Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE DIREITO
LICENCIATURA EM DIREITO
3º Ano –laboral
Cadeira: DIREITO DA FAMÍLIA
Tema: REGULAÇÃO DO EXERCÍCIO DO PODER PARENTAL NO DIREITO
CONSUETUDINÁRIO MOÇAMBICANO
DISCENTE:
CUMBETE, Helena
DOMINGOS, Juscelino Anderson
JÚNIOR, Armindo Paulo Massingue
MACHEL, Silvínia Rosa Dirce
MACIA, Isaías Alson
MAITA, Cordeiro Denec
MAÚNZE, Manuel
ORDELA, Chelcio Adolfo
SENKORO, Rahel Lúcia
TCHAMBE, Tilna Arlindo
Índice
Introdução..........................................................................................................................2
Casamento.........................................................................................................................4
Divorcio.............................................................................................................................5
Poder Parental..................................................................................................................17
As sociedades Matrilineares............................................................................................17
As sociedades Patrilineares.............................................................................................18
Comparação do regime jurídico da regulação do exercício do poder parental nas leis que
se sucederam em Moçambique até a atualidade..............................................................19
Lei 22/2019......................................................................................................................23
Conclusão........................................................................................................................33
Bibliografia......................................................................................................................36
1
2
Introdução
O poder parental é o conjunto de responsabilidade que os pais têm para com os seus
filhos de forma igual, tanto para o pai bem como para a mãe. Na constância do
matrimônio, o poder parental pertence a ambos, os pais exercem as responsabilidades
parentais de comum acordo.
Os filhos estão sujeitos ao poder parental até a sua maioridade o a sua emancipação
(art. 130 e seguintes do código civil), é da responsabilidade parental a educação dos
filhos, promover o desenvolvimento físico e psíquico, promover sustento e assumir
despesas relativas a sua segurança e saúde, administrar os bens dos filhos entre outros, e
por sua vez os filhos devem obediência aos seus pais.
Porem nem sempre essa realidade foi ou é assim, as sociedades tradicionais tem
variado muito deste o surgimento da humanidade, em Moçambique o poder parental não
é exercido da mesma forma em todo país, pois na região sul do rio Zambeze o poder
parental é exercido pela família paterna (sociedade patrilinear) e no norte esse poder é
exercido pela família materna (sociedade matrilinear).
Nas sociedades patrilineares só se reconhecem como parentes os que o são pela linha
paterna, não podendo os eventuais contactos com a família materna, a educação dos
filhos (regras de como viver dentro da sociedade, caça aos animais etc.) cabe ao apaí e
estes adoptam o seu apelido por direito. Os homens herdam do pai os bens e os títulos
honoríficos.
Nas sociedades matrilineares cada filho pertence à família da mãe, o que significa, em
concreto, que o homem não pode transmitir os seus bens e os seus títulos honoríficos
aos seus filhos varões, mas sim aos varões mais próximos da linha materna, designada-
mente um tio ou um primo. Os seus próprios filhos, que não pertencem à estirpe, não
poderão suceder-lhe mas receberão, em contrapartida, a herança dos seus tios maternos.
Cabe ao tio materno (ou tio uterino) cuidar dos seus sobrinhos (filhos de irmã), o tio tem
muitas das vezes a responsabilidade que caracterizam as relações do pai em regime
3
patrilinear como, por exemplo, cuidar da sua educação e arranjar uma mulher para o seu
sobrinho.
Ao logo do trabalho especificaremos com mais detalhes sobre como o poder parental é
feita em diversas regiões de Moçambique e assua devida comparação.
4
Noção de família e contextualização histórica
Começaremos por definir o termo família. A família no direito moçambicano define-se
pro ser o produto de relações entre pessoas ligadas por vínculos tais como procriação,
casamento, parentesco, afinidade, adopção e união de facto.
A família no direito moçambicano obedece uma estrutura e organização na qual um
homem e a mulher possuem direitos e deveres comuns e especiais dadas as diferentes
funções que ambos que ocupam na família como cônjuge e como pais.
ambos estão vinculados reciprocamente pelos deveres de fidelidade, coabitação e
assistência, o que quer dizer que tanto um como outro estão obrigados a ser fieis e não
abandonar nem obrigar o outro a retirar-se do lar conjugal, e durante a vigência do
casamento deve prestar assistência um ao outro, providenciado alimentos, contribuindo
para as despesas domesticas, selando pelo património comum e assistência no caso de
doença.
Casamento
Na região sul de Moçambique, o casamento é uma troca de serviços e bens entre
famílias em que o lobolo (compensação obtida pela família da mulher), estabelece a
união entre as duas famílias.
5
não procria pode ser repudiada. Os filhos das mulheres concebidos fora do casamento
são considerados filhos do marido.
