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AO JUÍZO DE DIREITO DE UMA DAS VARAS DA FAMÍLIA E SUCESSÕES

DA COMARCA DE ARAÇATUBA, ESTADO DE SÃO PAULO.

SANDRA GOMES SAMPAIO, brasileira, casada, técnica de enfermagem,


portadora da Cédula de Identidade RG nº 32.155.353-6, inscrita no CPF/MF 535.924.528-
00, endereço eletrônico (...), residente e domiciliada na Rua Pedro Sampaio Santos, 222,
Centro, na cidade e Comarca de Araçatuba/SP, CEP 16078-275, por sua advogada
devidamente constituído (procuração anexa), vem mui respeitosamente perante Vossa
Excelência com fundamento nos artigos 24 da Lei nº 6.515/77, artigo 731 do Código de
Processo Civil, artigo 226, §6º da Constituição Federal e demais dispositivos legais,
propor a presente AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO em face de CLÁUDIO
HENRY SAMPAIO, brasileiro, casado, físico nuclear, portador da Cédula de Identidade
RG nº 31.605.150-2, inscrito no CPF/MF nº 943.400.708-90, residente e domiciliado na
Avenida Central, 478, apartamento 1007, Centro, , na cidade e Comarca de Araçatuba/SP,
CEP 16012-345, pelos fatos e fundamentos expostas a seguir:
1 – DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA

A requerente é pobre na acepção jurídica do termo, logo, não possui condições de


arcar com taxas, custas processuais, emolumentos ou quaisquer outras despesas judiciais
sem prejuízo de seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência
anexa. Desta forma, com fundamento no Art. 5º, LXXIV da CF/88, Art. 98 do CPC e na
Lei nº 1.060/50, pugna pelos benefícios da justiça gratuita.

2 – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Tendo em vista que não há como haver uma composição amigável entre as partes,
a Requerida opta pela dispensa da audiência de conciliação e mediação, nos termos do
art. 319, VII do CPC.

3 – DOS FATOS

As partes casaram-se em 31 de outubro de 2010, sob o regime da comunhão


parcial de bens, conforme Certidão de Casamento anexa e permaneceram juntos até o
final do mês de abril.

Nos últimos dois anos de casado, a relação em comum do casal começou a romper
aos poucos. Os dois começaram a se manter distantes, dormindo em quartos separados,
discutindo por mensagens de textos e ligações e era demonstrado pelo requerido que o
mesmo não amava mais sua esposa.

Duas semanas atrás, a requerida ao chegar de seu serviço pela tarde, flagrou o
requerido, no imóvel onde o casal residia aos beijos e caricias com outra mulher, que por
sinal, era vizinha do casal e amiga próxima. Os dois, então, começaram uma briga e a
mesma pediu para que Cláudio fosse atrás do divórcio por não aguentar mais a
convivência com ele, sendo que o mesmo negou o pedido. Na última semana, Sandra
flagrou novamente, o até então cônjuge, aos beijos e carícias no carro do requerido em
frente à casa do casal. Onde iniciaram outra briga e a mesma disse que iria pedir o
divórcio.

Após alguns dias que o requerido tinha deixado a residência do casal, a mesma
tentou conversar de forma amigável com Cláudio para terem um divórcio tranquilo e
acertar acerca da guarda e pensão dos menores, além de quem iria ficar o cachorro. O
requerido não se demonstrou aberto as propostas da requerente, se negando a aceitar o
fim do matrimônio e todos os outros pedidos feitos por ela.
Diante do exposto acima, por motivos de foro íntimo, e a recusa do requerido em
se divorciar de forma amigável, a vida em comum do casal se tornou impossível, sendo
proposto pela autora a ação de divórcio.

