a data é
aquela em que for lavrado e que nele deve ser mencionada.
O registo de Entidades Legais compõem-se da matrícula, da inscrição
e dos correspondentes averbamentos, do depósito dos documentos
que titulam o facto sujeito a registo ou copia autenticada dos
mesmos e da menção das publicações obrigatórias.
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Introdução
Em termos de organização, os serviços de registo de entidades legais
serão exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme,
através do sistema informatizado em rede, com uma única base de
dados centralmente gerida. Esses serviços integram-se na Direcção
Nacional dos Registos e do Notariado e contam com as seguintes
unidades de implementação:
a) Unidade Central de Coordenação e Gestão do Sistema,
órgão da Direcção Nacional dos Registos e Notariado, com
funções de supervisão, orientação e coordenação, no plano
técnico;
b) As Conservatórias do Registo de entidades legais, com
funções executoras e administradoras das operações de
registo e manutenção das operações registrais.
A repartição especialmente encarregada dos serviços do registo de
entidades legais denomina-se Conservatórias de Registo de
Entidades Legais, Todavia, nos locais onde não existam
conservatórias privativas estes serviços permanecem a cargo das
repartições previstas na lei orgânica dos registos e do notariado.
Quanto às entidades estrangeiras com sede no território nacional a
matricula e registo dos factos é
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Introdução
O sistema informático aplica-se a todos actos de registo de Entidades
Legais, com excepção dos averbamentos de cancelamento de
inscrições ainda não inseridas em computador que podem continuar
a ser feitos nos livros, enquanto não for determinado o contrário.
Os registos são lavrados segundo a ordem da nota de apresentação
correspondente, exceptuam-se os averbamentos, que podem ser
efectuados sem a observância do número de ordem, desde que não
esteja requerido outro acto de registo que obste à sua realização.
A data do registo é, para todos os efeitos, a da respectiva
apresentação, determinando-se por ela a prioridade do facto
registado. O registo oficioso, depende de outro acto requerido, é
efectuado com a data da apresentação correspondente ao acto que
o haja determinado e é aquela em que for lavrado e que deve ser
mencionada.
Quando a entidade legal mudar a sede, deve requerer, em qualquer
conservatória, que seja averbada à matrícula a declaração da
mudança da sede.
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Exercício
Introdução
O registo errado pode ser rectificado oficiosamente ou a
requerimento de qualquer interessado e só pode ser efectuado em
face dos documentos que lhe serviram de base.
O simples erro de cópia dos documentos, que não afecte o sentido e
alcance do facto registado, pode ser rectificado por iniciativa do
conservador, sem intervenção dos interessados.
O erro capaz de influir no juízo de apreciação sobre o conteúdo dos
títulos que serviram de base ao registo, bem como o erro cuja
emenda envolva alteração do sentido e alcance dos factos
registados, só podem ser rectificados a requerimento de todos
interessados e com a concordância do conservador, ou mediante
decisão judicial transitada em julgado.
As omissões ou inexactidões verificadas no extracto do registo
lavrado em conformidade com os respectivos títulos não
determinam a nulidade do acto, excepto se delas resultar incerteza
sobre os sujeitos ou o objecto da relação jurídica a que o facto
registado se refere, ou a impossibilidade de conhecer outros
elementos fundamentais do facto inscrito ou averbado.
O registo é nulo quando:
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Introdução
Quando o conservador se recusar a praticar o acto que lhe tenha sido
requerido, ou o efectuar como provisório por dúvidas, os
requerentes podem interpor recurso para o tribunal da jurisdição a
que pertencer a conservatória que tiver recusado o acto. No entanto,
o prazo para a interposição do recurso é de três meses, a contar da
apresentação do acto recusado ou do registo provisório, sem
prejuízo da reclamação hierárquica prevista na lei orgânica dos
serviços.
A interposição do recurso contra a recusa de conversão em definitivo
de um registo provisório ou contra a realização do registo como
provisório por dúvidas interrompe o prazo de caducidade do registo,
até lhe ser averbada a improcedência, a desistência ou a deserção
do recurso. Os efeitos da interposição do recurso, no caso de recusa
de conversão, retrotraem-se à data da apresentação correspondente
ao acto recusado.
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A lei estabelece no seu artigo 125, que quem fizer registar um acto
falso ou juridicamente inexistente responde pelos danos a que der
causa e incorre, além disso, se agir com dolo, nas penas aplicáveis ao
crime de falsidade.
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Exercícios
1) “Nenhum acto de registo pode ser lavrado, salvo se for oficioso, sem que se
mostre efectuada a respectiva apresentação no livro-diário. Diga para que é
que serve o livro-diário.
2) O Sr. Hélder de Jesus Alfredo é Conservador da 2ª Conservatória de Mogovola,
onde se apresentou para efeitos de registo a Empresa de construção civil com
a designação Construtora Filomena, onde é gerente, a Sra. Filomena que por
sinal é sócia da companhia e esposa do conservador. O mesmo se declinou a
fazer o registo. Terá ele agido de boa-fé? Fundamente sua resposta.
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Introdução
Para efeitos de registo, são considerados veículos automóveis
apenas os veículos como tais definidos pelo Código de Estrada, que
tenham matricula atribuída pelas direcções de viação, exceptuando
os ciclomotores. Os veículos com matrícula provisória só podem ser
objecto de registo de propriedade.
Estão sujeitos a registo:
a) O direito de propriedade e de usufruto;
b) A reserva de propriedade estipulada em contratos de
alienação de veículos automóveis;
c) A cláusula de indivisão da compropriedade;
d) A hipoteca, a modificação e a cessão dela, bem como a cessão
do grau de prioridade do respectivo registo;
e) A transmissão de direito ou créditos inscritos;
f) O penhor, o arresto e a penhora em créditos inscritos;
g) O arresto e a penhora de veículos automóveis;
h) A extinção de direitos ou encargos anteriormente registados;
i) Quaisquer outros factos jurídicos que o Código Civil
especialmente declare sujeitos a registo.