Divorcio
Os fundamentos do pedido de divórcio pelo marido são diferentes dos fundamentos
apresentados pela mulher. A esterilidade (que é sempre imputada a mulher) constitui um
dos motivos principais do pedido de divórcio.
O adultério é apenas considerado falta grave por parte da mulher e pode ser sancionado
com uma indemnização.
O Estado protege e reconhece nos termos da lei o casamento como a instituição que
garante a prossecução dos objectivos da família.
O instituto família foi, outrora, regulado pelo Código civil no seu livro IV. Passados
anos na regência do Código civil, este veio a ser revogado pela lei n° 10/2004 de 25 de
Agosto.
A lei visava também, limar o comportamento, dos agentes em instâncias tanto formais
como informais, relacionado as limitações da lei que dirimiam conflitos relacionados
com a família, tanto nas modalidades da sua aplicação como nos obstáculos não só
6
provenientes do próprio funcionamentos das instituições mas também da interferência
do modelo cultural patriarcal.
Justificando-se de tal modo a intervenção daquela lei que entrou em vigor em 2005.
Esta lei foi revogada pela Lei n° 22/2019 de 11 de Dezembro, lei ainda em vigor.
O código penal tem o seu campo de actuação ao nível da família quando prevê formas
de proteger os interesses da família, punindo severamente os que de dada forma
contribuem para a desestabilização desta, qualificando, agravando sobre maneira os que
agem criminalmente contra sua própria família.
Pai designado tatana, detém respeito e temor dos filhos, o pai embora nada se ocupe dos
filhos, é o instrutor aquele que reprende e pune e devem lhe obediência absoluta. Os
irmãos do pai aquém chamam vatatana va xirharhe, neste caso o irmão mais velho do
pai e avô, o irmão mais novo eetatanalwentrongo (um pequeno pai). As mulheres deles
são suas mães, embora em certos casos ele possa casar com elas quando as recebe por
7
herança. Os primos do pai são também pais, desde que o pai os trate como irmãos. O
correlativo detatana é nwana (filho ou filha). A expressão tatanawakokwana (pai do
avô) nunca se emprega. O facto desses termos não se usarem mostra que o sistema de
filiação paterna é de facto muito antigo nesta tribo. Deve ter havido uma época em que
os antepassados da linha paterna eram melhores conhecidos que na actualidade. As
mulheres destes vakokwana (avô) são também vakokwana, exactamente como os
maridos. Rharhana emprega-se para dizer minha tia e rharhakatiwaku para dizer vossa
tia, os sobrinhos da tia testemunham-lhe grande respeito, embora ela não seja de
qualquer modo uma mãe, contudo do lado paterno é ela que os rapazes ou raparigas
contam os segredos. Eles vão procura-la para obterem ajuda e conselhos nas ocasiões
difíceis, ela intercede por elas junto do pai na ocasião própria e a sua influência pode ser
decisiva e as vezes pode ser chamada para oficiar num sacrifício oferecido em favor do
sobrinho, filhos dos irmãos se todos estes já tiverem morrido. O marido da tia paterna,
não é nem pai, nem um tio para os sobrinhos, mas ummukon'wana (cunhado) tem uma
espécie de direito de prioridade para casar com a sua irmã. O irmão mais velho chama-
se nhondrwa, ouhosi e os demais irmãos chamam-se makwavu. Os Tsongas observam
de forma rigorosa a hierarquia da idade. O irmão mais velho é tratado com grande
respeito e dá ordens aos irmãos mais novos, com autoridade quase igual a do pai. A
situação do mais velho não é só devido a idade, pois na família polígama todos os filhos
da primeira mulher ou do primeiro lar são tihosi em relação aos filhos das mulheres ou
lares secundários, embora nasçam depois. Quanto as raparigas chamam-se muitas vezes
mamana, mãe, a irmã mais velha, mas o irmão mais velho nunca é tatana, mas sim um
hosi. Com estes termos começamos a ver que as leis de sucessão, especialmente a
distribuição das viúvas entre os membros da família que que as comprou, estão
intimamente relacionadas com o sistema de parentesco.
Parentes do lado materno são geralmente os pais, avós e irmãos da mãe (minha mãe).
