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Lindo Amor

Imoral
Filthy Beautiful Lies

Série Filthy Beautiful Lies


Livro 02

Kendall Ryan
Equipe Pégasus Lançamentos:

Disponibilização: Soryu
Tradução: Marcia de Oliveira
1ª Revisão Inicial: Erika, Rosa, Marta, Raquel
Pimenta
2ª Revisão Inicial: Camila Alves, Fernanda
Richa, Milla Grossi
3ª Revisão Inicial: Cartaxo
Revisão Final: Lyli Cunha
Leitura Final e Formatação: Lola
Verificação: Mandy Marx
Resumo
Eu nunca esperei assistir Sophie indo embora -
especialmente não com a sua virgindade intacta. Ela era
minha. Ela só não sabia disso, ainda.

Novo objetivo: Selar o negócio e balançar seu


mundo tão completamente que ela nunca queira sair
novamente.

Um romance altamente sensual e muito envolvente


emocionalmente, Lindo Amor Imoral é a conclusão
provocativa para Mentiras Bonitas e Imorais.
Capítulo Um

Sophie

— Você vai me dizer de onde veio o dinheiro? — Becca


olha para mim com expectativa, sobre a borda de seu terceiro
copo de Chardonnay.

— Colton, — minha língua, solta pelo álcool, revelou,


antes que eu possa filtrar. — Ele e eu tínhamos um tipo de
arranjo.

— Como você o conheceu? — Becca pergunta, com o seu


olhar curioso.

— Próxima pergunta? — Eu poderia ter bebido muito,


mas não havia nenhuma maneira que eu estaria dizendo a ela
sobre o leilão. Eu precisava manter alguma dignidade nessa
situação vergonhosa.

Seus olhos nunca desviaram dos meus, enquanto ela


tomava mais um gole, contemplativa. Estávamos sentadas em
um pequeno bar, no lobby do nosso hotel. Quando eu descobri
sobre o estado civil de Colton, eu fugi para casa, com o
coração partido e destruído. Becca me convenceu de que
precisávamos de um fim de semana de meninas, à distância.
Eu tinha feito uma melhora na idéia e nós voamos para Roma,
em um capricho. Então, aqui estamos nós, do outro lado do
mundo e tudo o que podemos pensar para discutir é o tema
exato que me levou a viajar, em primeiro lugar.
Impressionante. Tomo um gole da minha bebida saudável.
Deus, não têm nada mais forte do que vinho neste país?

— Que tipo de arranjo que você pode fazer com um


homem que dá a você apenas meio milhão de dólares, Soph?
— Seu tom é acusatório. Ainda bem que ela não sabe sobre o
resto do dinheiro, o que está escondido dentro da minha
própria conta bancária. Eu sei que minha família tem um
monte de perguntas sobre de onde veio o dinheiro para o
tratamento de Becca, e até agora, eu não disse uma palavra.
Até agora. Seus olhos se arregalam e ela coloca uma mão
aberta sobre sua boca. — Oh meu Deus, você era a sua
escrava sexual? — Ela ri.

Minhas bochechas queimam brilhantemente, mas


balanço minha cabeça.

— Você tem que realmente ter relações sexuais para que


isso seja o caso, eu acho que... —
Ela está rindo ainda, então sei que ela não tem idéia de
que acertou o ponto. Ding, ding, ding. Temos um vencedor.

— Não vamos falar sobre o dinheiro, Becca. Isso não é


importante. Colton estava disposto a fornecê-lo, e eu não me
arrependo de nada, porque foi ele que a ajudou a ficar melhor.
Por favor, apenas deixe isso de lado. — Peço a ela para mudar
o assunto. Uma vez que sua saúde está cooperando e quero
aproveitar esta viagem - só nós duas. Eu não quero nem
pensar no nome Colton Drake. É doloroso demais.

— Se ele é tão quente como você disse que é, eu teria


tido um tempo difícil para não rasgar suas roupas e saltar
nele. Opa, me desculpe, minha vagina acidentalmente pousou
em seu pênis.

Eu abro um sorriso com a sua mudança de assunto. É


claro que é sobre sexo. Becca não é virgem e ela está muito
mais à frente sobre o sexo do que eu. Você pensaria que seria
o oposto, mas de alguma forma, eu sou a gêmea cautelosa,
enquanto estar doente em uma idade jovem ensinou-lhe a
agarrar a vida pelas bolas e vivê-la ao máximo. Eu a invejo
nisso.

Sua primeira experiência sexual foi com um rapaz no


centro de tratamento de câncer. Ele tinha dezessete anos e ela
tinha apenas quinze, na época. Ela me contou cada detalhe,
com um brilho orgulhoso nos olhos. Foi inspirador como ela
não deixou nada ficar em seu caminho. Eu tinha convocado
sua força interior, na noite que eu estava naquele leilão,
esperando para ser vendida.

— Soph? — ela pergunta, puxando-me de volta dos


meus pensamentos distantes. — Você está bem?

— Eu sinto falta dele, — admito suavemente. — Isso é


loucura, certo?

— Não é loucura. Isso é normal quando você rompe com


alguém, pelo menos foi o que ouvi dizer.

— Eu não quis romper com ele. Ele não era meu


namorado. Ele é casado, lembra? — Eu disse a Becca quase
tudo - sobre o que eu vivi com ele, sobre como ficamos cada
vez mais próximos e sobre nadar nus na piscina, quando sua
esposa chegou em casa numa tarde. Claro, Colton tentou me
parar, todos me abordaram no corredor de sua mansão, que
de repente ficou fria e estranha para mim. Esperei que ele
fosse tentar negar, tentar se explicar, mas, infelizmente, era
tudo verdade. Stella era sua esposa. Ele tinha sido casado
durante todo o tempo.

— Tecnicamente. Mas eu ainda acho que você precisa do


resto da história. Obviamente sua esposa não estava morando
lá. Há quanto tempo eles estavam separados?

Eu dou de ombros.
— Ele não faz sexo há dois anos. — A menos que ele
tivesse mentindo sobre isso também. Eu não sei mais em que
acreditar.

— Porra, isso é um longo período de seca. E se ele é tão


quente como você disse que é... não é como se ele não tivesse
recebido ofertas, certo?

Eu era uma daquelas ofertas. Eu coro, percebendo que


eu tinha praticamente colocado minha vagina numa bandeja
de prata para ele e ele repetidamente recusou. É o suficiente
para dar uma baixa auto-estima à uma menina.

— Ouça, não há problema em sentir falta dele. É normal


se sentir confusa. — Ela atravessa o espaço entre nós e pega
a minha mão. Apesar de ser seis minutos mais nova que eu,
Becca sempre foi sábia além de seus anos. Seu conselho é
certeiro e me faz pensar. Ela bebe o último gole de seu vinho.
— Mas estamos em Roma para uma maldita viagem de
meninas pela primeira vez na vida, por isso não será
permitido depressão. Nós estamos indo nos divertir.

Sim, diversão. Meu coração parece como se tivesse sido


alimentado através de uma trituradora de papel. Concordo
com a cabeça e forço um sorriso no rosto. Becca estava certa.
Isso realmente poderia ser uma viagem de uma vida, para mim
e para ela. Quem sabe o que o futuro reserva. Eu não posso
perder tempo sentindo pena de mim mesma. É claro que é
mais fácil dizer do que fazer.
Eu sinto falta da cama de Colton, seu cheiro, a sensação
de sua barba áspera contra a minha bochecha quando nos
beijávamos. Eu sinto falta de tudo sobre ele. Da mesma forma
que tinha começado a crescer o amor, tudo o que eu vinha
sentindo foi arrancado de mim, deixando um buraco no meu
peito.

Forcei os pensamentos dele para fora da minha mente


eu bebi o resto do meu vinho e olhei para o ambiente
charmoso, do bar em torno de nós, esperando que esta viagem
fosse a distração que eu precisava.

Na manhã seguinte, a batida na nossa porta do quarto,


surpreende a nós duas. Becca e eu trocamos um olhar. Ela
encolhe os ombros, enquanto eu passo por todo o quarto, para
atender a porta. Pelo menos nós duas estamos vestidas.

Assim que a porta se abre, eu tropeço para trás, olhando


para os olhos azuis escuros e intensos enquadrados em cílios
pesados que eu reconheceria em qualquer lugar.

— Colt... — Murmuro, completamente chocada ao vê-lo


aqui, na Itália.

— Soph... — Ele retorna, com sua voz rouca.

— O-O que você está fazendo aqui? — Estou sem fôlego


e eu não sei porquê.
— Você. — Ele diz, simplesmente, com os seus olhos
queimando nos meus.

Tudo o que eu tentei esquecer bate em mim, de uma só


vez. Seus profundos olhos azuis, com fome e procurando. Seu
queixo masculino, sua altura e até mesmo seu cheiro evocam
uma sensação de déjà-vu. Eu me lembro de tudo, com
detalhes perfeitos, inclusive o prazer perverso que ele deu ao
meu corpo. Eu suprimo um arrepio quente.

— Oi, cupcake 1 — diz Pace, sorrindo para mim, por


trás de Colton.

Que diabos aconteceu? Lembrando dos meus modos,


eu relutantemente deixo meu olhar vaguear de Colton para
cumprimentar Pace e o apresentar à Becca. Totalmente
perdida com o que ambos estão fazendo aqui, eu dou um
passo para o lado, para deixá-los entrar.

O grande sorriso de Becca, quando ela aperta a mão de


Pace, me lembra quão afetada uma menina pode ficar, ao
encontrá-lo pela primeira vez. Suas bochechas estão rosadas e
seus olhos estão brilhando de malícia. Oh, isso não é bom.

— E este deve ser o infame Colton Drake. — Diz ela,


fechando os olhos em Colton, logo em seguida.

Assistindo minha irmã avaliar a forma perfeita de Colton


dos pés a cabeça, meu peito fica apertado e eu sinto as
lágrimas picarem meus olhos. Então minha raiva começa a

1 Expressão como docinho e querida.


subir, lembrando sua traição. Mas eu estou em tal estado de
choque, que me leva um momento para encontrar minha voz.

— Ignore-o. Ele está indo embora. — Eu digo,


lembrando o que ele e eu estamos passando.

— Ei, não seja assim,— diz Pace. — Nós só passamos,


tecnicamente, 10 horas, voando na segunda classe para vir vê-
la. O mínimo que você pode fazer é nos convidar para entrar e
deixar que eu flerte com sua irmã. — Seu sorriso torto está de
volta e eu juro, eu praticamente vejo os joelhos de Becca
tremerem.

— Vocês tecnicamente, voaram na segunda classe até


aqui por mim? — Eu digo sem pensar.

— Era a única opção. O jato não estava disponível. Eu


queria o próximo vôo e a primeira classe estava cheia. —
Colton explica.

Tento imaginar esses dois homens - com cada um tendo


a forma de 1,80 de altura, dobrados, em assentos de um avião
abarrotado, por horas a fio.

— Isso é que é amor. — Comenta Pace baixinho.

— Este é o quarto onde você está ficando? — Colton


olha ao redor do pequeno quarto, o que leva três segundos.

Em primeiro lugar, a ostentação não estava nesta


viagem - eu não iria desperdiçar o precioso dinheiro que eu
tinha, em passagens aéreas de primeira classe ou um quarto
de hotel de luxo. Mesmo que Becca tenha respondido bem ao
tratamento, até agora, não havia nenhuma garantia de que ela
ia ficar saudável ou que não precisaria de mais uma rodada
em uma instalação de tratamento caro.

— O que há de errado com o quarto? Não está nos seus


altos padrões? — Observo, cruzando os braços na frente do
meu peito.

Ele franze a testa.

— Deixe eu levá-la ao melhor lugar. Em algum lugar


apropriado. — Diz Colton, seus olhos escuros encontram os
meus novamente.

Como ele se atreve? Ele não pode aparecer aqui,


interromper as minhas férias e depois insultar onde estou
hospedada. Ele não controla tudo. A vontade de empurrá-lo do
quarto e bater a porta na cara dele é quase irresistível. Eu
puxo uma respiração profunda em meus pulmões, assim,
quando ele lê minha expressão inquieta ele dá um passo atrás.

— Não importa. Contanto que você esteja confortável. —


Ele olha a roupa de cama, como se procurasse por percevejos.

Imbecil.

— Eu estou. — Ou pelo menos eu estava, até ele chegar


do nada e jogar, completamente, as minhas emoções em uma
pirueta.
Pace atravessa a sala, puxa a pequena cadeira da mesa
e se senta. Sua estrutura supera tudo em nosso minúsculo
espaço. Ele parece fora do lugar, mas de um jeito bom.

— Eu não sabia que você tinha uma irmã. Sexy,


obviamente, é de família. — Ele lança uma piscadela para
Becca.

— Nós somos gêmeas. — Becca informa ele.

Nós sempre fomos um pouco diferente, e agora mais do


que nunca. Com o cabelo de Becca crescendo de volta, ele só
atinge o topo de seus ombros e ela o usa ondulado e
bagunçado. Meu cabelo cai como uma cortina espessa pelas
minhas costas e é tão reto como uma flecha. Ela também é
cerca de 15kg mais magra do que eu. Quimioterapia faz isso
para você.

— Humm, — Pace rosna, seus olhos vagando entre


nós. — Eu sempre tive uma fantasia secreta com gêmeas. —
O olhar faminto em seus olhos é suficiente para trazer uma
mulher de joelhos. Becca tem zero de chance de não cair em
seus encantos.

Colton dá passos para mais perto, ao meu lado,


apertando os punhos, enquanto atira um olhar maligno para
Pace.

— Não me faça matá-lo logo após aterrissarmos. Iria


realmente acabar com a viagem.
— Não me faça confiscar suas bolas. Agora vá falar com
a sua mulher. — Desafia Pace.

Eu abro minha boca para corrigi-lo. Eu não sou mulher


de ninguém, mas meu cérebro relembra aquela noite fatídica,
quando Colton comprou-me no leilão. Eu aceitei o dinheiro e
paguei apenas uma parte do combinado. Isso significa que eu
ainda pertenço a ele, apesar de descobrir que ele é casado?

Amaldiçoei o contrato estúpido, amaldiçoei o próprio


homem, por ter feito o meu coração cativo. Isso nunca foi
parte do plano.

Quando eu olho em seus olhos novamente, ele parece


perdido, quebrado e isso puxa alguma coisa dentro de mim.
Por mais raiva que eu sinta, por descobrir que ele mentiu para
mim o tempo todo que estávamos juntos, eu ainda tenho
sentimentos por ele. Eu não posso simplesmente desligá-los.
Apesar de suas falhas óbvias, ele ajudou minha irmã e me fez
sentir viva. Ele era tudo o que eu nunca soube que queria.

— Podemos ir para o corredor e conversar por um


minuto? — Colton pergunta, sua voz é suave, como um
sussurro.

— Escute ele, garota. Faça isso por mim. — Diz Pace,


com as covinhas em pleno vigor, ele sabe que elas são
impossíveis de se recusar. Que idiota.

Eu engulo e dou um aceno imperceptível antes de segui-


lo para o corredor. Ele voou do outro lado do mundo; o mínimo
que eu podia fazer era ouvir sua explicação. Talvez ele vá me
dar um encerramento, muito necessário. Talvez eu possa obter
as respostas que preciso para seguir em frente e também
descobrir onde estamos com relação à grande parte do
dinheiro trocado entre nós. Ele nunca recolheu sua parte no
negócio e depois de tudo, ainda sou virgem.

Uma vez que estamos no corredor, Colton fica diante de


mim, olhando diretamente nos meus olhos.

— Então, essa é Becca, hein? — Ele inclina a cabeça em


direção à porta.

— Sim.

— Ela parece estar bem... Saudável, eu quero dizer.

Eu aceno.

— Sim, o tratamento funcionou. Até agora; ela vai para


outra rodada em duas semanas, mas com tudo o que
aconteceu, pareceu um bom momento fugir. Para nós duas. —
Ela e eu nunca fizemos nada parecido com isso, mas era parte
do meu plano, para começar a realmente viver.

Ele balança a cabeça.

— Eu vejo.

Ficamos em silêncio por vários segundos e os musculos


da mão de Colton se contraem, querendo me tocar, mas ele
não faz. Graças a Deus.
— E se o seu fugir para outro país tiver algo a ver com...
Stella?

Eu recuo involuntariamente. Eu odeio que ele fale o


nome dela. Ele imediatamente evoca imagens daquele dia na
piscina, quando todo o meu pequeno mundo foi despedaçado.
Na Itália, o seu nome não deveria existir.

— Você vai me contar a história? — Eu pergunto.

— Qualquer coisa que você queira saber.

— Você está se divorciando?

— Isso é motivo de debate.

— Então eu vou embora. — Dirijo-me para a porta,


minha mão segura a maçaneta.

— Não. Fique. Por favor, me escute. — Colton pleiteia,


erguendo meus dedos da maçaneta da porta.

Sua mão na minha pele, envia um flash de calor através


de mim, com a memória do que aquelas mãos podem fazer. Ele
ainda é o único homem que me fez gozar. Tremo como se a
memória chamuscasse uma parte de mim.

Ouço uma onda de riso feminino atrás da porta. Me


aquece ouvir Becca se divertindo e isso me dá motivação
naquele momento. Virando-me para enfrentar Colton
novamente, eu traço uma respiração profunda, que me
acalma.
— Você a ama?

— Não. — Sua voz tem uma certeza estável. — Eu


nunca a amei como eu deveria ter amado.

Meus ombros relaxam. Apenas ligeiramente. Mesmo que


meu corpo queira correr e minha cabeça esteja gritando para
eu fugir, meu coração cresce com a revelação desse homem. E
para melhor ou pior, parte de mim precisa ouvi-lo, para
entender esta situação confusa que eu me encontro. Talvez se
eu puder perceber que tudo tem sentido, então eu posso
seguir em frente.

— Por favor, deixe-me explicar, isso é tudo que eu estou


pedindo. — Ele levanta as mãos em um gesto apaziguador.

Eu nunca o vi tão devastado e quebrado. Olheiras


alinham seus olhos e ele não se barbeou há dias. Mesmo que
eu tenha concordado em ouvi-lo, uma onda de náusea passou
através de mim. Estou preparada para lidar com o que ele está
prestes a me dizer? Eu aperto uma mão contra a parede, à
procura de apoio.

— Eu só preciso de um minuto...

Ele solta um suspiro pesado e eu juro que ele parece


pesar sobre as suas características.

— Eu vou dar todo o tempo que você precisa, doçura. —


Ele sussurra.
Aquele apelido contra seus lábios, cai como um peso
sobre meu peito. Meu coração está pesado, batendo
estupidamente, contra meu peito.

Outro ataque de risos de Becca nos cumprimenta por de


trás da porta.

— Ele provavelmente está tentando entrar nas calças


dela. — Diz Colton.

— Eu não acho que ela se importaria muito.

— Devemos verificar nossos irmãos, enquanto estamos


dando a você um minuto?

Eu aceno. Poderíamos muito bem. Eu não acho que


estou pronta para ouvir todo o conto sórdido, sobre como o
homem que eu estava apaixonada, era casado e pelo que
entendi, não necessariamente, planejava o divórcio. Uma
bebida forte poderia ajudar a aliviar um pouco dessa dor no
meu peito, também.

De volta para dentro do quarto de hotel, Becca e Pace


estão em pé, perto das janelas abertas, em uma conversa
profunda. Eu nunca vi seu olhar tão feliz. Ela está
abertamente flertando e se exibindo como um pavão,
enrolando uma mecha de cabelo em torno de seu dedo e
sorrindo para ele, brilhantemente. Nossas férias estão prestes
a ficar muito mais interessante.
Percebendo que estamos de volta, Becca se vira para
mim.

— Soph, você sabia que Pace passou um semestre


estudando aqui em Roma, ele vai me levar para passear!
Mostrar-me todos os melhores pontos, que nenhum dos guias
de viagem que pagássemos iria nos mostrar.

Queria tanto chutar Pace e Colton para fora. Esta era


para ser uma viagem de meninas, mas eu não vou negar a
Becca qualquer coisa, e eu posso dizer que adoraria passar
mais tempo na companhia de Pace. E aquele sorriso torto e
sua maldita covinha, era o suficiente, para apenas sair para
brincar.

— Como você sabia onde eu estava? — Pergunto a


Colton.

— Kylie. — Ele confirma.

Eu comecei a trabalhar com Kylie na organização de


caridade de Colton alguns dias por semana e, não me senti
bem por deixá-la sem saber o que estaria fazendo. E enquanto
eu só tinha a intenção de lhe dizer que eu estaria fora da
cidade por um tempo, ela de alguma forma me fez derramar a
fofoca sobre a minha viagem a Roma.

— Quando você chegou aqui? — Ele pergunta.

— Ontem à noite. — É quase meio-dia, mas com o jetlag


e o vinho que foram consumidos ontem à noite, Becca e eu
não tínhamos desfeito nenhuma mala ainda. Era realmente
um pequeno milagre estamos prontas e banhadas.

— Eu suponho que você não almoçou ainda. Vamos


pegar algo para comer e eu vou explicar tudo. — Ele se vira
para minha irmã, que está, por algum motivo, apertando o
bíceps de Pace, enquanto ele sorri com adoração para ela. —
Pace, Becca, que tal uma refeição rápida antes de começar seu
passeio?

— Eu topo. — Diz Pace.

— Eu também. — Becca entra na conversa, pegando


sua bolsa.

Eu queria ficar de mau humor, bater os pés e me


recusar a ir, mas me negar a comer parecia ser uma forma
infantil de puni-lo.

— Há serviço de quarto. — Aponto com a cabeça em


direção ao menu, em cima da cômoda.

— De jeito nenhum ficaremos sentados dentro do quarto


o dia todo, Soph. — Becca incentiva. — Vamos lá, é só um
almoço.

Eu atiro-lhe uma carranca. Traidora. Faço uma nota


mental para não ser tão boa para ela. Como salvar a sua pele,
resevando um pouco de água quente para o seu banho esta
manhã, era um negócio de uma só vez, depois disso. Ela pode
pensar que está ajudando, interferindo entre eu e Colt, mas
ela não está.

Eu recolho os meus pertences, minha bolsa, óculos de


sol, os euros que troquei antes de sairmos do aeroporto e
acompanho o grupo até o elevador. Isso deve ser interessante.
Capítulo Dois

Sophie

O café na calçada era bonito e discreto. Mesas de ferro


forjado preto e cadeiras com almofadas cor de vinho, macia, a
hera que cresce ao longo da pequena treliça separa a rua do
café, da calçada e completa o espaço. Está ensolarado, com o
céu azul em cima de nossas cabeças, mas não está muito
quente e eu acho difícil permanecer com meu humor azedo.

Colton sugere um vinho branco de uma vinha local que


ele conhece. Eu nunca provei nada tão leve, puro e
refrescante. Seu bom gosto é apenas mais uma coisa que é
fácil amar sobre como ele é. Mas eu não posso ir para esse
lugar. Não. Meu corpo já me traía, por que ganhava vida
quando ele está próximo, como quando ele empurrou minha
cadeira, para me ajudar a sentar e a sua mão roçou a parte
inferior das minhas costas. O contato deixou minha pele
formigando. E quando ele deslizou para a cadeira em frente a
mim, sua altura e presença dominante causou um pouco de
vibração no meu peito. Eu preciso me controlar.
Seus olhos vagueiam sobre minha pele exposta, nos
meus ombros nu a espreita a parte superior do top, meu peito
e pescoço com calor.

Estou contente que nossos irmãos estão pegando a dica


quando se trata de manter a conversa, porque Colton e eu
permanecemos completamente silenciosos. Conversas
pequenas não pareciam se encaixar com meu humor e eu não
tenho nenhuma idéia do que dizer, de qualquer maneira. Eles
tagarelaram sem parar, enquanto Colton e eu trocamos
olhares sérios.

— Então, quanto tempo vocês vão ficar aqui? — Becca


pergunta.

— Depende. — Disse Pace.

— Do que? — Eu desafio. Tanto quanto eu estou


preocupada, Colton fez seu ponto, vindo até aqui, como
alguma exibição masculina para reivindicar a sua propriedade.
Ele pode me irritar agora, mas muito obrigada por isso.

Os ohos tristes de Colton deslizam sobre mim.

— Eu quero uma chance. — Diz ele, sua voz é sombria.

Uma chance de se explicar ou uma chance comigo? Eu


sou grata pelos grandes óculos escuros que protegem meus
olhos dos dele.

— Não foi isso que ela lhe deu todas as semanas que
ficou em LA? — Becca pergunta, vindo em meu socorro.
Obrigada, Deus. A irmã sã, mal-humorada e amorosa
que eu conheço está de volta. Olho para Becca, comunicando
minha gratidão sem a necessidade de falar.

Colton observa a interação acontecendo entre eu e


Becca, sem dúvida se perguntando o que eu disse a ela sobre
meu tempo em Los Angeles. Espero que ele me conheça bem o
suficiente para saber que eu nunca divulgaria o nosso segredo.

— Eu fodi tudo. Foi errado não dizer... — A voz de


Colton é cheia de emoção, ao contrário do que já o ouvi falar
antes.

— Stella é uma grande besta que... — Pace começa.

Colton ergue uma mão, silenciando seu irmão.

— Não, Pace. Esta é a minha bagunça. Vou corrigi-la.

Eu não tenho idéia do motivo, mas a súbita vontade de


aliviar sua dor e angústia gritavam no meu interior.

— Eu estou aqui, não estou? — Eu digo, encontrando


os olhos de Colton. Claro, eu não sou corajosa o suficiente
para remover os meus óculos de sol, mas ainda assim.

Seu olhar triste, dissipa, levemente.

Uma hora depois, estamos na segunda garrafa de vinho,


antes da garçonete ainda pensar em trazer o menu do almoço.
Eu percebo que a sugestão de Colton de pegar um lanche
rápido, está rapidamente se transformando em um assunto
para toda a tarde. O ritmo do horário das refeições deste país
não são nada como os EUA.

— Vamos pedir um lanche, não é? — Pace pergunta,


entregando-me um menu impresso, totalmente em italiano.

Nossa comida é finalmente entregue, e enquanto


comemos Becca abre sobre o seu tratamento. Eu não posso
deixar de notar Colton se inclinar para frente, em seus
cotovelos, para absorver cada palavra. Ele sabe que o preço
elevado para o tratamento tornou-se possível pelo seu
generoso lance vencedor. E talvez seja o lado caridoso dele,
mas eu posso ver em sua expressão reverente que algo dentro
dele, está orgulhoso de ter ajudado.

Quando Becca questiona Colton sobre seu trabalho, ele


faz alguma observação improvisada sobre seu banco de
investimento e em seguida, lança uma discussão detalhada
sobre sua fundação de caridade. Eles estão perto de cumprir a
meta numa missão na África. Uma nova escola, ela será
construída e terá sua inauguração em breve.

Becca fica em êxtase ao ouvi-lo - ele é claramente


cativante, e que ficou ainda melhor em seus olhos.

— Sophie ter largado o trabalho foi uma grande perda.


Ela foi de grande ajuda nessas semanas, praticamente não
precisei da ajuda de Kylie.— Ele pega minha mão e eu a
escorrego para debaixo da mesa.
Embora a conversa vibre em torno de mim, eu mal
posso me segurar. Minha cabeça está cheia de perguntas
sobre o casamento de Colton com uma mulher que
reconhecidamente ele não ama. Por que ele se casou com ela?
Onde ela estava enquanto eu estive dormindo em sua cama?
Toda a minha relação com ele, agora parecia contaminada.

Apesar das coisas precárias no nosso início, eu comecei


a acreditar que ele tinha entrado em minha vida por um
motivo. Tinha sido enviado para mim como um anjo da
guarda, para curar Becca e despertar-me sexualmente. Eu
passei dois meses morando com ele, crescendo, caindo por ele.

Pergunto-me agora, mais do que nunca, sobre o porquê


dele nunca ter dormido comigo. Foi porque não queria ser
infiel a sua esposa?

— Sophie? — A voz de Colton corta o pensamento da


minha cabeça. — Mais vinho?

Eu balanço minha cabeça.

— Eu prefiro ir andando, de volta para o hotel.

Ele verifica seu relógio e franze a testa.

— Ok. Isso deve estar certo.

Nós terminamos nosso almoço com uma salada, pão


quente, vinho branco e várias garrafas de água com gás.
Depois que Colton paga pela refeição, Pace e Becca se
levantam da mesa, olhando um pouco embriagados e
ansiosos, para zarpar em sua exploração.

Colton e eu caminhamos lado a lado, em silêncio, todo o


caminho de volta para o hotel. Mas há tantas novas paisagens,
sons e cheiros para apreciar, que eu quase não percebo o duro
silêncio, incômodo, que está entre nós. Caminhar pelas ruas
de paralelepípedos irregulares com as minhas sandálias de
tiras, já precisava de uma concentração extra.

Quando chegamos ao hotel, Colt abriu a porta e me


conduziu pelo caminho, com a palma da mão, quente, mais
uma vez descansando contra a minha espinha e deixando uma
onda de formigamento em seu rastro.

Um jovem, vestido com um uniforme do hotel nos pára


no átrio.

— Uma nova chave para você, senhorita. — Seu


sotaque italiano acaricia as palavras, fazendo-as parecer muito
mais sexy do que são.

— Eu tenho a chave. — Eu a segurei.

— Sim, mas essa é para sua nova suite. Andar


dezessete. — Ele dobra o cartão-chave na minha mão,
enquanto remove simultaneamente o antigo.

Lembro-me de Colton falando em voz baixa com o


porteiro, antes de sairmos do hotel. É isto que estava fazendo?

Ele levanta uma sobrancelha e encolhe os ombros.


— Eu só queria que você se sentisse mais confortável.

Eu mordo minha língua, para evitar apontar que eu


tinha estado mais confortável antes que ele aparecesse e
começasse a interferir, mas lá no fundo, eu sei que ele só está
tentando ser legal, de uma forma tão irritante quanto poderia
ser. Ele não pode me convencer apenas com gestos atenciosos
e observações doces. Chama-me louca, mas eu tenho uma
regra sobre namorar com homem que é casado: eu não o faço.

— Você não deveria ter feito isso. — Eu mordo fora e me


viro para o elevador, apertando o botão várias vezes com meu
polegar. Percebo Colton, esperando ao meu lado e dou-lhe um
olhar aguçado. — Eu acho que você pode esperar no lobby,
por Becca e Pace chegarem do passeio.

— Você me prometeu que poderíamos conversar. — Diz


ele, seu tom deixa claro seu descontentamento.

Sim, mas isso foi antes do vinho e dos olhares


possessivos que ele me lançou durante todo o almoço. Eu não
confio em mim mesma sozinha em um quarto com ele agora.
— Eu não acho que estar sozinha em um quarto de hotel com
um homem casado seja adequado.

Ele solta um grunhido de frustração, assim que as


portas do elevador se abrem e me arrasto para dentro.

Os sinos de advertência estão balançando dentro da


minha cabeça. Estou prestes a ficar sozinha com um homem
que ainda detém o poder sobre o meu coração, apesar de seu
status de relacionamento indisponível.

Seja forte, Sophie.

Colton

Prendendo Sophie na parede do elevador, minhas mãos


se fecham em punhos acima de sua cabeça. Exigindo cada
grama de autocontrole que eu tenho para não empurrar meus
quadris nos dela e reivindicar sua boca. Eu sei que perdi o
direito, mas meu corpo se recusa a entender isso.

Posso ver, vibrando, a pulsação em seu pescoço,


enquanto me curvo perto de sua orelha.

— Não me empurre para longe agora. As minhas


emoções estão fora do maldito lugar . O que é uma novidade
para mim, eu posso lhe assegurar.

Ela joga as duas mãos contra o meu peito, me


empurrando para trás, vários passos.

— Oh, suas emoções estão fora do lugar? Tente se


colocar no meu lugar. — Sua voz sobe freneticamente. — Eu
estava nadando nua em sua maldita piscina, tentando seduzi-
lo quando sua esposa apareceu. — A palavra esposa é
cuspida de sua boca como uma bomba azeda.

— Você correu para longe de mim antes que eu tivesse a


chance de explicar. Você não respondeu às minhas chamadas
e agora eu voei seis mil milhas só para chegar em tempo
recorde até você. — Eu respiro fundo e endireito a minha
postura. Discutir com ela não vai chegar em qualquer lugar. É
claro que ela tem o direito de estar com raiva. — Escute, Soph.
Eu precisava ver você. Vim para conversar com você, de
qualquer jeito.

Depois de um impasse intenso em seu olhar, que cai no


chão quando ela percebe que mais negociações seriam inúteis,
ela volta a me dirigir a palavra

— Em que andar estou?

— Piso superior. — Respondo. A melhor suíte que eles


têm. Obviamente.

Percebendo que estávamos em pé no elevador parado,


ainda no térreo, ela cautelosamente estende a mão e aperta o
botão. Minha boca levanta em um sorriso. Progresso.

Seguiram minhas instruções e a bagagem de Sophie e


Becca foram trazidas para a suíte. Há uma sala de tamanho
moderado, dois quartos separados, cada uma com o seu
próprio banheiro e uma varanda pequena, com vista para a
fonte do pátio. Ela leva um minuto para percorrer os quartos,
levemente correndo os dedos ao longo de um aparador antigo,
dourado e dobra a cintura para sentir o cheiro do arranjo
fresco, de flores brancas, na mesa de café.

Aproveitarei cada segundo que puder, para apenas


beber sua presença. Mesmo que tenha passado apenas três
dias, desde que a vi, a segurei em meus braços e dormi com
seu corpo quente ao meu lado, parece que foi há muito mais
tempo. O privilégio de tocá-la foi arrancado de mim, levando
revolta e uma agonia silenciosa ao meu corpo, meu coração
doía enquanto eu mantinha meus punhos cerrados,
inutilmente, ao meu lado. Eu odiava isso.

Precisamos conversar como adultos civilizados, mas


foda-se eu não sei como começar.

— Soph... — Eu começo.

— Colt... — Diz ela ao mesmo tempo.

Nós compartilhamos um sorriso estranho.

— Venha sentar. — Faço um gesto para o sofá,


território neutro e, ela obedece, tirando suas sandálias e
enrolando as pernas embaixo dela, enquanto se afunda na
almofada, mais distante de mim.

— Pergunte-me qualquer coisa que você queira saber.


Não há mais segredos. — Eu prometo.

Saltando um joelho para cima e para baixo, ela gira o


anel em seu dedo.
— Há quanto tempo está casado?

Eu libero um suspiro pesado e empurro os dedos em


meus cabelos. A verdade é que estou casado a muito mais do
que eu queria admitir.

— Se você tentar esconder as coisas... se você estiver


indo ser evasivo... — Ela engole.

— Qualquer coisa que você queira saber. Mesmo que a


verdade seja difícil de ouvir. — Eu confirmo. Por mais que eu
gostaria de protegê-la da feia verdade, eu não vou. Não, não se
é isso que ela quer. — Eu fui casado por quatro anos. Mas nos
últimos dois anos não vivemos no mesmo estado.

— Por que ela estava em sua casa naquele dia?

— Quem diabos sabe sobre isso. Nós estamos tentando


resolver nosso divórcio, por um longo tempo. Mas nenhum de
nós parece concordar com qualquer coisa sobre ele.

Ela lambe os lábios, pensando sobre essas informações.

— Ela é a razão pela qual você foi para Nova York?

— Sim, Stella vive em Nova York com o namorado. Eu


fui lá para tentar falar com ela sobre os termos do nosso
divórcio, pessoalmente. Isso não funcionou.

Seus vincos na testa ficaram profundos.

— Ela tem um namorado?


Eu aceno.

— Nosso ex-jardineiro. Eu descobri que eles começaram


a foder depois que nos casamos.

Sua boca puxa para baixo, em uma careta.

— Oh.

— Acontece que ela nunca me amou e até mesmo minha


família me alertou sobre seus motivos, mais eu não pude ver.
Eu queria uma mulher na minha vida, e eu não sei... — Eu
esfrego minhas têmporas distraidamente. — Talvez tivesse a
ver com a perda da minha mãe, em uma idade tão jovem...
Mas eu gostava de companhia, da companhia de alguém ao
meu lado. Alguém calorosa e amorosa, para partilhar minha
vida com ela. — Eu soava como um viadinho completo, mas
era assim, que com 24 anos de idade eu via o mundo.

— E Stella era a esposa troféu perfeita, acompanhava-


me às funções de trabalho, vestia-se na última moda e sempre
tinha um sorriso feliz em seus lábios. Pena que tudo tinha sido
falso.

— O que aconteceu? — Sophie pergunta, seu tom


abranda.

— As coisas mudaram assim que ficamos noivos. Eu


pensei que era apenas estresse com o planejamento do
casamento, ela queria que fosse o assunto da década, algo que
a elite de Los Angeles estaria zumbindo sobre os próximos
anos, ela colocou muita pressão sobre si mesma ao planejá-lo.
Eu não vi na época, que tudo era apenas um ato. Era mais
sobre o vestido e a festa e o champanhe francês, do que era
sobre mim e ela.

