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Separação de bens

A separacao de bens resulta como da propria expressao por ser uma separacao restrita
unicamente aos bens deixando intocados os deveres pessoais dos conjuges.
A relacao matrimonial esta porem sujeita a diversas vicissitudes ao longo da sua existencia e
pode mesmo extinguir se pelo divorcio. As crises a que a relacao matrimonial esta sujeita podem
conduzir a separacao de bens a separacao de pessoas e bens ate culminar em divorcio se
quisermos referi las de forma gradativa em conformidade com a deterioracao que provocam na
vida conjugal.
Pressuposto da separaco de bens
Qualquer dos conjuges pode requerer a simples saparacao de bens quando estiver em perigo de
perder o que e seu pela ma administracao do outro conjuge. O codigo civil anterior perfilhou
com a finalidade de proteger os direitos da mulher actualmente cabendo a administracao a um e
ao outro conjuge qualquer deles pode requerer a separacao de bens com fundamento em ma
administracao do seu consorte. Nao se trata de uma sancao contra o conjuge de um administrador
mas antes de um meio de defesa dos interesses patrimoniais do conjuge nao administrador
colocados em perigo pela ruinosa administracao daquele.
A lei exige em primeiro lugar que o requerente esteja em perigo de perder o que e seu. O perigo
deve resultar de factos concretos que facam receiar a perda de bens pertecentes ao conjuge
requerente e que tenha grandes probabilidades de causar prejuizo. O perigo tem portanto de
provir da ma administracao e nao de outra qualquer causa.
Para o exito da requerida separacao de bens o que importa averiguar e se a administracao e
realmente perniciosa sem ter de esperar que o requerente perca todos os bens se chegar a esse
ponto ja nao se justifica pretencao do requerente tendo a separacao de bens uma funcao
essencialmente preventiva deve ser requerida e decretada enquanto tiver utilidade o que so
acontecera enquanto o conjuge administrador nao tiver esbanjado todo o patrimonio ruinoso.
Legitimidade para a propositura da accao
Segundo o artigo 176 da lei da familia nr 22/2019 de 11 de Dezembro so tem legitimidade para
accao de separacao o conjuge lesado ou o seu acompanhante. Accao e proposta contra o conjuge
administrador pelo o conjuge nao administrador se este estiver impossibilitado por razao de
saude dificiencia ou pelo seu comportamento de exercer plena pessoal e concentimente os seus
direitos ou de nos mesmos termos cumprir os seus deveres beneficia de medidas de
acompanhamento.
Irrevogabilidade da separacao de bens
Segundo o artigo 178 da lei da familia nr 22/2019 de 11 de Dezembro
Separacao de bens com outros fundamentos
Regem se portanto pelos mesmos principios os outros casos de separacao de bens durante a
existencia da sociedade conjugal.
Separacao autonoma traduz se na ma administracao de bens por parte de um dos conjuges por
forma em por perigo o patrimonio do outro.
Separacao nao autonoma e uma consequencia indirecta de um procedimento judicial que
embora tendo em vista uma outra finalidade acaba por determinar igualmente a separacao de
bens resulta de uma causa exterior a sociedade conjugal.
Neste grupo podemos incluir a separacao de bens resultante da accao executiva proposta contra o
conjuge devedor nos casos em que pelas dividas da sua exclusividade responsabilidade
subsidiariamente a sua meacao nos bens comuns.
Carater litigioso da separacao
A separacao so pode ser decretada em accao intentada por um dos conjuges contra o outro trata
se de uma accao constitutiva com o fim de autorizar uma mudanca na ordem juridica existente
nas accoes constitutivas que o autor pretende obter atraves don tribunal um efeito juridico novo
que vai alterar a esfera juridica do reu independentemente da sua vontade segundo artigo 175 da
lei da familia nr 22/2019 de 11 de Dezembro.
Separaçao de conjugues
o divorcio consiste na extinçao da relaçao matrimonial, vibra um golpe mais profundo, pondo
fim a genaralidade dos deveres aqui os conjugues se encontravam reciprocamente vinculados.
O casamento é tendencialmente perpetuo. Os nubentes não podem acordar na celebração de um
casamento a prazo ou subcondição.
Apesar, dessa vocação, a relação matrimonial esta sujeita, ao longo da sua existência a varias
vicissitudes. É permeavel a crise que podem afectar a sua consistência e poderam dar lugar a
modificação da relação ou levar mesmo a sua extinção. A extinção significa que se quebrou o
vinculo que unia os conjugues.
Qaundo a relaçao matrimonial cessa por causa de um vicio originario da celebraçao do
casamento, a extinçao ficara a dever-se a nulidade ou anulaçao do casamento. É o que acontece
quando o casamento foi celebrado, apesar de algum impedimento deremente, ou contra a vontade
de alguns dos nubentes.
Nestes casos, a declaraçao de nulidade ou anulaçao tem efeitos retroactivos. Tudo se passa como
se o casamento nao se tivesse realizado, ressalvado os limites do casamento putativo (atento ao
artigo 220, lei nº 22/2019 de 11 de Dezembro.
Quando a dissuluçao se verifica posteriormente a celebraçao do casamento, a causa pode ser a
morte de um ou de ambos os conjugues, simultaneamente.
Com a morte de um dos conjugues, cessam imediatamente as relaçoes pessoais e patrimoniais,
sem prejuizo de alguns direitos e deveres que perduram. É o caso dos apelidos.