Mamana, chama-se assim a mãe, aquela que se ocupa na educação dos filhos, e a quem
eles devem respeito. Às irmãs da Mãe, são designadas vamamana porque no caso de a
Mãe morrer provavelmente uma delas ou toda cuidarão dos filhos da irmã falecida. E os
maridos destas serão Vatatana dos órfãos. Vakokwana são todos os parentes masculinos
da Mãe, os irmãos, o pai, os tios e outros. O termo vakokwana significa “a casa de
8
minha Mãe”. Kokwana, é o avô materno e a ele devemos respeitar pela idade, ele é mais
indulgente com o filho da filha que com o filho do filho, se o filho da filha estragar algo
ele dira: “não me importo, que lhe rale o pai, pois não é da minha povoação”,
contrariamente ao filho do filho. Malume é irmão germano da Mãe, mas todos os meios-
irmãos desta, são também vamalume em segundo grau. O mesmo se dá para os irmãos
do verdadeiro malume.A criança vive encasa do pai e só vai em visita a povoação da
Mãe, pode la viver durante anos, depois do desmame, mas não se pode instalar
definitivamente na povoação da Mãe, porque seria severamente repreendida, pois ela
estaria a abandonando a sua própria povoação (do seu pai) e aumentando a dos seus
vakokwanas (a povoação da sua Mãe).Na sua cultura a mulher é comprada no lovolo,
portanto, ela (a mulher) e os filhos seriam pertences do pai, assim como os vitelos dos
seus bois. Mas se a morada da família da Mãe não pode vir a ser a morada dos filhos, as
relações que estes mantem com os vakokwana são de natureza muito mais livres,
agradáveis e amigáveis que as que mantem com os parentes do Pai. É característico do
sistema familiar rhonga, um primo casar-se com a filha do seu tio materno, mas na
tsonga o direito de casar com esta prima não é reconhecido, pode-se brincar com ela,
mas nunca se pode casar com ela, pois, constituiria uma violação de costumes e seria
punida pelo chefe.
Parentesco por lado da mulher Características a gerais Um dia falava desses assuntos o
velho Viguete declarou solenemente «desde que se e aceite, entra se pelo noivado, numa
nova espécie de respeito que se deve manter até a morte» O novo laco de parentesco
chama se Vukonˊwana, que geralmente pronuncia se com sentimento de inquietação. E
porquê? Da relação entre o marido e a mulher. Mboza chama Nsati a aNsavula ou trata
por nkanta, termo de reciprocidade, ou Ntrivele, minha cozinheira e até por mamana, a
palavra Nsati implica um amor misturado de respeito e até medo, a mulher pode causar
ao seu marido uma infinidade de aborrecimento se disputa com ele foge para casa dela,
por tanto todas relações de Vukonˊwana serão arruinadas por discussões intermináveis.
O termo Vukonˊwana compõe se de três elementos: A raiz koˊ, antiga raiz bantu que se
integra igualmente em zulo-xhosa (kwe), em suthu (hoe) e em pedi. O seu significado
etimológico constitui uma incógnita. Juntam-se-lhe o sufixo nˊwana e o prefixo Vu. O
prefixo Vu tem duplo sentido: abstracto e de lugar. Diz se empregando a palavra no
9
locativo: e Vukonˊwanine, ou simplesmente: Vukwene.Verifica se que a família Gogwe
e extraordinariamente completa. Em termos usados para exprimir os diferentes
parentescos dividem se em duas categorias: quando o homem visita a povoação da
mulher encontra as pessoas que mais teme na terra, as suas Vukonˊwanas e as mulheres
em relação as que tem mais liberdade, o seu tinamu: um informador descrevendo as
duas categorias de parentes por aliança, disse «as vukonˊwana são as que arranjam
mulheres, as tinamusão as que arranjam filho…Pois são as suas mulheres presuntivas.
Mesmo que não case com elas, os filhos delas tratam no por Pai» «As Vukonˊwana»
Em primeiro lugar estão pai da mulher. No coração do genro há um grande temor dele,
pois em caso de conflitos o sogro tratava as discussões, é o protector natural da filha,
contudo os dois homens vivem em harmonia e depreca o genro trata o sogro por tatana,
Pai. Naturalmente o termo tatana não é empregue aqui no sentido técnico, mais por
extensão. Em segundo lugar estão os Vakonˊwanas irmãos da mulher, quando o Pai
morre tomam o lugar dele como protectores da irmã. Daí o embaraço e o temor que o
marido sente em relação a eles, mas de modo menos acentuado para o pai. Os irmãos da
mulher não são chamados Vamakwerhu, mas designam nas frequentemente pelo termo
soar, ou sivar, que é simplesmente a corrupção da palavra holandesa Zwanger.É
moderna, esta curiosa adopção de um termo estrangeira, e se propaga principalmente
entre os zulos, os xhosas e os Suthos da busutulândia. Entre os Tsongas só emprega se a
palavra sivaruma única vez. A tendência para designar esta espécie de parentesco pelo
seu nome europeu é a prova de que o temor inspirado pelos cunhados vai desaparecer
nas novas regiões. O respeito pelos vakonˊwanas atinge um alto grau em relação as duas
mulheres da família da mulher. A mãe dela e a mulher do irmão neste caso não se
sentem só respeito, mas um afastamento que vai até ao ponto de se evitarem. Se um dos
dois vir o outro ao longe apresenta se a esconder sem ser avistado dando uma grande
volta se for necessário. Sempre que o genro for a povoação da mulher e avistar a sogra
ela devera tapar o peito com um pano, e ele tapa os olhos evitando sempre a sogra. Tão
bizarra conduta é regra, e não só acontece em relação a mãe da mulher, mas
também relativamente as irmãs da sogra. No clã maputhru o genro fornece um boi e
comunga com ela, comendo a carne do animal ao mesmo tempo com os parentes por
aliança. A partir daí o genro e a sogra podem comer juntos o que era impossível antes de
oferecerem os presentes. Neste clã o futuro genro não come com os Vakonˊwanas ates
de dar o boi. Entre os zulos a sogra jamais deve comer com o genro. No claxhoza é de
costume oferecer um presente para maximizar afastamento entre eles. As tinamu são as
10
irmãs mais novas da esposa do homem. Namu significa irmã mais nova, e quanto
tinamu é o plural de namu. Com as tinamu o homem tem vários direitos estendidos a
brincadeiras, como uma relação exclusivamente “amigável” mantendo respeito.