Sophie mastigava o lábio, ouvindo atentamente. Eu não


tenho nenhuma porra de ideia de porque eu estou
descarregando tudo isso... mas algo me diz que se eu tenho
alguma esperança de salvar as coisas entre nós, eu preciso
desnudar a minha alma.

Eu limpo minha garganta e continuo.

— E mesmo que meus irmãos tentassem me convencer


do contrário, eu tinha me convencido de que tudo iria ficar
bem. Eu não acabei com o meu casamento, simplesmente
porque minha noiva estava se transformando em uma
bridezilla2. Achei que tudo se estabeleceria após o dia do
casamento.

— Mas isso não aconteceu? — Sophie pergunta


suavemente.

— Não. Ela estava distante e fria. Não tinha o sorriso


encantador da garota que conheci antes. Uma vez que a pedra
estava em seu dedo e a tinta sobre a licença de casamento
estava seca, ela se transformou em uma pessoa
completamente diferente. O que eu suspeitava que era quem

2 Ele fez uma junção usando Noiva com godzilla.


ela realmente era, o tempo todo. Ela brincou comigo. Casou
pelo meu dinheiro e eu caí por ela, como um bobo apaixonado.

— Sinto muito, Colt... — Ela começa.

— Não, não. — Ela não deve ser a única a pedir


desculpas para mim. A dor de cabeça que eu senti chegando
mais cedo estava pulsando com força em minhas têmporas.
Eu continuei: — Depois do jogo que Stella brincou comigo,
ficou difícil até mesmo pensar sobre confiar em outra mulher.
E está separado pelos últimos dois anos, me levou a tentar
namorar, causalmente. Eu não queria, mas meus irmãos
ocasionalmente me colocavam em encontros com alguma
mulher. Por trás de cada sorriso doce e cada olhar sedutor, eu
via alguém interessada apenas em meu fundo bancário e o
estilo de vida que eu poderia oferecer. Eu queria uma conexão
genuína, não uma esposa troféu. Mas eu percebi que com meu
status, bens e riqueza, o amor não ia ser algo fácil de
encontrar.

— Então, por que foi para esse leilão? — Sua confusão


estava gravada entre as sobrancelhas, enquanto ela esperava
pela minha resposta.

— Para ser franco? — Eu sorrio.

Ela acena com a cabeça, para eu ir em frente.

— Um homem tem seus limites. A frustração sexual


reprimida, de ser um celibatário por dois anos... Eu estava
com um tesão da porra e precisava ficar com alguém.
Sua boca se contorce em um sorriso.

— Essa é a verdade completa. Eu sabia exatamente o


que eu estava pagando e que não haveria chance de
sentimentos, ou falsas promessas.

— Por que não contratar uma acompanhante?

Eu dou de ombros. O pensamento passou pela minha


cabeça, algumas vezes.

— Eu acho que não sou o tipo de cara que contrata uma


acompanhante. Eu queria algo mais discreto. Eu não poderia
ter essa informação sendo divulgada. CEOs que se envolvem
com contratação de prostitutas, geralmente acabam no
noticiário da noite.

Ela balançou a cabeça, em compreensão silenciosa.

— Do leilão, eu gostei do teste médico, acordos de


confidencialidade e sigilo prometido a mim. Além disso, tinha o
bonus da convivência, depois.

— Mas você nunca... nunca... — Ela faz uma pausa.

— Eu nunca comi você? — Eu termino por ela.

Ela levanta o queixo, cheia de indignação.

— Por que não? É porque você teria sentido como se


estivesse traindo ela? — Ela pergunta, seus grandes olhos
azuis fixos nos meus.
Eu procuro sua mão, puxando-a para o meu colo,
incapaz de resistir ao calor físico que ela proporciona.

— Não. Foi porque eu teria sentido como se eu estivesse


traindo você. Você merecia mais do que isso e eu sabia disso.

Seus lábio inferior treme e dentro de mim a chama, da


vontade de chupá-lo com minha boca, queima.

Puxando a mão, Sophie se ergue de pé.

— Você não pode dizer coisas assim. — Há raiva em


seus olhos e eu fico sem palavras. Eu não posso sequer
começar a imaginar todos os pensamentos e emoções que
passam por sua cabeça. Então eu não vou tentar. Ela se move
para a janela e olha para fora, solenemente.

Levantando-me, eu fico atrás dela, resistindo ao impulso


de puxá-la para perto.

— Eu não posso te perder, — eu sussurro. — Não


quando eu sinto que minha vida está finalmente encontrando
seu lugar. Você era a peça que faltava. Você é o queijo no meu
macarrão. — Eu sorrio levemente, esperando que ela se
lembrasse.

Ela se vira para me encarar. Seu olhar suave é preso no


meu e eu posso dizer que nós dois estamos lembrando o tempo
que passamos juntos. Ele só parecia certo.

— Eu não posso fazer isso, Colton. Eu estava


desenvolvendo sentimentos reais por você.
Estava? Eu sei que estou completamente apaixonando
por ela, aterrorizante, uma vez que fodidamente é. Eu balanço
o pensamento longe, mais uma vez tentando me convencer de
que meu interesse por ela é apenas para encerrar o acordo,
completamente.

— Você é casado. — Ela me lembra.

Vagando pelas minhas emoções, eu engulo.

— Só legalmente. E se eu puder fazê-la concordar com


os meus termos, eu vou assinar o divórcio...

— Espere. Você é a pessoa segurando o divórcio? —


Raiva dispara nos normalmente calmos olhos azuis de Sophie.
A mudança em sua voz é inconfundível. É como se eu tivesse
inadvertidamente tropeçado em alguns fios e uma bomba
estivesse prestes a explodir. Dou um passo para trás,
hesitante.

— Sim.

— Mas... eu não entendo...

Foda-se. Como posso explicar isso sem perturbá-la


ainda mais?

— Se eu me divorciar dela, ela ganha. Ela vai ter a


metade de tudo e mais, eu vou ser condenado a pagar-lhe uma
pensão. — Não é sobre o dinheiro - bem, eu acho que é,
porque me separando meus milhões que eu iria colocar no
meu investimento para o projeto África, estaria em risco. Isso
significa que eu vou ter caído em seu jogo, com o anzol, linha e
vara. Stella um, Colt zero. Mas pior do que isso, o
financiamento para a escola, hospital e todos os projetos que
eu tinha planejado, seriam interrompidos quando meu
dinheiro fosse amarrado em uma batalha legal. Eu não vou
deixar minha bagunça pessoal ser a causa de tanta
destruição. Eu estou canalizando cada bocado de dinheiro que
tenho para esta caridade e não vou sacrificar um único dólar
para manter os Manolo Blahnik de Stella, enquanto crianças
passam fome. Porra nenhuma.

— Você... — Seus olhos se arregalaram e depois


bateram fechados. — Você não tem um acordo pré-nupcial e,
agora seu orgulho de macho é muito teimoso para assimilar o
baque em seu sucesso financeiro. — Ela pisca para mim e
algo se torce, profundo, dentro do meu intestino.

Ela está certa sobre o acordo pré-nupcial, eu era um


maldito idiota. Aos vinte e quatro anos de idade, quando me
casei e achei que eu estava apaixonado. Mas ela está errada
sobre o resto.

— Isso não tem nada a ver com o orgulho masculino.


Meu objetivo ao longo de tudo isso tem sido de esperar, que ela
peça o divórcio e enquanto isso, completar meu projeto na
África. Eu não posso ter meu dinheiro amarrado em alguma
batalha judicial, enquanto eu poderia estar fazendo algo
realmente útil, investindo ele.
A julgar o olhar de Sophie e sua postura rígida, forço-me
a ver que talvez isso tudo não vai acabar bem. Depois de
sobreviver a Stella, eu preciso de uma mulher que entenda
minha motivação e desejo, de ver algo de bom no mundo.
Pensei que Sophie seria essa mulher. Mas talvez eu estivesse
errado. Eu respiro, acalmando e lutando para limpar a minha
cabeça.

Sophie se move através da sala, sua postura está rígida


quando ela vai até a janela com a vista do pátio abaixo. Eu
atravesso a sala em poucos passos longos e fico atrás dela,
respirando o cheiro de seu cabelo.

— Soph... — Murmuro.

Seus ombros relaxam e ela respira como se estivesse


chorando.

Girando para mim, vejo que seu rosto está vermelho e


uma única lágrima cai ao longo de sua bochecha de porcelana.

— Não chore. — Eu limpo a umidade para longe, com o


meu polegar. — Você é tudo que eu quero. O resto, Stella e a
papelada, eu vou descobrir um jeito de lidar com isso. Eu só
preciso de tempo. E preciso de sua fé em mim. — Eu não sei
por que de repente é tão importante, mas é. Os olhos dela
derivam fechados e ela não protesta. É um começo.

Eu nunca me preocupei como isso antes, mas também,


nunca me senti tão fortemente possessivo sobre uma mulher
como faço com Sophie. Incapaz de resistir à tentação de tocá-
la, eu corro meus dedos ao longo de seus braços expostos,
levemente acariciando sua pele lisa.

Sophie engole e pisca para mim. Inclinando-me para


colocar a minha boca na dela, sussurro contra seus lábios.

— Você é minha, doçura.

Meu pau estava meio duro durante todo o almoço, mas


agora que estamos sozinhos, a besta está exigindo atenção.
Tenho viajado milhares de quilômetros para chegar até ela,
para conversar e agora, a última coisa que eu quero fazer é
falar. Estou desejando-a como uma droga.

Seus lábios se abrem e aproveito a oportunidade para


beijar suavemente o lábio inferior, cheio, e então o superior,
salpicando com cuidado sua boca doce com beijos carinhosos.

Suas mãos seguram como um punho na minha camisa


e por um momento eu acho que ela vai me empurrar para
longe, mas ela me puxa para mais perto e meus beijos vão de
puro a quente, em dois segundos. O conhecimento que eu não
a tinha perdido envia uma corrida de emoção através de mim.

Minha língua empurra sobre seus lábios entreabertos e


a acaricio. Maldição, eu perdi as coisas que essa boca pode
fazer. A ereção fúriosa em minhas calças se lembra muito bem
delas.

A necessidade de prová-la, consumir cada parte dela,


queima dentro de mim. E sabendo que há uma cama no
quarto ao lado, deixa minha mente girando, com as
possibilidades. Eu quero mais. Eu quero tudo, tudo o que ela
tem para oferecer, mas eu me forço a desacelerar e encontrar
seus olhos, verificando se há algum sinal de desagrado. Mais
seu olhar é pura luxúria desenfreada.

Minha mão desliza sob a bainha da saia que ela está


usando. Se ela soubesse dos meus pensamentos escuros, ela
não teria usado esta saia na minha presença. Mas ela parece
alegremente inconscientes que eu a quero foder com força e
rápido, até que ela fique dolorida e com as pernas arqueadas
quando o meu pau repetidamente a empalar.

O homem que ela chegou a conhecer, que exerce


contenção e controle em cada turno, esse homem estava longe
de ser encontrado. Incapaz de me conter ao tocá-la, deslizo
minha mão até a parte externa de sua coxa, a sinto tremer,
mas ela não se afasta. Não move um único músculo.

Curvando minha mão ao redor, espalmo uma bochecha


de sua bunda arredondada, que é macia e quente na minha
mão e amasso a carne suculenta. Ela me leva à porra da
loucura e desejo. Eu quero sua bunda. Quero cada parte dela.

Me sentindo ousado, eu deslizo um dedo sob o elástico


da calcinha e sinto sua respiração estremecer. Isso é certo,
baby. Deixe-me tocar você. Imploro a não sei quem.

— Você quer isso, não é? — Sussurro contra sua


clavícula.
Ela balança a cabeça.

— Não minta para mim, doçura.

Acaricio um dedo ao longo de suas dobras de seda. Ela


já está úmida de desejo. Eu arrasto o dedo para cima de sua
fenda, separando os lábios e encontro seu clitóris. Usando a
ponta do meu dedo indicador, circundo o pequeno feixe de
nervos e sinto-o inchar. Claro que o faz. Lembrando-me da
primeira vez que a tive, meu ingurgitado pau, cheio de sangue,
se torna uma rocha pura, quase doloroso demais.

As mãos de Sophie estavam em punhos, em seu lado e


ela parece estar lutando com alguma coisa. Sua testa está
firme e a sua respiração irregular, mas ela não está se
afastando, na verdade ela está inclinando-se para o meu
toque, inclinando seus quadris para que eu possa esfregar seu
clitóris no ângulo correto. Eu percebo que ela está tendo
alguma batalha interna consigo mesma. Seu corpo quer isso,
mas a cabeça está dizendo que não. E o meu palpite é que
suas mãos estão cerradas, apertadas, para impedir-la de
estende-las e me tocar. Certamente, ela pode sentir minha
ereção furiosa, pressionando seu quadril.

Tudo bem, você pode tocá-lo, baby.

Por favor, porra toque-o.

Eu quero sentir seu pequeno punho, enrolar em volta do


meu eixo, apertando. Eu sinto que vou morrer se ela não me
tocar, em breve. Eu estou a dois segundos de distância de
puxar meu pau para fora eu mesmo e acariciá-lo, até que eu
goze.

Assim que Sophie começa a choramingar baixinho e


posso dizer que ela está indo em direção a libertação, ela dá
um passo atrás, apenas o suficiente para que meus dedos
escorreguem de sua calcinha. Seus olhos estão com fome e
nadam com emoção silenciosa.

Merda.
Capítulo Três

Sophie
O olhar de Colton desliza sobre minha expressão,
quando ele está verificando para ter certeza de que estou bem,
antes de voltar para os meus olhos, novamente. Nada sobre
isso está certo, mas eu sou impotente em detê-lo. Estou com
medo do sentimento forte que tenho por ele e eu tenho medo
em deixá-lo ir, então eu faço a única coisa que eu posso - eu
me viro para o prazer visceral correndo por mim, implorando
por uma versão doce. Meu corpo está praticamente vibrando
com a necessidade, mas eu preciso de um momento para
processar o que está acontecendo, então eu dou um passo
atrás.

— Não corra disso. — Ele ronrona.

Chegando mais perto, Colt ancora suas mãos em minha


cintura, os dedos longos mordem meus quadris, enquanto ele
me levanta. Minhas pernas se fecham em torno de sua
cintura, meu núcleo busca atrito contra seu cume duro, na
frente de suas calças.
Eu suspiro, com a louca mistura de emoções e sensação
bruta que ultrapassam meu sistema. Eu sei que deveria detê-
lo, afastá-lo, mais eu apenas não quero isso. Sinto falta desse
lado dele, o dominante. De repente, eu quero estar de joelhos
diante dele, com o seu pau quente e duro na minha boca.
Memórias das nossas semanas que passamos juntos inundam
meus sentidos, tornando impossível fugir.

— Colt... — eu sussurro. Eu não tenho idéia do que


estou pedindo e seus olhos suaves pleiteam com os meus.

Ele suporta meu peso sem esforço, com as duas mãos


descansando sob a minha bunda. Eu quero seus dedos de
novo... Eu estava tão perto. E agora eu estou tensa e confusa.

— Eu estou preso a você. Eu não posso deixar você ir. —


Diz ele, colocando mais um beijo contra a minha boca. Ele
olha para mim por um momento. Eu sinto a qualidade
quebrada de sua voz, a maneira como as palmas quentes de
suas mãos escorregavam contra o osso do meu quadril
exposto. Mesmo que eu não deva, eu imploro por seu toque.
Eu o perdi. Eu perdi isso. Essa crescente conexão entre nós. É
preciso toda a força que tenho para não ceder a ele.

Antes de tudo fosse para o inferno, na tarde que a sua


esposa apareceu, eu me senti como se estivéssemos indo em
direção a algo real - se não fosse o amor, então algo próximo
disso. Eu não tinha experiência, mas dada as possibilidades,
eu sabia que poderia me apaixonar por Colton Drake. O que
significava que deixando-o entrar em meu quarto de hotel,
deixando-o beijar-me e olhar nos meus olhos e quebrar todas
as minhas paredes era uma jogada perigosa. Meu coração
estava na linha reta. Mas ele rastreou e me perseguiu até o
outro lado do mundo. Isso tem que significar alguma coisa,
certo?

— Doçura... — Ele murmura, no tom rouco que eu


reconheço, que significa que ele está excitado.

Minha voz desaparece e quaisquer palavras de protesto


morrem na minha garganta. Eu tenho que dizer não. Eu
preciso fazê-lo sair. Ele fez algo que não pode ser desfeito. Ele
me levou a acreditar que ele era livre e escondeu a verdade de
mim, por semanas. Agora eu me pergunto se ele teria alguma
vez me contado, se Stella não tivesse aparecido. Apesar das
minhas suspeitas, eu tinha ignorado os meus instintos
femininos e tinha me entregado a ele, completamente. Eu
estava pronta para dar-lhe minha virgindade.

Seus dedos afiados vão para debaixo da minha saia,


puxando-me dos meus pensamentos. Meu núcleo aquece com
o conhecimento de que seus dedos hábeis estavam apenas à
alguns centímetros de onde eu queria. Sim, sim, sim. Minha
calcinha estava encharcada e eu balanço contra ele, mas
minha voz rouca quebra o silêncio e contradiz tudo o que meu
corpo está gritando.

— Não... eu não posso... — Eu desembaraço minhas


pernas de sua cintura e caio no chão.
— Você quer isso, tão mal como eu quero. — diz ele,
sua voz é grave e segura.

Meus olhos levantam até os dele e, aparentemente, eles


dizem tudo o que ele precisa saber. Meu desejo por ele está
escrito por todo meu rosto. Meus pensamentos me traem. E
Colton tira proveito, inclinando-se para me beijar novamente.

— Diga-me que ainda há uma chance. — Ele sussurra


contra os meus lábios.

Eu engulo, mas sou incapaz de responder. Eu não


confio em mim para dizer a coisa certa. Eu debato comigo
mesma, me perguntando se eu poderia confiar nele
novamente, se eu poderia mesmo caber em seu estilo de vida...

Uma bolha de riso feminino e o som da porta aberta me


trazem de volta aos meus sentidos.

Becca e Pace entram na sala, carregando uma meia


dúzia de sacolas de compras com eles.

Minha sanidade retorna e eu forço um tom sério,


quando me viro para Colton.

— É hora de vocês irem.

Despedidas eram trocadas entre Pace e Becca, enquanto


eu evitava o encontro com os olhos escuros de Colton. Eu sei
que se eu fizer isso, vou perder minha determinação,
completamente. Eu ainda estou sofrendo com aquelas beijos,
meu corpo está superaquecido e bombeando meu sangue,
descontroladamente.

Ele me alfineta com um olhar aquecido, inclinando-se


perto o suficiente para que eu possa cheirar seu perfume. O
efeito é estonteante.

— Isso ainda não acabou. Se divirta com Becca e vamos


conversar quando chegar em casa.

Eu gostaria de poder dizer-lhe que ele está errado, que


isso acabou, mas eu me vejo incapaz de responder. Ele está
me dando o espaço que eu preciso, agora, mas eu não tenho
nenhuma idéia do que vem a seguir.

Uma vez que eles se foram, pego uma garrafa de água do


frigobar abastecido e tomo um longo gole, precisando esfriar-
me, antes de virar para Becca. Ela não diz nada sobre a
mudança do quarto de hotel, mas vejo seus olhos vagando
pelo espaço.

— Então o que aconteceu com o Pace? Eu não achei que


vocês estariam de volta tão rápido. Na verdade, eu me
perguntava se eu iria vê-la novamente durante a viagem
inteira. Eu achei que você ia ter um olhar para aquelas
covinhas e o roubaria para uma sala privada do hotel. — Eu
sorrio para ela, em uma tentativa de aliviar o clima tenso.

— Confie em mim, era tentador. Ele é lindo. E sua


pequena bunda para apertar? — Ela abana a si mesma,
dramaticamente. — Sério, esses dois são uma combinação
letal a minha libido.

— Há um terceiro também. Seu irmão mais velho,


Collins, é tão dominador quanto.

— Droga. Boa genética, eu acho.— Ela despeja os sacos


de compras para fora, no sofá, para eu inspecionar suas
compras. — Depois do almoço, eu realmente comecei a me
preocupar em deixar você sozinha com Colt. Eu percebi que
não era a idéia mais inteligente, por isso, cortamos nosso
curto passeio. Nós apenas caminhamos em torno daquela
praça bonitinha e eu entrei em um par de boutiques. — Ela
pega um minúsculo vestido de verão e vem até mim. — Eu
pensei que isso iria ficar bonito em você.

— É bonito. — Lavanda e toques de fio azul, executados


através do tecido macio. — Eu posso usá-lo com minhas
sandálias de tiras, prata.

— Exatamente o que eu estava pensando. — Ela


arranca uma mini-saia vermelha da pilha de roupas para si
mesma. — Vamos lá, se troque. Nós vamos sair.

Becca e eu passamos o resto do dia como fiéis turistas e


mais tarde, no final da noite sentamos em um pequeno bar
pitoresco, mastigando azeitonas, queijo e bebendo um vinho
delicioso. Eu ainda não posso acreditar que Colton e Pace
tinham realmente voado para a Itália em busca de mim. E
enquanto eu fico aqui, um pouco tonta, estou repetindo nosso
breve encontro íntimo, na minha cabeça.

— Eu sei como você pode se livrar dela... — diz Becca,


cuidadosamente agitando o vinho em seu copo.

— O quê?

— Sua virgindade. Quero dizer, se você ainda quiser,


perdê-la.

— Como? — Eu pergunto, com minha mente girando.

Ela aponta o queixo para um grupo de três rapazes


italianos, bonitos, sentados juntos em frente ao bar.

— Nós poderíamos ir pegar alguns gostosos.

Eu considero isto brevemente. Em Roma... Por que


diabos não?

Porque eu ainda pertencia a Colton, é por isso.

Mesmo que eu não queira, alguma parte estranha de


mim sabe que é verdade. Ele deve ser o único a tirar minha
virgindade. Quando eu penso em seus olhos escuros e
famintos, que me queimavam, sua boca cheia beijando meu
pescoço e a espessura do seu grande pau, eu sabia que tinha
que ser ele. Meu peito ondula com o calor e eu sou
transportada de volta para o momento antes, quando eu
estava lá - mesmo à beira - apenas mais alguns golpes de seus
dedos e eu teria gozado. Eu sempre pensei que eu precisava de
um brinquedo sexual para gozar, não, eu apenas precisava de
Colton.

— Você está pensando nele novamente. — Becca sorri


para mim.

— Eu não deveria estar.

— Mas você está.

O restante da viagem é quase perfeito. Tempo lindo de


verão, longas tardes vagando na bela e sedutora cidade de
Roma, com minha melhor amiga ao meu lado. Mas minhas
noites são atormentadas com as memórias de Colton, embora
eu suponha que seja inevitável, dada a situação.

Após o primeiro dia, quando ele e seu irmão Pace


apareceram aqui de forma inesperada, não ouvi mais nada
dele. Eu era grata que optei por não ter atualizado o meu
plano de telefone celular para incluir chamadas
internacionais. Eu sei que eu não seria forte o suficiente para
continuar a ignorá-lo, se fosse o caso. Como era, todas as
manhãs, depois do almoço, eu tinha que me forçar a andar
longe do computador do hotel para evitar a conexão com meu
e-mail. O pensamento de que poderia haver um e-mail de
Colton esperando por mim, passava e muito, em minha mente.
Por mais que eu tente me convencer de que as coisas
estavam acabadas entre nós, alguma parte, dentro de mim
sabia que não era verdade.
Capítulo Quatro
Colton
De volta à Califórnia, eu me jogo no meu trabalho. É a
única maneira de evitar que meus pensamentos vaguem para
Sophie. Eu sou brutal nas reuniões, grosseiro em minhas
comunicações e tenso a porra do tempo todo. Minhas emoções
estão por todo o maldito lugar e a minha necessidade de sexo
só quadruplicou desde que estive perto de Sophie novamente.
Minha saudade apenas se intensificava quando eu vagava pela
minha casa grande e vazia, sozinho à noite.

Eu tentei enviar mensagens de texto a ela, um par de


vezes, mas não consegui nenhuma resposta. Ela voltou de
Roma na semana passada e tem estado em contato com Kylie,
que é a única razão pela qual eu sei de alguma coisa.

Eu deveria me sentir aliviado. Sophie conhecia a


verdade agora. Tudo era um campo aberto. Não estava mais
escondendo meu casamento desfeito dela e ninguém nunca
precisaria saber meu segredo obscuro, sobre a compra de uma
escrava sexual. Essa coisa toda parecia ter acabado -
estávamos livres do nosso acordo. Só que eu não queria estar.
Eu deveria deixar de lado, mas eu não vou. Eu ainda
quero fodê-la. Merda, isso é ainda mais profundo quando
estou sendo honesto comigo mesmo. Eu gosto dela. Sua
verdadeira natureza, sua abnegação para se colocar em um
leilão. Ela não é como as outras garotas. Ela me fez
macarronada, pelo amor de Deus e recusou quando ofereci
dinheiro adicional. Ela não é como as mulheres do meu
passado. Ou ela é muito boa em fingir.

De qualquer forma, eu quero fazê-la minha. Digo a mim


mesmo que é só porque eu nunca cheguei a tê-la. Passei
semanas esperando, enquanto a tensão sexual e expectativa
entre nós era construída em proporções épicas, que me
deixaram com o caso mais crítico de bolas azuis. Era um
terrível nível de alerta vermelho. Meu saco estava prestes a
entrar em combustão. Merda, neste momento, eu me pergunto
se eu ainda me lembro como é foder. Não pode ser tão difícil,
certo? Eu agito afastando os pensamentos taciturnos que
rondam o meu cérebro.

Quero reclamar o seu corpo, ser o primeiro homem a


penetrar sua vagina. E por mais que eu tente negar, algo
dentro de mim quer mais do que isso também. Mas o ponto de
toda esta palhaçada foi porque eu prometi, a mim mesmo, que
não iria me envolver com uma mulher novamente. Tentei de
tudo para que não acontecesse. E agora, estou envolvido
profundamente com Sophie. Completamente envolvido com
uma mulher que poderia ter zero chance de ter. Mas eu não
vou recuar agora. De maneira alguma.
Eu tinha comprado e pagado por sua virgindade e isso
era algo que eu não estava disposto a deixar que simplesmente
deslizasse por entre meus dedos, devido a algum detalhe
técnico.

Quando volto meus pensamentos para seu quarto de


hotel, na Itália, o jeito que ela me deixou tocá-la... antes de se
desligar completamente de mim, meu estômago dá voltas, em
um nó.

Eu não estou acostumado a ser rejeitado, e não é um


sentimento que quero me acostumar. Eu não cheguei onde
estou hoje, por inatividade. Decidido a fazer justiça com as
minhas próprias mãos, eu ligo para Sophie, mais uma vez,
dando-lhe uma última chance, antes de eu aparecer na porta
de seu pai e arrastá-la de volta para mim.

Eu posso ter problemas de confiança e ainda preciso


lidar com Stella, mas nada disso vai me impedir de tomar o
que é meu. E Sophie é minha.

Esperando pelo seu correio de voz, como todas as outras


vezes que liguei, fico surpreso, quando ela responde no quarto
toque.

— Sophie? — A surpresa é evidente na minha voz.

— Oi. — Ela diz casualmente.


— Nós precisamos conversar. — Ela fica em silêncio por
um longo momento, apenas os sons suaves de sua respiração
me dize que ela ainda está na linha.

— Sobre o que? — Ela pergunta por fim.

— Tenho uma nova proposta para você.

Quando a limusine que mandei deixa Sophie em pé na


minha calçada, parecendo desorientada e cansada, fico grato
por seus pais viverem algumas horas ao norte de Los Angeles.
Isso significa que eu iria ser capaz de mantê-la aqui, pelo
menos durante a noite. Ela vai ter que me ouvir.

Saindo para a luz do sol, eu a cumprimento, ao lado do


carro. Cerrando os punhos inutilmente ao meu lado, quando a
percepção de que ela não é minha, para a segurar em meus
braços bate contra mim. Eu levanto sua bolsa, ando até a
passagem de tijolo e forço um sorriso em meus lábios.

— Obrigado por ter vindo.

Ela acena com a cabeça.

— Obrigada por enviar a limosine. Isso realmente não


era necessário. — Ela torce o anel em seu dedo polegar,
obviamente curiosa sobre o motivo do meu convite, quando as
coisas pareciam finalizadas entre nós.
— Vamos para dentro.

Deixei-a andar na frente, apreciando a forma como sua


bunda balançava, sedutoramente. Eu sigo como um cachorro
na coleira.

Uma vez lá dentro, Sophie dá passos hesitantes e


olhares incertos. Decidi que iria ser melhor ir direto ao ponto
sobre o porquê trazê-la aqui. A levo para o mesmo lugar que a
levei na primeira noite, quando à troxe para casa. Memórias
dela de joelhos diante de mim, tomando o meu pau grosso em
sua boca e me chupando com tal habilidade e entusiasmo, faz
com que meu pau endureça instantaneamente. Foda-se.

Eu respiro e limpo a garganta, esperando que seus olhos


não caminhem para a frente da minha calça.

— Sente-se.

Sophie obedece, se sentando com cuidado na borda do


sofá. Gostaria de saber se as memórias da primeira noite estão
queimando em seu cérebro, tanto quanto elas estão no meu.
Apesar dos meus esforços, sou incapaz de colocar para fora da
minha mente a imagem da sua boca cor-de-rosa, carnuda,
enrolada em torno da cabeça do meu pau. A forma como sua
língua brincou abaixo do comprimento do meu eixo e sua mão
enrolada em volta da minha base, acariciando, enquanto ela
me chupava profundamente em sua garganta.
Minha ereção necessitada leva toda a minha
concentração e leva um momento para eu perceber que Sophie
está falando.

— Colton? — Ela pisca para mim, me puxando do show


pornográfico que atualmente se passava na minha cabeça.

— Estou feliz que você veio. — Eu digo.

Ela mastiga o lábio inferior, quase tão nervosa quanto a


primeira vez que eu a trouxe para cá. Seu olhar varre ao redor
da sala e sua coluna está reta como uma seta. Ela não quer
baixar a guarda e eu suponho que é porque não confia em si
mesma comigo. Bom saber. Eu não confio em mim também.

— Posso pegar alguma coisa? Vinho? Uma garrafa de


água?

Ela balança a cabeça.

— O que você quer discutir? Você foi do tipo vago no


telefone.

Ela está certa. Eu estava vago - principalmente porque


não tinha idéia do que eu poderia dizer para convencê-la. Eu
sabia que precisava ver seus olhos, para ler sua expressão, a
fim de criar minha proposta. E a menina insegura e nervosa
que eu vejo sentada diante de mim, significava que eu
precisava proceder com cautela. Eu tinha considerado segurá-
la, convencendo-a como é bom estarmos juntos fisicamente e
convencê-la a ficar comigo do jeito que sei que ela quer. Mas
agora vejo que preciso empregar um método diferente, porque
vê-la saindo por aquela porta, de novo, não é uma opção.

— Eu sei que eu fodi as coisas por esconder o meu


casamento de você. Aos meus olhos, ele está terminado, e tem
sido assim há anos. A única coisa que falta é duas assinaturas
em um pedaço de papel. Mas, ainda assim, vejo agora, como
isso a machuca. Foi uma jogada de merda. — Ela balança a
cabeça, encontrando meus olhos. Eu lambo meus lábios e
continuo. — Mas eu não acho que meu passado significa que
tudo isso tem que chegar ao fim.

— O que você está propondo? — Ela pergunta, sua voz


é hesitante e um pouco sem fôlego.

Quero transar com você. Dominar seus dias e noites, e


ocupar todos os seus pensamentos, assim como você ocupa os
meus, era o que eu realmente quaria dizer, em vez disso
respondi:.

— Eu quero que você fique.

Suas sobrancelhas ficam juntas quando ela calmamente


me assistia. Ela não salta imediatamente, rejeitando a idéia -
isto é um começo.
Sophie

Eu assisto Colton, sentado na minha frente, seu corpo


alto, cuidadosamente dobrado na poltrona. Sua respiração
profunda permanece estável, enquanto meu coração bate
como um martelo, fazendo com que meu peito arfe.

A verdade é que eu não tenho idéia do que estou fazendo


aqui, por que eu tinha concordado em vir. Se eu fosse honesta,
diria que é porque este homem tem alguma força magnética
sobre mim. Estou total e completamente incapaz de resistir a
ele, apesar das minhas intenções de ficar longe. E por alguma
razão estranha, me sinto um pouco culpada, por ter saído do
nosso acordo, antes de cumprir minha obrigação. Ele nunca
teve o que pagou e esse pequeno detalhe é algo que não posso
esquecer facilmente.

Ele puxa uma respiração, fortalecendo seus pulmões e


se inclina ligeiramente para mim. Eu sei que se ele me puxar
para os seus braços e me beijar, eu seria incapaz de resistir, é
muita tentação. Me encontro o olhando entre seus lábios e
olhos, enquanto espero que ele fale.

Finalmente, ele faz.

— Eu lembro de você dizendo que gostaria de ter algo


próprio, de viver longe de casa e ser independente, pela
primeira vez. — Diz Colton.
Eu me lembro dessa conversa também. Foi uma das
primeiras vezes que nos sentamos para um jantar preparado
pelo chef, na tranquila sala de jantar. Eu falava muito
livremente, descobri muito de mim mesma. Mas algo em mim
gostava que ele se lembrasse de todos os detalhes. Não que eu
esteja surpresa, Colton exerce tal autoridade sobre todas as
facetas da sua vida, é claro que ele se lembraria.

— E eu acho que você sabe que eu gostei de ter você


aqui. — Ele admite.

Concordo com a cabeça em reconhecimento silencioso.


O que ele está dizendo? Não podemos continuar namorando,
se é isso mesmo o que estávamos fazendo. Ele é casado. E ele
mentiu para mim sobre isso. Posso mesmo confiar nele?

— E eu sei que Kylie adoraria que você voltasse a


trabalhar com ela.

— Colton? — Pergunto finalmente, minhas


sobrancelhas se juntam.

— Não há nenhuma razão, que não podemos continuar


sendo amigos.

— Amigos? — Minha voz sai muito alta, quando o


choque de sua sugestão chicoteia através de mim.

Seus olhos escuros vagam sobre meu rosto e ele dá um


leve aceno de cabeça, a boca insinuando um pequeno sorriso.
Eu não tenho nenhuma idéia de que jogo ele está
jogando, mas 'amigos'? Isso é possível para duas pessoas tão
atraídas uma pela outra?

Como se estivesse lendo meus pensamentos, Colton


continua.

— Não há nenhuma razão para que isso precise ter um


fim, Sophie. Eu desfruto da sua companhia e acho que você
sente o mesmo. Você pode continuar a viver aqui, podemos
resolver as coisas entre nós, lentamente, enquanto eu finalizo
meu passado e vejo onde isto vai dar.

— E o nosso acordo? — Eu pergunto.

Seu sorriso travesso ilumina todo o seu rosto.

— Amigos, com nenhum sexo. Nosso acordo está


acabado.

Minha barriga torce quando eu percebo que eu não sou


mais uma escrava sexual contratada e uma sensação
desagradável de decepção me assusta.

— Estarei devolvendo o dinheiro, então.

— O dinheiro é seu. Eu nunca quis pagar por sexo,


Sophie. Eu só não queria que um idiota levasse você para
casa, naquele leilão. Você era muito legal, muito pura e bonita
para pertencer a ele. — Sua admissão tira o meu fôlego.
Sinto-me impotente e fora de controle e quero chorar.
— Eu gastei uma boa parte do dinheiro no tratamento
de Becca, e não tenho nenhuma maneira de recompensá-lo,
mas o resto eu posso devolver à você. — Eu gaguejo.

— Primeiro, eu nunca aceitaria reembolso. Se eu


soubesse de Becca, antes de tudo isso começar, eu teria prazer
em pagar por um programa de tratamento experimental. E eu
nunca esperaria que você devolvesse o dinheiro.

— Eu não me sinto bem mantendo o restante do


dinheiro.

— É seu, para fazer o que quiser.

Essa conversa é como um jogo de ping-pong e meu


cérebro parecia confuso.

— Então, como é que isso funciona? — Eu pergunto,


chocada ao ver que eu realmente estou considerando.

— Você concordou em me dar seis meses. — Ele me


lembra.

— Eu também concordei em dar-lhe a minha virgindade.


— Eu acrescento.

— Mas eu não peguei isso.

— Não, você não pegou. — Eu concordo. Um fato do


qual estou dolorosamente ciente.

— Você ainda está intacta? — Pergunta ele, seu tom de


voz é rouco e profundo.
Uma calorosa energia passa por mim, passando por
minha pele e imergindo em minha calcinha.