É obrigatório o registo da propriedade, do usufruto e das suas
transmissões, bem como da reserva e tais não podem ser objecto de
registo provisório.
Na falta de registo, quando obrigatório, as autoridades a quem
compete a fiscalização das leis de transito devem aprender o veiculo,
e os respectivos documentos que serrão remetidos à conservatória,
onde ficarão até que o registo seja requerido.
Estão igualmente sujeitas a registo:
a) As acções que tenham por fim principal ou acessório o
reconhecimento, modificação ou extinção de algum dos
direitos acima descritos;
b) As acções que tenham por fim principal ou acessório a
reforma, a declaração de nulidade ou a anulação de um
registo ou do seu cancelamento;
c) As decisões finais das acções abrangidas nas alíneas
anteriores, logo que transitem em julgado.
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Exercícios
1) A falta de registo pode resultar na aprrensao do veículo quando este transite na via
pública.
a) Certo b) Errado Resposta: Certo
2) O registo de propriedade, do usufruto e das suas transmissões, bem como da reserva
é facultativo e depende da vontade dos requerentes, podendo o fazer
provisoriamente.
a) Certo b) Errado Resposta: Errado
Introdução
Fora da localidade onde funcione a conservatória competente, os
requerimentos para actos de registo podem ser apresentados em
qualquer conservatória do registo de automóveis ou, na sua falta, em
qualquer conservatória do registo predial, a fim de serem remetidos
oficiosamente àquela.
A inscrição inicial da propriedade de veículos importados, montados,
construídos ou reconstruídos será efectuada em face do
requerimento do modelo apropriado, acompanhada do livrete de
circulação e da guia passada, para fins de registo, pelas direcções de
viação. E só pode ser requerida a favor da pessoa ou sociedade
indicada na guia.
A cada veículo automóvel corresponde um título de registo de
propriedade, no qual serão anotados os registos de propriedade, de
reserva, de usufruto e de hipoteca, bem como inscrição dos factos
jurídicos que o Código Civil especialmente declare sujeitos a registo.
No título de registo será também anotada a mudança de residência
habitual ou sede do proprietário e do usufrutuário inscrito. E quando
o conservador tenha conhecimento de que as anotações do título
estão desactualizados, pode notificar o seu portador para o
apresentar na conservatória dentro do prazo que lhe for designado,
sob pena de se sujeitar às sanções aplicáveis ao crime de
desobediência.
Os títulos de registo de propriedade automóvel serão emitidos nos
casos seguintes:
a) Quando se efectuar a primeira inscrição da propriedade
de veiculo importado, montado, construído ou
reconstruído em Portugal;
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Código de Registo Automóvel
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Introdução
Os conservadores darão gratuitamente às autoridades e aos serviços
públicos as informações que lhe forem solicitadas, quando possam
ser prestadas em face dos livros e documentos arquivados.
As informações solicitadas por particulares, verbalmente ou por
correspondência, só podem ser prestadas por escrito. Os pedidos de
informação feitos por correspondência, que não venham
acompanhados do emolumento devido e da franquia postal para a
resposta, podem deixar de ser atendidos.
As inscrições de propriedade e usufruto e as anotações ou os
averbamentos de alterações de nome ou denominação dos seus
titulares, bem como as anotações de alterações de residência
habitual ou sede, serão comunicados ao comando da Policia de
Segurança Publica da área onde o proprietário tiver a residência ou
sede. Se os actos respeitarem a tractores agrícolas, serão também
comunicados à Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas.
As comunicações serão feitas pela Conservatória, mediante a
expedição de postais-avisos dos modelos em uso, os quais devem ser
apresentados pelo interessado, devidamente preenchidos com letra
bem legível, e dactilografados sempre que seja possível.
Exercício
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O registo civil é o serviço criado com o objectivo de definir e publicitar factos e actos
relativos ao estado civil e à capacidade de todas as pessoas singulares.
Introdução
a) o nascimento;
b) a filiação;
c) A adopção;
d) O casamento;
e) A emancipação;
f) A regulação do exercício do poder parental, sua alteração e
cessação;
g) O óbito;
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Introdução
Salvo disposição em contrário, nenhuma alteração pode ser
introduzida no texto dos assentos depois de serem assinados. No
caso de, por qualquer circunstância, não haver sido lavrado um
registo e não ser possível o suprimento da omissão dos termos
especialmente previstos neste código, observa-se o seguinte:
a) Tratando-se de registo que deva ser lavrado por inscrito,
o registo omitido só é efectuado mediante decisão
judicial passada em julgado;
b) Se o registo tiver de ser feito por transcrição, o
funcionário requisita à entidade competente, logo que
tiver conhecimento da omissão, o título necessário para
o lavrar;
c) Se, na hipótese anterior, também não houver sido
lavrado o original, o funcionário providencia para que a
entidade competente faça suprir a omissão pelos meios
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Art.12 do CRC
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Exercícios
Introdução
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Alínea b) do nº. 1 do art. 49
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O registo dos factos a ele sujeitos é lavrado, nos termos deste código,
por meio de assentos ou de averbamento. No que tange aos
averbamentos, há que destacar os de nascimento e de óbito.
a) A transladação;
b) A incineração ou cremação;
c) Quaisquer elementos de identificação do falecido que
venham ao conhecimento do conservador, depois de lavrado
o assento.
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Exercícios
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Introdução
k) Livro de extractos.
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Introdução
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Introdução
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Introdução
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BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA
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GLOSSÁRIO
CC – Código Civil
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