Contudo não são permitidas as relações sexuais, caso se relacionassem sexualmente e a
cunhada ficasse grávida, o homem teria de pagar uma multa, ou antes iria ter com o
sogro dizendo “NdridlayeleKuda” (Matei para comer). O que quer dizer: cometeu uma
ma acção, com intenção de remir a falta casando com a rapariga (irmã da sua primeira
esposa). Levaria cinco enxadas anunciando a nova esposa e entregaria mais tarde o resto
do lovolo. Uma rapariga casada com o marido da irmã mais velha é nlhampsa desta (da
mulher mais velha). O direito de casar com as irmãs da mulher não é, de qualquer
modo, uma obrigação, não é focado a fazê-lo se não o agradas. Às irmãs mais velhas da
mulher não são tinamu para o marido, são vakon’ wana, porque quando casa com a
mulher, as irmãs mais velhas já se encontram casadas, segundo a lei pela qual uma irmã
mais velha deve sempre casar-se antes da irmã mais nova. Nunca o pai deve consentir
dar a mais nova antes da mais velha.
Parentes do lado do marido considera-se o parentesco de mboza com a família da
mulher. Nsavula trata Masuluke e Nsengamun’we por n’wingi, e o tratamento, que é
reciproco, implica grande respeito. A recém-casada deve trabalhar um ano inteiro para a
sogra. Nsavula demostra o mesmo respeito a Djane, Same e Fose, irmãos mais velhos
do marido. São também n’wingi um apara o outro. A mulher respeita geralmente os
irmãos mais velhos do marido (vengi), mantem o convívio livre com os irmãos mais
novos (tinamu) e vice-versa. O homem evita as mulheres dos iramos mais novos
(Vengi) e brinca com as dos irmãos mais velhos (tinamu). A mulher dum irmão mis
velho é esposa eventual de todos os irmãos mais novos, por terem direito de a receber
em herança, por morte do marido. Pelo contrário, um irmão mais velho não pode
receber em herança a mulher dum irmão mais novo a não ser em circunstâncias muito
excepcionais. Até que ponto a mulher é incorporada na família do marido? A mulher
pertence ao homem até a morte desde que os bois do lovolo tenham sido pagos, mas não
reconhece os seus deuses antepassados dos sogros. Conservam os seus próprios deuses,
a quem o pai ou iramos dirigem muitas vezes preces a favor dos filhos dela.
11
O direito matrimonial tsonga assenta em dois princípios: um princípio jurídico e outro
moral, ou antes de moral social. Princípio jurídico: como o casamento é uma transacção
pela qual o marido, ou grupo do marido paga uma prestação afim de adquirir uma
mulher para manter e multiplicar o grupo, é preciso, se esta mulher falhar neste
objectivo que o marido possa voltar a posse da propriedade que abandonou ou obter
outro meio de descendência desejada. Hás três circunstancias que podem originar a falta
da mulher assi adquirida: a morte sem deixar filhos ao grupo que a obteve; a deserção
definitiva do domicilio conjugal em consequência dum acordo remediável; a
esterilidade. Caso a mulher não satisfaça as exigências legitimas dos masulukes o
Gogwe recorre a devolução dos bois ou enxadas pagas para adquirir a Nsavula (esposa),
caso não haja consenso começa uma outra discussão que consiste em fornecer-lhe a
substituta segundo o direito matrimonial fundado no costume do lovolo caso a substituta
exista, mas o Gogwe não oferece outras das suas filhas para substituição da anterior e
sim a filha de uma das suas filhas.
Já vimos os tabus que devem ser observados durante o período do noivado, mais tarde
são impostos outros tabus durante a reunião que tem lugar antes do casamento
A regulação do poder parental é necessária para efeitos da gestão da vida dos filhos e
dos bens dos filhos
13
representar, autorizar a praticar determinados actos que carecem de autorização ou
consentimento deste, administrar os bens dos filhos menores e ainda emancipá-los.
De acordo com a maturidade dos filhos, ter em conta a opinião destes nos assuntos
familiares importantes e reconhecer-lhes autonomia na organização da própria vida.