— É c-claro. — Minha voz é rouca e os olhos escuros de


Colton vagueiam nos meus, tornando impossível falar
claramente.

Eu vejo o pulsar das veias na base de sua garganta.

— Boa menina. — Ele adverte.

Eu esperei 21 anos, será que ele realmente acha que eu


apenas a entregaria à algum cara aleatório, nas duas semanas
que tínhamos estado separados? Por que eu sinto que tudo
isso é algum truque cuidadosamente concebido para me
manter aqui e em sua cama?

— Onde eu vou dormir? — Eu pergunto.

Sua boca se transforma, apenas uma fração.

— Onde quer que você queira.

— Um quarto de hóspedes, suponho. — Eu digo, mais


para mim do que para ele, quando eu penso em sua estranha
proposta.

— Se você preferir.

Ele está sendo tão amável, tão confortável. A mudança é


refrescante após o inferno emocional que ele me fez passar. Eu
ainda não tenho certeza sobre o que exatamente ele está
propondo e se ele realmente espera que eu permaneça
morando aqui pelos próximos seis meses, mas por alguma
estranha razão, eu não odeio a idéia. Nós observamos um ao
outro em silêncio, por vários momentos, cada um de nós
digerindo o que significaria para nós, sermos apenas amigos.
Meu coração dói só de pensar nisso. Isso significaria que eu
não poderia tocá-lo, não iria sentir o calor de seu corpo
pressionando flexivelmente contra o meu. Eu libero um
pequeno suspiro.

— Se você está determinado a me manter com o


dinheiro, eu assumo que sou livre para gastá-lo como eu
quiser?

— Claro que está. — Diz ele.

— Então eu gostaria de doá-lo para o seu trabalho de


caridade na África.

Um sorriso lento desenrola em seus lábios.

— Ok, então.

Eu apenas tinha ido a Los Angeles para recolher meus


pertences da mansão e obter um encerramento com Colton,
depois de ouvir o que quer que fosse que ele queria me dizer.
Em vez disso, me encontro movendo minhas roupas do seu
armário para um quarto no final do corredor, que tem cheiro
de algodão e aromatizante.

A roupa de cama era azul e o mobiliário moderno, com


linhas limpas em esmalte branco. Um grande espelho estava
pendurado na parede e arandelas decorativas ladeiavam cada
lado da cabeceira creme estofada.

Eu abro as cortinas brancas, que protegem as janelas


grandes e olho para a piscina, abaixo. Um arrepio frio passa
por mim e envolvo meus braços em volta do meu meio. Eu não
tenho vontade de estar em qualquer lugar perto da piscina,
então eu puxo as cortinas fechadas, impedindo a vista. Basta
ver o brilho de água azul cristalina na luz do sol para eu sentir
uma nova onda de dor e humilhação, com a lembrança do
olhar frio de Stella e o tom gelado como ela me informou, em
termos inequívocos, que ela era sua esposa. A palavra esposa e
Colton, não combinavam na mesma frase. Especialmente
vindo da boca daquela mulher. Eu nunca poderia vê-lo com
alguém como ela. Eles simplesmente não se encaixavam. Isso
me faz pensar se eu mesma o conheço, em tudo. Uma razão
ainda melhor para permanecer amigos, enquanto eu descubro
isso. Eu quero mais de Colton. Eu quero de volta esse
sentimento bruto de energia sexual que flui tão facilmente
entre nós sempre que ele está perto -mas vou me contentar
com amigos - por enquanto, já que vamos dirigir nesta estrada
esburacada que encontramos diante de nós.

Depois que eu termino de mover os meus poucos


pertences para o meu novo quarto, me sento sozinha, o que
me deixa entediada. Mas ao invés de ir encontrar Colton, nesta
casa monstruosa, eu deito na cama e ligo para Becca do meu
celular.

— Hey, hey. — Ela responde, animada como sempre,


como se ela não tivesse lutando contra um câncer agressivo
em estágio quatro durante os últimos anos.

— Oi. — Sua força e determinação para viver me tira o


fôlego e de repente, reclamar com ela sobre o meu dilema com
Colton, parece infantil e imaturo.

— O que está errado? — Ela pergunta.

— Nada, — uma mentira desliza facilmente da minha


boca. — Eu só terei que ficar aqui mais tempo do que eu
esperava.

— Oh? Será que o Sr. Sexy, rico e bonito já ganhou você


de volta?

— Mais ou menos, — eu admito. Colton tinha sido mais


aberto e sincero do que eu esperava, e ele puxou algo dentro
de mim. — Ele propôs que eu continue a viver aqui e trabalhar
com Kylie.

— E eu acredito que você aceitou? — Ela pergunta.

— Eu vou tentar. — Eu confirmo.

— Eu não te culpo. Não iria viver com a mãe e o pai se


não precisasse.
Não discutimos o fato de que ela não é capaz de viver
por conta própria, por razões de saúde. Dói mesmo pensar
nisso.

— E o que acontece com vocês? — ela pergunta. — São


um casal de novo ou o quê?

— Não. — Desta vez minha voz é firme. — Ele disse que


seremos apenas amigos e eu concordei. Vamos levar as coisas
devagar, enquanto ele trabalha com seu passado.

— Eu acho que é uma boa idéia. Eu sei que você estava


feliz com ele, antes. Mas o que te fez reconsiderar? Ele é
grande como um bebê elefante, não é?

— Becca! — Eu a repriendo. — Sempre pensando em


sexo.

— Eu não posso evitar. É melhor deixar minha mente


derivar pra lá do que para algo mais mórbido. Pau é o meu
lugar feliz.

Eu posso ouvir seu sorriso através do telefone e eu


gosto.

— Pau é uma coisa boa.

— Então... o que você vai fazer a respeito do pau de


Colton?

— Ir devagar, como ele propôs. Tenho certeza de que


isso significa que não há nenhum pau no meu futuro.
— Aff. Você é chata. Eu estou indo para McGilroy e
obter um sundae de chocolate.

— Esta com apetite? — Eu pergunto.

— Sim. Eu vou ficar gorda antes disso tudo acabar.

Sim certo. A idéia de qualquer coisa que Becca fosse,


exeto magra seria um milagre. Ela tem dificuldade em manter
o alimento em seu estômago e, assim tem problemas com seu
peso.

— Divirta-se. Te amo.

— Eu também te amo, mas você é a única que precisa se


divertir. Descobrir uma maneira de acelerar o divórcio desse
homem, para que você possa saltar sobre ele.

— Ah, eu vou. — Eu sorrio e encerro a chamada.

Embalo o telefone em minhas mãos por alguns minutos,


depois de terminar a chamada. Deus, eu amo minha irmã.
Depois de organizar meu quarto o melhor que eu posso, eu
decido ir em busca de Colton.

Encontro-o sentado em um banquinho, na ilha de


cozinha, seu tablet na frente dele com uma caixa de entrada
cheia de e-mails que ele está clicando em cada um.

— Estou interrompendo? — Pergunto, pegando uma


garrafa de água da geladeira.

— Claro que não. Você está bem?


Eu aceno.

— Eu só liguei para Becca, para dizer a ela que vou


ficar.

Ele fica quieto, mas seu comportamento calmo me diz


que isso o faz feliz.

Ao invés de sentar no banquinho ao lado dele, dou a


volta a ilha da cozinha e fico de frente para ele, inclinando-me
nos cotovelos contra a bancada de granito.

Ele ri de mim.

— O que está em sua mente, doçura?

Eu não sabia que era tão óbvia. Endireitei meus ombros


e relaxei a linha, enrugando minha testa.

— Você e Stella... — Eu não deveria perguntar, estou


apenas me torturando, mas não posso evitar. Eu preciso
saber, porque eu simplesmente não consigo imaginá-lo com
ela. — Eu quero saber a natureza de seu relacionamento. Foi
um casamento normal, com todas as vantagens e benefícios de
um casamento?

Ele apertou um botão, que escureceu a tela em seu


tablet e, respirou.

— O que você está perguntando?

— Você viveu aqui com ela. Estou assumindo esta casa


está cheia de memórias para você e é apenas estranho para
mim, pensar em você com outra mulher vivendo aqui,
dormindo juntos na cama que eu compartilhei com você...

— O que você quer saber? — Colton perguntou.

— Eu acho que o que eu quero saber é... você era feliz?


Stella, na minha muito breve interação com ela, parecia muito
diferente de mim. — Ela tinha todo o exterior endurecido,
bordas afiadas e bem cuidada até seu último centímetro.

— Você é diferente. Foda-se, você é diferente, Sophie.

Gosto de saber, que talvez, o que ele e eu


compartilhamos, foi diferente do que ele teve com ela.

— Como assim?

— Você é suave, doce e gentil. Você me faz rir.

— Eu odeio que você tenha memórias com ela, de coisas


que você e eu nunca compartilhamos.

Tenho certeza que ele sabe que estou falando sobre sexo
e minhas bochechas coram, ligeiramente. Ele disse que nós
somos apenas amigos, então por que estou empurrando-o
para me contar sobre sua história sexual, eu não tenho idéia.
Eu soo como uma namorada ciumenta, mas sou incapaz de
parar.

Colton se inclina em direção a mim, seus olhos escuros


me prendem no lugar.
— Você quer saber por que eu apenas quiz sexo oral
com você?

Concordo com a cabeça, incapaz de resistir a pepita de


informação que ele está balançando na minha frente.

— Porque, isso é algo que Stella não faria.

— O que você está dizendo?

— Eu nunca fodi a boca dela. Eu nunca me perdi


completamente com ela a cada vez, como faço com você... Era
apenas nós. Não havia lembranças amargas para manchar o
que era uma coisa nossa...

Suas palavras enviam uma onda de emoções


conflitantes através de mim. Meu batimento cardíaco aumenta
em meu peito, enquanto me lembro de nossos encontros
eróticos, com grande clareza.

— Ela não... Por quê?

Ele dá os ombros.

— Ela dizia que não gostava do sabor do sémen, o que


foi exatamente o que eu a peguei fazendo com o jardineiro... na
biblioteca, afundando-o até a garganta. Ela parecia gostar
muito do que estava fazendo. Só que ela não gostava...
Comigo.

Meu coração dói por ele. De tão chateada que estou,


começo a entender a profunda dor e desconfiança que ele
carrega ao redor de si mesmo. Lembro-me de como ele nunca
parecia querer entrar naquela sala e meu coração amolece um
pouco. E gosto de saber o quão trivial ele é, engolir sua
liberação foi algo que apenas eu fiz. Acho que agora entendo
sua aversão à biblioteca, também.

— Estar com ela era uma mera conveniência. Você é


uma escolha. Eu quero desesperadamente fazer isso dar
certo... Se você me deixar.

Suas palavras me chacoalham. Eu não deveria confiar


nele - e não depois que ele mentiu sobre seu passado - me fez
acreditar que era solteiro. No entanto, não há como negar,
parte de mim ainda quer ele.

— Mas você disse que seremos amigos. — Minha voz é


sussurada. Levaria pouco ou nenhum esforço de sua parte
para me convencer de que seria melhor sermos mais do que
amigos. O zumbido de calor entre nós é palatável e intenso.

— Por enquanto, sim. Eu quero que você confie em mim


novamente. Eu não vou empurrá-la a isso, ainda.

Ainda. Essa palavra soa alto na minha cabeça. Eu


engulo com dificuldade, tentando decifrar o significado mais
profundo por trás de suas palavras. Ele quer que eu volte, eu
tenho certeza disso. Então, por que diabos ele não apenas se
divorcia de Stella e segue em frente com a sua vida? Dois anos
de espera, parece extremo. Mesmo para alguém tão teimoso e
arrogante como Colton.
— Me desculpe...— Peço desculpas, mas não estou
inteiramente certa do quê. Eu odeio o pensamento de Colt
encontrar aquela bruxa de joelhos, dando a outro homem o
que negava à ele.

— Não peça. — Diz ele, friamente. Mas seus olhos


contam uma história diferente. Eles estão escuros e distante,
como se ele estivesse lutando para fugir das lembranças
amargas que o segue, em torno dos quartos de sua casa.

Deixo Colton com seu trabalho e encontro-me vagando


pelas salas de sua casa, terminando na biblioteca. Eu odeio
Stella. Não posso dizer que, realmente, já odiei alguém antes,
eu odeio o câncer de Becca, odeio que Colton seja casado, mas
eu absolutamente odeio Stella. Ela fez um homem que é tão
doce endurecer para a vida, para si mesmo e futuros
relacionamentos. Fico na biblioteca, em silêncio, olhando para
o espaço, por muito tempo.

Quando encontro Colton em seu escritório, mais tarde,


eu convenço-o a deixar seu trabalho para depois e dormir um
pouco. Os círculos escuros sob seus olhos, disperta algo
dentro de mim, mas resisto ao desejo de envolver meus braços
em volta de seu pescoço. Ele não é meu para acalmar.

Nos separamos no topo das escadas e digo boa noite. Na


caminhada até o quarto de hóspedes, me sinto apenas muito
estranha. Quando rastejo entre os lençóis frescos, meus
pensamentos são sobre o homem no corredor.
O dia seguinte é interessante. Uma estranha sensação
de mal-estar cresce à medida que o dia passa. Fazemos nossas
refeições juntos, saio para uma corrida, volto e Colton trabalha
na ilha da cozinha, mais tarde, enquanto eu folheio uma
revista, não posso me conter, mas sinto que algo está errado.
Estamos lutando para encontrar nosso ritmo como amigos.
Mantenho olhares roubados para ele, notando a forma como a
sua camiseta branca se adere ao seu peito esculpido e sinto
seus olhos em minhas costas quando saio de perto dele. Odeio
não poder tocá-lo.

Será que é mesmo possível ser amiga de um homem que


eu quero tão desesperadamente?

Quando a noite cai, eu tomo banho, escovo os dentes e


faço meu ritual noturno, então estou pronta para a cama. Meu
corpo esta tenso, muito tenso. Estou começando a pensar que
este novo arranjo, com o qual eu concordei nunca vai
funcionar.

Depois de virar e revirar na cama durante uma hora,


decido ir atrás de Colton. Eu sei que minhas ações - de entrar
em seu quarto no meio da noite - vai definir como iremos
gastar nossos próximos meses, mas não me importo. Eu
preciso vê-lo, falar com ele, para entender no que estou me
metendo.
Eu ando pelo corredor na ponta dos pés, como uma
intrusa furtiva e bato suavemente na porta.

Nenhuma resposta.

Talvez ele já esteja dormindo.

Eu entro e meus olhos o procuram no quarto escuro.


Seus cobertores estão em um amontoado confuso na cama,
mas não vejo nenhum movimento.

— Colton? Eu sussurro.

Nada.

Chego mais perto e me ajoelho na beira do colchão.


Agora que os meus olhos se adaptaram à escuridão total,
posso ver que ele não está aqui. O quarto está silencioso e
vazio.

Uma pontada de decepção, seguido por erupções de


curiosidade se instala dentro de mim.

Atrevo-me a ir em busca dele.


Capítulo Cinco

Sophie

O anoitecer deixou a casa perto da total escuridão, por


isso há pequenas luzes, em lugares estratégicos, por toda a
casa. É suficiente para iluminar o caminho para que eu possa
caminhar pelas escadas e chegar ao escritório de Colton. Eu
passo pela sala, no meu caminho e confirmo que ele não está
lá. Talvez ele também não tenha conseguido dormir e resolveu
trabalhar. Seus cobertores estavam espalhados na cama, como
se ele tivesse lutado com eles. Meu palpite é que ele tentou
dormir, assim como eu, e perdeu a batalha.

A porta de seu escritório está aberta e uma lâmpada


proporciona uma faixa de luz suave. Ouço sons, grunhidos e
meu estômago revira.

Eu ando até a porta e fico totalmente chocada com o que


encontro.

Colton está sentado em sua cadeira de couro, sua calça


está aberta e seu pau grosso está para fora, grande e
orgulhoso. Sua mão está se movendo para cima e para baixo
em curtos movimentos irregulares e ele está gemendo,
baixinho.

Minha buceta aperta com a visão dele. Eu libero um


pequeno gemido e seus olhos se viram para cima, em direção
ao meu.

— Cristo, Sophie. — Ele enfia seu pau de volta dentro


das calças, o que não é uma tarefa fácil. Ele não está feliz e
seu pênis inchado, também não parece feliz ao ser confinado e
um espaço tão pequeno. Estremeço só de vê-lo.

— Não costuma bater? — Ele late em minha direção.

— A porta estava aberta. — Murmuro, sentindo-me uma


idiota.

Ele olha para trás e vê a porta aberta.

— Acho que esqueci de fechar. Mas o que você está


fazendo fora da cama?

— Eu acho que a melhor pergunta é: porque você está


fora da cama? — Sinto-me atrevida e quero vê-lo se contorcer
um pouco, por ter sido pego. Só que ele é a calma em pessoa e
continua me olhando.

Ele balança a cabeça para mim, obviamente, não


mordendo a isca.

— Não faça perguntas para as quais você não está


preparada para ouvir as respostas.
Eu não sei o que ele quer dizer, mas atravesso a sala e
fico diante dele, com minhas pernas ainda frágeis, pelo que eu
acabei de testemunhar.

— Você estava dando prazer a si mesmo.

Ele está calmo e quieto.

Eu não quis dizer isso como uma acusação, mas


felizmente Colton não parece se ofender.

— Eu estou apenas um pouco curiosa...

— Eu tenho necessidades, Sophie, como você sabe.

Concordo com a cabeça.

— Nós dois temos. — Dou um passo para mais perto.

— Tenha cuidado, doçura. Você está brincando com


fogo, me tentando, me fazendo querer algo que não posso ter.

— Quem disse que você não pode? — Eu não sei o que


há comigo, mas estou me sentindo ousada, inquieta e
solitária. É uma má combinação, que me faz querer agir.

Ele levanta uma sobrancelha escura, me observando de


perto.

— Será que você mudou de ideia sobre tudo isso? E se


eu falar que vou transar com você aqui e agora, tão profundo,
que você ainda vai sentir meu pênis dentro de você amanhã?
Eu não falo mais nada, principalmente porque eu não
sei o que dizer, mas meu corpo está zumbindo com a
antecipação. Meus mamilos endurecem contra a parte
superior do meu pequeno top e minha calcinha se agarra às
minhas dobras sensíveis.

Colton libera um gemido frustrado e empurra a


palma da mão contra sua ereção - que definitivamente ainda
está lá.

— O que diabos você quer, Sophie? — Seu tom é um


cruzamento entre brincalhão e raiva.

— Me desculpe, eu o interrompi. — Eu digo.

—Foda-se. — Ele diz, inclinando a cabeça para trás,


contra a cadeira de couro e fechando os olhos.

Quando ele abre os olhos novamente, sua raiva se foi.


Tudo o que vejo é a luxúria.

— Por que você nunca me toca? — Eu pergunto.

— À medida que as semanas se passaram, você passou


a significar mais para mim. Eu não queria tomar algo de você,
que não era meu.

É seu, eu quero dizer a ele.

— Mas naquele dia em que Stella apareceu você ia me


tocar. — Eu tinha visto o olhar de determinação em seus olhos
e eu sabia que ele ia finalmente dar-se a mim.
— Porque eu soube naquele momento que você me
pertencia. Mesmo sem o leilão, sem o acordo. Você era minha.

Eu vejo a verdade em seus olhos. E eu ainda sou dele.

A forma como seu olhar escuro varre o meu, me diz que


ele me quer, mas está escolhendo não me empurrar. Eu quero
saber o porquê.

— Por que você sugeriu que sejamos apenas amigos? —


Eu pergunto.

Ele respira fundo e solta lentamente. Então faz um gesto


para eu me sentar, em uma das cadeiras em frente à sua
mesa.

Eu sigo sua orientação e me sento, colocando minhas


pernas, nuas, debaixo de mim. O pijama curto que estou
usando não é páreo contra o ar condicionado frio. Ou isso, ou
meu corpo ainda está tremendo pelo que testemunhei quando
entrei.

— Eu estava desenvolvendo sentimentos reais por você,


o que me assustou para caralho, dado o meu passado.

— Eu não entendo. Nós dois estávamos nos


entendendo... — É a primeira vez em que admito meus
verdadeiros sentimentos, mas algo me diz que isso não é
surpresa para ele.

Colton não diz nada, apenas me olha, pacientemente,


como se tivéssemos a noite toda para sentar aqui e falar em
enigmas. Talvez seu pequeno discurso tenha siso apenas isso -
um pedido oco feito somente para me fazer ficar.

— Se você quer uma chance real comigo, eu preciso


resolver algumas coisas com você. — Ele diz.

— Tal como?

— Você sabe que eu fui traído antes, desde mulheres até


dinheiro e confiança.

— Sim. — Eu reconheço.

— Normalmente, as mulheres só me querem pelo meu


dinheiro. — Ele acrescenta.

— O que isso tem a ver comigo? — Eu sou a coisa mais


distante que existe de uma caça dotes.

— Bem, você tem que admitir que o início de nosso


relacionamento não incutiu, exatamente, confiança. Você só
concordou em vir comigo naquela noite, porque eu estava
pagando.

— Sim, mas você sabe que não foi por causa do seu
dinheiro. Aquele dinheiro era para Becca. Eu disse que vou lhe
dar o resto de volta, agora.

— Isso não é o que eu quero. — Seu tom é inflexível e


sinto que nós estamos andando em círculos.

— O que você quer, então?


— Algo muito mais valioso... — Seus olhos traçam um
caminho ao longo da minha clavícula exposta, fazendo meus
mamilos endurecerem.

Eu fico quieta, esperando ansiosamente e me


perguntando o que ele tem em mente.

— Eu quero saber se eu posso confiar em você. Preciso


de sua fé e crença em mim, que eu vou lidar com meu
passado.

— Pode confiar em mim... — Eu começo.

— Falar é fácil, eu já fui traído antes. O que aconteceu


com Stella torna difícil eu acreditar em mulheres, Sophie.
Falta de juízo e um casamento desfeito porque fui um idiota
pode ser compreensível, mas dois? Isso não é algo que estou
disposto a arriscar. Amigos é mais seguro, agora.

—Você não confia em mim?

Ele não responde.

— Você foi a pessoa que escondeu a verdade. — Eu digo.

— Pode ser, mas você queria saber como eu me sentia e


estou dizendo a você. —Ele diz.

— Eu não sei o que você está tentando me dizer, — eu


admito. — Você tem que saber que não sou como ela, Colton.
Eu odeio que aquela mulher perversa tenha arruinado-o, para
o resto de nós.
O olhar que ele me dá é incrédulo.

— Você só está em minha vida por razões monetárias.


Paguei para você estar aqui e você correu para longe de mim,
logo que as coisas ficaram difíceis. O que eu devo pensar? —
Diz ele, prendendo-me com um olhar aquecido.

Deus, ele está certo. Quando eu olho para as minhas


ações através dessa lente, posso ver o que ele quer dizer. Eu
estava aqui apenas por causa do dinheiro. Assim que fui
confrontada com seu passado, eu corri para longe e ainda me
recusei a ouvir uma única palavra dele.

— Eu preciso ser capaz de confiar na mulher com quem


estou. — Acrescenta.

Ele me destrói, ao me fazer ver nosso arranjo através de


seus olhos, saber que ele me vê como outra mulher que só
está interessada em sua fortuna. Eu cruzo meus braços sobre
o peito. Por que eu jamais pensei que seríamos somente
amigos, eu não tenho ideia.

— Isso não vai funcionar para mim. Eu quero você. Você


me quer. Ainda que você não confie nas mulheres. E eu não
posso simplesmente ignorar seu casamento. Estamos em um
impasse.

— Assim parece. — Colton respondeu, batendo os dedos


sobre a mesa.
Parada ali, na solidão silenciosa de seu escritório, eu
me pergunto o que no mundo eu vou fazer agora. Considero
arrumar minhas malas e ir embora da casa, mas lá no fundo,
eu sei que não é a melhor solução. Eu estaria fazendo
exatamente o que Colton espera. Fugir. Eu preciso ficar e
mostrar-lhe que há uma maneira diferente. Mesmo que isso
me assuste, muito.

Uma ideia toma conta de mim e sou incapaz de mandá-


la para longe. Minha boca começa a trabalhar antes que meu
cérebro possa acompanhar o que estou propondo.

— Tenho padrões morais. Eu não durmo com homens


casados.

Ele me olha com curiosidade.

Chego para mais perto dele e respiro calmante.

— Eu quero te provar que você pode confiar em mim.


Que você pode colocar sua fé em uma mulher, novamente.

— Como?

— Ao colocar-me de lado e me submeter a você, como


eu deveria ter feito desde o primeiro dia em que você me
comprou.

Olhos famintos piscam nos meus.

— Eu não entendi.
— Estou com medo, Colt. De tudo isso. Dos meus
sentimentos por você, de ser ferida, de dar-lhe minha
virgindade. Estou com medo que você não vá cortar os laços
com Stella. Mas eu tenho fé em você. Essa é minha forma de
mostrar a você que eu confio em você para fazer a coisa certa e
a melhor maneira que eu posso provar a você que não vou a
lugar nenhum é me dar a você.

— Sophie... — Ele geme, passando a mão pelos cabelos.

— Você pode me ter, ou fazer qualquer coisa que


queira.

— Você não pode dizer isso.

Concordo com a cabeça, lentamente, reforçando minha


oferta.

— Qualquer coisa que você quiser.

— Eu quero sua virgindade, doçura. Quero


reivindicação total sobre você. É a única maneira de me
mostrar que você está, realmente, aqui para mim e por mim.

— Mas você disse que seríamos só amigos. — Eu


provoco, de leve, trazendo a deliciosa disputa verbal que é
muito parecido com as preliminares.

— Foda-se ser amigos. Eu quero estar dentro de você.

— Eu quero isso também, — eu digo. — Mais do que


qualquer coisa.
— Você tem certeza disso?

Concordo com a cabeça, encontrando seu olhar escuro.

— Houve um homem que conheci em um bar na Itália,


ele era atraente e educado e...

— Você queria transar com ele, Sophie? Você queria


que ele tivesse colocado seu pau dentro de você?

Seu lado possessivo me faz sentir quente e nervosa.

— Basta ouvir, — eu aconselho. — Eu poderia ter


dormido com ele, na verdade Becca me incentivou. Ela ainda
disse que ser virgem era a minha escolha e, eu poderia ir até o
fim.

— Mas você não fez?

Eu balancei minha cabeça.

— Eu sabia que deveria ser você. Eu quero que seja


você.

Ele se levanta e me puxa contra ele. Meu peito está


nivelado com o dele e seus braços se enrolam em torno de
minha cintura, me esmagando contra ele. Ele rouba minha
respiração e eu fico ali, imóvel, deixando-o me agarrar. O
movimento é surpreendentemente macio, e posso dizer que
minha oferta, atingiu algo dentro dele.

Eu não consigo pensar em uma única coisa a dizer,


mas sei, com clareza retumbante, isso não é algo que pode ser
falado. Ele precisa ver minhas ações para entender onde
minha lealdade estava. Assim, quando estou contemplando
meu próximo passo, ele coloca a cabeça no meu ombro,
descansando sua bochecha contra a parte superior do meu
peito. Eu posso sentir sua respiração pesada sobre meus
mamilos. Minha pele se aquece com a proximidade dele, mas
isso não é sexual. É um gesto doce, dele reconhecendo minha
aceitação, tanto à ele quanto à toda a sua bagagem.

Eu começo a envolver meus braços em torno dele, mas


ele me pára, tomando minhas mãos e mantendo-as ao meu
lado, ligando seus dedos com os meus. Ele levanta a cabeça do
meu ombro, me olhando diretamente nos olhos. Nossas
palmas são pressionadas juntas e nenhum de nós diz uma
palavra. É uma sensação íntima e familiar.

Eu odeio como ele está danificado, eu estou apenas


compreendendo a profundidade desses danos, agora, neste
momento. Ele é normalmente tão tranquilo, tão exigente, que
este lado terno é completamente inesperado.

Nossos olhos permanecem presos, juntos e, é como se


nós dois estivéssemos compartilhando o mesmo pensamento.
Estamos dando um passo gigante para a frente como um
casal, cada um expondo a si mesmo. Ele, aprendendo a confiar
de novo e eu, a me jogar sem precaução ao vento, com um
homem casado. Mesmo sem contrato, ele é dono de mim, e eu
tinha sido tola por pensar que poderia simplesmente ir
embora. Eu sou dele.
Inclinando a cabeça para a minha, ele pressiona um
beijo suave nos meus lábios. Meus olhos vão de fechando
preguiçosamente, então eu separo os lábios, aceitando-o. Sua
língua acaricia a minha, me convidando para jogar.

Após vários minutos de seus profundos beijos famintos,


eu me afasto, sem fôlego.

— Você disse que já faz dois anos. Isso é muito tempo


para esperar.

Ele engole, seu pomo-de-adão aparece. Suas mãos


desvinculam das minhas e viajam até meus braços.

— Que jogo você está jogando? — Pergunta ele, com um


tom confuso em sua voz.

— Nenhum jogo. Apenas nós. Você precisa ser capaz de


confiar na mulher com quem você está.

— É claro. — Ele concorda.

— Eu sou sua, senhor. Qualquer coisa que você quiser.


Qualquer coisa que você imaginar. — Eu olho para ele,
mostrando o que significa cada palavra. Sinto-me impertinente
e sexy e, eu gosto. Estou me abrindo e não tenho ideia do que
ele está pensando.

— Se eu quiser lhe dobrar sobre essa mesa e fodê-la, até


que você esteja esgotada?
A fome afiada de sua voz é inconfundível. Quero cumprir
todos os seus desejos e aliviar essa tensão entre nós, mais do
que eu quero minha próxima respiração.

— Qualquer coisa que você quiser. — Murmuro.

— E se eu quiser ter o seu cuzinho apertado?

Meu estômago vira, mas meus olhos permanecem nos


dele. Eu não sei se ele está tentando me assustar, ou se isso é
algo que ele realmente deseja. Endireitando os ombros, eu
respondo.

— Então ele é seu. Eu acredito em você. E eu acredito


em nós.

— Você tem certeza sobre isso? Porque uma vez que eu


estiver enterrado dentro de você, eu não vou ser capaz de
parar.

— Tenho certeza. — Pelo menos eu acho que tenho. —


Quando é que vamos começar? — Eu pergunto.

— Agora.

Seu tom áspero me assusta. E o calor da sala parece


subir vários graus.

— Você quer a minha boca? — Pergunto, me baixando


de joelhos sobre o tapete de pelúcia.
— Não. — Ele olha para mim, e acaricia minha
bochecha com o polegar. — Por mais tentador que esta jovem e
bonita boca seja, eu preciso te foder.

Eu dou um suspiro estrangulado. Tinha esquecido


como ele poderia ser explícito sobre suas necessidades. O doce
Colton desapareceu. O homem de pé diante de mim é toda
força masculina e presença dominadora.

Eu engulo e dou um aceno apertado.

Colton

O que Sophie não sabe é que eu já tinha assinado os


papéis do divórcio, mas sua confiança em mim significa tudo.
Eu sabia que meus instintos estavam certos sobre ela. Ela não
é só o sonho de todo homem se tornando realidade, mas ela
tem um coração de ouro também. Ela entende meus
problemas de confiança e vai, com a única maneira que sabe,
me provar que ela está aqui pelas razões certas. Eu quase
tenho vontade de chorar quando percebo isso.

Sophie espera ansiosamente, com suas mãos sobre os


joelhos, completamente nua diante de mim. Sua confiança em
mim é impressionante e inesperada. Ela inflama todos os tipos
de sentimentos, que eu pensei que eu tivesse esquecido, há
muito tempo.
À noite sem dúvida tinha tomado uma virada
inesperada e muito melhor. Depois de um telefonema terrível
com Stella, eu rastejei sozinho para cama. Fiquei ali sem
conseguir dormir e percebi que estava sendo incrivelmente
infantil. Atirei fora os cobertores e aventurei-me no meu
escritório, para analisar os documentos do meu advogado que
estavam parados na minha caixa de entrada, por muito tempo.
Imprimi-os e fiquei olhando para eles por uma eternidade, eu
tinha minha cabeça zumbido e uma dor no coração. Depois
que assinei toda aquela porra, o peso no meu peito foi
sumindo, quase que imediatamente.

Porque no mundo eu disse a Sophie que eu seria seu


amigo, eu não tinha ideia. Eu estava duro e tão apertado que
antes mesmo que eu percebesse, eu tinha meu pau em minhas
mãos, foi quando Sophie me encontrou. E agora ela está
ajoelhada diante de mim, com o rabo virado para cima e as
mãos enterradas no carpete macio do meu escritório. Eu ando
ao redor dela e vejo sua espinha endurecer.

— Relaxe, doçura, — eu digo. — Você me prometeu


tudo que eu quisesse. — Eu lembro.

Eu paro atrás dela e fico satisfeito, em ver sua buceta


brilhando, com a umidade orvalhada. Eu não coloco a mão lá,
ainda. Eu só a pedi para tirar a calcinha e, ela fez, expondo-se
a mim, completamente, antes de cair em suas mãos e joelhos,
ao meu comando. É uma bela vista e a porra do meu pau dói
só de pensar em finalmente levá-la. Mas não vou apressar esta
noite.
Fico sobre ela e desabotôo lentamente a minha camisa,
descartando-a no chão, junto com as roupas dela. Posso sentir
os olhos de Sophie observando meus movimentos, sua cabeça
virou, para me olhar. Sabendo que ela está assistindo e que
está tão ligada, me acende, ainda mais. Seus olhos queimam
direto, através de mim, criando uma dor física. Eu tomo meu
tempo, destravando meu cinto e puxando-o lentamente da
minha calça. Abro a frente da minha calça, empurro minha
cueca para baixo de meus quadris e tiro meu pau para fora.
Eu não preciso olhá-la de volta para saber que ela se
concentrou em cada movimento meu.

Ela me observa, com seus olhos traçando cada


centímetro duro de mim.

— Você está pronta para mim, doce menina? — Eu


pergunto.

Seus olhos caem nos meus e ela dá um aceno, sem


palavras.

Eu caio de joelhos, me posiciono atrás dela e coloco


minhas mãos sobre a curva arredondada de suas nádegas.
Usando os polegares, eu separo seus lábios inferiores e a
encontro molhada e pronta.

Agora é que as merdas vêm de vez. Eu nem sequer a


toquei ainda e, meu anjo já está toda molhada para mim.

Me posiciono em sua entrada e a provoco com a ponta


do meu pau, deslizando para trás e para frente. Ela está tão
molhada e quente que a sensação faz com que minhas bolas
se apertem contra o meu corpo. Caaaralho. Eu já posso dizer
que o sexo entre nós vai ser intenso e eu nem sequer a
penetrei ainda. Ela disse que quer isso, mas tenho que ter
certeza antes de tomar algo tão precioso dela. Ela mexe os
quadris, empurrando para trás, contra mim e eu quase perco
as minhas coisas ali mesmo. Eu aperto sua bunda e abafo um
gemido, observando a grande cabeça do meu pênis
imprensada em sua carne rosa.

A respiração instável estremece seus lábios.

— Camisinha. — Ela murmura.

Eu puxo para trás e volto a provocá-la, esfregando meu


pau contra ela.

— Hoje à noite eu quero te foder só com a minha boca. E


se você for boazinha, amanhã eu vou te foder com meu pau.

— E no dia seguinte?

— Se você ainda puder suportar, também.

Ela inala bruscamente.

— E você vai comer minha bunda?

Droga. Ouvir aquelas palavras eróticas saindo de seus


lábios perfeitos, faz uma gota de líquido vazar do meu pau.

— Ainda não, linda. Breve, mas ainda não. Vou saber


quando você estiver pronta para mais.
— Oh.

— Se eu fizer isso muito cedo, vou te machucar. -


Explico.

— Você vai me machucar?

— Eu não vou te machucar. Não de propósito. Mas sua


bunda é realmente apertada. — Dou-lhe um tapa brincalhão
nas nádegas.

Ela sorri para mim, em desafio.

Eu a espanco novamente, desta vez mais forte e sou


recompensado com um tom vermelho e um suspiro que Sophie
inala.

Ela pode pensar que está no controle - dando-se a mim


dessa maneira - mas eu estou prestes a lhe mostrar que ainda
sou muito responsável.

Eu me inclino para ela, beijando as covinhas gêmeas em


sua parte inferior das costas, aquele lugar malditamente sexy
acima de sua bunda.

Movendo-me mais para baixo, planto minha cara na


junção entre suas coxas.

Ela momentaneamente endurece, percebendo que meu


rosto está praticamente enterrado em sua bunda.
— Colton... — Ela lamenta. Seu tom é inseguro,
hesitante e ela luta contra mim, tentando sair fora do meu
alcance.

