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ESTADO
1 - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Requer, com fulcro nos artigos 98 e 99 do CPC/2015, bem como no art. 5º, LXXIV, da
Constituição Federal/88, os benefícios da Justiça Gratuita por ser pobre na forma da lei, não
podendo, portanto, arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do
próprio sustento e de sua família.
O assistido tentou, junto à Defensoria Pública Estadual, realizar o divórcio consensual, todavia
a sua ex-companheira, Marinete Oliveira Lima, mostrou-se indisposta ao procedimento
consensual. Nesse sentido, opta-se pela dispensa da audiência de mediação e conciliação,
conforme art. 319, VII, do CPC.
5 - DOS FATOS
Adveio desta união dois filhos: nome dos filhos nascida em xx,xx,xxxx, e xxxxxx, nascido em
xx,xx,xxxx, ambos maiores de idade, conforme consta cópia de nascimento em anexo.
Insta observar que, depois da Emenda Constitucional 66/2010, não mais é possível a
interferência estatal na autonomia de vontade privada, principalmente no Direito de Família,
proporcionando a dissolução do casamento pelo divórcio imediato, independentemente de
culpa, motivação ou da prévia separação judicial.
Nesse sentido, o requerido encontra-se separado de fato da requerida desde março de 2005,
ou seja, há mais de 13 (treze) anos. Contudo, durante esse tempo as partes permaneceram
constando nos registros públicos como casados.
Em virtude disso, o autor, querendo atualizar seu estado civil, vale dizer, constar nos registros
públicos como divorciado, entrou em contato com a requerida para dar início ao processo de
divórcio consensual. Contudo, esta lhe informou que não iria colaborar, o que obrigou o autor
a optar pelo divórcio litigioso.
Insta salientar que não há bens para serem partilhados, bem como os filhos do casal são
maiores e possuidores de capacidade civil plena.
6 - DO DIREITO
6.1 - DO DIVÓRCIO
Assim, pessoas separadas não poderiam se casar, embora a lei admitisse a possibilidade de
terem união estável com terceiros (art. 1.723, § 1º, CC). Por outro lado, nada impedia que
pessoas separadas, após reconciliação, voltassem a viver juntas, fazendo ressurgir a sociedade
entre elas. Por sua vez, o divórcio é algo mais radical, pois significa a dissolução do vínculo
matrimonial. Ademais, uma vez divorciados, ex-marido e ex-esposa somente podem
reconstituir a sociedade conjugal e o vínculo após novo casamento.
A as partes estão casadas sob regime parcial de comunhão de bens, contudo, não possuem
bens a partilhar.
6.3 - DO NOME
O autor deseja continuar com o seu nome de casado, vale dizer, Geraldo de Oliveira Guedes,
sendo-lhe indiferente a alteração do nome da ré.
Nesse sentido, tendo em vista os filhos já serem maiores e com capacidade plena para a vida
civil, não se faz necessária a fixação de alimentos para os filhos.
d) Requer, também, após trânsito em julgado da presente ação seja expedido mandado
judicial para a averbação no respectivo Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, em especial,
prova documental, pericial e tantas quantas se façam necessárias para o deslinde da causa.
Nestes termos,
Pede deferimento.