14
Entende-se por alimentos, tudo que é indispensável ao sustento, saúde, habitação e
vestuário do alimentado.
O pai ou a mãe, que não estejam com a guarda do filho, poderá visitá-lo e estar com ele,
segundo o que foi acordado com o outro progenitor, ou for fixado pelo juiz. A
finalidade do direito de visita é evitar a ruptura dos laços de afectividade existentes no
seio familiar e garantir à criança o seu pleno desenvolvimento físico e psíquico.
Acordo de Pais
Os pais terão de acordar com quem é que a criança deve residir, se com o pai ou com a
mãe;
Quando os pais chegarem ao acordo o juiz homologará esse acordo (que tem a
designação de sentença homologatória).
Um dos pais, ou ambos, quando não tenham chegado a acordo entre eles;
O processo de REPP pode ser requerido no Juízo de Família e Menores ou junto das
Procuradorias da área de residência da criança/adolescente;
Incumprimento da REPP
Se um dos pais não cumprir com o que ficou acordado ou decidido (incluindo quanto ao
pagamento dos alimentos e ao regime de visitas), o outro deve pedir que sejam tomadas
medidas para o cumprimento do acordado, junto do juiz ou do Ministério Público da
área de residência da criança/adolescente;
15
O juiz realiza uma nova conferência com vista chegar-se a um novo acordo, sempre
tendo em conta o superior interesse da criança/adolescente;
Caso não seja possível um novo acordo entre os pais, o juiz profere a sentença, tendo
em vista o superior interesse da criança/adolescente;
Alteração da REPP
Quando o acordo ou a decisão final não é cumprido, por ambos os pais ou quando é do
interesse da criança/adolescente, qualquer um dos pais ou o Curador de Menores pode
pedir ao tribunal a alteração do acordo de Regulação do Poder Paternal;
Os motivos do pedido devem ser bem explicados e deve ser juntado o acordo feito
anteriormente;
No caso a REPP tiver sido fixada pelo tribunal, o pedido é juntado ao processo/acordo
anterior;
A regra para estes casos é de que o poder parental recairá sobre o progenitor que tiver o
filho à sua guarda e presume-se que é a mãe que detém essa qualidade. (Artigo 326 da
Lei da Família).
16
A lei permite que os pais exerçam o poder parental por comum acordo ou seja a criança
pode passar a viver com o pai se houver concordância nesse sentido (número 2 do artigo
318).
Para todos os efeitos, a questão de guarda dos filhos não se confunde com o acesso aos
mesmos. Em nenhuma circunstância se pode vedar o pai de conviver com os filhos pois
estes merecem o afecto de ambos para o seu crescimento equilibrado. A separação é
apenas entre os pais e nunca deve lesar os filhos.
Para concretizar a ligação do pai ao filho nos casos em que a mãe detém a sua guarda
basta um acordo que possa prever o regime de visitas e de férias da criança.
Não havendo acordo e mostrando-se rija a recusa do acesso à criança, a parte lesada
pode a coberto do referido n. 2 do artigo 318, recorrer ao Tribunal para que este decida,
fixando o esquema da convivência requerida.
Saliente-se que nos termos da lei, o Tribunal tentará uma solução reconciliatória e se,
esta não for possível ouve, antes de decidir o filho maior de 12 anos, salvo se
circunstâncias ponderosas o desaconselharem.
Os filhos só podem ser separados dos pais quando estes não cumpram os seus deveres
fundamentais para com eles (dever de educação e manutenção) e sempre mediante
decisão judicial a partir dos casos previstos pela lei.
O exercício das responsabilidades parentais pode ser inibido ou limitado. Estão inibidos
os condenados definitivamente por crime a que a lei atribua tal efeito; os maiores
acompanhados nos casos em que a sentença de acompanhamento assim o declare; os
ausentes; e os pais que infrinjam culposamente os deveres parentais ou que, por
inexperiência, enfermidade, ausência ou outros motivos não se achem em condições de
cumprir tais deveres.
Quando não seja caso de inibição, mas exista perigo para a segurança, saúde, formação
moral e educação do filho, a pessoa a cuja guarda o menor esteja confiado, qualquer
parente ou o Ministério Público podem requerer ao tribunal que decrete as providências
adequadas, nomeadamente a entrega do menor a uma terceira pessoa ou a um
estabelecimento educacional ou de assistência.
17
Havendo inibição do poder paternal ou impedimento de facto dos pais em exercê-lo, o
Ministério Público deve tomar as providências necessárias à defesa do menor. Este fica
sujeito a tutela, a cargo de um tutor (designado normalmente pelo tribunal) e do
conselho de família, sob vigilância do tribunal de menores.
O poder parental faz parte do estado das pessoas e por isso não pode ser alienado nem
renunciado, delegado ou substabelecido. Qualquer convenção, em que o pai ou a mãe
abdiquem desse poder, será nula.