— Não. — Eu advirto e puxo seus quadris para trás, em


minha direção. Ela não tem motivos para ficar hesitante em
torno de mim. Eu quero adorar sua buceta com a minha boca.
Eu poderia ficar aqui por horas e não seria o suficiente.
Minhas mãos seguram firmemente seus quadris no lugar,
enquanto minha língua varre e a lambe de cima para baixo.
Ela solta um gemido suave e para de tentar se afastar.

Ela tem um gosto doce, como o melhor dos doces, e eu


continuo, não deixando que meu ritmo contra seu clitóris
diminua, até que seus gemidos de prazer são altos o suficiente
para acordar os vizinhos.

— Colton! — Ela grita, de novo e de novo.

Ela está ali, naquele belo momento antes que seu


orgasmo venha através dela. Eu mergulho dois dedos dentro
dela e a sinto se apertar em torno de mim.

De repente, isso não é mais sobre apenas observá-la se


desfazer, eu quero que ela goze mais difícil do que já tenha
vindo em sua vida e sei que é por minha causa.

Ela empurra a bunda para trás, moendo contra meus


dedos e uma visão dela cavalgando sob meu pau pisca em
minha mente.
— É isso aí, baby. Deixar ir. — Meus dentes afundam na
bochecha carnuda de sua bunda perfeita e meus dedos ficam
curvados para cima, direto em seu ponto sensível.

Sophie se desfaz, gritando meu nome de novo e de


novo, enquanto fica ofegante e se deixa ir para baixo, em meus
dedos.

Seu corpo treme com a intensidade de sua libertação,


eu a tiro de sua posição de bruços, a embalo em meus braços
e beijo seu pescoço, testa e lábios.

— Merda, baby, isso foi quente.

— Colton... — Ela murmura novamente. Seus olhos


azuis estão nebulosos, sem foco e ela está ofegante como se
tivesse corrido uma maratona. — Nunca foi assim.

— Isso é porque somos eu e você. — Eu digo,


conhecendo e sentindo o que significa cada palavra. Nós
compartilhamos uma ligação inegável que é muito mais
profunda que o físico. Eu não sei se é por causa de todas as
semanas que passamos vivendo juntos, conhecendo um ao
outro, não ignorando a química explosiva entre nós, mas é
intenso e diferente de tudo que já experimentei.

Nossos lábios se encontram em uma corrida de beijos


famintos. As mãos de Sophie passeiam pelo meu corpo,
traçando meu abdômen e se movendo para baixo, até que ela
encontra o meu pau duro. Ela brinca comigo, em primeiro
lugar, as pontas dos dedos me explorando, as unhas raspando
levemente contra minha pele, com a mão delicada pegando
minhas bolas. Eu resmungo quando ela me agarra e começa a
acariciar preguiçosamente para cima e para baixo. Eu
empurro meus quadris para cima, para encontrar suas mãos.

— Apertado, bebê. — Eu lhe mostro o que gosto,


apertando minha mão em torno da dela e começando a
bombear mais rápido.

Seus lábios, momentaneamente, ainda ficam contra os


meus, como se ela estivesse se concentrando em encontrar o
ritmo. Quando o faz, o prazer rasga meu corpo e eu passo a
mão na parte de trás de seu pescoço.

— É bom pra caralho. — Eu gemo, empurrando minhas


mãos em seu cabelo e trazendo sua boca de volta para a
minha.

Enquanto nossas línguas colidem e se exploram, Sophie


usa ambas as mãos para acariciar meu pau, para cima e para
baixo até que eu estou pronto para explodir.

— Soph, — Eu resmungo. — Você vai me fazer gozar...

Ela inclina a cabeça e me leva para a caverna quente de


sua boca, sugando contra a cabeça do meu pau. É inesperado
e quente, que ela queira me provar e eu não posso segurar
nem um segundo a mais. Enredando os dedos em seu cabelo,
eu explodo em uma corrente de maldições incoerentes e me
esvazio em sua boca.
Sophie solta um gemido baixo e engole cada gota.

— Maldição, bebê. — Eu olho para ela em descrença,


atordoado. Não posso acreditar que ela fez isso.

Ela sorri timidamente e abaixa os olhos para meu pau


amolecido, em seguida, dá-lhe um tapinha.

— Estou feliz que você decidiu não ser minha amiga. —


Digo, enquanto coloco seus cabelos para trás de seu rosto e
beijo seus lábios.

— Você sabia que isso nunca iria funcionar, não é?

— Eu sabia que não era o que eu queria, mas eu estava


disposto a tentar, se essa era a única maneira de ter você em
minha vida. — Isso era a mais pura verdade.

Ela olha para mim, seus olhos brilhando com o que


parecia ansiedade.

— Eu quero tudo.

— Eu também, doce Sophie. Eu também.

Levanto-me em meus pés e a embalo em meus braços.

— Vamos lá, vamos para a cama.

— E as nossas roupas? — Ela espia para baixo, na pilha


de roupas descartadas decorando meu chão do escritório.

— Vai dar as empregadas algo para fofocar.


Ela deita a cabeça no meu ombro, solta um suspiro de
satisfação e me permite levá-la até as escadas.
Capítulo Seis

Sophie

Quando eu acordo de manhã, Colton já acordou e foi


embora da cama. Olhando para o relógio, percebo que são dez
minutos depois das sete e uma vez que é uma segunda-feira,
presumo que ele tenha se levantado para se preparar para o
trabalho.

Querendo vê-lo antes que ele comece seu dia, eu saio da


cama e me aventuro no andar de baixo, vestindo apenas uma
camiseta dele, com a qual dormi. O algodão quente é macio
contra a minha pele e me lembra tantas pequenas coisas que
senti falta dele. Um sorriso feliz aparece nas bordas da minha
boca.

Eu o encontro na cozinha, vestido com um terno escuro,


camisa branca e uma gravata azul-marinho. Seus pés ainda
estão descalços. Ele parece delicioso. Talvez eu vá prová-lo no
café da manhã.

Seus olhos levantam até os meus e ele abaixa o telefone


celular.
— Você é uma visão muito bonita. — Seu olhar vagueia
ao longo das minhas curvas visíveis sob a camiseta, antes de
se deliciarem nas minhas pernas nuas. — Venha aqui.

Seu comando simples aperta meu corpo, com


antecipação. Atravesso a cozinha e paro na frente dele.

— Dormiu bem? — Eu pergunto, estendendo a mão para


arrumar sua gravata.

— Como uma porra de um anjo. — Ele planta um beijo


na minha testa. — Graças a Deus você está de volta.

Envolvo meus braços ao redor de sua cintura e expiro


suavemente, quando ele me puxa para seus braços e me
aperta. Vendo-o todo arrumado em seu terno e gravata me faz
querer, despi-lo e fazer coisas ruins - aqui na cozinha.

— Você disse que hoje era o dia... — Eu levanto meu


rosto até seu pescoço e sussurro em seu ouvido, deixando as
palavras perdurarem entre nós. A promessa de sexo mais
tarde, deixa meu corpo, inteiramente, muito consciente de sua
proximidade e seu cheiro.

A boca de Colton puxa para cima em um sorriso


brincalhão.

— Porra, Soph...

Eu brinco com a barra da minha camiseta e vejo seu


olhar cair para baixo. Vestida com apenas uma camiseta cinza
velha, nunca me senti mais sexy. Levanto a camisa, revelando
o fato que não estou usando calcinha, quando Colton de
repente limpa a garganta, parecendo desconfortável.

— O quê? — Eu pergunto.

Ele solta um suspiro.

— Marta está aqui.

Decepção corre através de mim e eu quase gemo de


frustração. Largo a barra da camisa, cobrindo-me e espreito
em torno de Colton, para a janela da cozinha, que tem uma
vista direta para a entrada de automóveis. Seu pequeno carro
esportivo vermelho está estacionado na garagem, mas ela está
longe de ser encontrada. Estranho.

— Eu vou me vestir. — Eu digo e o deixo na cozinha.


Chame-me de antiquada, mas quando um dos empregados de
Colton está aqui, eu acho que deveria estar pelo menos
usando calcinha. Eu tiro a camiseta e entro em um par de
calças de yoga, antes de voltar lá embaixo.

Eu me deparo com Marta, na sala de fora de um dos


quartos de hóspedes.

— Sophie? — Ela parece surpresa e suas sobrancelhas


sobem quando ela me vê.

— Oi. — Eu espreito em torno dela e vejo várias malas


no quarto de hóspedes e artigos soltos sobre a cama. Que
diabos? Eu não entendo o que está acontecendo, mas ao invés
de ficar e conversar com Marta, eu quero falar com Colton.
Vou direto para a cozinha.

— Marta parece muito à vontade no andar de cima.

— Ela vai ficar aqui. — Ele diz, sem mais explicações.

— Por quê? Será que ela não tem sua própria casa? —
Se ele me der um discurso sobre a companhia ou a casa estar
vazia, vou matá-lo. Eu já estava desconfiada sobre o que o
relacionamento deles implicava e depois de seu casamento
fracassado eu não poderia lidar com mais notícias
bombásticas, sendo lançadas sobre mim neste momento.

— Ela tem uma infestação de ratos em seu prédio e seu


apartamento está sendo dedetizado. É só por alguns dias ou
algo assim.

Ratos?

— Ok.

— O que há de errado? Você parece chateada.

— Ela só pareceu surpresa ao me ver aqui, como se ela


não soubesse que eu estava de volta.

Ele encolhe os ombros.

— Você acabou de voltar no final de semana. Não


cheguei perto de lhe dizer nada ainda.
Sua resposta faz sentido, eu só não gosto da ideia de
que com Colton recém-solteiro, Marta não perdeu tempo em
mover-se. E a julgar pelas três malas gigantes que trouxe com
ela, ela está pensando em ficar aqui por mais do que apenas
um par de dias.

Marta escolhe esse momento exato para entrar na


cozinha e pegar uma caneca de café do armário. Eu sei que é
irracional, mas sua familiaridade com este homem e suas
coisas me assusta.

— Pronto para o trabalho, chefe? Podemos ir juntos. —


Ela o trata com um largo sorriso.

Colton me dá um beijo na boca e seus olhos imploram


para eu deixá-lo ir, antes que ele se vire para Marta.

— Na verdade, eu percebi que provavelmente vou


trabalhar em horário diferente do seu, então é melhor irmos
em carros separados.

— Não, tudo bem. Eu não me importo se você tiver que


trabalhar até mais tarde, eu posso te esperar. Além disso, vai
ser um bom tempo para descansar. Posso aproveitar para
revisar o projeto que planejei para a casa da piscina.

— Que reformas para a casa da piscina? — Eu


pergunto.

— Colton não te disse?

Balanço minha cabeça.


— Uma das bombas estragou e a casa da piscina foi
inundada. Tenho tentado redecorar desde... Não importa. —
Marta sorri timidamente, compartilhando um olhar secreto
com Colt.

— Desde o quê? — Eu pergunto.

Ela encolhe os ombros.

— Desde que Stella a decorou e eu não acho que a


decoração roxa e dourada ficou ao gosto de Colton, achei que
era hora de uma reforma.

Colton desliza sua mão quente contra a minha, um


gesto destinado a me acalmar e tranquilizar. Eu não tenho
ideia de por que eu estou agindo assim, territorial, sobre um
homem que nem sei se é meu, mas vendo Marta aqui esta
manhã me deixou com todos os meus sentidos em alerta
máximo. Se eu vou ter um relacionamento real com Colton, eu
preciso que as mulheres de seu passado parem de aparecer
aqui sem aviso prévio. Faço uma nota mental para obter com
Colton, detalhes sobre a sua relação com Marta.

Estou perto da porta da frente e vejo quando Colton e


Marta sobem em seu pequeno carro esportivo vermelho. Eles
saem da garagem, rápido, vão para a estrada e o som de
música alta perdura até que desapareçam de vista.

Eu suspiro e fecho a porta. Vou demorar um pouco a me


acostumar com minha nova vida.
Capítulo Sete

Colton

Como um empresário bem sucedido, que dirige duas


empresas, que regularmente lida com os principais executivos
e negocia com concorrentes ferozes, acho que é quase risível
como uma pequena menina, vestida apenas com minha
camiseta me deixou de joelhos. Esqueço de Marta e meus
pensamentos se dirigem para Sophie, como eles costumam
fazer.

Eu digito uma mensagem de texto para ela.

Eu já sinto saudades.

Sua resposta é quase instantânea.

Sinto mais ainda.

Eu sorrio e digito minha resposta.

Nós vamos nos divertir hoje à noite.


Você promete?

Sua resposta me faz rir.

Tudo o que você puder aguentar doçura.

— Então, Sophie está de volta?- Marta pergunta,


diminuindo o volume do rádio e puxando minha atenção para
longe do meu telefone.

Eu detecto uma pitada de ciúme - algo que preciso


colocar um fim, porra, agora.

— Sim, ela voltou a morar comigo. Para sempre, eu


espero.

Marta abaixa os óculos e olha para mim.

— Uau. Isso é um grande passo.

— É verdade. — Eu confirmo. — Eu sou louco por ela,


Marta e, eu preciso saber que você entende que o que você e
eu tivemos está em um passado complicado e, é aí que ele
precisa ficar... No passado.

— Eu compreendo. — Eu detecto uma pitada de


decepção em sua voz.

Eu não posso dizer que estou surpreso com a reação


dela, há muito tempo eu suspeitava que ela quisesse algo mais
comigo.
— Eu tenho você como uma amiga e uma empregada,
mas Sophie é um divisor de águas para mim. Na verdade, eu
finalmente estou lidando com Stella.

— Eu entendo Colt. — Sua voz assume um tom


ligeiramente exasperado. — As coisas estavam assim entre
nós, muito antes de Sophie entrar em cena. Eu sou uma
menina grande. Posso lidar com isso.

— Eu sei que você pode. Obrigada por isso. — Fico feliz


que ela parece entender. A última coisa que quero é que as
coisas fiquem estranhas entre ela e Sophie. Ou entre ela e eu.

— Além do mais, foi apenas algumas vezes. — Ela


comenta.

Nós dois olhamos para fora, na estrada e, sinto que ela


está lembrando das poucas vezes em que estivemos juntos.

— É passado. — Eu confirmo. Só espero que ele


permaneça lá. Marta não responde. — Esquecemos isso, certo?

Ela solta uma pequena risada.

— Eu não iria tão longe, Colton. Acho que não vou


esquecer tão cedo que você é o melhor homem que eu já tive e
quão duro e mandão você pode ser, quando você está excitado.

Nossos encontros não são tão memoráveis em minhas


lembranças. Eu só lembro que nos meses após Stella ter ido
embora, eu estava deprimido e solitário. Marta estava lá,
disposta e, eu lhe permiti me aliviar algumas vezes, mas
nunca tivemos relações sexuais.

— Estou falando sério sobre isso, Marta. Se você fizer as


coisas difíceis para Sophie, ou se desenterrar coisas do
passado...

Ela se vira para mim bruscamente.

— Relaxe, chefe. Deixe-me com minhas lembranças e eu


prometo não dizer nada.

Compartilhamos uma viagem tensa para o trabalho e


eu faço uma nota mental para dizer à Sophie tudo isso hoje à
noite, quando eu voltar para casa. Agora que ela está de volta
e confiando em mim para fazer a coisa certa, não vou ter algo
tão inconsequente arruinando o nosso progresso.

O dia se arrasta no ritmo de um caracol, fazendo com


que eu anseie ainda mais por minha noite com Sophie. Meus
irmãos rompem à tarde, me surpreendendo com o almoço. As
coisas no trabalho têm sido tão puxadas que esqueci nosso
encontro semanal de almoço. Hoje eles não se arriscaram e
explodiram em meu escritório, com meu assistente se
arrastando atrás deles, se desculpando.
— Eles invadiram o local, senhor... — Ele diz, parecendo
preocupado.

— Está tudo bem, David.

Meu assistente, David, é um tipo de nerd e frágil, eu


tenho a sensação que ele fica sobrecarregado na presença dos
meus irmãos. Mas ele é o melhor assistente que já tive, então
eu não vou repreendê-lo pela interrupção.

— Você tem que comer, — diz Pace, segurando um saco


de viagem de um dos meus restaurantes favoritos de sushi. —
E eu preciso de uma atualização sobre o que está acontecendo
com a doce Sophie.

Ele voou para a Itália comigo por um capricho, por isso,


talvez eu deva a ele uma atualização.

— Existe um rolo de atum picante nesse saco? — Eu


pergunto.

Ele balança a cabeça e começa a remover os recipientes


de alimentos.

Me junto a ele e Collins na mesa de mármore, grande,


no centro do meu escritório.

— Então? — Collins pergunta. — Sua viagem


improvisada à Itália foi desperdiçada? Ou você ficou com a
garota?

— Sophie se mudou de volta. — Eu confirmo.


— Foda sim. — O sorriso largo de Pace ilumina seu
rosto inteiro. Ele sempre usou suas emoções diretamente em
suas ações. É uma bênção e maldição. Ele é um promotor
imobiliário, por isso sua personalidade fácil, frequentemente,
ajuda a conquistar clientes, mas pode ser um obstáculo
quando ele está negociando grandes negócios. Todas as cartas
são viradas para cima. Você pode ver cada pensamento fugaz
passando através de seu cérebro.

— E Stella? — Collins pergunta.

Meu irmão mais velho esteve falando comigo há anos


sobre me divorciar dela. Mesmo que ele seja apenas dois anos
mais velho, ele sempre agiu como uma figura paterna para
mim e Pace.

— Eu assinei os papéis.

Pace salta em seus pés.

— Merda! Porra! Amém! Precisamos de um pouco de


champanhe maldito nessa porra.

— Sente-se, porra, — eu resmungo, mas sou incapaz de


esconder o sorriso torto levantando num canto da minha boca.
— Sim, sim, eu sei. Trata-se de porra de um tempo.

— Eu estou tão feliz por Sophie estar em sua vida, — diz


Collins, servindo-se de alguns sushis do meu prato. É óbvio
que ele atribui a presença dela em minha vida essa mudança.
E, claro, ele está certo.
— Precisamos comemorar irmão. Sério. — Diz Pace.

— Não é uma ideia horrível. Uma grande festa para


marcar sua liberdade da mega puta. — Diz Collins,
mastigando cuidadosamente.

— Largue isso, rapazes. Eu assinei os papéis e os enviei


para o meu advogado. Essa é celebração suficiente. — Não há
necessidade de comemorar o rombo em minha conta bancária,
por ter lhe pagando para ir embora.

Comemos em um silêncio confortável, por alguns


minutos. No período de calmaria na conversa, minha mente
vagueia automaticamente para Sophie e o que vai acontecer
hoje à noite, quando eu chegar em casa.

— Marta é solteira, certo? — Pace pergunta, estalando


um pedaço de sushi em sua boca.

— Por que você pergunta? — Pergunto, dobrando um


guardanapo em meu colo.

— Parece que ela pode dar um bom passeio, só isso. —


Ele sorri.

Pouso meus pauzinhos.

— Não foda meus funcionários. Porque é tão difícil para


você entender?

Ele revira os olhos.


— Porra, cara. Você é pior do que uma mulher. Primeiro
você me xinga por tentar pegar a irmã de Sophie e agora está
lamentando sobre mim, por perceber como é atrevido o
cuzinho de Marta.

— Eu não vou lamentar. Estou apontando que


certamente suas habilidades não se entendem para ser um
casal, por isso eu prefiro que ela não foda com você e depois
venha chorar para mim. Eu conheço sua história com
mulheres, idiota.

Collins cantarola, vindo em minha defesa.

— Ele está certo, seu merda, seu histórico é zero e cem.

— O que diabos isso significa? — Pace para,


momentaneamente, a mastigação.

— Você tem zero relações monogâmicas de sucesso e


mais de cem parceiras sexuais. — Diz Collins.

Pace dá de ombros.

— Eu parei de contar uma vez cheguei aos três dígitos.

— Escute idiota. Eu te disse. Marta trabalha para mim,


por isso você não transa com ela. E em relação à Becca, ela
tem câncer. Ela não precisa de nenhum outro problema em
sua vida, alguém que vai transar com ela uma vez e sair. Isso
sem falar que ela é irmã da minha menina. Se você deflorar ela
e depois desaparecer, eu teria que lidar com as consequências.
Ele fica amuado, afundando cada vez mais em sua
cadeira, mas não retruca.

Collins e eu compartilhamos um rápido olhar de triunfo.

Eu não tenho ideia se Becca é virgem, como Sophie é, e


isso não importa. Eu não quero Pace perto dela. Sua história
com as mulheres é deplorável.

— Sophie ainda é virgem? — Pace pergunta.

— Não por muito tempo. — Eu confirmo.


Capítulo Oito

Sophie

Quando Colton e Marta chegam em casa, já estou de


banho tomado, vestida e esperando na cozinha, com uma
garrafa de vinho branco aberta. Eu franzo a testa, olhando
para o terceiro copo na ilha. Três é uma multidão.

Quando eles entram na cozinha, Marta se desculpa e


sobe imediatamente, deixando Colton e eu sozinhos. Êxtase.
Eu estive esperando por esse momento todo o maldito dia e eu
não sinto que eu posso esperar mais um minuto.

Ele espreita para mim, delicioso em seu terno. Eu posso


ter exercido uma calma hoje de manhã, quando eu mal
consegui evitar de rasgá-lo, mas agora não vou mostrar
nenhuma paciência.

Sem dizer uma única palavra, ele coloca as mãos em


ambos os lados do meu rosto e me puxa, pressionando seus
lábios nos meus e me dando um longo beijo. Quando ele se
afasta, estou tonta e cheia de desejo.
— Como foi seu dia? — Eu pergunto.

— Muito Longo. Senti sua falta. — Ele diz.

Eu me sinto da mesma maneira.

— Seria rude se pulássemos o jantar e fossemos direto


para a cama? — Eu penso sobre os pratos, prontos para
aquecer, que Beth deixou para nós três. Aparentemente, o
pessoal da casa soube que Marta estava hospedada aqui.
Claro que, como a assistente pessoal dele, Marta
provavelmente disse a eles.

Colton passa as mãos pelo meu corpo, parando em


meus quadris e cola o meu corpo com o dele.

— O jantar é a última coisa em minha mente. — Ele está


olhando para mim, como se já estivesse me vendo nua.

Um arrepio quente corre através de mim. Eu me


perguntei se ele ia se incomodar que Marta estivesse aqui em
casa, em nossa primeira vez, mas agora, eu não me importo se
ela me ouvir gritar. Ela pode se explodir que eu não ligo.

— Caralho, eu fiquei duro o dia inteiro, — Colton geme,


levando minha mão para baixo de seu cinto e pressionando-a
contra sua protuberância, gigantesca. Eu fecho minha mão em
volta dele e ouço-o grunhir.

É preciso cada grama de força de vontade que não


tenho, para não cair de joelhos e levá-lo em minha boca.
Mesmo que eu não me importe com Marta ouvindo nossos
sons de prazer a portas fechadas, eu não quero que ela veja o
pacote do meu homem. Isso não é algo que eu pretendo
compartilhar. Agora ou nunca.

Seu pau é como rocha na palma da minha mão, que se


move para cima e para baixo sobre ele.

— Eu não posso esperar para estar dentro de você. —


Ele sussurra baixo, perto do meu ouvido.

Minha calcinha inunda com a umidade.

— Vamos lá para cima. Vou ajudá-lo a trocar seu terno.


— Eu dou-lhe um olhar brincalhão.

Ouço passos na esquina e sei que não estamos mais


sozinhos. Me viro para enfrentar Marta, certificando-me de
permanecer na frente de Colton, para bloquear a exibição de
sua ereção furiosa. Aparentemente estamos na mesma página,
porque as mãos dele circulam minha cintura, silenciosamente
comunicando que eu preciso ficar parada.

Meus olhos vagueiam atrás dela, para as malas


empilhadas no chão.

— Meu Sindico disse que a infestação de baratas já está


resolvida, então vou voltar para casa. — Diz ela.

— Não eram ratos? — Eu pergunto.


— Ah, certo. Ratos, baratas. Mesma coisa. — Ela sorri,
mas suas bochechas coram um pouco, sabendo que foi pega
em uma mentira.

Tenho a sensação que ela só fez isso para ficar com


Colton em minha ausência, e agora que estou de volta, ela
sabe que perdeu sua chance.

Ela reboca as malas atrás dela, parando para esticar-se


na ponta dos pés e dar a Colton um rápido beijo na bochecha.

— Obrigado por sua hospitalidade. E estou de acordo


com o que conversamos no carro.

Ele balança a cabeça em silêncio, a boca desenhada em


uma linha firme.

Poucos minutos depois, a porta se fecha atrás dela e


ouvimos seu pequeno carro esportivo, vermelho, ir para longe,
o barulho vai sumindo na distância, até que os únicos sons
são os nossos batimentos cardíacos e respiração irregular.

Eu giro para enfrentar Colton, novamente. Ele está me


olhando, com uma expressão intensa.

— Foi rude da minha parte não ajudá-la a levar as


malas para fora, mas eu não poderia fazer isso com meu pau
duro. O que você está fazendo comigo, baby? — Ele geme em
frustração.

Eu rio e me levanto na ponta dos dedos para beijá-lo.


— Tenho certeza que está tudo bem. Ela parecia que
tinha tudo resolvido.

Ele encolhe os ombros.

— Eu acho que ela tinha.

— O que é que vocês conversaram no carro? — Eu


pergunto, lembrando o que Marta disse, pouco antes de sair.

— Huh? — Pergunta ele.

— Ela disse que estava totalmente de acordo com o


conversaram... — Tento refrescar sua memória.

Ele passa a mão pelo cabelo.

— Venha, nós precisamos conversar.

Ele me leva para a sala e me puxa, para que eu me


sente no sofá, ao lado dele.

Minha barriga sente meus nervos se manifestarem.


Todo o humor de Colton mudou. Acho que o que ele vai me
dizer tem alguma coisa a ver com ele e Marta. Eu respiro
fundo e me preparo para o pior. Eu poderia ter dito a ele,
ontem, que eu era dele e que não importa o que, eu confiava
nele. Agora eu quero engolir todas essas palavras e me enrolo
em uma bola, com a mágoa que já está ameaçando me
ultrapassar.
— Tome uma respiração profunda, Sophie, — murmura
Colton. Tenho certeza que ele pode ver a dor e a preocupação
estampada em meu rosto.

— Depois que Stella foi embora, eu tive uma pequena


aventura com Marta. — Diz ele.

Meu estômago cai aos meus pés, quando minhas piores


suspeitas se confirmam. Eu puxo uma respiração profunda em
meus pulmões, por insistência de Colton e luto para
permanecer no controle, me lembrar que isso foi no passado.

— Eu estava destruído depois da separação. — Explica


ele. — Ela estava lá, disponível, eu me arrependo disso agora,
mas nós nos pegamos um par de vezes.

— Oh. — Estou sem palavras e com vontade chorar. Eu


tenho ciúmes de Marta, com sua boa aparência e sua estreita
relação com Colton, desde o primeiro dia. E agora todos os
meus palpites são confirmados.

— Nós nunca tivemos relações sexuais. — Ele


acrescenta.

Essa notícia faz eu me sentir um pouco melhor.

— O que ela quis dizer então? Que ela estava de acordo


com o que vocês falaram no carro?

— Eu disse a ela que sou louco por você. E que não


estou interessado nela. Eu a deixei saber que não irei tolerar
qualquer coisa ficando no caminho entre você e eu. Bons
funcionários são difíceis de encontrar, mas se ela tentar
interferir de alguma forma...

Ele deixa o resto não dito. Nossa, ele ameaçou demiti-la


se ela fizesse as coisas difíceis para mim e para ele?

Sua mensagem enigmática e depois, sua pressa em sair


daqui hoje, deve significar que ela aceita o relacionamento de
Colton comigo e não tem nenhuma intenção de interferir.

— Eu queria ser honesto com você sobre o meu


passado. Eu quero um futuro de verdade com você, Soph.
Diga-me, como você está se sentindo?

— Estou feliz que você se abriu e me contou sobre


Marta. — Mas no fundo eu sei que o problema com a Marta é a
menor das minhas preocupações. Eu posso aceitar sua
necessidade de um estepe, mais me focando no momento, eu
arrumo minha espinha. — Mas se você quisesse um
relacionamento de verdade comigo, você não estaria segurando
seu próprio divórcio. E não me venha com essa porcaria de
estar sem dinheiro, por causa do projeto África. Se suas
finanças estão nesse estado precário, como você gastou um
milhão em uma escrava sexual? Oh me desculpe, ou seria
melhor dizer amante? Pelo que eu entendi, Marta não é
alguém por quem que você tinha sentimentos verdadeiros,
então eu consigo superar isso, mas se você quiser isso comigo,
você terá que me mostrar que vale a pena o risco. Não posso
compartilhar você com Stella.
— Você nunca vai me compartilhar. — Seus olhos
escuros imploram os meus, possessivos e cheios de desejo.

— Eu estou compartilhando você, a memória da cara


feia dela para mim na piscina me dizendo para sair de sua
propriedade, está firmemente marcado em minha mente. Você
notou que eu não posso nem chegar perto da piscina?

— Sophie, eu assinei os papéis. Ontem à noite, no meu


escritório, quando você me interrompeu. - Diz ele.

— O quê?

— Sim. Está feito. Eu enviei um email para o meu


advogado esta manhã.

— Por que você não me contou? — Esta é uma notícia


de abalar a terra e ele menciona assim, em uma conversa
casual, como se não fosse grande coisa!

— Eu não queria interromper nossa diversão na noite


passada. — Ele sorri.

Me lembro em detalhes vívidos, nosso encontro


fumegante em seu escritório ontem à noite, onde me
comprometi ao dar-me a ele. Tudo começa a desmoronar de
uma vez, e minha barriga aperta em um nó.

— Além disso, tudo o que você disse, do jeito que você se


colocou, nua, com toda sua fé e confiança em mim, era
exatamente o que eu precisava. E se você soubesse que eu
tinha assinado os papéis, antes de me falar tudo aquilo, não
teria tido o mesmo impacto. — Colton continua.

Eu compreendo o que ele quer dizer. Basicamente, eu


tinha concordado em ter uma fé cega nele para fazer a coisa
certa, e ao que parece, ele já tinha feito. Meu coração se enche
de felicidade.

— Colton...

Seus olhos balançam sobre os meus e ele me dá um


pequeno sorriso.

Quando pergunto sobre os termos do divórcio, ele não


esconde nada. Ele me diz que seu patrimônio líquido de 365
milhões de dólares foi dividido exatamente ao meio. E tão feliz
como eu estou por saber que seu divórcio esta em fase de
finalização, eu odeio a ideia de que a sua, agora ex-mulher,
esteja recebendo um centavo sequer dele. Ela já tinha tirado
dele toda sua confiança nas mulheres e azedou essa casa com
suas lembranças.

Colton se comprometeu a gastar quinhentos milhões de


dólares na África, nos próximos dez anos, mas agora vejo que
isso pode não acontecer. Meu coração está pesado por ele, e eu
trabalho para convencê-lo que seu tempo e as doações, são
ainda mais do que generosos. Ele balança a cabeça e dá um
tapinha no meu joelho, mas eu posso dizer que seus
pensamentos estão longe.
Alguns segundos se passam, e eu posso dizer que ele
está percebendo que há um novo rumo à sua vida. Virar uma
nova página, e tudo isso. Ele já passou por tanta coisa, e
apesar de sua força e atitude, eu sei que tem sido difícil para
ele. Eu quero consolá-lo, abraçá-lo. A vontade de rastejar para
o seu colo é forte demais para ignorar e assim eu faço.

— Sophie? — Pergunta ele.

— Apenas me abrace. — Eu digo.

Ele abraça. Colton me envolve em seus braços e me


aperta, seu perfume masculino me envolve. Eu posso dizer que
tudo o que vier a seguir, para nós, será grande. Podemos ter
começado esta jornada juntos, pensando que seria algo
passageiro e sexual, mas a intensidade da nossa relação é
profunda e cheia de sentimentos, fortes demais para ser
ignorado.

— O que você fez hoje? — Ele escova meu cabelo para


trás do meu rosto, seus olhos ainda estão em mim, onde eu
ainda estou enrolada, em seu colo.

— Além de esperar por meu homem chegar em casa?

— Seu homem?

— Sim. Meu homem. — Minha voz é certa e constante.


Ele é meu e eu não estou assustada com suas afirmações
sobre Marta ou seu passado obscuro. — Eu fui para uma
corrida, tomei banho e depois passei a tarde movendo minhas
coisas do quarto de hóspedes, de volta, para a suíte máster.

— Bom. — Ele continua acariciando meu cabelo.

— Isso me fez pensar, no entanto.

— Sobre? — Ele fuça meu pescoço, inalando meu cheiro


e me dando um beijo carinhoso no ponto sensível atrás da
minha orelha. Ele está tentando me distrair, e quase funciona,
mas eu sei que preciso ter essa conversa com ele, antes que as
coisas avancem.

— Você compartilhou aquele quarto com ela. — Eu


digo.

Percebendo a direção que eu vou, Colton pega a minha


mão na dele.

— Eu mudei o quarto, totalmente, quando ela saiu. Os


móveis, colchão, roupas de cama, são todos novos.

— Será que foi Marta que redecorou? — Eu me


pergunto, em voz alta, lembrando seu comentário sobre
redecorar a casa da piscina.

— Não, ela me mostrou um site de design e eu escolhi


tudo o que eu queria, e depois foi tudo cobrado no meu cartão
de crédito.

— Oh.

— Isso ajuda?
— Sim, com certeza. Acho que seria estranho estarmos
juntos na mesma cama que você compartilhou com sua
esposa. — Admito.

— Ex-esposa, — ele me corrige. — E eu prometo a você


que Stella vai ser a coisa mais distante da minha mente,
quando eu finalmente finalizar o divórcio.

Uma onda quente, de calor, passa entre nós com a


menção de sexo.

— Será que eu estraguei a noite fazendo todas essas


perguntas? — Pergunto, encontrando seu olhar azul.

— Não quero ter nenhum segredo entre nós a partir de


agora.

— Eu acho que posso lidar com isso.

Ele segura meu rosto com as palmas das mãos, quentes


e traça o polegar ao longo do meu lábio inferior.

— Graças a Deus você ainda está aqui comigo. A


maioria das mulheres teria fugido, gritando obscenidades para
mim, sabia?

Concordo com a cabeça.

— Sim, é uma coisa boa que você seja tão bonito.

— Você acha que eu sou bonito? — Ele levanta uma


sobrancelha, me olhando.
— Adorável. — Eu confirmo.

Ele balança a cabeça para mim, sua expressão ficando


séria.

— O que há de errado com isso? — Eu pergunto.

— Os homens não gostam de ser chamados de adoráveis


Sophie.

— Não?

— Não.

— Do que você gostaria de ser chamado, Colton?

Sua língua traça o lábio inferior, enquanto ele pensa


sobre o assunto.

— Mal humorado, Deus resistente do sexo. — Ele me dá


um sorriso brincalhão e envolve suas mãos na minha cintura.

— Bem, eu não sei sobre esse último, pois ainda não


provei. — Eu provoco. Seus olhos se trancam nos meus e eles
me mostram a fome que ele tem, de forma que eu consiga
senti-lo bem dentro do meu corpo. — Colt...

Ele deixa um gemido escapar de sua boca e então


desaba sobre a minha. Todas as semanas de tensão sexual
acumuladas vêm correndo solta, em nós, em um instante.
Estou cheia de luxúria e o desejo é tão forte que exige sua
atenção, imediata.
Eu ainda estou plantada em seu colo e trabalho duro
contra ele, contorcendo-me, lutando para me aproximar,
enquanto ele me beija profundamente. Sua língua acaricia a
minha, em um ritmo hipnótico, lembrando-me do caminho,
onde ontem ele me lambeu até que eu gozei, tão forte que eu
quase desmaiei.

Sentindo o cume duro de sua ereção, eu empurro meus


quadris para mais perto, inclinando meu corpo para que eu
possa senti-lo direito, entre as minhas coxas. Eu me esfrego
contra ele, desenfreadamente.

— Colt... — Eu gemo novamente, minha voz é um apelo


rouco, na sala antes silenciosa.

Ele tira minha camisa sobre minha cabeça e suas mãos


estão de repente, em todos os lugares ao mesmo tempo,
desabotoando meu sutiã e arremessando-o para o outro lado
da sala, acariciando meus seios, beliscando suavemente meus
mamilos. Ele deixa um caminho molhado na minha garganta e
toma um seio em sua boca quente. Eu grito em uma mistura
de prazer e frustração. Sua atenção ao meu peito é muito boa,
mas não é onde eu preciso dele.

— Porra, eu não posso esperar mais, Sophie. — Ele


geme.

— Não espere. — Eu ofego.

Chego mais perto e retiro seu cinto e empurro minhas


mãos dentro de sua calça, até encontrar o que estou
procurando. Seu pênis está quente e pesado em minhas mãos.
Deus, eu senti falta disso. Parece que estou há muito tempo
sem tocá-lo, e não apenas 24 horas.