O casal adquiriu os seguintes bens durante o matrimônio, quais sejam: a) Imóvel,


que é a residência do casal, situado Rua Pedro Sampaio Santos, 222, Centro, CEP 16078-
275, na cidade e Comarca de Araçatuba/SP, avaliado em R$ 400.000,00; b) um
apartamento, localizado na residente na Avenida Central, 478, apartamento 1007, Centro,
CEP 16012-345, na cidade e Comarca de Araçatuba/SP, avaliado em R$ 350.000,00; c)
Dois veículos, sendo o primeiro um Hyundai HB20, automático, flex, ano 2019, avaliado
em R$ 70.000,00; e o segundo um Toyota Corolla, automático, flex, ano 2017, avaliado
em R$ 75.000,00. Quanto aos itens “a” e “b”, a requerente deseja a meação que lhe cabe;
sendo assim, o valor de R$ 200.000,00 pelo imóvel, e R$ 175.000,00 pelo apartamento.
No que se refere aos veículos adquiridos pelo casal, cada um é de uso de um deles, de
forma que a requerente deseja que assim continue, o Hyundai HB20 para si e o Toyota
Corolla para o requerido, não se opondo a diferença de valores dos veículos.

O requerido e a requerida conceberam dois filhos durante os 12 anos de casados


sendo: ENZO GOMES SAMPAIO, menor impúbere, portador da Cédula de Identidade
RG nº 62.040.519-2, inscrito no CPF/MF nº 592.120.964-11, hoje com 10 anos de idade
e VALENTINA GOMES SAMPAIO, menor impúbere, portadora da Cédula de
Identidade RG nº 60.845.007-7, inscrita no CPF/MF nº 577.365.907-01, hoje com 07 anos
de idade, ambos menores de idade, conforme consta cópias de nascimento anexas. A
requerida entende ter melhores condições para cuidar dos menores, por conta da idade
dos mesmos, bem como pela sua maior flexibilidade de horários, em comparação ao
genitor, de forma que pretende a guarda unilateral, com direito a visitas do requerido.

Além disso, três anos atrás do casal compraram juntos um cachorro sem raça
definida, o qual foi dado o nome de Bruce. O animal é outra causa de impasses do casal,
pois, se tornou parte da família, criando afeição com a requerente e sendo companheiro
fiel das crianças, de forma que a mesma requer a guarda unilateral do animal de
estimação.

Ademais, em resultado do pedido da guarda unilateral, é devido pelo genitor os


alimentos para os filhos do casal, sendo desejado pela autora uma pensão de 30% dos
rendimentos líquidos dos requeridos, para os menores e 10% dos rendimentos líquidos
para a requerida, pois a mesma tem salário inferior e, precisa de ajuda para manter as
contas da casa e o padrão de vida que o requerido a proporcionou durante o matrimônio.
Sendo assim, requer o pagamento de 40% de pensão, sendo o salário do requerido sendo
de R$ 25.000,00, assim, deve ser pago o valor de R$ 10.000,00 a título de alimentos.

Por fim, além do divórcio, a guarda dos filhos e do animal de estimação, os


alimentos, a autora desejam retornar ao nome de solteira, qual seja: SANDRA GOMES
TAVARES.

4 – DO DIREITO

4.1 – DO DIVÓRCIO LITIGIOSO

A Emenda Constitucional nº 66/10, o divórcio não precisa ser motivado em culpa


e é desnecessário o ajuizamento prévio da ação de separação para fim de dissolução do
casamento civil, condicionado exclusivamente ao pedido da requerente. O divórcio é um
direito potestativo, sendo assim, não há o que impeça o diferimento do pedido.

Segundo o doutrinador, Fábio Coelho:

O divórcio é litigioso, em primeiro lugar, quando um dois não quer


terminar o casamento. Não é necessário que o autor impute ao réu, na ação
de divórcio, o descumprimento de qualquer dever matrimonial; basta que
manifeste sua vontade de se divorciar.

Neste sentido, segue entendimento jurisprudencial do Tribunal de Justiça do Rio


Grande do Sul:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO. PEDIDO DE


DIVÓRCIO DIRETO LIMINARMENTE. POSSIBILIDADE. O DIVÓRCIO É
UM DIREITO POTESTATIVO, PODENDO SER EXERCIDO POR
SOMENTE UM DOS CÔNJUGES, DE MODO QUE DESNECESSÁRIO
AGUARDAR-SE A ANGULARIZAÇÃO DA RELAÇÃO PROCESSUAL PARA
SUA DECRETAÇÃO. ADEMAIS, COM O ADVENTO DA EC Nº 66/2010,
QUE ALTEROU A REDAÇÃO DO ARTIGO 226 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, DESNECESSÁRIO O TRANSCURSO DE PRAZO PRÉ-
ESTABELECIDO OU PROVIDÊNCIA JUDICIAL ANTERIOR.AGRAVO
PROVIDO.