Poder parental
Poder Parental
As sociedades Matrilineares
Matrilocal é aquela que estabelece residência conjunta entre o casal e os pais da mulher.
Com frequência acontece nas sociedades setentrionais de Moçambique onde há uma
tendência de as famílias estabelecerem residência matrilocais.
Como resultado da influência nesta região, assiste-se as diferenças entre a região norte e
sul do Zambeze, a norte do Zambeze devido ao impacto da mosca Tsé-Tsé, impediu
numa primeira fase a prática da pecuária, sobretudo o gado bovino e privilegiando a
prática da agricultura, actividades que maioritariamente eram praticadas pelas mulheres,
18
o que teria originado comunidades matrilineares, estas sociedades desenvolveram-se no
norte do Zambeze.
Neste caso as mulheres e que transmitem os apelidos aos descendentes. Nas sociedades
matrilineares as principais decisões da família, como o casamento e resolução de alguns
problemas, são tomadas pelo irmão da mãe (tio materno). Este tipo de sociedade é
característico de algumas regiões das províncias de Tete, Zambézia, Nampula, Cabo
Delgado e Niassa.
As sociedades Patrilineares
Patrilocal é aquela que estabelece uma residência conjunta entre um casal e os pais do
homem. Geralmente nas sociedades meridionais de Moçambique há uma tendência de
as famílias estabelecerem residências patrilocais devido a estrutura e a natureza do
poder que se centra nas mãos dos homens.
19
Os filhos pertencem à família do marido e se no casal o homem morre, a mulher tem a
obrigação de casar-se com o irmão do seu defunto marido, esta prática chama-se
liverato.
Embora a lei não preveja o pagamento tradicional do preço da noiva, conhecido como
lobolo, é abertamente aceito. Esta pratica concede aos maridos a custodia integral das
suas esposas que não têm nenhuma palavra na administração dos recursos, não podendo
assim, reivindicar o seu direito de acesso à terra.
20
Comparação do regime jurídico da regulação do exercício do poder parental nas
leis que se sucederam em Moçambique até a atualidade
No que diz respeito ao Conteúdo do poder parental, verifica-se que de forma expressa
as posições mantiveram-se desde o primeiro código e desse jeito por demostrar-se
eficaz, pelo que, se designa como no especial dever que incumbe aos pais de, no
superior interesse dos filhos, garantir a sua protecção, saúde, segurança e sustento,
orientando a sua educação e promovendo o seu desenvolvimento harmonioso; O poder
parental inclui igualmente a representação dos filhos menores, ainda que nascituros,
bem como a administração dos seus bens; Os pais, de acordo com a maturidade dos
filhos, devem ter em conta a sua opinião nas questões da vida familiar e reconhecer-lhes
autonomia na organização da própria vida. Nos termos do art.º. 284 da LF (2004) e art.º.
293 da LF (2019).
Pelo que as disposições foram retiradas da primeira Lei da Família e dando
continuidade, porém, o legislador na verificação de como era interpretada o teor do
conteúdo, preferiu de forma expressa enunciar que não basta só que haja cumprimento
das despesas (sustento, segurança, saúde e educação dos filhos); Autonomia para
organização da vida e a Liberdade de expressão, tem que estar tudo conjugado com os
interesses superiores dos filhos.
21
a formação académica, sendo necessário atender a razoabilidade e o tempo requerido
para efectivação da mesma formação.
o O pai não unido pelo matrimónio à mãe do filho é obrigado, desde a data do
estabelecimento de paternidade, a prestar-lhe alimentos relativos ao período da
gravidez e ao primeiro ano de vida do filho, sem prejuízo das indemnizações a
que por lei ela tenha direito.
o A mãe pode pedir os alimentos na acção de investigação de paternidade e tem
direito a alimentos provisórios se a acção foi proposta antes de decorrido o prazo
a que se refere o número anterior, desde que o tribunal considere provável o
reconhecimento.
22
A presente disposição legal foi revogada, pelo que, nos termos das Leis posteriores
(2004 e 2019), não constitui mais uma obrigação o facto de fornecer alimentos a Mãe da
criança.
Quanto a educação, cabe a ambos os pais, de acordo com as suas possibilidades e com
o superior interesse dos seus filhos, promover o desenvolvimento físico, intelectual e
moral daqueles. Os pais devem proporcionar aos filhos, em especial aos portadores de
deficiência física ou mental, instrução geral e profissional adequada às aptidões e
inclinações de cada um. Quanto ao respectivo ponto, estamos numa situação de
unanimidade entre as Leis da Família posterior (2004 e 2019).
Quanto a educação religiosa, nos termos do art.1886. Pertence aos pais decidir sobre a
educação religiosa dos filhos menores de dezesseis anos. Pelo que, após a
independência e a constituição de uma Constituição da Republica de Moçambique seria
uma violação a um princípio de carácter constitucional (Estado laico, art.12 da CRM),
desta forma não foi mais adoptada pelas Leis posteriores, ou seja, foi revogado.