Colton empurra as calças e a boxer para baixo de seus


quadris, deixando-me massagear seu comprimento para cima
e para baixo, enquanto ele rosna alguns palavrões.

Ele levanta-me, de repente, me colocando em pé e


fazendo um trabalho rápido ao me despir das minhas calças.
Minha calcinha é a próxima a ser arrancada de meu corpo e
eu estou quase tremendo, com a necessidade. Colton puxa sua
camisa e chuta as calças e a boxer fora, que estavam
enrolados em torno de seus tornozelos. Quando nós dois
estamos livres de nossas roupas, eu caio de joelhos, incapaz
de resistir ao desejo de levá-lo em minha boca.

Eu passo minha língua ao redor da ponta, antes de


plantar minhas mãos firmemente em torno de sua base e
sugá-lo, profundamente, em minha boca.

— Porra, Sophie... — Ele geme, empurrando as mãos


nos meus cabelos e balançando para frente, indo mais
profundo.

Depois que ele admitiu que isso era algo que sua ex
nunca fez por ele, só me fez querer fazê-lo ainda mais. É uma
coisa nossa, e eu adoro isso.

Eu bombeio minhas mãos para cima e para baixo,


lambo e chupo em um ritmo cada vez maior. Eu nunca quis
nada na minha vida, tanto quanto quero seu pau, agora.
Sinto-me louca de desejo.

As mãos de Colton vêem, através da minha mandíbula


e tira minha boca fora dele. Eu olho para cima, querendo
saber o que eu fiz de errado.

— Eu preciso estar dentro de você. — Ele rosna, sua voz


está áspera com a necessidade.

Ele me oferece sua mão e eu me levanto. Eu


praticamente escalo seu corpo. Colton me levanta do chão.
Envolvo minhas pernas em volta de sua cintura e ele me leva
em direção ao quarto. No começo eu acho que ele está indo
para as escadas, mas, em seguida, ele para e nos ancora, com
as costas pressionadas contra a parede. Ele balança sua
grossa ereção contra o meu centro, me provocando e me
fazendo doer por ele.

Ele beija meu pescoço, meus lábios, os topos dos meus


seios ao mesmo tempo em que balança seus quadris contra
mim, cutucando seu grande pau contra mim.

— Mal posso esperar... — Diz ele. — Eu tenho sonhado


com este momento desde que te vi pela primeira vez, no palco.
Sua beleza, sua coragem... Você é muito sexy, baby.

— Me fode, Colton. — Eu gemo de frustração.


Ele chega entre nós e segura seu pênis, desliza-o através
de minha umidade e o posiciona na minha abertura. Sabendo
que ele não vai me tomar no quarto, me dá um enorme tesão.

— Isso pode doer um pouco, no início.

— Está tudo bem. Estou pronta. — Eu queria isso por


muito tempo. Não vou deixar um pouco de desconforto
arruinar a experiência. Eu mal posso esperar para ser
preenchida por ele, para ver que tipo de amante ele é. Eu
imaginei isso por tanto tempo, que estou morrendo de vontade
de ver como ele fode. Meu cérebro parece que vai ter um AVC.

— Merda. — Ele amaldiçoa.

— O que está errado?

— Eu não tenho um preservativo.

Sua casa é extremamente grande e não há nenhuma


maneira que eu fique esperando, enquanto caminhamos por
sua mansão em busca de proteção. Além disso, eu percebo,
com certeza absoluta, que não quero nada entre nós, para
minha primeira vez. Quero senti-lo. Só eu e ele, sem qualquer
barreira entre nós.

— Não, sem preservativo. Eu quero sentir você. Por


favor, Colton.

Seu olhar se encaixa no meu e eu posso ler a indecisão


em seus olhos.
— Você tem certeza?

Concordo com a cabeça.

— Sim, me fode.

Tenho certeza que ele sabe que não estou tomando


pílula, mas posso ver o momento exato em que ele decide que
não importa. Seus olhos suavizam e seu olhar azul, profundo,
se instala no meu.

— Beije-me, doce Sophie. — Ele murmura.

Eu beijo.

Ele estende sua postura, trazendo uma mão sob minha


bunda e com a outra, ele posiciona seu pênis latejante contra
mim. Eu me agarro a ele, com os braços enrolados em torno de
seu pescoço e minha boca fundido-se a dele.

Com movimentos suaves, Colton começa a se mover,


provocando minha abertura, com apenas a ponta de seu pau.
Eu suspiro quando sinto que ele está finalmente empurrado
para frente. Seu rosto é uma máscara de concentração, todo
seu foco está no controle de si mesmo, para não me machucar.
Sei que ele é grande, mas naquele momento, eu não me
importo. Quero ser preenchida por ele, quero essa sensação e
sei que é por causa deste homem. Mesmo se eu gritar de dor,
mesmo se eu sangrar, vai valer a pena, porque isso significa
que ele finalmente está me fazendo dele, o momento pelo qual
eu esperei a vida inteira.
— Você está pronta?

Eu dou um aceno firme.

— Não segure a respiração.

Eu não sabia que estava segurando, mas então eu tomo


uma inspiração profunda e Colton balança para frente, a
cabeça, lisa e grossa, me penetra apenas um pouco antes dele
se afastar novamente.

— Foi tudo bem? — Ele se retira fora de mim e


pergunta.

— É uma sensação boa. — Eu confirmo.

Há a sensação de ser esticada e apenas uma leve


picada. É incrível e apesar do desconforto, eu não quero que
ele pare.

Sua língua acaricia a minha, enquanto ele se aperta


dentro de mim, em pequenos incrementos.

— Deus, baby... — Ele empurra alguns centímetros para


a frente, de novo, meu corpo se estende em torno dele.

— Colton... — Eu gemo. — Eu gosto disso.

— Bom. Estou tentando fazer algo bom para você.

Percebendo que estou presa contra a parede e ele está


segurando todo o meu peso, de repente me preocupo que ele
não esteja gostando disso, tanto quanto eu.
— Eu sou muito pesada?

—Não se preocupe com isso. — Ele empurra,


centímetros, para a frente novamente e beija meus lábios. —
Eu gosto de você me segurando, enquanto eu te fodo.

Oh. Eu também estava gostando disso, muito. Me sentia


pequena e possuída por ele, de uma forma que eu nunca
soube que desejava. Mas eu sei que ele está tornando mais
fácil para mim, balançando para a frente, sempre tão
cuidadosamente e, em seguida, indo para trás, toda vez que eu
sinto que ele começa a afundar. Eu sei o quão grande ele é,
então eu pensei que haveria uma sensação de profundidade
dentro de mim.

— A sensação é tão boa para você, como está sendo para


mim?

— Melhor. — Ele confirma, enquanto sinto um arrepio


na espinha, com o modo que as palavras rolam fora de sua
língua. Ele é tão sexy estando no controle completo, que essas
duas coisinhas são minha perdição. — Você está tão quente e
apertada em torno de mim. Seu calor me faz sentir incrível.

Deixo escapar um gemido de felicidade, quando ele


empurra centímetros para frente, novamente, balançando
mais profundo desta vez. Nunca dei atenção em como seria a
sensação para ele, mas eu amo o jeito que ele descreveu.

— Porra, bebê você é tão apertada. Esta próxima parte


pode doer um pouco. Fique comigo, ok?
Concordo com a cabeça e encontrou os olhos dele. Eu
posso ver, imediatamente, que ele está se segurando. Mas
também sei que confio nele.

Ele bate os quadris para frente, dentro de mim,


enchendo-me tão completamente, que me rouba o fôlego.
Apenas um gemido fraco me escapa. Este momento é tudo o
que eu tenho esperado e é muito mais do eu jamais poderia ter
imaginado. Uma pontada de dor, profunda, começa depois de
um momento.

— Porra. — Ele resmunga. — Respire para mim, doçura.

Eu puxo um profundo suspiro de ar, enquanto aperto


seus ombros. Colton bate em mim, em golpes duros e longos,
levando o que restava da minha virgindade.

Seu ritmo constante continua, empurrando para dentro


de mim e puxando para trás. Logo a dor desaparece e eu fico
com uma sensação de prazer, quente, como um vaso sendo
preenchido após um longo período de seca. É um momento
muito aguardado e estou incrivelmente feliz por ter guardado
só para ele.

Eu aperto meus músculos internos em torno dele,


provocando um gemido rouco em sua garganta. Mais algumas
estocadas profundas que ligam seu corpo no fundo do meu e,
eu sinto todos os seus músculos se contraírem.

Ainda me segurando, seu aperto fica mais fundo,


enquanto ele empurra para frente, em golpes rígidos rápidos.
Colton traz seus lábios nos meus e seu hálito quente e
úmido vem em suspiros mais rápidos, que libera um curto
gemido de prazer que eu sei que deve significar que ele está
chegando ao clímax. Ele afunda ainda mais fundo, dentro de
mim e, eu sinto a adrenalina de sêmen quente entrar em
erupção dentro de mim e, momentos depois Colton está me
abaixando para os meus pés, beijando minha boca, me
dizendo a quão perfeita eu sou. E nesse momento, eu me sinto
perfeita. Eu me sinto como uma porra de deusa do sexo, que
abalou o mundo do seu homem. O olhar sonolento e satisfeito,
ultrapassando seu rosto é muito mais que bonito.

— Desculpe que foi tão rápido. Você é demais para eu


me segurar adequadamente. — Ele beija meu pescoço,
roçando em mim. — Menina bonita. — Ele murmura contra a
minha garganta.

— Foi perfeito, Colton. — Eu não gozei, mas eu não


esperava isso, em minha primeira vez.

— Não foi perfeito. Mas vai ser. Vou treinar seu corpo
para gozar junto com o meu. - Diz ele, deixando cair mais um
beijo em meus lábios.

Um arrepio quente corre através de mim com o


pensamento de ter um orgasmo em conjunto com ele. A
imagem que ele evoca é incrivelmente erótica.

Antes que eu possa questionar o que ele está fazendo,


Colton cai de joelhos, traz sua boca quente para o meu núcleo
e seus lábios travam, sugando contra o meu clitóris, enquanto
seus dedos empurram dentro de mim.

Oh querido Deus.

— Colt... O que você está fazendo? — Minhas pernas


tremem enquanto meu corpo reage a sua boca quente me
possuindo. — Você acabou de gozar em mim e agora você
está...

— Baby, eu preciso provar o que é meu.

Incapaz de resistir, eu o assisto com os olhos


arregalados e a boca aberta. Ele é lindo. Cabelo bagunçado,
escuro, cílios que vibram contra suas bochechas, boca
exuberante, cheia que está me devorando... Estou inchada
com a excitação e sua boca é quente e gananciosa, lambe e
chupa contra mim, enquanto eu gemo e me empurro contra o
seu rosto. — Colton... — Murmuro, com meus dedos
afundando-se em seus cabelos.

A visão dele, caindo de joelhos após o sexo e me


chupando avidamente é uma coisa que eu nunca vou
esquecer. Ele não parece se importar que seus próprios sucos
estejam pingando do meu corpo, sua única preocupação é o
meu prazer e, é incrivelmente quente. Eu puxo um suspiro
trêmulo, continuando a assistir sua boca contra mim. Sua
língua ataca brutalmente contra o meu clitóris e provoca-o
repetidamente.
Ele aperta dois longos dedos dentro de mim e a visão de
seu sêmen, revestindo seus dedos, enquanto eles bombeiam
dentro e fora de mim é a minha perdição. Eu começo a tremer
e sei que meu clímax está próximo.

Ele grunhe e morde o meu clitóris, com os dentes,


persuadindo um gemido baixo de minha garganta. Eu aperto
em torno de seus dedos, enquanto meu orgasmo se constrói e
eu gozo com um grito, minhas pernas quase se dobram.
Colton me impede de entrar em colapso, suas mãos se fecham
sobre os meus quadris, me mantendo firme, enquanto ele
termina, beijando suavemente meus lábios inferiores até que
eu pare de tremer. Então ele se levanta com um olhar
complacente de satisfação no rosto.

Ele pega a minha mão e me leva da sala que eu vou me


lembrar para sempre como o primeiro cômodo por nós
batizado.

Colton não para de me tocar, uma vez que fazemos


nosso caminho até as escadas e chegamos ao banheiro
principal, mantendo sua mão na minha, ou a descansando
inocentemente no meu quadril, ou não tão inocentemente
contra meu traseiro. Ele só me libera para ligar a torneira para
começar a encher a banheira, grande, que eu perdi no meu
tempo longe dele.

— Que tal um banho relaxante? — Ele pergunta,


beijando meus lábios.
— Só se você estiver planejando se juntar a mim.

Ele sorri para mim, maliciosamente.

— Absolutamente.

Nós dois ainda estamos nus, como o dia em que


nascemos e, não posso deixar de roubar olhares ao seu corpo.
Ele é como uma parede de pedra sólida, de músculos
construídos, para o prazer máximo. Os músculos abdominais
totalmente definidos formam um V abaixo de seu umbigo. Meu
olhar vagueia mais para baixo e vejo sua masculinidade,
pendurada fortemente entre suas coxas poderosas. Mesmo em
seu estado relaxado, é impressionante. Às vezes, antes -
quando eu lhe dava prazer oralmente - ele estava duro
novamente, em um instante. Talvez desta vez, eu realmente
tenha deixado-o satisfeito. Saciando sua sede, por assim dizer.
Meus lábios se contorcem em um sorriso.

— O que há de tão engraçado? — Ele olha para seu


pênis mole e de volta para mim, com o cenho franzido.

— Nada. — Eu endireito a minha boca, perdendo o


sorriso.

— Sophie, — ele chicoteia. — Você estava olhando para


o meu pau e rindo.

— Eu não ri. — Eu o corrijo.


— Tudo bem, então você estava sorrindo para ele como
se vocês dois estivessem compartilhando uma piada. Tudo
bem entre vocês dois?

— Sim, muito. — Confirmo.

— Então me diga o que ele fez para fazer você sorrir.

— Ele está mole.

Colton franze a testa e solta um suspiro.

— Isso tende a acontecer, depois que um homem


ejacula, Sophie.

Eu rio, incapaz de parar. Ouvindo Colton dizer a palavra


ejaculação trouxe a menina de 12 anos a tona. Chegando mais
perto, eu explico:

— Sim, eu sei disso. Mas às vezes, antes, às vezes em


que eu, uhm, usei minha boca, ele estava duro novamente,
imediatamente.

Ele me observa atentamente, com o rosto impassível,


mas posso dizer que ele está pensando em como responder.

— Eu tendo a ter um tempo de recuperação muito


rápido, mas você está certa, com você isso era louco.
Honestamente, eu acho que é porque eu queria tanto você, que
eu estava constantemente pronto para ir.

— E agora, por causa do que nós fizemos lá embaixo


você está satisfeito?
— Por enquanto.

— Oh. — Mastigo meus lábios, percebendo que só


porque eu já fiz sexo uma vez, esta noite, não significa que não
vai acontecer novamente. Uma pontada de nervos me bate,
enquanto me pergunto se vou ser capaz de me manter com
este homem, sexualmente.

— Entre no banho, doçura. — Diz ele, me puxando dos


meus pensamentos.

Aceitando sua mão, eu entro na banheira e deslizo para


a água, deliciosamente quente. É quase como um orgasmo, os
músculos doloridos entram em êxtase. Eu me encosto em uma
extremidade da banheira e Colton entra e se senta, em frente a
mim.

— Como você está se sentindo? — Ele pergunta, seu tom


é suave e macio e seus dedos dos pés estão tocando os meus,
debaixo da água.

Meus tecidos internos parecem um pouco inchados e


doloridos. Mas da melhor maneira possível, eu decido.

— Como uma mulher. — Eu sorrio.

Ele ri, alto, para mim. Sua risada é o melhor som. Ele é
um homem sério, muitas vezes, bastante pensativo e
composto, por isso ouvir sua gargalhada masculina, no
banheiro silencioso me enche de um profundo sentimento de
felicidade.
Nós nos acomodamos na água morna, cada um de nós
afundados até os ombros e apenas observando o outro,
calmamente. É um momento denso, mas de uma boa maneira.
Tudo o que temos compartilhado, tudo o que está à frente de
nós me deixa feliz e segura.

— Eu não deveria ter gozado dentro de você, Soph. Eu


fui negligente. — Diz Colton, finalmente quebrando o silêncio.

Minha pequena bolha feliz, momentaneamente, estoura.

— Eu queria você.

— Mas você não está tomando pílula, não é? Você pode


ficar grávida.

— Eu sei. — Eu olho de volta para ele, esperando para


ver como ele vai reagir.

Sua resposta é um sorriso preguiçoso, que ilumina todo


o seu rosto.

— Entendido.

Meu corpo se inunda de endorfina e sensação de calor


se espalha sobre mim. Ele e eu estamos na mesma página.
Esta não é uma aventura. Isso não é algo passageiro ou
temporário. Há significado, profundidade e clareza completa,
para o que estamos fazendo.

— Venha aqui. — Ele ordena, com a voz baixa e rouca.


Eu praticamente nado através da banheira para
alcançá-lo e Colton sorri, enquanto me observa. Subo em seu
colo, fixando-me contra ele. Eu abro minhas pernas e as
coloco uma de cada lado de seus quadris, descansando os
braços sobre seus ombros. Ele acaricia minhas bochechas e
traz sua boca para a minha, em um beijo doce.

— Obrigado por esta noite. Por acreditar em mim. Por se


dar para mim.

Concordo com a cabeça, lentamente, deixando o peso


deste momento e o significado profundo por trás de suas
palavras penetrarem.

— Você estava tão confiante, ao voltar para casa comigo


naquela noite. Tão forte. - Diz ele, aninhando sua boca contra
a minha garganta.

— Eu sabia que de todos aqueles homens lá naquela


noite, era para eu ir com você. — Eu digo.

— Você pertence a mim. Sempre.

— Sim.

Não há jogos, sem segredos ou negar nossos


sentimentos e eu adoro isso, porra.

De repente, beijando e abraçando na água morna, eu


podia sentir a longa masculinidade de Colton crescer.
Deslizo para cima e para baixo, sobre ele, provocando-o
com o pensamento de que ele poderia facilmente afundar-me
com a ajuda da água.

Deixando as mãos derivando para baixo, ele aperta


meus seios, acariciando-os, com leves toques.

— Eu nunca me cansarei disso. — Diz ele.

— De quê?

— Tocar você, sabendo que você é minha.

Eu me sinto da mesma maneira e nunca quero que esse


momento tenha fim.

Colton

A primeira vez que fizemos amor éramos um


emaranhado de membros, desesperados e lutando para chegar
mais perto. Desta vez, eu a estou segurando em meus braços,
nós dois estamos estendidos na minha cama, lado a lado e, me
comprometi a tomar meu tempo.

Eu varro seu cabelo para trás dos seus olhos e a espio.

— Eu não deveria ter tomado sua virgindade assim. —


Eu me sinto mal por nossa primeira vez ter sido uma foda
rápida e dura contra a parede. Eu nunca me senti, antes, tão
fora de controle com a luxúria, como me senti com ela.

— Assim como?

—Apertando-a contra a parede, com o meu pau


enterrado dentro de você. Eu deveria ter sido mais romântico.
Delicado com você.

Ela balança a cabeça.

— Eu precisava daquilo. — Diz ela, discordando de mim.

— Mas porquê?

— Porque todas estas semanas que passou, com você


em sua abstinência, eu estava começando a pensar que havia
algo indesejável sobre mim. Eu precisava que você perdesse
todo o controle e me levasse daquela forma. — Admitiu ela,
suavemente.

— Não há nada de indesejável sobre você. — Eu lhe


asseguro, levando minha mão ao seu rosto e esfregando meu
polegar ao longo dos seus lábios.

— Mostre-me... — Ela murmura.

Eu pego a mão dela na minha e acaricio o meu pau,


que está duro novamente, estendido contra minha barriga.

— Isto é o que você faz comigo. Você me deixa muito


duro e dolorido.
Suas bochechas ficam coradas e ela afunda os dentes
em seu gordo lábio inferior.

— Você acha que pode lidar com isto de novo? — Eu


pergunto.

Sem dizer uma palavra, Sophie se move para cima de


mim, montando os meus quadris e esfrega os lábios molhados
de sua boceta para cima e para baixo do meu eixo.

Sua confiança e nível de conforto sexual continuam a


surpreender-me. Ela sabe o que quer e não tem medo de
assumir isso.

— Venha aqui, doçura. Tome o meu pau.

Ela se levanta, me posiciona em sua abertura e,


lentamente, começa a abaixar-se. Desta vez, eu entro nela,
mais facilmente, com seu sedoso calor envolvendo-me de uma
forma maravilhosa.

Desacostumado a me sentir tão fora de controle, levo


minhas mãos inúteis aos seus quadris e as deixo lá, permito-
lhe controlar os movimentos.

Observando seus olhos enquanto ela me leva, algo no


meu peito se aperta, como se fosse explodir. Eu nunca tinha
experimentado um sentimento de confiança tão completo. É
impressionante. Ela voltou para mim, acreditou que eu ia fazer
a coisa certa e, em seguida, deu-se a mim, totalmente.
— O que eu faço? — Pergunta ela, se equilibrando em
cima de mim.

— Monte-o, baby. Leve-me profundamente.

Ela achata as mãos contra meu músculo abdominal e


mexe a bunda, me lançando um sorriso sexy.

— Assim?

— Foda, sim. Assim.

Ela ri.

— Desta vez não dói tanto.

Eu sabia que ela estava mentindo para mim, sobre não


se sentir dolorida. Quando eu a tinha lavado no banho, o pano
que usei entre suas pernas saiu com um tom de rosa,
enviando o meu lado primitivo a um acesso de raiva. Eu
odiava saber que a tinha machucado, mas eu, porra, fiquei
maravilhado com o fato de ter sido o primeiro homem a
penetrar sua doce boceta.

Eu franzi a testa.

— Você deveria ter me dito, que eu a machuquei.

— De jeito nenhum. — Ela balançou a cabeça, ainda


estando em cima de mim e se movendo lentamente para cima
e para baixo.
— Por que de jeito nenhum? — Eu resmunguei. É
extremamente difícil, porra, me concentrar na nossa conversa
com seu calor apertado, estrangulando meu pau.

— Eu queria isso, Colton. Eu queria isso e você, desde o


início.

— Eu também, — eu admito. — Apesar de eu estar


contente por nós termos esperado.

— Eu também. — Diz ela.

Nós nem sequer discutimos sobre o uso de proteção,


desta vez, e a quantidade de confiança que isso revelava entre
nós era incrível. Apesar de só conhecer Sophie há um curto
período de tempo, nós compartilhamos uma intensa e
profunda ligação. Uma que eu nunca tinha sentido antes. Nós
dois estávamos de acordo em não querermos nada entre nós.
Eu estava vagamente consciente de que precisava ter cuidado
para não me vir dentro dela, mas minha mente não funcionava
tão claramente neste assunto.

Olhando-me com olhos azuis ardentes, Sophie levou-me


mais profundamente e soltou um suspiro feliz.

— Eu te amo, Colton.

Apesar de ser muito bom sentir seu corpo confortável,


em torno de mim, não é nada comparável com a maneira como
me senti quando ela disse essas palavras. Amor, aceitação e
emoção crua, correram por mim. Este não era apenas um ato
físico. Era muito mais que sexo. Mantendo meus olhos nos
dela, me levanto do colchão, até que estejamos face a face.

— Eu te amo com tudo o que eu sou. Eu sou seu e você


é minha, doce Sophie.

— Sim. — Ela murmura, trazendo seus lábios para os


meus.

Eu pego seus quadris em minhas mãos e elevo-a e a


baixo, sobre em mim.

— Foda-me menina bonita. Monte o meu pau.

— Sim senhor. — Ela geme.

Sophie trabalha sua bunda para cima e para baixo de


mim - silenciando eficazmente quaisquer outras declarações
entre nós. Ela é, porra, incrível.

Toda vez que ela balança contra mim, eu posso sentir


seu amor queimando através de mim. Branco, quente e tão
poderoso, que rouba o meu fôlego. Eu nunca tinha entendido o
sentimento de fazer amor, ou como ele diferia de sexo, mas
neste momento, eu entendo. Eu totalmente, porra, o entendo.
É um belo ato. Dois corpos que compartilham um momento
perfeito, correndo juntos em direção à libertação. Isso é o que
eu estava esperando. Isso. Nós. Cara a cara. Nada entre nós
exceto calor cru e exploração doce.
Incapaz de me manter quieto por mais um momento, a
levanto e a coloco deitada de costas contra a cama. Eu passo
por cima dela e abro as suas pernas.

— Desta vez, eu quero que venha no meu pau. — Eu


empurro para frente, afundando dentro dela com um golpe
rápido.

Ela choraminga baixinho e mastiga seu lábio.

— Enrole suas pernas em volta de mim, baby. — Eu lhe


digo, empurrando meu pau nela, um pouco mais profundo.

Sophie geme, levantando as pernas e as envolvendo em


torno da minha cintura.

— Está tudo bem? — Eu pergunto, balançando para


frente novamente.

— Mais, Colton. Dá-me tudo. — Ela respira, colocando


seus lábios contra o meu pescoço.

Afundando-me cada vez mais, entre as suas coxas, eu


empurro-me para frente - forte - enchendo-a com cada
centímetro que tenho para oferecer. Sinto Sophie endurecer e
a lembro mais uma vez de respirar. Ela o faz, inalando
profundamente e soltando um grito torturado.

Eu podia ser a pessoa em cima dela, enchendo seu


corpo com meu pau, mas não sou estúpido o suficiente para
acreditar que sou o único no controle. Esta menina me possui,
porra. Com sua natureza doce, sua força, sua inocência, ela
está me deixando abalado e, claro, sua quente e molhada
boceta. Ela é perfeita. E ela é, finalmente, minha. Nada vai
mudar isso.

Ajoelhado sobre a cama, em frente a ela, eu massageio


seu clitóris com meu polegar, enquanto continuo com meus
longos e preguiçosos impulsos nela. Seu calor me envolve em
um apertado, quente casulo, chupando meu pau fundo, dentro
dela. Ela está tremendo toda, e sabendo que estou ficando
perto da borda, preciso ter a certeza que ela venha, antes de
eu gozar. Na nossa primeira vez juntos, era compreensível que
ela não viesse comigo, mas desta vez, eu quero ter a certeza
que ela chegue. Que tipo de homem seria se eu não cuidasse
da minha garota?

Os murmúrios baixos de Sophie ficam uniformes e cada


vez mais rápidos e eu sei que ela está se aproximando.

— É isso aí, baby. Deixe ir.

Úmido suor escorre pela minha espinha, quando a luta


contra o meu orgasmo se torna uma dor física.

Eu mergulho nela uma e outra vez, meu queixo se


apertando. Meu coração está pulsando dolorosamente em meu
peito e estou prestes a ficar desfeito. Eu só preciso levá-la lá...

Nós nos movemos juntos, profundamente, nossos olhos


uns no outro.

— Eu amo você, Sophie.


Ela se aperta em torno de mim, com o corpo em
espasmos loucos, enquanto ela vem.

— Caralho. — Eu rugi, me enterrando em sua perfeição.

Eu a envolvo em meus braços e ela se agarra a mim.


Apesar de não trocamos uma única palavra, o gesto é
eloquente. Eu nem sequer me preocupo em me retirar, estou
feliz em permanecer dentro dela pelo tempo que for possível.

Eu sou um homem controlado em todas as coisas. Em


tudo o que faço. Na minha empresa, na minha caridade, em
tentar obstinadamente manipular os termos do meu divórcio,
em comprar Sophie naquela noite... No entanto, toda esta
perfeita ordem e controle desapareceram num instante. O
amor é imprevisível e incontrolável. Sua força me atinge como
um peso de mil quilos, tecendo seu caminho em todas as
fibras do meu ser e fixando residência. Estou profundamente,
loucamente apaixonado por esta mulher. Eu me sinto como se
tivesse sido cortado em dois, cru, vulnerável e inseguro de
mim mesmo, pela primeira vez na minha vida. É terrível, mas
eu não trocaria esse sentimento por nada no mundo.
Capítulo Nove

Sophie

— Sinto muito sobre a confusão, — diz Kylie, me


conduzindo para o interior do seu bonito bangalô de praia. —
Graças a Deus, você está de volta. — Ela me puxa para um
abraço de um braço só.

Ela está esgotada - eu posso dizer. Se não fosse pelo


choro do bebê, que ela está balançando em seu quadril, ou o
nó bagunçado que está ostentando no topo de sua cabeça, a
pasta de arquivo que está segurando em seus dentes é uma
pista indiscutível.

Eu puxo a pasta da boca dela.

— É claro. O que você precisa que eu faça primeiro? —


Eu pergunto.

É claro que ela está sobrecarregada, ou talvez eu só


tenha aparecido em um momento ruim.

— Você pode segurar o Max? — Ela pergunta,


entregando-me o bebê, chorando.
— Claro. — Eu cerro os dentes. Eu não sou boa com
bebês. Ou animais. Ou plantas, já que estamos falando da
minha falta de jeito. A culpa é da falta de experiência. Seus
gritos param, quando ele olha para mim, pensativo, mas ele
leva apenas três segundos para decidir que ele não é um fã
meu. Os seus gritos sobem para níveis épicos que deixam
meus pobres tímpanos latejando. Mas Kylie já desapareceu na
cozinha, gritando alguma coisa sobre a necessidade de dar-lhe
algo para tomar.

Ok, tudo bem.

Enquanto eu olhava para o rapaz, em meus braços, me


ocorreu que eu nunca o vi fora das inúmeras fotografias que
Kylie tem emolduradas em seu escritório. Ele geralmente está
dormindo quando estou aqui ou está com a babá.

Ele é uma coisinha gordinha, com cabelo castanho


bagunçado e olhos azuis gigantes, brilhantes. E eu diria que
ele é adorável, mas os uivos ensurdecedores que ele está
dando tornam difícil avaliar isso com precisão. Tenho certeza
que ele seria muito mais bonito sorrindo para mim e fazendo
ruídos borbulhantes e doces.

Eu o balanço contra o meu quadril, assim como vi Kylie


fazendo, mas não ajuda.

Felizmente, ela retorna com seu frasco e o pega de mim.


Quando o bico da mamadeira atinge sua boca, ele
instantaneamente se acalma e o alívio em Kylie é visível. Sua
postura relaxa e um sorriso lento desenrola em seus lábios,
enquanto o olha.

— Ok, vamos até o escritório, aí posso dizer-lhe onde


parei? Eu posso terminar de alimentar esse monstro e, em
seguida, levá-lo lá para baixo.

— Absolutamente.

Nós subimos as escadas para o espaço de escritório, por


cima de sua garagem, que Colton tão graciosamente tinha
construído para ela, para que pudesse trabalhar em casa com
seu bebê. Eu ainda não sei a história por trás do
relacionamento delas e faço uma nota mental para lhe
perguntar sobre isso hoje à noite.

O trabalho me mantém ocupada durante todo o dia e


estar de volta, na presença da Kylie que é tão dinâmica - ouvir
como ela faz chamadas de vendas difíceis, dobrando os seus
esforços para garantir mais doações - faz-me sentir ainda
melhor sobre minha decisão de voltar para LA. Ela chama
potenciais investidores e os alicia para o projeto com
facilidade. Eu tenho certeza que ela ouviu falar sobre o
divórcio de Colton e os fundos reduzidos que ele tem para
contribuir.

Nosso trabalho é ocasionalmente interrompido por


crises de gritos, que podemos ouvir crepitando no monitor do
bebê. Kylie trabalha furiosamente - correndo da sala para
recuperar uma chupeta perdida, voltando para o escritório
para escrever um e-mail apressado em seu laptop e depois
jogando um jogo intenso de esconde-esconde, enquanto
responde a perguntas de um investidor com o telefone celular
embalado entre o ombro e a orelha. Ela é realmente uma
supermulher. Eu nunca percebi o quão difícil seria ser uma
mãe solteira até que a vi em ação. Estou exausta, de apenas a
observar.

Quando chego em casa do trabalho, sei que a


motocicleta estacionada ao lado da casa, significa que Colton
chegou mais cedo que eu. Casa. Eu suspiro, feliz. Chutando os
sapatos no corretor, vou em busca dele. Eu acho que não me
vou acostumar com quão grande é esta casa. Talvez um dia eu
o convença a nos mudarmos para um aconchegante
apartamento de um quarto. Embora eu vá sentir muita falta
de olhar para o oceano.

Acho Colton em seu escritório, com a gravata solta no


pescoço, mangas da camisa branca empurradas para cima,
nos seus antebraços e um copo de cristal cheio de bourbon.
Licor forte, assim que ele chega em casa do trabalho? Isso é
novo.

— Tudo bem? — Eu pergunto, afundando-me em seu


colo e colocando meus braços em volta do seu pescoço.

Ele pousa o copo e apoia o queixo no meu ombro.

— Apenas trabalho. — Ele solta um suspiro pesado. —


As coisas estão fodidas, no momento.
Ele não costuma falar muito sobre seu trabalho, e eu
percebo que quero entrar nesta faceta da sua vida. Ele é o
CEO de uma empresa sobre a qual eu sei muito pouco.

— O que está acontecendo com o trabalho? — Eu


pergunto.

Ele levanta a cabeça e encontra os meus olhos.

— Não é nada para você se preocupar, doçura.

Eu posso não ter uma educação da Ivy League, de uma


faculdade importante, como ele, mas eu tenho a certeza que
poderia entender o que está incomodando-o. Talvez eu possa
até ajudar a torná-lo um pouco melhor. Não é isso que as
namoradas fazem?

Levanto-me de seu colo e fico diante dele com as


minhas mãos em meus quadris.

— Eu acho que não tenho que lembrá-lo que a retenção


de informações causou-lhe problemas, anteriormente. Você
nunca fala sobre seu trabalho. Deixe-me entrar. Deixe-me ser
uma verdadeira companheira, Colton.

A ruga que atravessa a sua testa se aprofunda à


medida que ele me observa.

— Isto não é ... Eu não estou tentando esconder nada de


você.

— Como você conheceu Kylie? — Eu pergunto.


— Ok. Vamos jantar e vamos conversar sobre tudo.

Oh, foda-se. Ele tem um olhar como se tivesse que me


dizer alguma coisa desagradável. Todas as pessoas já viram o
pau do meu namorado? Amanhã, trabalhar com Kylie vai ser
extremamente difícil, se assim for. Por mais que eu goste dela
e a respeite, não vou ser capaz de manter a calma, se eles
compartilharam um passado ilícito.
Colton

Uma vez que Sophie e eu estamos sentados à mesa da


sala de jantar, com os nossos pratos de comida na nossa
frente, eu sei que não posso evitar por mais tempo esta
conversa. Eu não estou acostumado a trazer as pessoas para o
meu mundo, tão completamente. Mesmo quando eu era
casado, eu raramente discutia meu trabalho com Stella. Eu
acho que ela nem sabia o que eu fazia, com toda a
honestidade. Mas eu também sabia que era hora de mudar.

— Primeiro, eu conheci Kylie na faculdade. Ela e eu


estávamos na mesma fraternidade de negócios. E há alguns
anos atrás, quando eu estava a fundar minha Instituição de
Caridade, ouvi de um amigo comum que ela tinha se mudado
para cá e, estava procurando um emprego. Entrevistei-a,
enquanto bebíamos café. Nós não tínhamos nos falado em um
par de anos, até aquele momento. Achei que ela era mais do
que qualificada. Ela deixou seu emprego em uma grande
empresa de comercialização, no leste, para aproveitar o sol da
Califórnia. Eu sabia que se não ficasse com ela, logo ela iria
ter várias propostas, de empresas maiores.

Sophie brincava com o garfo.

— Então, nunca houve nada romântico entre vocês


dois?
— Não. — É a verdade absoluta, e eu nunca estive mais
grato do que estou neste momento por ter mantido meu pau
na minha calça. Eu não poderia suportar outro olhar de
decepção cruzar o rosto da minha menina. — Ela é uma
empregada, e isso é tudo.

— Tudo bem. Graças a Deus, porque o trabalho ia ser


muito estranho se vocês dois tivessem um passado secreto. —
Sophie sorri e tira um grande bocado de comida de seu prato.

— Agora, em relação ao trabalho. Eu não sou bom em


falar sobre os meus defeitos.

Ela olha para mim e sua expressão azeda.

— Tivemos um trimestre ruim e as ações da empresa


caíram quinze por cento.

— O que isso significa?

— Isso significa que CNBC e vários meios de


comunicação estão discutindo por que a empresa está a
afundar e o que o CEO vai fazer sobre isso.

— Oh. Sinto muito, Colton. Eu não sabia.

Eu concordo com a cabeça.

— Eu não aceito fracassos muito bem.

— Isto não é um fracasso, Colton. Você não é um


fracasso. — Seu olhar azul brilhante queima no meu. — Você é
um CEO, aos vinte e oito anos de idade. Isso é incrível, porra.
E que empresa não tem maus resultados ao longo do tempo?