(TJ-RS - AI: 50542112220228217000 RS, Relator: José Antônio


Daltoe Cezar, Data de Julgamento: 25/03/2022, Oitava Câmara Cível, Data
de Publicação: 25/03/2022)
Conforme estabelecido no artigo 1.573, parágrafo único, do Código Civil, que
dispõe acerca das hipóteses que dão ensejo à dissolução do vínculo conjugal, por
impossibilidade da vida em comum.

E segundo exposto nos fatos, a possibilidade de convivência em comum das partes


se dissipou no decorrer do tempo. Para se evitar maiores transtornos na vida da
requerente, o vínculo conjugal deve ser extinto.

4.2 – DO REGIME DE BENS E DA PARTILHA

As partes elegeram o regime comunhão parcial de bens, conforme o artigo 1.658


do Código Civil e definido o regime de comunhão, dispõe o artigo 1.660 do Código Civil:

Art. 1.660. Entram na comunhão:


I - Os bens adquiridos na constância do casamento por título
oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de
trabalho ou despesa anterior;
III - Os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor
de ambos os cônjuges;
IV - As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge,
percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a
comunhão.

Neste sentido, julgou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - FAMÍLIA - AÇÃO DE DIVÓRCIO -


COMUNHÃO PARCIAL DE BENS - BENS ADQUIRIDOS NA
CONSTÂNCIA DO CASAMENTO - PARTILHA - ALIMENTOS - FILHO
MENOR - FIXAÇÃO - OBEDIÊNCIA AO BINÔMIO
NECESSIDADE/DISPONIBILIDADE ENTRE ALIMENTANDO E
ALIMENTANTE. Tratando-se de regime de comunhão parcial de bens,
devem ser partilhados os imóveis adquiridos na constância do
matrimônio; quando não ilidida, pela parte contrária, a presunção de que
o foram por esforço comum. Por se tratar de alimentos, não se deve afastar
a cautela na sua fixação, tomando por base os elementos e circunstâncias
que se apresentem em obediência ao princípio maior contido no binômio
necessidade/disponibilidade, respectivamente entre alimentando e
alimentante.

(TJ-MG - AC: XXXXX MG, Relator: Geraldo Augusto, Data de


Julgamento: 22/03/2022, Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 23/03/2022) (GRIFO NOSSO)

Seguindo o que dispõe a legislação civil brasileira e jurisprudência, a Autora


requer que os bens indicados abaixo, que foram adquiridos na constância do casamento,
sejam partilhados na proporção de 50% (cinquenta por cento) para cada parte, conforme
o regime de comunhão parcial de bens.

IMÓVEL RESIDENCIAL VALOR: R$ 400.000,00


Rua Pedro Sampaio Santos, 222, Centro,
CEP 16078-275, Araçatuba/SP
APARTAMENTO VALOR: R$ 350.000,00
Avenida Central, 478, apartamento 1007,
Centro, CEP 16012-345, Araçatuba/SP

A Requerente deseja que cada parte fique com seus respectivos automóveis, sendo
o dela um HYNDYAI HB20, automático, flex, ano 2019, avaliado em R$ 70.000,00 e
do Requerido um TOYOTA COROLLA, automático, flex, ano 2017, avaliado em R$
75.000,00.

4.3 – DO DIREITO DE GUARDA E VISITAS

Durante o tempo juntos, as partes tiveram 2 filhos, VALENTINA


GOMES SAMPAIO de 7 anos de idade e ENZO GOMES SAMPAIO de 10 anos de
idade, conforme certidões de nascimento anexas.

A guarda vem sido exercida unilateralmente pela genitora, desde da separação de


fato do casal. O artigo 1.583 do Código Civil prevê a possibilidade que essa guarda seja
mantida.

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Grifamos)

A esse respeito, Flávio Tartuce e José Fernando Simão expões em suas doutrinas:

A respeito da atribuição ou alteração da guarda, deve-se dar


preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança e do
adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda
compartilhada (art 7º). Desse modo, a solução passa a ser a guarda
unilateral, quebrando-se a regra da guarda compartilhada constantes dos
arts. 1583 e 1584 do CC [...]

