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NOME, nacionalidade, profissão, estado civil, inscrito no CPF sob n° ......, e portador (a) da
cédula de identidade RG sob n° ..... residente e domiciliado ........, por intermédio de seu
procurador infra-assinado, regularmente constituído mediante instrumento de mandato em
anexo, com escritório profissional à .........., , e endereço eletrônico ........, com fundamento
nos arts. 1.571, inc. IV, § 2º do Código Civil, arts. 300 e seguintes e 319 do CPC/15, vem
respeitosamente perante a Vossa Excelência propor:
em face de NOME, nacionalidade, profissão, estado civil, inscrito no CPF sob n° ......, e portador
(a) da cédula de identidade RG sob n° ..... residente e domiciliado ........, pelos motivos de fato
e de direito expostos a seguir:
I – PRELIMINARMENTE
A priori, se faz necessário ressaltar que os Requerentes não possuem suficiência de recursos
financeiros para arcar com as custas, as despesas processuais e honorários advocatícios,
como é possível se verificar em documentos que ora seguem acostados.
Assim, a fim de não prejudicar sua própria subsistência, requerem a concessão da gratuidade
de justiça com fundamento no artigo 98, do CPC/15.
Nos termos do art. 272, §§2º e 5º do Código de Processo Civil, requer que todas as
Intimações, Publicações e Notificações, dizendo respeito à presente ação, tenham a devida
publicação, com expressa indicação, sempre, de todos os advogados constituídos, sob pena
de NULIDADE.
II - DOS FATOS
Além disso, a Requerida tomou ciência de uma traição, o que a deixou inteiramente magoada
e envergonhada perante a sociedade, visto que todos sabiam, menos ela. Isto posto, opta
nos termos da lei, pela ruptura da vida em comum e do vínculo conjugal.
III. DO DIREITO
A) DO DIVÓRCIO
De acordo com o art. 226, § 6º da CF/88, é permitido que o casamento civil seja dissolvido
pelo divórcio direto, suprimindo o requisito de prévia separação judicial por mais de 1 (um
ano), ou com comprovação da separação de fato por mais de 2 (dois) anos. Vejamos:
No caso presente, as partes envolvidas nesta ação vivem em separação há mais de ........
(anos/meses), uma vez que a manutenção do vínculo matrimonial se tornou impraticável.
Nessa conjuntura, a parte que entra com o requerimento optou por solicitar o divórcio, o que
provocou a oposição por parte do outro cônjuge.
Além disso, é essencial levar em conta a autonomia individual da requerente para determinar
a maneira mais adequada de administrar suas relações, evitando impor a ela a permanência
em um casamento que não mais existe, especialmente considerando que ambas as partes já
se encontram separadas por um longo período.
Adicionalmente, a recusa em conceder o divórcio pode acarretar desdobramentos
desfavoráveis para a requerente, como a impossibilidade de contrair um novo matrimônio e
a manutenção de um estado civil no qual já não faz parte.
O matrimônio foi contraído sob o regime de bens ................. Assim, durante o período de
convivência os requerentes adquiriram juntos um bem móvel e um imóvel, ficou acordado da
seguinte maneira:
Uma casa localizada no endereço .................., avaliada em R$............ (por
extenso) que será vendida, devendo o valor apurado ser repartido igualmente entre
ambos os requerentes.
Um carro (MODELO E ANO), de placa n.............., avaliado em R$............ (por
extenso), que também será vendido, devendo o valor apurado ser repartido
igualmente entre ambos os requerentes.
A requerente optou por retornar ao uso do seu nome de solteira, qual seja: (NOME E
SOBRENOME DE NASCIMENTO DA REQUERENTE), excluindo o sobrenome marital o qual
havia sido acrescido ao seu nome, por se tratar dos direitos da personalidade, a requerente
possui o direito a rejeitar o nome adotado com seu casamento, retornando ao nome de
solteira.
Leciona Pablo Stolze, em sua obra Novo Curso de Direito Civil, volume I, p. 151 e 152: "Os
direitos da personalidade são dotados de certas particularidades, que lhes conferem posição
singular no cenário dos direitos privados. Assim os direitos da personalidade são: absolutos,
gerais, extrapatrimoniais, indisponíveis e imprescritíveis.
Cumpre ressaltar que o art. 1.578, § 2º, do CC resguarda o direito do ex cônjuge de optar
pela manutenção do nome de casado ou de voltar a adotar o nome de solteiro após o
divórcio.
O divórcio está previsto no inciso IV, do art. 1571, do Código Civil brasileiro e não exige
motivação, ou seja, não é preciso fundamentar o pedido, não é necessário demonstrar culpa,
basta o interesse de uma das partes em não mais conviver como casal.
Somado a isso, ressalta-se, a Emenda Constitucional nº 66/10, alterou o §6º, do art. 226 da
Constituição Federal, retirando assim a necessidade de realizar previamente a separação
judicial e/ou aguardar o decurso de um período mínimo entre a separação de fato e o
requerimento do divórcio, tornando prescindível a prévia decretação da separação.
Por fim, em atenção aos requisitos previstos no artigo 311 do Código de Processo Civil:
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável.
DOS PEDIDOS
a) A citação do (a) REQUERIDO (A), para que compareça em audiência a ser designada por
Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro
do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos moldes do art. 344 do
CPC/15;
b) Deferimento do pedido de alteração do nome da requerente para aquele de solteira, qual
seja, (NOME E SOBRENOME DE NASCIMENTO DA REQUERENTE), de acordo com o § 2º do art.
1.578 do Código Civil;
c) O deferimento da concessão de justiça gratuita nos termos da Constituição Federal, artigo
5º, LXXIV e da Lei Federal 1060/50;
d) A expedição de competente ofício para averbar a homologação desta ação de divórcio na
Certidão de Casamento lavrada no Livro, fls., do Cartório de Registro Civil da Comarca
de .................../...........;
e) A INTIMAÇÃO do representante do Ministério Público para intervir no feito ad finem,
conforme inc. II do art. 178 do CPC/15;
f) O PROCESSAMENTO da ação sob SEGREDO DE JUSTIÇA, nos termos do inc. II do art. 189 do
CPC/15;
g) A CONDENAÇÃO do requerido ao pagamento das custas processuais, sem prejuízo dos
honorários advocatícios ao importe de 20%, nos termos do § 2 do art. 82 e 85 do CPC;
h) Julgar PROCEDENTE OS PEDIDOS da presente Ação de Divórcio Litigioso com Pedido
liminar;
i) Que NÃO SEJA DESIGNADA A AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO, tendo em vista a
manifestação de desinteresse da parte autora, nos termos do art. 334, § 5º do CPC;
Protesta pela juntada de todos os documentos ora anexados à presente para a comprovação
dos fatos ora alegados e por eventuais outros que Vossa Excelência entenda como
necessários à homologação desta.
Nesses termos
Pede e Espera deferimento.
Local, data.
ADVOGADA
OAB/UF ...............