Ela está certa.

— É verdade.

— Você tem um plano de como vai corrigir esta


situação? — Pergunta ela.

— Eu tenho. — Me encontrei com meu pessoal superior


durante toda a tarde para elaborar um roteiro de seis meses,
que iria nos tirar do vermelho. Daí porque eu estava em casa
mais cedo e a beber o licor forte. Tinha sido um dia brutal,
mas pelo menos tínhamos um plano. Eu estava assumindo
esse fardo sozinho, não querendo preocupar Sophie, mas
quando ela chega do outro lado da mesa e pega a minha mão,
entrelaçando os seus dedos entre os meus, eu vejo o quão
errado eu estava. Dizendo-lhe - abrindo-me desta forma - não
tornou a situação pior - de alguma forma tornou as coisas
melhor. Pelo menos, colocou as coisas em perspectiva. O
trabalho era trabalho. Ele sempre estaria lá. Haveria altos e
baixos. Mas essa era a minha vida real. Esta mulher, que
estava me levando com todos os meus defeitos, me amava, de
qualquer maneira.

— Você tem isto controlado. — Disse ela, dando um


aperto na minha mão.

— De fato. — Aperto a dela de volta.


Continuamos comendo, e depois levamos, juntos,
nossos pratos para a cozinha.

— Por um segundo, eu estava preocupada que seu


humor tivesse algo a ver com Stella, ou seu acordo de divórcio.
— Sophie admitiu, lavando os pratos e os entregando para
mim, um de cada vez, para colocar na máquina de lavar.

Eu balancei minha cabeça.

— Não. Tudo isso está tratado.

— Eu não posso acreditar que assim, de repente... está


tudo acabado.

— Sim, doçura.

— Colton, eu estou...

— Eu sei. Eu também estou muito contente sobre isso,


porra. Pace sugeriu que eu fizesse uma festa.

Sua testa se enruga, de concentração.

— Devemos sim fazer uma.

— Sério? Você quer comemorar o meu divórcio?

Ela balança a cabeça.

— Não, quero celebrar nós dois juntos, como um casal.


Poderíamos convidar minha família, a sua, para todos se
misturarem e conviverem.
— Eu gosto dessa ideia. — Me inclino sobre a ilha da
cozinha e dou-lhe um beijo na boca. — O que devemos fazer?

— Eu acho que a única coisa apropriada seria uma


festa na piscina.

— Ah, é? Eu achei que você não iria querer ir perto da


piscina novamente.

— Esse é o ponto, Colton. É hora de seguir em frente e


deixar o passado ir.

Meu peito se enche de orgulho. Eu amo essa garota.

— Vamos, vamos lá em cima. — Ela pega minha mão


novamente. — Eu acho que uma massagem pode te relaxar.

Eu levanto uma sobrancelha para ela.

— Você se lembra do que aconteceu da última vez que


tentou me dar uma massagem? — As imagens eróticas de nós
no chuveiro, após sua tentativa de massagem, estão impressas
a fogo no meu cérebro.

— Com certeza. — Ela sorri e me puxa da cozinha.


Capítulo Dez

Sophie

— Isto é tão estranho. — Eu digo, virando-me para a


Becca.

— O quê? — Ela responde, ajustando os laços da sua


parte superior do biquíni.

— Papai está ali, falando com Colton. — O homem que


me comprou em um leilão de sexo, eu adiciono mentalmente.

— Então?

Becca e eu nos voltamos e olhamos sobre a piscina,


onde Colton e o nosso pai estão em pé, sob a sombra do coreto
de cedro, bebendo cocktails e conversando casualmente.

— É mesmo estranho. — Eu digo.

Ela encolhe os ombros com o meu desconforto.

— Nós somos meninas adultas, Soph. Papai não se


importa se está dormindo com um milionário. Merda, ele
provavelmente está orgulhoso. Sei que eu estou. — Ela sorri
para mim.

Reviro os olhos, grata pela cobertura dos meus óculos


de sol. Ela é louca. A ansiedade que senti planejando essa
festa foi principalmente sobre a forma como meu pai e Colton
se dariam. Eu nunca apresentei meus pais para um homem
antes. Especialmente não um que é sete anos mais velho, tem
uma empresa e uma mansão em Malibu. É um pouco
estressante.

Minha mãe está se ocupando, dando uma ajuda na


cozinha, claramente desconfortável, deixando a ajuda de
garçons contratados tratar de tudo na festa, mesmo que
Colton e eu dissemos a ela inúmeras vezes para desfrutar e
relaxar. Eu acho que minha mãe não sabe como relaxar. É
algo que só agora estou aprendendo a fazer, eu mesma.

O dia está muito perfeito. O sol está brilhando. A


temperatura é perfeita. Música reggae suave cantarola
preguiçosamente no fundo, através dos alto-falantes ao ar livre
e o bar está abastecido com bebidas tropicais e garrafas
geladas de cerveja. Ninguém está na piscina ainda, mas bolas
coloridas estão na superfície da água, sedutoramente. Depois
de estar muito tempo tomando sol, tenho certeza que vou estar
pronta para dar um mergulho.

Collins e Pace estão sentados no bar, cada um com


uma bebida na mão. É cedo ainda e Beth, chefe pessoal de
Colton, tem tudo preparado para um churrasco, depois. O que
me faz ainda mais curiosa sobre o que minha mãe poderia
estar ajudando, lá dentro. Ela provavelmente está deixando
Beth insana.

Eu tomo um gole de meu drink de manga e tento


relaxar.

Marta vem passeando pelas portas do pátio, como se


estivesse trabalhando em uma pista de passarela. Por alguma
razão, a visão dela em seu pequeno biquíni, vermelho faz meu
estômago dar um nó. Eu odeio que ela e Colton tenham tido
um caso - não importa quão breve.

— Quem diabos é ela? — Becca pergunta, baixando os


óculos de sol.

— Marta. Ela trabalha para Colton, como sua assistente


pessoal.

— Ela é linda. — Diz Becca.

Aparentemente, Marta não entendia muito bem o tema


- festa casual na piscina - a maquiagem foi habilmente feita e
ela penteou o cabelo em ondas perfeitas que caiam nos ombros
e costas. Meu próprio cabelo está em um rabo de cavalo
bagunçado e a única coisa a decorar minha pele é uma
espessa camada de protetor solar, gorduroso. Eu sinto a
necessidade de marchar para o andar de cima, adicionar rímel
e batom e trocar minha roupa e biquíni. Em vez disso, coloco
para baixo o resto da minha bebida, fazendo ruído.
— Mais? — Becca pergunta, rindo de mim.

— Sim, por favor.

Becca vai para o bar, se apresenta para Marta e tem


uma breve conversa com Pace e Collins, enche cada um dos
nossos copos, em seguida, fica perto de papai e de Colton,
falando com eles.

Ela finalmente retorna com nossas bebidas,


semiderretidas, na mão.

— O que foi aquilo? — Eu pergunto, aceitando a bebida


e chupando um bocado de gelo.

— Ok, primeiro: os irmãos de Colton são quentes como


a merda.

Concordo com a cabeça. Dãã, óbvio.

— Eu ainda acho que Pace e eu poderíamos ter-nos


divertido na Itália... — diz ela, para ninguém em particular. —
Em segundo lugar, não se preocupe com o pai e Colton. Eles
estão falando sobre o trabalho de caridade de Colton na África
e, papai está praticamente babando, pendurado em cada
palavra dele. Tenho certeza que meu pai tem uma paixonite de
homem por seu namorado.

— Obrigada, Becs. — Eu me perguntava o que ela


estava fazendo. Espiar para mim era praticamente uma
obrigação, no manual de gêmeo.
— Em terceiro lugar, Marta não é alguém com que você
precisa se preocupar. Seus seios são obviamente falsos e sério,
quem usa salto para uma festa na piscina?

Eu não tinha notado seu calçado, mas Becca tem razão,


as sandálias têm um salto de quatro polegadas. Filha da...

— Ela está tentando muito duro, Soph, — Becca


continua. — Você é naturalmente bonita e os homens preferem
isso ao falso, em qualquer dia. Confie em mim.

Eu liberto um suspiro pesado. Sei que ela está certa.


Colton não olha para Marta do jeito que olha para mim.

— Ela e Colton tiveram um caso, — eu admito a Becca.


— Quando ele se separou da ex-mulher. Tenho certeza que ela
não só viu o pacote do meu homem, mas teve o prazer de estar
de joelhos diante dele, levando-o profundamente em sua
garganta.

— É uma grande cadela.

Eu rio, amando o ódio instantâneo da Becca por Marta.

— Sério, mana, você está bem com ela trabalhando


para ele, dado o seu passado? Se não, deve falar com ele. — A
carranca, que puxa sua boca para baixo é familiar para mim.
É a mesma que eu vejo, sempre que olho para o espelho.

— Ele teve uma conversa com ela. Disse a ela que, se


causasse problemas entre nós, ela seria demitida.
— Sim, mas quando ela aparece aqui desta forma, algo
me diz que você deve ter sua própria conversa com ela. Um
bem formulado, tipo "sai fora do meu homem, cadela", deve
fazer o truque.

— Você acha? — Nunca imaginei dizer nada a Marta,


diretamente, mas agora que Becca está sugerindo isso, a ideia
me enche de ansiedade e uma estranha emoção. Eu nunca
reivindiquei um homem antes.

Eu tomo o resto da minha bebida, até o canudo fazer


um barulho alto, de estar chupando contra o fundo do copo.

— Segure isso. — Eu entrego o copo para Becca. Sem


dar-me a oportunidade de me arrepender, me levanto da
cadeira e caminho para onde a Marta está conversando com
Pace e Collins ao lado do bar.

— Posso ter uma palavra com você, Marta?

— Claro. — Ela sorri para mim docemente e pousa o seu


copo de vinho branco.

Eu a levo ao conjunto de cadeiras almofadadas, fora do


alcance dos ouvidos das pessoas.

— Então, como está a redecoração da casa da piscina?


— Eu pergunto.

Merda. Eu posso me sentir perdendo a coragem. Isto é


um tanto mais estranho pelo fato de que eu e ela somos uma
espécie de amigas. Ela tem sido gentil comigo. Me levou às
compras e ficou comigo quando Colton estava fora da cidade,
aos negócios. Naturalmente, ocorre-me que todas estas coisas
de amiga poderia ter sido um teatro, que ela montou para se
aproximar de Colton, por ser minha amiga. Não faz parte da
minha natureza ser má e eu não tenho a menor ideia sobre
como começar.

— Está no caminho certo. Mandei um e-mail para o


Colton com um link com um conjunto de projetos que eu gosto
para o espaço, mas em última análise, cabe a ele decidir.

Eu estou com a língua presa e sem saber o que dizer em


seguida. Eu acho que nós as duas sabemos que não a puxei
para longe da diversão para ter uma conversa privada sobre as
novas cortinas para a casa da piscina, raramente utilizada.

— Está tudo bem, Sophie?

— Não, na verdade, não está. — Eu limpo minha


garganta, desejando que eu tivesse bebido um terceiro drink
antes de tentar ter essa conversa estranha. — Colton me
contou sobre o seu passado com ele.

— Oh. — Ela olha para o pátio de pedra, entre seus pés


tratados.

— E apesar dele me garantir que não tem qualquer


interesse em você, eu preciso ouvi-la dizer a mesma coisa. —
Faço uma pausa, observando seus olhos e me concentrando
em respirar, calmamente. Ela não precisa saber que meu
coração está batendo como um tambor.
— Em determinado momento, eu gostei de Colton. Ele é
um homem encantador, inteligente. Que mulher não se
apaixonaria por ele? Mas ao longo dos anos, eu aceitei que ele
não me vê desse jeito, Sophie. Posso prometer-lhe. Eu o
superei.

Concordo com a cabeça, ainda olhando para ela e sem


saber o que dizer em seguida. Nossa, isso é estranho. Eu
deveria ter feito Becca vir aqui e ter essa conversa. Pena que
não éramos realmente idênticas, e não poderíamos passar
uma pela outra, porque se assim fosse, ela estaria aqui.

Marta se inclinou para mais perto.

— Olha, a verdade é que sei que não posso competir


com você. Você é uma menina linda. E Colton te ama. Se ele
não te contou ainda, tenho certeza que ele vai, porque eu
posso ver isso, sempre que ele olha para você...

— Ele me disse. — Admito.

— Oh. Bem, como eu disse, não estou surpresa. — Ela


leva um minuto, olhando novamente para seus dedos dos pés,
polidos, antes de encontrar meus olhos. — Espero que meu
trabalho para ele não a incomode. Se isso acontecer, eu
entendo, mas eu amo meu trabalho, e...

Eu ergo a mão, impedindo-a.

— Isso não me incomoda. Confio em Colton. Eu só


precisava que você soubesse que agora ele é meu.
— Eu sei, — diz ela em voz baixa. — Eu sei.

Endireito meus ombros, a minha confiança crescente.

— Bom. Estou feliz que tivemos esta conversa. Estou


bem com o fato de você continuar a trabalhar para ele, mas só
sei que não vou tolerar que você flerte com o que é meu.

— Eu percebo isso, Sophie. — Diz ela, com o queixo


inclinado para baixo, como se algum de seu equilíbrio
desaparece.

Afasto-me da nossa conversa, me sentindo um pouco


estranha e um pouco triste. Quando termino de transmiti a
conversa para Becca, após me afundar de volta em minha
cadeira, ela me acena.

— Não se sinta mal. Ouça, Marta é muito bonita. Ela é


um dez, está no topo da escala. Ela não vai ter nenhum
problema em encontrar um homem, agora que sabe que é hora
de deixar Colton ir. Você fez a coisa certa em falar com ela.
Agora tudo ficou esclarecido e não há segredos. Além disso,
agora que você está namorando um homem totalmente
atraente como Colton, é melhor se acostumar em bater as
meninas fora dele. Foi um bom aquecimento, um bom ensaio.

Balanço a cabeça em concordância.

— Ok, bom ponto. — Como minha irmã ficou tão sábia,


eu não tenho ideia.
— Estou feliz por você, Soph, — diz ela. — Realmente,
ridiculamente, feliz. Aconteça o que acontecer, eu quero que
você viva cada dia em sua plenitude. Ria. Cante no chuveiro.
Dance nua. Faça sexo com seu homem na cozinha. Tenha
muitos bebês.

Eu olho para ela, de repente meu estômago se aperta


em um nó.

— O que você está falando? Por que está dizendo tudo


isso?

Ela encolhe os ombros.

— Nós simplesmente não sabemos quanto tempo nos


resta, isso é tudo.

Essa conversa, à luz do sol brilhante, com Bob Marley


cantando "Tudo vai ficar bem” no fundo, parece totalmente
errada e fora do lugar. Eu odeio isso.

Eu engulo o caroço na minha garganta.

— Você está saudável, certo?

Ela acena com a cabeça.

— Tudo o que eu estou dizendo é que, se o câncer me


ensinou alguma coisa, é viver cada dia como se fosse o último.

— Eita. Não me assuste assim, Becca. Nós duas temos


tempo de sobra para os bebês e tudo mais.
— Claro. Só que você esteve focada em mim por tanto
tempo, agora que estou saudável é hora de se concentrar em
você.

— Eu nunca me importei, um único segundo, de estar lá


para você. Eu faria qualquer coisa por você.

— Eu sei disso. Só não quero que se sacrifique mais. —


Ela sorri fracamente.

Eu odeio que ela esteja certa. Tenho vergonha de


admitir que houve momentos em minha vida que me ressenti
dela. O baile no nosso último ano do ensino médio é o exemplo
perfeito. Eu tinha comprado um vestido longo, prata, sem
alças, o mais bonito e deveria ir com o capitão do time de
basquete da nossa escola, Johnny Knight. Em vez disso, Becca
piorou e toda nossa família viajou para Houston, para uma
cirurgia de emergência. Eu me sinto tão egoísta por pensar
nisso. Finalmente, no ano passado, joguei fora esse vestido
prata. As etiquetas ainda estavam nele. E a culpa não termina
aí. Me sinto mal por não o ter doado, mas em um ataque de
raiva, eu o enfiei na lata de lixo.

— É só por que você viveu na minha sombra e da


minha doença, por muito tempo. Este é o seu tempo e agora
eu não quero que nada fique no caminho disso.

— Quando é sua próxima visita ao médico? — Eu


pergunto, mudando o assunto para longe da minha vida
amorosa.
— Vou na segunda-feira. Mas estou me sentindo bem. —
Ela percebe o meu estado de espírito, agora azedo e seu
sorriso se transforma em uma carranca. — Hey, eu sinto
muito por te chatear. Eu só quero ter a certeza que não
importa o que aconteça, você vai ficar bem.

— Claro que eu vou. — Minha vida está ficando ótima e


Becca está finalmente ficando bem. Todos temos um monte de
coisas para nos animar.

Eu estava olhando para cima, para o sol. Nossa


conversa me deixou um pouco nervosa. Na verdade, todo o dia
me deixou. Entre meus pais conhecerem Colton, minha
conversa com a Marta e agora, esta estranha discussão com
Becca... Eu perdi meu senso de calma zen. Poof. Ele se foi.

Meu olhar se desvia para Colton e vejo que ele está me


olhando do outro lado da piscina. Ele está segurando o celular
na mão e olha para minha bolsa da praia que está ao lado da
minha cadeira, e depois novamente de volta para mim. Eu
pesco da bolsa o meu telefone celular, me perguntando se isto
é o que ele está sinalizando para eu fazer.

Assim que tiro meu telefone, vejo um texto dele.

Você parece estressada.

Eu olho para ele, me perguntando como ele pode me ler


tão bem, como pode estar tão sintonizado comigo, enquanto
está a entreter os convidados. Eu o amo ainda mais nesse
momento. Eu digito minha resposta.
Eu não estou. Não, realmente.

Você está mentindo.

Eu olho para ele e sorrio. Eu amo que ele me conheça


tão bem.

Eu estou bem. Eu prometo. ;)

Mantenho meus olhos na tela, à espera de sua


resposta, mas quando ela não vem, eu olho para ele
novamente. Ele está de pé, do outro lado da piscina e eu estou
impressionada com a beleza do nosso ambiente idílico. Não há
nada além do céu azul em cima, e o sol radiante brilhando
sobre ele o faz parecer uma estátua bronzeada de um deus
grego. Seu peito nu e a mansão subindo atrás dele, apenas
com a extensão de água azul cintilante que nos separa, me
lembra como eu sou sortuda.

Por fim, ele me manda um texto.

Bem, eu não estou.

O que está errado?

Quero transar com você. ;)

— Eu vou dar um mergulho. — Diz Becca.

Merda, eu estou tão envolvida em minha conversa de


texto impertinente com Colton que tinha esquecido que ela
estava ao meu lado.
— Tudo bem. Se divirta. — Eu vejo como ela passeia em
direção à piscina, e vejo Pace olhando ansiosamente para ela,
mas não faz uma jogada. Eu me pergunto, por um breve
momento, se Colton o advertiu para ficar longe dela.

Depois de Becca estar na água, eu olho de novo para o


meu telefone celular.

Meu pau sente sua falta. Eu disse a ele que a


teríamos, mais tarde, mas ele é muito fodidamente
inflexível, precisa que seja agora.

Agora? Agora mesmo?

Ele é louco? Não podemos. Enquanto minha cabeça


está girando, meu telefone toca na minha mão.

Sim.

Eu olho para ele e o vejo digitar outra mensagem.

Encontre-me na casa da piscina.

Meus mamilos endurecem contra meu top de biquíni e


meu coração tropeça em sua luta para ganhar velocidade. Sem
esperar pela minha resposta, Colton enfia o telefone no bolso
de sua bermuda. Ele diz algo para o meu pai, que acena com a
cabeça uma vez, e então passeia despreocupadamente em
direção à casa da piscina.

Minha caminhada para a casa da piscina não é tão


casual. Eu me sinto tão culpada quanto um criminoso no
corredor da morte, certa de que todo mundo está me
observando e sabe exatamente o que estou indo fazer. Minhas
bochechas já estão em chamas, vermelho brilhante e, minha
respiração está vindo muito rápida. Aparentemente, eu não
consigo ir em segredo aos encontros sexuais.

Quando eu chego à porta da casa da piscina - que, para


qualquer pessoa normal seria uma casa de tamanho generoso
- Colton está de pé, na porta, me esperando com um sorriso de
expectativa.

— Você veio.

— Você realmente acha que eu iria rejeitá-lo? — Eu


pergunto.

— Não.

Tomando minha mão, ele me puxa para dentro, fecha e


tranca a porta atrás de nós. Os três quartos e dois banheiros
estão em construção. O papel de parede está despojado das
paredes e há lonas cobrindo o chão. Poeira e ferramentas
aleatórias estão espalhadas.

Todas as coisas bobas que me preocuparam há


momentos atrás desaparecem, quando me concentro
inteiramente no meu homem e neste belo momento.

Tomando meus pulsos em suas mãos, ele leva cada um


à sua boca, beijando a parte inferior deles. Seu sorriso me diz
que ele pode sentir a maneira que meu pulso fica tumultuoso
ao seu toque. Ele me guia para a cozinha e para ao lado do
balcão de pedra.

— Mãos no balcão. — Ele sussurra suavemente, perto


do meu ouvido, seus lábios fazem cócegas na pele sensível do
meu pescoço.

Eu engulo e faço o que ele mandou, virando-me e


colocando minhas mãos, espalmadas, sobre o balcão.

Ele move-se atrás de mim e eu o sinto desatar


lentamente o tecido nas minhas costas. Suas mãos se movem
sob as taças do meu top de biquíni e ele massageia os meus
seios, arranhando meus mamilos duros até que eu suspiro
com a sensação.

Varrendo meu rabo de cavalo para fora do caminho, ele


puxa o tecido atrás do meu pescoço e remove completamente
meu top, colocando-o no balcão, ao lado das minhas mãos
estendidas. Ele beija ao longo da parte de trás do meu pescoço
e das minhas costas, enquanto suas mãos continuam a
esfregar meus seios e mamilos. Eu empurro minha bunda
contra ele, e sou recebida por sua ereção grossa, que tenho
certeza que está mal contida por seus calções. Ele solta um
gemido agudo.

As mãos de Colton roçam pelos meus lados e se movem


para o fundo do meu biquíni. Ele apalpa minha bunda,
amassando com as mãos e, em seguida, continua empurrando
minha calcinha de biquíni para baixo, até se reunir em torno
dos meus tornozelos.

— Abra as suas pernas. — Ele respira contra a minha


orelha.

Eu tremo toda, mas alargo minha posição, preparando


meu corpo para ele.

Eu o ouço desatar seus calções de banho, esse barulho


do tecido é o som mais delicioso, quando ele a empurra para
baixo dos seus quadris.

— Eu vou te alimentar com meu pau. Uma polegada de


cada vez. Fique tranquila e quieta, está bem?

Concordo com a cabeça e o sinto começar a esfregar a


cabeça de seu pênis contra mim, testando minha umidade.

Colton pressiona para frente, apenas a ampla ponta


dele entrando em mim. Eu choramingo e levanto minha
bunda, necessitando senti-lo empurrar mais profundo.

Ele recua para trás.

— Você tem que ficar quieta, doçura. Nós não queremos


que ninguém saiba que estou transando com você aqui, não
é?

Concordo com a cabeça novamente.

— Eu vou ficar quieta. Prometo. — Apenas continue me


fodendo.
Uma de suas mãos permanece ancorando meu quadril
e a outra vem para a minha frente. Ele alcança entre as
minhas pernas e usa os dedos para esfregar meu clitóris, liso,
em pequenos círculos.

O prazer trespassa-me quando um inesperado orgasmo


bate dentro de mim. Eu bombeio meus quadris para trás, em
direção aos dele, levando-o mais profundo, com cada impulso.

— Colton... — Eu gemo, incapaz de me manter quieta.

Ele enche minha boca com o top do biquíni, abafando


meus gritos de prazer.

— Shh... — ele me lembra. — Eu quero fazer você gozar


de novo.

Eu choramingo baixinho, mordendo o tecido, com um


leve cheiro de cloro e suor.

Tomando ambos os meus quadris em suas mãos, ele


me puxa contra ele cada vez que empurra para frente, batendo
em mim, me fazendo chorar.

— Você está quente pra caralho, baby. Eu quero tanto


foder sua bunda.

Ele pressiona um dedo dentro da minha bunda e a


sensação - apesar de completamente estranha - é como
nenhuma outra. Prazer me agarra de dentro para fora. É foda,
quente. Seu dedo aperta mais profundo e ele solta um gemido
estrangulado.
— Tão. Malditamente. Sexy. — Ele rosna.

O seu pau ondula e sei que ele está perto.

— Eu vou gozar em todo seu rabo.

Ele continua bombeando dentro de mim, enquanto


arrasta o dedo dentro e fora de minha parte traseira e logo, eu
sinto meu interior tremer.

O meu clímax irrompe através de mim e meus gritos


abafados enchem a sala silenciosa. Colton envolve uma mão
ao redor da minha boca e bate em mim de novo e de novo,
ordenhando até à última gota de prazer do meu corpo.

Em seguida, ele puxa seu pau para fora e sinto sêmen


quente jorrando na minha bunda e costas enquanto ele se
esvazia, marcando a minha pele.

Puta merda, isso foi quente.

Ele planta um beijo úmido na parte de trás do meu


pescoço, depois se abaixa e desliza a parte debaixo do meu
biquíni para cima. Estou toda molhada e suja de ambos o
nosso clímax, mas a casa foi esvaziada- sem toalhas de papel
ou água corrente.

— Colton? — Eu pergunto, querendo saber como vou


me limpar.

— Você pode usar o chuveiro ao ar livre. — Seu sorriso


fácil e olhos brilhantes de desejo, me desafiam.
Eu não sei que jogo ele está jogando, mas se eu sair
assim, há uma chance das pessoas poderem me ver. No
entanto, não há nenhuma hipótese de eu me acovardar. Estou
me sentindo corajosa e cheia de vida depois da nossa aventura
sexual do meio-dia.

— Não é um problema, senhor Drake. — Eu sorrio


docemente e a sua boca cai aberta.

Eu passeio à luz do sol com ele logo atrás de mim,


esperando que nenhum dos nossos hóspedes note o sêmen
que marca a minha parte inferior das costas e coxas.
Capítulo Onze

Colton

Ela puxa a corrente acima dela e a água cai do chuveiro,


grande, encharcando-a da cabeça aos pés.

Eu fico novamente meio-duro olhando para ela. Fluxos


de água correm por seu corpo e seus mamilos endurecem
devido à água fria. Eu tenho que me forçar a olhar para longe
e tentar domar minha ereção. Me dei muito bem com seus
pais, e eu não gostaria de desfazer todas as boas primeiras
impressões por ficar com um tesão embaraçoso, enquanto eu
cobiço a filha deles.

Sophie pousa seu olhar em mim, e seu sorriso


desafiador me diz que ela sabe exatamente o jogo que está
jogando. Menina má. Depois ela vai ser espancada por tentar
me irritar assim.

Eu levanto uma sobrancelha, Sophie desliga o spray de


água e envolve uma toalha em torno de si mesma, cobrindo
todos seus belos atrativos.
Um grito atravessa o espaço que até então estava
pacífico, e todos os olhos se viram para as portas do pátio.
Kylie está carregando um bebê, gritando, em seu quadril, e
uma bolsa de praia repleta de fraldas e brinquedos de bebê, no
outro braço.

Atravesso a passarela de pedra e tiro o saco de seu


ombro - não há nenhuma maneira de eu me oferecer para
pegar um bebê gritando. Se estivesse calmo, eu poderia tentar,
mas não essa coisa. Ele está tendo aulas de canto com uma
alma penada, eu tenho certeza disso. Nenhuma outra possível
explicação para ele ser capaz de chegar a essas oitavas.

— Obrigada. E desculpe por Max. — Diz Kylie, aceitando


a minha ajuda.

— Não é um problema. Está tudo... está bem? — Eu


pergunto, levantando uma sobrancelha para o Banshee, quero
dizer, para o bebê.

— Ele tem estado assim por dias. Chora sem parar.


Está tendo problemas com a dentição. — Explica ela.

— Então, vamos pegar um copo de vinho. Algo que eu


possa obter para o rapaz? — Eu pergunto.

Ela balança a cabeça.

— Não, espero que ele se vá acalmar. Sinto muito, não


quero que ele estrague a festa.
— Ele não vai, Kylie. Nem um pouco. Venha, por favor,
relaxe. — Eu a levo até ao bar, onde Pace e Collins estiveram
estacionados durante toda a tarde.

Pace se levanta, assumindo o papel de bartender.

— O que eu posso te pegar?

— Pace, Collins, este é Kylie. Ela é o cérebro por trás da


minha organização de caridade.

Apresentações são trocadas, enquanto Pace prepara


para Kylie um copo de vinho branco.

— Tem certeza que você não quer algo mais forte? —


Collins pergunta, sorrindo para o bebê ainda choroso nos
braços dela.

— Tenho certeza que meus tímpanos estouraram há


dois dias. — Ela explica para eles que o rapaz está com
problemas de dentes.

— Deixe-me segurá-lo, — Pace oferece, passando em


torno do bar e parando em frente de Kylie. — Você se
importa?

Suas sobrancelhas sobem para a testa, em surpresa.


Também estou chocado. Pace está sempre pronto para pegar
uma mulher, mas, mesmo ele, não é estúpido o suficiente para
tentar seduzir outra das minhas funcionárias- especialmente
uma que é mãe solteira.
— Você pode tentar... — Assim que as palavras saem da
boca de Kylie e o bebê fica nos braços de Pace - ele para de
chorar completamente. O silêncio repentino surpreende a
todos nós e ficamos ali, olhando para Pace segurando um
bebê.

— Hey, homenzinho? — Diz Pace, balançando o bebê


com um braço.

O bebê olha fixamente para o meu irmão pateta, seus


olhos azuis gigantes piscam contra a luz do sol, enquanto ele
observa tudo.

O bebê pega os óculos de sol de Pace, puxa-os de seu


rosto e começa a mastigá-los.

— Eu sinto muito, ele tem brinquedos para os dentes


aqui, em algum lugar... — Diz Kylie, apressando-se a cavar
através do saco gigante aos seus pés.

— Nós estamos bem. — Diz Pace, passeando para longe


com o rapaz.

— O que ele é, encantador de bebês? — Collins brinca.

Todos nós encolhemos os ombros, e Kylie toma um gole


gigante do seu vinho, com os olhos em Pace e em seu filho.

Pace passa a maior parte da tarde com o bebê,


segurando-o, balançado-o no seu joelho, nadando com ele na
piscina ... e Max permanece quieto e contente ao longo de toda
a coisa - seus grandes olhos azuis ficam presos no homem que
o segura, todo o tempo.

— Ele é sempre assim com os bebês? — Kylie me


encontra e pergunta.

— Este é o primeiro que vejo com ele. — Eu admito.

Ela mastiga o lábio e os vê mergulhar na parte rasa da


piscina. Eu não tenho ideia do que ela está pensando e,
francamente, eu não quero saber. Pace e Kylie seria uma
péssima ideia.

Mais tarde, nos sentamos para uma refeição perfeita


preparada por Beth, e Pace abandona seu domínio sobre o
bebê apenas tempo suficiente para comer, passando-o para
Sophie para que Kylie pudesse comer em paz. Pace pode ter
sido a babá durante toda a tarde, mas nada vai ficar entre ele
e sua pilha de costelas no prato. Ainda bem, ele provavelmente
iria comer o braço do bebê por engano.

A visão de Sophie com um bebê nos braços faz algo


estranho para mim. Meu coração palpita em meu peito, e eu
distraidamente pressiono a palma da mão contra ele, tentando
fazê-lo bater normalmente, mais uma vez. Que diabos? Sophie
está balbuciando algo a ele, algo que eu não consigo entender,
mas sua voz é um sussurro suave e doce, nada como ouvi
antes. E eu decido que gosto daquela cena. Bastante.

Ela se senta com ele no colo, e o alimenta com


pequenas mordidas de biscoitos, que ela quebrou em pedaços
pequenos. Eu nunca soube que isso poderia ser tão cativante,
mas por alguma razão, caramba, eles capturaram minha
atenção absoluta.

Quando Sophie e eu nos arrastamos para a cama


naquela noite, nós dois estamos bronzeados e letárgicos, da
tarde passada a entreter os convidados.

— Estou contente por nossas famílias terem se


conhecido. — Diz ela em torno de um bocejo.

— Eu também.

— O que você e meu pai falaram?

Acho que ela percebeu que eu estive com ele a tarde


toda.

— Principalmente, nós conversamos sobre o meu


trabalho. Um pouco sobre minha família. Nada muito
emocionante. Só conversa fiada. — Eu minto.

Eu não vou dizer à Sophie, mas eu disse a seu pai que


sou loucamente apaixonado por ela. Ela é tudo para mim. Eu
pedi sua bênção, e lhe disse que planejava passar o resto da
minha vida a amando. Ele ficou lá com uma expressão séria,
como se estivesse avaliando não só a mim como um homem,
mas também minhas intenções. Depois de um momento tenso,
ele sorriu e apertou a minha mão, e depois me acolheu na
família. A nossa foda do meio-dia foi realmente uma foda de
celebração, ela só não sabia disso.

— Vamos dormir um pouco, baby. — Eu aperto os


meus braços em volta dela, na esperança de suprimir
quaisquer dúvidas dela.
Capítulo Doze

Colton

Na terça-feira seguinte, no trabalho, recebo uma série de


telefonemas de Kylie, então de Marta e, finalmente, de Beth.
Eu deixei todos irem para o correio de voz, e me pergunto se
todas as mulheres da minha vida, de repente, ficaram loucas.
Vou me encontrar com minha equipe sênior hoje, ter uma
sessão de estratégia sobre a tentativa de virar o terceiro
trimestre antes do relatório de ganhos sair no próximo mês.

Quando o meu telefone pisca novamente, eu olho para


a tela. O texto de Kylie me faz soltar a pilha de relatórios que
estou revendo.

Colton, atenda o telefone, maldito! Onde você está


?!

No escritório, o que foi?

Eu digito, irritado.
Você precisa vir buscar Sophie. Sua irmã faleceu.

Olhando para as palavras na tela, eu tento e não


consigo compreender seu significado. Tínhamos acabado de
passar o fim de semana com a família de Sophie. Becca estava
bem. Ela estava magra e queixou-se de estar cansada, mas
estava bem. Não. Isso tinha que ser algum tipo de erro.

Saí da diretoria, desculpando-me pela minha saída, e


mandei um texto para Kylie, confirmando que estava indo. Eu
chamo a Marta no meu celular, enquanto corro pelas escadas.
Não há tempo para esperar o elevador, não quando minha
menina precisa de mim.

— Colt, onde você esteve? Eu tenho tentado...

— Eu sei. Kylie acabou de me dizer.

— Oh Deus, Colton, é horrível.

Eu conduzo como um foguete até Kylie. Quando chego


a casa dela, não me incomodo em bater, faço o meu caminho
para dentro, meus olhos procurando Sophie.
Em vez disso, eu acho Kylie na sala da frente, com uma
expressão perturbada.

— Graças a Deus você está aqui.

— Onde ela está? — Eu rosno.

Kylie aponta para a parte de trás da casa. Corro pelo


corredor, e encontro Sophie sentada na mesa da cozinha,
olhando para as próprias mãos, uma caneca de chá, agora
frio, colocada a seu lado, juntamente com uma dúzia de lenços
de papel utilizados.

A sala está em silêncio e sem vida. Eu odeio isso.

— Doçura... — Eu murmuro contra o zumbido da


geladeira.

A cabeça de Sophie se levanta, e sua expressão é uma


que eu nunca tinha a visto usar e espero nunca mais ver de
novo, enquanto vivermos.

Sua pele está pálida, a boca desenhada em uma linha


firme, mas seus olhos são o pior. Eles estão em branco e sem
resposta - duas piscinas assombradas de azul que, apesar de
seu silêncio, gritam de dor e de um trauma tão profundo que
meu estômago revira enquanto temo que ela nunca mais vá
ficar inteira de novo. Becca não era apenas sua irmã, não era
apenas a sua melhor amiga. Ela era a gêmea de Sophie. É uma
perda que eu não posso nem começar a compreender.
— Venha aqui, baby. — Eu a puxo em meus braços, e
ela se levanta com facilidade, deixando-me puxá-la para o meu
peito.

Ela esconde o rosto na minha garganta e soluça.

Aperto mais forte, odiando que ela esteja com dor e eu


não posso fazer porra nenhuma sobre isso.

— Eu sinto muito. — As palavras parecem tão vazias e


tão inadequadas, quero engoli-las de volta no segundo que
saem da minha boca. Eu quero perguntar o que aconteceu,
mas eu sei que agora não é o momento certo. Então, ao invés,
eu a deixo chorar, segurando-a com força contra mim, e
abafando os sons de seu choro com meu paletó.