Antecedentes historicos do divorcio
A dissuluçao do casamento pelo divorcio é conhecida desde a mais remota antiguidade e foi
praticada por muitos povos, embora, por vezes, com discrimiçao entre homem e mulher.
Alguns povos, desde tempos muitos recuados, admitem o repudio de um dos conjugues pelo
outro. Trata-se, porem, de uma faculdade que o direito islamico concede apenas ao marido. So
ele pode dissolver unilateralmente o seu casamento independentemente do consentimento ou ate
da oposiçao da mulher.
Modalidades do divorcio
O divorcio por mutuo consentimento pode correr pela conservatoria do registro civil, ou pelo
tribunal. Isto significa que o divorcio por mutuo consentimento pode ser optido pela via
administrativa ou judicial.
O divorcio sem o consentimento de uma das partes é sempre requerido no tribunal por um dos
conjugues contra o outro. Quer dizer, o divorcio sem o consentimento de uma das partes, não
pode ser decretado por via administrativa, tendo sempre de seguir a via judicial.
Divorcio por mutuo consentimento por via administrativa
pode ser instaurado a todo o tempo na conservatoria do registro civil, mediante requerimento
assinado pelos conjugues ou seus procuradores, acompanhados pelos seguintes documentos:
a) Relaçao especificada dos bens comuns, com indicaçao dos respectivos valores, ou, caso
os conjugues optem por proceder a partilha daqueles bens, acordo sobre a partilha ou
pedido de elaboraçao do mesmo.
Como se verifica, os conjugues podem limitar se a apresentar a relaçao
especificada dos bens comuns com a indicaçao dos respectivos valores. Não é
exigido acordo sobre as partilhas dos bens comuns do casal, embora este acordo
venha facilitar as coisas. Se não houver bens a partilhar, como no caso de terem
casado no regime de separaçao. Assim a declararao. Por vezes, dos conjugues
declaram a inxistencia de bens comuns a partilhar com o fim de se furtarem a
trabalho de elaborar a referida relaçao. Naquele momento acarrretam a esperança
de proceder a partilha por acordo. Frustrada essa expectativfa, se mais tarde
vierem requerer a partilha, nao lhe pode ser oposta a declaraçao de inexistencia de
bens comuns que apresentaram.
b) Acordo sobre o exercicio das responsabilidades parentais quando existam filhos menores
e nao tenham previamente havido regulaçao judicial. Se ja tiver sido judicialmente
regulado o exercicio das responsabilidade parental, deverao apresentar a certidao da
respectiva sentença.
Os alimentos devido ao filho e a forma de os prestar, serao regulados por acordo dos pais,
sujeito homologaçao.
c) Acordo sobre a prestaçao de alimento ao conjugue que deles careça
Legalmente, entende-se por alimento, tudo o que é indispensanvel ao sustento, habitaçao
e vestuario.
A lei nao estabelece a medida dos alimentos, nenhuma percentagem dos rendimentos
daquele que deve apresenta-los. Os alimentos serao proporcionados aos meios daquele
que houver de presta-los e a necessidade daquele que houver de recebe-los. Deve, porem,
entender-se a possibilidade de o alimentado prover a sua subsistencia.
d) Acordo sobre o destino da casa de morada da familia
Trata-se da casa escolhida pelos conjugues como residencia da familia. Fazendo parte do
patrimonio comum dos conjugues, podem, por acordo, atribuir a um deles o direito ao
respectivo arrendamento. Na fixaçao de montante da renda, devera ter tido em conta que
a mesma pertence em parte, ao arrendatario e, por isso, so pagara metade do valor da
renda. Quando a casa é propria de um dos conjugues, podem acordar que a mesma seja
dada de arrendamento ao outro. Sendo a casa da morada da familia arrendada, o acordo
determinara ao qual deles fica a caber a posiçao de arrendatario.
e) Certidao da escritura da convençao antinupsial, caso tenha sido celebrada
A pedido dos interessados, a relaçao especificada dos bens comuns, o acordo sobre o
exercicio das responsabilidades parentais, o acordo sobre a prestaçao de alimentos ao
conjugue que deles careça e ao acordo sobre o destino da casa da morada da familia,
podem ser elaborados pelo conservador ou pelos oficiais de registro.
Divorcio por mutuo consentimento por via judicial
Sao tres as situacoes que forcam a que o divorcio por mutuo concentimento que tenha de ter o
seu desenvolvimento no tribunal e nao na conservatorio do registo civil.
Uma delas que e a primeira ocorre nas situacoes em que os requerentes nao se conformem com
as alteracoes indicadas pelo ministerio publica relativamente ao exercicio das responsabilidades
parentais ou em que foi rejeitado algum dos acordos mas os requerentes mantem o proposito de
divorciar.
A segunda verifica se nos casos em que os requerentes nao juntarao alguns dos acordos exigidos
e por isso o seu requerimento teve de ser apresentado nop tribunal.
A terceira acontece nos casos em que tendo sido proposta no tribunal a accao do divorcio sem o
concentimento de um dos conjuges depois ambos acordaram em optar pela modalidade do
divorcio por mutuo concentimento.

Separacao de pessoas e bens


Na separacao de pessoas e bens como as palavras estao a dizer a separacao nao afeta
simplesmente os bens mas as proprias pessoas dos conjuges sendo pois muito mais extensa e
profunda em relacao a que se opera na simples

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