A Requerida sempre foi responsável por tudo que se diz respeito as crianças, não
restando dúvida que a guarda unilateral deve ser atribuída a genitora.
Desta forma, à genitora entende e requer que seja regulamentada as visitas da
forma exposta abaixo:

a) Aos finais de semana, sendo que o genitor poderá retirar as crianças na


residência da genitora sábado às 8 horas e devolvendo-as no domingo às
20 horas;
b) No período de férias escolares, cada genitor terá direito de ficar 15 dias
com os filhos, sendo responsabilidade dos dois a decisão quanto ao período
inicial;
c) As festas de aniversário será responsabilidade de cada genitor, sendo o que
for melhor para os menores;
d) As festas de final de ano serão de forma alternada, assim sendo o Natal de
um ano com a genitora e o Ano Novo com o genitor, assim sucessivamente
a cada ano;
e) Quanto aos aniversários dos genitores, os menores passarão com o
respectivo aniversariante; bem como em Dia dos Pais e Dia das Mães;

Ainda no instituto da guarda, o casal possui um animal de estimação (Bruce) que


foi adotado durante o casamento. A autora requer que o animal fique em sua guarda e que
nos dias das visitas dos menores, fixados acima, o requerido poderá retirar o animal junto
com os filhos, devolvendo nos horários combinados.

A questão da visita do animal no mesmo período de visitas do filho é entendimento


da jurisprudência, sendo julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

Ação de divórcio cumulada com partilha de bens, guarda e alimentos –


Sentença de procedência – Insurgência das partes – Divórcio e partilha de
bens que não contou com a insurgência das partes – Alegação de alienação
parental – Afastamento – Pretensão de atribuição de guarda compartilhada
e alteração de regime de visitas – Guarda unilateral melhor recomendada
para o caso concreto – Verificada animosidade entre os genitores – Interesse
prioritário das filhas que não recomenda qualquer alteração no regime de
guarda – Fixação de regime de visitas pelo julgado que deve ser mantido –
Alimentos que devem ser mantidos conforme fixados na sentença – Posse do
animal de estimação que deve permanecer com a autora – Fixação de
períodos de convivência do réu com o animal, no mesmo dia em que será
realizada a visitas às filhas – Recurso do requerido provido em parte e
recurso da autora não provido. Dá-se parcial provimento ao recurso do réu
e nega-se provimento ao recurso da autora. Tribunal de Justiça de São
Paulo TJ-SP - Apelação Cível: AC 1002501-25.2016.8.26.0526 SP 1002501-
25.2016.8.26.0526"

(TJ-SP - AC: 10025012520168260526 SP 1002501-25.2016.8.26.0526,


Relator: Marcia Dalla Déa Barone, Data de Julgamento: 13/11/2020, 4ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 13/11/2020) (GRIFO
NOSSO)

4.4 – DOS ALIMENTOS

A obrigação de prover alimentos do requerido decorre do fato dele ser pai dos
menores (conforme documentos anexos) que atualmente encontra-se sob a guarda da
requerente, quem vem mantendo esses valores com ajuda de seus familiares.

A Constituição Federal dispõe em seu artigo 229 que os pais tem o dever de
assistir, criar e educar os filhos menores, o que é afirmado também no artigo 1.634, I do
Código Civil, onde fala que “a criação e a educação dos filhos menores competem aos
pais”;

O direito de recebimento de alimentos compete também ao requerido, pois como


genitor, tem a obrigação, conforme dispostos nos artigos acima, de prestar alimentos para
a manutenção de suas proles por conta da relação de parentesco e filiação com estas.

A Lei nº 5.478/68 disciplina a ação de alimentos, seu artigo 2º dispõe que:

O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz


competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando, apenas, o
parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e
sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha
aproximadamente ou os recursos de que dispõe.

Reconhecida a obrigação alimentar do requerente, faz-se necessário o quantum a


ser pago. Nos deparamos com o binômio de necessidade do alimentado e possibilidade
do alimentando.

Conforme apresentado na qualificação do preâmbulo, o requerido exerce a


profissão de físico nuclear, tendo uma renda mensal de cerca de R$ 25.000,00.