Poucos minutos depois, seus soluços se acalmam e eu


aliso seu cabelo para trás de seu rosto. — Posso te levar pra
casa?

Ela acena com a cabeça, me deixa tomar sua mão e


conduzi-la até ao carro, enquanto Kylie olha da porta com um
olhar triste, melancólico.

Quando chegamos em casa, eu afasto o pessoal da


casa. Aspiração e polimento de vasos de cristal, de repente
parecem muito menos importantes. Deito Sophie na minha
cama, onde ela se enrola em uma pequena bola, abraçando
meu travesseiro contra ela. Eu pego seu celular da sua bolsa e
chamo seu pai.
— Sr. Evans? — Minha voz falha e ele faz o som de um
soluço abafado na outra extremidade.

— Colton, como ela está?

— Ela está na cama agora. Não falou uma palavra


ainda. — Eu gostaria de ter uma melhor notícia para relatar,
mas é a realidade da situação. — Eu vou cuidar dela, senhor.

— Eu sei que você vai.

— O que aconteceu? Becca parecia bem quando ela


esteve aqui...

Ele me conta que quando Becca voltou para casa, no


domingo, se queixou de inchaço e dor leve no local da sua
porta de cateter. Em poucas horas, a febre tinha subido e a
levaram imediatamente ao pronto-socorro. Os médicos
começaram a dar-lhe antibióticos para uma infecção
desconhecida que estava correndo pelo seu sistema. Poucas
horas depois de ser internada no hospital, ela entrou em
coma, quando a infecção agressiva se aproveitou de seu
sistema imunológico enfraquecido.

A sua saúde reduzida havia contribuído para o


problema - e a infecção mortal tinha uma linha direta de
acesso a uma veia no peito, cortesia do cateter instalado para
fazer seus tratamentos de câncer mais fáceis.

Seu pai teve que parar duas vezes para se recompor.


Digo-lhe que está tudo bem, que ele não tem que continuar,
mas a cada vez, ele leva alguns minutos para obter controle e
continua com a história. Quando ele termina, eu não tenho
ideia do que dizer. Então, eu digo-lhe que estarei lá em breve.

Depois de terminar a chamada, eu chamo Marta,


instruindo-a a preparar o piloto, meu avião e fazer arranjos
para eu estar longe do trabalho por um tempo. É o pior
momento possível, mas o desastre não se planeja em torno de
sua agenda, ele apenas se move e dá socos na cara, exigindo
sua atenção. E agora, esta situação tem toda a minha atenção
- e a minha primeira prioridade é Sophie.

Poucas horas depois, estamos a bordo do meu jato que


está ascendendo no céu noturno. Eu tive que levar Sophie
para o carro e ajudá-la a embarcar no avião. Ela está fraca e
desorientada, e esse olhar vazio, assombrado, não deixou seus
olhos uma vez sequer. Não quando ela se deitou na cama
olhando para o teto, não quando eu expliquei que estávamos
voando para casa hoje à noite e não agora - enquanto ela olha
as pequenas luzes cintilantes a 3050 metros abaixo de nós.

Arrumamos nossas malas, com produtos de higiene


pessoal artigos aleatórios de vestuário e cada uma incluiu um
traje preto, formal, adequado para um funeral.
Eu levanto a garrafa de Bourbon de seu lugar de
descanso no console central e despejo uma medida. Olhando
para Sophie, me lembro da nossa primeira noite juntos - este
avião, seu humor sombrio por uma razão completamente
diferente. Ela estava lutando para salvar a vida de sua irmã.
Meu estômago aperta e eu engulo um gole amargo de álcool,
necessitando do seu efeito entorpecente, agora mais do que
nunca.

Quando estamos no ar, é que Sophie fala suas


primeiras palavras para mim.

— Posso pegar um pouco disso? — Pergunta ela,


acenando para a garrafa de vidro colocada ao meu lado.

— Claro. — Eu lhe ofereci água, chá e tentei levá-la a


comer, tendo ela recusado tudo anteriormente. E apesar de eu
saber que a bebida forte não era a melhor coisa para ela com o
estômago vazio, eu não a negaria a ela. Derramando uma
quantidade moderada em um copo, lhe entrego a bebida.

Seus dedos escovaram os meus e os olhos de Sophie se


levantaram para se encontrarem com os meus.

— Eu te amo. — Digo a ela.

— Eu sei. Eu também te amo. — Diz ela, então toma


um grande gole de sua bebida e faz uma careta.

Nós não falamos sobre o que vai acontecer quando


chegarmos. Eu nunca vi sua casa de infância, mas agora não é
o momento para nostalgia. Quero dar-lhe conforto e tirar cada
gota de sua dor. Esta é a mais frustrante, fodida situação que
posso imaginar. Eu odeio isso. Quero Becca de volta. Quero
meu doce, cheia de vida, Sophie de volta. Eu odeio o
pensamento que passa pela minha cabeça - sem a existência
de Becca, a própria existência de Sophie ficará turva?

Ela bebe dois copos grandes de Bourbon, que eu deixei


que ela tomasse apesar de achar isso prejudicial para a sua
saúde e então cai no sono, no meu ombro.

Aperto meus braços em torno dela, a olho quando ela


dorme e juro que tudo o que vier a seguir, eu vou estar lá para
ela.
Capitulo Treze

Sophie

Eu nunca pensei que fosse temer uma doença. Câncer.


A grande e desagradável palavrinha que se inicia com a letra
C, era minha maior inimiga – uma doença que apareceu, de
última hora, sem ser convidada e se arrastou por um tempo.
Não é justo. Eu não entendo. Ela estava indo tão bem.

Eu odeio o quarto que dormíamos juntas. Ele está vazio


e sem vida. No entanto, não posso evitar deitar na cama de
Becca, uma vez que é o único lugar na casa que eu ainda
posso senti-la.

Eu posso ouvir Colton e o meu pai lá embaixo, em


algum lugar, falando baixinho. Eu não sei o que faria sem ele.
Ele é a minha rocha. O meu amor por ele só quadriplicou nos
últimos dois dias.
Minha mãe apareceu quando o sol começou a descer no
horizonte.

— Querida? — Ela bateu na porta e entrou.

— Oi, mamãe.

Ela sentou-se na cama ao meu lado.

— Assim que chegamos à sala de emergência, Becca


pediu a uma das enfermeiras que pegasse um papel e uma
caneta.

Eu me perguntava por que ela estaria me dizendo isso.


Até que ela puxou o pedaço de papel do bolso e o entregou a
mim.

— Apesar de termos certeza de que ela estava bem, uma


vez que os antibióticos estavam em seu organismo, ela parecia
saber algo a mais, que nós não sabíamos. Ela escreveu isso em
um momento de cólera, enquanto aplicavam nela a quarta
medicação. Então, ela pegou o papel, dobrou-o e me disse que
tinha que entregar a você. Não se preocupe, pois não li.

Eu tinha o papel em minhas mãos. Ele ainda estava


quente da mão da minha mãe. Comecei a saborear a imagem
da minha determinada Becca, em seu um último ato de
rebelião contra a maldita doença que a levou.

— Você poderia me deixar sozinha? — Perguntei a


minha mãe.
Ela acenou com a cabeça e levantou-se da cama, me
dando assim, um pouco de privacidade, para que eu pudesse
ter um momento de emoção.

Eu abri o papel e ri do desenho que estava no final da


página, ele saltava para fora. Era um pênis mal desenhado
com duas grandes bolas e linhas irregulares, como se fosse o
cabelo que se projetava a partir deles. Eu sorri, pela primeira
vez em dois dias. As lágrimas ardiam os meus olhos e meu
amor por ela só crescia, se isso fosse mesmo possível. Eu não
li nenhuma palavra da carta e meu humor já estava
melhorando. Ela sabia que eu ia precisar disso. Ela me
conhecia muito bem.

Sophie,

Obrigado por ter me levado a Roma. Puta merda esses


caras italianos são muito quentes, oh meu deus!

Obrigado por ser minha melhor amiga!

Obrigado por todos os sacrifícios que você fez por mim,


independente do tamanho deles, grandes e pequenos.

Obrigado por sempre me dar seus Starbursts (bombons


de frutas) de cor de rosa.

Eu dei uma piscadela para baixo, relembrando, ao


longo dos anos, os inúmeros pacotes de Starbursts que eu
comprei nas máquinas de venda automática do hospital. A cor
rosa era a favorita de Becca, e, apesar de ser o meu também,
eu sempre dava a ela. A todo momento. Sem duvidar. Sem
hesitar.

Eu te amo infinitamente. Não se atreva a pensar nem por


um segundo que o amor se foi. Não se atreva a chorar por mim.
Sei que sente minha falta. Assim, como todos os dias vou sentir
a sua também. Então, continue vivendo. Faça isso por mim.
Porque eu não posso mais. Mas saiba que eu estarei lá, nas
noites estreladas, no sussurro da brisa contra sua pele ao você
se movimentar e estarei em todos os pacotes de Starbursts, de
cor rosa é claro, sorrindo para você quando você comê-los.

Uma única lágrima sai do meu olho e eu a limpo antes


de continuar.

Aconteça o que acontecer, saiba que eu estarei com você.


SEMPRE.

Vá amar ainda mais seu homem quente, muito quente


hehehe, você tem uma sorte enorme garota. Quero que um dia
desses, vocês dois façam alguns malditos lindos bebês... Um
dia. E isso me fará muito feliz.

No final da carta está o desenho do pênis e seu nome


junto com um coração. É isso aí. A carta toda. Li a carta mais
duas vezes, em seguida, dobrei cuidadosamente e a levei para
sala, colocando-a em minha bolsa.

Minha mãe bateu na porta e entrou novamente. O rosto


dela estava esperançoso.
— E aí, tudo bem? O que ela disse?

Eu volto para ela, pensando no que responder.

— Está tudo bem.

Ela acena com a cabeça.

— Que bom.

Atravessando a sala para se sentar ao meu lado, de


novo, minha mãe pega minha mão.

— Quais são seus planos para depois de amanhã, após


o funeral?

Nós iremos ter um almoço em casa após o funeral, mas


eu sei que não é esse o significado da pergunta. Eu acho que
todos nós estamos pensando a mesma coisa - como é que
vamos continuar a viver no mundo sem a presença entre nós
da minha brilhante e linda irmã?

— Eu pensei que eu poderia ficar por aqui, durante o


tempo que você precisar de mim. Colton, provavelmente, tem
que voltar ao trabalho, mas...

Ela balança a cabeça, me parando.

— Seu pai e eu vamos ficar bem. Nós sabíamos que esta


era uma possibilidade, por um longo tempo.

Eu era tão cega que não via o que estava acontecendo,


será que eu não tinha entendido os riscos? Becca continuou
definhando e enquanto isso todos me alimentavam com a
esperança do sucesso que o tratamento experimental, que eu
milagrosamente consegui financiar, mas, infelizmente, não
teve o resultado esperado. Essa palavra ressoava muito mais
profunda do que eu gostaria. Nada. Tudo tinha sido em vão. O
leilão, me vender, encontrar Colton...

Pera. Não. Eu acho que essa última parte não é


verdade. Na verdade, eu estaria perdida sem ele agora.

Minha mãe continua:

— Seu pai e eu temos um ao outro. Você não precisa


ficar aqui, Soph. Devia ir para casa com Colton. Becca estava
tão feliz que você o encontrou.

Eu respirei profundamente e acenei com a cabeça.

Quando deixamos o norte da Califórnia eu me sentia


muito mal, me afastando e sabendo que minha irmã estava
enterrada naquele cemitério. Parte do meu coração foi
enterrada naquela terra fria e dura. Ela não pertencia àquele
lugar. Mas aí eu me lembrei da carta. Ela não estava lá. Ela
está em cada raio de sol que brilha e no sussurro do vento que
senti contra minha pele, quando embarcamos no avião. Eu
tenho certeza de que ela está comigo. Eu a vejo no meu reflexo
na janela do avião, nos pensamentos dispersos que são muito
mais corajosos que os meus. Eu sinto a presença dela, mesmo
com um aperto no meu coração, me sinto inteira novamente.
Colton me puxa para perto e me diz que me ama, acho que
talvez, apenas talvez, eu tenha força para fazer isto.
Capitulo Quatorze

Colton

Contra a minha vontade voltei a trabalhar. Sophie me


garantiu que era importante para nós dois, que retomássemos
nossas obrigações cotidianas. Mas, como uma semana se
transforma em duas, Sophie continuou deprimida,
transformando-se em uma mulher que eu não reconhecia, sei
que precisa de ajuda.

Havia alguns dias que me dava esperança de que ela


estava melhorando, cada vez mais. Ela tinha ido correr,
também foi na casa de Kylie, para ver o bebê e conversou com
o psicólogo que enviei à nossa casa. Mas, quando cheguei em
casa hoje à noite depois do trabalho, o meu coração se
estilhaçou com o que vi.

Sophie estava sentada na varanda, que se estende


desde o meu escritório. O vento batia em seu cabelo,
descontroladamente ao redor do seu rosto. Me deu arrepios ao
ver essa cena. Uma tempestade estava chegando, mas parece
que ela não estava percebendo o que estava acontecendo.

Sua pele estava pálida e sua expressão vazia. Ela era


apenas uma casca da garota pela qual eu me apaixonei. Os
olhos azuis gigantes estão olhando fixamente para o mar, ela
está tomando grandes goles de uísque, direto da boca da
garrafa. O jeito que ela toma a bebida sem fazer uma careta ao
sentir o gosto, me diz que isto, provavelmente, ocorre
regularmente. Merda.

— Baby? — Eu pergunto, me aproximando dela com


cautela.

Sua cabeça gira em minha direção e ela pisca várias


vezes.

— Estou perdendo a cabeça, Colton.

Eu ajoelho em frente a ela, na varanda e seguro seu


rosto em minhas mãos.

— Perdendo o quê, doçura?

— Tudo. O som de sua voz. O jeito que ela cheirava.


Como era quando estávamos juntas...

Eu sento na varanda, sem palavras, segurando seu


rosto e vendo seus olhos se encher de lágrimas. Merda, Colton.

Porra, agora ela está completamente fudida. Estou


preocupado, mais ainda porque a única pessoa que saberia
como fazê-la sentir-se bem novamente era Becca, a irmã com
quem ela dividiu o ventre por nove meses, a melhor amiga,
aquela que ela amava, sem dúvida. Estou com medo de que eu
não tenha capacidade suficiente para ajudá-la e que meu amor
nunca vai ser suficiente.

— Eu tenho que fazer xixi. — Ela diz depois de alguns


segundos, em seguida, subiu cambaleando sobre seus pés.

Eu a levei ao banheiro, ajudando-a a ficar em pé.

— Quantos litros de uísque você bebeu? — Essa merda


é forte. Forte o suficiente para me derrubar, depois de um
pequeno copo.

— Não o suficiente. — Diz ela, com os pés girando


embaixo dela. Pego na sua cintura, mantendo o rosto
levantado para não bater contra o chão. Merda!

Quando chegamos ao banheiro eu puxo seu short e


calcinha até os tornozelos.

— Eu estarei no lado de fora.

Ela acena com a cabeça e fecho a porta.

Eu posso ouvir o som dela fazendo xixi e murmurando


alguma coisa para si mesma. Algo sobre Starbursts cor de
rosa. Que diabos?

De pé no corredor, eu pego o meu celular no bolso e ligo


para o número do Pace.
— Eu preciso da sua ajuda.

— Sophie? — Pergunta ele.

— Sim. Ela está bebendo muito. Bebeu quase um litro


todo de um uísque de cem anos. Estou com medo e não sei
realmente o que fazer.

— Essa merda é forte. Ela comeu? — Pergunta ele.

— Acho que não, eu duvido. Ela resmungou alguma


coisa sobre Starbursts cor de rosa.

— Estou nessa, mano. Apenas respire. Estarei aí em


breve.

Assim que Pace chega aqui em casa, o céu fica escuro e


um estrondo alto de trovão cai na distância. A chuva estará
aqui em breve.

— Onde ela está? — Pergunta ele.

— No quarto. Eu a deitei e lhe dei meu álbum de


fotografias, da minha última viagem à África, para que ela
pudesse olhar as fotos das pequenas aldeias, as pessoas, as
crianças.

— O que você quer que eu faça? — Ele pergunta.

— Precisamos de macarrão e queijo.


— Você deveria ter me dito, eu poderia ter escolhido
alguns para trazer. — Ele segura um saco de plástico com pelo
menos uma dúzia de pacotes de Starburst cor de rosa.

— Não, nós precisamos fazer isso de forma caseira.

— Como é que vamos fazer isso?

— Eu não sei. Google, eu suponho.

Ele balança a cabeça e se dirige para a cozinha.

— Traga-o quando estiver pronto. — Digo a ele, em


seguida, subo as escadas.

Sophie está roncando baixinho, mas quando eu cruzo o


quarto, ela levanta a cabeça e pisca várias vezes com seus
olhos desfocados. Fico feliz que ela tenha um pouco de
descanso, mesmo que breve.

— Como você está se sentindo? — Eu pergunto, me


sentando ao lado dela na cama.

— Grogue. — Ela confirma, empurrando o cabelo


bagunçado de seu rosto.

— Eu pensei que eu poderia te dar um banho quente.


Posso ajudá-la a relaxar.

Ela acena com a cabeça.

— Ok.
Felizmente ela me deixa cuidar dela. Não luta contra
isso. Se fizesse, eu realmente me sentiria impotente e fora de
controle. Sei que meus gestos sutis não podem ajudá-la muito,
mas pelo menos, eu posso fazer alguma coisa por ela.

Ligando o chuveiro, coloquei água quente e vejo a


banheira se encher. Depois de colocar uma quantidade
generosa de algum líquido em um frasco roxo chamado Stress
Fix, vou pegar a Sophie.

Ela me deixou levá-la até o banheiro, tirei a roupa dela


e, em seguida, a coloquei dentro da água.

— Como está? — Eu pergunto a ela.

— Bom. — Ela diz, e me dá um pequeno sorriso, raro.

Meu coração pula, Deus eu estava com saudade de vê-


la feliz.

— Você vai ficar bem por alguns minutos? Vou pegar


umas roupas.

Ela acena com a cabeça.

— Você vai voltar, né?

— Sim. — Eu confirmo.

Assim que peguei uma nova muda de roupa para ela,


entrei no banheiro, a coloquei em cima do balcão, puxei o
banquinho e me sentei.
— Obrigado por ficar. — Ela sorriu para mim, de novo.

— É claro que eu vou ficar com você. Quer que eu lave


seu cabelo?

Ela balança a cabeça. — Lavei-o mais cedo. Eu ainda


tomo banho, você sabe.

— Eu sei que você faz. — Na verdade eu não sei sobre


isso.

— Eu não estou fodida, você sabe.

— Eu sei que você não está.

Esperei sentado no banco e verifiquei meu e-mail de


trabalho no celular, enquanto Sophie descansa na banheira.
Ela se afunda na água e descansa a cabeça contra a borda,
com os olhos fechados e uma expressão vazia em sua face.
Quando ela prende o cabelo com um coque bagunçado no topo
da cabeça, posso dizer que ela ainda está bêbada, pois seus
movimentos ainda estão descoordenados.

Meu estômago se agita, preocupado. Eu tento não


pensar, tento não olhar, tento me concentrar em responder às
dezenas de mensagens do correio eletrônico não lidas, mas é
difícil. Os pensamentos sobre ela consomem todo o meu ser.

Quando ouço o movimento na água, eu olho para cima.


Sophie se levanta, está de pé no centro da banheira com a
água e o sabão caindo em forma de cascata pelo seu corpo.
Meus olhos vagueiam devagarzinho para os bicos dos seus
seios até a buceta nua dela e sinto meu corpo dar um aviso
sobre dela. Meu pau começa a palpitar, começo a sentir um
inchaço contra a minha coxa. O filho da puta não tem tempo
ruim. Mas Sophie nua não é algo que eu posso ignorar, não
importa a quão sombria seja a situação.

Pego uma toalha, enquanto ela sai da banheira para o


tapete de banho. Ela me deixa secá-la da cabeça aos pés,
aparentemente alheia ao meu estado semi-despertado.

Sophie está lá, me olhando com os seus grandes olhos


azuis. Quando pego seu pijama do balcão do banheiro, uma
pequena careta cruza seus lábios carnudos.

Ignorando o desejo de beijar sua testa franzida, eu abro


sua calcinha, e obedientemente, Sophie levanta um pé de cada
vez.

— Como a meu amor está se sentindo? — Pergunto.


Minha voz está muito grossa por causa da excitação. Eu limpo
minha garganta.

— Melhor. — Ela diz, sua voz é apenas um sussurro.

— Que bom. — Fico feliz que o banho tenha ajudado.


Estou esperando que Pace termine a comida que está
preparando, para que ela possa se sentir novinha em folha. —
Eu não quero que você beba assim quando eu não estiver em
casa.
Eu levanto seu queixo para que eu possa ver os olhos
dela.

— Eu sei. — Ela engole. — Foi apenas um dia ruim.

Merda. Agora eu me sinto um completo idiota.

Eu acaricio seu rosto e dou um beijo carinhoso nos


seus lábios.

— Você está tendo dias ruins. Eu só não quero me


preocupar com você, ok?

Ela balança a cabeça e inclina-se para um outro beijo.


— Eu sinto sua falta, Colton. Tanta falta.

— Eu estou bem aqui, doçura. Eu não vou a lugar


nenhum. — Eu pressiono meus lábios nos dela. Sinto o exato
segundo da mudança no beijo, ele se torna quente e cheio de
promessa, de algo mais vigoroso e quente.

Sophie abriu parte dos seus lábios e sua língua


levemente sonda a minha boca. Instintivamente, eu abro,
minha língua corre levemente ao longo da dela. Eu sei que não
deveria estar fazendo isso, mas faz muito tempo desde que eu
a beijei, realmente, estou loucamente desejando-a, seu calor é
uma sensação de normalidade. Ela chupa minha língua em
sua boca e eu engulo um gemido áspero de prazer.

Puxando-a para trás, apenas uma fração, verifico seus


olhos. Eles estão brilhando, com desejo, o que está
enfraquecendo a minha determinação. Não ajuda muito ela
estar na minha frente, nua e, ainda mais, a poucos
centímetros de mim de forma tão quente. Estou a poucos
centímetros de ter seus seios volumosos, completos em
minhas mãos e na minha boca, meu rosto entre suas coxas
macias. Dou um passo para trás, com necessidade de colocar
alguma distância entre nós. Só que eu não contava em
proporcionar a Sophie uma visão direta da ereção do meu pau
na minha calça.

Seus olhos se arregalaram e ela lambeu os lábios.

Merda.

Concentre-se, Colton!

— Aqui, baby. Vamos vestir. — Peguei sua camisa e


tentei ajudá-la a colocá-la.

Ela a tira de mim, jogando-a no chão.

— Não.

— Não?

Ela balança a cabeça, os olhos dela ainda estão me


comendo.

— Eu quero você... Eu quero que você me foda.

Uma nova rodada de pulsão de sangue lá embaixo, fez


meu pau latejar mais ainda.
— Não, não agora. Hoje não. — Ela não está em
condições emocionais para isso. Eu estaria me aproveitando
dela. Eu faço uma lista com mil motivos na minha cabeça,
lutando comigo mesmo, enquanto ela me olha.

— Por favor. — Ela pede.

Eu balanço minha cabeça.

— Não agora, por favor é melhor você se vestir. — Pace


vai estar aqui com o seu jantar a qualquer minuto. Eu
certamente não quero que ele se deleite com o seu corpo. Seu
corpo é lindo e é reservado somente para mim.

Ela se abaixa e aperta a mão em volta do meu pau,


dando-lhe um aperto de luz.

— Foda-me, Colton. Faça-me sentir melhor. — Ela


implora.

Eu removo sua mão.

— De jeito nenhum. Você está bêbada. Não vou transar


com você assim.

Levando as suas mãos para cima, ela coloca-as em seus


seios, levantando-os juntos e esfregado os dedos sobre os
mamilos. Ela solta um suspiro trêmulo, como se a sensação
fosse à coisa mais prazerosa que ela sentiu, há muito tempo.

Fico ali, paralisado, olhando para ela tocando seus


seios. Ela é tão linda que eu quero jogá-la no chão do banheiro
e transar com ela de seis maneiras diferentes. Mas eu não vou.
Eu tenho que ter um pouco mais de controle sobre isso. Eu
certamente vou estar, depois, pegando no meu pau com essa
imagem na minha cabeça, uma vez que ela estará deitada na
cama, mas ela não precisa saber disso. Ela dá um pequeno
puxão nos mamilos e solta um gemido rouco. Em seguida, ela
deixa cair suas mãos.

Graças a Deus seu pequeno show acabou. Eu não


poderia aguentar ver mais que isso.

Mas então ela puxa para baixo a calcinha que lhe vesti
e começa a esfregar os dedos sobre seu clitóris. Merda. Ela
está incrivelmente sexy e desesperada...

A calcinha cai dos joelhos e desliza até o chão. Meu


olhar segue seu movimento e eu percebo que é o mesmo par
de calcinhas azuis pálidos que ela usava no leilão. Sinto um
grande enfraquecimento da minha determinação na questão
da distância a ela. Eu esfrego minhas mãos sobre o rosto.
Merda. Eu não deveria, mas faz duas semanas que não
fazemos amor e eu estou tão desesperado para senti-la perto
de mim.

— Sophie, você tem certeza que quer isso? — Minhas


mãos inconscientemente mudam para o meu pau.

Ela segue meus movimentos e acena.

— Sim. Eu preciso.
— Desabotoe. — Eu olho para baixo e Sophie leva suas
mãos para o botão da minha calça, abrindo-a e puxando para
baixo o zíper, lentamente. Suas mãos trabalham na parte da
frente da minha calça, energeticamente para dentro da minha
cueca, ela tira meu pau e o coloca na palma de sua mão,
apertando-o com força e acariciando. Uma gota de lubrificante
já esta na ponta do meu pau e ela espalha-o ao redor, com seu
polegar, fazendo com que meus joelhos fiquem fracos.

Naquele momento, eu me dou totalmente. Se ela quer


uma distração, se ela precisa esquecer toda a dor e sofrimento
das últimas semanas, então quem sou eu para negar isso a
ela?

Eu aperto-lhe os pulsos, puxando as mãos livre de


minhas calças.

— Devagar, baby. — É uma sensação muito prazerosa e


quero que nós dois gostemos disto. Eu não vou aguentar se ela
continuar apertando meu pau assim.

Ela lambe seu lábio inferior e faz beicinho, antes de


encontrar nos meus olhos. Mas quando ela olha nos meus
olhos, ela sabe tudo o que precisa saber. Eu vou cuidar dela.
Vou fazê-la gozar tão forte que ela vai esquecer seu próprio
maldito nome.

Eu levanto-a pela cintura, colocando-a no balcão do


banheiro. Passo entre suas coxas, ampliando-as e ela puxa
minha camisa em uma luta para se aproximar. Ela está
completamente nua e eu ainda estou totalmente vestido.

— Sua camisa. — Ela respira.

— Sim, doçura?

— Tira isso. Eu preciso sentir sua pele.

Eu obedeço, desabotoando os principais botões e, em


seguida, puxo a camisa sobre minha cabeça.

Ela me puxa para mais perto, até que as pontas dos


seus seios tocam meu peito nu e nós dois estremecemos com o
contato. A corrida de endorfinas é liberada. Já faz um maldito
tempo que não sentia isso.

Eu inclino e levo um de seus lindos seios à minha boca,


minha língua começar pelo mamilo esquerdo, depois para o
direito. Sophie arqueia de volta e empurra suas mãos no meu
cabelo, deixando-me devorá-la. Eu quero tomar meu tempo,
certificar-me que ela está pronta para mim, mas cada vez que
estamos juntos sinto uma explosão de energia sexual, e me
sinto incapaz de me controlar. Algo que eu realmente não
estou acostumado.

Eu volto para beijar sua boca, com minha língua gulosa


e sugo dela. Suas mãos vagam de volta em minhas calças,
entusiasticamente esfregando meu pau. Eu sei que isso vai ser
mais rápido do que eu quero que seja, mas talvez seja isso o
que ela precisa.
Com nossas bocas fundidas e as mãos em minhas
calças, eu sinto sua buceta molhada e empurro meu dedo
indicador dentro dela. Ela se engasga na minha boca,
momentaneamente, se acalmando antes de continuar a
receber meu ataque lançado contra ela. Enquanto minha outra
mão brinca com seus seios e com seus mamilos, escuto os
gemidos da Sophie, sentindo suas mãos entusiasticamente
pegando meu pau.

— Baby, que coisa mais prazerosa... — Tomo suas


mãos novamente, parando-a e me sentindo como um maldito
idiota.

Ela sorri para mim, claramente orgulhosa de si mesma.


Oh Deus, como é bom vê-la sorrir. Se isso é tudo o que ela
precisa para sentir-se bem, então vamos lá.

— Eu não posso esperar mais. — Eu admito.

Ela puxa minhas calças para baixo, depois puxa minha


cueca até meus quadris, me permitindo assim, um ângulo
para enfiar meu pau dentro da buceta dela. Quando eu
empurro para frente, meu pau desaparece dentro da sua
buceta, rosada, perfeita, soltamos um gemido prazeroso,
juntos.

— Sim, foda-me. Bem duro. — Ela implora.

Eu atendo, batendo nela, incansavelmente. Meu quadro


dominador tornou-se muito menor que o dela.
Seus olhos viajaram até o lugar onde estávamos unidos.
Ela me assistiu deslizar para dentro e fora dela. É uma visão
muito quente e erótica, observá-la, enquanto ela me olhava.
Sou capaz de ler todas as suas emoções e o pouco de prazer
modificou totalmente as suas feições. Quando eu a apertei
profundamente, sua respiração assobiou em uma expiração,
eu olhei diretamente nos seus olhos e os vi brilhando, com um
olhar faminto.

Sophie
Nós estávamos fazendo amor em cima da pia do
banheiro. Nossos corpos estavam se movendo freneticamente,
juntos. Era exatamente o que eu precisava – estou
desesperada, queria sentir os beijos famintos dele, queria
sentir o balcão de granito duro e frio abaixo de mim, queria
sentir os dedos suaves dele se enfiando no meu cabelo, queria
sentir os beijos suaves pressionando minha têmpora. Sou
grata por sentir algo diferente do que a dormência.

— Sim, foda-me. Muito duro. — Eu imploro, agarrando


os ombros dele.

Colton bate contra mim, seu pau grosso desliza para


dentro e para fora em um ritmo punitivo.
Meu olhar viaja para baixo. Olhar para o lugar onde nós
estamos unidos era mais que prazeroso, era realmente muito
fodido. A visão era erótica e carnal, meu corpo se aperta em
torno dele, provocando assim um gemido baixo da sua
garganta.

— Você gosta do que vê bebê? — Ele surge à frente de


novo, enterrando-se ao máximo dentro de mim e minha cabeça
cai para trás.

— Sim... — Eu gemo, deliciosamente quente. — Bem


forte. — Peço novamente.

De repente, ele me levanta do balcão, pega por baixo da


minha bunda e me leva para o quarto.

Ele me joga na cama e olha para mim. Seu pênis duro


está completamente molhado assim como minha buceta, seu
abdômen trincado está deliciosamente molhado de suor, mas
seu rosto é totalmente sereno e controlado.

— Fique de joelhos.

Eu obedeço, subindo rapidamente em minhas mãos e


em meus joelhos. Debruçada sobre a cama completamente
nua e pronta para ser fudida, esperava para ver o que ele
tinha reservado para mim. O aperto de Colton atrás dos meus
joelhos me puxa para trás de modo que eu ficasse posicionada
na borda da cama. Ele passa as mãos ao longo das minhas
pernas, depois na minha bunda, em seguida, empurra contra
a parte superior das costas, uma das mãos dele fica apoiada
entre minha bunda e a outra desliza, de modo que eu
abaixasse meu peito na cama. Virando a cabeça, eu coloco o
rosto contra o colchão e olho para ele.

Ele ainda está calmo e controlado, o que era


fodidamente sexy.

— Você quer ser dominada e ser fodida duramente? —


Ele pergunta.

Eu aceno com a cabeça, mantendo meus olhos cerrados


sobre os dele.

Seus olhos ficam escuros e minhas entranhas torcem


com a antecipação.

Ele alinha-se contra mim e empurra para frente. Eu


amo o jeito que meu corpo se estende em torno do dele, eu
empurro de volta, puxando-o mais para dentro.

Uma das mãos dele está em torno do meu pescoço e a


outra dando palmadas na minha bunda. Sinto a pegada do
polegar contra a minha bunda e eu me arrepio. Com seu pênis
ainda brincando dentro de mim, ele empurra um dedo na
minha bunda.

— Merda, Sophie. — Ele geme.

Cada sensação, cada sussurro áspero da sua respiração


ilumina todo meu corpo. Eu empurro minha bunda para trás,
encontrando seus golpes duros. Ele está batendo em mim,
provavelmente me machucando, mas eu adoro isso, porra.
— É isso que você precisa? Você precisa de mim
áspero? — Ele se inclina sobre mim e rosna contra a minha
orelha.

Eu choramingo de alegria, minhas entranhas gritando:


Sim, sim, sim!

Seus quadris batem contra o meu, gritos ásperos de


prazer arranham seu caminho até minha garganta, após cada
movimento prazeroso, brutal.

Os orgasmos lançados através de mim roubam meu ar,


me forçando assim dar um grito áspero de prazer, pela boca.
Estremeço, minhas entranhas apertam para baixo sobre ele,
deliciosamente, enquanto eu o vejo, distante.

Finalmente, o ar corre em meus pulmões e repito seu


nome várias vezes. Eu sinto o momento em que o seu esperma
quente se derrama dentro de mim.

Logo em seguida, Colton me vira para encará-lo, depois


beija o meu rosto, minhas pálpebras, minhas bochechas,
testa, me dizendo o quanto ele me ama. Então, ele me traz um
pano quente, junto com minhas roupas e me limpa.

Eu me sinto saciada e prazerosamente calma quando


ele me veste e me coloca na cama. Meus membros estão
cansados e doloridos e entre as minhas pernas, sinto muitas
dores, mas da maneira mais maravilhosa.
Nas últimas semanas, tem sido um período
interminável; com muito vinho despejado dentro de mim, no
início da tarde, para me ajudar a passar o dia, pílulas para
dormir, que me nocauteava à noite e as lágrimas, que corriam
muito facilmente. O psicólogo que Colton tinha enviado no
primeiro dia, quando ele voltou ao trabalho, não ajudou muito.
Ele não podia entender a profundidade do meu relacionamento
com minha irmã gêmea. A perda foi inimaginável. Minha única
forma de terapia tem sido correr. Assim como havia sido nos
dias em que a Becca estava doente. Isso me acalmava, cansava
minhas pernas e me ajudava a lidar, mesmo que apenas por
um curto período de tempo. Mas como eu aprendi esta noite, a
intimidade com o homem que amo supera tudo o resto. Eu me
sentia melhor do que eu tinha estado nos outros dias.

Uma batida na porta do quarto tomou nossa atenção.


Eu não sabia que havia alguém aqui.

— Colt? — Eu pergunto.

— Volto logo.

Ele enfia nas pernas em um par de calças de moletom e


depois vai atender a porta.

Colton
— Tudo bem aqui? — Pace pergunta e espreita, olhando
para dentro do quarto. — Eu ouvi gritos.

— Sim, ignora isso.

Sua expressão se endurece.

— Não me diga que você está pensando com seu pênis


em um momento como este?

— Porra, não. Cada pensamento meu é de vigília e


sobre ela, cuidando das suas necessidades e não das minhas,
confie em mim...

— E ela precisava... — Ele levanta as sobrancelhas.

— Porra! — Eu rujo.

— Ok. A comida está pronta. — Ele diz revirando os


olhos.

— Traga.

Eu vesti Sophie com um pijama e ela estava sentada


contra a cabeceira a cama, com as pernas cobertas por um
cobertor, quando Pace entra.

— Pace? Eu não sabia que você estava aqui. — Suas


bochechas ficam vermelhas quando ela percebe que gritou
prazerosamente alto, do sexo intenso, enquanto ele estava em
casa. Sophie olha para ele, que caminha por todo o quarto,
equilibrando uma bandeja com as suas mãos.
— Ele cozinhou para você, enquanto eu estava...
cuidando de você.

Ela compartilha um sorriso comigo, antes de voltar sua


atenção para Pace.

O quarto cheirava a sexo e estou esperando que ele não


perceba isso. Se ele percebeu, não vai dizer nada, assim
espero.

— O que é isso? — Sophie pergunta, sorrindo para


Pace.

— Coco me disse que você gosta de macarrão com


queijo e também de Starbursts cor de rosa. — Ele trata-a com
um de seus sorrisos tortos, usando meu apelido de infância,
que ficou.

— Starbursts? — Seus olhos chicoteiam sobre os meus.