Quanto a Formação do carácter, que de certa forma não era regulado pelo código
antigo, mas foi introduzido pelas leis posteriores para que sirva de diretriz para criação
de um indivíduo ético e moralmente equilibrado para a sociedade transmitindo lhe
valores.
Quanto a Afetividade, não era regulada pelo código anterior, mas actualmente viu-se
uma necessidade de atender a questões de caracter imaterial que de certa forma vem a
ajudar no desenvolvimento harmonioso dos respectivos filhos.
23
Quanto a exclusão da administração, os pais não têm a administração: dos bens do
filho que procedam de sucessão da qual os pais tenham sido excluídos por indignidade
ou deserdação; dos bens que tenham advindo ao filho por doação ou sucessão contra a
vontade dos pais; dos bens deixados ou doados ao filho com exclusão da administração
dos pais. Dos bens adquiridos pelo filho maior de dezasseis anos pelo seu trabalho. A
exclusão da administração, nos termos da alínea c) do número anterior, é permitida
mesmo relativamente a bens que caibam ao filho a título de legítima. De acordo com as
Leis posteriores, verifica-se que se mantiveram as respectivas disposições legais.
24
pais para rejeitarem a liberalidade, será também nomeado oficiosamente um curador
para o efeito da sua aceitação. Desta forma, houve uma repetição, considerando a
eficácia da disposição.
Proibição de adquirir bens do filho, Verifica-se que nesta disposição não existe uma
possibilidade de forma livre de se apoderar dos bens do filho, assim sendo, somente
pode-se verificar um acto contrario se for por via de autorização do Tribunal. Nos
termos da LF 1986. Pelo que, na lei da Família em vigor o tribunal deve ouvir
previamente o menor, quando este tenha capacidade de discernimento, e ter em devida
conta a sua opinião, de acordo com a sua idade e maturidade.
Lei 22/2019
Os menores estão protegidos pela legislação vigente em Moçambique. Em caso de
separação, dissolução do casamento, seja por morte de um dos cônjuges ou por efeitos
de divórcio, devem ser sempre garantidos os interesses dos filhos. No seu artigo 292 e
ss da Lei da Família. Prevê que, para o caso do divórcio não litigioso, o conservador
deve zelar pela protecção dos interesses dos filhos do casal. A regulação do poder
parental, a prestação de alimentos, a meação de bens do casal e o destino da casa de
morada da família, quando os casos se aplicarem, têm repercussões directas e indirectas
sobre a protecção dos interesses de menores, constituindo por isso parte dos acordos
entre o casal para a instrução do processo de divórcio.
Efeitos
No âmbito geral, os pais estão obrigados a prover ao sustento dos filhos e a assumir as
despesas relativas à sua segurança, saúde e educação, até que eles estejam legalmente
em condições de as suportar através do produto do seu próprio trabalho ou de outros
rendimentos.
25
Aqui cabe a ambos os pais, de acordo com as suas possibilidades e com o superior
interesse dos seus filhos, promover o desenvolvimento físico, intelectual e moral
daqueles.
O pai ou a mãe não pode desobrigar-se dos seus deveres em relação a filho concebido
na constância do casamento ou da união de facto que não seja filho do seu cônjuge ou
do seu companheiro da união de facto, mas não pode introduzi-lo no lar conjugal, sem o
consentimento do outro cônjuge ou companheiro da união de facto.
c) adquirir empresa comercial ou continuar a exploração da que haja sido recebida pelo
filho por sucessão ou doação;
26
e) contrair obrigações cambiárias ou resultantes de qualquer título transmissível por
endosso;
g) contrair empréstimos;
Actos anuláveis
27
decidir, o filho maior de doze anos, salvo se circunstâncias ponderosas o
desaconselharem.
Se um dos pais não puder exercer o poder parental por ausência, impossibilidade
temporária, incapacidade ou outro impedimento, cabe unicamente ao outro progenitor o
exercício daquele poder.
28
a) os condenados definitivamente por crime a que a lei atribua esse efeito;
a) tiverem falecido;
da pessoa do filho;
29
exercer o poder parental;
Objectivo da tutela
A tutela tem por objectivo a defesa dos direitos, a protecção da pessoa e do seu
património e a satisfação das obrigações do incapaz ou interdito por decisão judicial.
Modo de constituição
Órgãos de tutela
A tutela é exercida por um tutor, coadjuvado pelo Conselho de Família. O cargo de tutor
é obrigatório e uma vez aceite não pode ser recusado, salvo por motivo legítimo,
devidamente comprovado pelo tribunal.
Lei 10/2004
A presente lei vigorou no nosso ordenamento jurídico neste período de 2004 a 2018 e
foi revogada pela lei 22/2019. O regime do exercício de poder parental nesta lei é
meramente idêntico à lei nova, e o seu regime está estabelecido no artigo 283 e ss.