Pelos fatos expostos, se faz necessário que se fixe alimentos no percentual de


40% (quarenta por cento) dos rendimentos líquidos do requerido, correspondente nesta
data o valor de R$10.000,00 (dez mil reais), sendo 30% deste valor para os menores para
as despesas com educação, alimentação, saúde e lazer e 10% para a requerida, pois a
renda da mesma sempre foi inferior e o requerido à ajudava com as contas da casa, logo
o seu padrão de vida precisa ser reestabelecido após a separação.

Ainda solicita que as despesas mensais de alimentação, médico veterinário,


medicamentos, banho e demais cuidados do animal de estimação sejam partilhado entre
as partes.

4.5 – DO NOME

O nome é direito personalíssimo de cada indivíduo, conforme o artigo 16


do Código Civil Brasileiro, e, baseado nisso, a requerida deseja reestabelecer o nome
antes do vínculo matrimonial com o requerido, conforme dispõe o parágrafo único do
artigo 25 da Lei 6.515/77.

Como exposto por Rosa Nery e Nelson Junior:

O nome, como já se disse, é um dos atributos da personalidade e,


por essa via, identifica a pessoa de quem se trata. O nome é uma composição
familiar, entre nós, e recupera para a memória da família a notícia dos
ancestrais de quem nasce e passa a compor o núcleo familiar.

Neste sentido, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu acerca do tema:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DIVÓRCIO. ACORDO HOMOLOGADO.


QUESTÃO OMISSA NO PACTO. PEDIDO DE ALTERAÇÃO DO NOME
DE CASADA PARA RETOMAR O USO DO NOME DE SOLTEIRA.
Consoante os artigos 1571, § 2º, e 1578, § 1º, do CCB, não há razão para
indeferir o pedido de alteração do nome da divorcianda, que pretende
retomar o nome de solteira, pois se trata de direito de personalidade. DE
PLANO, DOU PROVIMENTO.

(TJ-RS - AC: 70039165576 RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Data


de Julgamento: 12/04/2011, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação:
19/04/2011) (GRIFO NOSSO)

5 – DOS PEDIDOS

Diante do exposto requer digne-se Vossa Excelência a receber a presente exordial,


bem como os documentos que a acompanham para:

i. A citação do requerido para apresentar contestação dentro do prazo legal;


ii. A intimação do representante do Ministério Público do Estado de São
Paulo, nos termos do artigo 178, II, do Código de Processo Civil, em nome
do interesse dos menores;
iii. Ao final, seja a presente ação julgada totalmente procedente, para:
a. que seja declarado o fim da sociedade conjugal entre as partes,
mediante divórcio, determinando-se a expedição do competente
ofício para averbação junto ao Cartório de Registro Civil onde fora
firmado o matrimônio;
b. que os bens sejam partilhados na forma da lei, reiterando o desejo
da Autora em manter a divisão dos veículos da forma atual, não
opondo-se e dispensando a diferença de valor entre eles;
c. expedir, ainda, o competente mandado de averbação para que a
requerente retome o nome de solteira, qual seja: SANDRA
GOMES TAVARES;
d. que seja concedida a guarda unilateral em favor da Requerente, dos
menores, em nome do melhor interesse, e do animal de estimação;
e. que seja fixados os alimentos no valor de 40% dos rendimentos
líquidos do requerido, a ser pago até o dia 10 (dez) de cada mês,
mediamente depósito na Conta Poupança de nº 000.000-0, agência
0000, operação 000, do Banco XXXXX, em nome da genitora do
infante;
iv. Que o réu seja condenado ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios, quais sejam os posteriormente fixados pelo
Douto Juízo, de acordo com o § 1º do artigo 322 do Código de Processo
Civil;
v. Requer que as intimações sejam realizadas em nome do patrono constante
da presente Exordial, qual seja: Clara Beatriz Vieira Galhardo, OAB/SP
214001 RA, sob pena de nulidade absoluta, de acordo com o disposto no
§ 5º do artigo 272 do Código de Processo Civil.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em


especial a prova documental, testemunhal e depoimento pessoal do Requerido.

7 – DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 1.015.000,00 (um milhão e quinze mil reais)


Termos em que, pede deferimento.

Araçatuba, 05 de maio de 2022

_________________________________________________

CARLA RIBAS DANTAS

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CLARA BEATRIZ VIEIRA GALHARDO

OAB/SP 214001 RA

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