Sua reação é inesperada.

— Tudo bem, doçura?

Pace coloca a bandeja em seu colo. Há uma tigela de


macarrão e queijo que não parece tão ruim, apesar de ter sido
preparado pelo chocante-poder-de-cozinheiro-do-meu-irmão e
um prato de doces cheio de bombons rosa. Ele deve ter aberto
todos os pacotes, removidos os demais e deixado apenas os cor
de rosa, um toque muito agradável.
Há lágrimas nos olhos de Sophie e ela olha de mim para
Pace, em seguida, novamente para mim.

— Como você sabia? — Ela pergunta, uma única


lágrima escapa do canto do olho. Ela limpa com as costas da
mão.

Eu dou os ombros.

— Eu apenas fiz o que precisava ser feito. — Eu não


queria envergonhá-la, explicando a ela que a ouvi fazendo xixi
e murmurando, bêbada, sobre o doce.

— Ela realmente ainda está aqui, hein? — Sophie diz ao


ninguém em particular, quando ela começa a desembrulhar
um dos doces e colocá-lo na boca. Ela fecha os olhos e mastiga
devagar, soltando um pequeno suspiro de felicidade.

Pace e eu trocamos um olhar e brevemente me pergunto


se ela está totalmente perdida, mas, depois, Sophie nos
encoraja a nos sentar na cama com ela, enquanto ela come e
retransmite a história sobre os doces que ela e sua irmã
sempre compartilhavam e também as últimas palavras de
Becca, para ela, na sua carta.

Meu peito aperta. Agora, mais do que nunca, entendo a


profundidade do significado que está por trás disso, o incrível
vínculo que estes dois seres compartilhavam, bem como os
sacrifícios de Sophie para fazer sua irmã feliz. Minha menina é
incrível, de muitas formas.
Depois de algumas mordidas do macarrão, Sophie
agradeceu a Pace. Ela nos disse que estava com um pouco de
sono. Pace levou os pratos para baixo e depois desligou as
luzes. E me enrolei em torno dela, na cama, agarrando-a com
força contra mim, segurando-a, até que sua respiração ficasse
lenta e ela adormecesse.
Capítulo Quinze

Sophie

Becca ficava gritando para mim o dia todo. Quando eu


ficava de mau humor que é minha forma de costume, eu juro
que posso senti-la. Eu posso praticamente ouvi-la. Ela está me
dizendo para levantar minha bunda e continuar a fazer
minhas coisas. E eu a odeio por isso.

Eu voltei a trabalhar por tempo parcial, com Kylie. Fui


correr várias vezes na semana. As coisas estão voltando ao
normal comigo e com Colton. Ele não me nega nada. Se dá a
mim, livremente, entendendo que nossa intimidade
compartilhada me ajuda. Mas eu ainda não sou eu
completamente e por alguma coisa estranha, tem ligação com
Becca, ela parece que está me chamando por fora.

Eu corro até as escadas e puxo a carta, da caixinha


especial, que está em cima da cômoda, que eu mantenho. Eu
procuro relê-la duas vezes, à procura de pistas. O desenho do
pênis ainda me faz rir.

Foco, Sophie.
Na terceira vez, através da carta, eu entendo. A
descoberta me dá um tapa no rosto. Ela não me quer apenas
atravessando os momentos da minha vida - trabalhar, correr,
fazer amor com meu namorado durante a noite. Ela quer mais
de mim. Ela quer mais para mim. Na festa da piscina, por
exemplo, ela me desafiou a viver cada dia como se fosse o
último.

Me afundo na cama com a carta nas mãos.

Merda.

Eu quero gritar com ela, dizer-lhe que não é tão fácil


assim. A verdade é que eu não tenho nenhuma ideia de como
fazer isso. A minha vida toda eu vivi para agradar os outros.
Eu sempre obtive boas notas e nunca dei aos meus pais um
motivo para se preocuparem, eles tiveram uma filha com a
merda do câncer, e não precisavam de nenhum esforço
adicional em suas vidas. Eu era uma boa irmã, uma boa
pessoa. Educada, bem-educada, tudo o que eu deveria ser. Me
vender no leilão foi a coisa mais louca que eu já fiz, e mesmo
assim isso não era para mim.

Droga, Becca.

Tenho conversas impossíveis comigo mesmo durante a


tarde toda, tentando descobrir o que ela quer de mim.
Paraquedismo? Bungee jumping? O que era?

E então ela me bate.


Ela nunca quis fazer algo realmente louco apenas pela
sensação de adrenalina. Tudo o que ela queria era que eu
fosse feliz.

— Eu estou chegando lá. — Eu digo para a cozinha


vazia.

Deus, eu sinto que estou a perdendo.

Eu verifico o relógio. Só mais uma hora até Colt estar


em casa.

Uma hora para arrumar algo para fazer hoje à noite,


provando para mim mesma que posso fazer dessa vida a coisa
mais completa e feliz.

Colton

No caminho do trabalho para casa, meus pensamentos


se dirigem para Sophie.

Eu não sei como eu tive sorte o suficiente para vir para


casa com Sophie, naquela noite, mas ao longo dos últimos
meses, tenho sido grato por esse fato ter acontecido, inúmeras
vezes. Ela me salvou de uma existência amarga e solitária. E
agora eu estou cuidando dela no momento mais difícil de sua
vida. Mas, eu a vejo progredido, pouco a pouco, a cada dia.
Estou ajudando-a a viver de novo e a lembro muitas
vezes que era o que a Becca queria. Eu sempre paro no
caminho de casa, compro mais pacotes de Starbursts e
escondo os de cor rosa em toda casa, para ela encontrar, deixo
um ao lado do seu café da manhã, outro em sua gaveta de
maquiagem e outro em seu tênis de corrida. O sorriso em seus
olhos quando ela encontra-os faz o meu peito apertar.

Eu vejo sua força toda vez que ela pega seus tênis de
corrida, quando ela cozinha para mim, em cada sorriso. Eu
posso sentir sua bravura. Ela está escolhendo viver.

Claro, alguns dias ainda são difíceis. Alguns dias seus


olhos estão inchados de tanto chorar, quando eu volto para
casa do trabalho, isso parte meu coração. Mas pouco a pouco,
eu estou recebendo minha doce Sophie de volta.

Mas hoje ela está bem melhor. Porque há um pouco de


um brilho rosado em suas bochechas e seus olhos estão
brilhando de malícia.

— O que está fazendo senhorita Evans? — Eu


pergunto-lhe, depois de chegar do trabalho.

— Nada. Só tenho planos para nós depois do jantar, é


tudo. — Ela sorri docemente e meu peito aperta.

Nós dividimos uma refeição deliciosa com pato assado,


que Beth tinha preparado. Enquanto isso eu encho Sophie
sobre os detalhes do progresso da minha empresa. As coisas
realmente mudaram. É bom ter alguém para compartilhar os
altos e baixos. Ela está muito feliz com o sucesso. Ela me
ensinou o significado de dividir-se totalmente com o outro. No
passado, eu teria ficado com todos os meus problemas dos
negócios, fechados dentro de mim. Agora, eu sei que não
preciso esconder nada dela. Ela me aceitou como eu sou. É o
sentimento mais bonito do mundo. Com ela, eu me sinto
completamente realizado.

Terminamos de jantar e estou prestes a perguntar o que


ela gostaria de fazer esta noite, quando meu telefone começa a
tocar. Eu pego e vejo o nome de Stella exibido na tela.

— Por que Stella está ligando para você? — Sophie torce


o nariz com desgosto.

— Boa pergunta, porra.

— Atenda. — Ela diz.

Cristo. Aqui vamos nós. — Olá?

— Oi Colton. — Diz ela.

— Por que você está me ligando Stella? — A irritação na


minha voz é inconfundível.

— Eu tenho algumas coisas que queria te dizer.

— Sophie está aqui comigo. Vou colocar no viva-voz. —


Eu clico no botão alto-falante do telefone, sem esperar a
resposta dela. Eu não vou ver Soph querendo saber o que está
sendo discutido entre mim e minha ex-mulher e também não
vou deliberadamente esconder nada dela.

Stella limpa a garganta e momentaneamente pigarreia.

— Eu nunca quis ser a vilã, Colton, — ela diz em voz


baixa. Sophie aperta os olhos para o telefone na minha mão,
quando Stella continua. — Eu era jovem e tola. Eu te amei da
minha própria maneira, contudo, logo percebi, depois de casar
com você, que nosso amor não era do tipo eterno. Você
trabalhava longas horas, você construiu uma empresa tão
jovem, que era dirigida de modo tão singular e focado, que de
certa forma, eu não poderia viver minha vida toda nas
sombras do seu trabalho. Senti-me negligenciada e tão errada
quanto era possível, o que contribuiu para que eu me deixasse
levar pela atenção de outro homem. Senti-me querida e
desejada, sendo essas coisas que eu sentia falta de você. Você
forneceu tudo que eu poderia querer, materialmente, porém
você não estava emocionalmente disponível para mim. Eu não
estou culpando você. Nós simplesmente não tínhamos essa
conexão profunda. Naquele momento, seu trabalho era a sua
prioridade.

— Por que é que você está me falando tudo isso agora?


— Pergunto, lutando contra a vontade de revirar os olhos. Eu
não sei qual jogo ela estava querendo jogar, mas se é o perdão
que ela quer, ela está cortando a árvore errada, porra! Ela me
traiu, dormiu com nosso jardineiro e, em seguida, pegou a
metade do meu maldito dinheiro. Relacionamentos dão
trabalho, entretanto se ela estava infeliz com nosso
casamento, ela poderia ter falado comigo sobre isso.

Após uma longa pausa, Stella continuou.

— Meu advogado mencionou de relance que você estava


fora do trabalho devido a uma morte na família. Fiquei
curiosa, então liguei para Marta.

Eu não tinha ideia de que ela ainda tinha contato com a


Marta. Por alguma razão isso me irritou. Meus olhos pararam
sobre Sophie e seus olhos se arregalam.

— Sim, nós perdemos a irmã de Sophie, Becca. — Eu


expliquei. Peguei a mão de Sophie e prendi meus dedos entre
os dela.

— Eu soube e eu sinto muito. — Stella falou.

— Existe algum motivo para que você tenha me ligado,


Stella? — Minha paciência estava se esgotando.

— Sim. Quando soube sobre sua situação, senti algo


diferente dentro de mim. Eu queria te ligar e pedir desculpas.
Percebi que depois de todo esse tempo, era algo que eu nunca
tinha feito, oficialmente e, ao mesmo tempo eu sei que é uma
coisa tão boba e simples. Sei que a desculpa não vai desfazer
tudo o que aconteceu, mas espero que você possa aceitá-la.

Eu sugo uma inspiração profunda.


— Claro, eu vou aceitar as suas desculpas. — Eu
respondo. Isso não significa que tudo foi varrido para debaixo
do tapete, caramba, mas eu não vou perder minha energia
lutando contra a Stella. — Algo mais? — Eu pergunto.

— Sim, na verdade. Eu queria dizer a vocês dois que eu


fiz uma doação em nome da Becca. Dois milhões de dólares
para o tratamento do câncer.

PQP. Estou realmente sem palavras. Eu olho para


Sophie e seus olhos estão cheios de lágrimas.

— Obrigada, Stella. Isso foi muito gentil da sua parte.


— Diz Sophie, com a voz trêmula.

— De nada e me desculpe novamente. Sobre tudo. — Diz


Stella.

No caminho estranho dos eventos da vida, jamais


poderia ter imaginado Stella pedido desculpas e, ainda mais,
emergindo como a heroína. Bem, não exatamente, mas a
doação foi realmente bastante impressionante.

Depois de ter terminado a ligação, dirijo-me a Sophie.

— Bem, isso realmente foi muito estranho. — Eu digo.

— Foi bom.

— Acho que foi. — Eu beijo o topo de sua cabeça. —


Mas um gesto simpático não significa que tenho que perdoá-la
por me trair.
— Você não tem que perdoá-la, mas acho que de certa
forma, eu a entendo um pouco mais. Além disso, de forma
egoísta, estou mais feliz ainda que vocês dois não deram certo.

— Eu também. Porque agora eu tenho você. — Seus


olhos encontram os meus e eles me diziam tudo o que eu
preciso saber. — Agora diga-me mais sobre o que você tinha
planejado para esta noite.

— Eu prefiro mostrar. — Seus olhos brilham com


malícia e eu sei que minha doçura está de volta.

Sophie

Faço minha caminhada de forma mais atraente,


balançando meus quadris, enquanto caminho na frente dele. A
lua fornece uma luz suficiente para ver o chiado de Colton, me
dizendo que ele está apreciando a vista. Um sorriso lento
aparece em minha boca.

— Você vem, Sr. Drake?

— Porra, claro que sim. — Ele diz. Seus passos se


aproximam e, com um grito prazeroso, eu corro até a praia, em
seguida, Colton me persegue. Em uma rápida olhada atrás de
mim, eu o vejo retirando o paletó e atirando-o na areia. Mas eu
não parei até chegar à beira do mar.

Tomando uma respiração profunda, fortalecendo meu


fôlego, eu cubro meu corpo na água, apesar da temperatura
estar me congelando. Não há nada melhor que ser carregada
para o oceano, completamente vestida, o que faz com você se
sinta completamente irresponsável e espontânea.

Assim que eu sinto as ondas, eu começo a entender o


que Becca quis dizer para mim o tempo todo. A areia entre os
dedos dos pés, a água fria correndo sobre minha pele, o
brilhante sorriso do Colton e como ele me vê lutando, do meu
jeito, faz com que tudo fique muito claro. Sinto-me
despreocupada. Viva. Com uma luz de clareza, sinto tudo o
que ela estava tentando me dizer. É tão maravilhosa a
sensação de estar me libertando que eu quase choro. Mas em
vez disso, eu dou uma risada, bem alta, um som primitivo
saindo dos meus lábios. Deus, eu não me lembro da última
vez que eu ri. Na verdade, que ri alto. Muito alto. É uma
sensação incrível, porra.

O olhar de Colton encaixa em mim, ao som do meu riso


um sorriso lento se desenrola em sua boca. Ele pode sentir
isso também. Estou de volta. Eu tenho isso. Eu vou ficar bem.
Eu não estou apenas vivendo para sobreviver. Eu estou
vivendo para prosperar. Vou garantir a Becca que vou viver
tranquilamente. Sua mensagem tocou em um tom bem alto e
claro, como se eu tivesse que dizer algo sobre isso.
Uma sensação de euforia estava dentro de mim. Abro os
meus braços para os lados, girando em círculo e olhando
diretamente para o céu escuro, mesmo com um banho de água
fria em cima de mim. Então eu nado mais profundamente,
necessitando mais ainda desse sentimento.

Colton me persegue até eu ficar com os meus seios


debaixo da água. Os arrepios saem sobre a minha pele, com a
água gelada sobre mim, minha roupa molhada está pregada
em todo meu corpo. A água está envolta à nossa cintura, nós
estamos ali, assistindo-nos mutuamente e respirando com
dificuldade. A lua está coberta por uma névoa de nuvens
baixas, pintando o céu noturno em um tom escuro com uma
cor luminosa.

Colton se move com confiança em minha direção. Ele


está tão à vontade com seu corpo, tão controlado, como tudo o
que ele faz, é difícil não se sentir pequena e feminina em sua
presença. Sua forte estrutura me chama a atenção. Ele tem
meu coração, de forma integral e única.

Ele desabotoou a camisa. Eu fiquei vendo as ondas


baterem contra seu abdômen tonificado. Fiquei me
perguntando se ele tinha o gosto salgado da água do mar. E se
eu decidisse inclinar-me e lambê-lo como meu cérebro está
exigindo que eu faça? Uma corrente de consciência sexual
vibra entre nós.

Ele encontra a minha mão debaixo da água e me puxa


para mais perto.
Estendo a mão para ele e coloco as minhas pernas em
volta da sua cintura, saboreando a sensação da sua pele
quente contra a minha. Com minhas pernas entrelaçadas em
torno dos seus quadris, minha buceta está bem no ângulo, no
ponto certo, para sentir o despertar do seu insaciável pau.

— Hmm... eu aqui, estava pensado que se tinha


animado você um pouco mais do que isso. — Digo, sentindo-
me bem atrevidinha.

— A água está congelando, meu pedaço de doçura. Dá-


me um minuto.

Eu dou de ombros.

— Vamos ver, senhor Drake.

— Confie em mim, garanto que você não vai se


decepcionar. — Ele disse, com um tom seguro e autoritário.

— Bom. Porque eu estava ansiosa para explorar algo


mais esta noite.

— Mais? — Ele levanta uma sobrancelha, me olhando


com expectativa.

— Mais. — Eu confirmo.

Seu sorriso preguiçoso está de volta e seus olhos


agarram-se aos meus.

— O que deu em você nesta noite? Não que eu esteja


reclamando. — Ele acrescenta rapidamente.
— Vida. — Eu digo. — Eu a tinha perdido de vista, um
pouco.

— Compreensível. — Com uma mão ainda descansando


sob minha bunda, ele usa a outra para pousar na minha
bochecha e varrer o cabelo do meu rosto. — Você é o meu
tudo. Você sabe disso, né?

Concordo com a cabeça, deixando o sentimento


profundo do seu amor cair sobre mim. Eu tive medo de sentir
esse amor nas últimas semanas, mas agora estou deixando
todas as minhas emoções se despejarem sobre mim, o que é
esmagador, mas, claro, da melhor maneira possível.

— Eu não posso te perder, Sophie. — Ele murmura. Eu


posso ver nos olhos dele que ele está com medo, mesmo que
ele nunca tivesse falado isso, meu comportamento lhe causou
preocupação.

— Eu estou aqui. Prometo.

Com um sinal perfeito lá de cima, começa a chover.


Completamente. As gotas da chuva caem em forma de cascata,
transformando o oceano em uma força tumultuosa, viva como
sua própria marca, de energia, selvagem. Parece uma panela
grande de água fervente.

Eu me desembaraço dele e nado em direção à praia.

— Venha! — Eu grito quando noto que ele ainda está de


pé, onde o deixei, me olhando com curiosidade.
Quando chego à praia minhas roupas estão pregadas e
pesadas sobre meu corpo. Meu cabelo molhado balança
freneticamente ao redor do meu rosto.

Eu pego a mão do Colton, que está congelando, e puxo-


o, movimentando-me em direção à casa, enquanto as gotas
quentes da chuva caem em cima de nós.

Uma vez lá dentro, eu corro até as escadas, correndo


para longe do Colton e das suas mãos congeladas, tentando ir
contra uma bolha de riso que não pude conter.

Ouço uma risada baixa de Colton, burburinhos atrás de


mim, quando ele dá início à perseguição. A casa foi desprovida
de risos por tanto tempo que o som é como se fosse uma
música. Linda e cheia de vida.

Assim que chego ao quarto eu mergulho na cama.


Precisando me aquecer, eu me enrolo no edredom macio, como
se eu fosse um burrito. Na tentativa de não ficar na cama toda
molhada, eu arremesso minhas roupas sobre o carpete, com
um maçante baque molhado, enquanto tento me enrolar
novamente.

O riso de Colton morre em seus lábios, quando seu


olhar quente desliza sobre minhas curvas, as que ele consegue
ver, aquecendo-me de dentro para fora. Depois de fazer o
caminho até meu corpo, os olhos dele cerraram nos meus.

— Você é tão fodidamente linda. — Ele diz.


De alguma forma eu sei que ele não está falando sobre
como eu sou pelo lado externo, na verdade, ele está falando
sobre o que sou por dentro. Eu me sinto bonita, seu olhar azul
escuro me comendo, seu amor profundo e sua aceitação faz
com que eu me sinta irradiante, diante do seu olhar.

— Venha aqui. — Ele estende a mão, subo de joelhos e


cruzo a cama até que fico de joelhos diante dele. Colton engole
e me observa enquanto se despe, descartando a camisa
molhada, a calça e a cueca.

Um relâmpago ilumina o céu como a antecipação que


pulsa através de mim. Tudo o que está acontecendo hoje à
noite me faz sentir completamente diferente. E eu estou
adorando.

Quando nossa pele se encontra, ficando pressionada


entre uma e outra, estavam frias, úmidas e pegajosas da água
salgada, mas sua pele era realmente incrível, pressionada
contra a minha.

Depois de alguns beijos doces, ele se inclina para frente


e leva meus seios em suas mãos, levantando-os à boca e
alternando entre cada um com beijos quentes e molhados,
com movimentos deliciosos da sua língua.

Oh querido Deus.

Eu chego por baixo e encontro seu pau bem duro e


pronto para ser atacado. Puxo-o pelos ombros, para baixo em
cima de mim, amando o peso de seu corpo sobre o meu. Sem
aviso ele coloca seu pau contra mim e empurra para frente
deixando-me ajustar cada centímetro dele como se ele me
enchesse lentamente, mas completamente.

Nós fodemos lentamente, nossos olhares ficam


conectados à medida que avançamos juntos. Estamos calmos,
o clima é fodidamente intenso e eu estava amando tudo.

Os olhos de Colton assistem os meus, enquanto ele


continuava suas investidas preguiçosas, dentro e fora de mim.

— Eu quero que você coma minha bunda. — Eu


suspiro, dando lhe um beijo quente na boca.

Seus lábios, todo o seu corpo fica apertado, como se


estivesse fazendo uma pausa para ter certeza que me ouviu
corretamente. Então ele me beija de novo, sua língua
deslizando contra a minha e se retira.

— Você tem certeza, Sophie? Nós não temos que...

— Sim, eu tenho certeza. — Minha voz é certa e


constante.

Inclinando-se sobre a cama, Colton abre a gaveta da


mesa de cabeceira e remove uma pequena garrafa de óleo.

— Lembra quando eu trouxe isso para casa? — Ele


pergunta.

Concordo com a cabeça. É o óleo de massagem que ele


usou para me massagear, na minha segunda noite aqui.
— Claro.

— Você pensou que era lubrificante. — Ele sorriu. —


Deite-se de barriga para baixo. — Ele disse.

Colocando um pouco do óleo perfumado sobre as


minhas costas, ele começa a me dar uma massagem, lenta e
sensual. Trabalha o caminho para baixo do meu pescoço,
depois para os meus ombros, logo em seguida, suas mãos
estão sobre a minha bunda e ele está amassando-as em suas
palmas. Meu corpo cantarola, na expectativa do que está
prestes a se transformar em uma massagem erótica. Pelo
menos eu espero que seja.

Toda vez que seus dedos se aproximam do meu cú, eu


levanto meus quadris, dando-lhe um convite aberto, para me
tocar mais em baixo. Mas ele não faz. Ele leva seu tempo,
esfregando minhas costas, minha bunda, até que finalmente
eu sinto ele separar minhas nádegas e deslizar os dedos entre
as minhas pernas, espalhando um pouco do óleo sobre a
minha abertura de trás. Uma onda de arrepios escorrega para
fora do meu corpo, sempre respondendo aos seus toques,
lentos e tortuosos, ganhando vida. Seu dedo acaricia minha
abertura proibida e não tenho ideia de como ou porquê, mas
seus toques lá me faz sentir incrível. Erótica. Pecaminosa. E
assim, sexy.

— Você tem uma bunda perfeita. — Sua voz é baixa,


áspera e grossa com a excitação. Ela só me faz querer ainda
mais.
Um rosnado baixo sai da sua garganta. Sem outras
perguntas, ele desliza um dedo, depois dois dedos dentro de
mim, me esticando, me preparando. As sensações me oprimem
e eu gemo, alto.

Depois de mais alguns golpes, Colton se retira


completamente e eu estou prestes a protestar contra a perda
dele, quando sinto a cabeça do seu pênis na minha abertura
de trás. Oh Deus. Meu corpo inteiro fica tenso.

Ele se inclina sobre mim e planta um beijo molhado


entre as minhas nádegas, na tentativa de que eu relaxe.
Então, sinto sua respiração quente contra o meu cabelo.

— Eu não vou te machucar, eu prometo. Apenas respire


para mim. E relaxe. Prometo que vou fazer isso te deixar bem.

Eu escuto os sons suaves dele, revestimento seu pênis


com lubrificante e, em seguida, ele está de volta contra mim,
espalhando minha bunda distante e empurrando-a para
frente.

Eu aperto meus olhos fechados, me concentro na


respiração e relaxo meu corpo, assim como ele disse para
fazer.

— É isso aí, menina bonita. Deixe-me entrar. — Sua voz


é incrivelmente apertada e minhas entranhas estão fundido ao
som de seu comando.
Ele aperta a frente e afunda dentro de mim, meu corpo
está gritando com a intensidade do prazer e da dor de ser
esticada. Ele faz uma pausa, enquanto eu tomo algumas
respirações profundas e, em seguida, recomeça facilitando
para dentro e para fora de mim, numa série de investidas
rasas.

A sensação é como nada que eu esperava. Eu me sinto


incrivelmente completa e tomada, de forma que nunca tinha
experimentado antes. Naquele momento, eu sou dele. Cada
parte de mim pertence a este homem. Ele é dono de minha
bunda. Literal e figurativamente.

Usando o meu corpo para seu prazer, o pau de Colton


dentro de mim, levando-me a gritar, em êxtase.

Trazendo uma mão ao redor, ele encontra meu clitóris e


esfrega até que eu estou tremendo e me contorcendo abaixo
dele. As sensações são muitas, eu entro em combustão,
brandas faíscas quentes piscam atrás das minhas pálpebras,
isso sim é um grande orgasmo...

Colton não está muito atrás de mim, empurra mais


duas vezes antes de retirar seu pau em uma erupção pegajosa
e quente, contra a minha pele.

Ele me puxa contra ele e eu posso sentir seu coração


batendo tão fortemente quanto o meu. Estamos sem fôlego e
movendo-nos languidamente, como se estivéssemos em um
sonho.
Depois de um banho quente, nós caímos na cama,
juntos, nosso vínculo era mais profundo do que nunca. Minha
confiança nele, em nós, tem crescido exponencialmente depois
de tudo que sofremos e tudo que compartilhamos. E eu tremo
só de pensar em como minha vida seria agora, se eu não
tivesse conhecido Colton. Ele é a minha vida. Meu salvador. A
razão de eu abrir meus olhos e rolar para fora da cama de
manhã. Ele é meu tudo.

Com muita vergonha e culpa pelo que eu o tinha feito


passar nestes últimos meses, por causa da Becca, eu estava
agradecendo em forma de amor a esse homem. Eu sei que era
exatamente como ele foi concebido para ser. Meu amor por
Becca nunca será substituído, ela sempre irá ser o centro do
meu coração, mas sei que sem meu amor por Colton, eu não
conseguiria sobreviver a isso. Sua perda foi muito difícil. E
com a ajuda dele, meus pedaços se juntaram.

Por isso, estou extremamente grata.

— Obrigado por confiar em mim. — Ele sussurra em


meu pescoço, curvando seu corpo grande e quente ao redor do
meu e me abraçando.

Suas palavras estavam erradas, eu que deveria ser a


única a agradecer, mas entendo o que ele quis dizer. Naquela
noite, ele teve que ter uma grande carga de confiança em mim
para que eu fosse até a casa dele, colocasse minha boca sobre
a dele e sobre ele. Pela primeira vez, dei meu coração a
alguém, e agora, a confiança que ele construiu voltou,
novamente, quando eu mais precisei dele.

— Eu te amo. — Eu digo a ele.

— Eu te amo mais ainda, doçura. — Ele sussurra.


Epílogo

Sophie

Seis meses depois…

— Mantenha seus olhos longe dos seios dela, cara. —


Colton rosna para Pace, pela terceira vez hoje.

Eu rio e olho para Pace. Ele sorri para mim, não tão
inocentemente, antes de colocar um par de óculos de sol.

— Desculpe, Soph. Estou tendo um período bastante


difícil, você sabe, estou completamente na secura. Sempre que
vejo seios nas proximidades, meus olhos vão automaticamente
para eles, mas sei que isso não é desculpa. — Ele diz.

Colton parece pronto para socá-lo. Eu ponho minha


mão sobre ele, na tentativa de acalmá-lo.

— Está tudo bem, Pace.

Eu olho para o meu biquíni certificando-me que tudo


está coberto. Está tudo ok. Graças a Deus.
— Aqui, doçura, usa isto. — Colton me entrega uma
toalha de praia.

— Eu não vou usar uma toalha. Estou tentando pegar


um bronzeado. — Digo a ele.

Colton morde o lábio, resmunga, mas deixa pra lá.

Estamos passando um dia perfeito no iate de Collins,


realmente tenho que admitir, me sinto como uma deusa. Os
três homens foram muito atenciosos, me ajudando a entrar no
barco, trazendo-me champanhe, esfregando protetor solar
sobre meus ombros e fornecendo-me uma diversão sem fim
quando eles brigavam.

Há momentos em que eu me sinto mal por estar


sorrindo e rindo, enquanto ela não pode mais. Mas, aí, Colton
entrelaça seus dedos nos meus, sei que ele está lendo meus
pensamentos. Becca queria que eu fosse feliz, então empurro
os pensamentos sombrios e escuros para longe e foco nas
coisas boas da minha vida.

O sol está brilhando, fazendo meu anel de noivado de


diamante e safira brilhar na luz. Eu estendo minha mão,
admirando-o ao sol e o sorriso de Colton, em resposta é
brilhante o suficiente para iluminar uma sala.

O dia em que ele pôs o anel no meu dedo foi um dos


mais felizes da minha vida. Algumas semanas antes dele me
propor, eu, erroneamente, encontrei-o na gaveta de meias dele.
Eu tentei não pensar nisso, mas claro, com o passar dos dias,
sem nenhuma proposta, eu comecei a entrar em pânico,
imaginando se ele tinha mudado de ideia.

Ele não tinha.

Poucos dias depois, nós fomos a Roma, de volta para o


hotel que fiquei com Becca. E na mesma suíte do que eu tinha
dividido com minha irmã, ele propôs. Nós estávamos cercados
por dezenas de velas brancas e grandes cachos de peônias
brancas. Depois que eu disse que sim, ele puxou um Starburst
de cor rosa do bolso e mordeu-o ao meio, alimentando-nos
com cada pedaço dele. Foi incrivelmente doce, romântico e
sincero. Becca estava lá, em silêncio, nos aplaudindo. Eu
quase podia imaginá-la agarrando minha mão esquerda, e
fazendo algum comentário obsceno sobre o quão grande era a
pedra.

O ano passado foi o mais difícil da minha vida, mas eu


tinha trabalhado por todas as sete fases do luto. Negação. Dor.
Raiva. E agora eu alcancei a aceitação, embora em meus
momentos mais sombrios, nunca pensei que esse dia
chegasse. Talvez eu nunca quis que chegasse. Nunca quis
chegar a lugar nenhum onde eu aceitei de certa forma sua
perda.

Tem sido um processo duro para a cura, mas eu tenho


sobressaído por causa do amor de Colton e também pela
minha grande determinação de viver a vida, ao máximo. Deus
tinha um plano, o tempo todo. Ele sabia que em um
determinado dia ia chamar Becca de volta para casa e, me
levaria para Colton no mais improvável dos lugares.

Eu sei que a dor nunca vai embora, mas eu comecei a


curá-la. Para realmente viver de novo, ao invés de apenas
atravessar os momentos. E a principal mudança em mim é
devido a este belo homem deitado ao meu lado.

Colton é exatamente o que eu preciso. Ele é suave como


uma seda, claro que a situação pede para isso; abre as portas,
coloca o vinho no meu copo, ajuda-me a prender o colar de
pérolas no meu pescoço e por aí vai. E também ele é áspero em
torno das extremidades quando eu preciso disso. Sua boca
faminta devora cada centímetro de mim, com uma mão firme
me joga para baixo e depois para cima da cama, puxando
minha calcinha pelas minhas pernas, punindo minhas
entranhas com seus golpes poderosos, enquanto sussurra
palavras sujas que me fazem corar. Eu amo cada lado deste
homem. Desejo todos esses lados dele. Agradeço a minha
estrela da sorte por ter colocado um homem que é capaz de me
satisfazer suficientemente em todos os sentidos e,
principalmente, quando me senti como se estivesse rachada e
quebrada.

— Nós deveríamos ter convidado Kylie. — Pace comenta


para ninguém em particular. As poucas vezes que ele a viu, ele
sempre a olhou com uma espécie mistificada de interesse. Ela
tinha sido uma boa amiga, enquanto eu trabalhava minha dor,
levando sopa caseira para minha casa e me deixando faltar ao
trabalho tanto quanto eu precisava.
— Ela tem um bebê, ela não pode simplesmente fazer
passeios de barco em um piscar de olhos. — Colton lembrou a
ele.

— Eu nunca pensei sobre isso, — diz Pace, olhando


pensativo. — Eu poderia ficar olhando o garoto... — Ele
comenta em voz baixa.

Collins, Colton e eu compartilhamos um olhar


significativo, como se nós perguntássemos o que deu nele.

As palavras da Becca na festa da piscina e em sua carta


vieram correndo para os meus pensamentos, sobre o que ela
disse dos bebês meus e de Colton e me pergunto se eu posso
levá-lo lá para baixo, no convés, comigo. Quem gosta de
brincar é Colton. E é claro que ele vai.

— Ei meu gostoso material quente, — eu digo para o


meu noivo bonito. — Você quer ir refrescar-se lá em baixo no
convés?

Seu sorriso malicioso me diz que ele sabe exatamente o


que está em minha mente.

— Eu te amo pra caralho. — Diz ele. — Vamos lá.

Levanto-me e o puxo. Sua altura total se eleva acima de


mim, fazendo-me sentir pequena. Então ele entrelaça os dedos
nos meus e eu sei que vou ficar muito bem. Nós vamos ficar
muito bem.
A nossa relação tem sido pouco convencional.
Inesperada. O modo como ele manuseia o anel na minha mão
esquerda, eu penso como se nós tivéssemos um círculo
completo.

— Você pode acreditar que estamos aqui? Que em breve


você vai ser a minha esposa? — Ele pergunta, espelhando
meus pensamentos. A palavra esposa em seus lábios, em
relação a mim, envia pequenos arrepios, deslizando pelo meu
corpo.

— Quem teria pensado que iria custar-lhe um milhão


para conseguir uma esposa? — Eu pergunto, olhando para ele
docemente, mas com tom de ousadia.

— Isso não é nada engraçado Soph. — Ele adverte.

— O quê? Eu pensei que era meu senso de humor


incrível que tinha prendido sua atenção.

— Não foi isso, na verdade. Foi a sua coragem. — Disse


ele, a conversa estava se transformando de brincalhona para
séria.

Ele olha para mim com adoração e eu posso sentir cada


pedacinho de seu ardente amor, muito intensamente. Gostaria
de saber se vai ser sempre assim entre nós. A escolha de viver
o momento. Eu começo a puxá-lo.

— Venha comigo, Senhor. Preciso fazer um teste drive


antes de decidir como será o marido que você vai ser.
Suas curvas na boca sobem com um sorriso preguiçoso.

— Eu vou ser a melhor droga de marido do mundo.


Agora coloque sua bunda sexy para descer as escadas antes
de eu bata em você e te foda, aqui, diante dos meus irmãos.

Eu viro a cabeça obedientemente para o convés, com


meu corpo vibrando com todos os tipos de aprovação. Eu amo
todos os lados deste homem, mas o meu favorito é quando ele
deixa seu macho alfa interior jogar. Hoje vai ser um dia,
maravilhosamente, muito bom.

Fim
Livro 3 da Série Mentiras Bonitas

Pace Drake adora sexo. Ele sabe onde consegui-lo, o que dizer, o que
fazer e ele não se desculpa por satisfazer suas necessidades. Mas, quando ele
encontra a mãe solteira, Kylie Sloan, ele fica encantado com ela e começa a
questionar seu procedimento operacional padrão. Afinal, não há escolha, não há
mistério quando fode uma mulher no banheiro de uma boate. A profundidade e a
determinação de Kylie o faz um desleixado, com conexões bêbadas que enchem os
fins de semana vazios e superficiais. Ela é o oposto das mulheres desesperadas e
pegajosa que ele está acostumado. Ela não quer e também não precisa de
ninguém para cuidar dela, que só o faz querer cuidar dela, mais ainda.

A confiança de Kylie nos homens desapareceu. O último cara que ela


estava trepando jogou uma sementinha no seu útero e a deixou com um bebê para
criar. Agora seu filho recém-nascido é o único homem para quem ela tem tempo,
mesmo que ela sinta falta de sexo e intimidade mais do que ela jamais possa
admitir. Abrindo seu coração a um homem mais novo, que é mais conhecido por
não se amarrar ao sexo, seu estilo de vida casual é provavelmente a pior ideia
que ela já teve. Mas Pace quer provar a ela que ainda existem alguns mocinhos
direitos e observando a maneira doce que ele interage com seu bebê faz com que
ela queira tentar... mas, ela pode realmente confiar que seus dias de foder
qualquer uma ficou em seu passado ?

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