Efeitos
Os efeitos produzidos são os mesmos, pelo que os pais estão obrigados a prover ao
sustento dos filhos e a assumir as despesas relativas à sua segurança, saúde e educação,
até que eles estejam legalmente em condições de as suportar através do produto do seu
próprio trabalho ou de outros rendimentos.
30
Comportam o regime de irrenunciabilidade, o que culmina com os pais não poderem
renunciar ao poder parental nem a qualquer dos direitos e deveres que aquele
especialmente lhes confere, sem prejuízo do que na presente Lei se estabelece acerca da
família de acolhimento e da adopção.
Aqui cabe a ambos os pais, de acordo com as suas possibilidades e com o superior
interesse dos seus filhos, promover o desenvolvimento físico, intelectual e moral
daqueles.
O regime estabelecido para os filhos nascidos fora do casamento, os bens dos filhos,
formação do carácter e da personalidade e os actos anuláveis, são os mesmos
estabelecidos na nova lei.
Aqui nesta lei percebemos que ainda não havia lugar à esta figura de União de Facto,
que se assemelha em questões gerais, ao casamento. Portanto aqui, diferentemente da
nova lei, em casos de divórcio, separação judicial ou separação de facto, ou anulação do
casamento, o poder parental é exercido por acordo dos pais, sujeito a homologação do
tribunal, que é recusada se o acordo não corresponder ao superior interesse do menor,
incluindo o interesse de ele manter com o progenitor a quem não seja confiado uma
relação de proximidade. Os pais podem ainda acordar, nos termos do número anterior,
que determinados assuntos sejam resolvidos por acordo de ambos ou que a
administração dos bens do filho seja exercida pelo progenitor a quem o menor não for
confiado,
Na falta de acordo, o tribunal decide o destino do menor, os alimentos que lhe são
devidos e a forma de os prestar, confiando- -o à guarda de um dos pais ou, quando o
superior interesse do menor o justificar, a outro familiar, a terceira pessoa ou a
instituição pública ou privada adequada. Ao progenitor que não exerça o poder parental
assiste o poder de acompanhar de perto a educação e as condições de vida do filho.
31
b) as reincidentes por crime de lenocínio e de corrupção de menores;
a) tiverem falecido;
da pessoa do filho;
32
Estão também sujeitos à tutela os maiores interditos ou incapazes de dispor da sua
pessoa e bens, em razão de anomalia psíquica, de surdez, de mudez ou de algum outro
motivo e não possam ser representados pelos seus pais.
Objectivo da tutela
A tutela tem por objectivo a defesa dos direitos, a protecção da pessoa e do seu
património e a satisfação das obrigações do incapaz ou interdito por decisão judicial.
Modo de constituição
Órgãos de tutela
A tutela é exercida por um tutor, coadjuvado pelo Conselho de Família. O cargo de tutor
é obrigatório e uma vez aceite não pode ser recusado, salvo por motivo legítimo,
devidamente comprovado pelo tribunal.
33
Conclusão
No trabalho realizado, constatamos que família no direito consuetudinário era
constituída através de casamento tradicional, que assume várias formas, que diferem de
região para região.
O poder parental é o conjunto de responsabilidade que os pais têm para com os seus
filhos de forma igual, tanto para o pai bem como para a mãe. Na constância do
34
matrimónio, o poder parental pertence a ambos, os pais exercem as responsabilidades
parentais de comum acordo.
Matrilocal é aquela que estabelece residência conjunta entre o casal e os pais da mulher.
Com frequência acontece nas sociedades setentrionais de Moçambique onde há uma
tendência de as famílias estabelecerem residência matrilocais,é a família cujo poder é
exercido pela mulher.
Patrilocal é aquela que estabelece uma residência conjunta entre um casal e os pais do
homem. Geralmente nas sociedades meridionais de Moçambique há uma tendência de
as famílias estabelecerem residências patrilocais devido a estrutura e a natureza do
poder que se centra nas mãos dos homens, é a família cujo poder é exercido pelo
marido.
35
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por acção ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
36
Ao mesmo tempo, de acordo com as actuais concepções jurídicas do instituto, foi
possível inferir que, para os pais desempenharem suas funções, um dos caminhos
possíveis deve passar pela valorização de sua autoridade pela família. Deve passar,
ainda, pelos deveres, tanto dos pais de exercerem a autoridade no interesse do filho,
como do filho em respeitar seus pais.
Bibliografia
ANDRADE, Ximena, Ana Maria Loforte, Conceição Osório, Lúcia Ribeiro, e Eulália
1998.
https://sopra-educacao.com/2020/12/12/familia-em-mocambique-conceito-conceito-
tipos-importancia-patrilinear-matrilinear-e-conjuges/
37
LEGISLAÇÃO
38